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Apostila Noções de Administração a Enfermagem PDF

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01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM I E II 
 
 
 
 
Prof.: Ygor Vergara 
Esp. Psicologia e Coach 
Esp. Neuropsicopedagogia Clinica e Institucional 
 
 
 
BELEM/PARÁ 
2022 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Fayol define o ato de administrar como: PREVER, ORGANIZAR, COMANDAR, 
COORDENAR E CONTROLAR. Atualmente, sobretudo com as contribuições da 
Abordagem Neoclássica da Administração, em que um dos maiores nomes é Peter 
Drucker, os princípios foram retrabalhados e são conhecidos como Planejar, Organizar, 
Dirigir e Controlar - PODC. Ressalte-se, então, que destas funções as que sofreram 
transformações na forma de abordar foram "comandar e coordenar" que hoje 
chamamos de Dirigir (Liderança). 
 
TEORIAS ADMINISTRATIVAS 
 A teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela 
ênfase na estrutura organizacional, pela visão do homem Econômico e pela busca da máxima 
eficiência. Taylor, Henri Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua 
experiência na alta administração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma 
complementar aos de Taylor: 
1 - Divisão do trabalho 
Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, 
assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade. 
 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
2 - Autoridade e responsabilidade 
Autoridade é o direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. 
Responsabilidade é a contrapartida da autoridade. 
3 - Unidade de comando 
Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens. 
4 - Unidade de direção 
O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de atividades 
com os mesmos objetivos. 
5 - Disciplina 
Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os 
funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização. 
6 - Prevalência dos interesses gerais 
Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais. 
7 - Remuneração 
Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização. 
8 - Centralização 
As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas. 
9 - Hierarquia 
Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de 
autoridade fixa. 
10 - Ordem 
Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada 
coisa em seu lugar. 
11 - Equidade 
A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de 
cada funcionário à empresa. 
12 - Estabilidade dos funcionários 
Uma rotatividade alta tem consequências negativas sobre desempenho da empresa e o 
moral dos funcionários. 
13 - Iniciativa 
Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo. 
14 - Espírito de equipe 
O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os 
integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus 
propósitos. 
 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
FUNÇÕES E OU ELEMENTOS ADMINISTRATIVOS 
 
"Fayol dava preferência pela organização linear. “ (CH IAVENATO, 2003, p. 86), que 
tem como princípios: Unidade de comando ou supõe revisão única de direção, centralização 
da autoridade e cadeia escalar. "A organização linear é uma forma de pirâmide" 
(CHIAVENATO, 2003 p. 86), onde o poder concentra-se de forma decrescente do topo para a 
base. 
Além desses princípios, para que a empresa possa crescer e se desenvolver com 
sucesso, Fayol desenvolveu alguns elementos fundamentais nos quais se deve basear a 
administração da empresa, são estes: 
 
1. Previsão 
Não é algo fácil e muito menos simples de se fazer, mas é extremamente necessário, já 
dizia Fayol “A máxima ‘governar é prever’ dá uma ideia da importância que se atribui à previsão 
no mundo dos negócios. ” (1989 p.65). Na previsão o que se precisa fazer é, com base em 
cálculos e estatísticas, ter uma noção que acontecerá no futuro dentro do seu ramo de negócio. 
Há variadas formas de faze -lá onde a principal e mais eficiente é o Programa de Ação. 
2. Organização 
A organização pode ser dividida em duas partes, organismo material – recursos 
materiais e organismo social – colaboradores, gerenciamento deste segundo pode varia muito 
dependendo do tamanho da organização, pois existem diferenças entre a forma de administrar 
uma empresa pequena onde encontramos apenas dois ou três colaboradores e uma 
organização multinacional onde existem milhares de funcionários. Organizar é montar a 
empresa com tudo o que ela precisa para produzir e sobreviver como: 
Matéria-prima, infraestrutura planejada, capital e colaboradores. 
3. Comando 
Para que os objetivos da empresa sejam alcançados existe a função de comandar que 
nada mais é que a autoridade de comandar e fazer obedecer, fazer com que os subordinados 
executem o que lhes foi ordenado. 
O objetivo do comando é que os subordinados lhes obedeçam executando as tarefas 
conforme ordenado, para que as atividades sejam realizadas, a organização funcione e os 
objetivos da empresa sejam alcançados. 
4. Coordenação 
Tem como objetivo harmonizar as atividades a serem realizadas com os esforços 
humanos a serem exercidos. Adaptando os melhores recursos para os seus mais corretos fins 
e assim facilitando as ações, para que ocorra o alcance dos objetivos que foram previamente 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
traçados no planejamento. "A implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a 
coordenação das atitudes e esforços necessários por parte da empresa." (BEZERRA). 
 
5. Controle 
É o ate de verificar se os procedimentos estão de acordo com as regras e exigências da 
empresa. São estabelecidos “indicadores de desempenho”, que através destes pode-se 
assegurar que estão sendo tomadas as atitudes esperadas pela empresa. Com o controle das 
atividades, é alta a probabilidade de que as metas da organização sejam alcançadas, e que 
nada ocorrerá fora dos parâmetros, fora do esperado. 
 
 
GERÊNCIA, LIDERANÇA, SUPERVISÃO E AUDITORIA NA 
ENFERMAGEM 
 
O Gerente de Enfermagem é o profissional responsável por gerenciar todas as áreas 
de enfermagem do hospital, coordenando o SCIH e ministrando treinamentos. 
Um Gerente de Enfermagem elabora escalas, realiza contratações e desenvolve relatórios 
gerenciais. 
 Está sob as responsabilidades de um Gerente de Enfermagem atuar com avaliação 
dos serviços, conferir o atendimento aos pacientes, liderar equipe, garantir o adequado 
funcionamento dos setores de enfermagem, através do controle dos processos, visando à 
qualidade e humanização do atendimento, realizar treinamento e supervisão da assistência 
técnica prestada pela equipe de enfermagem, manter o sistema de avaliação contínua e 
realizar reuniões periódicas com os departamentos sob sua responsabilidade, avaliar, solicitar 
e realizar as demissões e contratações de profissionais da equipe de enfermagem, fazer 
escalas da equipe, auxiliar nas rotinas e procedimentos das áreas, elaborar relatórios 
gerenciais, gerenciar o atendimento a pacientes em assistência domiciliar, avaliar, solicitar e 
realizar demissões e contratações de profissionais da equipe de enfermagem, avaliar o 
atendimento aos pacientes, emitir parecer técnico referente ao processo de padronização, 
aquisição, distribuição, instalação e utilização de materiais, coordenar o SCIH,ministrar 
treinamentos, avaliar a qualidade do atendimento assistencial, realizar auditoria de prontuários 
e elaborar relatórios, conhecer o setor hospitalar e sua logística, aplicar avaliação de 
desempenho, realizar o controle de solicitações e liberações de materiais, controle de 
orçamento e indicadores da área. 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
 
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Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
 
 
RECURSOS HUMANOS NA AREA DA SAUDE 
Gestão de pessoas é papel do RH fazer com que as organizações se mantenham 
harmônicas por meio de uma cultura agradável e de hierarquias menos rígidas, de acordo com 
a realidade de cada instituição. Além disso, a elaboração de práticas que elevem o sentimento 
de pertencimento ao grupo e a satisfação das pessoas, quando alinhadas aos objetivos 
organizacionais, também são de sua responsabilidade. 
Nesse sentido, o RH consegue contribuir para uma gestão de pessoas que seja mais 
eficiente e motivadora, buscando o desenvolvimento das equipes de saúde e fazendo com que 
suas habilidades sejam otimizadas. Além disso, é estabelecida uma visão mais humanista, 
buscando por soluções que, além de melhorarem a competitividade da empresa, mantêm o 
público interno motivado. 
Treinamentos: 
Na área de saúde, um dos fatores de maior relevância para determinar a qualidade do 
serviço prestado é o treinamento de suas equipes. No entanto, é igualmente relevante que 
esses treinamentos ocorram de forma estratégica. Existem diversas opções para quem busca a 
qualificação de suas equipes de modo mais amplo e complementar, como: 
• cursos de capacitação; 
• feiras; 
https://www.intelligenzait.com/portal/metricas-de-rh/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
https://www.intelligenzait.com/portal/metricas-de-rh/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
https://www.intelligenzait.com/portal/melhorar-motivacao-da-equipe-de-trabalho/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
• eventos do setor de saúde; 
• convênios com universidades; 
• visitas a centros de referência. 
Tudo isso permite um contato importante com as novas tecnologias da área e ainda por 
cima promovem a interação entre profissionais internos e externos à instituição de saúde. 
Planos de carreira: 
Para gerar melhoria na produtividade e também na motivação dos colaboradores, é 
importante que o RH na área da saúde, junto da administração, construa um plano de 
carreira realista e escalável para os profissionais. Isso contribui para a construção de uma 
perspectiva de crescimento, faz com que as pessoas se dediquem mais às suas atividades e 
busquem o desenvolvimento contínuo. 
Além dos benefícios para o próprio colaborador, como a conquista de novos patamares 
dentro da sua profissão, é importante perceber que esse é um fator que traz inúmeros 
benefícios para a instituição, como: 
• qualidade de atendimento; 
• excelência na execução das tarefas; 
• desenvolvimento contínuo; 
• interesse e engajamento da equipe. 
 Feedbacks: 
Os feedbacks são respostas ao desempenho de cada colaborador, visando reforçar os 
comportamentos desejados ou corrigir os indesejados. Para isso, deve existir um método 
devidamente implementado que possa ser executado de forma contínua por um profissional 
capacitado. 
Essa função do RH na área da saúde promove uma comunicação mais eficaz, clara e 
objetiva, que busca construir junto com o colaborador soluções justas e viáveis para buscar sua 
melhoria contínua. Com isso, aumenta a segurança e a confiança existente nos processos de 
comunicação. 
ADMINISTRAÇÃO EM SAÚDE E SUA IMPORTÂNCIA 
Administrar é adaptar técnicas de gestão para dirigir uma instituição, tendo por objetivo 
integrar conhecimentos de vários setores. Atribui-se ao setor a responsabilidade de otimizar 
rotinas e melhorar a experiência dos pacientes. 
https://www.intelligenzait.com/portal/indicadores-de-desempenho/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
https://www.intelligenzait.com/portal/como-criar-um-plano-de-carreira/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
https://www.intelligenzait.com/portal/como-criar-um-plano-de-carreira/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
https://www.intelligenzait.com/portal/entenda-o-que-e-feedback-continuo-e-4-motivos-para-voce-faze-lo/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
https://www.intelligenzait.com/portal/como-dar-feedback-negativo/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
Por isso, a administração hospitalar é voltada à melhora do resultado dos serviços e 
produtos oferecidos no centro clínico. Isso exige do profissional a capacidade de coordenar 
pessoas e criar um planejamento que seja aplicável e replicável. 
O caminho para chegar aos objetivos organizacionais é criar metas possíveis, que 
aumentem a produtividade e o lucro. Desse modo, consegue-se otimizar processos manuais, 
reduzir gastos, evitar desperdícios e fidelizar usuários. 
Geralmente, o administrador assume diversas funções, que envolvem o controle de 
equipamentos, materiais e pessoas. Para assumi-las com eficiência, é preciso ter a capacidade 
de identificar e solucionar problemas, além de tomar decisões importantes. 
A IMPORTÂNCIA DA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR 
Um bom administrador sabe que cumpriu com excelência seu trabalho quando consegue 
a Acreditação Hospitalar. A certificação de qualidade é feita com base em padrões pré-
estabelecidas para melhorar o gerenciamento de instituições de saúde. 
Envolve desde a garantia de uma assistência de qualidade até a governança 
corporativa. Por exigir o cumprimento de diversas normas, quando a organização consegue 
este reconhecimento, obtém naturalmente maior retorno positivo. 
Podendo apresentar-se como um diferencial competitivo, ainda é uma poderosa 
ferramenta de gestão, uma vez que estimula o progresso estratégico. O processo força, de 
forma positiva, a instituição a manter-se atualizada. 
TECNOLOGIA A FAVOR DA ADMINISTRAÇÃO EM SAÚDE 
Para potencializar a administração, existem ferramentas de gestão que otimizam os 
processos manuais. Adotar um sistema que integre as diferentes áreas e agrupe informações 
agiliza a rotina e melhora o tempo dos colaboradores. 
Conhecidos como ERPs, os sistemas operacionais podem ser integrados a 
outros softwares que personalizam o atendimento. As vantagens incluem questões de ordem 
financeira, organizacional e de prestação de serviços. 
Uma urgência que pode ser resolvida pela tecnologia é a experiência do paciente. Toda 
a jornada pode ser aperfeiçoada para resolver a demora no atendimento e diminuir a taxa de 
absenteísmo 
 
https://www.cmtecnologia.com.br/profissionalizacao-administracao-hospitalar/
https://www.cmtecnologia.com.br/processo-acreditacao-hospitalar/
https://blog.contself.com.br/software-financeiro-para-clinicas/
https://www.cmtecnologia.com.br/jornada-do-paciente
https://www.cmtecnologia.com.br/jornada-do-paciente
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
Contratar um sistema responsivo e interativo fará uma grande diferença nos resultados 
finais. É possível implantar agendamento online, confirmação de procedimentose pagamento 
automático, por exemplo. 
O USO DE MÉTRICAS NA ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR 
 
Para saber exatamente quais pontos precisam de melhora ou investimento, o 
administrador pode usar métricas. Elas o ajudarão a permanecer fiel à estratégia inicial, 
aprimorando o desempenho dos funcionários e guiando os caminhos a serem seguidos. 
O bom indicador é o que mensura com precisão as coisas que necessitam de avaliação. 
Isso varia de acordo com a instituição, que deve ter métricas exclusivas e alinhadas com o tipo 
de serviço prestado aos pacientes. 
Usar corretamente essas informações terá impacto positivo na competitividade dentro do 
setor de saúde, o que contribui para uma gestão eficiente e favorável. 
PLANEJAMENTO NA AREA DA ENFERMAGEM 
Essa ferramenta é de extrema importância para o profissional da área, pois a mesma ira 
lhe auxiliar na descoberta de fatores primordiais dentro das atividades desenvolvidas. Essa 
assistência pode ser estruturada de forma sistemática e dividida em fases, de acordo com o 
planejamento da assistência de enfermagem, para que o profissional organize e qualifique o 
cuidado prestado. 
O que é assistência de enfermagem? 
A ferramenta utilizada para a sistematização dos cuidados de enfermagem é 
o Processo de Enfermagem (PE), atividade intelectual desenvolvida privativamente pelo 
enfermeiro. Ele é dividido em quatro fases: 1) coleta de dados, 2) histórico de enfermagem, 3) 
planejamento de enfermagem, 4) implementação e avaliação. Sua utilização fortalece o 
desenvolvimento da enfermagem baseada em evidências. 
Planejamento da assistência de enfermagem 
Para compreendermos o planejamento de enfermagem, primeiro precisamos entender 
um pouco sobre as outras fases do PE. 
A coleta de dados diz respeito à entrevista e exame físico realizados pelo enfermeiro, a 
fim de investigar o histórico de saúde do paciente e sua condição atual. A partir dos dados, o 
https://www.secad.com.br/blog/enfermagem/enfermagem-3-etapas-para-realizar-exames-fisicos/
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
enfermeiro faz uma análise e identifica os problemas de saúde presentes ou em potencial, que 
são os diagnósticos de enfermagem. 
O planejamento de enfermagem diz respeito à fase do processo na qual o enfermeiro 
identifica as intervenções necessárias para que aquele paciente alcance resultados esperados, 
e é individualizado. As intervenções planejadas buscam prevenir, intervir ou resolver os 
problemas apontados nos diagnósticos de enfermagem. 
PLANEJAMENTO EM SITUAÇÕES ESPECIALIZADAS 
Pacientes pediátricos: 
O planejamento de enfermagem para pacientes pediátricos deve partir da consideração 
de que a criança faz parte de uma família, que é elemento essencial para seu cuidado e 
melhora do seu estado de saúde. 
Independentemente da patologia da criança, os resultados esperados devem incluir a 
necessidade de recreação da criança e a integração com seus familiares. 
O planejamento de enfermagem pediátrica deve incluir também intervenções e 
resultados esperados relacionados a: 
• sinais vitais; 
• higiene corporal; 
• alimentação; 
• cuidados com procedimentos; 
• cuidados com medicamentos; 
• educação em saúde (para a criança e para a família). 
 Pacientes idosos: 
O planejamento de enfermagem para pacientes idosos deve considerar as dimensões 
biológicas, psicológicas, sociais, culturais, econômicas e políticas envolvidas no processo de 
envelhecimento. Essa população precisa de uma assistência multidisciplinar e contínua, muitas 
vezes com uma importante participação da família do idoso. 
O planejamento da assistência deve ser focado em: 
• ações de promoção do envelhecimento ativo (ações para manter o idoso ativo e participante 
da sociedade); 
https://www.secad.com.br/blog/enfermagem/aplicando-a-nanda-international-um-importante-diagnostico-de-enfermagem/
https://www.secad.com.br/blog/enfermagem/o-papel-do-enfermeiro-na-promocao-da-saude-infantil/
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
• ações de incentivo à autonomia e independência na terceira idade, o quanto for possível. 
CONHEÇA A ATUALIZAÇÃO EM SAÚDE DO IDOSO DESENVOLVIDA PELA 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM (ABEN). 
Pacientes vítimas de trauma: 
O planejamento de enfermagem em situações com vítimas de trauma exige raciocínio 
ágil do enfermeiro na tomada de decisões clínicas. As ações implementadas devem, 
principalmente, buscar estabilizar o paciente para que ele chegue em segurança ao 
estabelecimento de assistência a saúde adequado para seu tratamento. 
Algumas das principais intervenções incluem: 
• imobilização do paciente com materiais e imobilização; 
• instalação de dispositivo venoso para administração de medicamentos; 
• monitorização dos sinais vitais no transporte; 
• transporte da vítima para o serviço de urgência; 
• promoção da termorregulação. 
Sistematizar a assistência de enfermagem é uma tarefa essencial para organizar o 
trabalho da equipe de enfermagem e proporcionar um cuidado de qualidade. O planejamento 
de enfermagem é a etapa que define o plano de cuidados de enfermagem, que será a base 
para o alcance de melhores resultados. 
SERVIÇO DE ARQUIVO MÉDICO E ESTATÍSTICA – SAME 
 
O Serviço de Arquivo Médico e Estatística – Same, que atua colaborando na missão 
desta Instituição Hospitalar de bem servir na prestação de assistência médica com eficiência e 
qualidade a toda a sociedade. 
O Same é um serviço imprescindível ao Hospital, permitindo estimar o valor do trabalho 
profissional e o grau de eficiência com que são tratados os pacientes que recorrem ao mesmo. 
Esse serviço se entrosa com os demais serviços técnicos e administrativos da Instituição, 
colaborando com os mesmos no aprimoramento de assistência prestada ao paciente. 
É o responsável por organização, auditoria administrativa, armazenamento e guarda de 
prontuários médicos, permitindo sua rastreabilidade sempre que necessário. É também 
responsável pela elaboração dos indicadores estatísticos no âmbito técnico e de 
https://www.secad.com.br/produto/enfermagem/proenf-programa-de-atualizacao-em-enfermagem-saude-do-idoso/
https://www.secad.com.br/produto/enfermagem/proenf-programa-de-atualizacao-em-enfermagem-saude-do-idoso/
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
produção/produtividade, visando à avaliação da demanda e do desempenho das unidades 
hospitalares. 
SAME/HMTJ: O QUE É? O QUE FAZ? 
O Serviço de Arquivo Médico e Estatística (Same) tem por finalidade a guarda e a 
preservação do prontuário médico (dados pessoais, evolução clínica, exames, radiografias etc.) 
e a elaboração de relatórios e boletins estatísticos referentes ao movimento hospitalar. 
Atribuições Especificas do Same 
• localizar e fornecer prontuários solicitados para consultas ambulatoriais, internação, 
estudos, pesquisa, auditoria; 
• receber, revisar e ordenar os prontuários de pacientes que saírem de alta; 
• manter o controle de saídas e devolução de prontuários médicos, fornecidos para 
consultas ambulatoriais, unidades de internação e/ou setores do Hospital; 
• atender aos pacientes e/ou familiares, prestando-lhes as informações solicitadas; 
• arquivar e custodiar os prontuários de internações e ambulatoriais; 
• manter o registro numérico nos prontuários médicos (sistema informatizado); 
• receber, conferir e manter o censo diário atualizado; 
• receber, controlar e resumir, diária ou mensalmente, as informações estatísticas de 
consultas externas (ambulatoriais) e dos serviços auxiliares de diagnóstico, tratamento e 
hospitalização; 
• preparar os relatórios estatísticos mensais, trimestrais e anuais, de interesse do 
Hospital; 
• calcular os indicadores de saúde requeridos pelo HMTJ; 
• encaminhar ao setor de Contas Médicas os dados estatísticos, para efeito de apuração 
dos custos hospitalares; 
• recebere providenciar respostas de informações aos interessados, quando autorizados 
pela Diretoria do HMTJ. 
Atividades do Serviço 
• Arquivo Médico: 
o retirada (e arquivamento) de prontuário para atendimento de ambulatório e/ou 
internação; 
o manter sempre atualizada a documentação do prontuário do paciente; 
o revisar periodicamente as seções de arquivamento, corrigindo eventuais falhas; 
o selecionar prontuários para uso das comissões hospitalares; 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
o colaborar nas pesquisas científicas e nos trabalhos de investigação, quando 
solicitado. 
o 
• Estatística: 
 
o compaginar e fazer revisão de identificação dos prontuários médicos dos 
pacientes egressos; 
o manter o controle do uso das informações dos diferentes índices; 
o codificar diagnósticos existentes no prontuário; 
o manter índices de doenças (arquivo nosológico), segundo normas estabelecidas; 
o processar informações coletadas e revisadas (censo diário de internação, agenda 
de consultas ambulatoriais) para o relatório mensal. Além do Ambulatório, 
Emergência e Central de Internações, também são obtidas informações de outros 
setores: Radiologia, Laboratório, Enfermagem e Serviço Social; 
o preparar relatório estatístico mensal e anual. 
A IMPORTÂNCIA DA PASSAGEM DE PLANTÃO 
A passagem de plantão é um mecanismo utilizado pela Enfermagem para assegurar a 
continuidade da assistência prestada. Este evento, constitui uma atividade fundamental para a 
organização do trabalho. 
Na passagem de plantão acontece a transmissão de informações entre os profissionais 
que, terminam e os que iniciam o período de trabalho. Abordam sobre o estado dos pacientes, 
tratamentos, assistência prestada, intercorrências, pendências e situações referentes a fatos 
específicos da unidade de internação que merecem atenção. 
Neste processo pode-se adotar várias formas de comunicação, entretanto, as formas 
verbal e escrita são as mais comuns, destacando-se a verbal. 
Autores esclarecem que a comunicação verbal se refere à linguagem falada e sofre 
influências da cultura e dos costumes das pessoas, implicando em diferenças na apresentação 
e compreensão. Ainda, neste tipo de comunicação estão implícitas as formas não verbais e 
paraverbal, as quais também influenciam na interpretação dos receptores. A comunicação é 
uma competência necessária aos profissionais de enfermagem, os quais devem estar atentos 
aos conteúdos informativos e resultados do processo comunicativo. 
 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
A PASSAGEM DE PLANTÃO POR TAREFAS 
Esta modalidade de passagem de plantão deu-se entre as décadas de 70 e 80 no 
referido campo. As unidades de internação adotavam a assistência dividida por tarefa, ou seja, 
cada auxiliar de enfermagem assumia um determinado cuidado ou um grupo deles, o qual ele 
realizava em todos os pacientes. Este método de prestação de serviço era comum entre os 
serviços hospitalares, na época, adequando-se ao reduzido contingente de pessoal. 
Nesta modalidade de passagem de plantão, os auxiliares de enfermagem informavam 
sobre as atividades realizadas ao colega que prosseguia, no plantão seguinte, com as mesmas 
tarefas. Os enfermeiros comentavam a respeito do estado, assistência prestada e 
intercorrências de todos os pacientes, geralmente isoladamente, sem compartilhar as 
informações com os auxiliares de enfermagem. 
A PASSAGEM DE PLANTÃO EM GRUPO 
Esta modalidade foi adotada na década de 90. Constava da estratégia da passagem de 
plantão sob forma de reunião no posto de enfermagem, da qual participavam auxiliares de 
enfermagem e enfermeiros do turno que iniciava e do que terminava o período de trabalho. Os 
auxiliares de enfermagem faziam um relato sobre o período, pautando a assistência prestada, 
enquanto os enfermeiros faziam complementações. 
O propósito desta reunião era informar, todos os membros da equipe, sobre os 
pacientes internados, mesmo sabendo-se que cada um seria responsável, apenas, por uma 
parcela deles. Acreditava-se que isto contribuiria para o conhecimento de todos os pacientes, 
melhorando a presteza nas respostas e no atendimento por qualquer membro da equipe. 
A PASSAGEM DE PLANTÃO EM SUB-GRUPOS 
Desde 1996, um novo modelo de gestão vinha sendo implantado nas unidades de 
internação. Esse estava pautado na participação e compromisso dos profissionais e na revisão 
dos processos de trabalho. 
Então, à luz dessas ideias, alterou-se a escala de prestação de assistência, ou seja, os 
pacientes seriam sempre cuidados pelos mesmos enfermeiros e auxiliares de enfermagem de 
cada turno até sua alta, compondo uma equipe de cuidadores entre turnos, a qual 
denominamos de escala fixa. As substituições ocorriam devido a folgas ou problemas de 
relacionamento. 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
Este tipo de escala de prestação de serviços possibilitou facilitar e agilizar a assistência, 
dado o conhecimento das individualidades dos pacientes pelos cuidadores, bem como, das 
respectivas patologias e tratamentos. Em conseqüência, houve uma diminuição de informações 
a serem transmitidas na passagem de plantão, quando foi possível propor uma nova estratégia 
referente a essa atividade. 
ATUAL PARADIGMADA DA PASSAGEM DE PLANTÃO 
Esta modalidade foi fruto do modelo de gestão que vem sendo implantado, o qual 
propõe a reorganização das rotinas de trabalho. 
Algumas reuniões de discussão sobre passagem de plantão com profissionais da área 
foram realizadas. Foi então que surgiu a proposta de abolição da passagem de plantão entre 
equipes. Compreendeu-se que, até o término do plantão, a equipe deveria realizar a 
assistência planejada, transferindo a outra equipe apenas o que não conseguiu realizar. As 
informações resumiam-se em pendências e intercorrências, uma vez que a escala fixa, seria 
mantida, assegurando o conhecimento dos pacientes pelos auxiliares e enfermeiros. Ainda, foi 
proposto um instrumento semi estruturado denominado de Plano de Passagem de Plantão 
(Anexo), referente aos pacientes, com as informações importantes a serem preenchidas. 
ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVO (APO) 
A Administração por Objetivo ou Administração por Resultados surgiu em 1954, a 
partir dos trabalhos publicados por Peter F. Drucker. Nascido na Áustria, formado 
academicamente na Alemanha e profissionalmente na Inglaterra, fixou-se 
posteriormente nos Estados Unidos. 
Segundo Maximiano, a administração por objetivo é o processo de estabelecer 
padrões individuais de desempenho, em relação aos quais os ocupantes são avaliados. 
Chiavenato estabelece a seguinte conceituação de administração por objetivo: é uma 
técnica participativa de planejamento e avaliação, através das quais superiores e 
subordinados, conjuntamente, definem aspectos prioritários e estabelecem objetivos 
(resultados) a serem alcançados num determinado período de tempo e, em termos 
quantitativos dimensiona as respectivas contribuições (metas) e acompanham 
sistematicamente o desempenho (controle) procedendo às correções necessárias. 
A administração por objetivo enfatiza o trabalho e estabelece metas para definir 
aquilo que deve ser realizado, num período determinado. Para a fixação das metas, 
leva em consideração os critérios de escolha dos objetivos que devem ser 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002005000400015#anx
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estabelecidos mediante as prioridades ou hierarquização dos objetivos e sua 
contribuição para atingir o resultado esperado. 
Nesse sentido, a administração por objetivo estabelece a estratégia empresarial 
a ser adotada, permitindo uma ação coerente e uma instrumentação técnica satisfatória 
que lhe possibilite uma ação eficaz. Assim sendo, escolhe as táticasque melhor 
implementam a estratégia adotada. 
Em resumo, o plano estratégico é o planejamento global, em longo prazo, 
envolvendo todo o sistema, enquanto que o plano tático é resultante do desdobramento 
e detalhamento do plano estratégico. Os planos táticos fragmentam-se em planos 
operacionais. 
ESTRATÉGIA TÁTICA 
Envolve a organização como uma totalidade. Refere-se a cada departamento ou 
unidade da organização. É um meio para alcançar objetivos organizacionais. É um meio 
para alcançar objetivos departamentais. É orientada em longo prazo. É orientado para 
médio ou curto prazo. É decidida pela alta administração da organização. É da 
responsabilidade de cada gerente de departamento. 
As propostas estabelecidas pela administração por objetivo vão mais além do 
que foi aqui exposto. No entanto, não é pretensão deste trabalho aprofundar a questão. 
Para informações mais detalhadas, devem ser consultados, entre outros, os seguintes 
autores: Drucker, Lodi e Chiavenato. 
TEORIA DA BUROCRACIA 
Surgiu na década de 1940, inspirada na teoria da racionalização progressiva de 
todas as instituições. Ou seja, tornou-se necessária a criação de um modelo 
organizacional, capaz de caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como o 
comportamento dos membros participantes da organização. 
A teoria da burocracia foi inspirada por Max Weber, sociólogo alemão 
(1864/1920). 
Essa teoria inspirou o surgimento de outros estudiosos, destacando-se as figuras 
de Robert K. Merton, Philip Selznick, Richard Scott e Trence Hopking. O que é 
burocracia? 
Popularmente, burocracia é sinônimo de ineficiência, de espera, de papelada 
desnecessária que retarda o andamento do processo de trabalho, impedindo as 
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soluções rápidas. Max Weber pensava exatamente o contrário, considerando a 
burocracia a organização eficiente por excelência. 
Segundo Chiavenato, burocracia é uma forma de organização humana que se 
baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) 
pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos. 
A partir dessa conceituação, fica mais claro caracterizar o conteúdo específico do 
modelo weberiano, que não considerou a burocracia como um sistema social, mas 
como um tipo de poder. O autor estudou os tipos de sociedades e de autoridades, a fim 
de melhor compreender a burocracia. 
Em resumo, o modelo weberiano oferecia vantagens à organização, tais como: 
racionalidade, precisão, rapidez, univocidade de interpretação, uniformidade de rotinas 
e procedimentos, continuidade da organização, constância e confiabilidade. Contudo, a 
racionalidade burocrática, a omissão da participação das pessoas na organização e a 
própria fragilidade da estrutura burocrática, provocada, de um lado, pelas pressões 
constantes de forças externas e, de outro, pelo enfraquecimento do compromisso dos 
subordinados com as regras burocráticas, constituíram problemas que a burocracia não 
resolveu até hoje. 
A enfermagem, por estar inserida num sistema burocratizado, não poderia ficar 
isenta desse processo. Na prática de enfermagem, considera-se atividade burocrática 
todo tipo de cuidado indireto prestado pelo enfermeiro que possibilite meios para 
execução da atividade fim (assistência ao paciente). Segundo Santos11, em pesquisa 
realizada num hospital escola, verificou que os enfermeiros consideram burocracia as 
seguintes atividades: 
· Receber pacientes. 
· Fazer pedidos à farmácia e ao almoxarifado. 
· Fazer controle de material. 
· Receber e passar o plantão. 
· Supervisionar e orientar as atribuições dos auxiliares. 
· Fazer provisão de recursos humanos. 
· Elaborar escala de serviço. 
· Verificar prontuários, exames, escalas de cirurgias, etc. 
· Trocar informações. 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
 A grande preocupação da enfermagem moderna situa-se nas disfunções da 
burocracia, em que o enfermeiro se envolve, excessivamente, com as funções-meio 
(administração da burocracia) e delega aos auxiliares ou técnicos de enfermagem os 
cuidados com o paciente. Essa disfunção proporciona acomodação e inabilidade no 
atendimento às necessidades do paciente, provocando tensão, desmotivação e conflitos, por 
conta do descompasso entre teoria e prática. 
 
· TEORIA ESTRUTURALISTA 
· A teoria estruturalista surgiu na década de 1950, resultante de uma abordagem múltipla 
fundamentada na teoria clássica, na teoria das relações humanas e na teoria da 
burocracia. Procurava conciliar a tese proposta por essas três teorias. Na realidade, a 
teoria estruturalista é considerada por alguns autores como uma teoria de transição e 
de mudança. 
É um método analista comparativo que atribui importância especial ao 
relacionamento das partes na constituição do todo, sem excluir os conjuntos formados 
por elementos que se relacionam por simples justaposição. 
Assim, pode-se concluir que o estruturalismo se preocupa com o todo e com o 
relacionamento das partes na constituição do todo organizacional. A teoria 
estruturalista, cujos autores estavam mais voltados para a sociologia organizacional, 
deixou as seguintes contribuições: 
· Criação do inter-relacionamento das organizações com seu ambiente externo. 
· Surgimento de um novo conceito de organização e um novo conceito de homem: o 
homem organizacional. 
· Desenvolvimento, por parte dos autores estruturalistas, da tipologia de organizações e 
dos objetivos organizacionais. 
 
TEORIA COMPORTAMENTAL OU BEHAVIORISTA 
A teoria comportamental A teoria comportamental surgiu em 1947 nos Estados 
Unidos, marcando profundamente a administração pela influência no campo das 
ciências do comportamento. 
Simon descreve o processo decisório em sete etapas, a saber: 
1. Percepção da situação que envolve algum problema. 
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2. Análise e definição do processo. 
3. Definição dos objetivos. 
4.Procura de alternativas de solução ou de curso de ação. 
5. Escolha (seleção) da alternativa mais adequada. 
6. Avaliação e comparação dessas alternativas 
7. Implementação da alternativa escolhida. 
Em função dessas considerações, floresceram conceitos e técnicas que de há 
muito estavam latentes, originando-se daí o conceito de homem administrativo, o 
comportamento organizacional e os conflitos entre os objetivos organizacionais e os 
objetivos individuais. 
As principais influências da teoria comportamental sobre a enfermagem dizem 
respeito à adoção de alguns pressupostos teóricos, como por exemplo, a teoria das 
necessidades básicas de Maslow aplicada no processo de enfermagem, através de 
Wanda de Aguiar Horta. Os estilos de chefias apontados por McGregor, além das 
teorias X e Y, podem ser identificados na prática de enfermagem. 
TEORIA DE SISTEMAS 
A teoria de sistemas originou-se a partir dos trabalhos do biólogo alemão Ludwig 
Von Bertalanffy e espalhou-se por todas as ciências, notadamente, no campo da 
administração. 
Para uma melhor compreensão dos princípios da teoria de Bertalanffy, deve-se 
apresentar inicialmente o conceito de sistemas. A palavra sistema vem do grego 
systêma que significa “um conjunto de partes coordenadas entre si, para a obtenção 
harmônica de um resultado”. 
Chiavenato ressalta que um sistema é um conjunto de objetos unidos por alguma 
forma de interação ou interdependência. Qualquer conjunto de partes unidas entre si 
pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o 
comportamento do todo sejam o foco da atenção. Ardnt; Huckabay1 definem sistema 
como um conjunto de partes que trabalham juntos na realização de objeticeituado como 
um conjunto de elementos interdependentes, interagentes, trabalhados com 
objetivos definidos e mútuos. 
Normalmente, são reconhecidosdois tipos de sistemas: 
a) Sistema aberto: é o que permite um intercâmbiu interação contínua com o ambiente. 
 01 Curso Técnico em Enfermagem 
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Ex.: o homem, a organização, a sociedade e outros. 
b) Sistema fechado: é o que não permite um intercâmbio com o meio. Emáquinas, 
relógios, termostato. 
Ex.:Processamen
to Entrada Saída 
Feedback 
· Entrada ou insumo (INPUT). 
· Processamento ou transformação (THROUGHPUT). 
· Saída ou resultado ou produto (OUTPUT). 
· Retroalimentação ou retroação ou retroinformação (FEEDBACK). 
 
MODELO DE GESTÃO EM ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES HISTÓRICO 
O termo Hospital tem sua origem no Latim 
– hospitale, adjetivo derivado de hospes 
(hóspede, viajante, estrangeiro), significando 
aquele que dá o agasalho ou que hospeda. Do 
primitivo latim, originaram-se os termos hospital e 
ospedale, aceitos em diversos países. 
Entretanto, nos primórdios da era cristã, a 
terminologia mais utilizada relacionava-se com o 
grego latinizado, salientando-se: 
I. Nosodochium: lugar para receber doentes. 
II. Ptochotrophium: asilo para pobres. 
III. Poedotrophium: asilo para crianças. 
IV. Xenotrophium: asilo e refúgio para viajantes estrangeiros. 
V. Gynetrophium: asilo para velhos. 
VI. Hospitum: lugar que recebia enfermos incuráveis ou insanos. 
 
As origens do hospital remontam à idade antiga, mistificada pelas lendas ou 
mitos dos povos que atribuíam à doença um castigo dos deuses. Os gregos 
construíram hospital templo que consistia em amplo edifício, segundo o modelo 
arquitetônico da época, sendo um ambiente místico e de superstições. 
A milenar Índia, no reinado do rei Asaka, em 226 a.C., construiu hospitais, 
segundo registros encontrados numa rocha do país. Outros registros comprovam a 
existência de hospitais no Ceilão, em 437 a.C., conforme atesta Mac Earchern5 . 
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Noções de Administração em Enfermagem I E II 
 
Todavia, somente a partir da era cristã, o hospital passou a ser caracterizado como 
entidade assistencial para doentes, pobres e peregrinos, fundamentada nos princípios 
da proteção e amor ao próximo. 
Para Mac Earchern, as primeiras instituições hospitalares, construídas na era 
cristã, datam da segunda metade do séc. IV, com o estabelecimento do nosocômio 
erigido por São Basílio (369 a 372 d.C.), em Cesaréia, na Capadócia. Já outros autores 
citam o hospital mandado erigir por Fabíola, em Roma, nesse mesmo século, como o 
primeiro hospital cristão. O imperador Constantino, ao se converter à fé cristã, destruiu 
os templos de Esculápio (355 d.C.) e construiu um hospital em Constantinopla. 
O que caracterizava os primeiros hospitais cristãos era a espiritualidade, a 
oração e os ofícios de religiosos que dedicavam suas vidas à assistência aos 
moribundos. Essa feição religiosa das organizações hospitalares acentuou-se entre os 
séculos XII a XVI, nos mosteiros, onde os frades, monges e outros religiosos utilizavam-
se da prática médica fora dos conventos, atendendo os chamados dos enfermos. 
A partir do Concílio de Viena, em 1312, o tratamento dos enfermos passou a ser 
exercido por leigos, competindo aos religiosos o direito da assistência espiritual. Assim, 
cresceram e se desenvolveram as instituições hospitalares entre os povos que 
gradativamente foram libertando-se da igreja institucional, apesar da forte influência 
religiosa, em virtude de sua origem. 
Atualmente, o hospital tem sido caracterizado como empresa de prestação de 
serviço, dentro do mais profundo sentido humano, do amor e da caridade. Além disso, o 
direito à saúde é universalmente reconhecido como inalienável aos indivíduos ou a 
cada nação, constando das primeiras declarações aprovadas nas Nações Unidas. 
No Brasil, o governo federal, através do Decreto n.º 37.773, de 18 de agosto de 
1955, publicado no Diário Oficial da União, em 2 de agosto do mesmo ano, criou uma 
comissão para elaborar anteprojeto da lei orgânica de assistência médico-hospitalar. Na 
época, o hospital foi conceituado como uma instituição destinada a internar, para 
diagnóstico e tratamento, pessoas que necessitam de assistência de médicos e 
cuidados constantes de enfermagem.

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