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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA - DAA FIT 320 - BIOLOGIA E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO CAFÉ Trabalho apresentado para a disciplina FIT 320 - Biologia e Controle de Plantas Daninhas Thales Henrique dos Santos Miranda - 95423 Natália Barbosa Rodrigues - 92224 Leticia Carvalho Passos - 98688 Viçosa - MG Novembro de 2022 1. Introdução a cultura do café A cultura do café tem grande importância em âmbito nacional e internacional. O café, que tem sua origem na Etiópia, foi consumido por muitos anos in natura, antes de se tornar o produto final que conhecemos hoje. Mas o processo de torra dos grãos do café foi registrado pela primeira vez na Pérsia. Imagem 1: Diferentes torras do grão de café Com o passar dos anos e a disseminação do produto, o café começou a se difundir por todo o mundo. De clima de sub-bosque originalmente, o café passou a ser plantado e cultivado em diferentes condições geográficas, sejam elas: regime de chuvas, altura, ecossistema, temperaturas, estações do ano com diferentes características, etc. Porém, ao longo desse processo, o café sofreu uma seleção, inicialmente feita de forma inocente, e com o evoluir da ciência, através do melhoramento genético. Através dessas diferentes regiões de produção ao redor do mundo, a população da espécie foi adaptada para que a produção se tornasse viável na região em questão. Com isso, houve a criação de bebidas com diferentes características. O Brasil é o maior produtor de café do mundo, segundo dados e números do Sumário Executivo do Café, de abril de 2022, a produção cafeeira no Brasil para o ano está estimada em cerca de 55,7 milhões de sacas de 60kg. De acordo com o Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), só em 2021 o Brasil exportou 40,3 milhões de sacas de 60 quilos de café, com resultado de US$ 6,2 bilhões. Os principais países importadores do café brasileiro são: Alemanha, Estados Unidos, Japão, Itália e Bélgica. O café é a bebida mais consumida no mundo (desconsiderando a água). Imagem 2: Produção de café por país A cultura do café possui duas espécies de grande importância econômica, são elas: Arábica e Conilon (Coffea canephora). As duas espécies têm origem no continente africano e dominam o cenário mundial. Entretanto, o café arábica é proveniente da Etiópia, e corresponde a dois terços de toda a produção global do grão. Já o café conilon, vem do Congo e da Guiné, e representa o restante cultivado no planeta. Atualmente, o plantio de café arábica está concentrado especialmente na América do Sul e Central. No Brasil, o destaque fica para Minas Gerais, já que 100% de sua produção é desse tipo de grão. Em relação ao conilon, a maior parte do cultivo está na Ásia, África e América do Sul. Por aqui, ele é encontrado em maior escala nos estados de Espírito Santo, Rondônia, Bahia e Rio de Janeiro. 2. Interferência de plantas daninhas na cultura do café A presença de plantas daninhas no cafeeiro pode causar prejuízos e benefícios. Dentre os benefícios citam-se o controle da erosão, o incremento de matéria orgânica, o aumento de microrganismos e a melhoria da estrutura do solo (Santos et al, 2014). Já dentre os prejuízos estão a concorrência por água, luz e nutrientes, o comprometimento da execução de práticas culturais e a hospedagem de pragas como a broca-do-café. As lavouras de café jovem têm alta sensibilidade à interferência, podendo a presença de plantas daninhas prejudicar o crescimento do cafeeiro. Não sendo feito o correto manejo, os prejuízos sobrepõem os benefícios, resultando em perda de produtividade e em um produto de menor qualidade. É no período de outubro a abril quando ocorre a maior perda de produção de café em função da presença de plantas daninhas (Christoffoleti; Nicolai, 2013). Por conta das plantas competidoras, os custos podem ser elevados de 15% a 20% no ano (Pereira el al, 2000). Dessa forma, ações de controle devem ser tomadas especialmente para lidar com as plantas que causam danos à cultura de interesse. Espécies que merecem atenção são a Serralha (Sonchus Oleraceus) , a Grama-seda ( Cynodon dactylon ), a Maria-pretinha ( Solanum americanum ), o Sapé ( Imperata brasiliensis ) e o Mentrasto ( Agerathum Conyzoides ). Para superar esse problema, os produtores têm enfrentado dificuldades com os casos de resistência das plantas daninhas a certos sítios de ação de alguns herbicidas. Acelera esse processo o manejo inadequado e com uso intensivo de um mesmo produto, que favorece o surgimento de plantas resistentes. A Maria-pretinha, planta daninha que requer atenção dos cafeicultores, é exemplo disso. Segundo Forte et al (2016), há uma possível resistência, pela observação de que o controle não é efetivo em pós emergência quando feito por inibidores da enzima ALS. Tabela 1: Plantas daninhas de ciclo anual (a) e perene (P) de época seca (S) e chuvosa (C) do café canéfora, em Rondônia. Fonte: adaptado de Costa et al. (2003a, 2003b). 3. Métodos de controle de plantas daninhas na cultura do cafeeiro Para evitar perdas advindas dos fatores interferentes discutidos e garantir a produtividade, é importante planejar e realizar o controle de plantas daninhas. Para isso, deve-se realizar o manejo dessas plantas no cafeeiro integrando diferentes métodos, para evitar a seleção de espécies de difícil controle (Zaidan, 2020). Recomenda-se assim o Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD), fazendo uso de ações de controle preventiva, cultural, mecânica, física, química e biológica. O controle preventivo tem um excelente custo vs benefício e é necessário por ser o que evitará controles posteriores (Melo et al, 2022). Ele consiste no impedimento da entrada de propágulos das plantas daninhas. Para isso, destaca-se que as mudas devem ser certificadas e que as máquinas, implementos e ferramentas devem passar por uma rigorosa limpeza. Outro método de controle é o cultural, que objetiva aumentar a capacidade competitiva da cultura (Fontes; Gonçalves, 2009). Com essa finalidade deve-se escolher mudas vigorosas e de variedade adequada para a área, adequado espaçamento entrelinhas, correta densidade de plantio e fertilização. O método de controle mecânico deve ser realizado prioritariamente no estágio inicial de desenvolvimento das espécies daninhas. Nesse método é feito capina, arranque manual e uso de roçadeira. Também pode-se adotar o controle físico, por meio da inserção de plantas de cobertura/cobertura morta da superfície do solo e consequente redução da interferência das plantas daninhas na cultura de interesse (Ferrão et al, 2012). Além desses métodos, o controle químico vem sendo adotado por ter alta eficácia e bom rendimento operacional (Ferrão et al, 2012). Especialmente os de pós-emergência, vem tendo seu uso destacado pela eficiência, economia e formação de cobertura mortano solo. Deve-se atentar à prevenção do surgimento de biótipos resistentes, uma forma é pela alternância de sítio de ação (Oliveira Júnior; Constantin; Inoue, 2011). Por fim, o controle biológico pode ser feito pelo uso de agentes biológicos objetivando erradicar plantas daninhas. Porém, um ponto é que a aplicabilidade deste método ainda é uma questão a ser trabalhada. 4. Estudo de caso na cultura do cafeeiro O objetivo deste estudo de caso é descrever e discutir o uso de herbicidas e a tecnologia de aplicação para combate de plantas daninhas no cafeeiro. As escolhas feitas para esta análise serão descritas a seguir. Cultura: Café (cultivar híbrida de café BRS 3220) Tabela 2: Características agronômicas da cultivar BRS 3220. Características agronômicas da cultivar BRS 3220: ● Potencial produtivo acima de 110 sacas/hectare; ● Ciclo de maturação intermediário; ● Uniformidade de maturação média; ● Porte das é plantas alto; ● Resistente à ferrugem e à cercosporiose e suscetível ao nematoide. Tabela 3: Cronossequência da bienalidade das fenofases vegetativas e reprodutivas do cafeeiro, ciclo de maturação intermediária, em Rondônia, abrangendo seis estádios fenológicos. Fonte: http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/publicacoes_tecnicas/sp33-cafe.pdf Área do Talhão: 100 hectares, sendo 50 hectares para formação e 50 hectares para manutenção. Propriedade: Fazenda Bons Frutos Localização : São Miguel do Guaporé, Rondônia. Polo cafeeiro do Vale do Guaporé, região centro-oeste do estado. Imagem 3: Mapa de localização do município São Miguel do Guaporé, no estado de Rondônia. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Miguel_do_Guapor%C3%A9 Caracterização do solo: Latossolo vermelho-amarelo, fortemente ácido, distrófico, sob baixa altitude e com relevo predominantemente plano viável de mecanizar. Principais daninhas na área : Serralha (Sonchus Oleraceus) , Grama-seda ( Cynodon dactylon ), Maria-pretinha ( Solanum americanum ), Sapé ( Imperata brasiliensis ), Mentrasto ( Agerathum Conyzoides ). Imagem 4: Serralha ( Sonchus oleraceus ) Fonte: Hortas.Info Imagem 5: Grama-seda ( Cynodon dactylon) Fonte: Wikipédia Imagem 6: Maria-pretinha ( Solanum americanum ) Fonte: Plants CES Imagem 7: Sapé (Imperata brasiliensis) Fonte: Flora do Brasil Imagem 8: Mentrasto ( Agerathum conyzoides Fonte: Agrolink Pulverizador de Arrasto Modelo: PV1020 - John Deere Imagem 9: Pulverizador de arrasto PV1020 John Deere Fonte: Site Oficial John Deere O pulverizador de arrasto PV1020 John Deere possui as seguintes especificações: Comprimento Total de Barra 20 m Espaçamento entre Bicos 0,5 m Nºde bicos 42 Volume tanque de calda 2000L Sistema agitador sim Pulverizador Modelo: PVU-400/A Lavrale Figura X: Pulverizador PVU-400/A - Lavrale Fonte: https://www.jrtratores.com/produto/Pulverizador-Aplicador-de-Herbicida-300-400-(PVA-U)-/112/ O pulverizador PVU-400/A Lavrale de possui as seguintes especificações: Comprimento Total de Barra 2,4 - 3,2 m Nºde bicos 5 Volume tanque de calda 400 L 1. Controle de Plantas Daninhas em pré-plantio: Glifosato (Glifosato 720 WG NORTOX) + 2,4-D (2,4-D NORTOX) Cálculos: Modelo de bico: AIXR 11004 (50) 1. Vazão da Barra: 42 bicos x 1,29 L/min = 54,18 L/min 2. Área percorrida em 50 m: (tamanho da barra) x 50 m = 20 x 50 m = 1.000 m² 3. Tempo para percorrer 50 m à 8 km/h: (50 m x 60 min) / 8.000 m = 0,375 min 4. Litros gastos em 0,375 min: (0,375 min x 54,18 L) / 1 min = 20,3175 L 5. Volume de calda para 1 ha: (20,3175 L x 10.000 m²) / 1000 m² = 203,175 L 6. Confirmação da vazão do bico: : (volume de calda x espaçamento dos bicos x velocidade de aplicação) / 600 = (203,175 x 0,5 x 8 km/h) / 600 = 1,3545 Item Valor Unidade Dose recomendada Glifosato 3 L/ha Dose recomendada 2,4-D 1,6 L/ha Volume de calda 203,175 L/ha Volume de calda total 10.158,75 L Concentração 0,02264 L/L Volume total Tanque pulverizador 2000 L Quantidade de glifosato por tanque 29,53 L Quantidade de 2,4-D por tanque 15,74 L Quantidade de glifosato total 150 L Quantidade de 2,4-D total 80 L Quantidade de diluente total 9.929,75 L Quantidade de diluente por tanque 1.958,92 L Área potencial de um tanque 9,84 ha Abastecimento 6 und/50ha AIXR TeeJet (Ponta de Pulverização de Jato Plano XR com Indução de Ar) - AIXR11004 (50) Vazão do bico 1,29 L/min Tipo de Gota XC und Pressão de Trabalho 2,0 bar Velocidade de Trabalho 8 km/h Tamanho de barra 20 m Espaçamento entre bicos 0,5 m Quantidade de bicos 42 und Vazão de barra 54,18 (3250,8) L/min (L/h) Tempo de pulverização por ha 3,75 (0,0625) min/ha (h/ha) Tempo de pulverização até o abastecimento 36,91 (0,615) min (h) Tempo total de pulverização 187,5 (3,125) min (h) 2. Controle de Plantas Daninhas em pré-emergência para lavouras em formação: FIST CE Cálculos: Modelo de bico: AIXR11004 (50). 1. Vazão da Barra: 5 bicos x 1,82 L/min = 9,1 L/min 2. Área percorrida em 50 m: (tamanho da barra) x 50 m = 3,2 x 50 m = 160 m² 3. Tempo para percorrer 50 m à 6 km/h: (50 m x 60 min) / 6.000 m = 0,5 min 4. Litros gastos em 0,5 min: (0,5 min x 9,1 L) / 1 min = 4,55 L 5. Volume de calda para 1 ha: (4,55 L x 10.000 m²) / 160 m² = 284,375 L 6. Confirmação da vazão do bico: : (volume de calda x espaçamento dos bicos x velocidade de aplicação) / 600 = (284,375 x 0,64 x 6 km/h) / 600 = 1,82 Item Valor Unidade Dose recomendada - FIST CE 4 L/ha Volume de calda 284,375 L/ha Volume de calda total 14.218,75 L Concentração 0,014 L/L Volume total Tanque pulverizador 400 L Quantidade de FIST CE por tanque 5,63 L Quantidade de FIST CE total 200 L Quantidade de diluente total 14.018,75 L Quantidade de diluente por tanque 394,37 L Área potencial de um tanque 1,40 ha Abastecimento 36 und/50ha AIRX TeeJet (Ponta de Pulverização de Jato Plano XR com Indução de Ar) - AIXR11004 (50) Vazão do bico 1,82 L/min Tipo de Gota VC und Pressão de Trabalho 4,0 bar Velocidade de Trabalho 6 km/h Tamanho de barra 3,2 m Espaçamento entre bicos 0,64 m Quantidade de bicos 5 und Vazão de barra 9,1 (546) L/min (L/h) Tempo de pulverização por ha 31,25 (0,52) min/ha (h/ha) Tempo de pulverização até o abastecimento 43,96 (0,73) min (h) Tempo total de pulverização 1562,5 (26,04) min (h) 3. Controle de Plantas Daninhas em pós-emergência para lavouras em formação: Finale + Assist EC Cálculos: Modelo de bico: DG9505EVS 1. Vazão da Barra: 5 bicos x 2,27 L/min = 11,35 L/min 2. Área percorrida em 50 m: (tamanho da barra) x 50 m = 3,2 x 50 m = 160 m² 3. Tempo para percorrer 50 m à 6 km/h: (50 m x 60 min) / 6.000 m = 0,5 min 4. Litros gastos em 0,5 min: (0,5 min x 11,35 L) / 1 min = 5,675 L 5. Volume de calda para 1 ha: (5,675 L x 10.000 m²) / 160 m² = 354,6875 L 6. Confirmação da vazão do bico: : (volume de calda x espaçamento dos bicos x velocidade de aplicação) / 600 = (354,6875 x 0,64 x 6 km/h) / 600 = 2,27 Item Valor Unidade Dose recomendada - Finale 2 L/ha Dose recomendada - Assist EC 0,75 L/ha Volume de calda 354,69 L/ha Volume de calda total 4.433,59 L Concentração - Finale 0,0056 L/L Volume total Tanque pulverizador 400 L Quantidade de Finale por tanque 2,25 L Quantidade de Assist EC por tanque 0,85 L Quantidade de Finale total 25 L Quantidade de Assist EC total 9,38 L Quantidade de diluente total 4.399,22 L Quantidade de diluente por tanque 396,90 L Área potencial de um tanque1,13 ha Abastecimento 12 und/12,5ha DG TeeJet (Ponta de Pulverização de Jato Plano Uniforme de Deriva Reduzida) - DG9505EVS (50) Vazão do bico 2,27 L/min Tipo de Gota M und Pressão de Trabalho 4,0 bar Velocidade de Trabalho 6 km/h Tamanho de barra 3,2 m Espaçamento entre bicos 0,64 m Quantidade de bicos 5 und Vazão de barra 11,35 (681) L/min (L/h) Tempo de pulverização por ha 31,25 (0,52) min/ha (h/ha) Tempo de pulverização até o abastecimento 35,24 (0,58) min (h) Tempo total de pulverização 390,63 (6,51) min (h) 4. Dessecação das plantas daninhas na entrelinha do cafezal de manutenção: Glifosato Cálculos: Modelo de bico: TT11004 (50). 1. Vazão da Barra: 5 bicos x 1,29 L/min = 6,45 L/min 2. Área percorrida em 50 m: (tamanho da barra) x 50 m = 3,2 x 50 m = 160 m² 3. Tempo para percorrer 50 m à 6 km/h: (50 m x 60 min) / 6.000 m = 0,5 min 4. Litros gastos em 0,5 min: (0,5 min x 6,45 L) / 1 min = 3,225 L 5. Volume de calda para 1 ha: (3,225 L x 10.000 m²) / 160 m² = 201,5625 L 6. Confirmação da vazão do bico: : (volume de calda x espaçamento dos bicos x velocidade de aplicação) / 600 = (201,5625 x 0,64 x 6 km/h) / 600 = 1,29 Item Valor Unidade Dose recomendada - Glifosato 720 WG NORTOX 4 L/ha Volume de calda 201,56 L/ha Volume de calda total 7.558,59 L Concentração 0,020 L/L Volume total Tanque pulverizador 400 L Quantidade de Glifosato por tanque 7,94 L Quantidade de Glifosato total 150 L Quantidade de diluente total 7.408,59 L Quantidade de diluente por tanque 392,06 L Área potencial de um tanque 1,98 ha Abastecimento 19 und/37,5 ha Turbo TeeJet (Ponta de Pulverização de Jato Plano de Ângulo Grande) - TT11004 (50) Vazão do bico 1,29 L/min Tipo de Gota C und Pressão de Trabalho 2,0 bar Velocidade de Trabalho 6 km/h Tamanho de barra 3,2 m Espaçamento entre bicos 0,64 m Quantidade de bicos 5 und Vazão de barra 6,45 (387) L/min (L/h) Tempo de pulverização por ha 31,25 (0,52) min/ha (h/ha) Tempo de pulverização até o abastecimento 62,02 (1,03) min (h) Tempo total de pulverização 1.171,875 (19,53) min (h) 5. Pós-emergência na lavoura em manutenção na linha: Finale + Assist EC Cálculos: Modelo de bico: DG9505EVS. 1. Vazão da Barra: 5 bicos x 2,27 L/min = 11,35 L/min 2. Área percorrida em 50 m: (tamanho da barra) x 50 m = 3,2 x 50 m = 160 m² 3. Tempo para percorrer 50 m à 5 km/h: (50 m x 60 min) / 5.000 m = 0,6 min 4. Litros gastos em 0,6 min: (0,6 min x 11,35 L) / 1 min = 6,81 L 5. Volume de calda para 1 ha: (6,81 L x 10.000 m²) / 160 m² = 425,625 L 6. Confirmação da vazão do bico: : (volume de calda x espaçamento dos bicos x velocidade de aplicação) / 600 = (425,625 x 0,64 x 5 km/h) / 600 = 2,27 Item Valor Unidade Dose recomendada - Finale 3 L/ha Dose recomendada - Assist EC 0,4 L/ha Volume de calda 425,625 L/ha Volume de calda total 5.320,31 L Concentração - Finale 0,0070 L/L Volume total Tanque pulverizador 400 L Quantidade de Finale por tanque 2,82 L Quantidade de Assist EC por tanque 0,38 L Quantidade de Finale total 37,5 L Quantidade de Assist EC total 5 L Quantidade de diluente total 5.277,81 L Quantidade de diluente por tanque 396,80 L Área potencial de um tanque 0,94 ha Abastecimento 2,27 und/12,5ha DG TeeJet (Ponta de Pulverização de Jato Plano Uniforme de Deriva Reduzida) - DG9505EVS (50) Vazão do bico 2,27 L/min Tipo de Gota M und Pressão de Trabalho 4,0 bar Velocidade de Trabalho 5 km/h Tamanho de barra 3,2 m Espaçamento entre bicos 0,64 m Quantidade de bicos 5 und Vazão de barra 11,35 (681) L/min (L/h) Tempo de pulverização por ha 37,5 (0,625) min/ha (h/ha) Tempo de pulverização até o abastecimento 35,24 (0,58) min (h) Tempo total de pulverização 468,75 (7,81) min (h) 6. Controle de plantas daninhas pré-emergência em lavoura de manutenção: Diuron (KARMEX 800) Item Valor Unidade Dose recomendada - Diuron (Karmex 800) 4,5 L/ha Volume de calda 284,375 L/ha Volume de calda total 10664,06 L Concentração - Finale 0,0158 L/L Volume total Tanque pulverizador 400 L Quantidade de Finale por tanque 6,329 L Quantidade de Finale total 168,75 L Quantidade de diluente total 10495,303 L Quantidade de diluente por tanque 393,670 L Área potencial de um tanque 1,40 ha Abastecimento 27 und/37,5ha Turbo TeeJet (Ponta de Pulverização de Jato Plano de Ângulo Grande) - TT11004 (50) Vazão do bico 1,82 L/min Tipo de Gota M und Pressão de Trabalho 4 bar Velocidade de Trabalho 6 km/h Tamanho de barra 3,2 m Espaçamento entre bicos 0,64 m Quantidade de bicos 5 und Vazão de barra 9,1 L/min (L/h) Tempo de pulverização por ha 31,25 (0,52) min/ha (h/ha) Tempo de pulverização até o abastecimento 43,95 (0,73) min (h) Tempo total de pulverização 1117,87 (19,53) min (h) Cronograma de aplicação: Tabela X: Aplicação de pré plantio. Controle de Plantas Daninhas em pré-plantio Época Período Método de Controle Durante estiagem mai a set Área Total Mistura de Herbicidas Glifosato 720 WG Nortox + 2,4-D Nortox Fonte: adaptado de Santos (2000) Tabela X: Aplicação em cafezal em formação. Cafezal em formação Época Período Método de Controle Início das chuvas out a nov entrelinha Herbicida (pré) Acethoclor FIST CE linha Herbicida (pré) Acethoclor FIST CE Durante as chuvas dez a fev entrelinha Leguminosa rasteira com manejo roçadeira mecânica linha Capina mecânica grade cultivadora Final das chuvas mar a abr entrelinha Roço mecânica roçadeira mecânica linha Herbicida (pós) Amônio glufosinato FINALE Durante estiagem mai a set entrelinha Capina mecânica grade cultivadora linha Capina mecânica grade cultivadora Fonte: adaptado de Santos (2000) Tabela X: Aplicação de pré plantio Cafezal em manutenção Época Período Método de Controle Início das chuvas out a nov entrelinha Cobertura morta com herbicida (pós) Glifosato 720 WG Nortox linha Capina manual - Durante as chuvas dez a fev entrelinha Roço mecânico - linha Herbicida (pós) Amônio glufosinato FINALE Final das chuvas mar a abr entrelinha Roço mecânico - linha Capina manual - Durante estiagem mai a set entrelinha Herbicida (pré) Diuron (KARMEX 800) linha Herbicida (pré) Diuron (KARMEX 800) Fonte: adaptado de Santos (2000) Conclusão: Indica-se que seja realizada a rotação periódica dos grupos químicos dos herbicidas a serem utilizados, variando princípios ativos de mecanismos e modos de ação. Essa prática evita a seleção de plantas daninhas resistentes, contribuindo com um controle mais eficiente. 5. Referências CAMPOS, Alisson André Vicente. Seletividade de herbicidas e controle de plantas daninhas em lavouras de café arábica. 2020. Catálogo John Deere. Site John Deer. Disponível em: < https://www.deere.com.br/pt/magazines/publication.html?id=d061b27d#11 >. Acesso em: 21, novembro, 2022. CHRISTOFFOLETI, Pedro Jacob; NICOLAI, Marcelo. Convivência com plantas daninhas não deve limitar cafezal. Visão Agrícola. Piracicaba , v. 12, p. 37-39, 2013. COSTA, R. S. C. da; SANTOS, J. C. F.; LEÔNIDAS, F. das C.; RODRIGUES, V. G. S.; GARCIA, A. As principais plantas daninhas que ocorrem em lavouras de café Conilon em Ouro Preto do Oeste, Rondônia. In: SIMPÓSIO DE PESQUISA DOS CAFÉS DO BRASIL, 3., 2003. Porto Seguro. Anais... Brasília: Embrapa Café, 2003a. p. 273. COSTA, R. S. C. da; LEÔNIDAS, F. das C.;RODRIGUES, V. G. S.; MENDES, A. M.; SANTOS, J. C. F. As principais plantas daninhas que ocorrem no cafezal em Machadinho do Oeste, Rondônia. In: SIMPÓSIO DE PESQUISA DOS CAFÉS DO BRASIL, 3., 2003. Porto Seguro. Anais... Brasília: Embrapa Café, 2003b. p. 273-274. COSTA, R. S. C. da; SANTOS, J. C. F.; LEÔNIDAS, F. das C.; RODRIGUES, V. G. S. Manejo e controle de plantas daninhas no cafezal em Ouro Preto do Oeste, Rondônia, Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 26., 2000, Marília. Resumos... Rio de Janeiro; MAA/PROCAFÉ/CDPC, 2000. p. 250-251. Cultivo dos Cafeeiros Conilon e Robusta para Rondônia / Alaerto Luiz Marcolan... [et al.]. 3. ed. rev. atual.– Porto Velho: Embrapa Rondônia: EMATER-RO, 2009. FONTES, José Roberto Antoniol; GONÇALVES, J. R. P. Manejo integrado de plantas daninhas. 2009. MELO, Maria Eduarda Valias de et al. ANÁLISE DOS ATRIBUTOS FÍSICOS DE UM SOLO COM DIFERENTES MANEJOS DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO CAFÉ. Revista Agroveterinária do Sul de Minas -ISSN: 2674-9661, v. 4, n. 1, p. 1-15, 2022. 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