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Instalações Prediais Vitória 2009 Eletroeletrônica Instalador Predial Versão 01 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do Senai-ES - Unidade Vitória Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) SENAI. Departamento Regional do Espírito Santo. S474n NR-10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Departamento Regio- nal do Espírito Santo. - Vitória : SENAI, 2009. 112 p. : il. Inclui bibliografia 1. NR 10. 2. Eletricidade. 3. Segurança. 4. Métodos de trabalho. 5. Prevenção de acidentes. 6. Medidas de controle. I. Título. 614.8:537 © 2009. Senai - Departamento Regional do Espírito Santo Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por quaisquer meios, sem autorização prévia do Senai-ES. Senai-ES Gerência de Educação e Tecnologia - Getec Senai-ES - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional do Espírito Santo Av. Nossa Senhora da Penha, 2053 Ed. Findes - 6º andar Cep: 29056-913 - Vitória - ES Tel: (27) 3334-5600 - Fax: (27) 3334-5772 - http://www.es.senai.br 5 • Instalações Prediais Achou importante? Faça aqui suas anotações. Apresentação A busca por especialização profissional é constante. Você, assim como a maioria das pessoas que deseja agregar valor ao currículo, acredita nessa ideia. Por isso, para apoiá-lo na permanente tarefa de se manter atuali- zado, o Senai-ES apresenta este material, visando a oferecer as informa- ções de que você precisa para ser um profissional competitivo. Todo o conteúdo foi elaborado por especialistas da área e pensado a partir de critérios que levam em conta textos com linguagem leve, gráfi- cos e ilustrações que facilitam o entendimento das informações, além de uma diagramação que privilegia a apresentação agradável ao olhar. Como instituição parceira da indústria na formação de trabalhadores qua- lificados, o Senai-ES está atento às demandas do setor. A expectativa é tornar acessíveis, por meio deste material, conceitos e informações neces- sárias ao desenvolvimento dos profissionais, cada vez mais conscientes dos padrões de produtividade e qualidade exigidos pelo mercado. 6 • Instalações Prediais 7 • Instalações Prediais Achou importante? Faça aqui suas anotações. Fornecimento de Energia Elétrica .....................................................................................11 Ferramentas manuais e instrumentos ............................................................................ 21 Materiais .................................................................................................................................... 37 Componentes .......................................................................................................................... 53 Proteção das Instalações Elétricas Prediais ................................................................... 69 Projeto elétrico ........................................................................................................................ 87 Prática de Instalações .......................................................................................................... 117 Sumário 8 • Instalações Prediais 9 • Instalações Prediais Achou importante? Faça aqui suas anotações. Fornecimento de Energia Elétrica Energia Elétrica Vale a pena lembrar que no Universo em que vivemos uma coisa depende da outra para existir. Nada é novo. Por isso, sem desprezar as outras for- mas de energia existentes, que também dependem umas das outras para suas existências, no caso da energia elétrica, ela precisa passar por uma dessas três principais etapas de geração, transmissão, distribuição para ser utilizada: Geração Nesta primeira etapa, a energia elétrica é produzida a partir da energia mecânica de rotação de um eixo de uma turbina que movimenta um gerador. Este gerador pode ser movido pela força da água (hidráulica) ou, pela força do vapor (térmica) ou, ainda, na fissão do urânio (nuclear). Transmissão Neste segundo caso, a energia elétrica gerada nas usinas hidroelétricas precisa ser transportada até as Subestações elevadoras de tensão e as linhas de transmissão levam a energia para ser consumida nos lugares mais distantes do país. Sem estes dois processos ficaria muito difícil das cidades, indústrias, fazendas e outros consumidores potenciais de serem usuários da energia elétrica. 10 • Instalações Prediais Distribuição Agora, neste terceiro processo, a energia elétrica precisa ser distribuída para os consumidores. Para isso, tem que ocorrer um fenômeno inverso ao que aconteceu com a transmissão. Neste caso, é necessário baixar a tensão do nível transmissão que é muito alto para o nível de distribuição que é mais baixo. Isto é feito nas cidades, através de transformadores instalados nos postes das cidades, que levam a tensão a baixar ao nível de 127/220 Volts, ou seja, tornando adequada a sua utilização. Portanto, as etapas da geração e do fornecimento de energia, são venci- das, resumidamente, a partir do seguinte processo de: geração, transmis- são e distribuição de energia. 11 • Instalações Prediais Normalização Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL Ao trabalhador que trabalha na área de Instalação Predial, é bom lem- brar-lhe que tudo que ele faz é observado e coordenado por um órgão do Governo Federal, ligado ao Ministério das Minas e Energias – MME, chamado de Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, autarquia em regime especial, que foi criada pela Lei 9.427, de 26/12/1996. É muito importante que você, também eletricista, siba que a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL precisou estabelecer regras para o uso da eletricidade e para garantir os serviços de energia elétrica para a população e, para isso, criou algumas funções como padrão para agir, como por exemplo: Regular e fiscalizar a geração, a transmissão, a distribuição e a comer-• cialização da energia elétrica, defendendo o interesse do consumidor. Mediar os conflitos de interesses entre os agentes do setor elétrico e • entre estes e os consumidores. Conceder, permitir e autorizar instalações e serviços de energia; • garantir tarifas justas; zelar pela qualidade do serviço. Exigir investimentos; estimular a competição entre os operadores e • assegurar a universalização dos serviços. Além disso, como toda empresa bem organizada e respeitadora das nor- mas, a ANEEL impôs a sua missão que é a de proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT A ABNT foi fundada em 1940. É o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tec- nológico brasileiro. 12 • Instalações Prediais É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de Normalização – ÚNICO – através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992. É membro fundador da ISO (International Organization for Standardi- zation), da COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização). Definindo de forma simples o que é A Normalização, pode-se dizer que ela se preocupa com tudo o que existe e que pode existir, e tudo o que acontece e que pode acontecer em relação ao uso diário de um produto pela população de um país e, esta preocupação, leva a empresa produ- tora desse produto a ter que se esforçar, ao máximo, para ter um produto de qualidade para vender num determinado mercado. Então, como a Normalização tem a direção do Governo Federal, houve necessidade de criar alguns objetivos comuns a todos os cidadãos deste País, para serem seguidos baseados em certas condutas, que são: Economia Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos. ComunicaçãoProporcionar meios mais eficientes na troca de informação entre o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e dos serviços. Segurança Proteger a vida humana e a saúde. Proteção do consumidor Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos produtos. Eliminação de barreiras técnicas e comerciais. Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países, facilitando assim, o intercâmbio comercial. Eis aqui outras referências, voltadas para a prática da Normalização, tra- duzidas em objetivos que podem ser qualitativos e/ou quantitativos, variando de acordo com os benefícios que se propõe a atingir, a saber: Na prática, a Normalização está presente na fabricação de produtos, na transferência de tecnologia e na melhoria da qualidade de vida atra- vés de normas relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente. Os benefícios da Normalização podem ser: Qualitativos, permitindo: utilizar adequadamente os recursos (equipamentos, materiais e • mão-de-obra); uniformizar a produção;• facilitar o treinamento da mão-de-obra, melhorando seu nível téc-• nico; registrar o conhecimento tecnológico;• facilitar a contratação ou venda de tecnologia.• 13 • Instalações Prediais Quantitativos, permitindo: reduzir o consumo de materiais;• reduzir o desperdício;• padronizar componentes;• padronizar equipamentos;• reduzir a variedade de produtos;• fornecer procedimentos para cálculos e projetos;• aumentar a produtividade;• melhorar a qualidade;• controlar processos.• É ainda um excelente argumento de vendas para o mercado internacio- nal, como também para regular a importação de produtos que não este- jam em conformidade com as normas do país importador. OBSERVAÇÃO: A Padronização das Concessionárias de Energia Elétrica, bem como o apoio e o esforço do Governo Federal em agir contra o des- perdício de energia elétrica e de promover a boa utilização dos recur- sos energéticos do Brasil, dá-nos a segurança de seguir, como norma de conduta vigente, qualquer padrão estabelecido pelas Instituições deste País. Por isso, alguns dos itens apresentados na sequência desta apos- tila, e que tratam da Normalização do Fornecimento de Energia Elétrica, são necessários repeti-los, na íntegra, por se tratarem de convenções ou padrões comuns a todos. Quando a situação pedir, devemos ter o zelo de fazer as devidas referências aos assuntos que se enquadram a essas normas. Normalização das instalações elétricas de baixa tensão (NBR-5410). As instalações elétricas de baixa tensão são regulamentadas pela Norma Brasileira vigente, a NBR 5410/97 “Instalações Elétricas de Baixa Tensão” da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Essa Norma, também conhecida como NB 3, fixa os procedimentos que devem ter as instalações elétricas: PROJETO, EXECUÇÃO, MANUTENÇÃO e VERIFICAÇÃO FINAL, a fim de garantir o seu funcionamento adequado, a segurança das pessoas e de animais domésticos e aplica-se às insta- lações elétricas (novas e reformas das existentes) alimentadas sob uma tensão nominal igual ou inferior a 1.000 Volts em Corrente Alternada (CA). As Concessionárias de energia, por sua vez, fornecem a energia elétrica para os consumidores de acordo com a carga (kW) instalada e em con- formidade com a legislação em vigor – Resolução 456 “Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica” de 29/11/00, da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, que estabelece os seguintes limites para atendimento: 14 • Instalações Prediais a) Tensão Secundária de Distribuição – Grupo B (Baixa Tensão): Quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior a 75 kW. Os consumidores do Grupo B são atendidos na tensão inferior a 2.300 Volts. Por exemplo: 220/127 Volts (Trifásico). b) Tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: Quando a carga instalada na unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda contratada ou estimada pelo interessado, para o forneci- mento, for igual ou inferior a 2.500 kW. Por exemplo: tensão de 13.800 Volts (Trifásico). c) Tensão primária de distribuição igual ou supe- rior a 69 kV: Quando a demanda contratada ou estimada pelo interessado, para o for- necimento, for superior a 2.500 kW. Da legislação em vigor, a Resolução da ANEEL 456, de 29/11/00, foram retiradas as seguintes definições: a) Carga instalada: soma das potências nominais dos equipamentos elé- tricos instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW). b) Consumidor: pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, que solicitar a concessionária o forneci- mento de energia elétrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demais obrigações fixadas em normas e regulamen- tos da ANEEL, assim vinculando-se aos contratos de fornecimento, de uso e de conexão ou de adesão, conforme cada caso. c) Contrato de adesão: instrumento contratual firmado entre a Conces- sionária de Energia Elétrica e o Consumidor cuja unidade consumidora seja atendida em Baixa Tensão (Grupo B), com cláusulas vinculadas às normas e regulamentos aprovados pela ANEEL, não podendo o conte- údo das mesmas ser modificado pela concessionária ou consumidor, a ser aceito ou rejeitado de forma integral. d) Unidade consumidora: conjunto de instalações e equipamentos elétri- cos caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição individualizada e correspondente a um único consumidor. O Artigo 3º Resolução da ANEEL 456, de 29/11/00, estabelece que efe- tivado o pedido de fornecimento de energia elétrica à concessionária, esta cientificará ao interessado quanto à obrigatoriedade de: 15 • Instalações Prediais Observância, nas instalações elétricas da unidade consumidora, das • normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ou outra organização credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Indus- trial – CONMETRO, e das normas e padrões da concessionária, postos à disposição do interessado. Instalação, pelo interessado, quando exigido pela concessionária, • em locaisapropriados de livre e fácil acesso, de caixas, quadros, painéis ou cubículos destinados à instalação de medidores, transformadores de medição e outros aparelhos da concessionária, necessários à medição de consumos de energia elétrica e demandas de potência, quando houver, e à proteção destas instalações. Declaração descritiva da carga instalada na unidade consumidora.• Celebração de contrato de fornecimento com consumidor respon-• sável porunidade consumidora do Grupo “A”. Aceitação dos termos do contrato de adesão pelo consumidor res-• ponsável por unidade consumidora do Grupo “B”. Fornecimento de informações referentes à natureza da atividade • desenvolvida na unidade consumidora, a finalidade da utilização da energia elétrica, e a necessidade de comunicar eventuais alterações supervenientes. As Normas vigentes da concessionária local estabelecem quando o con- sumidor de energia será atendido por 2, 3 ou 4 fios em função da carga (kW) instalada. Observe abaixo um exemplo de critério de atendimento para as unidades consumidoras ligadas em baixa tensão: Sistema 3 fios 16 • Instalações Prediais 5voltas - �ta PVC Isolante Recomposição da conexão Condutores do ramal de entrada Condutor fase Isolador ou olhal Alça preformada p/cabo multiplexado Condutor neutro Conector Ampactinho tipo cunha ou compressão H Cabo multiplexado (Duplex, triplex ou quadruplex) Conservação da Energia Elétrica Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL O objetivo do PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Ener- gia Elétrica é promover a racionalização da produção e do consumo de energia elétrica, eliminando os desperdícios e reduzindoos custos e os investimentos setoriais. Criado em dezembro de 1985 pelos Ministérios de Minas e Energia e da Indústria e Comércio, o PROCEL é gerido por uma Secretaria Executiva subordinada à Eletrobrás. Em 18 de julho de 1991, o PROCEL foi transformado em Programa de Governo, tendo sua abrangência e responsabilidades ampliadas. O PROCEL tem diversos programas/projetos para o combate ao desper- dício de energia, tais como: para os setores residenciais, comerciais, ser- viços, industriais, órgãos governamentais, iluminação pública, PROCEL nas Escolas, meio ambiente, etc. Na área residencial, de uma forma geral, as atividades do Programa Resi- dencial se baseiam em: qualificar produtos eficientes,• divulgá-los no mercado consumidor,• mobilizar os canais de distribuição para execução de parcerias em • projetos de conservação de energia, conceber projetos que possam ser reproduzidos e executados em • larga escala pelo Brasil, informar o consumidor sobre os produtos que proporcionam uma • maior economia de energia ao longo de sua vida útil. Em relação à eficiência de aparelhos elétricos e térmicos para o uso resi- 17 • Instalações Prediais dencial, o PROCEL, estabelece os seguintes Selos: Selo PROCEL de Economia de Energia O Selo PROCEL de Economia de Energia é um instrumento promocio- nal do PROCEL, concedido anualmente, desde 1993, aos equipamentos elétricos que apresentam os melhores índices de eficiência energética dentro das suas categorias. Sua finalidade é estimular a fabricação nacio- nal de produtos eletroeletrônicos mais eficientes no subitem economia de energia e orientar o consumidor, no ato da compra, de forma que ele possa adquirir os equipamentos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética. Os equipamentos que atualmente recebem o Selo são: Refrigerador de uma porta.• Refrigerador Combinado.• Refrigerador Frost-Free.• Congelador vertical.• Congelador horizontal.• Ar-condicionado de janela.• Motor elétrico de indução trifásico de potência até 250 CV.• Coletor solar plano.• Reservatórios Térmicos.• Lâmpadas e reatores.• ES TE P R O DU TO CON SOME MENOS EN ERGIA PROCEL ENERGIA E NONONO NONO NONONON NONONO NONO NONONONONO NONONO NONO Selo PROCEL INMETRO de Desempenho O Selo PROCEL INMETRO de Desempenho foi criado com o objetivo de promover o combate ao desperdício de energia elétrica e de ser uma referência na compra pelo consumidor. Ele é concedido desde novembro de 1998, com validade anual, e destina-se a produtos ou equipamentos na área de iluminação, nacionais ou estrangeiros, que contribuam para o combate ao desperdício de energia elétrica e que apresentem caracterís- 18 • Instalações Prediais ticas de eficiência e qualidade conforme o padrão PROCEL. ES TE P R O DU TO CON SOME MENO S EN ERGIA PROCEL INMETRO Exercícios Unidade I Quais são as principais etapas pelas quais passa e energia elétrica até chegar ao consumidor final? Qual a norma regulamentadora das instalações elétricas de baixa ten- são? Cite objetivos da Normalização. Quais as principais atribuições da ANEEL? O que é e qual a importância do PROCEL? 19 • Instalações Prediais Achou importante? Faça aqui suas anotações. Ferramentas manuais e instrumentos Lembre-se! A qualidade do seu trabalho está diretamente ligada à ferra- menta que você usa para executar o seu serviço. Você notou o formato das ferramentas anteriores? No caso do alicate, existe de várias formas, não é? Então, pode-se dizer que o profissional das instalações elétricas prediais tem que conhecer todos esses apetrechos, em seus detalhes, para evitar acidentes e, também, para concluir suas atividades com per- feição, demonstrando ser um profissional cuidadoso e qualificado. As ferramentas são equipamentos utilizados para ajudar um trabalha- dor a executar um determinado serviço numa área de trabalho. Um bom profissional não pode desprezar seu material de trabalho e nem deixar de tê-lo, para execução de seus serviços. Por isso, entendendo sua necessidade, ilustramos para você as principais ferramentas usadas nas instalações elétricas prediais. Lembramos a todos que faremos uma abordagem prática dessas ferramentas na unidade VII. Alicates Este tipo de ferramenta é uma das mais importantes do trabalhador de Instalações Elétricas Prediais. Voce vai conhecer dois entre os vários tipos existentes. Alicates desencapador de fios Usados para desencapar fios nas mais variadas bitolas existentes. Alicate Prensa Terminal 20 • Instalações Prediais O Alicate prensa terminal é útil para prensar conectores no local que se dá entre o seu contato inicial com a ponta de um fio. A Chaves de Aperto As chaves de aperto também são muito úteis no serviço do eletricista predial, porém elas são mais usadas nas instalações elétricas externas. Conforme você pode ver, estes tipos são os mais comuns: Chave de Boca Fixa simples 17 18 10 11 6 7 10 11 7 8 17 18 A B C 9 9 D 15 17 E h F g Chave Combinada 17 18 10 11 6 7 10 11 7 8 17 18 A B C 9 9 D 15 17 E h F g 21 • Instalações Prediais Chave de Boca Fixa de Encaixe Chave de Boca Regulável Chave de boca regulável – grifo As ferramentas mostradas agora, nesta página, não são menos impor- tantes para o trabalhador eletricista. Com exceção da chave de fenda e da Chave Phillips, todas as demais ferramentas tem seu uso menos fre- quente nas instalações elétricas prediais internas, porém não devemos desmerecer seus valores quando se tratar de instalações, nesta mesma área, em que envolva trabalhos mais complexos e de grandes extensões para serem executados. Chave Allen 22 • Instalações Prediais A B C D F G e Chave de Parafuso de Fenda CaboAnel Espiga Haste Topo Cunha Face Chave Phillips. Para parafusos de fenda cruzada, usa-se uma chave com cunha em forma de cruz. b bbMorça de BancadaÉ uma máquina, geralmente feita de ferro fundido, usada para fixar peças nas operações com furadeiras, plainas, fresadoras, entre outras maquinas. 23 • Instalações Prediais Ferro de Solda Limas São úteis para cortar grandes quantidades de material excedente. São divididas pela forma e pelo corte que propiciam diferentes tipos de aca- bamento. Talão Espiga Corpo Ponta Anel metálico Cabo de madeiraFacesPicadoBorda Furadeira Esta máquina tem o objetivo de executar operações de furação e calibra- ção por meio do movimento de rotação. 24 • Instalações Prediais Brocas São acessórios utilizados em conjunto com ferramentas para realizar movimentos de rotação com o objetivo de perfurar materiais de forma circular. Desandador para Cossinetes É uma ferramenta manual, geralmente de aço carbono, que funciona como uma chave que possibilita o movimento de rotação. Cossinetes: utilizados para abertura de roscas em eletrodutos. Punção de Bico É uma ferramenta utilizada para marcar pontos de referência no traçado e centros para furação de peças. É feita de aço carbono, com ponta cônica e temperada. 25 • Instalações Prediais Bico Corpo cilíndrico Cabeça Martelo o martelo de bola é utilizado em trabalhos com chapas finas de metal, como também na fixação de pregos, grampos, entre outros materiais. Sua função é rebitar, extrair pinos e realizar serviços em geral. Corpo Cunha Cabeça Face (pancada) Bola Espiga do cabo Cabo Seção (oval) Punho Martelo de bola Fitas de Enfiação (Sondas) Lâmpada de Néon Ei, você que vai fazer um serviço de instalação elétrica numa residência, precisa sempre, antes de iniciar um serviço, de ficar atento à tensão pre- sente no local. Para isso, existem instrumentos feitos em formas de chave de fenda, ou caneta, com uma lâmpada de néon, que tem a caracterís- tica de acender quando um dos seus terminais é posto em contato com um elemento energizado e outro é posto em contato com o “terra”. Devido a grande resistência interna deste tipo de lâmpada, a corrente circulante não é suficientepara produzir a sensação de choque nas pes- soas. Entretanto, seu uso é restrito a circuito de baixa tensão, como nas instalações elétricas residenciais. A vantagem deste instrumento é o fato de indicar, de maneira simples, a presença de tensão no local pesqui- sado: a lâmpada acende quando a ponta do aparelho encosta no fio Fase energizado. Quando encosta-se ao fio Neutro, não acende. 26 • Instalações Prediais Existem alguns tipos de aparelhos com lâmpada de neon, com os mes- mos princípios de funcionamento, que possibilitam identificar também, além do fio Fase e o fio Neutro, o valor aproximado da tensão, se é 127 V, 220 V ou 380 Volts. Não se deve usar uma lâmpada de néon individualmente (sem o invólu- cro), pois ela poderá estourar, causando algum acidente. Saca-fusível O nome do aparelho já diz quase tudo, ou seja, é usado para sacar ou tirar fusíveis e ainda evitar que o trabalhador tome um choque ao tocar num fio ou equipamento sem proteção isolante e energizado. Olhe os exemplos abaixo: Instrumentos Os instrumentos usados para medir corrente, tensão e resistência elétricas vão dizer o que o eletricista vai fazer, ou seja, o caminho a ser seguido por ele para executar seu trabalho e solucionar o pro- blema. Mas antes saiba como medir a corrente, a resistencia e a tenssão elétrica. Medindo corrente elétrica 27 • Instalações Prediais Alguns cuidados devem ser levados em consideração ao se propor a medir corrente elétrica, são eles: A CARGAFonte A corrente é medida com um amperímetro ligado em série com o cir- cuito nos pontos onde se deseja medir a intensidade de corrente. Quando não temos idéia aproximada da corrente que vamos medir, devemos começar com a escala de maior valor possível, pois se medir- mos uma corrente muito elevada usando uma escala baixa pode danifi- car o aparelho. Para medir a corrente, selecione a escala, abra o circuito no local a ser efetuada a medição e encoste as pontas. Fique atento: Instrumento selecionado em AC mede corrente alternada; em DC mede corrente contínua. Medindo resistência elétrica Alguns procedimentos são fundamentais para o êxito de certas opera- ções, tais como: A medição de resistência também possui várias escalas, e você deve escolher uma escala que comporte a medida a ser realizada. Se você não tem idéia da escala a ser usada, escolha a maior delas. Podemos usar o multímetro na escala de resistência para verificar se um cabo está partido ou se um fusível está queimado. Quando um fio ou fusível está em perfeitas condições, sua resistência é bem baixa, em geral inferior a 1 ohm. Colocamos então o multímetro na escala mais baixa de resistência e fazemos a medida. Quando o cabo está partido ou o fusível está queimado, a resistência é muito alta, e quando está bom é baixa. Para fazer essas medidas é pre- ciso que o circuito esteja desligado. Muitos multímetros possuem ao lado da escala de resistência, uma escala que emite um beep através de um pequeno alto falante em caso de resistência baixa. Desta forma é possível medir as ligações sem ter que olhar para o display do multímetro. Prestamos atenção apenas nas conexões que estão sendo medidas e no som emitido. 28 • Instalações Prediais Medindo tensão elétrica Para medir a tensão elétrica também devemos estar atentos aos deta- lhes para o sucesso da operação, assim como: CARGAFonte V A tensão é medida com um voltímetro ligado em paralelo com o circuito, nos dois pontos onde se deseja medir a diferença de potencial. Quando não temos idéia aproximada da tensão que vamos medir, deve- mos começar com a escala de maior valor possível, pois se medirmos uma tensão muito elevada usando uma escala baixa, podemos danificar o aparelho. Para medir a tensão entre dois pontos, selecione a escala e encoste as pontas de prova nos terminais nos quais a tensão deve ser medida. Lem- bre-se: Instrumento selecionado em AC mede tensão alternada; em DC mede tensão contínua. Agora conheça os instrumentos de medidação eletrica. Multímetro No multímetro encontramos estes três aparelhos. O multímetro pode ser analógico ou digital. É um aparelho muito útil, por exercer diversas funções como, por exem- plo: checagem do estado da bateria de CPU, checar as tensões da fonte de alimentação e da rede elétrica, acompanhar sinais sonoros, verificar cabos e varias outras aplicações. Este instrumento possui duas pontas de prova, uma vermelha e uma preta. A preta deve ser conectada no ponto do multímetro indicado com GND ou COM – chamado de terra, ground ou comum. A ponta de prova vermelha é ligada em outras entradas, ou no ponto indicado pelo equipamento a ser verificado. 29 • Instalações Prediais 2.5m 25m 250m DCmA DC 10A OHM V A 100025050 10 2.5 TR OFF AC V 1000 250 50 10 COM DC 10A TR DC V PNP NPNE B C E X 10KX 1K X 10 X 1 MAX 15 10100 20 23 0 5 0 15 0 0 100 250 0 20 0 4 5 10 20 30 50 100200 OHMS 1 2 1 10 50 150 200 10 30 40 2 6 8 D CAC 5001k2k DC AC 105022 db V 20,000 / V DC 8,000 / V AC db+ A m A O HM S Volt-amperímetro tipo alicate O amperímetro comum é acoplado ao circuito, quando empregado para medir a corrente elétrica em CA. Podemos efetuar essa mesma medida com um volt-amperímetro tipo alicate, sem a necessidade de acopla- mento com o circuito, pois esse instrumento é constituído pelo secundá- rio de um transformador de corrente, para captar a corrente do circuito. O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes componentes básicos externos:O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes componentes básicos externos: 0 100 100 100 500 100 100 A - Gancho (secundário de um TC); B - Gatilho (para abrir o gancho); C - Parafuso de ajuste (para zerar o ponteiro); D - Visor da escala graduada; E - Terminais (para medição de tensão); F - Botão seletor de escala. A B C D E F Na medição da corrente o gancho do instrumento deve abraçar um dos 30 • Instalações Prediais condutores do circuito em que se deseja fazer a medição (seja o circuito trifásico ou monofásico).O condutor abraçado deve ficar o mais centrali- zado possível dentro do gancho. 0 100 100 100 500 100 100 Os volts-amperímetro tipo alicate não apresentam uma boa precisão no início de sua escala graduada, mesmo assim podem ser empregados nas medições de correntes com baixos valores (menores que 1A). Nesse caso, deve-se passar o condutor duas ou mais vezes pelo gancho do instru- mento. Para sabermos o resultado da medição basta dividirmos o valor lido pelo número de vezes que o condutor estiver passando pelo gancho. 0 10 0 10 0 100 500 100100 Suponha que o instrumento da figura acima esteja indicando uma cor- rente de 3A. A corrente real que circula no condutor será: 31 • Instalações Prediais Megôhmetros Os Megôhmetros são aparelhos destinados a medir altas resistências, daí serem usados para teste de isolamento de redes, de motores, geradores, etc. Este instrumento não é indicado para se medir mau contato de emen- das de fios, chaves ou fusíveis, pois neste caso a resistência do circuito é muito pequena e o megômetro não teria precisão. Pode-se medir a resistência do isolamento entre condutores ou entre condutores e eletroduto. Para isso, abrem-se os terminais do circuito em uma das extremidades, e na outra extremidade ligam-se os bornes do megôhmetro, inicialmente entre os condutores e depois entre cada con- dutor e a massa (eletroduto). Deste modo, constata-se qual a resistência de isolamento. Megôhmetro Fios 32 • Instalações Prediais Terrômetro Instrumento usado para medir a resistência de sistemas de aterramento formados por estacas ou malhas pequenas por medição da resistência de um laço de terra aproveitando a presença de aterramentos vizinhos, sem a necessidade de utilizar estacas auxiliares próprias e sem desco- nectar o aterramento sob teste. Também, o Terrômetro é especialmente indicado paramedir a resistên- cia própria de um determinado eletrodo que faz parte de um sistema de aterramento complexo e, ainda, permite detectar rapidamente a exis- tência de conexões inadequadas e contatos de má qualidade. Exercícios Unidade II Cite pelo menos 5 ferramentas utilizadas nas instalações elétricas pre- diais e a aplicação específica de cada uma. Associe as colunas: ( a ) Multímetro ( b ) Terrômetro ( c ) Megôhmetro ( d ) Amperímetro ( e ) Voltímetro ( ) Mede tensão elétrica. 33 • Instalações Prediais ( ) Mede resistência de aterramento. ( ) Mede corrente elétrica. ( ) Usado para teste de isolamento de redes, de motores, geradores, etc. ( ) Tem num mesmo aparelho: Voltímetro, Amperímetro e Ohmímetro. 3 – Na figura abaixo, os instrumentos X e Y são respectivamente: CARGAFonte Y X Um voltímetro e um ohmímetro. Um terrômetro e um ohmímetro. Um voltímetro e um amperímetro. Um amperímetro e um voltímetro. 4 – Qual a diferença quanto ao uso do volt-amperímetro tipo alicate em rela- ção ao amperímetro comum na medição de corrente elétrica? 34 • Instalações Prediais 35 • Instalações Prediais Achou importante? Faça aqui suas anotações. Materiais Caro aluno, nesta unidade III chamada de Materiais, você conhecerá os principais elementos por onde percorrem as correntes elétricas, nas ins- talações elétricas residenciais, comerciais e industriais. Condutores elétricos Os fios e os cabos sobre os quais falaremos agora são materiais usados para conduzir eletricidade e, com isso, não se brinca. Eles são chama- dos de condutores. O fio é constituído de um só elemento condutor de eletricidade. Já os cabos elétricos são formados de diversos elementos condutores. Os dois são isolados, ou seja, protegidos com materiais iso- lantes, geralmente com PVC, por uma medida de segurança, a fim de evi- tar curtos circuitos, choques e diversos prejuízos materiais e as pessoas que com eles trabalharem. Dentro dos fios e cabos, comumente feitos de cobre e que devem estar isolados, passam o que chamamos de as correntes elétricas e através das quais, que estão contidas nesses dois elementos – fios e cabos -, flui a energia elétrica que vai alimentar residências, comércios e indústrias. Porém, com exceção dos fios e cabos utilizados para instalação de ater- ramento (ligação à terra de uma instalação) e de proteção (ligação à terra das partes metálicas estranhas às instalações elétricas), que devem estar desprovidos da isolação. É importante saber que os fios e os cabos são apresentados no mercado segundo um critério que informa a área nominal de sua secção transver- sal em mm² (série métrica), atendendo pela denominação de “bitola” do condutor. Normalmente são comercializados nas bitolas de 0,5; 0,75; 1,0; 1,5; 4,0; 6,0; 10,0; 16,0; 25,0; 35,0; 50,0; 75,0; 95,0; 120,0 mm² etc. Também, são fabricados para trabalhar numa temperatura de até 70º centígrados, para isolação de PVC (existem outros materiais usados para isolação, mas não aplicáveis às instalações elétricas residenciais, devido ao alto custo). Os condutores fabricados com alumínio também são aplicados em ins- talações elétricas comerciais e industriais para instalações expostas ao tempo, visto que geralmente são apresentados sem isolação (nus), em bitolas superiores a 35 mm². Segundo a NBR-5410 da ABNT as bitolas mínimas aceitas em projetos de instalações elétricas residenciais são as seguintes: para circuitos de iluminação – 1,5 mm².• para circuitos de tomadas, de força e de distribuição – 2,5 mm².• 36 • Instalações Prediais Os condutores de metal podem ter os seguintes tipos de formação: Fio – formado por um único fio sólido;• Cabo – formado por encordoamento de diversos fios sólidos.• Condutor sólido Cabo Esses condutores podem ser isolados ou não: Isolação – é um termo qualitativo referindo-se ao tipo do produto • da capa para isolar eletricamente o condutor de metal; Isolamento – é quantitativo, referindo-se à classe de tensão para a • qual o condutor foi projetado; Quando o condutor não tem isolação (capa) é chamado de condutor • “Nu”. Acompanhe os exemplos: Condutor Condutor Cobertura Condutores isolados (�os) 1 1 23 2 Camada interna(composto termoplástico de PVC) cor branca até a seção nominal de 6mm. 3 Camada externa(composto termoplástico de PVC) em cores. Condutor sólido de �o de cobre nu, têmperado mole. 2 37 • Instalações Prediais Condutores isolados (cabos) 1 1 23 2 Camada interna(composto termoplástico de PVC) cor branca até a seção nominal de 6mm. 3 Camada externa(composto termoplástico de PVC) em cores. Condutor sólido de �o de cobre nu, têmperado mole. 2 Um Cabo Multipolar é constituído por dois ou mais condutores isolados, envolvidos por uma camada para a proteção mecânica, denominada também de cobertura. Condutores isolados (multipolares) 1 1 24 2 Isolação (composto termoplástico de PVC) em cores. 3 Capa interna de PVC. 4 Cobertura(composto termoplástico de PVC) cor preta(cabo multipolares). Condutor sólido de �o de cobre nu, têmperado mole(encordoamento). 3 Um Cabo “Nu” é constituído apenas pelo condutor propriamente dito, sem isolação, cobertura ou revestimento. Observações: Em instalações comerciais é permitido o emprego de condutores de • alumínio com seções iguais ou superiores a 50mm2 . Em instalações residenciais só podem ser empregados condutores • de cobre, exceto condutores de aterramento e proteção. Tipos de Condutores Falaremos dos condutores para baixa-tensão (0,6 - 0,75 - 1kV). Em geral os fios e cabos são designados em termos de seu comporta- mento quando submetidos à ação do fogo, isto é, em função do material de sua isolação e cobertura. Assim, os cabos elétricos podem ser: 38 • Instalações Prediais Propagadores da chama São aqueles que entram em combustão sob a ação direta da chama e a mantém mesmo após a retirada da chama. Pertencem a esta categoria o etileno - propileno (EPR) e o polietileno reticulado (XLPE). Não-propagadores de chama Removida a chama ativadora, a combustão de material cessa. Considera- se o cloreto de polivinila (PVC) e o neoprene como não propagadores de chama. Resistentes à chama Mesmo em caso de exposição prolongada, a chama não se propaga ao longo do material isolante do cabo. É o caso dos cabos Sintenax Antiflan, da Pirelli, e Noflam BWF 750V, da Siemens. Resistentes ao fogo São materiais especiais incombustíveis e que permitem o funcionamento do circuito elétrico mesmo em presença de um incêndio. São usados em circuitos de segurança e sinalizações de emergência. Conectores Na figura abaixo encontram-se tipos de conectores, nos seus mais diver- sos modelos, para fios e cabos elétricos: B Tipos de bases conectoras As bases conectoras podem ser de plástico ou de porcelana. Dentro des- sas bases alojam-se os contatos e os parafusos de latão. Elas são dimensionadas de modo a interligar condutores de até 25 mm2 de seção. As bases de plástico são facilmente seccionáveis. As bases de porcelana podem ser unipolares (um pólo), bipolares (dois pólos) ou tri- polares (três pólos).09 39 • Instalações Prediais Receptáculo reto normal Possui base de baquelita ou porcelana, com rosca metálica onde são atarraxados a lâmpada e os bornes e onde são ligados os fios conduto- res. Serve como ponto de conexão entre a lâmpada e os condutores. Bornes Bornes são terminais de conexão que unem fios ou cabos por meio de parafusos. 40 • Instalações Prediais Base conectora A base conectora (ou borneira) é um conjunto de bornes colocados em uma única peça. Ela é empregada em quadros de distribuição e de comando e em máquinas onde os condutores de entrada e saída são agrupados. Para facilitar as ligações e a identificação de defeitos, os con- dutores devem ser identificados por meio de números, de acordo com o diagrama elétrico. Solda fraca A solda fraca é uma liga de chumbo na proporção de 33% de chumbo e 67% de estanho. Sua temperatura de fusão é de 170°C.É encontrada comercialmente sob a forma de barras com aproximadamente 35 cm de comprimento ou de fios enrolados em carretéis. Para permitir um escorrimento mais fácil do metal da solda sobre os pon- tos a serem soldados, os fios de solda possuem um núcleo de resina, como breu, por exemplo. A solda fraca é aplicada com auxílio do soldador elétrico. Fitas isolantes Quando se necessita cobrir emendas de condutores ou refazer o isola- mento original de um condutor, ou seja, aquele que já vem com o fio, utiliza-se a fita isolante; As fitas isolantes mais usadas são de dois tipos: de borracha e de plás- 41 • Instalações Prediais tico. Eletrodutos São tubos destinados à colocação e proteção de condutores elétricos. Finalidades Os eletrodutos têm por finalidade: Proteger os condutores contra ações mecânicas e contra corrosão;• Proteger o meio ambiente contra perigos de incêndio, provenientes • do superaquecimento ou da formação de arcos por curto-circuito; Constituir um envoltório metálico aterrado para os condutores (no • caso de eletroduto metálico), o que evita perigos de choque elétrico; Funcionar como condutor de proteção, proporcionando um per-• curso para a terra (no caso de eletrodutos metálicos). Classificação Os eletrodutos podem ser: Rígidos;• Flexíveis, que podem ser curvados à mão.• Eletrodutos rígidos Os eletrodutos rígidos são vendidos em varas de 3 m de comprimento, rosqueadas nas extremidades, e com uma luva em uma das extremida- des. Quanto ao material de que são constituídos os eletrodutos rígidos, dividem-se em eletrodutos de: Aço carbono;• Alumínio (usado nos Estados Unidos);• PVC;• Plástico com fibra de vidro;• Polipropileno;• Polietileno de alta densidade.• Os eletrodutos podem ser instalados: Em lajes e alvenaria: eletrodutos rígidos metálicos ou de plásticos • rígidos; Enterrados no solo: eletrodutos rígidos não-metálicos ou de aço gal-• vanizado; Enterrados, porém embutidos em lastro de concreto: eletrodu-• tos rígidos não-metálicos ou metálicos galvanizados ou revestidos de epóxi; Aparentes, fixados por braçadeiras a tetos, paredes ou elementos • 42 • Instalações Prediais estruturais: eletrodutos rígidos metálicos ou de PVC rígido; Aparentes, em prateleiras ou suportes tipo “mão francesa”: rígidos • metálicos e de PVC. Aparentes, em locais onde a atmosfera contiver gases ou vapores • agressivos: PVC rígidos, por exemplo, Tigre da Cia. Hansen Industrial ou metálicos, com pintura epóxica. Ligação de ramais de motores e equipamentos sujeitos a vibração: • eletrodutos flexíveis metálicos (conduits) formados por uma fita enro- lada em hélice. Podem ser revestidos por uma camada protetora de material plástico quando se teme a agressividade de agentes poluentes ou líquidos agressivos. Eletrodutos Flexíveis Falta de definição Acessórios dos eletrodutos Os eletrodutos interligam caixas de derivação. Para emendar os tubos, mudar a direção e fixá-los às caixas é empregado os seguintes acessórios abaixo descritos: Luvas - São peças cilíndricas rosqueadas internamente com rosca para- lela, usadas para unir dois trechos de tubo, ou um tubo a uma curva. Quando se requer estanqueidade, usam-se luvas com rosca cônica BSP (British Standards Pipe) ou NPT (National Pipe Threads). Buchas São peças de arremate das extremidades dos eletrodutos rígidos, desti- nadas a impedir que ao serem puxados os condutores durante a enfia- ção o encapamento seja danificado por eventuais rebarbas na ponta do eletroduto. Ficam na parte interna das caixas. Bucha Bucha Isolada Bucha com Terminal Bucha de baquelite Porcas São arruelas rosqueadas internamente e que, colocadas externamente às caixas, completam, com as buchas, a fixação do eletroduto à parede da mesma. 43 • Instalações Prediais Curvas Existem, ainda, outras situações comuns na atividade do eletricista, em que é necessário curvar o eletroduto, tais como: para desviar de vigas, pilares, etc. Este é, portanto, um trabalho muito comum na sua futura atividade profissional. Você sabe, geralmente, no trabalho do eletricista há necessidade de desviar o percurso da instalação para transpor obstáculos. Quando isto ocorre na instalação em que se utiliza eletroduto, o eletricista pode apli- car uma curva padrão, comumente encontrada no comércio com 90°. Bucha para parafusos Peça fabricada em plástico ou nylon com corpo cilíndrico escamado externamente, para dificultar a sua saída do furo de fixação. É apresen- tada em vários tamanhos e identifica-se pela letra S e pelos números pares, as mais utilizadas são de S4 a S10. Serve para fixar peças às superfícies de alvenaria ou de concreto. Arruelas Arruelas: também chamadas de contra buchas ou porcas, possuem rosca interna e são colocadas externamente às caixas, servindo para contra- aperto com a bucha para fixação do eletroduto com a parede dela. Arruela Exemplo de aplicação: 44 • Instalações Prediais Arruela Inferior da caixa Bucha Caixas de passagem Assim como os eletrodutos, as caixas de passagem podem ser encon- tradas no mercado em plástico ou metal. São dispositivos que servem para a instalação de interruptores e tomadas de corrente, normalmente embutidas nas paredes. Os eletrodutos sempre chegam ou partem des- sas caixas e, para que sejam instalados nelas, é necessário que hajam furos nos diâmetros externos adequados aos eletrodutos. As caixas, portanto, vêm pré-furadas, bastando a remo- ção das chapinhas que encobrem os furos. São fabricadas nos formatos retangulares (para uso normalmente nas paredes e pisos) ou octogonais (para instalação no teto). Podem ser encontradas nas dimensões de ”4x2”, “4x4”, etc. Há caixas de passagem disponíveis em tamanhos maiores, com a finali- dade de permitir a inspeção/manutenção de circuitos que passam por elas, a exemplo das CPM - caixas de passagem metálicas usadas nas pru- madas (grupo de condutores que sobem verticalmente num edifício) ou as CPA – caixas de passagem de alvenaria, instaladas no piso. 45 • Instalações Prediais Caixa de distribuição aparentes (conduletes) Em instalações aparentes largamente usadas em indústrias, depósitos e estabelecimentos comerciais de vulto utilizam-se caixas de passagem em geral de alumínio injetado. Estas caixas ainda hoje são designadas genericamente por conduletes. Possuem partes rosqueadas para adaptação de eletrodutos e tampa parafusável. São muito usadas as caixas da Peterco (petrolets), as da Blinda Eletromecânica Ltda. e as da Metalúrgica Wetzel S.A. Conforme esclarece o catálogo da Wetzel, os conduletes de sua fabricação podem também ser embutidos e empregados em instalações residenciais. Conduletes da Metalúrgica Wetzel S.A. Quadros de distribuição Os circuitos terminais (de iluminação e tomadas) partem todos de qua- dros de distribuição instalados em locais estratégicos em uma residên- cia. Reúnem, portanto, dispositivos de proteção, barramentos de fase, neutro e terra e condutores elétricos que seguirão, a partir de seus res- pectivos DTM (disjuntor termomagnético, que será visto na unidade V*), para os circuitos de iluminação e tomadas de uso geral e específicas. Existem quadros de distribuição disponíveis para diversos tamanhos. Os mais comuns são os destinados a atender 6, 12, 18, 24 e 36 circuitos (espaços disponíveis para DTM mono polares) São fabricados em PVC ou metal e podem ser encontrados com ou sem barramentos. Normal- mente, os destinados a atender instalações trifásicas, são providos de espaço para proteção geral e possuem barramentos. 46 • Instalações Prediais Quadro de distribuição Sistema X de Sobrepor Constituído por dutos ou canaletas em PVC de pequenas dimensões que são aplicadas às paredes, junto aos rodapés, alizares e molduras. São fixados por pregos próprios ou buchas e, opcionalmente, cola. O sistema X é composto de diversos acessórios para sobrepor, eis alguns deles: 47 • Instalações Prediais Canaletas Podem ser com tampasarticuladas ou com tampas separadas, conforme modelos abaixo: Caixas Hoje em dia, com a tecnologia, existe uma grande variedade de caixas para sistema X. Vamos mostrar alguns exemplos: Luminárias As luminárias são usadas para servirem de suporte para as lâmpadas e para decorar. Entretanto, sua principal função é orientar o fluxo lumi- noso. Na escolha da luminária devem ser observados fatores e ordem econômica, durabilidade, facilidade de manutenção, além de, principal- mente, a maneira como orienta o fluxo de luz. Podem ser do tipo direta ou semi-direta (orientam todo ou grande parte do fluxo de luz para o plano de trabalho); indireta ou semi-indireta (orien- tam todo ou grande parte do fluxo de luz em direção contrária ao plano de instalação; concentrante direta ou semi-concentrante direta (direcio- nam um fluxo concentrado) para o plano de trabalho, num círculo de menor ou maior diâmetro). 48 • Instalações Prediais Uma Luminária é composta de: calha, receptáculo, difusor, starter, lâm- pada fluorescente, reator e acessório de fixação. Serve para iluminar ambientes residenciais, escolares, hospitalares, comerciais e industriais. Calhas para lâmpadas fluorescentes É uma peça-dispositiva, composta de estrutura metálica (chapa de aço) esmaltada, com rasgos para receptáculo, furos para starter e fixação e furação para reator. Possui modelos diferentes, como por exemplo: com e sem aba, com e sem difusor, com uma ou mais lâmpadas, de comprimento variado. Pode ser embutida, pendente ou fixada diretamente à superfície. Serve para refletir e dirigir o fluxo luminoso para a área a ser iluminada. Receptáculo de lâmpada fluorescente É uma peça composta de corpo de baquelita ou plástico; contatos, onde são introduzidos os pinos das lâmpadas e bornes para ligar os conduto- res. Pode ser conjugado com o suporte do starter (starter será estudado na próxima unidade), formando o receptáculo. Serve para sustentar a lâmpada ligando-a através de seus bornes ao circuito. Suporte do Starter Luminária Lastro Lâmpada Stater Soquete É uma peça composta de corpo de baquelita ou plástico, contatos e bor- nes. O suporte do starter possui um furo para penetração do starter. Neste furo encontra - se dois contatos para os pinos do starter, borne de ligação e contatos de interligação, com o receptáculo da lâmpada fluo- rescente de Cátodo Pré-Aquecido (Lâmpadas serão estudadas na pró- xima unidade). Serve para sustentar o starter e ligá-lo, através de seus bornes, ao circuito. 49 • Instalações Prediais Exercícios Unidade III Qual a diferença entre fios e cabos quanto às suas formações? Segundo a NBR-5410 da ABNT as bitolas mínimas aceitas em projetos de instalações elétricas residenciais são as seguintes: a) para circuitos de iluminação________ mm² b) para circuitos de tomadas, de força e de distribuição ________ mm² Qual a diferença entre isolação e isolamento de um condutor? Quais são as finalidades dos eletrodutos em uma instalação elétrica? Para que servem os quadros de distribuição? 50 • Instalações Prediais 51 • Instalações Prediais Achou importante? Faça aqui suas anotações. Componentes A unidade chamada “componente” apresenta a você, aluno e/ou pro- fissional, da área de eletricidade, uma ótima oportunidade para você conhecer alguns dos mais importantes componentes com os quais o tra- balhador lidará ao longo do exercício de sua profissão. Portanto, fique atento: às definições, aos nomes dos equipamentos, às cores descritivas, às composições, às tensões, à amperagem, à carga e a todos os demais detalhes relacionados a esses componentes. Preste bastante atenção ao que vai ser ensinado e mostrado. Não se esqueça de que um detalhe fará a diferença agora e, determinará o seu conheci- mento e o tipo de profissional que você é. Sucesso! Lâmpadas As Lâmpadas usadas em iluminação classificam-se em: lâmpadas incan- descentes e lâmpadas de descarga. Vejamos os principais tipos de cada uma destas modalidades. Lâmpadas incandescentes Possuem um bulbo de vidro, em cujo interior existe um filamento de tungstênio, enrolado uma, duas ou três vezes, e que, pela passagem da corrente elétrica, fica incandescente. Para evitar que o filamento se oxide, realiza-se o vácuo no interior do bulbo (lâmpadas tipo B), ou nele se coloca um gás inerte, em geral o nitrogênio ou o argônio (lâmpadas tipo C). O tungstênio é um metal de ponto de fusão muito elevado (3.400ºC), o que permite temperatura, no filamento, de cerca de 2.500ºC. O bulbo pode ser transparente, translúcido ou opalino, este último sendo usado para reduzir a luminância ou o ofuscamento (luminância muito intensa). A cor da luz é branco-avermelhada. Na reprodução em cores, sobres- saem as cores amarela e vermelha, ficando amortecidas as tonalidades verde e azul. As lâmpadas incandescentes podem ser: comuns; com bulbo tempe- rado; com bulbo de quartzo ou incandescentes halógenas; infraverme- lhas; refletoras. 52 • Instalações Prediais Lâmpadas de descarga Nas lâmpadas denominadas “de descarga”, a energia é emitida sob a forma de radiação, que provoca uma excitação de gases ou vapores metálicos, devido à tensão elétrica entre eletrodos especiais. A radiação, que se estende da faixa do ultravioleta até a do infraverme- lho, passando pela do espectro luminoso, depende, entre outros fatores, da pressão interna da lâmpada, da natureza do gás ou da presença de partículas metálicas ou halógenas no interior do tubo. As lâmpadas de descarga podem ser das seguintes classes: fluorescente, luz mista, vapor de mercúrio de alta pressão com ou sem material fluo- rescente, vapor de sódio de baixa ou de alta pressão, multivapores metá- licos, com ou sem material fluorescente, xenônio, e de luz negra. Façamos algumas considerações sobre diversos tipos de lâmpadas de descarga. Lâmpadas fluorescentes São constituídas por um tubo em cujas paredes internas é fixado um material fluorescente e onde se efetua uma descarga elétrica, a baixa pressão, em presença de vapor de mercúrio. Produz-se, então, uma radiação ultravioleta que, em presença do mate- rial fluorescente existente nas paredes (cristais de fósforo), se transforma em luz visível. O bulbo das lâmpadas fluorescentes é tubular e de vidro, e em suas extre- midades encontram-se eletrodos de tungstênio (cátodos), enrolados helicoidalmente e recobertos de determinados óxidos que aumentam seu poder emissor. A instalação de uma lâmpada fluorescente é comple- mentada com os seguintes acessórios: Lâmpada de descarga - luz mista 53 • Instalações Prediais Reúnem, em uma só lâmpada, as vantagens da lâmpada incandescente, da fluorescente e da de vapor de mercúrio. Assim: A luz do filamento emite luz incandescente;• A luz do tubo de descarga a vapor de mercúrio emite intensa luz • azulada. A radiação invisível (ultravioleta), em contato com a camada fluores-• cente do tubo, transforma-se em luz avermelhada. Lâmpada de descarga a vapor de mercúrio Consta de um tubo de quartzo ou vidro duro, contendo uma pequena quantidade de mercúrio e cheio de gás argônio, com quatro eletrodos - dois principais e dois auxiliares – colocados nas extremidades do tubo. Os dois eletrodos auxiliares e o gás argônio estabelecem um arco de ignição preliminar que vaporiza o mercúrio. Forma-se, em seguida, o arco luminoso definitivo entre os dois eletrodos principais. Lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão Possuem um fluxo luminoso grande e uma vida útil longa, o que as torna muito econômicas. Lâmpadas a vapor de sódio O tubo de descarga da lâmpada de sódio é constituído de sódio e uma mistura de gases inertes (neônio e argônio) a uma determinada pressão suficiente para obter uma tensão de ignição baixa. A descarga ocorre num invólucro de vidro tubular a vácuo, coberto na superfície interna por uma camada de óxido de irídio. Esta camada age como um refletor infravermelho. A lâmpada de sódio de baixa pressão possui uma radiação quasemonocromática, elevada eficiência luminosa e vida útil longa. Lâmpadas a vapor de sódio e Alta Pressão São muito usadas na iluminação de vias públicas; estacionamentos, áreas industriais internas e externas, depósitos e fachadas. Sódio Reator Condensador de Compressão Ignitor de Alta tensão Lâmpada de vapor de Sódio de Alta pressão, Osram Lâmpadas de multivapores metálicos 54 • Instalações Prediais A adição de certos compostos metálicos halogenados ao mercúrio (iode- tos e brometos) permite tornar contínuo o espectro da descarga de alta pressão. Consegue-se, assim, uma excelente reprodução de cores e que corresponde à luz do dia. As lâmpadas, neste caso, poderão ter ou não material fluorescente no bulbo. São especialmente recomendadas quando se requer ótima qualidade na reprodução de cores como, por exemplo, em estádios, pistas de corrida de cavalos, ginásios, museus, iluminação de fachadas altas, pavilhões, etc, principalmente, quando se pretende televisionamento em cores. Requerem ignitor de partida e eventualmente capacitor para melhorar o fator de potência. Starter É uma espécie de minilâmpada néon e destina-se a provocar um pulso na tensão, a fim de deflagrar a ignição na lâmpada. O starter funciona segundo o princípio das lâminas bimetálicas, que será visto no estudo dos disjuntores (unidade V). Eletrodo Eletrodo Esquema Símbolo Lâmina bimetálicas O funcionamento de uma Lâmpada Fluorescente, com um Reator do tipo Convencional, com o diagrama a seguir, é da seguinte forma: Filamento Filamento Lâmpada Starte Reator Interruptor Ao ser fechado o interruptor S, o “Starter” fecha e abre rapidamente. Quando ele está fechado os filamentos são aquecidos ionizando o vapor de mercúrio (gás) existente dentro do tubo e ao abrir é dada a partida na lâmpada, ou seja, passa a circular corrente entre os filamentos e a Lâm- pada emite a luz. Depois que a Lâmpada está acesa, “pode-se retirar” o “Starter” do circuito, uma vez que não circula corrente pelo mesmo. 55 • Instalações Prediais O Reator tem a função de provocar uma sobretensão durante a partida e depois evitar que a corrente atinja valores elevados. A função do capacitor ligado em paralelo com o “Starter” é evitar o fais- camento entre seus terminais durante a partida. Devido as grandes vantagens da iluminação fluorescente, como maior rendimento luminoso, menor perda em forma de calor, luz mais branca, etc, as Lâmpadas Fluorescentes Tubulares são muito utilizadas, principal- mente nas áreas Copa, Cozinha, Área de Serviço, etc, de uma residência. Nestes locais é melhor utilizar Lâmpadas Fluorescentes Tubulares, pois elas duram e iluminam mais do que as incandescentes. Uma Lâmpada Fluorescente tem uma vida média de até 7.500 horas, ou seja, dura cerca de 7,5 vezes mais que a Incandescente. Inicialmente tem-se um gasto maior, mas, em compensação, não é necessário trocá-la tantas vezes. Além disso, economiza energia elétrica e, portanto, reduz o valor da Fatura de Energia Elétrica. As Lâmpadas Fluorescentes Compactas são mais utilizadas nos restantes dos cômodos da residência, tais como: Sala, Quartos, Corredores, etc. Estas Lâmpadas são de pequenas dimensões e de baixa potência, variando de 5 a 26 Watts, encontrando-se nos mais diversos tipos e modelos. A vida média pode variar de 3.000 a 8.000 horas, dependendo do modelo ou do fabricante. As mais práticas são aquelas com Reator acoplado com a Lâmpada, pois normalmente, a depender do tipo de luminária, substituem diretamente uma lâmpada incandescente. O Reator pode ser eletrônico ou magné- tico. Apesar das Lâmpadas Fluorescentes Compactas serem mais caras que as Incandescentes, elas são bem mais econômicas e sua utilização se justi- fica quando são utilizadas por mais de 3 horas por dia. Reatores Reator - tem por finalidade provocar um aumento da tensão durante a ignição e uma redução na intensidade da corrente, durante o funcio- namento da lâmpada. Consiste essencialmente em uma bobina, com núcleo de ferro, ligada em série com a alimentação da lâmpada. 56 • Instalações Prediais Starter Existem dois tipos de reatores: Comuns ou convencionais• - que podem ser simples e duplos. Necessitam do starter para prover a ignição; De partida rápida• - que não necessitam de starter. Podem ser tam- bém, dos tipos simples ou duplos. Seleção do reator 1- De acordo com o tipo de lâmpada. Há reatores próprios para cada tipo de lâmpada. Uma lâmpada fluores- cente de cátodo pré-aquecido, assim como uma lâmpada fluorescente de cátodo quente ou de cátodo frio necessita de reatores específicos. 2- De acordo com a quantidade e a potência da lâmpada. Essas informações aparecem na tampa do reator. Ex.: se você quer colocar numa instalação duas lâmpadas fluorescentes de cátodo pré-aquecido com 20 watts, selecionará um reator de duas lâmpadas fluorescentes de cátodo pré-aquecido para 20 watts. Observe as informações que aparecem nas tampas dos reatores. Emprego de Ignitores Ignitores são dispositivos de partida para lâmpadas a vapor metálico e a vapor de sódio de alta pressão. Notas: 1. Os ignitores são próprios para uma rede elétrica de 50 ou 60 Hz. 2. Na instalação deverão ser obedecidas necessariamente as indicações para ligação dos terminais, conforme esquema no próprio ignitor. 3. Os equipamentos auxiliares para lâmpadas de sódio e vapores metá- licos poderão ficar no máximo a 14 e 40 metros respectivamente das lâmpadas. 57 • Instalações Prediais Como já foi visto, há certos tipos de lâmpadas que necessitam, além de reator, de um starter ou ignitor. O ignitor é um dispositivo de partida usado em lâmpadas a vapor metálico e a vapor de sódio de alta pres- são. Os diagramas das figuras abaixo se referem as instalações de lâmpadas de descarga de alta pressão de mercúrio e de sódio. Interruptores São dispositivos de comando de lâmpadas, que servem para interrom- per a passagem da corrente elétrica que alimenta os circuitos de ilumi- nação. São instalados em série com os condutores fase. Quando estão na condição “aberto”, impedem que os soquetes das lâmpadas fiquem potencializados (energizados), possibilitando uma manutenção segura, sem risco de choques elétricos. Podem comandar um ou um grupo de lâmpadas de um só local (inter- ruptores simples ou de uma seção); duas lâmpadas ou dois grupos de lâmpadas, independentemente, de um só local (interruptores de duas seções); três lâmpadas ou três grupos de lâmpadas, independente- mente, de um só local (interruptores de três seções); uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas de dois locais distintos, como escadas ou áreas com dois acessos (interruptores paralelos ou three-way); uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas de mais de dois locais distintos (interruptores four-way). Além desses tipos, há os interruptores destinados a comandar lâmpa- das automaticamente: minuteria, comum na saída dos elevadores dos pavimentos de edifícios residenciais, que mantém acesas as lâmpadas por um período de aproximadamente um minuto; botões de campai- nha, etc. Campainha do tipo cigarra 58 • Instalações Prediais Lâmina eletroímã É constituída por uma bobina contendo um pedaço de ferro no seu inte- rior. Esse conjunto é denominado eletroímã. Próximo a ele existe uma lâmina de ferro, que é atraída quando existe uma corrente elétrica na bobina. Essa atração acontece porque a cor- rente elétrica na bobina cria um campo magnético na região próxima e imanta o ferro, transformando-o em um ímã. Essa imantação existe apenas enquanto houver corrente elétrica na bobina. Daí esse conjunto ser entendido como um ímã elétrico. Esse efeito magnético desaparece quando a campainha é desligada, deixando de haver corrente elétrica na bobina. Tomadas Assim como as torneiras são tomadas de água dos circuitos hidráulicos, as tomadas de corrente são derivações dos circuitos elétricos destinadas a suprir, de tensão e corrente, os aparelhos eletrodomésticos, de escritó- rios, etc,nos projetos elétricos. Para dimensioná-las, são atribuídos valo- res de acordo com a área onde serão instaladas Sob o ponto de vista dos aparelhos a que se destinam, as tomadas de corrente podem ser classifi- cadas em dois grandes grupos: - as tomadas de uso geral (TUG), que disponibilizam energia elétrica para os portáteis, cujo conhecimento prévio dos valores de suas respectivas potências não tem importância durante o dimensionamento dos circui- tos nos projetos elétricos. Para dimensioná-las, são atribuídos valores de acordo com a área onde serão instaladas. - As tomadas de uso específico (TUE), que se destinam à alimentação de aparelhos que requerem instalação fixa, como chuveiros e torneiras elé- 59 • Instalações Prediais tricas, aparelhos de ar condicionado, máquinas de lavar roupas, banhei- ras de hidromassagem, etc. Entretanto, portáteis que solicitem mais de 10 A de corrente, devem ser alimentados a partir de TUEs. Segundo o local onde serão instaladas, as tomadas de corrente podem ser médias, a 1,3m acima do piso acabado e as baixas, a 0,3m acima deste. Quando alimentadas por apenas uma fase, elas são denominadas toma- das monofásicas. Podem, entretanto, ser do tipo bifásico ou trifásico. Segundo o número de pólos, podem se bipolares (fase+neutro) ou tri- polares (fase+neutro+proteção ou fase+fase+proteção). Plugue Conector que se constitui na terminação de um cabo, e que serve para fazer a ligação de um componente na rede de energia elétrica. Hoje, no Brasil, existem mais de dez modelos de plugues diferentes e quantidade semelhante de tomadas, gerando uma situação de risco de choque elétrico ao usuário (conforme ilustrado na figura abaixo) e de sobrecarga na instalação elétrica (conexão de aparelhos projetados para tensões e correntes diferentes da tomada) e desperdício de energia, atra- vés da dissipação de calor (uso de adaptadores inadequados para conec- tar muitos equipamentos em uma única tomada). Com a tomada padrão, em novo formato de poço, sextavada (talhada em seis faces), os consumidores, principalmente as crianças, não corre- rão mais o risco de tomar choques elétricos. Outras vantagens são a de que o padrão promove a adaptação de ten- sões diferentes que existem, hoje, em nosso país e ajuda a combater o desperdício de energia. Com a implantação do novo padrão, aquele fiozinho, da geladeira e de vários outros eletrodomésticos, que a grande maioria das pessoas nem sabe para o que serve, tem a mesma função do chamado “3° pino” dos plugues e tomadas do padrão brasileiro: aterrar o equipamento. Só que, como as construções não ofereciam aterramento, o fio ficava sem função. Agora, o fio desaparece e o aterramento será feito através do plugue e da tomada com 3 pólos. Medidor de Energia Elétrica O medidor monofásico do consumo energia elétrica (kWh) compõe-se de duas bobinas: uma de tensão, ligada em paralelo com a carga e uma de corrente, ligada em série com a carga. As duas bobinas são enroladas sobre o mesmo núcleo de ferro. Um disco colocado junto ao núcleo, que por força dos campos magné- 60 • Instalações Prediais ticos formados (da tensão e da corrente), quando a carga está ligada, passa a girar com velocidade proporcional à energia consumida. Através de um sistema de engrenagens, a rotação do disco é transportada a um mecanismo integrador. No medidor de consumo energia elétrica (kWh), o valor da energia rela- tiva a um certo período de tempo a ser medida, corresponde à diferença entre as duas leituras realizadas, uma no final e outra no início do res- pectivo período. A leitura destes medidores é feita seguindo a seqüên- cia natural dos algarismos, ou seja, se forem quatro ou cinco ponteiros, ou quatro ou cinco janelas, o primeiro à esquerda indica os milhares, o segundo as centenas e assim por diante. Deve-se ter cuidado ao fazer uma leitura nos medidores de ponteiro, pois cada ponteiro gira em sentido inverso ao de seus vizinhos. 0 4 5 9 0 0 4 8 0 5 0 5 6 7 8 91 2 3 4 0 5 6 7 8 91 2 3 4 0 5 4 3 2 19 6 0 5 4 19 6 0 5 6 7 8 91 2 3 4 0 5 6 7 8 91 2 3 4 0 5 4 3 2 19 6 0 5 4 19 6 Leitura do mês anterior Leitura do mês anterior = 4590 Leitura do mês atual = 4857Leitura do mês atual 1- Exemplo de leitura no medidor Cliclométrico Se subtrair a leitura do mês anterior da leitura atual, terá oo consumo mensal em (kWh) 04805-04590= 215kWh (quilowatts-hora) 2- Exemplo de leitura no medidor Ponteiros Subtrair a leitura do mês anterior da leitura atual, terá oo consumo mensal em (kWh) 04857-04590= 267kWh (quilowatts-hora) Nota: Ao ler os valores de energia em um medidor de kWh, o número que se deve considerar é aquele pelo qual o ponteiro acabou de pas- sar, isto é, quando o ponteiro está entre dois números, considera-se o número de menor valor. Para se efetuar a leitura, deve-se iniciar pelo primeiro ponteiro a direita. Motor monofásico É uma máquina de corrente alternada capaz de acionar máquinas em geral e bombas d’água a partir de uma rede elétrica monofásica. É composto, principalmente de: - Um Estator, com um enrolamento principal ou de trabalho e um auxiliar ou de partida; - Um motor do tipo gaiola de esquilo, com eixo e rolamento que se encai- xam nos mancais das tampas; - Um sistema de partida ou de arranque qual é composto de mecanismo 61 • Instalações Prediais centrífugo: Interruptor e capacitor, que agem sobre o enrolamento auxi- liar. Em algumas aplicações dos motores monofásicos, estes partem sem carga, e dependendo de sua fabricação pode ser dispensado o capacitor, cuja função é aumentar o torque de partida, como exemplo tem: os ven- tiladores e as esmerilhadoras. As várias partes são montadas e ajustadas por quatro parafusos longos que prendem as tampas. Vamos prosseguir o estudo aprendendo mais alguma coisa sobre o motor monofásico de fase auxiliar. Pode-se encontrar motores de fase auxiliar com dois, quatro ou seis ter- minais de saída, que podem combinar-se para várias tensões de rede e para inversão da rotação por meio de chave reversora. Os motores de dois (2) terminais de saída são construídos para funcionar em uma tensão, apenas de 110 volts ou 220 volts e não permitem inver- são de rotação. 21 1 2L L Os motores de quatro (4) terminais são construídos em uma tensão ape- nas de 110 volts ou 220 volts, porém podem ter sua rotação invertida, de acordo com as instruções de placa de ligação. 1 1 2 2 3 4 L L Modificar esta ilustração e a seguinte. Os motores de seis (6) terminais são destinados a funcionar em duas ten- sões, 110 volts e 220 volts e permitem ainda inversão de rotação. 62 • Instalações Prediais Para inverter a rotação basta os polos 5 5 2 2 L1 L2L1 L2 3 3 4 6 6 1 1 Para 110V Para 220V Você sabe que os moteres monofásicos de auxiliar podem ser de dois tipos: moteres de partida sem capacitores e com capacitor. Nos motores de partida sem capacitar, durante a partida, o enrolamento auxiliar fica ligado diretamente, em paralelo, com o enrolamento prin- cipal. Quando o motor atinge certa velocidade, cerca de 75% da veloci- dade normal, um interruptor automático desliga o enrolamento auxiliar, passando o motor a funcionar apenas com o enrolamento principal. Principal Auxiliar Interruptor automático Os motores de partida com capacitor têm funcionamento igual ao acima descrito, tendo, apenas ligado em série com o enrolamento auxiliar, um capacitor. 63 • Instalações Prediais Principal Auxiliar A velocidade dos motores monofásicos depende do número de pólos e da freqüência da rede de alimentação. Chaves Chave bipolar de reversão manual É um dispositivo de manobra para motores monofásicos de fase auxiliar que reverte a rotação nos dois sentidos horários e anti-horários. É com- posta de alavanca, que possui uma metálica cilíndrica, com rosca nas extremidades e peça esférica de baquelita ou ebonite, enroscada numa de suas extremidades. Eixo metálico, forrado com material isolante;dois (2) contatos metálicos móveis, em forma de L, seis (6) contatos metálicos focos; caixa metálica; barra de material isolante de ebonite ou fenolite e tampa metálica dotada de furos para fixação à caixa. Chave bipolar blindada com fuziveis cartucho É um dispositivo composto de caixa metálica em chapa de ferro, com furos semi-estampados; tampa metálica com dobradiça; base de por- celana ou ardósia; facas de cobre; bornes de ligação; alavanca metálica, porta-fusíveis e orelhas para cadeado. As chaves bipolares blindadas com fusíveis são utilizadas para proteger as instalações contra sobrecarga, principalmente dos circuitos dos motores. São fabricadas para diversas correntes, desde 30 até 600 amperes, para tensões nunca superiores a 600 volts. Chave de bóia Sua aplicação é na medição de líquidos. Sua principal aplicação se faz em caixas d`água no controle de nível para acionar e desligar bombas. 64 • Instalações Prediais Chave fim de curso Uma chave fim de curso, é um comutador elétrico que é capaz de ser atuado por uma força física muito pequena. Utilizada por exemplo para controle automático de portões. Relé foto-elétrico O relé fotoelétrico é um dispositivo destinado ao acionamento de lâm- padas elétricas em sistemas em geral. Este aparelho é utilizado com muita frequência em sistemas de iumina- ção pública, placas luminosas e também automóveisque tenham con- trole automático de acionamento dos faróis. Sua larga utilização em iluminação pública é devido as lâmpadas dos postes serem geralmente de acionamento individual, sendo o relé fotoelétrico responsável pelo acionamento das lâmpadas ao anoitecer e desligamento ao amanhecer conforme a luz do dia. Sensor de presença e movimento Provê acionamento automático de lâmpadas ou alarmes, por exemplo. Exercícios Unidade IV Associe as colunas: 65 • Instalações Prediais Lâmpadas incandescentes Reator Starter Lâmpadas de descarga Requerem ignitor de partida e eventualmente capacitor para melhorar o fator de potência. ( ) Destina-se a provocar um pulso na tensão, a fim de deflagrar a ignição na lâmpada. ( )Possuem um bulbo de vidro, em cujo interior existe um filamento de tungstênio. ( ) Tem por finalidade provocar um aumento da tensão durante a ignição e uma redução na intensidade da corrente, durante o funcionamento da lâmpada. ( ) Nelas a energia é emitida sob a forma de radiação, que provoca uma excitação de gases ou vapores metálicos, devido à tensão elétrica entre eletrodos especiais. ( ) Poderão ter ou não material fluorescente no bulbo. O que são interruptores? Dê exemplos. Diferencie TUG e TUE. Dados os bornes de ligação do motor monofásico abaixo, faça: Mudar ilustração a) ligação em 110V, e sua respectiva ligação com reversão; b) ligação em 220V, e sua respectiva ligação com reversão; Cite aplicações para: Chave fim de curso Relé foto-elétrico 66 • Instalações Prediais Sensor de presença e movimento Chave de bóia 67 • Instalações Prediais Achou importante? Faça aqui suas anotações. Proteção das Instalações Elétricas Prediais A Eletricidade não é brincadeira de criança e nem tampouco brinquedo para se brincar. Ela é invisível, mas real e, se não for bem utilizada e tra- balhada, por profissionais devidamente qualificados, pode se tornar um perigo constante na vida das pessoas, mesmo sendo muito útil para tudo e todos, também pode ser fatal. Por isso, a equipe de professores do Senai-ES preparou para mostrar a você, nesta unidade V, algumas medidas importantíssimas a serem tomadas para evitar acidentes graves e fatais quando você for executar quaisquer serviços de instalações elétricas prediais, em qualquer lugar deste País. Pois, trata-se de normas padronizadas que todos que traba- lham com eletricidade devem seguir. Seja o profissional, seja o usuário comum. Então, desperte para o que vai ser ensinado agora. Não desanime. O mercado de trabalho precisa de trabalhador dedicado como você. Não se dê por vencido diante das dificuldades, mas você precisa se engajar para aprender o necessário e o de melhor que o seu professor tem para lhe passar. Uma instalação elétrica interna está sujeita a defeitos e acidentes de diver- sas naturezas, sendo, portanto, necessária a existência de um sistema de proteção e segurança adequados, a fim de evitar maiores danos. Os principais distúrbios de natureza elétrica que podem ocorrer em uma instalação são: fugas de corrente, perdas de energia elétrica, sobrecar- gas, curtos-circuitos e sobretensões. Normas são para ser seguidas e não transgredidas porque a obediência a algumas delas pode estar garantindo a sua vida ou evitando prejuí- zos, os mais variados possíveis. Por isso, a Norma NBR 5410– “Instalações Elétricas de Baixa Tensão” da ABNT, estabelece os critérios para garantir a segurança de pessoas, de animais domésticos, de bens e da própria instalação elétrica, contra os perigos e danos que possam ser causados pelas instalações elétricas, tais como: Proteção contra choques elétricos;• Proteção contra sobrecorrentes;• Proteção contra sobretensões e subtensões;• Proteção contra falta de fase.• Aterramento Elétrico 68 • Instalações Prediais Denomina-se “Aterramento Elétrico”, a ligação intencional de um com- ponente através de um meio condutor com a Terra. Por exemplo: ligar a carcaça de um chuveiro elétrico, através de um condutor, com a Terra. IMPORTANTE: Todo equipamento elétrico deve, por razões de segurança, ter o seu corpo (parte metálica) aterrado. Também os componentes metálicos das instalações elétricas, tais como, os Quadros de Distribuição de Circuitos – QDC, os eletrodutos metálicos, caixas de derivação, etc, devem ser corretamente aterradas. Quando há um defeito na parte elétrica de um equipamento que está corretamente aterrado, a corrente elétrica escoa para o solo (Terra). Alguns tipos de solos são melhores condutores de corrente elétrica, pois têm uma menor Resistividade Elétrica. A Resistividade é em função do tipo de solo, umidade e temperatura. Os Aterramentos Elétricos podem ser: a) Aterramento por razões funcionais: o Aterramento é necessário para que o equipamento elétrico funcione corretamente; b) Aterramento do equipamento por razões de proteção e segu- rança: neste caso, o Aterramento protege as pessoas e/ou animais domésticos contra os choques elétricos. O caso bastante comum de choque elétrico é um fio desencapado encostando-se à estrutura metálica de um aparelho energizado. Estando o aparelho aterrado, a corrente elétrica poderá ser desviada para a Terra, evitando o choque elétrico. Através do Aterramento, a corrente elétrica tem um caminho mais fácil para escoar para a Terra. As figuras a seguir, ilustram ligações elétricas de um chuveiro elétrico: Na situação da primeira figura, o chuveiro não está aterrado, estando, portanto, a pessoa sujeita a tomar choques elétricos. Na situação da segunda figura, como o chuveiro está aterrado através do Condutor de Proteção (PE), as pessoas não estão sujeitas a tomarem cho- ques elétricos. Independentemente da tensão elétrica (V) para a ligação correta do equipamento elétrico, se é 127 V ou 220 Volts, o equipamento deverá ser aterrado de forma adequada. 69 • Instalações Prediais PE Fase Fase Fase Fase Um sistema aterrado possui o Neutro e/ou outro condutor intencional- mente ligado à terra, diretamente ou através de uma impedância elétrica (resistência ou reatância). O “Padrão de Entrada” para o fornecimento de energia elétrica, deve ser aterrado através de eletrodo de aterramento (haste de “terra”) e devem ser atendidos os requisitos das Normas vigentes da concessionária de energia local. Essas Normas especificam os tipos, características, como instalar, a quan- tidade de eletrodos, a serem utilizados para cada tipo de ligação, os tipos dos condutores para ligar o eletrodo ao “Padrão de Entrada” para o for- necimento de energia elétrica, etc. Veja exemplo abaixo: Cantoneira
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