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E-book ~ Os 5 erros mais comuns dos brasileiros ao falar inglês.

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1 
OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
Contents 
SOBRE A AUTORA .................................................................................................................................................. 3 
CAPÍTULO 1: PEDIR DESCULPAS PELOS ERROS E SOTAQUE .................................................................. 5 
CAPÍTULO 2: ACHAR QUE PRECISA FAZER INTERCÂMBIO PARA SER FLUENTE ............................. 10 
CAPÍTULO 3: TRADUZIR TUDO PARA O PORTUGUÊS ............................................................................... 16 
CAPÍTULO 4: ENTENDER E NÃO TENTAR FALAR ........................................................................................ 19 
CAPÍTULO 5: NÃO TER TEMPO PARA ESTUDAR ......................................................................................... 22 
CONCLUSÃO ........................................................................................................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
SOBRE A AUTORA 
 
LAÍS KAWAATA 
Nasci em Andradina, interior de São Paulo e ainda criança mudei-me para o Paraná 
pois o trabalho do meu pai, na época técnico de som de bandas, exigia que 
morássemos onde os ensaios aconteciam. Foi nesse meio muito improvável que tive 
meu primeiro contato com a língua inglesa. 
Sempre gostei de inglês e achava o máximo os coleguinhas que frequentavam cursos: 
pensava neles como uma espécie de elite da escola pública. Porém, ciente da situação 
financeira da família, nunca tive a pretensão de fazer um curso tão caro. Acontece 
que os patrões do meu pai, além de administrarem a banda, eram também 
proprietários de uma escola particular e de uma escola de inglês e, observando como 
meus irmãos e eu éramos estudiosos nos deram uma bolsa integral. E eu tirei tudo o 
que podia dessa oportunidade! Apesar de o curso ficar há mais de uma hora de 
caminhada, não perdia uma aula, fazia todas as lições, estudava em casa e me 
frustrava quando as férias chegavam. Lembro que admirava minha professora, a 
Juliana, que mal tinha 18 anos mas já dominava o inglês e era mega competente: ah, 
quantos planos a vida tinha para ela! Mas, como tudo o que é bom na vida dura pouco, 
logo fiquei sabendo da decisão de meus pais de se mudarem...DE PAÍS! Mudamos 
para o Japão e, após cerca de um ano de curso, minha vida deu uma reviravolta 
inesperada. 
Estava, aos 13 anos, em um país estranho, sem amigos, sem móveis e sem estudar o 
que eu mais gostava. Entrei em uma escola brasileira particular (e absurdamente 
cara) pois o plano de todo imigrante era ficar apenas 3 anos: já moro aqui há quase 
15. 
 
 
 
 
 4 
OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
Eu não conseguia enxergar como a escola me traria futuro, parecia que faltava algo 
mais (crianças, não sigam meu exemplo nessa parte) então abri mão de terminar o 
Ensino Médio para poder trabalhar e pagar meu curso de inglês. Entendam que 
naquela época a internet não era o que é hoje: não existia Youtube, Facebook ou 
Instagram. Se eu tivesse acesso à quantidade de informação que tenho hoje, 
provavelmente teria tentado aprender por conta própria, já que não tinha grana para 
frequentar a escola dos sonhos. 
Pesquisei várias instituições e escolhi a que oferecia o serviço que eu buscava, que 
era praticar inglês de verdade, não só ficar presa à aulas de gramática maçantes. 
Escolhi uma escola que me proporcionou conhecer a Austrália aos 16 anos de idade. 
Vou falar um pouco dessa experiência mais a fundo neste livro. A escola acabou 
fechando e eu tive que procurar outra e, por comodidade de acesso e preço, fui 
estudar em uma rede de idiomas famosa, onde já entrei no último nível do curso. Serei 
eternamente grata a eles por terem me oferecido a oportunidade de trabalhar como 
professora após o término do último módulo, ainda que apenas part-time. Pude 
aprender na prática os erros mais comuns dos alunos, que formas de ensinar e 
materiais são eficazes e quais não e hoje tenho total liberdade para trabalhar o meu 
método, afinal, após 7 anos trabalhando lá, a vida (sempre me dando oportunidades) 
me ofereceu a possibilidade de gerenciar minha própria escola de inglês. Sempre foi 
meu sonho poder trabalhar com o ensino em tempo integral e transformar a realidade 
das pessoas assim como a minha realidade havia sido transformada. 
Mesmo após 16 anos de experiência sei que ainda há muito para aprender, muitas 
áreas para explorar e muita gente para ensinar. Espero que você possa encurtar o 
seu tempo de aprendizado e potencializar resultados através das informações 
valiosas que tenho para passar por intermédio deste livro e que o conhecimento da 
Língua Inglesa lhe traga tantas alegrias quanto trouxe para mim. 
Um abraço! 
 
 
 
 
 
 
 5 
OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
CAPÍTULO 1 
Pedir desculpas pelos erros e sotaque 
 
“Desculpe, eu não sei falar inglês muito bem.” Essa é a coisa que eu mais escuto 
quando recebo alunos novos. Nós, brasileiros, temos essa cultura de achar que tudo 
que fazemos é inferior, e isso fica muito transparente quando chega a hora de 
aprender uma nova língua. Temos essa mania de já chegar pedindo desculpas pelo 
nosso sotaque, por não sabermos certas palavras e por cometermos erros 
gramaticais. Mas, ei! Saber uma segunda língua já é uma grande coisa! Nenhum 
gringo vai nos julgar por não saber certas palavras, aliás, a maioria dos falantes 
nativos de inglês ficam bem felizes em nos ensinar coisas novas, então não fique aí 
encucado achando que vai passar vergonha quando estiver conversando, 
independentemente do seu nível. 
 
 
 
 
 
 6 
OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
Eu noto que um dos aspectos que mais incomodam os alunos brasileiros é o tal do 
sotaque. Tenho muitos alunos que se queixam por não conseguir pronunciar certas 
palavras como um americano ou inglês faria, e isso gera muita frustração. A questão 
é que todo mundo tem sotaque, mesmo quem é falante nativo. Apesar de parecer 
meio óbvio, nós quase nunca pensamos que, assim como no Brasil há sotaques como 
o nordestino, o paulista, o carioca e o paranaense, nos outros países acontece a 
mesma coisa. Se você escutar pessoas de Nova York e do Tennessee conversando, 
vai entender o que estou querendo dizer. Então não faz muito sentido ficarmos nos 
martirizando por não falar igualzinho a um gringo, porque aposto que não ficamos 
tentando imitar sotaques dos nossos conterrâneos. Quem é carioca se orgulha do 
sotaque que tem, bem como o nordestino. Eu particularmente acho essa diversidade 
maravilhosa! O jeito que você fala português é uma combinação de vários fatores 
externos, como onde você cresceu e como as pessoas à sua volta falam. Um caso 
curioso é de uma garotinha que conheci logo que me mudei para o exterior: ela era 
filha de brasileiros e nascida no Japão. Embora nunca tivesse visitado o Brasil, ela 
tinha um forte sotaque nordestino, devido ao fato de seus pais serem de lá. 
Engraçado, não é? Isso só serve para reforçar a ideia de que as pessoas à nossa volta 
tem um poder muito forte de moldar nosso jeito de falar, especialmente quando 
estamos falando de convivência familiar. Isso acontece porque somos seres sociais, e 
essa natureza nos faz almejar o pertencimento, ou seja, queremos sempre nos igualar 
a quem está ao nosso redor, seja por meio da vestimenta ou da fala. Quando grupos 
de pessoas se tornam distintos, seja por separação geográfica, cultural ou social, o 
jeito de falar também se torna diferente — esse é um processo natural da língua, e é 
por isso queexistem tantos sotaques, mesmo dentro de um país. O ponto que estou 
querendo chegar é: se essa variedade é aceita e completamente normal, porque 
insistimos tanto em ter um sotaque perfeito quando o assunto é inglês? Na verdade, 
nem existe um sotaque “correto”: há apenas o que os linguistas chamam de General 
American (no inglês americano, é claro) e Received Pronunciation (no inglês britânico), 
que é a língua livre de regionalismos, por assim dizer, e que se formos comparar com 
o português é o sotaque que escutamos nos jornais, bem seco e quase sem puxar 
para canto nenhum do país. Mas, assim como não escutamos as pessoas na rua 
conversando como apresentadores de jornal, isso também não acontece no exterior. 
A língua é formada pelas pessoas que a falam, então realmente não existe essa de 
certo ou errado. Antes de querer consertar seu sotaque, pergunte-se: as pessoas 
entendem o que eu digo? Em uma conversa, com que frequência pedem para que eu 
repita algo? 
 
 
 
 
 7 
OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
Se o seu sotaque não tem um impacto negativo sobre sua vida, eu diria para deixá-
lo como está e focar em aprender vocabulário novo ao invés de perder tempo com 
algo tão banal, afinal o que nós queremos é simplesmente ser compreendidos. 
Agora, se seu jeitinho brasileiro de falar realmente é algo que lhe incomoda muito, 
será que há esperança de mudá-lo? A resposta é sim. Sotaques não são imutáveis e 
dependem muito de onde moramos e com quem convivemos e, no nosso caso, como 
não somos falantes nativos, depende também da habilidade de reproduzir certos 
sons que não estão presentes na nossa língua materna. É claro que estou falando 
aqui de reduzir o sotaque e não de eliminá-lo, o que é praticamente impossível. Um 
artigo publicado na revista Smithsonian diz que bebês de 6 meses já percebem e 
armazenam as nuances de pronúncia no cérebro bem antes de começarem a falar—
é como se eles ensaiassem essas informações para quando chegar a hora de falar 
pra valer. Quer dizer, o seu sotaque começa a se formar bem antes de você pensar 
em se comunicar verbalmente. É por isso que crianças que aprendem duas línguas 
ainda durante a infância enquanto o cérebro ainda está em desenvolvimento soam 
como nativos (entre muuuitas aspas aqui, pelos motivos que já expliquei 
anteriormente). Conforme vamos envelhecendo, aprender uma nova língua sem 
adquirir um certo sotaque é muito mais difícil, mas não é impossível. O primeiro passo 
é identificar o sotaque que você quer ter e se expor a ele o máximo que conseguir, até 
que ele comece a soar natural. Nesse meio tempo, você vai precisar praticar muito a 
leitura e treinar o seu ouvido para se acostumar com a pronúncia das palavras. O 
ideal é ter contato com esse novo jeito de falar por pelo menos 30 minutos por dia. 
Uma das formas de se fazer isso é utilizando um vídeo (que pode ser do youtube 
mesmo) de alguém que tenha o sotaque que você quer ter: assista ao mesmo vídeo 
várias vezes e tente reproduzir o que é dito. O mais importante é que você grave sua 
voz e compare com o vídeo original: observe o seu progresso e faça anotações sobre 
o que ainda pode ser melhorado. Tente falar ao mesmo tempo que a pessoa no vídeo, 
assim você consegue praticar velocidade, ritmo e tom. Eu faço isso até hoje, mesmo 
após anos estudando inglês, pois me ajuda na hora de aprender a pronúncia de 
palavras que estou escutando pela primeira vez. Como sou apaixonada por sotaques, 
toda vez que assisto um filme fico prestando atenção em como atores de 
nacionalidades diferentes dizem certas coisas e fico tentando imitar (não faça isso se 
estiver acompanhado, ouvi dizer que é um pouco irritante!). Outra ferramenta que vai 
ser muito útil nessa sua jornada de redução de sotaque é o IPA (International Phonetic 
Alphabet). 
 
 
 
 
 
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OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
Apesar de parecer complicado de primeira, aprender quais sons cada letra tem vai te 
ajudar muito a pronunciar as palavras corretamente. Joga no google e você vai ver 
uma quantidade enorme de recursos relacionados ao aprendizado do IPA. “No meu 
tempo” eu não tinha essa opção, então acabei aprendendo o IPA sem querer usando 
o dicionário de inglês que eu tinha em casa. Naquela época eu nem sabia que aquele 
monte de símbolos estranhos tinha nome! 
Vou listar aqui o que julgo serem os nossos maiores “erros” de pronúncia (com aspas 
enormes aqui, pois como falei nesse capítulo, não acho que ter sotaque seja errado) 
ou seja, as coisas que fazem as pessoas perceberem que somos como brasileiros. 
Acho que uma coisa que muita gente tem dificuldade é a pronúncia do T. Na maioria 
dos lugares do país, o T é dito com um som meio de tch, que é o caso de time e leite 
(tchime, leitch). Isso leva muita gente a dizer tea (chá, em inglês) com o mesmo som: 
tchi. Mas em inglês o T tem um som mais seco, como o que a gente diz nas palavras 
todos, tenso, tanto. Então ao invés de falar tchinder, anota aí que a pronúncia correta 
é tinder, sem esse som chiado. Outra coisa que nos entrega é a tal da vogal onde não 
existe, que em linguística tem um nome muito chique de vogal epentética ou vogal de 
apoio. Em português, mesmo quando a consoante é muda (como no caso de 
advogado, apneia, pneu) nós sempre enfiamos um i ali para preencher o espacinho. 
O problema é quando fazemos a mesma coisa em inglês, que é uma língua repleta de 
letras mudas. A maioria dos brasileiros quando vai pronunciar palavras como red, diz 
redi. Mas o som do d é bem curto, assim como o k de book, que não é buki. Muitos 
alunos também têm dificuldade em falar palavras com som de th, como think e 
thought. Para fazer o som do TH, você precisa encostar a língua nos dentes de cima 
e soprar, aí não tem erro, o som vai sair certinho. 
Muita gente não dá a devida importância para a língua e a respiração na hora de 
aprender a pronunciar as palavras, mas está na hora de rever esses conceitos. A 
língua é tão importante para a fala que a gente chama idiomas de línguas: se não 
fosse esse órgão poderoso, não conseguiríamos pronunciar nem metade do 
vocabulário que somos capazes. Quando comecei a estudar inglês, eu saía das aulas 
exausta e não sabia o porquê. O problema era que há alguns anos eu só sabia falar 
português, então minha língua só estava acostumada a se posicionar dentro da boca 
para reproduzir sons...em português, é claro! Sem contar o fato de que eu praticava 
muitos exercícios de fonética, que exigem muito dos pulmões. 
 
 
 
 
 
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OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
É a mesma coisa quando você tenta fazer crossfit pela primeira vez sem ter preparo 
físico algum: é natural você sentir que vai ficar sem ar e que os músculos estejam 
doloridos no dia seguinte. É claro que você não sente dor na língua ou no peito por 
falar demais, mas há um desgaste no início do aprendizado pois estamos realizando 
movimentos que nosso corpo não está acostumado. 
Quando pensamos em aprender outro idioma só nos vem à cabeça livros e áudio, mas 
não podemos nunca nos esquecer da tal da memória muscular, que não tem a ver só 
com academia. Primeiramente, deixe-me definir o que é memória muscular: é a 
habilidade de reproduzir um movimento inconscientemente após tê-lo repetido 
muitas vezes. É o que dizem por aí, tem coisas que é como andar de bicicleta, uma 
vez que aprendemos, é bem difícil de esquecer. Quando você está pedalando, não 
pensa no movimento que tem que fazer, você faz e pronto! Essa é a forma do nosso 
cérebro economizar energia, por assim dizer, para usar em coisas que demandam 
mais esforço mental. Acontece a mesma coisa com a linguagem: quando abrimos a 
boca para falar, não ficamos pensando em como posicionar a língua para fazer os 
sons, nós simplesmente falamos.Nossa língua tem a habilidade de “memorizar” os 
movimentos que mais repetimos, até que falar se torna natural e não exige esforço, 
na maioria dos casos. Épor isso que aprender outra língua é tão difícil nos primeiros 
estágios! No caso do inglês, embora tenhamos muitas palavras parecidas com o 
português, ainda há muitos fonemas desconhecidos que não fazemos ideia de como 
pronunciar, daí a importância da prática. Para aprender a pronunciar as palavras 
como “um nativo”, você vai precisar treinar muito, afinal ele já nasceu ouvindo e 
retendo informações em inglês, algo fundamental para o desenvolvimento da fala. 
No caso da maioria das pessoas que estão aprendendo inglês não existiu essa 
exposição à língua desde cedo então cabe ao próprio aluno ir em busca de soluções. 
Uma das coisas que você pode (e deve) fazer é, sempre que aprender palavras e 
expressões novas, falá-las em voz alta várias vezes. Isso vai ajudar sua língua a se 
acostumar com os movimentos necessários para se fazer certos sons, ou seja, você 
precisa treinar sua língua como se fosse qualquer outro músculo. Não dizem por aí 
que se não usarmos os músculos eles atrofiam? E, da mesma forma que não ficamos 
sarados apenas lendo revistas sobre boa forma, não ficamos fluentes em inglês só 
fazendo exercícios de escrita e listening! Envolva-se muito em atividades que vão 
fazer você falar, seja leitura ou conversação. Como tudo na vida, aprender um 
sotaque novo leva tempo e muita prática. Não fique se cobrando muito, seja 
consistente que eu tenho certeza que aos poucos você conseguirá reduzir o sotaque 
se ele for algo que lhe incomoda muito. 
 
 
 
 
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OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
CAPÍTULO 2 
Achar que precisa fazer intercâmbio 
para ser fluente 
 
Já perdi as contas de quantas vezes eu escutei essa pergunta: mas, viu, em que país 
você aprendeu inglês? Oras, no meu mesmo! Apesar de já ter viajado para vários 
lugares, foi sempre a turismo e nunca para realmente fazer um curso de inglês. Achar 
que apenas o intercâmbio torna as pessoas fluentes é uma concepção muito errada. 
Aliás, deixa eu te contar um segredo sobre o que acontece com a maioria dos alunos 
que vão para fora achando que voltarão para o Brasil falando como um lorde inglês: 
não é bem assim que funciona. 
 
 
 
 
 
 
 11 
OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
Passar alguns meses no exterior é vendido por muitos como a melhor forma para 
alunos se tornarem fluentes em pouco tempo já que nesse período você vivenciará o 
inglês como ele é fora dos livros e das aulas de gramática, além de fazer uma imersão 
na cultura local. Eu concordo plenamente! Mas o problema é ir viajar sem saber nem 
o básico de inglês: chegando ao país de destino, você perde mais tempo tentando 
entender o que as pessoas falam e resolvendo perrengues do que estudando de 
verdade. Por isso eu sempre recomendo que as pessoas aprendam pelo menos um 
pouco de inglês antes de se aventurar nesse mundo desconhecido que é o 
intercâmbio. Esse “pouco” que eu digo é o famoso “sei me virar”— ao menos saber se 
apresentar, perguntar como se diz tal coisa em inglês, saber o mínimo de vocabulário 
para poder explicar uma palavra que talvez você não saiba, comunicar-se em 
aeroportos para não se envolver em situações comprometedoras e também conseguir 
se virar em situações do dia-a-dia como lidar com dinheiro e saber explicar um 
problema de saúde, por exemplo. O que acontece se você não souber o mínimo de 
inglês é que é mais fácil e cômodo pedir ajuda para algum conterrâneo que também 
esteja fazendo intercâmbio, o que perde todo o sentido de você ter gastado uma 
fortuna em um curso no exterior já que o objetivo é aprender por meio da imersão e 
experiência. Muitos caem nessa cilada de chegar em um país estrangeiro e socializar 
apenas com a comunidade brasileira, o que de nenhum jeito vai contribuir para que 
você aprenda a língua. Quando cheguei no Japão não sabia falar nada de japonês, 
apenas obrigado/com licença/desculpe-me, fato que me fez sempre querer estar 
perto de alguém que soubesse falar a língua e, como consequência, limitou muito a 
quantidade de palavras que eu poderia ter aprendido. Claro que hoje, depois de 
tantos anos, sei me virar na maioria das situações, mas estou muito longe de me 
considerar fluente. Se tivesse vindo para cá sabendo o básico da língua, não teria 
tanto receio de socializar com os locais e teria dominado o idioma em dois palitos. 
Mas meu intuito aqui não é demonizar o intercâmbio, muito pelo contrário! Eu acho 
que se você tem condições de fazer, faça! Mas vá com a certeza de que poderá tirar 
o máximo de proveito dessa experiência e isso você consegue já indo com uma base 
boa de inglês. O meu problema é que muitos dizem por aí que só é possível ser fluente 
se você morar fora, e isso é uma falácia. Conheço muita gente que nunca saiu do país 
e domina o inglês muito melhor do que quem já fez intercâmbio. Eu comecei a 
aprender inglês no Brasil e dei continuidade no Japão, mas nunca estudei em um país 
cuja língua nativa fosse realmente o inglês e isso não limitou minha capacidade de 
aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 12 
OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
O que me ajudou muito nesse processo foi mergulhar de cabeça no inglês e aprender 
de todas as formas possíveis, fosse por meio de filmes ou músicas, fosse por estar 
sempre em contato com pessoas de outras nacionalidades: isso também é uma 
imersão. Todo mundo já sabe que aprender inglês requer muito mais que enfiar a cara 
nos livros e ficar revisando gramática por horas a fio, e que o que precisamos mesmo 
é saber o inglês do mundo real e como as pessoas o falam. Porque, afinal, a maioria 
das pessoas se interessa em aprender uma nova língua para se comunicar com 
outras e não para se tornar um professor ou para escrever textos maravilhosos sem 
nenhum erro ortográfico. A imersão proporciona um aprendizado mais natural e torna 
esse processo mais divertido e fácil, já que você vai aprender de uma forma que esteja 
relacionada à sua própria vida, experiências e necessidades. 
O segredo é descobrir o que faz do inglês relevante para você. Por exemplo, se quiser 
aprender apenas para viajar, de nada adianta decorar vocabulário referente a 
negócios ou se estiver interessado em inglês para uma entrevista de emprego só vai 
perder tempo se ficar estudando cores e nomes de animais. É muito melhor focar no 
que você realmente quer ou precisa aprender, ou seja, buscar coisas que sejam 
interessantes e relevantes para sua vida e não o que o currículo de um curso diz que 
é necessário. Claro que existem a gramática e vocabulário básicos (como mencionei 
anteriormente) que todo mundo deve saber, mas isso não significa que você precisa 
ser um mestre no assunto. Descubra qual é sua maior necessidade e trabalhe em cima 
dela. O inglês é necessário para melhorar seu currículo e buscar novas oportunidades 
de carreira? Ou ele já é requerido no seu trabalho, pois você tem que lidar com clientes 
que não falam português? Seja qual o aspecto mais urgente na sua vida, comece a 
trabalhar por ele, assim além de ter um estímulo a mais, você terá mais oportunidades 
de praticar já que estará aprendendo vocabulário relacionado a coisas que realmente 
são usadas no seu dia-a-dia. 
A internet torna possível que nós conheçamos o mundo sem nem sair de casa e você 
pode explorar a cultura de países cuja língua seja o inglês por meio de inúmeras 
ferramentas gratuitas que auxiliam no processo de aprendizagem, como o youtube. 
A questão é que qualquer pessoa com a intenção de aprender inglês pode se 
beneficiar da imersão, pois é uma forma de adquirir habilidades de escuta e fala, além 
de lhe dar a oportunidade de conhecer outros costumes, mesmo que apenas através 
da telinha. Se você se interessa pela cultura da Inglaterra, busque assistir programas 
de TV ingleses e assinar canais no youtube de pessoas que são de lá!13 
OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
Além de lhe ajudar a vencer suas inseguranças, esse processo vai fazer com que sua 
mente trabalhe mais rápido, já que você não estará mais apenas fazendo aula e dever 
de casa por uma ou duas horas na semana. Você pode sim fazer imersão sem sair do 
seu próprio país, claro que em uma escala um pouco menor pois não estará 
convivendo com pessoas que falam inglês o tempo todo. Embora viajar ajude, não 
precisa desanimar se não tiver condições, pois isso não é um fator determinante para 
o seu aprendizado. 
Bem, embora não haja dúvida de que passar mais de 50% do seu tempo aprendendo 
uma segunda língua seja o canal para desenvolver a fluência, quem é que tem esse 
tempo? Oras, você não precisa necessariamente passar horas e horas na frente de 
um livro didático pois há outras formas de se manter em contato com a língua, mesmo 
se você mora em um país onde ninguém fala inglês. Se você reside em uma cidade 
turística ou em grandes centros, isso não é problema! Procure frequentar bares e 
restaurantes onde estrangeiros vão e tenho certeza que não será difícil fazer algumas 
amizades. Geralmente staffs de hotéis e restaurantes que recebem muitos turistas 
dominam o inglês, então porque não aproveitar a oportunidade para praticar? Você 
pode fazer pedidos em restaurantes ou perguntar por direções em inglês, assim como 
faria se estivesse viajando. O negócio é não ter vergonha! Fique esperto também para 
eventos bilíngues que acontecem na sua cidade como palestras e feiras. No começo 
você pode se sentir desconfortável, afinal não é todo mundo que sai falando inglês no 
próprio país, mas se tiver amigos no mesmo barco arraste-os para um dia de imersão 
onde todos terão que falar inglês o tempo todo. O que fazer então se onde você mora 
não há oportunidades como essas? Caso aventurar-se na cidade não seja uma opção, 
faça um movie night com filmes apenas em inglês e divirta-se com seus companheiros 
de aprendizagem discutindo ideias ou preparem algum prato usando uma receita em 
inglês ou tutorial no Youtube. O bacana deste tipo de atividade é que você vai 
começar a reconhecer na vida real coisas que está aprendendo no seu curso regular 
ou por conta própria. 
Absorver o máximo de conhecimento possível na língua-alvo requer que seja feita 
uma lista das formas em que você adquire informações durante um dia normal, desde 
o momento em que acorda até a hora de dormir. Algumas coisas que podem ser 
incluídas nessa sua lista são: celular, computador, música, podcasts, livros, filmes e 
seriados. E agora? Mude tudo isso para o inglês! Essas mudanças podem parecer 
pequenas no início mas são parte importantíssima do processo de imersão. 
 
 
 
 
 
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OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
O segredo é incorporar o inglês nas atividades que já fazem parte da sua rotina para 
que você encontre prazer no aprendizado e não ficar tentando enfiar goela abaixo 
tarefas que não gosta ou que geralmente não faz, pois isso pode fazer com que seu 
cérebro associe aprender inglês com coisas negativas, tornando-o um fardo. Se for fã 
de quadrinhos, leia-os em inglês! Hoje há uma infinita variedade de material 
disponível em qualquer lugar e você pode até encontrar livros gratuitos online. Muita 
gente desanima quando escuta falar de leitura em outra língua pois acha que não vai 
entender nada e vai perder muito da história, por isso recomendo que no começo você 
leia livros e revistas em quadrinhos que já tenha lido antes, assim terá uma ideia do 
que está acontecendo e não vai precisar recorrer ao dicionário toda hora. Uma outra 
dica é começar por conteúdos mais curtos e ir aumentando com o tempo para não 
ficar maçante. Se não souber alguma palavra, grife-a e anote em um bloco de notas 
e procure o significado depois, não fique parando a leitura tentando entender tudo. 
Após pesquisar a definição dela, leia o trecho grifado novamente pois fica mais fácil 
memorizar vocabulário pelo contexto ao invés de tentar lembrar palavras soltas. 
Outra forma de manter mais contato com a língua é por meio do objeto mais utilizado 
pela humanidade: o celular. Já parou para pensar quanto tempo você gasta na frente 
do celular e como isso pode ser um aliado poderoso para o seu aprendizado? Tente 
mudar a linguagem do seu celular para o inglês e você vai ver quantas palavras novas 
vai aprender sem fazer muito esforço, apenas pela exposição frequente de 
vocabulário. É claro que seu telefone sozinho não vai fazer milagre e a quantidade de 
informação extraída deste “relacionamento” vai depender da sua força de vontade e 
motivação, mas nunca subestime o poder do aprendizado passivo: sem nem perceber 
você vai se pegar usando esse vocabulário adquirido de forma muito natural e às 
vezes terá uma certa dificuldade de lembrar de alguns termos em português. Uma 
outra dica é mudar a linguagem de todas as redes sociais para o inglês também, 
assim você expande ainda mais esse vocabulário. É nas redes sociais que você vai 
aprender gírias e acrônimos, coisas que só vão aparecer mesmo na linguagem do dia-
a-dia e não são encontradas em livros. Uma outra ideia é colocar etiquetas nos 
objetos da sua casa, desde materiais que você encontra na sua mesa de trabalho até 
utensílios de cozinha. Vá adicionando palavras aos poucos conforme você for 
sentindo a necessidade de saber como se chamam os objetos em inglês. No começo 
dá um pouco de trabalho, é claro, mas acredite: essa técnica é incrivelmente efetiva, 
já que você estará o tempo todo vendo palavras novas, além de aperfeiçoar suas 
habilidades de escrita. 
 
 
 
 
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OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
Eu sempre bato nessa tecla do aprendizado por experiência pois essa é a melhor 
forma de assimilar uma nova língua. Você se lembra de como aprendeu português? 
Aposto que não. Aprendemos nossa língua nativa naturalmente, ouvindo e repetindo 
o que as pessoas à nossa volta falavam sem nos preocupar com regras gramaticais. 
O mesmo deve se dar quando iniciamos o aprendizado de uma língua estrangeira — 
nada de ficar encanado em ser perfeito pois nem falantes nativos falam inglês 
corretamente o tempo todo (bem, da mesma forma que cometemos erros em 
português e isso é ok). E, assim como você não aprendeu português de uma hora para 
outra, não fique achando que o inglês vai magicamente entrar na sua cabeça: é 
necessário perseverança e também contato constante com a língua. Claro que no 
início trocar todo o material que você consome para o inglês será um desafio e talvez 
lhe deixe um pouco confuso, mas conforme você for se acostumando com o novo 
vocabulário, vai ficar mais fácil entender uma boa parte da informação que está 
absorvendo. 
Mas vamos voltar ao assunto que nos levou à discussão sobre imersão: se 
intercâmbio é ou não necessário para ser fluente. Não, não é, mas viajar ajuda 
bastante na hora de pôr em prática o que você aprendeu. Se a grana está curta, 
existem opções como o WWOOF (Worldwide Opportunities on Organic Farms), um 
programa que oferece estadia e alimentação em troca de trabalho voluntário em uma 
das fazendas cadastradas. Para quem gosta de estar na natureza, é uma ótima 
forma de viajar economizando bastante e ainda estar entre pessoas que falam inglês 
o tempo todo. Muitos também usam o couchsurfing, onde interessados em conhecer 
pessoas novas oferecem acomodação gratuita ou por um preço muito baixo: se você 
estiver viajando com um low budget, vale a pena pesquisar mais sobre o assunto. 
Mas lembre-se sempre de que nada adianta viajar se você não assumir a 
responsabilidade de falar inglês o tempo todo, então não caia na armadilha de querer 
estar sempre perto de pessoas que falam português para lhe ajudar a sobreviver em 
um país estrangeiro. 
Independentemente se você for fazer um intercâmbio ou não, tenha em mente que 
você precisa ter um contato com a língua e a imersão é o que vai lhe ajudar a atingir 
a fluênciamais rapidamente. 
 
 
 
 
 
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OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
CAPÍTULO 3 
Traduzir tudo para o português 
 
Quando começamos a aprender inglês é natural que busquemos fazer conexões com 
a língua que já dominamos, afinal estamos entrando em contato com estruturas 
gramaticais completamente novas, sem contar a quantidade massiva de vocabulário 
e expressões. Não há nada de errado com isso pois você realmente precisa de um 
ponto de partida e traduzir palavras e frases faz parte do processo de aprendizagem, 
pois você usa sua língua como alicerce para o novo idioma. Sou uma defensora da 
ideia de que no início o aluno faça aulas com alguém que entenda seu idioma, pois só 
alguém que domina ambas as línguas vai captar as dúvidas que o aluno brasileiro 
tem e porquê essas dúvidas ocorrem. Quando optei por estudar com professores 
gringos eu já tinha um conhecimento bem grande de inglês a ponto de conseguir 
expressar todas as minhas dúvidas, mas isso não acontecia no início da jornada, onde 
precisei de um professor que realmente compreendesse as minhas dificuldades, 
mesmo as que eu não verbalizava. 
 
 
 
 
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OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
Mas e aí, traduzir faz mal? Traduzir certas palavras e conceitos no início pode 
economizar tempo precioso de estudo, mas o problema é quando você não consegue 
se desvencilhar deste costume e o leva para a vida, quando precisa conversar com 
pessoas e não há tempo para pensar em português e traduzir para o inglês. E, pior 
ainda, muitas frases que soam perfeitamente normais em português ficam muito 
estranhas quando traduzidas literalmente para o inglês, principalmente quando sao 
gírias e expressões. Eu realmente sei que pensar em inglês não é fácil, pois aprendi a 
maior parte do meu vocabulário traduzindo músicas com encartes de CD quando eu 
não tinha acesso à internet. Mas afinal, como é possível parar de traduzir tudo? 
Apesar de não existirem fórmulas mágicas, vou compartilhar com você algo que para 
mim funcionou e muito: pare de perguntar o porquê das coisas. Que atire a primeira 
pedra quem nunca importunou um professor com um “mas, por que?”. É natural 
querermos saber a razão de as coisas serem como são, mas isso pouco ajuda quando 
estamos aprendendo uma nova língua. Já falei um pouco sobre a aquisição da 
linguagem em outro capítulo, mas vou aproveitar o tópico para ir mais a fundo nesse 
assunto. O conceituado linguista Stephen Krashen tem um estudo interessantíssimo 
sobre isso, onde ele fala sobre a diferença entre aprendizado e aquisição de um 
idioma, que é basicamente como uma criança adquire sua língua materna e como o 
autor acredita que nós, adultos, deveríamos fazer também. Segundo Stephen 
Krashen, nos adquirimos uma língua por meio de mensagens, daí a importância de 
nos expormos a material que seja relevante para nossa realidade e fazer interações 
significativas. Por exemplo, quando uma criança nos primeiros anos de vida conversa, 
não há uma preocupação muito grande com respeito ao uso correto da gramática 
mas sim se a mensagem está sendo passada ou não. É muito natural que, ao ouvir 
uma criança dizendo “ó gatinho ua” nós simplesmente digamos “é verdade, o gatinho 
está na rua” ao invés de tentar explicar para ela como é a construção correta da frase. 
A exposição frequente à vocabulário e orações corretas vai resultar em aquisição por 
parte da criança. 
Mas você deve estar se perguntando o que esse papo tem a ver com parar de traduzir 
as coisas. O fato é que podemos aprender muito com a forma que as crianças 
adquirem a linguagem. A primeira coisa a atentar é que a aquisição de uma língua 
não é um objetivo para a criança, mas sim uma consequência natural de um propósito 
maior que geralmente é expressar suas necessidades ou socializar. Outro ponto é que 
elas não são forçadas a aprender perfeitamente a gramática nos primeiros estágios 
da aprendizagem, mas adquirem a linguagem primeiro e depois aprendem as 
estruturas, ou seja, aprendem os elementos de uma língua na ordem correta. 
 
 
 
 
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Em nenhum momento a criança questiona o porquê das estruturas serem como são 
ou por que todas as regras parecem ter exceção. Como já falei, isso não ajuda em 
nada o processo de aprendizagem, já que a aquisição de uma língua é resultado de 
interação com o idioma, uma comunicação natural em que as pessoas estão mais 
preocupadas em passar uma mensagem do que montar frases gramaticalmente 
perfeitas. No meu curso eu obviamente ensino gramática, mas você vai perceber 
como ela sempre está inserida em uma situação de uso real, assim como as 
expressões e o vocabulário. Aprender assim vai lhe permitir pensar em inglês muito 
mais facilmente, já que você pode praticar essas frases no dia-a-dia, mesmo que seja 
falando sozinho ou pensando com seus botões. 
Sempre digo para meus alunos questionadores que não é pecado nenhum perguntar, 
mas apenas se a resposta for fazer diferença na vida deles. Perguntar por que em 
inglês só existe um verbo para designar o nosso “ser/estar” ou por que certas palavras 
e expressões não tem tradução para o português (e vice-versa) não leva a nada, já 
que afinal cada língua tem suas particularidades. Muitos alunos também gostam de 
questionar regras gramaticais em inglês como o uso do S em verbos no presente para 
a terceira pessoa do singular (he goeS/ she likeS) ou o fato de objetos em inglês não 
possuírem gênero masculino ou feminino. Acredito que isso ocorre devido ao fato da 
maioria das pessoas sempre compararem o inglês com sua língua materna e isso não 
é saudável, pois gera mais dúvidas do que respostas. É claro que no nosso caso a 
semelhança de vocabulário entre os dois idiomas é um aliado, mas não se esqueça 
que ainda assim estamos falando de duas línguas bem distintas. É mais proveitoso 
gastar seu tempo aprendendo vocabulário novo e como a língua é realmente utilizada 
na vida real do que levantar questionamentos sem resposta. Quando você memoriza 
a letra de uma música, por exemplo, não fica se questionando por que é assim e não 
assado, você simplesmente canta. A mesma coisa acontece com o tal do “pensar em 
inglês”: apenas procure lembrar de como as coisas são ditas e não por que. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 4 
Entender e não tentar falar 
 
Esse é um dos males que mais atingem a população. “Olha, eu até entendo, mas não 
falo inglês”. Se você tem esse “problema”, saiba que ele é normal e um passo muito 
importante para o aprendizado. Se você já consegue entender tudo o que escuta, quer 
dizer que é praticamente fluente, só está faltando exteriorizar esse conhecimento. Isso 
acontece porque quando você tem um contato muito frequente com a língua, mesmo 
que não em conversas, muita informação é armazenada no cérebro. É o que 
chamamos de aprendizado passivo. Quando lemos um texto ou assistimos um 
documentário sobre um fato histórico, por exemplo, conseguimos lembrar do conceito 
geral mas dificilmente memorizamos detalhes específicos como nomes e datas. 
Agora experimente colocar esses detalhes em um papel e transmitir a informação 
para outra pessoa: aí sim você aprende. 
 
 
 
 
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OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
Algo similar acontece com o aprendizado de línguas, é preciso comunicar os conceitos 
aprendidos para que seja efetivo. Aí está o erro da maioria das pessoas que 
aprendem inglês passivamente! Não adianta dominar um vocabulário magnífico se 
você não se comunicar com outras pessoas, seja de forma escrita ou falada. Algo que 
acontece muito com quem aprende inglês por meio de exposição a séries, filmes e 
quadrinhosé que, quando chega a hora de conversar com alguém, a língua trava e 
nenhuma palavra sai, apesar de serem fluentes no que diz respeito ao entendimento. 
Engraçado, não? Em teoria, se você entende um idioma é natural que você saiba falá-
lo, mas infelizmente não é bem assim que funciona. Ninguém pode dominar uma 
língua completamente por meio do aprendizado passivo onde não há nenhum 
compromisso em usar a língua ativamente. Mas não confunda esse conceito com a 
necessidade que citei anteriormente de fazermos uma imersão no idioma! Estar em 
contato com a língua o tempo todo é extremamente importante para que você se 
torne fluente, mas apenas esse contato não faz milagres, é preciso que saibamos 
externar esse conhecimento que está sendo adquirido pois caso contrário todo o 
esforço e horas gastas estudando serão em vão. Em outras palavras, o que você 
precisa fazer é falar. 
É claro que no início da sua jornada talvez você esteja focado em adquirir a maior 
quantidade de vocabulário e conhecimento gramatical possível, mas jamais 
menospreze a necessidade da comunicação para o aprendizado. Em todos os meus 
cursos, sejam eles presenciais ou online, o aluno é convidado a falar desde a primeira 
aula, para que, no futuro, o conhecimento da gramática correta não o deixe intimidado 
a conversar. Acredite em mim quando digo que entender a necessidade de se 
comunicar irá te ajudar a fazer os ajustes necessários na sua forma de estudar pois 
o seu foco será sempre colocar o que aprendeu em prática, até conseguir se 
comunicar sem muito esforço. Entenda que não estou lhe dizendo para abandonar 
todos os seus livros didáticos e todo o trabalho que você teve em criar um ambiente 
de imersão, mas sim que tudo isso deve ser combinado com a conversação. Muitas 
pessoas esperam estar “prontos” para começar a conversar em inglês, ou seja, 
esperam até terem um domínio grande de vocabulário e gramática porque pensam 
que assim vão ter uma comunicação mais efetiva. O problema é que, se você nunca 
falar, você nunca terá esse conhecimento de vocabulário e gramática. Consegue 
entender esse paradoxo? 
 
 
 
 
 
 
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Como eu falei lá no primeiro capítulo deste livro, não há porquê ter medo de falar, já 
que professores e grande parte dos falantes nativos entendem que o inglês não é sua 
língua materna e vão ajustando a conversa de forma que o vocabulário seja 
compreensível por você, assim como nós faríamos se conhecêssemos alguém que não 
falasse português bem. E mesmo que o seu diálogo aconteça com um parceiro que 
também esteja aprendendo inglês essa troca só gera vantagens. 
Da próxima vez que tiver a oportunidade de conversar com alguém em inglês, fale! 
Mesmo que gagueje no começo, quanto mais você se envolver nessas situações mais 
fácil ficará e seu reservatório de palavras só tende a crescer, sem contar que a 
exposição frequente a padrões de sentenças vão acelerar o processo de fluência. 
 
 
 
 
 
 
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OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
CAPÍTULO 5 
Não ter tempo para estudar 
 
Amigo, esse é um problema que eu tenho certeza que está em suas mãos resolver. 
Uma vez ouvi um TED talk interessantíssimo sobre administração do tempo que, 
quando dizemos que não temos tempo para algo, é porque esse algo não é uma 
prioridade. A verdade é que nós adoramos dizer que “está uma correria” como se 
isso significasse que estamos sendo produtivos. Mas a realidade é bem diferente 
disso. 
O segredo é identificar quais são as coisas mais importantes e imediatas na sua vida 
e eliminar as que não são tão importantes para que você possa liberar algumas 
horinhas extras no seu dia para o aprendizado do inglês. Horinhas extras que vão te 
ajudar a atingir seus objetivos de uma forma mais sistemática e consistente. Como? 
 
 
 
 
 
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Faça uma lista de todas as tarefas que você precisa cumprir em uma semana, 
incluindo trabalhos domésticos e momentos de lazer e anote quanto tempo gasta com 
cada uma dessas atividades. Coloque uma estrela nas coisas que você considera que 
trazem os maiores benefícios para sua vida e risque o que pode ser eliminado, mesmo 
que por apenas um período determinado. Dessas atividades que você colocou como 
prioridade, de que forma elas podem ser realizadas utilizando menos tempo? Após 
essa reflexão eu tenho certeza que você encontrou algumas horas ou minutos 
perdidos dentro da sua agenda, não é mesmo? Agora, nada de preencher esse tempo 
com atividades improdutivas. Procrastinar é inerente ao ser humano, e nós fazemos 
isso em todos os aspectos da vida, mas agora é hora de ter foco e fazer um 
cronograma de estudos, ou seja, é hora de priorizar o inglês. 
Não espere um horário conveniente para estudar, porque essa hora nunca vai chegar 
e o mais provável é que encontremos outras distrações pelo caminho. Antes, encontre 
o momento em que você é mais focado e produtivo. Muitos consideram a manhã como 
o melhor período do dia para estudar, já que você não terá como “deixar para depois” 
e as chances de algo mais urgente aparecer são mínimas, como um relatório de última 
hora no trabalho ou seu chefe pedindo para trabalhar até mais tarde. E uma boa 
opção é estudar antes de ir dormir também, pois algumas pesquisas mostram que 
quando você dorme depois de uma sessão de estudos a probabilidade de lembrar da 
informação é muito maior, já que nosso cérebro tem a oportunidade de consolidar as 
memórias enquanto descansa. E no dia seguinte você pode revisar o que aprendeu a 
noite, mandando todas essas informações para sua caixinha de memórias a longo 
prazo. Começar e terminar o dia estudando reforça a ideia de que o aprendizado do 
inglês é uma prioridade e cria um hábito que vai lhe ajudar a manter o foco no decorrer 
do dia. 
Uma das formas que eu utilizo (não só para o aprendizado de outra língua mas em 
outros aspectos da minha vida) é fazer um cronograma de tarefas que tenho que 
terminar todas as semanas. Coloque no calendário como um compromisso real que 
você não pode perder ou remanejar e de preferência coloque um alarme para lembrá-
lo. Use esse momento para aprender vocabulário novo e revisar coisas que já 
aprendeu antes, bem como para fazer exercícios escritos e de leitura, que exigem que 
você esteja na sua mesa com o foco inteiramente nisso. 
Aproveite também para estudar em momentos tidos como perda de tempo, mesmo 
que sejam poucos minutos como em filas de banco ou no trânsito de casa para o 
trabalho. 
 
 
 
 
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OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
Já dizia minha avó: de grão em grão a galinha enche o papo. E, sinceramente, nos 
dias de hoje não há desculpas para ficar ocioso! Existe uma variedade enorme de 
materiais que podem ser consumidos sem a necessidade de estarmos sentados com 
um livro em mãos, como podcasts e audiolivros que você pode escutar mesmo quando 
estiver na academia ou dirigindo. Se estiver esperando em uma fila, aproveite para 
revisar o vocabulário aprendido usando flashcards, que podem ser de papel mesmo 
ou em formato de aplicativo. O que eu uso no meu curso se chama vocapp, onde você 
pode incluir sua própria lista de palavras e ele dá a tradução automática para sua 
língua, o que economiza um tempão. Consiga também uns 20 minutinhos durante seu 
horário de almoço para dar uma revisada no que estudou de manhã e, se tiver 
oportunidade de conversar com alguém em inglês durante esse período, melhor 
ainda. Esses minutos de prática por dia ajudam a sedimentar o conteúdo que você 
aprendeu por meio de atividades passivas de escuta e leitura e é o momento onde é 
possível identificar furos no seu vocabulário e uso da gramática. 
Manter-se focado durante o processo de aprendizagem de um novo idioma é 
extremamente desafiadore demanda muita força de vontade, mas isso vai se 
tornando mais fácil à medida que se torna um hábito e não mais uma tarefa que 
precisa ser planejada — é claro que isso leva tempo e é necessário perseverança. 
Você já ouviu falar sobre o ciclo do hábito? Ele consiste de três partes: o gatilho, a 
ação e a recompensa. Por exemplo, imagine que todos os dias durante o intervalo do 
trabalho ou das aulas você come um chocolate e até deixa alguns dentro da gaveta 
para facilitar o processo.Como isso está lhe fazendo mal ou suas roupas estão 
começando a apertar você decide que não vai mais comer tanto chocolate e até deixa 
um post-it com os dizeres “chega de doce por hoje” na sua mesa. Mas todos nós 
sabemos que isso não adianta nada, você ignora o recado e, apesar de ter tentado 
com todas as suas forças, vai lá e come mais um chocolatinho pois afinal você merece 
depois de tanto trabalho ou estudo. Neste curto caso que tenho certeza que não 
acontece com nenhum dos meus leitores, nós podemos identificar uma ação (pegar o 
chocolate e comê-lo) e uma recompensa (a breve sensação de bem-estar após comer 
o doce). Mas será que você conseguiu identificar qual foi o gatilho? Pode ser o stress 
de trabalhar ou estudar muitas horas sem intervalo, tédio ou até fome. Essas são as 
razões que podem ter levado a essa vontade desesperada de consumir açúcar. Isso 
poderia ser resolvido trocando o tipo de lanche à sua disposição, criando intervalos 
mais frequentes entre tarefas para evitar a fadiga ou tornar essas tarefas mais 
envolventes. 
 
 
 
 
 
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OS 5 ERROS MAIS COMUNS DOS BRASILEIROS AO FALAR INGLÊS 
Ou pode ser que o problema esteja na ação mesmo, quer dizer, na facilidade com que 
você encontra o chocolate. Esse caso problema poderia ter sido solucionado apenas 
trocando-os de lugar ou simplesmente não comprando mais. Uma vez que 
conseguimos identificar o ciclo completamente podemos criar métodos para quebrar 
um hábito ruim, mas para isso são necessárias também experimentos para que nós 
reconheçamos onde a mudança deve acontecer 
Essa reprogramação dos hábitos podem nos ajudar e muito quando o assunto é 
estudar inglês. O primeiro passo, como você já viu no caso dos chocolates, é identificar 
sua rotina e como isso está afetando seus estudos. O problema é falta de estímulo 
para terminar aquela videoaula ou fazer os exercícios que você sabe que precisa? 
Experimente fazer uso de recompensas: coloque na cabeça que você só pode assistir 
o último episódio do seu seriado favorito ou usar as redes sociais se terminar tudo o 
que tem para fazer. Parece bobeira, mas é assim que nosso cérebro funciona: sempre 
nos cobrando algo em troca do trabalhão que ele tem para se manter focado. E se o 
problema for que você não consegue se concentrar? Bem, pode ser que você esteja 
estudando em um lugar que oferece muitas distrações como pessoas à sua volta 
tentando conversar, televisão ligada ou música alta, que vão fazer com que sua 
atenção seja facilmente direcionada para onde não deve. Para sessões de estudo em 
que você precisa se concentrar seriamente, como exercícios escritos e aprendizado 
de gramática, procure um lugar quieto na sua casa, em uma biblioteca ou até em uma 
cafeteria. É importante que o local escolhido seja confortável e do seu agrado, pois é 
ali que você vai estabelecer o seu santuário de estudos. Não se esqueça também que 
essa não é a hora de checar se você ainda é o primeiro do ranking do seu jogo favorito 
ou a foto da refeição que aquele influencer postou no instagram. É compreensível que 
você não queira desligar o telefone, já que ele pode ser um aliado na hora de estudar. 
Mas então certifique-se de que há uma forma de você evitar ver as mil notificações 
de mensagens de texto e do Twitter para não cair na tentação de pegar o celular a 
cada milésimo de segundo. Em situações assim, eu uso um app chamado off time, 
que me permite escolher quais aplicativos eu quero ser “proibida” de acessar durante 
um certo período de tempo, o que me ajuda muito a manter o foco quando preciso. É 
importante também ter um alarme para te lembrar que é hora de estudar. Uma outra 
estratégia que ajuda muito a diminuir as desculpas que damos para não estudar é 
substituir coisas que nos distraem por coisas que provocam a vontade ou 
necessidade de usar o inglês. 
 
 
 
 
 
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Por exemplo, deixe os aplicativos relacionados ao idioma na primeira página do seu 
celular ou deixe flashcards em lugares estratégicos da casa. Melhor ainda é usar a 
técnica que eu já falei aqui antes, que é trocar tudo o que você consome em português 
(livros, revistas, programas de tv e filmes) para o idioma inglês. 
Não deixe que a preguiça e a falta de foco lhe distanciem do seu objetivo, afinal você 
já deu um grande passo que foi iniciar seus estudos. Estabelecer pequenas metas é 
melhor do que querer ir com muita sede ao pote, então procure fazer uma lista de 
objetivos que você deseja atingir em uma semana ou um mês, jamais coloque “ser 
fluente” como alvo (mesmo que essa seja realmente finalidade) porque isso é muito 
subjetivo. Inclua pontos mais específicos como: aprender 20 palavras na semana, 
escrever um diário em inglês ou tentar assistir a um filme inteiro sem legendas. Você 
verá como em pouco tempo a tal da fluência vai começar a dar as caras e todo o 
tempo que você investiu terá valido a pena. 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
Após ler todas essas considerações sobre como evitar falhas ao aprender inglês, acho 
que você conseguiu perceber uma coisa: não existe uma receita para ser fluente sem 
esforço e dedicação e ainda uma boa dose de autoconfiança. Ao invés de se 
preocupar em quando você vai chegar lá, aproveite as experiências no caminho e 
aprenda com elas. Apesar de eu ter lhe ensinado aqui as cinco coisas mais 
importantes para evitar tropeços nesse caminho, isso não quer dizer que você não vai 
encontrar dificuldades. E sabe de uma coisa? Isso é ótimo, pois assim você constrói a 
sua própria bagagem de histórias e quem sabe, poderá compartilhá-las com outros 
também. 
Have a nice journey! 
 
 
 
 
 
 
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	Contents
	SOBRE A AUTORA
	CAPÍTULO 1 Pedir desculpas pelos erros e sotaque
	CAPÍTULO 2 Achar que precisa fazer intercâmbio para ser fluente
	CAPÍTULO 3 Traduzir tudo para o português
	CAPÍTULO 4 Entender e não tentar falar
	CAPÍTULO 5 Não ter tempo para estudar
	CONCLUSÃO

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