Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BRENO GOMES DE OLIVEIRA GABRIELLY LINS OLIVEIRA JOSÉ HITALO LEITE NUNES MARIA JAMILY DA SILVA MELQUIADES SÍNTESE SOBRE AS ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO BÁSICA CAJAZEIRAS - PB 2022 BRENO GOMES DE OLIVEIRA GABRIELLY LINS OLIVEIRA JOSÉ HITALO LEITE NUNES MARIA JAMILY DA SILVA MELQUIADES SÍNTESE SOBRE AS ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO BÁSICA Síntese sobre as atribuições do farmacêutico na atenção básica, apresentada como requisito para obtenção de aprovação na disciplina Cuidados em Saúde I, do curso de Bacharelado em Farmácia - UNIFSM. Orientador(a): Profª. Drª. Ocilma Barros de Quental. CAJAZEIRAS - PB 2022 1. INTRODUÇÃO O Sistema Único de Saúde tem total importância para uma atenção básica de qualidade, entretanto as diretrizes impostas pelo SUS são muito complexas, as quais levam tempo para serem colocadas em prática. Deste modo, a Assistência Farmacêutica se torna imprescindível para integração das ações de saúde. Mesmo com a consolidação da Assistência Farmacêutica a realidade no Brasil, no âmbito da saúde básica, se torna desigual no que diz respeito ao acesso a medicamentos. A implementação da Política Nacional de Medicamentos, que tem o intuito de reorientar a atenção básica , assegurando que a população tenha acesso aos medicamentos considerados essenciais, isso exige do profissional farmacêutico o desenvolvimento de habilidades na gerência, redução de custos, estabelecer metas, medir resultados promovendo a mudança. 2. DESENVOLVIMENTO No ano de 1971 a assistência farmacêutica estava sendo executada de forma centralizada, após a criação da central de medicamentos (CEME). A farmácia básica foi uma proposta de governo instituída no ano de 1987, com o intuito de racionalizar o abastecimento de medicamentos para atenção primária de saúde. Naquela época eles previam atender a necessidade de uma população de 3 mil habitantes, com 48 medicamentos os quais constavam na Relação Nacional de Medicamentos (RENAME). Com os estoques excessivos de medicamentos, e o envio perto da data de expiração, acabou causando grandes perdas ocasionando uma desestabilização no programa. A CEME foi dissolvida no ano de 1997, e suas atividades foram destinadas ao Ministério da saúde, retirando de forma parcial a participação farmacêutica. Em busca de suprir as necessidades foi criado o Programa Farmácia Básica, em 1997, tendo as mesmas visões da CEME. O Programa Farmácia básica foi reformulado, distanciando assim a organização da assistência farmacêutica. Com o afastamento da atenção farmacêutica, o país passou por um processo de descentralização das ações do SUS, e problemas com o abastecimento de medicamentos os quais eram destinados às redes ambulatoriais. Contudo, estes acontecimentos levaram à criação de novas diretrizes e a construção de uma nova gestão de Assistência Farmacêutica no sistema único de saúde, nas quais visavam os seguintes pontos: 1. Na descentralização da gestão; 2. Na promoção do uso racional de medicamentos; 3. Na otimização e na eficácia do sistema de distribuição no setor público; 4. No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a redução dos preços dos produtos, viabilizando, inclusive, o acesso da população aos produtos no âmbito privado. O recurso financeiro usou a sistemática pactuada entre estados e municípios para gerenciar o recurso. Tais recursos foram adotados de diferentes maneiras como: centralizações nas SES, a descentralização total do município, descentralizações e centralizações parciais de estados e municípios. Para acessar o IAFB os estados tinham que elaborar Planos Estaduais de Assistência Farmacêutica Básica, então o Ministério da Saúde concluiu que o elenco proposto não contemplava as necessidades da atenção básica. Visando que tal efeito poderia apresentar negatividade para o atendimento de saúde prestados pelos municípios, a MS impôs um elenco mínimo obrigatório de medicamentos. Com a necessidade de atender portadores de patologias específicas como saúde mental, foi adicionado o programa de Aquisição de Medicamentos Essenciais para a área de Saúde Mental. O valor avaliado para corresponder a demanda de medicamentos gastos pelos municípios, eram insuficientes para atender a demanda dada pela IAFB que desenvolveu tais estratégias para gerenciá-lo. Após discussões sobre o valor, foi ampliado para atender diferentes programas e tornou claras as fontes e responsabilidades pelo financiamento da mesma. Alguns aspectos naquele momento foram relacionados na portaria GM/MS n.1105 que resultou em discussões que foi definida na portaria GM/MS n.2084, de 26 de outubro de 2005, que definiu o mecanismo e responsabilidades para financiamento da Assistência Farmacêutica na atenção básica, construída por dois componentes: Componente estratégico e componente descentralizado. A partir da pactuação em outubro de 2005, a decisão final da descentralizações de recursos com transcendência da responsabilidade pelo gerenciamento de estados e municípios. a MS ainda propôs mais reformas nos recursos de Assistência Farmacêutica na Atenção Básica que por sua vez deveria ser analisada na visão geral da portaria GM/MS n. 2084. Deposto ao mesmo, o sistema não possui informações específicas para o acompanhamento das ações que possam subsidiar gestores tanto no planejamento quanto nas ações. Até o momento, a concentração se impõe na aplicação de recursos federais repassados para financiar a aquisição dos medicamentos para a atenção básica. A IAFB não previu uma sistemática para o monitoramento da aplicação dos recursos financeiros. A ausência de instruções para o preenchimento de planilhas, trouxeram dificuldades para o acompanhamento financeiro. Além disso foi desenvolvido um denominado Sifab que passou a acompanhar as aplicações dos recursos financeiros A fim de atender de forma mais efetiva as necessidades de grupos específicos de pacientes, em especial aqueles portadores de agravos relacionados à saúde mental, foi implantado, através da Portaria GM/MS n. 1077, de 24 de agosto de 1999, o Programa para a Aquisição dos Medicamentos Essenciais para a área de Saúde Mental na rede pública. Os recursos financeiros destinados a cada estado foram estabelecidos na mesma portaria, sendo 80% de financiamento federal e, no mínimo, 20% de contrapartida estadual. Com o processo de descentralização da atenção básica aos municípios, os mesmos são os responsáveis diretos pelas ações de saúde neste âmbito, inclusive pela Assistência Farmacêutica. Não é suficiente considerar que se está oferecendo atenção integral à saúde quando as ações da Assistência Farmacêutica se resumem em adquirir e distribuir medicamentos. Apesar dos avanços observados na Assistência Farmacêutica na Atenção Básica, vários fatores apontam para a necessidade de melhoria da rede de serviços e outras ações a serem desenvolvidas. A prescrição e dispensação dos medicamentos são, sem dúvida, aquelas que impactam diretamente sobre o seu uso racional, devendo ser permanentemente qualificadas. É no momento da dispensação que deve ocorrer a interação do profissional farmacêutico com o usuário. Esse é o momento em que o paciente deve receber todas as informações e orientações sobre o uso correto do medicamento, de modo a contribuir com o sucesso da farmacoterapia, melhorando a adesão ao tratamento. Para que possam funcionar adequadamente, todas as etapas relacionadas à Assistência Farmacêutica requerem, dentre outros, que o setor responsável pelas ações esteja estruturado, contando com profissionais qualificados para desenvolvê- las. A utilização de práticas medicinais alternativas, como acupuntura, homeopatia, fitoterapia, entre outras, estão previstas na Portaria GM/MS n. 971, de 03 de maio de 2006. A referida portaria considera a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) que preconiza, desde a Declaração de Alma-Ata, de 1978, e em seu documento Estratégias da OMS sobre Medicina Tradicional2002/2005, a inclusão. A política uniformiza critérios para prestação desse tipo de serviço no SUS e define ações e responsabilidades que devem ser adotadas pelos gestores estaduais e municipais. Esta política, de caráter nacional, recomenda a adoção e implementação, pelas Secretarias Estaduais de Saúde, do Distrito Federal e dos municípios, das ações e serviços relativos às Práticas Integrativas e Complementares. Como objetivos, o programa pretende: ● Incorporar e implementar as Práticas Integrativas e Complementares no SUS, nas perspectivas da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica, voltada para o cuidado continuado, humanizado e integral da saúde. ● Contribuir para o aumento da resolubilidade do sistema e ampliação do acesso às Práticas Integrativas e Complementares, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso. ● Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades. ● Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores, nas diferentes instâncias 3. CONCLUSÃO Em síntese ao que foi supracitado , o Sistema Único de Saúde (SUS) é o principal mediador para uma atenção básica de qualidade, visto que suas diretrizes são complexas e levam tempo para serem colocadas em prática. A Assistência Farmacêutica tem o seu principal objetivo trabalhar juntamente com instrumentos orientadores como o REMANE, estabelecendo um acesso da população aos medicamentos considerados essenciais, bem como a redução de gastos e transparência nas informações sobre o acesso aos medicamentos de rede. O Programa da Farmácia Popular no Brasil tem como meta assegurar medicamentos básicos e essenciais à baixo custo, entretanto uma grande parcela da população é impactada com gastos em medicamentos, em especial a população de baixa renda. Portanto, apesar da Assistência Farmacêutica apresentar avanços significativos, principalmente quando se relaciona a Política Nacional de Medicamentos , ainda persistem muitos problemas, particularmente na inserção de integrante na atenção básica de saúde e na superação de deficiências gerenciais e estruturais. 4. REFERÊNCIAS Assistência Farmacêutica no SUS - Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/colec_progestores_livro7.pdf. Acesso em: 9 de dezembro de 2022.
Compartilhar