Buscar

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO 
DE JANEIRO 
INSTITUTO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO 
 
 
 
 
 
ACOMPANHAMENTO DA PRODUÇÃO 
ORGÂNICA DE TOMATE CEREJA CULTIVADO 
EM VASOS E EM AMBIENTE PROTEGIDO 
 
 
 
 
 
 
PASCOAL PEREIRA RODRIGUES 
 
 
 
 
2019 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE 
JANEIRO 
INSTITUTO DE AGRONOMIA 
 
 
ACOMPANHAMENTO DA PRODUÇÃO 
ORGÂNICA DE TOMATE CEREJA CULTIVADO 
EM VASOS E EM AMBIENTE PROTEGIDO 
 
 
Orientador Interno: Leonardo Duarte Batista da Silva 
Professor – UFRRJ 
 
 
 
 
Relatório de Estágio Supervisionado 
submetido como requisito para obtenção do 
grau de Bacharel em Agronomia, no Curso 
de Agronomia, da Universidade Federal 
Rural do Rio de Janeiro. 
 
 
 
Seropédica, RJ 
Março de 2019 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE 
JANEIRO 
INSTITUTO DE AGRONOMIA 
 
 
 
ACOMPANHAMENTO DA PRODUÇÃO 
ORGÂNICA DE TOMATE CEREJA CULTIVADO 
EM VASOS E EM AMBIENTE PROTEGIDO 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO APROVADO EM: ____ / __/ 2019 
 
 
 
________________________________________________
Pascoal Pereira Rodrigues 
(Estagiário) 
 
 
________________________________________________ 
Antônio de Amorim Brandão. Doutor. UFRRJ. 
(Supervisor) 
 
 
________________________________________________ 
Leonardo Duarte Batista da Silva. Doutor. USP. 
(Orientador) 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
Biblioteca Central / Seção de Processamento Técnico 
 
 
Ficha catalográfica elaborada com os dados fornecidos pelo (a) autor (a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus, aos meus pais e a toda minha família, que sempre me apoiaram em 
todos os momentos de minha vida. 
Agradeço a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro pelas oportunidades 
oferecidas durante minha vida acadêmica. Ao Professor Leonardo por ter concedido o 
Estágio. E também a todos aqueles que contribuíram com minha formação profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
RODRIGUES, P. P. Acompanhamento da Produção Orgânica de Tomate Cereja Cultivado em 
Vasos e em ambiente protegido. 2018. 35f. Relatório Final de Estágio supervisionado 
submetido como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Agrônomo. Instituto 
de Agronomia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2019. 
 
O presente trabalho intitulado “Cultivo orgânico de tomate Cereja Perinha em vasos 
preenchidos com mato (poda de grama) e ambiente protegido com manejo da irrigação por 
acionador automático” teve por objetivo principal proporcionar informações que sirvam de 
recomendação para um novo sistema de cultivo de tomate em vaso e em ambiente protegido, 
com relação aos insumos água e o substrato poda de grama, visando uma produção 
sustentável, baseada principalmente na utilização de materiais residuários como fonte de 
nutrientes e irrigação automatizada de baixo custo. 
O objetivo secundário foi revisar temas relacionados ao cultivo do tomate (Solanum 
lycopersicum L.) e destacar as atividades práticas desenvolvidas durante o período de estágio, 
numa estufa localizada no setor de Horticultura do Instituto de Agronomia da Universidade 
Federal Rural do Rio de Janeiro. Foram realizados tratamentos com água residuária da 
bovinocultura da Fazendinha Agroecológica do km 47, também conduzida em sistema 
orgânico de produção. 
 
Palavras Chave: substrato mato, produção orgânica, irrigação automatizada, tomate 
cereja perinha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INDICE DE FIGURAS 
 
 Figura 1. substrato Tropstrato HA Hortaliças, Vida Verde......................................15 
 Figura 2. substrato Multiplant Hortaliças, Terra do Paraiso.....................................15 
 Figura 3. Mecplant condicionador de solo, Mec Prec...............................................16 
 Figura 4. Saco de vermiculita, utilizada na composição de substrato.......................16 
 Figura 5. Bandejas de Isopor de 288, 200, 128 células.............................................17 
Figura 6. Modelo de Gabarito para Marcação de Bandeja de 128 células................17 
Figura 7. Estação de Tratamento de Água Residuária...............................................20 
Figura 8. Vista do Setor de Horticultura....................................................................22 
Figura 9. Estufa Modelo PESAGRO-RIO................................................................ 23 
Figura 10. Sistema que foi conduzido o tomateiro....................................................23 
Figura 11. Irrigação por microtubos..........................................................................23 
Figura 12. Broto axilar...............................................................................................24 
Figura 13. Tutoramento do tomate............................................................................24 
Figura 14. Retirada manual das folhas baixeiras.......................................................25 
Figura 15. Controle de Plantas Espontâneas..............................................................25 
Figura 16. Medição do diâmetro longitudinal...........................................................26 
Figura 17. Medição do diâmetro equatorial...............................................................26 
Figura 18. Pesagem do tomate...................................................................................26 
Figura 19. Sistema de Irrigação.................................................................................28 
Figura 20. Solenoides................................................................................................29 
Figura 21. Prestostato................................................................................................29 
Figura 22. Fertirrigação Com Água Residuária de Bovinos (150mL) .....................29 
Figura 23. Deficiência de Fósforo.............................................................................30 
Figura 24. Deficiência de Nitrogênio........................................................................30 
Figura 25. Fruto Pequeno Com Deficiência de Cálcio..............................................30 
Figura 26. Lepidóptera: Noctuidae............................................................................30 
Figura 27. Cochonilha................................................................................................30 
Figura 28. Fruto Brocado...........................................................................................31 
Figura 29. Capação da Haste Principal e Secundária................................................31 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1. Diagnose Nutricional....................................................................................19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 10 
2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 12 
2.1 Agricultura Orgânica ...................................................................................... 12 
2.2 A cultura do Tomate ....................................................................................... 12 
2.3 Importância Econômica do Tomate ................................................................ 13 
2.4 Importância Nutricional do Tomate ............................................................... 13 
2.5 Taxonomia e Características Botânicas do Tomate ........................................14 
2.6 Fases Fenológicas do Tomateiro .................................................................... 14 
2.7 Produção de Mudas de Tomate ...................................................................... 14 
2.8 Tutoramento ................................................................................................... 17 
2.9 Desbrota .......................................................................................................... 18 
2.10 Capação .......................................................................................................... 18 
2.11 Irrigação .......................................................................................................... 18 
2.12 Nutrição .......................................................................................................... 19 
2.13 Controle de Pragas e Doenças ........................................................................ 19 
3 ÁGUAS RESIDUÁRIAS DA BOVINOCULTURA ............................................ 20 
4 METODOLOGIA .................................................................................................. 21 
5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO ........................... 24 
5.1 Desbrota .......................................................................................................... 24 
5.2 Tutoramento ................................................................................................... 24 
5.3 Manejo Ecológico de Pragas e Doenças ......................................................... 25 
5.4 Controle de Plantas Espontâneas .................................................................... 25 
5.5 Identificação da Haste Principal e Secundária ............................................... 26 
5.6 Coleta de Tomates Maduros ........................................................................... 26 
5.7 Irrigação Por Gotejamento Automatizada ...................................................... 26 
5.8 Nutrição da Cultura ........................................................................................ 29 
5.9 Identificação de Deficiências Nutricionais ..................................................... 30 
5.10 Identificação de Pragas ................................................................................... 30 
5.11 Capação .......................................................................................................... 31 
 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O tomate (Solanum lycopersicum L.) é originário da região andina que abrange Chile, 
Colômbia, Equador, Bolívia e Peru. Apesar de sua origem andina, sua domesticação se deu no 
México (FILGUEIRA, 2008). Segundo FONTES & SILVA (2002) a domesticação do tomate 
foi feita pelos italianos. De acordo com GOTO (1995) O tomateiro é originário da América do 
Sul, mais especificamente entre o Equador e o Norte do Chile, encontrando-se muitas espécies 
desde o litoral do Pacífico, até uma altitude de 2.000 metros nos Andes, sendo, portanto, uma 
planta de clima tropical de altitude que se adapta a quase todos os tipos de climas, porém não 
tolerando temperaturas extremas. A espécie cultivada Lycopersicon esculentum originou-se da 
espécie andina e silvestre: Lycopersicon esculentum var. cerasiforme (TAYLOR, 1986), cuja 
família é a Solanácea. 
Na região considerada centro de origem, são encontradas numerosas espécies em sua 
forma primitiva, inclusive de tomate-cereja. Por isso, de acordo com os autores (JENKINS, 
1948; RICK, 1977) o tomateiro do grupo cereja pode ser considerado mais rústico do que os 
tomates cultivados. Segundo SOUZA (2003) o tomate-cereja destaca-se pela tolerância a 
doenças e pragas e pela atual expansão de mercado, em especial nos grandes centros urbanos 
e também pela boa adaptação aos sistemas orgânicos de produção. 
 No Brasil, o tomateiro foi introduzido por imigrantes europeus no fim do século XIX 
(Cançado Júnior et al., 2003). Este autor cita ainda que o tomateiro é a segunda hortaliça 
cultivada no mundo. 
Desde então, o seu cultivo começou a se consolidar, tornando-se a hortaliça de fruto 
mais importante do Brasil, a ponto de ocupar o primeiro lugar em valor e volume de produção 
(Martins, 1992). 
O tomate é uma das culturas mais sujeitas a problemas fitossanitários e que mais 
utiliza defensivos agrícolas. Isso pode resultar em acúmulo de resíduos na cadeia alimentar e 
sérios prejuízos ao consumidor, quando não são observados o período de carência e as doses 
do resíduo toleradas pela legislação (ZAMBOLIM et al, 2000). 
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018), em outubro de 
2018 o Brasil havia produzido uma safra de tomate de 4.277.590 (quatro milhões, duzentos e 
setenta e sete mil e quinhentos e noventa quilos e uma área de 62.675 ha. 
 
11 
 
Esta safra foi um pouco menor em relação a safra de 2017 cuja área era de 64.644 ha e 
a safra de 4.373.047 (quatro milhões, trezentos e setenta e três mil e quarenta e sete quilos. 
 Segundo IBGE (2017) os principais Estados brasileiros produtores de tomate são: 
Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande 
do Sul, Mato grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal. De acordo com a CEASA 
(2017) Paraná, os principais produtores mundiais de tomate são: China, India, Estados Unidos 
e o Brasil ocupando a 9ª posição. No Estado do Rio de Janeiro os principais municípios que 
produzem tomate, são (PESAGRO, 2016): Bom Jardim e Nova Friburgo (Região Serrana), 
Cambuci e São José de Ubá (Noroeste Fluminense), Paty do Alferes (Centro Sul Fluminense). 
Os Estados maiores produtores de tomate do Brasil são Goiás, responsável por 32,4% 
da produção nacional, São Paulo, com uma participação de 21,1%, Minas Gerais, com 16,7%, 
Bahia, com 4,5%, e Santa Catarina, com 4,4% (IBGE). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
Tem como principal objetivo oferecer subsídios ao estagiário no trabalho de campo, 
apresentando definições, conceitos, origem do tomate, bem como aspectos fundamentais da 
cultura e o manejo de pragas e doenças em cultivo orgânico do Tomate. 
 
2.1 Agricultura Orgânica 
 
A área plantada de produtos orgânicos no Brasil é de cerca de 750 mil hectares, 
contando com mais de 10 mil produtores e aproximadamente 13 mil unidades de produção 
(BRASIL, 2015). 
A agricultura orgânica é definida como um sistema de produção de alimentos de origem 
vegetal e animal que busca a promoção da agrobiodiversidade e dos ciclos biológicos, visando 
à sustentabilidade social, ambiental e econômica da unidade de produção (NEVES et al., 
2005). 
O sistema de produção de alimentos orgânicos é baseado na conservação dos recursos 
naturais e na substituição de insumos convencionais como os fertilizantes sintéticos de alta 
solubilidade, agrotóxicos, antibióticos e hormônios por insumos orgânicos ou biológicos 
(ARBOS et al., 2010). 
O manejo na agricultura orgânica valoriza o uso eficiente dos recursos naturais não 
renováveis, bem como o aproveitamento dos recursos naturais renováveis e dos processos 
biológicos alinhados à biodiversidade, ao meio ambiente, ao desenvolvimento econômico e à 
qualidade de vida humana (SEBRAE, 2018). 
O rendimento do tomate orgânico é menor quando comparado com o tomate 
convencional, porém apresenta um custo 17,1% menor e uma rentabilidade 113,6% maior 
(LUZ et al., 2007). 
 
2.2 A cultura do Tomate 
 
O tomate é considerado uma hortaliça das mais importantes para a alimentação 
humana, fazendo parte de diferentes receitas na culinária brasileira e mundial. 
13 
 
Segundo Filgueira (2013) “A palavra hortaliça refere-se ao grupo de plantas que 
apresentam, em sua maioria, as seguintes características: consistência tenra, não lenhosa; 
ciclo biológico curto; tratos culturais intensivos; cultivo em áreas menores,em relação às 
grandes culturas; e utilização na alimentação humana, sem exigir preparo industrial”. 
No comércio existem diversas variedades de tomate, dentre elas tem se destacado o 
tipo cereja (Lycopersicum esculentum var. cerasiforme) que foi introduzido no Brasil na 
década de 1990. Com um sabor mais adocicado que outras variedades de tomates, foi 
introduzido no Brasil na década de 1990. Destaca-se pela cor vermelha intensa ou amarela 
para alguns híbridos, alta firmesa, boa consistência, resistência à doença e pelo valor 
nutricional (SOUZA, 2009; JUNQUEIRA, 2011). 
Segundo Filgueira (2008), a temperatura ótima para a produção de tomate varia entre 21-28 
°C durante o dia e 15-20 °C durante a noite e temperaturas diurnas e noturnas mais elevadas 
prejudicam a frutificação e fixação dos frutos. 
A temperatura ótima para a germinação das sementes do tomateiro situa-se na faixa de 15 a 
25°C. 
A época de semeadura do tomate Cereja vai de agosto a janeiro, possuindo um ciclo de 
verão de aproximadamente 90 dias (ISLA sementes). 
 
2.3 Importância Econômica do Tomate 
 
O tomate é consumido in natura como o ingrediente preferido das saladas, sob a forma 
de suco, desidratado, como ingrediente de sopas, em conservas, em conservas, em extrato, 
coado e condimentado (catchup) ou com vinagre (picles). 
A utilização do tomate tipo cereja como adorno, aperitivo e na confecção de pratos 
diversos é uma opção a mais de consumo (GUSMÃO et al., 2000a). 
 
2.4 Importância Nutricional do Tomate 
 
A pectina total, pectina solúvel, relação sólidos solúveis/acidez, acidez titulável, 
vitamina C e açúcares redutores são importantes indicadores da qualidade organoléptica e 
nutricional dos frutos de tomate (CARVALHO et al., 2005; CARDOSO et al., 2006). 
14 
 
Embora as vitaminas estejam presentes em uma pequena proporção do total da matéria 
seca, essas substâncias são importantes do ponto de vista nutricional (Silva & Giordano, 
2006), devido ao alto consumo do tomate. 
Relativamente às vitaminas e aos minerais, destacam-se os carotenos, nomeadamente 
o licopeno, a vitamina C e o ácido fólico, bem como o potássio e o magnésio. 
O licopeno, um caroteno responsável pela cor vermelha do tomate é um antioxidante e 
protege as células e outras estruturas, como o DNA, das agressões provocadas pelos radicais 
livres, contribuindo na prevenção de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer, 
como o colo retal e da próstata (PORTO & OLIVEIRA, 2006). 
 
2.5 Taxonomia e Características Botânicas do Tomate 
 
O tomate, L. esculentum, é uma espécie C3 que pertence à família Solanaceae. Esta 
família inclui algumas espécies de grande importância econômica como a batata, o pimentão e 
a berinjela (D´ARCY, 1991). O tomateiro é uma planta perene, de porte arbustivo podendo 
desenvolver-se de forma rasteira, semi-ereta ou ereta. Pode apresentar crescimento limitado 
nas variedades de crescimento determinado e ilimitado nas de crescimento indeterminado. As 
folhas são compostas, imparipinadas com 7 a 9 folíolos. O sistema radicular é do tipo 
pivotante, podendo chegar a até 1,5 m de profundidade. As flores são hermafroditas com 
predomínio de autofecundação. 
 
2.6 Fases Fenológicas do Tomateiro 
 
De acordo com MAROUELLI et al., 1996, os estádios de desenvolvimento do 
tomateiro são: 
Estádio I: da emergência até 10% do desenvolvimento vegetativo; 
Estádio II: final do estádio I até 70 a 80% do desenvolvimento vegetativo (início do 
florescimento; 
Estádio III: vai do florescimento e o início da maturação dos frutos; 
Estádio IV: final do estádio III até a colheita. 
 
2.7 Produção de Mudas de Tomate 
 
A produção de mudas de qualidade que serão utilizadas para a produção de tomate, 
depende diretamente da escolha adequada do tipo de bandeja e da escolha adequada do 
15 
 
substrato. Os substratos são variados existindo vários marcas e diferentes fabricantes, a 
composição do substrato também varia de fabricante para fabricante. Os substratos comerciais 
utilizados no setor de horticultura da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro para a 
produção de mudas, são compostos basicamente por casca de pinus e vermiculita, e são 
específicos para hortaliças, apresentando Condutividade elétrica variando de 0,7 a 1,20 
mS/cm e pH entre 5,5 e 6,5. São três tipos de substrato utilizados no setor de horticultura da 
UFRRJ: Tropstrato HA hortaliças da fabricante Vida Verde, com condutividade elétrica de 
0,5 mS/cm e pH de 5,8, Multiplant Hortaliças da fabricante Terra do Paraiso, 
com condutividade elétrica de 1,00 mS/cm e pH 6,10 e Mecplant da fabricante Mec Prec, 
todos tendo em sua composição básica a matéria prima casca de pinus e pesando 25kg. 
Para a produção orgânica de mudas de tomate, o Substrato é produzido a partir de fontes 
renováveis: 83% vermicomposto, 15% de fino de carvão vegetal e 2% de torta de mamona 
(OLIVEIRA et al., 2011). 
A vantagem dos substratos comerciais para produção de hortaliças é que eles são isentos de 
patógenos, plantas espontâneas, impurezas, excelente germinação, crescimento vigoroso e 
uniformidade das mudas e melhor desenvolvimento do sistema radicular. 
 
 
Figura 1. Substrato Tropstrato HA Hortaliças, Vida Verde. 
 
 
Figura 2. Substrato Multiplant Hortaliças, Terra do Paraiso. 
 
16 
 
 
Figura 3. Mecplant condicionador de solo, Mec Prec. 
 
 
Figura 4. vermiculita, utilizada na composição de substrato. 
 
 
Existem vários recipientes que podem ser utilizados para produção de mudas, mas os 
mais indicados para hortaliças são as bandejas de isopor, ou bandeja de polipropileno rígido 
ou não (plástico). As bandejas de isopor apresentam um padrão, independente da marca e do 
fabricante. Para o tomateiro, a bandeja mais utilizada é a de 128 células. As bandejas devem 
ser lavadas e desinfetadas com uma solução de cloro cuja finalidade é garantir a qualidade 
fitossanitária das mudas. 
Colocam-se as bandejas em cima de uma bancada para se trabalhar de forma 
confortável, depois despeja-se o substrato sobre as bandejas fazendo uma leve pressão, 
espalhando o substrato por toda a bandeja, afim de que se preencha todas as células. Com uma 
régua faz-se a retirada do excesso de substrato, em seguida utiliza-se um gabarito para fazer 
os furos onde as sementes serão colocadas. O próximo passo é a semeadura, onde antes de 
iniciarmos devemos olhar algumas informações que constam na embalagem de sementes, 
17 
 
como a porcentagem de germinação, pureza e a data de validade, informações que indicam 
quantas sementes utilizaremos por célula. Sementes novas ou peletizadas e com germinação 
acima de 80%, normalmente se utiliza uma semente por célula. 
Após a semeadura, as bandejas são levadas para a casa de vegetação onde ficam por 
um período de tempo de 30 dias, sendo irrigadas várias vezes ao dia. Quando as mudas 
atingem 30 dias ou 4 folhas definitivas, são levadas para serem plantadas em canteiros no 
campo ou em vasos na casa de vegetação de produção. 
 
 
 
Figura 5. Bandejas de Isopor de 288, 200, 128 células 
 
 
 
Figura 6. Modelo de Gabarito para Marcação de Bandeja de 128 células 
 
 
2.8 Tutoramento 
 
Em cultivares de hábito de crescimento indeterminado é necessário que se faça o tutoramento 
das plantas para evitar o contato dos ramos, flores e frutos com o solo. Um dos sistemas mais 
adotados é o uso de fitilhos e consiste em um arame na horizontal sobre as fileiras de tomate, 
com altura de 1,80 a 2,00m. As plantas são amarradas com o fitilho que é preso no arame. 
18 
 
A medida que a planta cresce, solta-se o fitilho, envolve a nova parte da planta e prende o 
fitilho novamente. 
2.9 Desbrota 
 
Prática em que consiste na eliminação dos brotos axilar das folhas quando estes 
atingem 2 a 5 cm. Neste momento realiza-se a quebra dos brotos com o objetivo de reduzir o 
número de ramos na planta e consequentemente a competitividadepor assimilados das 
pencas, e também facilitando a aeração da planta e o controle fitossanitário. 
 
2.10 Capação 
 
A poda ou capação é realizada em cultivares de tomateiro que têm o hábito de 
crescimento indeterminado. Esta operação consiste na eliminação do broto terminal das 
hastes. Com a poda tem-se maior controle do crescimento da planta, sobre a floração e 
frutificação, limitando o número de pencas, garantindo frutos mais graúdos. O objetivo é 
interromper o crescimento das hastes e favorecer o direcionamento de nutrientes para os 
frutos. A poda é realizada após a emissão do décimo cacho de flores. Consiste no corte da 
gema apical. 
 
2.11 Irrigação 
 
De acordo com a Embrapa Hortaliças, o Tomateiro é uma planta muito exigente em 
água, sendo que o fruto maduro possui cerca de 93 a 95% de água. O déficit hídrico 
prolongado limita o desenvolvimento dos frutos e a produtividade, principalmente na fase de 
florescimento e desenvolvimento dos frutos. No entanto, não pode ocorrer excesso de água, 
pois esta condição facilita o aparecimento de doenças, provoca rachadura nos frutos, queda de 
flores, frutos ocos e podridão apical. 
A irrigação localizada por microgotejadores tem sido bastante utilizada em cultivos em 
estufas. 
 
 
 
 
19 
 
2.12 Nutrição 
 
O tomateiro é uma planta exigente em nutrientes. Os mais absorvidos em ordem 
decrescente, são: N, K, Ca, S, P, Mg, Fe, Mn, Zn, B e Cu (EMBRAPA, 1994). 
A absorção de nutrientes pelo tomateiro é baixa até o aparecimento das primeiras 
flores, aumentando e atingindo a máxima absorção na fase de pegamento e crescimento dos 
frutos (período que vai entre 40 e 60 dias após o plantio), voltando a decrescer durante a 
maturação dos frutos (EMBRAPA, 2006). 
É possível realizar uma diagnose para saber se está ocorrendo deficiência nutricional, 
conforme Tabela abaixo (Tabela 1). 
 
 
 
 Tabela 1. Diagnose Nutricional. EMBRAPA HORTALIÇAS 
 
 
2.13 Controle de Pragas e Doenças 
 
Consiste na adoção de técnicas e princípios da agricultura agroecológica, como por exemplo o 
método de poda das folhas. A poda das folhas no tomateiro é recomendada para melhorar o 
arejamento, aumentando a eficiência fotossintética e principalmente reduzir os riscos de 
incidência de pragas e doenças, assim como facilitar o seu controle. A eliminação das folhas é 
de baixo para cima, devendo ser cortadas apenas aquelas abaixo das pencas já colhidas. 
20 
 
3 ÁGUAS RESIDUÁRIAS DA BOVINOCULTURA 
 
 
A água residuária bruta (ARB) de bovinocultura de leite é preparada a partir da 
mistura entre 85% de água limpa de poço e 15% de esterco bovino fresco. O esterco é obtido 
no Sistema Integrado de Produção Agroecológica (SIPA), mais conhecido como Fazendinha 
Agroecológica do km 47, que está localizado no município de Seropédica no Estado do Rio 
de Janeiro – Brasil. 
A Fazendinha é uma área experimental da Empresa Brasileira de Pesquisa 
Agropecuária (EMBRAPA AGROBIOLOGIA) em parceria com a Universidade Federal 
Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de 
Janeiro (PESAGRO-RIO). As coordenadas geográficas são 22º48’00’’S de latitude e 
43º41’00’’W de longitude e altitude de altitude de 33m. 
Na Fazendinha Agroecológica km 47, possui instalado uma estação “piloto” de 
tratamento de água residuária proveniente do estábulo da bovinocultura de leite. A água 
residuária é captada por tubos que conduzem por gravidade até a esterqueira responsável pela 
separação de sólidos grosseiros e flutuantes. Na esterqueira a água residuária e bombeada para 
o tanque séptico onde fica armazenada para controlar o volume de água residuária que passa 
pelas etapas seguintes. O filtro de brita 1 e de fluxo ascendente, a brita é utilizada de meio 
suporte para microrganismos. 
No filtro de conduíte picado o fluxo e descendente, a corrugosidade do conduíte 
picado permite a fixação de microrganismos. O alagado construído é cultivado com o capim 
Vetiver e o material filtrante e a brita 1. 
 
 
 
 
 
Figura 7. Estação de Tratamento de Água Residuária 
Fonte: Melo, 2017 
21 
 
4 METODOLOGIA 
 
 
O experimento foi conduzido no setor de Horticultura (Figura 8) do Departamento de 
Fitotecnia pertencente ao Instituto de Agronomia da Universidade Federal Rural Rio de 
Janeiro (UFRRJ), Seropédica - RJ, Brasil (latitude 22°48’S, longitude 43°41’W, altitude de 
33m, durante o ano de 2018. 
Segundo Koppen, o clima da região é classificado como Aw, com verão quente e 
chuvoso e inverno seco com temperaturas amenas. As chuvas se concentram no período de 
novembro a março, com precipitação anual média de 1213 mm e temperatura média anual de 
24,5 °C. 
O experimento com tomate (Lycopersicon esculentum L.), cultivar Perinha Água 
Branca, cultivado em vasos de 8 L, foi realizado em casa de vegetação (estufa de baixo 
custo/modelo PESAGRO- RIO) sob manejo orgânico. 
A estufa tem sua estrutura construída em madeira serrada, totalmente envolta com 
sombrite e coberta com plástico agrícola de 100 micra (LEAL et al., 2006). Possui 
comprimento de 30 m e largura de 8 m, totalizando uma área de 240 m2 (Figura 9). 
As mudas de tomate foram produzidas na Fazendinha Agroecológica, UFRRJ, em 
bandejas com 128 células abastecidas com substrato orgânico constituído por 83% de 
vermicomposto, 15 % de fino de carvão vegetal e 2% de torta de mamona (OLIVEIRA et al., 
2011), mantidas em casa de vegetação e irrigadas diáriamente até o dia do transplantio (30 
dias após a semeadura) para os vasos. As mudas foram transplantadas no estádio de quatro 
folhas definitivas. 
O cultivo foi conduzido em vasos de 8 litros, que foram preenchidos com 
aproximadamente 600 gramas de biomassa vegetal seca (Paspalum notatum), dispostos de 
forma manual e compactados. Foi colocado uma camada de areia acima do material com a 
função de aumentar a compactação da grama e manter a umidade no interior dos vasos. Os 
vasos foram dispostos no interior da casa de vegetação, sendo o espaçamento entre linhas de 
1,0 m e o espaçamento entre vasos de 0,5 m, totalizando 6 linhas de cultivo, cada linha com 7 
vasos, tendo um total de 42 vasos. O delineamento experimental utilizado no cultivo do 
tomateiro foi inteiramente casualizado. 
A parcela experimental é um vaso com uma planta conduzida com duas hastes, através 
de fitilhos em ambas as hastes, dispostos sobre um arame liso instalado (Figura 10). 
22 
 
Utilizou-se O Sistema de Irrigação Localizada (microirrigação com microtubos, 
(Figura 11). O sistema possui elevada uniformidade de aplicação de água e baixo custo, 
constituindo uma alternativa para o Agricultor Familiar. 
 O período de colheita iniciou-se aproximadamente aos 2 meses após o transplantio, 
realizada duas vezes por semana. O processo de separação dos frutos de tomate cereja ocorreu 
por tamanho (equatorial e longitudinal) e peso (gramas). 
 
 
 
 
Figura 8. Vista do Setor de Horticultura 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 Figura 9. Estufa Modelo PESAGRO-RIO 
 
 
 
Figura 10. Sistema que foi conduzido o tomateiro 
 
 
 
Figura 11. Irrigação por microtubos 
24 
 
5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO 
 
 
As atividades foram desenvolvidas pelo Estagiário entre dia 24/09/2018 a 30/11/2018, 
em uma Estufa, no setor de Horticultura do Instituto de Agronomia da UFRRJ. 
 
5.1 Desbrota 
 
Foi realizada a retirada do broto axilar de forma manual e semanalmente. 
 
 
Figura 12. Broto axilar 
 
5.2 Tutoramento 
 
O tutoramento foi feito através de um fitilho de polietileno preso em linha de arame disposta 
cerca de 3,0 m acima da linha de cultivo e sustentada pelo fio de arame colocado na estrutura 
da estufa. A medida em que a planta cresce, ela vai sendo enrolada pelo fitilho. O amarrio não 
pode causar o estrangulamento do caule. 
 
 
Figura 13. Tutoramento do tomate 
25 
 
5.3 Manejo Ecológico de Pragase Doenças 
 
O controle de pragas e ou doenças foi feito pela poda das folhas de baixo para cima, sendo 
cortadas apenas aquelas abaixo das pencas já colhidas. Não houve nível de danos econômicos 
de nenhuma praga ou doença. 
 
 
 
Figura 14. Retirada manual das folhas baixeiras. 
 
5.4 Controle de Plantas Espontâneas 
 
Foi realizado semanalmente e de forma manual, através de arranquio das plantas espontâneas 
nos vasos. E também foi realizada uma capina com enxada, no experimento. 
 
 
Figura 15. Controle de Plantas Espontâneas 
 
26 
 
5.5 Identificação da Haste Principal e Secundária 
 
Foram feitas medições da altura de cada haste utilizando uma “fita” métrica. 
 
5.6 Coleta de Tomates Maduros 
 
Atividade realizada semanalmente, com medições do diâmetro pelo paquímetro: diâmetros 
longitudinal (Figura 16), equatorial (Figura 17) e posterior pesagem (Figura 18). 
 
 
 
Figura 16. Medição do diâmetro longitudinal Figura 17. Medição do diâmetro equatorial 
 
 
Figura 18. Pesagem do tomate 
 
5.7 Irrigação Por Gotejamento Automatizada 
 
Tendo como princípio básico o funcionamento do tênsiometro, o acionador automático 
para irrigação (AAI) é um dispositivo que controla o acionamento, a duração e a paralisação 
da irrigação automaticamente, com base na tensão da água no solo. Este dispositivo foi 
inventado pelo Professor Leonardo Oliveira Medici (UFRRJ), que o confeccionou com peças 
27 
 
largamente produzidas na indústria, o que faz com que este dispositivo seja considerado de 
baixo custo em relação aos demais controladores disponíveis no mercado. 
O acionador automático para irrigação tem a capacidade de acionar o sistema de 
irrigação, no momento em que o substrato atinge uma determinada tensão da água para o 
início da irrigação, e de interromper a irrigação no momento em que a tensão da água no 
substrato correspondente a capacidade de campo. Outra vantagem trazida por este controlador 
é a diminuição da mão de obra utilizada no acionamento do sistema de irrigação. 
Este dispositivo é formado por uma cápsula cerâmica usada em filtros residenciais de água 
conectada por um tubo flexível a um prestostato. O sistema é totalmente preenchido com água 
e, após a montagem, a cápsula é instalada no interior do vaso, na profundidade correspondente 
à profundidade efetiva de exploração do sistema radicular da cultura. Quando há evaporação e 
transpiração vegetal, o conteúdo de água no substrato se torna mais baixo, ocorrendo à 
formação de uma tensão dentro da cápsula que é transmitida pelo tubo flexível até o 
prestostato. Com esta tensão, o diafragma do prestostato aciona um comutador que estabelece 
o circuito elétrico entre o sistema de irrigação, como uma válvula solenóide, e a fonte de 
energia elétrica através dos condutores (fio de 4 mm). Com a corrente elétrica estabelecida, a 
válvula solenóide permite a passagem da água para a tubulação do sistema de irrigação. 
A água fornecida ao solo umedece o sistema radicular da planta e entra em contato 
com a cápsula, fazendo com que a tensão seja aliviada e se estabeleça uma pressão positiva no 
prestostato, o qual então irá cortar a corrente elétrica da válvula solenóide, interrompendo a 
irrigação. Desta forma, o próprio potencial da água no substrato irá comandar o processo de 
fornecimento de água às plantas, evitando estresse hídrico ou aplicação excessiva de água. 
O acionador automático de baixo custo tem a função de repor a água perdida pela 
evaporação do substrato e transpiração da cultura. O acionador é composto por uma cápsula 
cerâmica usada em filtros de água, prestostato de máquina de lavar roupas (3) e um tubo 
plástico. A cápsula cerâmica (1) é conectada ao prestostato através de um tubo plástico (2) 
preenchido com água. Fonte de energia elétrica (4). Fonte de água (6). 
 
 
 
28 
 
 
 
 
Figura 19. Sistema de Irrigação 
Fonte: Medici et al., 2010 
 
Abaixo, as peças constituintes do sistema de Irrigação: 
 Caixa de água: 1000 litros 
 Mangueira de polietileno: 16 mm de diâmetro 
 Cabo flexível (2,5 mm) 
 Registros 
 Conexões 
 Microtubos 
 Velas de filtro 
 Prestostatos 
 Solenoides 
 Tubos de plástico 
 Fios condutores de eletricidade 
29 
 
 
 
Figura 20. Solenoides Figura 21. Prestostato 
 
5.8 Nutrição da Cultura 
 
Além da poda de grama (600g/pote de 8L), foram feitas adubações de cobertura. Foi realizada 
fertirrigação com água residuária da Fazendinha Agroecológica do km 47 da UFRRJ. Foram 
feitos três tratamentos, listados abaixo: 
T1 - 150 ml de água pura 
T2 - 150 ml de água residuária tratada da bovinocultura da Fazendinha 
T3 - 150 ml de água residuária bruta da bovinocultura da Fazendinha 
Água residuária bruta: misturou 85% de água destilada e 15% de fezes frescas. 
Foram realizadas 9 fertirrigações, aplicando-se um total de 1,5 litros por vaso. A última 
fertirrigação foi realizada dia 31 de outubro de 2018, conforme figura abaixo. 
 
 
Figura 22. Fertirrigação Com Água Residuária de Bovinos: 150 mL 
30 
 
5.9 Identificação de Deficiências Nutricionais 
 
Foi identificado deficiência de Fósforo (P) e Nitrogênio (N) e Cálcio (Ca): 
 
 
 Figura 23. Deficiência Fósforo Figura 24. Deficiência de Nitrogênio 
 
 
Figura 25. Fruto Pequeno Com Deficiência de Cálcio 
 
5.10 Identificação de Pragas 
 
Foi identificado uma lagarta da broca e algumas cochonilhas, sem haver algum dano 
econômico. 
 
 
 
Figura 26. Lepdoptera: Noctuidae Figura 27. Cochonilha 
31 
 
 
Figura 28. Fruto Brocado 
 
5.11 Capação 
 
A prática foi realizada dia 29 de outubro de 2018. A haste principal ficou com 10 cachos e a 
haste secundária com 8 cachos: 
 
 
 
Figura 29. Capação da Haste Principal e Secundária 
32 
 
6 RESULTADOS ESPERADOS 
 
 
Espera-se obter o melhor tratamento em relação a produção de frutos de tomate Cereja 
orgânico por planta, utilizando biomassa vegetal não compostada e água residuária de 
bovinocultura de leite da Fazendinha Agroecológica do km 47. Outro fator importante é a 
resistência da planta às principais doenças e pragas. Obtenção de frutos sem podridão apical 
ou fundo preto que são sintomas da deficiência em cálcio. 
 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
A realização do estágio supervisionado possibilitou vivenciar na prática a rotina de 
trabalho de um produtor de tomate, assim como as dificuldades enfrentadas pelo mesmo, 
durante todo o estádio fenológico da cultura. 
O cultivo de tomate cereja em vasos e em estufa usando o mato como substrato e principal 
fornecedor de nutrientes para as plantas, é uma técnica que pode revolucionar o cultivo de 
tomate orgânico em ambiente protegido. 
A vivência no campo experimental proporcionou ao estagiário aplicar os 
conhecimentos teóricos em relação ao cultivo do tomateiro e também obter um bom 
relacionamento com Estudantes da Pós-Graduação e funcionários do setor de Horticultura da 
UFRRJ. 
Um dos grandes desafios do Engenheiro Agrônomo está na constante busca de novas 
tecnologias que venham ser acessíveis para os pequenos produtores e a busca incessante pela 
valorização do homem do campo. 
Não foi possível apresentar neste Relatório Resultados do Experimento porque os 
dados ainda estão em fase de análise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ARBOS, K.A.P.; FREITAS, R.J.S.; STERTZ, S.C.; CARVALHO, L.A. Segurança alimentar 
de hortaliças orgânicas: aspectos sanitários e nutricionais. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 
Campinas, v.30, supl.1, p.215-220, 2010. 
 
BRASIL. Ministério do meio ambiente. Semana dos alimentos orgânicos acontece em todo 
país. Brasília, 26 de maio de 2015. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/meio- 
ambiente/2015/05/semana-dos-alimentos-organicos-acontece-em-todo-pais>.Acesso em: 
16/01/2019. 
 
CANÇADO JÚNIOR, F.L.; CAMARGO FILHO, W.P.; ESTANISLAU, M.L.L.; PAIVA, 
B.M.; MAZZEI, A.R.; ALVES, H.S. Aspéctos econômicos da produção e comercialização do 
tomate para mesa. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, 2003, v.24, n.219, p. 7-18. 
 
CARDOSO, S. C. et al.. Qualidade de frutos de tomateiro com e sem enxertia. Bragantia, 
Campinas, v. 65, n. 2, p. 269-274, 2006. 
 
CARVALHO, L.A. Caracterização físico-química de híbridos de tomate de crescimento 
indeterminado em função do espaçamento e número de ramos por planta. Revista Brasileira 
de Agrociências, Pelotas, v. 11, n. 3, p. 295-298, 2005. 
 
D´ARCY, W.G. The Solanaceae since 1976, with a review of its biogeography. In: HAWKES 
JG; LESTER RN; NEE M; ESTRADA N. (Eds.). Solanaceae III: Taxonomy, Chemistry, 
Evolution. Royal Botanic Gardens, Kew: 75-137, 1991. 
 
EMBRAPA. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Agricultura 
Orgânica Sustentável. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2005. p. 149- 172. 
 
EMBRAPA. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistemas 
brasileiros de classificação de solos. EMBRAPA SOLOS – CNPS. 2 ed. Brasília: Embrapa 
produção de informação; Rio de Janeiro. Embrapa solos 2006. 306p. 
 
EMBRAPA. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. 
Cultivo do tomate (Lycopersicum esculentum Mill) para industrialização. EMBRAPA-CNPH, 
Brasília, jan. 1994, 36p. (Instruções técnicas da Embrapa Hortaliças, 12). 
 
EMBRAPA. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (Embrapa 
Hortaliças). Disponível em: https://www.embrapa.br/hortalicas/tomate-de-mesa/nutricao-da-
planta. Acesso em 14/01/2019. 
 
FILGUEIRA, F.A.R. Novo Manual de Olericultura: Agrotecnologia moderna na produção e 
comercialização de hortaliças. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2008. 421 p. 
 
FILGUEIRA, F.A.R. Novo manual de Olericultura. 3. ed. Viçosa: Universidade Federal de 
Viçosa, 2013. 421 p. 
 
http://www.brasil.gov.br/meio-
https://www.embrapa.br/hortalicas/tomate-de-mesa/nutricao-da-planta.%20Acesso%20em%2014/01/2019
https://www.embrapa.br/hortalicas/tomate-de-mesa/nutricao-da-planta.%20Acesso%20em%2014/01/2019
34 
 
FONTES, P. C.R.; SILVA, D. J. H. produção de tomate de mesa. Viçosa, MG: Aprenda fácil, 
2002. 196p. 
 
Google Earth Pro. Vista do Setor de Horticultura. Acesso em 12/03/2019. 
 
GOTO. R. Manejo nutricional no cultivo de hortaliças em estufas. In: Encontro de Hortaliças, 
9.; Encontro de Plasticultura da Região Sul, 6., 1994, 
 
GUSMÃO SAL de; PÁDUA J.G; GUSMÃO M.T.A de; BRASIL L.T. 2000a. Efeito da 
densidade de plantio e forma de tutoramento na produção de tomateiro tipo “cereja” em 
Jaboticabal-SP. Horticultura Brasileira., v. 24, n. 4: p.572-573, 2006. 
 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018). Disponível em: 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/economicas/agricultura-e-pecuaria/9201-
levantamento-sistematico-da-producao-agricola.html?=&t=resultados. Acesso em 28/11/2018. 
 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: Disponível em: 
ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Levantamento_Sistematico_da_Producao_Agricola_[
mensal]/Fasciculo/2016/lspa_201612_20170222_133000.pdf. Acesso em 28/11/2018. 
 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: 
https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1618#notas-tabela. Acesso em 28/11/2018. 
 
Informação tecnológica nº 92, dezembro de 2016-Niteroi/RJ, Pesagro-Rio de Janeiro. 
http://www.pesagro.rj.gov.br/downloads/infonline/online92.pdf. Acesso em 28/11/2018. 
 
ISLA SEMENTES. https://isla.com.br/produto/Tomate-Cereja/261. Acesso em 15/01/2019. 
 
JENKINS, J.A. The original of the cultivated tomato. Economic Botany 2: p.379-392. 1948. 
 
JUNQUEIRA, A. H.; PEETZ, M. S.; ONODA, S. M. SweetGrape: um modelo de inovação 
na gestão da cadeia de produção e distribuição de hortaliças, 2011. 19p. Disponivel 
http://www.espm.br/Publicacoes/CentralDeCases/Documents/SWEET%20GRAPE.pdf>. 
Acesso em: 24/11/2018. 
 
LEAL, M.A.A.; CAETANO, L.C.S.; FERREIRA, J.M. Estufa de baixo custo: modelo 
PESAGRO - RIO. Niterói: PESAGRO Rio, 2006. 30 p. (Informe Técnico, 33). 
 
LUZ, J.M.Q.; SHINZATO, A.V.; SILVA, M.A.D. Comparação dos sistemas de produção de 
tomate convencional e orgânico em cultivo protegido. Bioscience Journal, Uberlândia, v.23, 
n.2, p.7-15, 2007. 
 
Maringá. Palestras e trabalhos apresentados... Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 
1995. p. 11-18. 
 
MAROUELLI, W. A; SILVA, W. L. C.; SILVA, H. R. da. Manejo da irrigação em hortaliças. 
Brasília, DF: Embrapa, 5. Ed. 1996, 72p 
 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/economicas/agricultura-e-pecuaria/9201-levantamento-sistematico-da-producao-agricola.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/economicas/agricultura-e-pecuaria/9201-levantamento-sistematico-da-producao-agricola.html?=&t=resultados
ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Levantamento_Sistematico_da_Producao_Agricola_[mensal]/Fasciculo/2016/lspa_201612_20170222_133000.pdf
ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Levantamento_Sistematico_da_Producao_Agricola_[mensal]/Fasciculo/2016/lspa_201612_20170222_133000.pdf
https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1618#notas-tabela.
http://www.pesagro.rj.gov.br/downloads/infonline/online92.pdf
https://isla.com.br/produto/Tomate-Cereja/261.%20Acesso%20em%2015/01/2019
http://www.espm.br/Publicacoes/CentralDeCases/Documents/SWEET%20GRAPE.pdf
35 
 
MARTINS G. 1992. Uso de casa de vegetação com cobertura plástica na tomaticultura de 
verão. Jaboticabal: UNESP-FCAV. 65 p (Tese doutorado). 
http://www.scielo.br/pdf/hb/v27n2/v27n2a04.pdf. Acesso em 29/12/ de 2018. 
 
MEDICI, L.O; ROCHA, H.S; CARVALHO, D.F; PIMENTEL. C; AZEVEDO, R.A. 
Automatic controller to water plants. Scientia Agricola, v.67, n.6, p.727-730, 2010. 
 
MELO, A.C.F. Tratamento de água residuária de bovinocultura de leite, utilizando sistema de 
alagado construído cultivado com Capim Vetiver. Dissertação de Mestrado. Universidade 
Federal Rural do Rio de Janeiro, 2017. 
 
NEVES, M.C.P.; GUERRA, J.G.M.; CARVALHO, S.R.; RIBEIRO, R.L.D.; ALMEIDA, 
D.L. Sistema integrado de produção agroecológica ou fazendinha agroecológica do Km 47. 
In: AQUINO, A.M.; ASSIS, R.L. (Eds.). Agroecologia: Princípios e técnicas para uma 
agricultura sustentável. 
 
OLIVEIRA, E.A.G.; RIBEIRO, R.L.D.; GUERRA, J.G.M.; LEAL, M.A.A.; ESPÍNDOLA, 
J.A.A.; ARAÚJO, E.S. Substrato produzido a partir de fontes renováveis para a 
produção orgânica de mudas de hortaliças. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 2011, 4 p. 
(Comunicado Técnico, 134). 
 
PORTO, A.; OLIVEIRA, L. Tabela da composição de alimentos. Lisboa: Instituto Nacional 
de Saúde Dr. Ricardo Jorge, 2006. 
 
RICK, C.M. Fobes, J,F. and Holle, M. Genetic variation in Lycopersion pimpinellifoum: 
evidence of evolutionary change in matting system. Plant Systematics and Evolution 127: 
139-170. 1977. 
 
SILVA, J.B.C.; GIORDANO, L.B. (Org.). Cultivo de tomate para industrialização. Brasília, 
DF: Sistemas de Produção, 2ª edição, Embrapa Hortaliças, 2006. 
 
Central de Abastecimento do Estado do Paraná. Disponível em: 
http://www.ceasa.pr.gov.br/arquivos/File/BOLETIM/Boletim_Tecnico_Tomate1.pdf. Acesso 
em 28/11/2018. 
 
Revista Globo Rural. 
https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/Hortifruti/noticia/2018/03/producao-
de-tomate-sera-12-inferior-prevista-em-janeiro.html. Acesso em 29/11/ 2018. 
 
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Disponível em: 
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-mercado-para-os-produtos-organicos-
esta-aquecido,5f48897d3f94e410VgnVCM1000003b74010aRCRD. Acesso em 28/11/2018. 
 
SOUZA, J.L. de; Tomateiro para mesa. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.24, n.219, 
p.108-120, 2003. 
 
ZAMBOLIM, L.; COSTA, H.; VALE, F.X.R. do; Situação atual do controle químico de 
doenças de hortaliças. Horticultura Brasileira, Brasília, v.18, p.96-110, julho, 2000. 
 
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-mercado-para-os-produtos-organicos-esta-aquecido,5f48897d3f94e410VgnVCM1000003b74010aRCRDhttp://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-mercado-para-os-produtos-organicos-esta-aquecido,5f48897d3f94e410VgnVCM1000003b74010aRCRD

Continue navegando