Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INBOUND MARKETING Prof. Me. FÁBIO OLIVEIRA VAZ Reitor Márcio Mesquita Serva Vice-reitora Profª. Regina Lúcia Ottaiano Losasso Serva Pró-Reitor Acadêmico Prof. José Roberto Marques de Castro Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação Comunitária Profª. Drª. Fernanda Mesquita Serva Pró-reitor Administrativo Marco Antonio Teixeira Direção do Núcleo de Educação a Distância Paulo Pardo Coordenadora Pedagógica do Curso Inserir nome da coordenadora responsável Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico B42 Design *Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Universidade de Marília Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001 CEP 17.525–902- Marília-SP Imagens, ícones e capa: ©envato, ©pexels, ©pixabay, ©Twenty20 e ©wikimedia 005 Aula 01: 012 Aula 02: 022 Aula 03: 031 Aula 04: 037 Aula 05: 044 Aula 06: 051 Aula 07: 057 Aula 08: 064 Aula 09: 070 Aula 10: 077 Aula 11: 087 Aula 12: 093 Aula 13: 100 Aula 14: 109 Aula 15: 117 Aula 16: Marketing Digital e Leads O Crescimento do Marketing Digital Marketing Digital A Internet e o Comportamento do Consumidor Inbound Marketing Processo de Desenvolvimento de Estratégias com Inbound Marketing Marketing e Internet Marketing de Conteúdo Mídias Sociais Facebook Ads Google Adwords Funcionamento do Google Ads Prospecção de Novos Clientes Negócios On-line Fazendo Negócios na Internet Rastreamento e Análise de Dados Introdução De maneira geral, constantemente as empresas querem se tornar melhores e mais competitivas no mercado da atualidade. A concorrência está cada vez mais acirrada, e lutar por um espaço no mercado por meio de inovações constantes é uma realidade que tem como objetivo buscar novos horizontes que possam gerar resultados positivos para o negócio em que se está inserido. No ambiente em que vivemos, é muito comum falarmos de tecnologia, tanto na vida pessoal como no ambiente profissional. Computadores, celulares, tablets, televisores com acesso à Internet, máquinas inteligentes, robôs. Tudo isso faz parte do nosso cotidiano e do vocabulário. Dessa forma, uma empresa precisa conhecer as ferramentas tecnológicas existentes para que possa se sustentar e prosperar no mercado em que está inserida, sempre pensando em melhorar e otimizar suas formas de gestão. E você, como futuro gestor, possui um papel fundamental para tomar decisões nesse contexto que muda muito rapidamente e é fortemente influenciado pelas novas tecnologias. A cada dia as tecnologias, mais especificamente dentro do marketing digital, passam por melhorias, amadurecimento e consolidação. A utilização dessas ferramentas começa a ser cada vez mais inserida no cotidiano empresarial. Este material tem como objetivo abordar conceitos e refletir sobre a realidade do Inbound Marketing inserida no contexto das organizações, por meio de ferramentas que alavancam os resultados e auxiliam no gerenciamento do negócio. Ótimos estudos e sucesso na caminhada! 4 01 Marketing Digital e Leads Olá a todos! Vamos iniciar nossa disciplina? Na última década, principalmente com a grande evolução das redes sociais como ferramenta de negócios, é cada vez mais visível a utilização do marketing digital por parte das empresas com o intuito de aumentar sua competitividade e fazer parte do mercado de maneira mais voraz. Antes de definir o que seria marketing digital, é importante dizer do que se trata e como se comporta o dito marketing “tradicional”. De acordo com Kotler e Keller (2010, p. 4), “O marketing envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais. Para defini-lo de uma maneira bem simples, podemos dizer que ele supre as necessidades lucrativamente”. Para suprir tais necessidades de lucratividade, o profissional do marketing se utiliza de diversas ferramentas, como: pesquisas de opinião, passando por treinamento adequado de funcionários até os grandes canais de comunicação. Um grande exemplo de onde encontrar uma das faces do marketing é a Times Square, na qual são realizados dezenas de milhares de anúncios todos os anos, desenvolvidos de forma estratégica pelas empresas do segmento. O mundo dos negócios se aproveita cada vez mais do marketing para vender seus produtos, afetando direta ou indiretamente o cotidiano da sociedade. Quando o marketing começou a utilizar a Internet como um de seus canais de venda, informação e conteúdo, seu poder de expansão se tornou ilimitado. Desse modo, foi possível obter um alcance muito maior de prováveis consumidores, não mais localizados apenas em determinada região. Surge, então, o conceito de marketing digital, o marketing integrado à rede mundial de computadores com o mesmo objetivo que Kotler propôs: satisfazer às necessidades de lucratividade. 6 Qualificação de Leads Os leads são todos os consumidores que ainda não compraram na sua loja, mas que mantêm algum contato com sua empresa. Eles não são um simples visitante, são mais do que isso, costumam ler seu blog e seguem você nas redes sociais, ou seja, têm um interesse real no seu produto ou serviço. O ideal é nutrir esses leads até que eles comprem na sua loja. Para isso, você precisa conduzi-los até o último estágio do funil de vendas, quando efetuam uma compra e tornam-se clientes. Dessa forma, esse novo cliente continua ligado à sua empresa e com um vínculo maior quando comparado a outros clientes que não percorreram o processo no funil de vendas. Mais fiéis e engajados, esses consumidores tendem a voltar a comprar. 7 O que são leads qualificados? Dentre os leads, existem três subdivisões. Os leads com alto potencial de compra; leads com médio potencial, que ainda não estão no momento certo de compra; e os leads desqualificados, ou que não têm intenção de compra. Os qualificados são os com alto potencial, ou seja, aqueles que têm grande intenção de compra e que estão prontos para adquirir seu produto ou serviço. Como qualificar? Qualificar leads é, na verdade, identificar quem são eles. Para isso, algumas perguntas devem ser levadas em consideração: 1. O seu produto atende a uma necessidade desse consumidor? 2. A sua empresa é viável para o cliente potencial? (Aqui entram objeções de localização, por exemplo). 3. O consumidor pode pagar pela solução oferecida? 4. Seu lead possui poder de decisão para escolher pela sua empresa? 5. Esse é o momento certo de compra do seu lead? 8 Ao analisar e responder a essas perguntas, você pode dividir seus leads do mais qualificado ao desqualificado. A partir disso, é preciso construir uma tabela que inclua os leads e as informações adquiridas de cada um e, então, definir as estratégias para os grupos. Essa separação pode ser feita de forma manual ou com ferramentas de automação e qualificação de leads. Com a informação dos leads mais qualificados, é interessante focar nesses potenciais clientes, já que eles estão disponíveis para efetuar a compra imediatamente. Isso aumenta a taxa de conversão e diminui seus gastos, pois, assim, você não irá perder investindo em consumidores que não irão converter. Após qualificar o lead, você deve decidir qual o melhor caminho para cada um. Descartá-lo, caso as chances desse visitante tornar-se cliente sejam pequenas. Nutri- lo se ele tem potencial de compra, mas ainda não está no momento correto. Já para o lead qualificado, o ideal é criar uma abordagem assertiva. Em um e-commerce, por exemplo, oferecer um desconto exclusivo para os leads qualificados é uma boa opção. Acesse o link: Disponível aqui Lead é uma oportunidade de negócio que forneceu suas informações de contato, como nome e e-mail, em troca de uma oferta da empresa (um conteúdo educativo, por exemplo). Como um lead demonstrouinteresse no seu segmento, provavelmente gostaria de ouvir mais, inclusive sobre o produto/serviço em um momento adequado. 9 https://resultadosdigitais.com.br/blog/leads/ Por que Gerar Leads? Depois de saber um pouco mais sobre o que são leads, você já deve ter entendido a importância da geração de leads para o aumento de receita para seu negócio, certo? Vamos supor que você precise de um encanador e não conhece nenhum na sua região. Como todo mundo hoje em dia, você provavelmente vai ligar seu computador e pesquisar, na Internet, um serviço nas redondezas. Você se depara com dois sites. Em um deles, vê uma página com os dados de contato e algumas imagens aleatórias de tubos e pias. Em outro, você clica direto em um link para um texto abordando exatamente o seu problema (um vazamento no encanamento, por exemplo), possíveis causas do problema e até dicas de manutenção para que isso não ocorra no futuro. Qual deles chamaria mais a sua atenção? Provavelmente, o segundo, certo? Isso ocorre porque você precisa cativar o seu possível consumidor, atraindo-o para a sua página de forma a ajudá-lo. A partir daí, você estabelece uma relação de confiança com alguém que já está interessado no que você tem a oferecer e aberto para uma possível oferta dos seus serviços no futuro. Viu só como é importante gerar leads? Você passa a dialogar com pessoas que já têm interesse no que você tem a oferecer! Nutrindo um bom relacionamento com possíveis novos clientes, você os deixará mais confortáveis para que escolham você como parceiro de negócios no futuro. Quanto mais potenciais clientes você tiver à sua disposição, maiores serão as chances de aumentar os resultados da sua empresa no médio e longo prazos. Para isso, você precisa estar afiado nas técnicas de atração e captação de leads e aprender a converter seus visitantes com as melhores estratégias para o seu negócio. Qual é a diferença entre visitantes, contatos e leads? Para facilitar a compreensão de todo o processo de aquisição de novos clientes, é fundamental apresentar, também, os conceitos de visitantes e contatos (ou assinantes) e de que modo eles se relacionam com os leads. 10 O que é um visitante? Os visitantes são aqueles usuários que tiveram contato com a sua marca em algum dos seus diferentes canais, mas que ainda não compartilharam nenhum de seus dados. Você pode conferir na imagem a seguir o exato momento em que alguém se torna um visitante, assim como um lead no conceito do Inbound Marketing: Para captar esse visitante, é necessário inserir uma call to action (chamada para a ação), instigando-o a interagir com sua marca e, enfim, tornar-se um contato ou um lead. O que é um contato? E o que necessariamente seria um contato? Basicamente, o contato, ou assinante, é aquele usuário que disponibiliza apenas o seu e-mail. Assim, ele não fornece informações o bastante para se tornar um lead, mas está a um passo mais próximo de ser um. A partir desse e-mail, a empresa é capaz de lhe fornecer mais conteúdo por meio de estratégias de E-mail Marketing, gerando ainda mais oportunidades para que ele forneça ainda mais dados. 11 02 O Crescimento do Marketing Digital O início da Internet ocorreu na década de 1970, com a DARPA, Departamento de Defesa dos Estados Unidos, com a ajuda da UCLA, Universidade da Califórnia. A DARPA possuía como objetivo interligar quatro computadores diferentes. Para isso, criou uma rede chamada arpanet, depois chamada de Internet. Alguns anos depois, os 4 computadores se multiplicaram e passaram a ser milhares ao redor do mundo, tornando a rede caótica. Então, a DARPA não se interessou mais em manter a rede. Sem a intervenção do governo, a popularização tornou-se mais rápida e, na década de 1990, por meio do world wide web (www) já era possível dizer que a Internet era um sucesso mundial. Outro fator que ajudou a popularizar a Internet foram os computadores pessoais que estavam sendo desenvolvidos na década de 1990 por diversas empresas, como, por exemplo, a Apple, por meio da qual aliados mudaram a forma de ver o mundo, criando, assim, mais um meio de comunicação e que se transformaria em uma ferramenta que diminuiria as fronteiras ao redor do mundo. O marketing, como já dito, é uma maneira de se estudar e analisar o mercado para que se possa satisfazer às necessidades do consumidor. Esse conceito foi estabelecido na década de 1950, antes do surgimento da Internet. Logo, eram dois mundos distintos sem qualquer tipo de relação. Assim, com a popularização da Internet ao redor do mundo aliada à ideia de marketing, se originou o conceito de marketing digital, ou marketing on-line, que nada mais é do que o próprio marketing dito como tradicional integrado à Internet. O marketing digital é uma forma de tornar mais fácil tanto a compra quanto a venda de um produto ou serviço e, para isso, as empresas se utilizam de diversas ferramentas tais como algoritmos computacionais em redes sociais e teorias como os 8Ps do marketing digital de Conrado Adolpho, além de diversas outras teorias de autores renomados na área de marketing. O primeiro banner divulgado na Internet foi realizado em 1994, em formato de GIF, por Joe McCambley para a empresa AT&T, empresa de telecomunicações estadunidense. Além disso, o banner conseguiu arrancar 44% dos cliques das pessoas que o visualizavam (KLEINA, 2013). 13 Contudo, criar um banner não é dizer que o marketing digital está feito, haja vista que se for feita uma má localização do anúncio, o dito disperso, ou se a probabilidade do consumidor de se interessar for difícil, ou malfeita, pois mesmo para uma pessoa leiga no assunto, é possível enxergar que não houve uma preocupação por parte da empresa em formar uma estratégia de atrair o consumidor. No início do último século, após a explosão da “bolha”, surgia o conceito de Web 2.0, que seria o surgimento de novas tecnologias no mundo da Internet, como o Java e Flash, por exemplo. Tecnologias estas que aumentariam a interação entre as páginas da rede mundial de computadores. Essa “nova” Internet permitiu o desenvolvimento do e-commerce (comércio on-line), do qual o marketing digital pôde se aproveitar para aprimorar ainda mais seu mercado. Atualmente, a Internet é predominantemente o maior meio de comunicação do mundo graças à sua incrível história de popularização durante a década de 1990, nos Estados Unidos, e início dos anos 2000 ao redor do mundo. O marketing digital se tornou mais frequente devido a essa expansão pelo globo com a seguinte ideia: mais pessoas, mais consumidores. Contudo, de acordo com Cintra (2010), o público que usa a Internet não compra os produtos ou serviços pelo modo clássico de persuasão do cliente, mas sim, é influenciado a comprar algo com base em informações objetivas. Essas informações podem ser desde as especificações do produto até mesmo a opinião de outra pessoa. 14 E-marketing O marketing na Internet possui diversas denominações: web marketing, marketing virtual, entre outras. Neste material utilizaremos o termo e-marketing para designar o conjunto de estratégias de marketing para promover um world wide web e criar relacionamento com seus visitantes e potenciais usuários ou clientes. É fato: o seu cliente está muito próximo. Ele está a um clique da sua empresa e de centenas de concorrentes. Logo, para atrair o internauta até o seu site é necessário o uso de uma boa estratégia de e-marketing. O e-marketing não difere muito do marketing tradicional. A seguir, apresentamos alguns conceitos comuns e outros que são peculiares ao e-marketing. Produto A combinação adequada entre produtos e serviços é uma das fórmulas para o sucesso de um site. Os produtos precisam ser diferenciados e devem trazer algum valor agregado. Isto é, algo que chame a atenção e desperte o interesse em adquirir o produto. Após a venda, seu site deve oferecer algum serviço ao internauta, para que ele volte constantemente. Se você vender um serviço, ofereça produtos que tenham relação com ele. Serviços e informações gratuitastambém podem ser usados como atrativos para encantar e cativar seu consumidor. Com estas receitas básicas, suas chances de aumentar as vendas e manter os consumidores fiéis à sua empresa são muito maiores. 15 Preço Além de comodidade, o consumidor espera encontrar um preço competitivo no seu site. Portanto, para vender produtos na Web é necessário concorrer no item PREÇO com as lojas tradicionais do mundo real (chamadas de “de cimento e tijolo”) e com as outras lojas virtuais. Nessa competição, espera-se que sua loja virtual consiga praticar os melhores preços, pois não é necessário ter uma estrutura física. Neste quesito, se você não possui uma estrutura física, isso pode ser uma vantagem competitiva em preço, pois não haverá custos fixos a serem contabilizados no preço de custo do produto. Além disso, a empresa virtual pode dispor de uma quantidade menor de produtos em estoque, pois pode contatar diretamente os revendedores no momento do pedido do internauta. 16 Ponto de Venda Como você sabe, todo internauta está a um clique da sua loja. Apesar de a localização ser bem próxima, é imprescindível que seu site tenha um endereço fácil de ser memorizado, ou que esteja hospedado em grandes vitrines da Web. Uma das formas de conseguir isso é fazendo parcerias com os grandes portais da Internet e colocar a sua loja na área de comércio eletrônico de portais específicos do seu segmento, ou de portais de varejo. Promoção Tornar o seu site conhecido exige alguns esforços, principalmente se você estiver em busca de sucesso rápido. A maioria dos novos sites não tem esse recurso ou gastam pouco com publicidade. 17 As alternativas de investimentos publicitários são muitas: outdoors, anúncios em TV, mídia impressa, rádio e, naturalmente, a própria Internet. Porém, tenha em mente o que diversas pesquisas comprovam: a melhor forma de aumentar o tráfego de um site é investindo em publicidade na própria rede por meio de banners publicitários. Para quem está sem recursos para divulgação, a melhor forma de promover seu site é a troca de links com sites que tenham negócios relacionados com o seu e que não sejam concorrentes diretos, é claro. Por exemplo, se você quiser vender material esportivo na Internet, poderia colocar um link da sua página em um site com informações sobre esportes. Em troca, você colocaria, também, um banner dele na sua página. Pesquisa de Mercado Antes de desenvolver um produto, você deve identificar um mercado ou público-alvo. Não cometa o erro de criar um produto e depois procurar potenciais compradores, que podem até não existir. É muito fácil colocar um produto à venda, o difícil é conseguir clientes para comprá- los. Portanto, faça pesquisas de mercado que mostrem quem é o seu público. Determine quais são seus potenciais consumidores. A partir dessa pesquisa, busque desenvolver produtos que se adéquem às necessidades deles. Essas pesquisas podem ser feitas, inclusive, no seu próprio site, com um formulário de questões para o visitante internauta. Para incentivar o preenchimento do questionário, você pode sortear alguns prêmios. 18 Público-alvo Saber o perfil de quem acessa o seu site é muito importante. Informações como páginas mais acessadas dentro do site, horário de maior número de visitantes, tempo de permanência do visitante e páginas menos visitadas são de vital importância para definir futuras campanhas de marketing para o seu site. Sem conhecer o seu público- alvo, qualquer campanha de marketing será malsucedida. Pense que, por estar na Internet, o seu público é universal. Entretanto, focar em um determinado perfil ou mesmo em uma região é a melhor maneira de obter bons resultados. Todo empresário precisa conhecer bem e trabalhar estratégias para os 6 Ps abordados acima, seja no mundo real ou no mundo virtual. Mas para quem pretende iniciar sua presença na Internet, outros dois P s são, também, muito importantes. Vejamos: 19 Permission Marketing (Marketing de Permissão) Uma das formas mais eficientes de contato com o seu consumidor é por meio do envio de e-mails. Entretanto, esta técnica de comunicação pode ter efeitos desastrosos se for utilizada sem o consentimento do internauta. Portanto, use sempre o marketing de permissão. Como o próprio nome diz, a primeira coisa que você precisa para adotar esse tipo de estratégia de marketing é a permissão dos internautas que visitam o seu site. Assim, você poderá enviar informações sobre produtos e serviços sem nenhum tipo de problema, evitando ser acusado de utilizar práticas de SPAM (prática de envio de mensagens não desejadas, tais como vírus, campanhas promocionais, correntes, entre outros). Uma das melhores formas de obter essa permissão é pedir ao usuário para que ele se cadastre no seu site. Em troca desta autorização, você pode enviar conteúdo de interesse do internauta, como informações sobre novos produtos e promoções do seu site. O cadastro do usuário abrirá um canal de ligação da sua empresa com os clientes. Caberá a você desenvolver uma política de relacionamento duradouro e amigável com o seu cliente por meio dos e-mails. 20 Privacidade Cultive o relacionamento com o seu consumidor. Para isso, é importante atrair os internautas oferecendo serviços e produtos de real importância para eles. E lembre-se de que todo relacionamento, seja no mundo real ou no virtual, deve ser marcado pela confiança. Portanto, para que o internauta digite seus dados pessoais no site da empresa, é imprescindível que fique explícita a política de privacidade da empresa. Ou seja, o que vai ser feito com os dados do internauta. Além disso, deixe bem claro qual o tipo de material que ele receberá por meio da sua caixa de mensagens caso preencha algum cadastro no seu site. Por fim, ofereça sempre a opção de o internauta cancelar o seu cadastro a qualquer momento. Se ele não estiver satisfeito com o conteúdo dos e-mails que receber, ele deve ter a opção clara de cancelar. Deixe tudo explícito no momento do cadastro. Isso fará com que ele aumente sua confiança na empresa. Um dos principais itens para que o seu negócio seja bem-sucedido é estabelecer e divulgar sua política de privacidade para o internauta. A política de privacidade mostra o que será feito com os dados fornecidos pelo internauta no seu site. A falta dessa informação certamente fará com que ele deixe de se cadastrar. 21 03 Marketing Digital Como uma importante ferramenta de comunicação, o marketing digital utiliza as principais funcionalidades da Internet para a divulgação de produtos e/ou serviços. Ao utilizar o marketing digital, a empresa, autônomo ou produtor consegue aumentar sua rede de relacionamentos e, em consequência, faz a captação automática de diversas informações relacionadas ao mercado e a clientes de forma automática, rápida e eficaz. O marketing digital possui conceitos e características similares ao marketing tradicional. O que os difere são as ferramentas de comunicação e distribuição de informações, tarefas realizadas por meio de recursos digitais para a promoção de produtos, serviços, marcas, ideias e demais ações. Essas ferramentas incluem a Internet, em geral, sites, blogs, mídias sociais, e-commerce, aplicativos, SMS, mobile marketing, e-mail marketing e novos formatos e interações que surgem a cada dia. Além disso, com o marketing digital, é possível monitorar as ações dos consumidores e conhecer seu público quase que em sua totalidade, sabendo de onde acessam as informações e consomem o conteúdo. Dessa forma, é possível reestruturar as estratégias e o planejamento do marketing digital na medida do tempo, consumindo as informações dos próprios usuários. O foco do marketing digital é desenvolver estratégias de marketing por meio da Internet, para que organizações e consumidores busquem interatividade total nos seus relacionamentos, proporcionando uma troca de informação rápida, personalizada e dinâmica. “Web marketing ou marketing digital corresponde a toda concentração de esforços no sentido de adaptar e desenvolverestratégias de marketing no ambiente web” (OLIVEIRA, 2000, p. 4). Também conhecido como marketing eletrônico ou e-marketing, o marketing digital surge com a evolução da tecnologia da informação e da comunicação, como o conceito que expressa o conjunto de ações de marketing intermediadas por canais eletrônicos, como a Internet, em que o cliente controla, mesmo que em parte, a quantidade e o tipo da informação recebida (LIMEIRA, 2000). Esse conceito pode ser explorado da mesma maneira que o marketing tradicional, com o desafio de buscar atingir os desejos e necessidades dos consumidores e, desse modo, oferecer ao cliente produtos e serviços de real valor, proporcionando, no final dessa troca, satisfação para ambas as partes, consumidores e organizações. 23 Entretanto, sendo o marketing digital uma prática que utiliza a Internet e os meios eletrônicos, é possível reagir rapidamente a tendências e mudanças que se façam necessárias do ponto de vista da comunicação, interação ou até mesmo do negócio, visto que os esforços para realizar tais modificações são inferiores se comparados ao marketing tradicional, no qual pesquisa, planejamento, criação e execução exigem um tempo hábil maior para serem implementados e atingirem o cliente, ou usuário final. Segundo Las Casas e Garcia (2007, p. 24), o marketing moderno procura novas formas de se comunicar com o mercado e com seus diversos públicos de maneira a se diferenciar em suas investidas e técnicas. As mudanças dos consumidores nos últimos anos exigem que as empresas, marcas ou produtores autônomos busquem uma reestruturação e adaptação para entendê-los, conhecendo os desafios como forma de ganhar competitividade e agregar valor à sua marca ou serviço. Torres (2009) aborda o marketing digital a partir do preceito de que boa parte dos consumidores de uma empresa ou serviço acessa a Internet, e que o ambiente da Internet afeta diretamente o marketing desta empresa ou serviço, seja na comunicação corporativa, seja na publicidade, e os afetará mesmo se estes não investirem no mundo digital. Segundo o autor, investir em marketing na Internet não quer dizer apenas que a empresa, profissional liberal ou autônomo vá criar um site, um blog ou realizar anúncios com banners; o investimento isolado e sem coordenação significa desperdício de recursos. A recomendação do autor é, 24 primeiramente, entender de forma geral o marketing digital e, por conseguinte, planejar ou subcontratar um profissional que entenda do assunto para que as ações sejam coordenadas, conectadas e executadas de modo eficiente. Segundo Araújo e Rios (2010), a Internet já faz parte da cultura contemporânea, mesmo que a maior parte das pessoas não tenha conhecimentos tão profundos sobre ela. O mercado, mesmo receoso após as experiências erradas com a Internet, não pôde mais ignorar o crescimento da rede. A entrada no marketing on-line não foi fácil para grande parte das empresas. Achar o modelo atual de comunicação com o cliente demandou várias tentativas, algumas causando, até, incômodos aos usuários, como o spam. Foram feitos muitos estudos sobre o marketing na Internet que geraram algumas estratégias para ganhar relevância. A ferramenta que mais ganhou fama foi a Search Engine Optimization (SEO). Segundo Okada e Souza (2011), SEO é um conjunto de técnicas que utilizam marcadores e tags para que determinada página na web tenha uma colocação melhor em sites de busca. A importância da posição no ranking de sites de buscas é essencial para obter relevância na Internet que hoje utilizamos, na qual o principal navegador usado (Google Chrome) tem embutido o sistema de busca do Google. O SEO se tornou tão utilizado, que logo em seguida surgiu o termo Search Engine Marketing (SEM), que se referia às estratégias que envolviam o SEO. 25 A estratégia utilizando o marketing digital está em constante evolução, assim como o meio em que ela está. O feedback imediato do consumidor é a arma mais poderosa para a análise do mercado e o sucesso de uma ação na Internet depende da recepção dos internautas, dando-lhes um poder sobre os movimentos do mercado. A estratégia, agora, passa por um novo desafio – se soltar das amarras e conseguir fluir diante das mudanças da Internet. Tendo em vista o cenário atual, no qual as tecnologias digitais estão cada vez mais presentes nas tarefas diárias da sociedade, o digital, assim, causa impacto no marketing, pois essa tendência tem gerado fortes transformações no comportamento do consumidor que, consequentemente, impactam diretamente o marketing (GABRIEL, 2010). O marketing tradicional surgiu há décadas e, com o passar do tempo, o comportamento das pessoas foi mudando e o marketing acompanhando a evolução. Com o surgimento da Internet, a junção desses fatores originou o conceito de marketing digital. Kotler e Keller (2006) definem marketing como o processo social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, da oferta e livre troca de produtos e serviços de valor. Do ponto de vista gerencial, o marketing está relacionado com a estratégia dos 4 Ps, ou seja, é entendido como o processo de planejamento e execução da concepção, determinação do preço, promoção e distribuição de produtos e serviços para criar trocas que satisfaçam aos objetivos dos consumidores e das empresas (KOTLER E KELLER, 2006). 26 Vaz (2011) emprega como essência do marketing digital “a metodologia de um processo circular em que as empresas e marcas estão sempre no chamado estado beta, em um ciclo de melhoria contínua, e a denomina 8 Ps do marketing digital”. A metodologia dos 8 Ps considera desde a pesquisa de marketing digital até a precisão ou mensuração dos resultados obtidos. Os 8 Ps de Vaz (2011) se apresentam da seguinte forma: Pesquisa (1°P) – Determinar para onde direcionar os esforços com base no entendimento do comportamento on-line dos consumidores. Planejamento (2°P) – Elaborar o planejamento de marketing digital para definir como o site da empresa se transformará em uma plataforma de negócios. Produção (3°P) – Executar o planejamento elaborado no 2º P com foco na estrutura do site e em suas funcionalidades. Publicação (4°P) – Escolher os conteúdos otimizados e persuasivos a serem publicados no site de acordo com as diretrizes de SEO. Promoção (5°P) – Produzir conteúdo relevante e com viés viral para utilizar o grau de atividade do consumidor para gerar a sua propagação de forma natural. Propagação (6°P) – Provocar a rede a compartilhar o conteúdo do site de consumidor a consumidor e, assim, acumular capital social. Personalização (7°P) – Adotar uma comunicação personalizada por meio da segmentação do público-alvo com o objetivo de criar relacionamentos. 27 Precisão (8°P) – Mensurar os resultados das ações para saber o que deu certo e o que deu errado e, assim, alterar estratégias quando necessário. A proposta dos 8 Ps não é acrescentar mais Ps do que os já tradicionais 4 Ps, mas sim, elencar um conjunto de passos sequenciais e contínuos que induzam a empresa, produtor, autônomo ou marca a um processo cíclico para gerar conhecimento sobre seus consumidores e também sobre o próprio negócio na Internet. Os 8 Ps do marketing digital propostos pelo autor contribuem para que a empresa obtenha o máximo da estratégia apoiada no grau de atividade do consumidor, bem como permitem que a empresa aprenda a respeito do marketing digital do próprio negócio. Para Vaz (2011), o marketing digital é o próprio marketing, porém com ferramentas interativas. Segundo o autor, o ambiente on-line multiplica o espaço-tempo, visto que permite que pessoas em diferentes lugares estejam conectadas e interagindo ao mesmo tempo. Ainda, para Vaz (2011), o melhor ponto de venda é a mente do consumidor, visto que todo o processo de venda está dividido em duas partes: o pré- venda, ou a conquista da confiança do consumidor, e a venda em si. Desta forma, é possível observar que a importância do público-alvo, do consumidor ou do usuário final tem aumentado cada vezmais no contexto de rede e conectividade em que vivemos. O marketing digital propõe um modelo em que o consumidor seja o centro de suas atenções, estudando seu comportamento e colocando-o como princípio. Uma vez que as empresas dependem de consumidores para sua sobrevivência e geração de lucros, há a necessidade de trabalhar com marketing, comunicação, publicidade, entre outros meios, que possam expressar a importância que os consumidores têm e também estudar seu comportamento e interesse para entender qual é a melhor forma de interagir com esse consumidor no meio digital. 28 O que é Marketing Digital? O marketing digital é o conjunto de atividades que uma empresa (ou pessoa) executa on-line com o objetivo de atrair novos negócios, criar relacionamentos e desenvolver uma identidade de marca. Dentre suas principais estratégias estão o SEO, Inbound Marketing e o Marketing de Conteúdo. E não é à toa que os orçamentos estão indo cada vez mais para esse “novo” marketing. Ele possui várias vantagens em relação ao marketing tradicional e permite um maior retorno sobre investimento. Além disso, o marketing digital é mais fácil de ser mensurado, tem métricas mais claras e se tornou essencial para empresas de todos os mercados, sejam elas B2B (empresas que vendem produtos e serviços para outras empresas) ou B2C (empresas que vendem produtos ou serviços para o consumidor). Como surgiu o Marketing Digital? Nos anos 1990, surgiu a primeira versão da Internet, um pouco diferente da que conhecemos hoje, chamada de Web 1.0. Essa Internet de antes não permitia a interação dos usuários com páginas da web de maneira ativa, mas deixava que eles 29 Fonte: Disponível aqui encontrassem informações em um sistema de busca simples. Era como uma biblioteca em que você entra, encontra o que quer, mas não pode alterar o conteúdo que encontrou (imagina se a biblioteca descobre que você rasgou ou desenhou em um livro?). A comunicação era muito mais de um grande produtor de conteúdo, e as pessoas só acessavam o conteúdo de forma passiva. Foi nesse início da Internet que o termo marketing digital foi criado. No entanto, ele ainda era muito similar ao marketing tradicional, pois a comunicação era unilateral, feita pela empresa por, no máximo, um site institucional, e o consumidor apenas recebia passivamente o conteúdo, sem uma interação próxima entre as duas partes. Em 1993, os usuários da Internet começaram a ter mais interação com as empresas que anunciavam na web, pois foi quando surgiram os primeiros anúncios clicáveis. Mas foi apenas nos anos 2000 que o marketing digital ficou mais parecido com o que conhecemos hoje dele. Era chegada a era da Web 2.0, em que a comunicação era mais democrática, e todo mundo passou a poder ser, também, um produtor de conteúdo tão importante e com tanto espaço quanto os grandes portais de mídia e empresas. Além disso, as pessoas podiam interagir, seja entre elas, seja também com os conteúdos disponibilizados na rede. 30 https://marketingdeconteudo.com/marketing-digital/ 04 A Internet e o Comportamento do Consumidor De acordo com Lewis e Bridges (2004), os novos consumidores têm experiência e contam com diversas ferramentas para auxiliar sua escolha no momento da compra de um produto ou serviço. Verificam rótulos, estudam conteúdos, comparam preços, examinam promessas, ponderam opções, fazem perguntas e sabem quais são seus direitos legais. Devido a uma série de mudanças ocorridas na sociedade a partir das décadas finais do século XX, incluindo a já citada revolução digital, o consumidor pós-moderno sofre, hoje, uma crescente escassez de tempo, atenção e confiança. São intolerantes a atrasos e estão dispostos a pagar pelo privilégio de não esperar. Processam um grande número de estímulos visuais a uma velocidade cada vez maior e ignoram as informações que não são claras. São infiéis às marcas e relutam em oferecer confiança incondicional aos fornecedores (LEWIS & BRIDGES, 2004, p. 17). Lewis e Bridges constatam ainda que o envolvimento desses novos consumidores na criação de produtos ou serviços lhes dá uma sensação de que esses são mais autênticos e, portanto, mais desejáveis do que os produtos da prateleira. Hoje, o que estamos vendo – principalmente após a Internet – é uma participação cada vez maior do consumidor nos processos de criação e produção, o que mais que em qualquer outro momento o torna um influenciador. A possibilidade de se comunicar com qualquer pessoa no planeta a partir de uma conexão web gera uma troca de culturas, informações e opiniões nunca vista. Boa parte dessa troca se dá por meio de sites de busca, relacionamento e conteúdo, pois se tornaram agregadores de público. Isso gera uma transparência maior no campo das ideias e trocas culturais. 32 rede afetou e afeta diretamente a estrutura das empresas. Com a Internet, a mídia de massa, na qual a informação é restritivamente dada de um para muitos, teve seu poder de formar opinião diminuído. Na web, “a informação é criada por muitos e divulgada para muitos” (ANDERSON, 2009). A partir da utilização das redes sociais, blogs e sites de discussão ou comentários, o consumidor passa, então, a fazer parte do processo de decisão de compra, assim como os vendedores, especialistas e produtores, pois sua opinião está ao alcance de outros consumidores interessados em conhecimento prévio sobre determinado produto ou empresa, de modo a gerar um fluxo de informações e depoimentos contínuos sobre determinado produto ou serviço. Neste contexto, o consumo torna- se um processo coletivo. De acordo com Jenkins (2010), a expressão Inteligência Coletiva, cunhada pelo ciberteórico francês Pierre Lévy, aborda justamente este ponto. A sociedade está aprendendo a usar esse poder em interações diárias dentro da cultura da convergência. Inteligência Coletiva é uma inteligência distribuída, valorizada e coordenada em tempo real, resultando numa mobilização efetiva das competências. Para Lévy, a inteligência coletiva (IC) é, basicamente, a partilha de funções cognitivas, como a memória, a percepção e o aprendizado, que podem ser mais bem compartilhadas quando aumentadas e transformadas por sistemas técnicos e externos ao organismo humano (JENKINS, 2010, p. 30). Este novo cenário está permitindo uma renegociação dos papéis entre produtores e consumidores, estimulando o surgimento da possibilidade de uma reconfiguração das relações de poder. Comunicar experiências sempre foi algo comum, mas com o advento dos sites de relacionamento e as redes sociais, a capacidade de alcance de um indivíduo, mesmo que comum ou desconhecido, ganha proporções quase infinitas. Esta característica da 33 O fato é que a web deu poder de voz para o consumidor. Essa capacidade da massa de se expressar possibilitou para as empresas um mapeamento da imagem que elas possuem, além da capacidade de se mostrarem cada vez mais “sociais” para seu público. Assim, uma das maiores vantagens da Internet para as empresas é a participação do cliente na construção de seus produtos. Esses consumidores proativos, ou prosumers, estão dispostos a compartilhar e criar ideias em troca de uma remuneração que está além do financeiro, como status ou o sentimento de participação social (TAPSCOTT; WILLIAMS, 2007, p. 159-163). Deste modo, consumidores/produtores geralmente se reúnem em torno de uma comunidade virtual para discutir, criar e/ou modificar produtos que lhes interessem. Embora tais grupos sempre tenham existido, a web potencializou e divulgou sua atuação, tornando-se um campo de estudo cada vez mais relevante e necessário para os produtores mapearem seu público e estruturarem suas pesquisas e ações de marketing. O Novo Marketing Com a chegada da Internet, o modo de enxergar o marketing mudou radicalmente. O Marketing Digital é de simples compreensão, pois é o tipo de comunicação que utiliza a Internet (meios digitais) para a propagação das estratégias de vendas e pós-vendas. 34 Para Oliveira e Lucena (2012), “o Marketing Digital ou e-marketingtem como foco a fidelização de clientes e a personalização que os interesse, podendo quantificar e avaliar como a estratégia de comunicação estará sendo impactada pelo mercado […]”. Os autores afirmam, ainda, que por meio do Marketing Digital é possível fortalecer a marca da empresa e mensurar o quanto ela está inserida no mercado, facilitando o planejamento baseado nas segmentações de mercado. Nesta “Era Virtual”, enfatizam Oliveira e Lucena (2012), os consumidores podem estar conectados em qualquer lugar e momento, em qualquer página ou até mesmo rede social de sua preferência. Para Torres (2009), o marketing digital é composto de três visões: A primeira enxerga a Internet como um aglomerado de sites para serem utilizados para seus fins específicos, tendo como exemplo o Google (buscador da Internet), Facebook (rede social), YouTube (compartilhamento de vídeos), entre outros. 35 A segunda visão enfoca as atividades dos usuários de Internet, observando seus envios de mensagens, músicas baixadas e vídeos assistidos, tentando entender os indivíduos pelas atividades que realizam, e não pelos motivos que os levaram a usar determinada ação. A terceira mostra o comportamento do consumidor, suas intenções, seus desejos e necessidades como os principais aspectos a serem levados em consideração. Nesta terceira visão é que surgiu o modelo de marketing digital mais completo, o qual foca na criação de conteúdos e ferramentas para cada tipo de consumidor, sempre buscando um alto grau de personalização na navegação, tornando cada visita a um determinado site uma sensação nova. Neste aspecto, as redes sociais ganham espaço, pois dão liberdade ao usuário para inserir conteúdos, fotos, vídeos, textos, tornando, assim, cada visita única e empolgante. Contextualizam Oliveira e Lucena (2012) que: As redes sociais são as comunidades em que os usuários disponibilizam seus perfis e inserem diversas informações pessoais, como hobbies, atividades, desejos. Assim facilitando que as empresas possam buscar essas informações e focar em suas estratégias de marketing e estarem inseridos os produtos e serviços da organização nestas comunidades, com o intuito de retê-los em seu website ou rede social, diversificando e personalizando cada estratégia que será tomada, com novas informações aos seus clientes. Complementa Kendzerski (2009) que as redes sociais segmentam o público-alvo, ficando, assim, facilitado para as empresas entenderem e perceberem as preferências de seus consumidores. O autor ainda salienta que a comunicação também é facilitada por proporcionar um canal direto entre empresa e cliente. Tendo uma ferramenta como o Facebook, o Instagram ou o Twitter em mãos, as micro e pequenas empresas podem se utilizar de estratégias de marketing, com investimentos financeiros ínfimos, criar formas de estar presente no cotidiano de seus consumidores, atraindo e retendo o público-alvo com conteúdos personalizados e exclusivos. 36 05 Inbound Marketing O que difere o Inbound Marketing de outras práticas de Marketing é a abordagem. Um dos principais objetivos é transformar o tráfego desconhecido em leads, leads em clientes e clientes em pessoas que vão recomendar sua marca sempre que possível. Para isso, o Inbound Marketing visa atrair os clientes para o negócio ao invés de correr atrás deles, buscando sempre ser relevante aos seus interesses. O Inbound Marketing é a melhor forma de fazer seus clientes e fãs fazerem a propaganda por você – afinal de contas, eles já conquistaram a confiança dos amigos deles; sua marca não (VALLE, 2016). O uso do Inbound Marketing é uma estratégia ainda recente no Brasil, mas vem se mostrando essencial para negócios digitais. A evolução do uso das práticas de Inbound Marketing é crescente, mas ainda tímida e concentrada em redes sociais e blogs. Embora existam muitas empresas que praticam Inbound Marketing, são muito poucas plataformas e estratégias que elas usam. Na maioria das empresas que afirmam praticar Inbound Marketing, a dedicação é exclusivamente para blogs e redes sociais […] Também notamos que somente 12% das empresas estão utilizando uma ferramenta que permite automação de marketing, em comparação com 36% na América do Norte (NOTARI, 2014). Uma estratégia de Inbound Marketing é baseada em três pontos: momento, lugar e conteúdo. São esses os princípios que norteiam a prática do Inbound Marketing. Uma boa estratégia deve sempre levar em consideração que o objetivo é entregar o conteúdo certo, no momento certo e no lugar certo para que seu cliente ou lead se encante com uma empresa ou marca. Ao publicar o conteúdo certo no lugar certo e na hora certa, o marketing torna-se relevante e útil para seus clientes, e não interruptivo. Este é um marketing que as pessoas podem realmente amar (CHOHFI, 2014). 38 O impacto de um conteúdo relevante em um momento de dúvida é muito maior que uma mensagem inesperada sobre algo que a pessoa não tem interesse naquele momento e deixa de ser uma solução para se tornar uma inconveniência. A Metodologia do Inbound Marketing O Inbound Marketing possui uma metodologia em sua aplicação e, basicamente, consiste em 4 etapas: Atrair, Converter, Relacionar e Fechar. É importante usar o Inbound para construir um relacionamento sólido e forte com as pessoas que sua empresa deseja ter com o cliente e, posteriormente, manter essas pessoas em sua base para criar uma alternativa em relação à estratégia convencional onde o cliente é “comprado”. Agora, a conversão desse cliente é na base da “conquista”. Por isso, o Inbound precisa ser dividido em pelo menos 4 fases importantes: ATRAIR, CONVERTER, FECHAR e MANTER (LIMA, 2015). 39 Atrair: Muito tráfego não significa público de qualidade. É a partir da atração que se inicia o processo de Inbound Marketing. É preciso gerar tráfego qualificado para atrair as pessoas certas, que, segundo estudo prévio, sejam qualificadas para se tornarem um lead e, posteriormente, um cliente. Nesse estudo, são criadas as personas, um perfil genérico que esteja alinhado com o perfil do público almejado. Definir as personas de um negócio é o primeiro passo para o sucesso do trabalho. Converter: Na etapa de conversão, o foco é converter os visitantes em leads. O objetivo é conseguir informações do cliente, ao menos o e-mail do lead para iniciar o processo de conversão. Geralmente, essa informação é conseguida por meio da troca por algum conteúdo de valor (e-book, cupom de desconto, conteúdo exclusivo, etc.) Por isso, são importantes estratégias que conduzem o visitante a se tornar leads. Fechar: O principal momento de uma relação comercial é a compra. É nessa hora que o lead se torna um cliente de uma marca. Nesse processo de nutrição do lead, a hora da compra é quando ele sente confiança na empresa e acredita que aquele produto ou serviço é a solução ideal para seus problemas. Muitas vezes, o problema em questão é descoberto por meio do processo de nutrição do lead e é também nesse processo que acontece a descoberta da solução, que se materializa na venda. Relacionar: Esta etapa é muito importante, pois é a oportunidade de encantar o cliente e continuar relevante para ele e, dessa forma, fazer com que ele se torne um divulgador daquela marca que o ajudou a solucionar seus problemas. É preciso nutrir essa relação para que dê bons frutos. Ferramentas de Inbound Marketing São diversas as ferramentas utilizadas na prática de Inbound Marketing. Elas podem ser aplicadas para atrair, converter, fechar e analisar, sendo que muitas delas podem ser utilizadas em diversos momentos, com objetivos e estratégias distintas. As ferramentas para gerir todas as estratégias de Marketing Digital tornaram-se oportunidades de crescimento para negócios de todas as áreas. Ter estas soluções à mão permite que qualquer empreendedor possa dedicar o seu tempo ao que é realmente importante: os seus clientes (PEREIRA, 2016). 40 Blog: São páginas utilizadas para postar conteúdos na Internet. Oferece vários recursos de gestão ao produtor,gestor e analista do conteúdo. É a ferramenta fundamental para atrair clientes que buscam informações sobre conteúdos específicos. Keywords: São as palavras-chave que identificam uma página ou conteúdo. Essas palavras são utilizadas para auxiliar no direcionamento do conteúdo ao público. Compreendê-las e trabalhar nelas é fundamental para que o processo de atração tenha sucesso. SEO (Search Engine Optimization): É essencial na estratégia dentro do Inbound Marketing, pois esta ferramenta é voltada para posicionar o conteúdo em mecanismos de busca e facilitar a atração de tráfego qualificado. Além disso, faz frente aos concorrentes no momento em que alguma pessoa faz uma busca. Por meio do uso de boas técnicas de SEO é que se estabelece o posicionamento de Marketing da empresa em relação ao usuário na Internet e na compreensão da marca como um todo. Esta ferramenta tem sido fundamental para negócios on-line e off- line. Social Media: A presença em redes sociais é muito importante, mas é preciso que haja objetivos e métodos para tirar o maior proveito desta ferramenta fundamental. O Brasil é o país no qual o internauta passa a maior parte do tempo do seu acesso à rede. Hoje, o Facebook é a principal rede social do mundo, mas não quer dizer que seja esse o lugar ideal para realizar o processo de atração. Existem outras diversas redes sociais para todo tipo de público, sendo uma boa forma de segmentação. O Twitter é uma rede que gera muita informação e de forma rápida, já o LinkedIn é voltado para a questão profissional, enquanto o Instagram é uma rede social voltada para registro de momentos por meio de imagens. É fundamental a presença das ações de Inbound Marketing em múltiplos canais. 41 Formulários: Os formulários são encontrados em páginas da Internet. É por meio deles que se consegue colher informações diretas sobre o visitante e, com elas, estabelecer um relacionamento mais próximo e personalizado com o cliente. “Para que os visitantes se tornem clientes em potencial, precisam preencher um formulário e ceder as informações necessárias, e o formulário tem esse objetivo” (PEÇANHA, 2016). Landing Pages: São páginas de conversão ou página de lançamento. Sua característica principal é o layout, que é totalmente voltado para conduzir o visitante para conversão. As páginas, em geral, são simples e objetivas, apenas com as informações necessárias para aquela determinada conversão. CTA: Calls to action é uma chamada para ação de conversão. Ela deve ser bem elaborada e atrativa para levar o visitante ao momento de ceder suas informações. As Calls to Action podem ser em forma de botões ou chamadas nos textos e publicações que levam a uma ação por parte do visitante. E-mails: São a principal ferramenta de comunicação com usuários da Internet. As ações de Inbound Marketing utilizam o e-mail em várias etapas da metodologia de aplicação. 42 CRM: Customer Relationship Management é uma ferramenta utilizada para qualificar o lead de acordo com seu estágio nos processos realizados. Por meio dele é possível gerir as informações que cada cliente compartilhou com a empresa. É nela que as informações adquiridas nos formulários ficam disponíveis e organizadas. Workflow: Ferramenta para automatizar algumas ações de Marketing e fazer com que cada lead receba a informação certa no momento certo para que possa seguir o processo de conversão. 43 06 Processo de Desenvolvimento de Estratégias com Inbound Marketing O Inbound Marketing é uma das estratégias do Marketing Digital. Segundo Lima et al. (2016), o Inbound Marketing é uma estratégia de mercado não intrusiva e muito mais segmentada. Por isso, ela é o contrário das estratégias tradicionais de marketing. Em 2009, Brian Halligan e Dharmesh Shah, fundadores da startup HubSpot, passaram a analisar a fundo a transformação ocorrida na maneira como as pessoas consomem. Para eles, o método tradicional de marketing podia ser chamado de Outbound marketing (em tradução livre, “marketing de saída”) porque, em suma, seu objetivo é enviar uma mensagem. Foram eles que definiram um novo formato de marketing como uma estratégia de atrair as pessoas por meio de informações úteis. Eles nomearam, então, essa estratégia de “Inbound Marketing”, o marketing de entrada. Assim, o Outbound Marketing busca ativamente os clientes, mesmo que eles não tenham interesse pela empresa. Na TV, no rádio, no outdoor ou nos panfletos: a pessoa não procurou necessariamente por esses anúncios, mas eles aparecem querendo ganhar a atenção dela. Por outro lado, o Inbound Marketing busca atrair o público por meio de informações que não só ensinem algo como o ajudem a solucionar um problema. Neste contexto, a empresa se torna uma facilitadora do processo, provendo tais informações até o momento em que o cliente estiver pronto para efetuar a compra. 45 Rez (2016) completa afirmando que nesse tipo de marketing há uma relação de troca entre quem lança o conteúdo e quem consome. Enquanto a empresa busca clientes mais conscientes para a compra, os clientes buscam empresas que mostrem o que é melhor. A seguir, será detalhado o processo para o desenvolvimento de uma estratégia de Inbound Marketing, passo a passo: Definição da Persona Definir a persona é fundamental para a criação dos conteúdos que deverão atrair os clientes. Siqueira (2016) explica que a definição de persona passa justamente pelo contato com o público-alvo da empresa, porém, não são sinônimos. Enquanto o público-alvo abrange para quem a empresa vende seus produtos ou serviços, a persona é a representação do cliente ideal, de forma mais humanizada e mais personalizada. 46 Análise da Jornada de Compras Após a definição da persona, a empresa precisa criar uma estratégia de marketing que esteja baseada na Jornada de Compras dela. Costa (2014) explica que a jornada de compras é o caminho que o comprador percorre antes de comprar. Ao entender a Jornada de Compras, é possível saber qual tipo de informação é mais importante para o cliente e em qual momento. As fases pelas quais os compradores passam são: APRENDIZADO E DESCOBERTA: Na primeira etapa do processo, o comprador ainda não sabe que tem um problema ou oportunidade de negócio. O objetivo, aqui, é despertar o interesse dele. RECONHECIMENTO DO PROBLEMA: Na segunda etapa, o comprador identifica que tem um problema/oportunidade. Ele começa, então, a pesquisar mais sobre o assunto e a buscar possíveis soluções. CONSIDERAÇÃO DA SOLUÇÃO: Agora, o comprador já encontrou algumas possíveis soluções para resolver seu problema. Ele começa a avaliar as alternativas. Por isso, é necessário se criar um senso de urgência. DECISÃO DE COMPRA: Na última fase, o comprador está comparando as opções disponíveis e pesquisando qual delas é a melhor para a sua necessidade. Nesta etapa, é importante ressaltar os diferenciais competitivos da empresa. Definição do Funil de Vendas do Inbound Marketing Baseado na Jornada de Compras do cliente, foi desenvolvido o chamado Funil de Vendas do Inbound Marketing. De acordo com Pereira (2016), o Funil de Vendas é o conjunto de etapas e gatilhos que tem o objetivo de dar suporte à Jornada de Compras. A definição de cada uma das etapas deve ser planejada com o intuito de entregar o valor necessário para que o cliente em potencial avance para a próxima fase. O Funil de Vendas pode ser dividido em 5 etapas: Atrair: O primeiro passo é atrair os visitantes para os sites ou para os perfis das redes sociais da empresa. Nesta etapa, normalmente o público é heterogêneo, 47 composto por curiosos e pessoas que estão em pesquisa sobre o assunto. Relacionar: A empresa constrói um relacionamento com esse visitante, ganha credibilidade e abre portas para o negócio se concretizar. Converter: É preciso converter os visitantes em oportunidades de negócio. Nesta fase, a ideia é que o potencial cliente deixe informações de contato e, assim, se torne um Lead. Para isso, são usadas as chamadas Landing Pages (em tradução livre, “páginas de pouso”) e as CTAs (Calls toaction, ou “chamadas de ação”). A Landing Page tem como objetivo captar Leads por meio de um formulário para a coleta de informações sobre o visitante, como o nome e o e- mail. Já a CTA, de acordo com Assad (2016), é um botão que mostrará ao usuário exatamente o que ele pode fazer naquela página, seja comprar, pedir um orçamento, baixar um e-book, entre outras ações. Vender: Após a conversão, é hora de fechar a venda e concretizar o negócio. Ao realizar a primeira venda para a oportunidade, ela se torna, então, um cliente, e o foco, agora, é a sua fidelização. Analisar: Uma das grandes vantagens do Inbound Marketing é a possibilidade de medir os resultados em detalhes. É possível identificar as ações que têm dado resultado e, assim, melhorar as estratégias. Planejamento do Conteúdo para Cada Etapa do Funil O Marketing de Conteúdo é um dos pilares do Inbound Marketing. De acordo com Lima et al. (2016), o Marketing de Conteúdo busca entregar o conteúdo certo, para a pessoa certa, no momento certo. A seguir, será detalhado qual tipo de conteúdo deve ser oferecido para que o público seja conduzido ao longo das etapas do Funil: 1. Conteúdos para topo do funil: O conteúdo deve gerar interesse dos visitantes e expor o que interessa para uma pessoa que está começando a pesquisa. Os formatos mais comuns, nesta etapa, são os posts em blogs e nas redes sociais. 2. Conteúdo para o meio do funil: O conteúdo para o meio do funil tem mais profundidade e deve ter como objetivo a conversão dos visitantes em Leads. Aqui, ofertam-se conteúdos como e-books, webinários e cursos gratuitos, por exemplo, em Landing Pages com formulários em troca do contato do visitante. Por meio de e-mail marketing é feita a nutrição e o relacionamento com este Lead, para que ele passe para a próxima etapa. 3. Conteúdo para o fundo do funil: O conteúdo para o fundo do funil deve levar informações para a decisão de compra. São conteúdos que devem ajudar o Lead 48 a decidir entre a empresa e a concorrente e podem ser newsletters, depoimentos, cases de sucesso e cupons de desconto. Práticas para Encontrar o Público e Gerar Tráfego Para encontrar um público e gerar tráfego para os sites da empresa, existem algumas práticas adotadas no Inbound Marketing. O Search Engine Optimization, mais conhecido como SEO, de acordo com Rez (2016), é um conjunto de estratégias e técnicas que visam melhorar a visibilidade da marca e o tráfego de visitantes, de forma orgânica, por meio do uso de palavras-chave. Lipinski (2017) explica, ainda, que para conseguir tráfego de forma mais rápida, principalmente enquanto a empresa ainda está no início do Marketing Digital, é fundamental, também, investir em anúncios pagos, como o Google AdWords e o Facebook Ads. 49 Automação de Marketing e a Mensuração de Resultados A empresa Resultados Digitais (2019) afirma que uma de suas grandes vantagens da automação de marketing é que, uma vez planejado o fluxo do Inbound Marketing, todo lead que atingir determinado estágio de segmentação começa a receber imediatamente os e-mails daquele fluxo específico. Dessa forma, o lead avança sozinho no processo de compra. Outra grande vantagem do Inbound Marketing é a mensuração de seus resultados. Segundo Rez (2016), os indicadores utilizados para analisar os dados, as informações e métricas são os KPIs – Key Performance Indicators (Indicadores de Performance). Eles avaliam as estratégias e ajudam a entender o que está funcionando. Com eles, é possível se analisar o ROI – Return Over Investment (Retorno do Investimento). É fundamental que, junto às atividades, sejam definidos quais indicadores de desempenho serão acompanhados. 50 07 Marketing e Internet Uma das principais características do comércio eletrônico são as estratégias de marketing que estão relacionadas com a personalização de acesso dos clientes, nas quais é possível explorar suas preferências sobre produtos e serviços oferecidos, como, por exemplo, seu estilo de música preferido, os jogos mais pesquisados, seu modo de se vestir, entre outros. A seguir, serão destacados os principais fatores que determinam essas estratégias de personalização de acesso dos clientes, conforme King e Turban (2004): Venda cruzada – nesta modalidade de venda, são oferecidos itens complementares relacionados ao produto que está sendo comprado no momento. Por exemplo: se o cliente estiver comprando um notebook, poderá ser oferecida uma maleta como forma de convencê-lo a adquirir não só o notebook, mas também adicionar a maleta no seu carrinho de compras, já que esta é fundamental para a segurança e o cuidado com o notebook. Venda ampliada – no momento em que um cliente estiver interessado na compra de um notebook, são sugeridos novos modelos, com características superiores e modelos mais modernos a fim de chamar a atenção e convencê-lo a comprar. Promoção – irá apresentar produtos semelhantes aos que estão sendo oferecidos no momento, porém com um preço melhorado a fim de convencer o cliente que aquela é uma proposta mais vantajosa. Conforme Meira et al. (2002), “os anúncios são imagens binárias, e sua tarifação é feita por impressão, ou seja, por cada anúncio gerado”. Os anúncios são uma das principais formas de marketing utilizadas pelas empresas que têm o comércio eletrônico como fonte de renda. Por meio das propagandas, os vendedores conseguem caracterizar melhor seus produtos ou serviços oferecidos e, desta forma, persuadir os clientes e convencê-los a comprar. King e Turban (2004) descrevem as vantagens de se realizar negócios na Internet “[…] um dos benefícios de fazer negócios pela Internet é que isso habilita as empresas a comunicar-se com clientes […]”. Como sabemos, o cliente é peça-chave para uma perfeita transação de compras on-line, pois é ele quem gera a lucratividade das empresas que trabalham com o comércio eletrônico. Dessa forma, as empresas têm estimulado cada vez mais o consumidor a comprar seus produtos e serviços, buscando demonstrá-los de forma criativa por meio do marketing, enviando e-mails com promoções e anúncios sobre produtos na área de 52 interesse de cada cliente. Uma das formas utilizadas pelas empresas para atrair clientes por meio de propagandas é descobrindo as preferências individuais de cada um. Isso pode ser feito por intermédio de questionários, ou mesmo com o uso de cookies, para observar quais são os produtos ou serviços preferidos de cada cliente. Além disso, pode-se descobrir o perfil de cada cliente por meio do seu histórico de compras nos sites. Para aumentar a confiança no comércio eletrônico, o cliente precisa ter certeza de que seu produto tem boa procedência, que é de boa qualidade, que seu pagamento será realmente efetivado com segurança e que seu produto será entregue no prazo estipulado, sem defeitos e/ou danos causados pelo transporte. Estes são fatores muito importantes e devem ser levados muito a sério quando se pensa em trabalhar com comércio eletrônico. Quando um cliente faz uma compra virtual, um dos principais e mais importantes fatores é o reconhecimento da marca do produto adquirido. Por exemplo: quando um cliente compra um notebook da marca Dell ou HP, está convencido de que receberá um produto de qualidade e terá toda a assistência técnica necessária. Isto se deve ao grande nível de confiança passado por meio de anúncios e propagandas pelas marcas Dell e HP, seja pela Internet, televisão, jornais ou outros meios de comunicação. Uma alternativa oferecida por várias empresas de comércio eletrônico é o fornecimento de ferramentas que possibilitem que o cliente crie sua própria página personalizada. Dessa forma, o cliente poderá registrar suas preferências de compras e ajudar a empresa a colher dados importantes sobre os estilos preferidos de cada consumidor. 53 Propaganda na Web Como sabemos, a Internet ainda está em constante evolução e crescimento. Por isso, as empresas apostam suas vendas on-line por meio da propaganda virtual. Um dos principais motivos que incentivaram os empresários a divulgarseus produtos e serviços na web é a migração dos espectadores de televisão para a Internet. Assim, fica mais vantajoso anunciar na Internet do que na televisão, pois possui formas mais atraentes de divulgação, além de um custo muito menor. King e Turban (2004) citam os principais motivos que fizeram a propaganda na web crescer de maneira tão rápida. Vejamos esses motivos a seguir: Custo – anunciar on-line pode custar muito menos do que criar uma propaganda em outros meios de comunicação. Além disso, podem ser atualizadas a qualquer momento, com um custo muito baixo. Diversidade de formatos – os anúncios na web podem proporcionar mais efetivamente a relação entre texto, animação, áudio e vídeo. Essa é uma forma excelente de chamar a atenção do internauta ao produto e/ou serviço anunciado. Personalização – os anúncios on-line podem ser interativos e feitos especialmente para grupos de pessoas conforme suas preferências de compra. Pelo fato de as propagandas web serem personalizadas para usuários, individualmente, elas devem ser direcionadas corretamente aos consumidores supostamente interessados. As principais e mais atrativas formas de propaganda por meio da Internet são as seguintes: Banners – os banners são elementos gráficos utilizados para divulgar produtos e serviços de empresas pela Internet. Quando um cliente clica no banner, ele é automaticamente direcionado por meio de um link à página web da empresa anunciada. Anúncios padronizados – uma das principais características dos anúncios padronizados é seu tamanho. Por serem maiores que os banners, eles chamam mais a atenção do usuário que, consequentemente, irá se direcionar mais vezes a esse tipo de propaganda. Sites de relacionamento – outro meio muito explorado pelas empresas são os sites de relacionamento – como o Facebook – pois milhões de usuários estão diariamente conectados e expostos às propagandas. Este modo de expor os produtos é uma 54 estratégia para levar o cliente até os sites de comércio eletrônico e fazer com que ele acabe efetuando uma compra. E-mail – por meio da Internet é possível enviar e-mails aos clientes com informações sobre a empresa. Podem-se enviar propagandas em forma gráfica ou por meio de vídeos. Este é um meio viável de marketing, pelo seu baixo custo. O uso do e-mail deve ser moderado, pois o uso indevido dessa ferramenta pode trazer uma imagem negativa para a empresa (e-mails indesejados, conhecidos como spams). Compra de palavras-chave – a compra de termos relacionados ao produto a ser vendido é uma excelente alternativa para dar visibilidade ao site, produto ou serviço nos mecanismos de busca. O mais famoso destes serviços é o AdWords da Google, no qual uma URL é associada a determinados termos que são comercializados e que, em função disso, ganham mais visibilidade em resultados de busca. Comparadores de preço – com relação a comparadores de preços, podemos citar o site do Buscapé, no qual você cadastra um produto e coloca um determinado preço e outras empresas fazem o mesmo. Diante disso, o consumidor fica conhecendo, em um único lugar, os melhores e piores preços de determinados produtos. Marketing e a Internet Falar de marketing é ressaltar o impacto e mudança causados nas práticas estratégicas das empresas. Para Kotler e Keller (2010), o marketing é uma função da empresa que envolve a criação, a comunicação e a entrega de valor diferenciado ao consumidor, com grande enfoque no relacionamento com o cliente, ou seja, uma troca entre organização e consumidor visando benefício de ambos. A utilização da Internet possibilitou ampliar os alcances do marketing, expandindo a comunicação e publicidade das organizações, principalmente das pequenas e microempresas, pois se trata de uma ferramenta com investimento muito menor que qualquer outro meio de comunicação em massa. De acordo com Torres (2009, p. 61): A Internet se tornou um ambiente que afeta o marketing de sua empresa de diversas formas, seja na comunicação corporativa, seja 55 na publicidade e continuará afetando o marketing mesmo que você não invista um centavo nela. Ao contrário da mídia tradicional, em que o controle é dos grupos empresariais, na Internet o controle é do consumidor. Assim, mesmo que você não participe dela, seus consumidores estão lá, falando sobre seus produtos e serviços, […] buscando formas de se relacionar com sua marca. Kendzerski (2009) complementa que “o que importa, hoje, é quem está mais bem preparado para conhecer, entender, respeitar e comunicar-se com as gerações de novos consumidores […]”. 56 08 Marketing de Conteúdo As estratégias de Marketing mudaram muito nos últimos dez anos, tanto que é difícil prever aonde vai parar. Mas é possível compreender a direção que está seguindo. O Marketing que trará resultados cada vez menos se parecerá com um alerta (que distrai) e mais com um ímã (que atrai) (ENDEAVOR BRASIL; ROCK CONTENT; WEBINSIDER, texto digital). O Inbound Marketing que, traduzido para o português seria Marketing de Atração, se caracteriza pela atração dos visitantes a um determinado site ou blog por meio da divulgação de conteúdo de valor e, consequentemente, relevante para determinada audiência. Ou seja, diferentemente da publicidade em comerciais de TV, na qual somos interrompidos pelo comercial, no Inbound Marketing é o visitante que autoriza o envio de novas publicações a partir do momento em que ele fornece voluntariamente seu contato (tornando-se um lead) (ENDEAVOR BRASIL; ROCK CONTENT; WEBINSIDER, texto digital). O Marketing de Conteúdo é importante na execução da estratégia do Inbound Marketing, uma vez que a produção de conteúdo é necessária para informar, educar e entreter o futuro cliente, transformando-o em lead e, posteriormente, convertendo em vendas, processos que caracterizam o Inbound Marketing. Portanto, conclui-se que o Marketing de Conteúdo está inserido dentro de contexto geral e mais amplo, o Inbound Marketing. O primeiro não se restringe ao ambiente on-line, mas sim, planeja ações em todos os ambientes possíveis; o Inbound Marketing, por sua vez, atua exclusivamente no ambiente on-line e tem como objetivo inicial atrair visitantes e, posteriormente, convertê-los em clientes. Podemos afirmar, então, que o Marketing de Conteúdo e o Inbound Marketing possuem características distintas e específicas, mas, ao mesmo tempo, complementares, nas quais um depende do outro. O fato é que Marketing de Conteúdo é uma das estratégias de Inbound Marketing. No entanto, não há Inbound Marketing sem Marketing de Conteúdo (GOMES, 2015; REZ, 2015). 58 Redes Sociais Os estudos sobre redes sociais têm recebido crescente atenção de pesquisadores e gestores de comunicação, pois é evidente que a forma pela qual nos comunicamos — seja no âmbito familiar, escolar, profissional ou pessoal — mudou drasticamente nos últimos anos. O conceito de redes sociais não é recente como a maioria das pessoas imaginam. Na década de 1970, os e-mails eram chamados de redes sociais, e sua finalidade era a interação entre os usuários. Mas foi nos anos 2000 que as redes sociais se popularizaram. Para os brasileiros, em especial, o fenômeno da rede social Orkut foi o que introduziu milhões de pessoas na Internet, alterando o comportamento dos usuários da grande rede de computadores. Em 2004, Mark Zuckerberg cria a então rede social The Facebook, que anos mais tarde faria com que a rede social Orkut fosse esquecida e desprezada. O site, inicialmente, era utilizado apenas por usuários de algumas universidades americanas e, em 2005, descarta o “The” de seu nome e começa sua trajetória rumo à rede social de maior expressão mundial. Atualmente, mais de 1 bilhão de usuários acessam o Facebook diariamente em todo o mundo (GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S. A., 2016). 59 No Brasil, a adesão ao Facebook coincide com a massificação da Internet e surgimento dos smartphones. Essa combinação, aliada ao sucesso mundial do Facebook, fez com que a rede social de Zuckerberg se tornasse a mais acessada pelos brasileiros,colocando o Brasil na condição de terceiro país mais ativo no Facebook, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. Para exemplificar a força do Facebook no Brasil, 8 entre cada 10 usuários conectados estão nessa rede social. Em junho de 2016, 108 milhões de brasileiros acessaram a rede social (CRUZ, 2016; FACEBOOK, 2016; RIBEIRO, 2016). Com a disponibilidade de acesso à informação da população por meio da Internet, o modo com que a comunicação entre as marcas e consumidores é gerido passou a ser reavaliado e está em constante aprimoramento. Estamos, hoje, passando por esse processo de mutação, no qual organizações buscam as maneiras mais eficientes para tirar o máximo de proveito dessas novas tecnologias, especialmente das redes sociais (ACARÁ, 2006). De acordo com a visão de Torres (2011), as redes sociais vêm transformando a maneira como as pessoas se comunicam, influenciando opiniões, mobilizando, entretendo, trazendo informações em tempo real e também revolucionando a forma como as marcas pensam, planejam e executam suas estratégias nesse novo contexto. Essas mudanças exigem do profissional de comunicação um dinamismo muito grande, pois a todo momento os cenários mudam – uma nova tecnologia surge e, consequentemente, a eficácia daquilo que é dito e publicado deve ser reinventado para que a mensagem cumpra seu objetivo. A tecnologia gerou um impacto muito grande na relação do consumidor com as marcas e na forma como ele compra. A todo o momento esse consumidor está induzindo ou tendo sua decisão de compra influenciada por meio das redes sociais, o 60 que aponta para uma mudança na forma de planejar uma compra, pesquisar produtos, buscar ofertas e melhores preços. Compartilhar as experiências de compras nas redes sociais é uma prática bastante comum nos dias atuais. Para Vaz (2011), o acesso à Internet e o aumento significativo das lojas virtuais, chamadas de e-commerce, fizeram com que os consumidores pudessem comprar onde e de onde quisessem, eliminando as barreiras geográficas. E, dessa forma, a decisão de compra está muito presente nas redes sociais, um dos principais ambientes para a construção da reputação e credibilidade da empresa. Percebe-se uma grande valorização do Marketing de Relacionamento nos dias atuais. Isso é uma resposta das marcas à necessidade que esses novos consumidores têm de interação e informação (GORDON; PINHEIRO, 2000). E uma das principais estratégias para “conversar” com esse consumidor é por meio das redes sociais. A partir do momento em que o cliente se sente valorizado, inicia-se, ali, uma relação duradoura e de fidelidade entre a organização e seu shopper. Porém, para que exista o relacionamento supracitado, é fundamental a geração de conteúdo de qualidade, que gere valor e que seja relevante para aquela audiência (CARNEIRO; SIMÕES; FILIPE, 2013). 61 Acesse o link: Disponível aqui No Brasil, um dos casos de maior sucesso em se tratando de engajamento nas redes sociais é o da Prefeitura de Curitiba, a “Prefs”, como é carinhosamente chamada pelo seu público. O Departamento de Comunicação Social conseguiu transformar assuntos e ações institucionais em posts bem-humorados e informais, que enfatizam as belezas da cidade, suas peculiaridades e cultura (ALVIM, 2016). Leia na reportagem como a prefeitura de Curitiba mantém a melhor página do Facebook. Para Moraes e Rez (2016), o Marketing de Conteúdo é a estratégia que faz do conteúdo o alicerce principal para informar, vender e se relacionar com o público de uma determinada marca por meio da geração de conteúdos de valor para o público correto, estabelecendo pontos de conexão. A partir desse breve resgate dos principais conceitos relacionados às redes sociais, apresenta-se um framework que resume as principais funções das redes sociais no âmbito do Marketing Digital, conforme a figura a seguir: 62 https://www.digai.com.br/2014/08/como-prefeitura-de-curitiba-mantem-melhor-pagina-facebook/ Figura: Principais funções das redes sociais no Marketing Digital Fonte: O autor. As redes sociais possibilitam uma oportunidade para o diálogo e aproximação com os clientes por meio de uma comunicação de mão dupla, valorizando o cliente e atendendo às suas necessidades. Esse tipo de prática possibilitará relacionamentos duradouros, aumentando o valor de marca na percepção do consumidor e tornando- o fã da organização (TORRES, 2011; VAZ, 2011). De um modo geral, as principais funções das redes sociais são conectar os indivíduos constantemente em qualquer lugar, e disponibilizar os mais diversos conteúdos e informações. Pode-se concluir, também, que as redes sociais são fundamentais para a execução das estratégias de Marketing Digital. Elas permitem o relacionamento entre a organização e sua audiência, gerando engajamento e fidelização por meio da geração de conteúdos pertinentes àquelas pessoas, com uma comunicação estratégica e pensada/criada para aquele público específico. 63 09 Mídias Sociais Com a chegada das mídias sociais, os consumidores passaram de passivos para ativos, situação na qual podem produzir seu próprio conteúdo e compartilhá-lo na rede para os demais usuários. Dessa forma, os usuários tornam-se produtores de conteúdo e até mesmo influenciadores de opiniões. Mídias Sociais são tecnologias e práticas on-line usadas por pessoas (isso inclui as empresas) para disseminar conteúdo, provocando o compartilhamento de opiniões, ideias, experiências e perspectivas (e eis o seu 1º grande diferencial). […] São websites que usam tecnologias como blogs, mensageiros, podcasts, wikis, videologs ou mashups […], permitindo que seus usuários possam interagir instantaneamente entre si e com o restante do mundo (Ministério da Cultura, 2008). Com todo esse engajamento causado pelas mídias sociais, torna-se notável a atenção que as empresas vêm dando a esses novos meios de comunicação, nos quais é possível ter o cliente como um protagonista da marca. Diferenças Entre Mídias Tradicionais e Digitais Dados os conceitos anteriores de Marketing Digital e Mídias Sociais, é perceptível a capacidade de influência de um consumidor, seja positiva ou negativa, coisa que não víamos de maneira tão acentuada no marketing tradicional, no qual a comunicação era unilateral, impedindo muitas vezes que o consumidor expressasse sua opinião. Um exemplo mais prático pode ser visto por meio da pesquisa realizada pela Nielsen: 65 […] uma pesquisa sobre a credibilidade da propaganda tradicional realizada em 47 países revelou que 78% dos entrevistados acreditavam mais em recomendações de outros consumidores do que em propagandas tradicionais, e que 61% confiavam em recomendações postadas em comunidades on-line. Em contrapartida, apenas 14% disseram acreditar em propagandas tradicionais (MADEIRA, 2009, p. 3-4). Como podemos analisar, a propaganda tradicional vem perdendo força para as recomendações de outros consumidores nas mídias sociais. A seguir, podemos ver uma tabela com as principais diferenças entre as mídias tradicionais e sociais. Tabela 1 – Diferença entre mídias tradicionais e sociais MÍDIAS TRADICIONAIS MÍDIAS SOCIAIS A marca tem o controle da informação A audiência tem o controle da informação Unidirecional: envia mensagens Bidirecional: faz parte de um diálogo, de uma conversa Repete muitas vezes uma única mensagem As mensagens vão sendo adaptadas; é possível testar diferentes versões Foco na marca Foco na audiência; visa agregar valor para essa audiência Busca “educar” o consumidor Busca influenciar e envolver o consumidor A empresa cria os conteúdos Os usuários criam os conteúdos iniciais; o resultado é a cocriação de conteúdos pelos usuários e empresas Fonte: (MADEIRA, 2009, p. 4). 66 Em resumo, as mídias tradicionais são uma via de mão única, na qual a empresa controla tudo o que quer passar para o consumidor de maneira unilateral, enquanto as mídias sociais são um meio de comunicação bidirecional que permite a interação dos consumidores com as empresas de maneira mais natural e próxima
Compartilhar