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TCC DE LETRAS

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UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA-UNIP 
Curso: Letras Português e Inglês 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sociolinguística: 
O Preconceito Linguístico e as Variedades Linguísticas no ensino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Danielly Leite De Melo / 0516577 
 
 
ITAPORANGA- PB 
2022 
 
Danielly Leite De Melo 
 
 
 
 
 
Sociolinguística: 
O Preconceito Linguístico e as Variedades Linguísticas no ensino. 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Monográfico – Curso de Graduação – Licenciatura em Letras 
Língua Portuguesa e Língua Inglesa, apresentado à comissão julgadora 
da UNIP– Alphaville, sob a orientação da professora Deborah Gomes De 
Paula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAPORANGA- PB 
2022 
 
 
Banca Examinadora 
 
 
 
 
 
 
___________________________________________ 
 
___________________________________________ 
 
___________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAPORANGA-PB 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho ao meu pai e à minha mãe que desde sempre me 
incentivou a estudar e não poupou esforços para me acompanhar nesta 
jornada acadêmica. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a deus por ter me dado forças para enfrentar todas as 
dificuldades durante a graduação mesmo em tantas lutas e a Virgem Maria pela sua 
poderosa intercessão ajudando a vencer todos os conflitos diários. 
Agradeço à minha família, que desde o princípio me deu apoio incondicional, em 
especial aos meus pais, Vera e Titico, que em cada momento me incentivaram e 
acreditaram no meu potencial, sendo minha base para o meu sucesso, que nunca 
mediram esforços para lutar pela minha formação, por todo o incentivo e ajuda, por 
todos os conselhos e por sempre mostrar que o estudo é a base de tudo, eles foram 
a minha força ao longo do caminho, e meu modelo a ser seguido. 
Ao meu noivo João Paulo que sempre esteve ao meu lado nessa caminhada, mim 
dando todo apoio para a realização do meu sonho, com quem partilhei das alegrias e 
dificuldades encontradas e que sempre estava me ajudando com palavras e 
incentivos. 
Aos meus familiares, Dyanna, Dienny, Jane e meus irmão que durante este processo 
teve paciência e sabedoria para me ajudar da melhor forma possível, sempre me 
motivando a cada instante. 
As minhas amigas Laís bezerra e Talicia Pereira que estiveram ao meu lado ao longo 
do curso, que passaram por todas as situações e momentos difíceis comigo, vocês 
tornaram tudo mais leve, pois eu sabia que poderia sempre contar com vocês. 
Quero agradecer também à minha professora orientadora, Deborah Gomes De Paula 
pelos ensinamentos que me permitiu estar concluindo esta graduação. 
Enfim a todos aqueles que de alguma forma me ajudaram a acreditar em mim, quero 
deixar um eterno agradecimento, pois sem eles isto não seria possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho de pesquisa trata de um tema de grande importância que é 
Sociolinguística: O Preconceito Linguístico e as Variedades Linguísticas no ensino, 
como objetivo de verificar a interferência do preconceito linguístico na aprendizagem, 
esclarecendo o real papel de poder da disciplina de Português onde busca concentra 
no ensino do tradicionalismo, fator que centraliza a gramática normativa como a única 
forma correta, ignorando assim outras variantes linguísticas, o que levará a um viés 
linguístico em relação a outra Variedade, classificada como falsa de acordo com a 
especificação padrão, pelo fato de ser um instrumento alfabetizador que desenvolve 
durante o ensino acadêmico. A partir deste fato, surgiu a pergunta que deu norte a 
esta pesquisa: Como os pressupostos teóricos da sociolinguística contribuem para o 
trabalho de ensino da língua materna de alunos do ensino médio? Para chegar a essa 
resposta, utilizou-se por meio de pesquisa bibliográfica, onde a metodologia 
empregada neste trabalho segue o método de abordagem dedutiva, utilizando as 
referências bibliográficas nos estudos de alguns teóricos como: Ferdinand Saussure 
e Noam Chomsky (1960), Azevedo e Damasceno (2017), Bakhtin (2007), etc.; Bagno 
(2007) e outros autores que se basearão no estudo. A obra será organizada por 
capítulos, cada um dos quais abordará um tema diferente, pois contribuem muito para 
o objetivo principal do trabalho, comprovando que o viés de linguagem interfere no 
desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. 
Palavras-chave: sociolinguística, variedade linguística, preconceito linguístico, 
ensino acadêmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The present research work deals with a topic of great importance that is 
Sociolinguistics: Linguistic Prejudice and Linguistic Varieties in teaching, with the 
objective of verifying the interference of linguistic prejudice in learning, clarifying the 
real power role of the Portuguese discipline where it seeks to focuses on the teaching 
of traditionalism, a factor that centralizes normative grammar as the only correct form, 
thus ignoring other linguistic variants, which will lead to a linguistic bias in relation to 
another Variety, classified as false according to the standard specification, due to the 
fact that be a literacy tool that develops during academic teaching. From this fact, the 
question that guided this research arose: How do the theoretical assumptions of 
sociolinguistics contribute to the work of teaching the mother tongue of high school 
students? To arrive at this answer, it was used through bibliographical research, where 
the methodology used in this work follows the method of deductive approach, using 
the bibliographical references in the studies of some theorists such as: Ferdinand 
Saussure and Noam Chomsky (1960), Azevedo and Damasceno (2017), Bakhtin 
(2007), etc.; Bath (2007) and other authors who will be based on the study. The work 
will be organized by chapters, each of which will address a different theme, as they 
contribute a lot to the main objective of the work, proving that language bias interferes 
with the development and learning of students. 
Keywords: sociolinguistics, linguistic variety, linguistic prejudice, academic teaching. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Resumo..........................................................................................................6 
Introdução .....................................................................................................9 
Capítulo I: Sociolinguística: norma padrão e variação linguística 
1.1 Sociolinguística......................................................................................11 
1.2 Norma padrão.........................................................................................13 
1.3 Variação linguística................................................................................15 
1.4 Problematização.....................................................................................17 
Capítulo II: Base Teórica 
2.1 Preconceito linguístico........................................... ...............................17 
2.2 Língua materna: Principais pressupostos teóricos............................24 
CAPÍTULO III- Análise e discussão.............................................................27 
4. Metodologia...............................................................................................32 
5. Considerações finais................................................................................34 
6. Referências Bibliográficas.......................................................................35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A linguagem é dinâmica e tem muitas mudanças. Esse fato vem de toda língua 
que chamamos de variação linguística, que é limitada pelo contexto histórico, 
geográfico e sociocultural do falante.A formação social da população brasileira é 
composta por diferentes contribuições socioculturais como: cor da pele, status social, 
forma de falar e se expressar ou expressar sua própria cultura, que podem variar de 
acordo com a região de origem de cada indivíduo, onde os diferentes tipos surgem 
preconceito. 
Como essas mudanças são para comunicação, nunca devemos considerá-las 
erradas. Ao apontar que essas mudanças estão erradas, cometemos o que 
chamamos de "viés de linguagem". Como todos os preconceitos, o ato maquiavélico 
é defender uma determinada posição que se impõe porque é mais adequada e às 
vezes mais "bonita", e infelizmente esse ato errado existe no Brasil. Por exemplo, a 
retórica depreciativa sobre o discurso dos moradores da zona rural é uma espécie de 
convecção, que não apenas não promove o processo de educação democrática, mas 
dificulta nosso enriquecimento do patrimônio cultural. 
Desta forma, ao contrário do Português Padrão, o Português Não Padrão é 
característico de falantes marginalizados, economicamente desfavorecidos, “errados” 
por falarem uma língua diferente da norma padrão tão prestigiada, criando assim 
vários mitos cotidianos. Principalmente preconceito linguístico. Os linguistas 
concordam que as normas padrão, uma vez estabelecidas, adquirem tanta 
importância e tanto prestígio social que todas as outras variantes são consideradas 
"inadequadas", "insuficientes", feias", "erradas", "falhas”., "pobres"... Norma padrão, 
norma oficial, usada na literatura, mídia, leis e decretos governamentais, ensinada nas 
escolas e na interpretação gramatical, é o status socioeconômico. 
A pesquisa está dividida em 3 abordagens principais de acordo com a 
classificação de seus objetivos: exploratória, descritiva e explicativa. O tipo mais 
próximo do trabalho é a pesquisa exploratória. A principal característica da pesquisa 
descritiva é a pesquisa baseada em livros, escritos acadêmicos, artigos, etc. A obra 
será organizada por capítulos, cada um dos quais abordará um tema diferente, mas 
dentro da temática Sociolinguística: O Preconceito Linguístico e as Variedades 
Linguísticas no ensino, sempre utilizar a obra de autores como Ferdinand Saussure e 
Noam Chomsky (1960), Azevedo e Damasceno (2017), Bakhtin (2007), etc.; Bagno 
(2007) e outros autores que se basearão no estudo. 
Este trabalho tem como finalidade a realização de um estudo com o objetivo de 
propor uma discussão teórica em torno da sociolinguística e analisar sua presença no 
contexto educacional, dessa forma, os temas escolhidos para o estudo têm papel 
fundamental, como ferramenta essencial no ensino e aprendizagem. Seus objetivos 
específicos são propor definições de normas normativas, variação linguística e 
preconceito linguístico, estudar a relação entre viés linguístico e aprendizagem do 
aluno. 
Conforme mencionado na seção anterior, não é mais possível projete o trabalho 
em sua língua nativa na sala de aula sem pensar considerado por uma série de 
estudos sociolinguísticos foram estabelecidos até o momento. Os professores de 
português refletem a urgência sobre esta questão, vamos incontáveis ilimitados 
implicar uma distorção do processo, o resultado global Ignorância, porque não dizer, 
os profissionais da educação estão mal preparados faça negócios neste campo. 
Dado o que é revelado na introdução, este trabalho garante uma melhor 
compreensão dos pressupostos teóricos da sociolinguística, e colocaremos em 
primeiro lugar os estudos da linguagem do século XX em um sentido geral. 
Comecemos pelo linguista suíço Ferdinand Saussure e pelo linguista americano 
Noam Chomsky. 
Para Saussure, a linguística tem por único e verdadeiro objeto a língua 
considerada em si mesma e por si mesma. Saussure postula algumas dicotomias e 
vai isolando o que, segundo ele, seria de interesse da ciência linguística. 
Essas dicotomias, as que são mais importantes langue e parole, sincronia e 
diacronia, é a perspectiva sincrônica, segundo Saussure, que permite o estudo 
científico da língua. 
Nas escolas de hoje, alunos e professores têm um forte viés linguístico contra 
aqueles que falam línguas diferentes da língua padrão. Esse preconceito leva à 
discriminação, cria problemas nas interações entre alunos e entre professores e 
alunos e torna a sala de aula um local de exclusão social. 
No entanto, nos Estados Unidos, a visão formal da língua ganha destaque, a 
partir da década de 1960, com Noam Chomsky e a corrente denominada gerativismo, 
segundo a qual a língua (i) é concebida como um sistema de princípios universais; (ii) 
é vista como o conhecimento mental que um falante tem de sua língua a partir do 
estado inicial da faculdade da linguagem, ou seja, a competência. O que interessa ao 
gerativista é o sistema abstrato de regras de formação de sentenças gramaticais. 
Como vimos, pelo menos até a década de 1960, as duas abordagens teóricas 
mais proeminentes em linguística foram o estruturalismo e o gerativismo. De fato, a 
concepção estruturalista de linguagem de Ferdinand de Saussure elevou amplamente 
a linguística ao status de um campo científico inteiro, com objetos e métodos bem 
definidos. Chomsky refinou ainda mais os objetivos dessa ciência, propondo que a 
habilidade da linguagem é um componente universal e inato da espécie humana, cujas 
regras podem ser descritas analisando a estrutura gramatical (aceitável) de diferentes 
idiomas. 
Destaca-se, portanto, a importância da realização deste estudo, que 
apresentará e validará a interferência do viés de linguagem na aprendizagem dos 
alunos e validará as respostas eliciadas por esse fator. O estudo foi realizado com 
alunos do ensino médio. 
O conteúdo deste trabalho deve interessar aos estudantes de literatura e aos 
envolvidos na área de ensino de língua portuguesa que já atuam em ambiente escolar. 
No Capítulo 1, vamos explorar a variação linguística como um processo 
linguístico e destacar e comentar os mais diversos tipos de variação. 
No Capítulo 2 focaliza a fundamentação teórica do viés preconceito linguístico 
e as condições para seu surgimento e desenvolvimento. 
No Capítulo 3, que também faz parte do desenvolvimento do trabalho, serão 
descritos os métodos e meios utilizados para conduzir o estudo. 
 
CAPÍTULO I – Sociolinguística: Norma padrão e variação linguística 
 
1.1 Sociolinguística 
 
Em contextos escolares e acadêmicos ouve-se falar sobre o termo a 
sociolinguística, onde é um campo que estuda o uso real da linguagem, levando em 
conta as relações entre as línguas Aspectos sociais e culturais da estrutura e produção 
da linguagem linguística. Para essa corrente, a linguagem é uma instituição social e, 
Como tal, não pode ser estudada como uma estrutura independente, independente 
do contexto, cultura e história das pessoas que a utilizam como meio de comunicação. 
De acordo com Alkmin (2003) a ligação entre linguagem e sociedade é inquestionável 
e a base da constituição do ser humano. Não deveria, então, esta relação estar 
ausente das reflexões sobre o fenômeno linguístico. No entanto, como você deve 
lembrar, baseado nos estudos feitos anteriormente em Linguística, nem sempre a 
questão da natureza social da linguagem foi levada em conta. 
A seguir, serão apresentadas algumas definições concebidas por alguns 
autores relacionados a esse assunto. 
O termo sociolinguístico foi cunhado por William Labo em 1964. Desenvolveu 
um modelo para descrever e explicar fenômenos linguísticos no contexto social de 
comunidades urbanas - conhecido como Sociolinguística da Variação ou Teoria da 
Variação. Em outras palavras, a sociolinguística se concentra na linguagem falada. 
Em um ambiente socialmente construído. Esses contextos estão relacionados outro 
conceito importante na área, o conceito de comunidade de voz ou linguística. 
Antes de a sociolinguística se estabelecer como área de estudo da linguística, 
já havia pesquisadorespreocupados com a questão da diversidade linguística. Um 
destes autores foi Antoine Emile (1866-1936). Emile estudou a mudança linguística 
na França a partir da relação entre a estrutura social e as relações nas quais a 
linguagem se desenvolve, afirmando assim a forte ligação entre língua, cultura e 
sociedade. 
Para Wright um sistema linguístico monolítico realizado sem variações ou com 
variações fortuitas e imotivadas, é incapaz de explicar toda uma gama de associações 
da estrutura social. 
A sociolinguística é uma área que estuda a língua em seu uso real, levando 
em consideração as relações entre a estrutura linguística e os aspectos 
sociais e culturais da produção linguística. Para esta corrente, a língua é uma 
instituição social e, portanto, não pode ser estudada como uma estrutura 
autônoma, independente do contexto situacional, da cultura e da história das 
pessoas que a utilizam como meio de comunicação. (CEZARIO; VOTRE, 
2009, p. 141). 
 
Ottoni– Ricardo (2004), em sua obra Educação em língua materna- a 
sociolinguística em sala de aula, faz uma observação relacionada aos tão empregados 
erros de português: “erros de português são simplesmente diferenças entre 
variedades da língua”, logo, as diferenças linguísticas existentes são vistas como um 
“erro”. 
Para contextualizar o que vamos dizer sobre Sociolinguística e ensino, 
reportemo-nos inicialmente aos PCN de Língua Portuguesa: 
 
A língua portuguesa, no Brasil, possui muitas variedades dialetais. 
Identificam-se geográfica e socialmente as pessoas pela forma como falam. 
Mas há muitos preconceitos decorrentes do valor social relativo que é 
atribuído aos diferentes modos de falar: é muito comum se considerarem as 
variedades linguísticas de menor prestígio como inferiores ou erradas. 
(BRASIL, 1997, p. 26). 
 
Quando nos referimos aos PCN, percebemos o quanto o documento é 
permeado por pressupostos sociolinguísticos. Podemos pensar sobre algumas das 
contribuições desta disciplina para o ensino de português, divida-as em três partes: 
uma em nível conceitual mais amplo e outra sobre a heterogeneidade da língua 
português e o terceiro menciona a prática docente-pesquisadora. 
 
1.2 Norma padrão 
 
Conforme Castilho (1988, apud TRAVAGLIA, 1996, p.63), “a norma culta (culta, 
da classe de prestígio) constitui o português correto; tudo o que foge à norma 
representa um erro. ” Há outros que expressam o mesmo ponto sobre esta definição, 
por exemplo Britto (1997, apud BAGNO, 2001, p.10), cujo afirma que “ resulta da 
prática social, correspondendo à fala dos segmentos socialmente favorecidos. ” 
Critérios sociais, a norma certa escolhida com base no discurso da elite, é enfatizada, 
e tudo o que escapa a essa exclusividade é considerado errado. 
Seguindo Faraco (2002), o termo norma culta será utilizado para designar os 
fatos linguísticos do grupo social que mais diretamente lidam com a cultura escrita e 
com situações formais tanto de fala como de escrita. Faraco observa, contudo, que 
 
[...] há na designação norma culta um emaranhado de pressupostos nem 
sempre claramente discerníveis. O qualificativo ‘culto’, por exemplo, tomado 
em sentido absoluto pode sugerir que esta norma se opõe a normas ‘incultas’, 
que seriam faladas por grupos desprovidos de cultura. […]. Contudo, não há 
grupo humano sem cultura, como bem demonstram os estudos 
antropológicos. Por isso, é preciso trabalhar criticamente o sentido do 
qualificativo culta, apontando seu efetivo limite: ele diz respeito, 
especificamente, a uma certa dimensão da cultura, isto é, a cultura escrita. 
(FARACO, 2002, p. 39-40). 
 
Nas palavras de Bagno: 
 
[...] a norma-padrão não faz parte da língua, não corresponde a nenhum uso 
real da língua, constituindo-se muito mais como um modelo, uma entidade 
abstrata, um discurso sobre a língua, uma ideologia linguística, que exerce 
evidentemente um grande poder simbólico sobre o imaginário dos falantes 
em geral, mas principalmente sobre os falantes urbanos mais escolarizados. 
(BAGNO, 2007, p. 106). 
 
Maciel relatou que Lima (2000, p.7) nos traz outra definição, mas que se baseia 
em questões sociais, adota uma visão alternativa, e se volta mais para as normas -
padrão criadas por escritores dedicados: “Fundamentam-se as regras da gramática 
normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja linguagem as classes ilustradas 
põem o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso idiomático 
estabilizou e consagrou. ” 
Seguindo o mesmo ponto de vista de Maciel, tem-se também Bechara (1989, 
p. 52) que apresenta o seguinte: “a gramática normativa recomenda como se deve 
falar e escrever segundo o uso e a autoridade dos escritores corretos e dos gramáticos 
e dicionaristas esclarecidos” 
Ambas as afirmações se baseiam na ideia de normas padrão como espelhos 
para os escritores clássicos, aqueles que melhor sabem expressar a linguagem, usá-
la corretamente e se aproximar dos ideais propostos pela gramática. 
Uma das confusões que permeia o estudo da gramática é a noção de norma, 
que pode especificar tanto o que é corrente, usual, corriqueiro na língua, quanto o que 
é regra, regulação, como vemos nas palavras de Faraco (2008): 
 
No funcionamento monitorado da língua, porém, a palavra norma é usada 
com o sentido de preceito, isto é, designa aquilo que tem caráter normativo, 
que serve, no interior de um projeto político uniformizador, para regular 
explicitamente os comportamentos dos falantes em determinadas situações. 
(FARACO, 2008, p. 74). 
 
No mesmo sentido, Lucchesi aponta essa contradição ao usar o termo norma, 
limitando-o ao linguístico, literário, cultural, popular, objetivo, como mostram os 
trechos a seguir: 
 
Em seu sentido mais básico, a expressão “norma linguística” remete a uma 
forma de um grupo usar a língua dentro de uma comunidade linguística. 
Nesse sentido, a norma culta designa como as pessoas consideradas “cultas” 
usam a língua, a norma literária traduz o uso linguístico dos poetas e 
escritores, assim como a norma popular remete ao uso da língua pelas 
pessoas do povo, fora do universo do letramento e do saber formal. Na 
tradição gramatical, o termo “norma” adquiriu o sentido prescritivo de regra a 
ser seguida, baseada em uma forma codificada de língua que é imposta à 
coletividade. Em sentido contrário, a Linguística moderna propugnou por uma 
norma objetiva, que poderia ser depreendida pela descrição do uso concreto 
da língua. Porém, tanto a tradição normativa quanto os linguistas 
estruturalistas enredaram-se na tensão entre uso e prescrição. (LUCCHESI, 
2015, p. 46). 
 
 
Em relação às variantes padrão, existem outras variantes linguísticas, dentre 
as quais podemos citar variantes regionais como gaúcho, baiano, paulista, carioca, 
igreja, sotaque mineiro etc. Na próxima seção, a variação linguística, como ela ocorre 
e suas características são discutidas com mais profundidade. 
 
1.3 Variação linguística 
 
A variação lingüística refere-se a mudanças de linguagem comuns no tempo, 
geografia, uso e características do falante. As línguas utilizam grupos sociais 
específicos, caracterizados por variantes próprias, que compõem a língua. Então, é 
pura ilusão dizer que o esquema da língua é consistente, porque as línguas são 
heterogêneas. 
Para Tarallo (1993, p. 8), variantes linguísticas é “[...] diversas maneiras de se 
dizer a mesma coisa em um mesmo contexto, e com o mesmo valor de verdade. A 
um conjunto de variantes dá-se o nome de ‘variável linguística’”. 
O termo variação linguística tem sido usado com frequência desde a década 
de 1960, década em que a sociolinguística variacionista surgiu nos Estados Unidos 
após Labov. A corrente sociolinguística busca estudar as mudanças e mudanças que 
existem na linguagem que podem variar no tempo, no espaço, e ainda com base no 
contexto social em que os indivíduos se encontram (BAGNO, 2004, p. 43).). SegundoMolina et al. (2003, p.9,10): 
 
A sociolinguística é uma das subáreas da linguística e estuda a língua em 
uso no seio das comunidades de fala, voltando a atenção para um tipo de 
investigação que correlaciona aspectos linguísticos e sociais. [...] A 
Sociolinguística considera em especial como objeto de estudo exatamente a 
variação [...] 
 
Calve (2002) afirmou que a maioria dos estudos de variantes se concentrou 
nos sons da fala porque as variantes nesse nível são mais óbvias e fáceis de 
descrever. Afinal, um fonema é a menor unidade única e não tem significado. 
 Quanto aos tipos de variação linguística, Molina (2003, p.11) propõe a seguinte 
classificação: 
 
No conjunto de variáveis externas à língua, reúnem-se os fatores inerentes 
ao indivíduo (como etnia e sexo), os propriamente sociais (como 
escolarização, nível de renda, profissão e classe social) e os contextuais 
(como grau de formalidade e tensão discursiva. 
 
Banho (2006, p.15) desmascara alguns dos mitos sobre nossa língua, que são 
relevantes para este tópico, destaca-se o mito nº1, “a língua portuguesa falada no 
Brasil apresenta uma unidade surpreendente”. Em que desenvolve uma observação 
crítica: 
 
Esse mito é muito prejudicial à educação porque, ao não reconhecer a 
verdadeira diversidade do português falado no Brasil, a escola tenta impor 
sua norma linguística como se ela fosse, de fato, a língua comum a todos os 
160 milhões de brasileiros, independentemente de sua idade, de sua origem 
geográfica, de sua situação socioeconômica, de seu grau de escolarização 
etc. 
 
Por se falar em variação linguística, o que quer dizer o termo variação? 
Figueiredo (1945, p.2178) nos apresenta uma definição bastante esclarecedora a 
esse respeito e ainda a respeito do vocábulo variante, dois termos que possuem uma 
correlação entre si 
Falando em variação linguística, o que significa a palavra variação? 
Figueiredo (1945, p.2178) nos dá uma definição bastante esclarecedora a esse 
respeito e em relação a dois termos correlatos da palavra variedade: 
 
Variação - 1.ato ou efeito de variar. 2. Modificação, variante. 3. Mudança. 4. 
Inconstância ou variedade de princípios, de sistema etc. Variante – [...] 2. 
Cada uma das formas diferentes por que um vocábulo pode apresentar-se. 
3. Variação. 4. Diferença, diversidade, modificação. 
 
Ou seja, trazer variação ao domínio da língua, é a existência de mais de uma 
“língua” dentro de um único sistema linguístico, neste caso, o português. Representa 
a diversidade, mas também as diferenças entre palavras individuais. Segundo calve 
(2002, p.89) variação linguística é “a coexistência de formas diferentes de um mesmo 
significado”. 
Dessa forma, um estudo amplo e prático da língua é dado a esse ensino, 
atentando para todas as conexões linguísticas que compõem o sistema linguístico 
brasileiro. 
Além disso, a redução da incidência de práticas discriminatórias e 
preconceituosas que fogem das normas normativas contra outras raças reflete as 
realidades linguísticas do Brasil e reduz a frequência de práticas preconceituosas 
lingüísticas, que veremos com mais detalhes em capítulos posteriores. 
 
 
1.4 Problematização 
Como já mencionado anteriormente, é notória e já muito discutida entre 
estudiosos no ramo da Sociolinguística (Noam Chomsky; Bagno; Bakhtin; Saussure; 
Labov; entre outros), a forma como alguns professores de português se comportam 
na sala de aula quando confrontados com o problema das diferenças linguísticas entre 
os alunos. A reflexão sobre esta questão é ainda mais urgente se considerarmos o 
que ouvimos e lemos nos muitos estudos sobre o assunto. 
É preciso discutir como os professores de português se comportam e como 
abordar a questão da revelação do viés linguístico em sala de aula, seja no contexto 
da produção oral ou escrita. O ensino de português, na maioria das vezes, é apenas 
baseado em regras e não dá atenção ao uso da língua em diferentes contextos 
comunicativos, tornando o ensino mecanizado e pouco importante para a maioria dos 
alunos, a maioria dos professores foca apenas em falar gramática padronizada 
ensino. 
Pela enorme diversidade linguística existente na nossa sociedade, e por ter 
acrescentado tantas opiniões diferentes e por vezes preconceituosas, o ensino do 
português como língua materna é posto em causa, sobretudo para os alunos do 
ensino secundário, que já estão prestes a ingressar no ensino superior. Por meio 
desse questionamento, a seguinte questão de pesquisa deve ser destacada: 
1. Como os pressupostos teóricos da sociolinguística contribuem para o 
trabalho de ensino da língua materna de alunos do ensino médio? 
 
CAPÍTULO II- Base teórico 
 
2.1- Preconceito Linguístico 
 
Segundo Azevedo e Damasceno (2017), estruturar o ensino da língua 
portuguesa em ambiente escolar é um desafio para os professores e uma 
compreensão distrativa para os alunos, pois no processo o texto não está ligado à 
experiência do aluno no mundo ligado à compreensão da língua, esse trabalho na 
escola torna-se chato ou mesmo impossível. Também é preciso promover o ensino 
de várias línguas em todo o país, como a forma de falar dos nordestinos e sulistas. 
Segundo Bakhtin (2007), uma vez que certos fatores compõem uma língua tão 
ampla e diversa, os fatores mais importantes incluem a aquisição de habilidades de 
leitor e escritor, o poder da linguagem, a relação entre língua e identidade cultural e 
cidadania, erros em conhecimento, gramática e desvios da linguagem padrão. 
Confirme: 
Assim como a linguagem e a fala estão separadas, o mesmo ocorre com a 
sociedade e o indivíduo. A linguagem não é, portanto, uma função do locutor: ela é 
produto do registro passivo do indivíduo, nunca é premeditada 
 
 [...] pelo contrário, as palavras são atos pessoais de vontade e sabedoria. 
Embora a linguagem seja heterogênea, ela constitui um sistema de símbolos, 
no qual existe essencialmente apenas uma combinação de sensação e 
imagens auditivas. (BAKHTIN, 2007, p. 79). 
 
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, BNCC (2018), o português, 
no conceito de língua/língua, estrutura-se de forma polissêmica e multicultural, pois 
abrange sua identidade e diversidade linguística. Apropriar-se de diversos gêneros 
textuais para aproximar o aluno 7 do processo de leitura e escrita, com o objetivo de 
formar e defender posturas autônomas na formação dos sujeitos. 
Segundo a BNCC: 
 
Se uma face do aprendizado da Língua Portuguesa decorre da efet iva 
atuação do estudante em práticas de linguagem que envolvem a 
leitura/escuta e a produção de textos orais, escritos e multissemióticos, 
situadas em campos de atuação específicos, a outra face provém da 
reflexão/análise sobre/da própria experiência de realização dessas práticas. 
Temos aí, portanto, o eixo da análise linguística/semiótica, que envolve o 
conhecimento sobre a língua, sobre a norma-padrão e sobre as outras 
semioses, que se desenvolve transversalmente aos dois eixos – 
leitura/escuta e produção oral, escrita e multissemiótica – e que envolve 
análise textual, gramatical, lexical, fonológica e das materialidades das outras 
semioses. Ação social significa desenvolver nos estudantes uma postura 
autônoma e investigativa, em que sejam capazes de refletir e desenvolve r 
pensamento crítico. (BRASIL, 2018, p. 82). 
 
A respeito do estudo das variações linguísticas, Bagno diz: 
 
À professora e ao professor de língua portuguesa cabe o trabalho da 
reeducação sociolinguística de seus alunos e de suas alunas. O que significa 
isso? Significa valer-se do espaço e do tempo escolares para formar cidadãs 
e cidadãos conscientes da complexidade da dinâmica social, conscientes das 
múltiplas escalas de valores que empregamos em todo momento em nossas 
relações com as outras pessoas por meio da linguagem (2007, p. 82). 
 
Este facto é suportado não só ao nível linguístico, mastambém ao nível da 
relevância sensorial e imagética. Assim, além de “envolver-se” na leitura, os alunos 
saberão “nadar” nas correntes do entendimento, orientando-se, enriquecendo e 
transformando seu mundo quando necessário. 
Para Bortoni-Ricardo (2005), a influência da diversidade linguística no processo 
educacional no Brasil não tem recebido a devida atenção, ainda que a ciência 
linguística, ainda que timidamente, aponte para a melhoria da produtividade 
educacional e a manutenção do direito de ensina. 
Sobre esse assunto durante a apresentação de um dos livros de Bortoni-
Ricardo, afirma que a noção do “erro” é uma construção social e cultural nascida dos 
critérios diversos e arbitrários das sociedades ocidentais, e não existe do ponto de 
vista linguístico: o que existe são formas diferentes de usar os recursos 
potencialmente presentes na própria língua”, (2004, p. 8). 
Em um contexto social, o uso da palavra preconceito sobre vários outros termos 
é significativo, indicando diferentes manifestações de preconceito entre os humanos. 
Práticas de preconceito social, racial, religioso, sexual, de gênero, corporal, etc., são 
ouvidas e presenciadas com certa frequência. Dentre esses vieses, outra forma se 
destaca, a saber, o viés linguístico. 
Em uma entrevista feita por Abraçado (2008, p.12), Scherre discorre sobre 
questões relacionadas ao preconceito linguístico, variação e ensino. Em relação ao 
preconceito linguístico ela propõe a seguinte definição: “[...] o preconceito linguístico 
é mais precisamente o julgamento depreciativo, jocoso e, consequentemente, 
humilhante da fala do outro[...]. O preconceito linguístico tem a ver, essencialmente, 
com a língua falada. ” O viés linguístico não surte tanto efeito nas questões escritas, 
tende a se manifestar na prática oral onde não há tanto acompanhamento quanto na 
prática escrita, que ocorre de forma estruturada e mais formal, pensada para estar o 
mais próximo possível a especificação padrão. 
O linguista Marcos Bagno publicou em 2002 uma importante obra intitulada 
Preconceito linguístico – o que é, como se faz, que aborda, entre outras questões, a 
mitologia existente em torno do tema. Segundo ele, apesar de, nos dias de hoje, 
observarmos forte tendência à luta contra as mais variadas formas de preconceito, 
esta parece não se estender ao aspecto linguístico. 
No entanto, deve-se enfatizar que o objetivo não se trata apenas de eliminar o 
aprendizado gramática da sala de aula, mas deixe-os mais coerente, mais próximo da 
realidade Linguística do Orador. 
Vamos agora destacar alguns mitos, De acordo com Bagno, enraizado na Perfil 
dos falantes de português brasileiro aprenda sobre eles mesmos e a língua que falam. 
MITO 1 – A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade 
surpreendente 
Segundo Bagno, esse mito é prejudicial à educação “porque, ao não 
reconhecer a verdadeira diversidade do português falado no Brasil, a escola tenta 
impor a norma linguística como se ela fosse, de fato, a língua comum a todos os 
milhões de brasileiros, independentemente de sua idade, de sua origem geográfica, 
de sua situação socioeconômica, de seu grau de escolarização, etc”. 
É preciso, portanto, que não só a escola, mas todas as instituições voltadas 
para a educação e cultura abandonem esse mito e passem a reconhecer a verdadeira 
diversidade linguística do Brasil, pois só assim poderá ocorrer a inclusão dos falantes 
das variedades não-padrão que se encontram marginalizados. 
MITO 2 – Brasileiro não sabe português/ Só em Portugal se fala bem 
português 
Esse mito encontra-se diretamente relacionado ao nosso processo de 
colonização, o que nos faz pensar erroneamente que o português que falamos em 
nosso país é uma forma “errada” ou “corrompida” do português de Portugal. Na 
verdade, o que acontece é que nosso português é diferente, apresenta características 
próprias não só no vocabulário, como na sintaxe e na morfologia. 
Segundo Bagno, o brasileiro sabe “o seu português, o português do Brasil, que 
é a língua materna de todos os que nascem e vivem aqui, enquanto os portugueses 
sabem o português deles. Nenhum dos dois é mais certo ou mais errado, mais feio ou 
mais bonito: são apenas diferentes um dos outros e atendem às necessidades 
linguísticas das comunidades que os usam (...)” 
MITO 3 – Português é muito difícil 
Esse mito decorre do fato de que nosso ensino de língua sempre se baseou na 
norma gramatical de Portugal, ou seja, as regras que aprendemos muitas vezes não 
correspondem à língua que realmente falamos e escrevemos aqui no Brasil. 
De acordo com Bagno, “no dia em que nosso ensino de português se 
concentrar no uso real, vivo e verdadeiro da língua portuguesa do Brasil, é bem 
provável que ninguém mais continue a repetir essa bobagem. ” 
O autor reforça que “todo falante nativo de uma língua sabe essa língua. Saber 
uma língua, no sentido científico do verbo saber, significa conhecer intuitivamente e 
empregar com naturalidade as regras básicas de funcionamento dela. ” 
Marcos Bagno (2006, p.40) propõe outra definição de viés linguístico : 
 
O preconceito linguístico se baseia na crença de que só existe [...] uma única 
língua portuguesa digna deste nome e que seria a língua ensinada nas 
escolas, explicada nas gramáticas e catalogada nos dicionários. Qualquer 
manifestação linguística que escape desse triângulo escola- gramática- 
dicionário é considerada, sob a ótica do preconceito linguístico, “errada, feia, 
estropiada, rudimentar, deficiente [...]. 
 
Esse viés é exposto diante das diferenças entre cada forma de falar, onde as 
pessoas as veem como erros e apenas prestigiam mudanças, normas normativas 
como aceitáveis, subestimando assim outras linguagens. Para o autor, o viés de 
linguagem é baseado na crença de que existe apenas um apenas o português é objeto 
de estudo nos cursos de português, em Gramática e Dicionário. O autor ainda frisa 
que qualquer manifestação que fuja desse direcionamento é considerada feia, errada. 
De acordo com Bagno (2007), 
 
Quanto mais alta estiver a pessoa na escala sócio econômica, maior será o 
prestígio atribuído à sua maneira de falar. Do mesmo modo, e inversamente, 
o maior prestígio social de determinados falantes vai ser correlato da visão 
pejorativa e depreciativa com que seu modo de falar será avaliado (BAGNO, 
2007, p. 76 -77). 
 
É esse tipo de pensamento que explora a prática do viés linguístico. A 
classificação das variantes entre certo e errado cria vieses, que devem ser evitados 
valorizando a língua e suas variantes, inclinando-se para a diversidade que ela 
apresenta e passando a ver essa realidade linguística de forma positiva., Como uma 
das pessoas mais ricas do Brasil, não carrega equívocos limitados por causa de 
pontos negativos. 
Ainda sobre o preconceito linguístico entre as camadas sociais, Bagno (2007) 
afirma: 
 
O preconceito linguístico está ligado, em boa medida, à confusão que foi 
criada, no curso da história, entre língua e gramatica normativa. Nossa tarefa 
mais urgente é desfazer essa confusão. Uma receita de bolo não é um bolo, 
o molde de um vestido não é um vestido, um mapa-múndi não é o mundo.... 
Também a gramática não é a língua. (BAGNO, 2007 p. 20) 
 
De acordo com a citação acima, a origem do viés de linguagem é atribuída a 
criar confusão entre linguagem e gramática canônica, ou seja, a implementação desse 
viés é de um modo geral, isso acontece quando a sociedade nega a diversidade das 
línguas mais comuns. A respeito dessa confusão, o autor afirma: 
 
Que o preconceito linguístico no Brasil se exerce em duas direções: de dentro 
da elite para fora dela, contra os que não pertencem as camadas sociais 
privilegiadas; e de dentro da elite para ao redor de si mesma, contra seus 
próprios membros. Isso porque, como já disse, existe na mentalidade dos 
brasileiros em geral, e dos falantes urbanos escolarizados em articular,a 
convicção muito arraigada de que no Brasil ninguém fala bem o português 
(BAGNO, 2009 p. 21). 
 
De acordo com a citação do autor, o viés linguístico esteve presente desde o 
início moderna tem lutado com isso por muitos anos e gramática canônica baseia-se 
no viés social, revelando assim a partir de qual sociedade ela está vindo. 
“Erros de português são simplesmente diferenças entre variedades da língua. 
” (BORTONI-RICARDO, 2004, p.37). É assim que a sociedade vê a diversidade 
linguística como errada. No entanto, outros preconceitos, como o social, se baseiam 
no fato de que as pessoas das classes mais baixas são as que mais erram porque 
não têm chance de ir à escola. “O preconceito linguístico não existe, o que existe, de 
fato, é um profundo e estranhado preconceito social. ” (BAGNO,2003, p. 16). 
Diferentes espaços, geografias e diferentes classes sociais. A reputação de 
uma pessoa pela forma como fala é dada por meio de uma escala a condição 
socioeconômica a que se enquadra, ou seja, está em status socioeconômico, seu 
prestígio pela maneira como fala será maior do que por sua vez, maior prestígio social 
também estará associado à visão. 
Dada a questão da adequação contextual, não deve haver classificações certas 
e erradas relacionadas ao uso da linguagem. A adequação contextual é entendida 
como o uso de certas formas de fala de acordo com o contexto em que o indivíduo se 
encontra. A fala de um indivíduo dependerá de sua localização, formação ou situação. 
“ [...] é preciso substituir definitivamente a ideia de uso certo ou errado pelo uso 
adequado ou não-adequado. ” Essa é uma proposta plausível feita por Travaglia 
(1988, p.66). Essa proposta é justa, pois assim os falantes podem usar a linguagem 
de forma livre e consciente, adaptar sua forma de falar ao contexto em que estão, e 
deixar de ser objeto de ridicularização por não se adequar ao contexto da 
comunicação. 
Stella Maris Bortoni- Ricardo (2005) nos traz em sua obra Nós cheguemu na 
escola, e agora? Sociolinguística e Educação, um enunciado que representa esse 
problema de adequação contextual: 
 
 [...] a escolha de determinado grau de formalidade na fala depende 
basicamente do papel social que o falante desempenha a cada ato de 
interação verbal. [...]. Em qualquer circunstância, porém, há pelo menos três 
fatores determinantes dessa seleção: os participantes da interação, o tópico 
da conversa e o local onde ela se processa. O falante ajusta a sua linguagem 
variando de um estilo informal a um estilo cerimonioso, a fim de se acomodar 
aos tipos específicos de situações. 
 
Para complementar essa questão, Santos (2002, p. 42) propõe mais 
caracterizações de como deve ser essa suficiência: “ [...] o aluno deve conhecer que 
variedade é apropriada a cada situação comunicativa, como fazer a adequação do 
registro de língua, quando deve falar ou calar-se. Como controlar os gestos de acordo 
com os atos da fala, etc.” 
Dessa forma, não existe linguagem errada, existe uso da linguagem no 
contexto errado, cada variante é necessária para encaixar em cada caso de uso do 
indivíduo, cabendo ao indivíduo saber escolher de acordo com as necessidades use 
várias variações. Reiterar, 
 
As variedades não são erros, mas diferenças. Não existe erro l inguístico. O 
que há são inadequações de linguagem, que consistem não no uso de uma 
variedade em vez de outra, mas no uso de uma variedade em vez de outra 
numa situação em que as regras sociais não abonam aquela forma de sala. 
(GERALDI, 1997, p.52). 
 
A prática do viés de linguagem é mais pronunciada em ambientes escolares, 
pois mostra alunos de todos os estilos, raças, locais, culturas etc. A prática de bullying 
aos alunos que falam uma língua diferente dos outros alunos é muito frequente, 
suscitando preocupações quanto ao desempenho e aprendizagem destes alunos, 
mas também porque convivem e riem com colegas que os tornam alvos de zombaria. 
O ensino tradicionalista acaba perpetuando a prática do viés linguístico, pois 
de certa forma exclui não só a forma da linguagem, mas também o próprio aluno, pois 
ele começa a perceber um descompasso entre sua fala e o que está sendo ensinado 
em sala de aula. O ensino começa com uma linguagem que os alunos não usam, não 
faz sentido para eles porque não tem nenhum funcionalismo. 
Com base nessa realidade, Bortoni- Ricardo (2005) faz a seguinte observação: 
 
No caso brasileiro, o ensino da língua culta à grande parcela da população 
que tem como língua materna [...] variedades populares da língua tem pelo 
menos duas consequências desastrosas: não são respeitados os 
antecedentes culturais e linguísticos do educando, o que contribui para 
desenvolver nele um sentimento de insegurança, nem lhe é ensinada de 
forma eficiente a língua- padrão. 
 
O viés linguístico está atualmente difundido pela mídia: Jornais, rádios, revistas, 
internet, etc., difundem-se todos os dias há apenas uma maneira correta de falar, e 
essa é tratar e considerar as normas padrão como a única variedade correta e a única 
seguida, outras são ignoradas Variedade. O viés linguístico é um tópico digno de 
discussão mais ampla, porque é preciso entender que se trata, afinal, de uma prática 
que deve ser eliminada, A existência é uma crença usada em linguística. 
 Diante disso, nos tópicos a seguir além desses sentimentos, existem outras 
emoções negativas que podem surgir de vieses linguísticos que dificultam o bom 
desempenho dos alunos, com base nos campos que esta pesquisa abordará no 
próximo capítulo. 
 
2.2- Língua Materna: Principais Pressupostos Teóricos 
 
A língua materna, segundo Bortoni-Ricardo (2004), é a primeira língua que uma 
criança adquire por meio de interações com familiares e pessoas próximas de forma 
"natural". Portanto, o fato de as formas específicas com que os alunos falarem sua 
língua nativa não serem levadas em conta nas escolas pode ser um dos fatores que 
dificultam a aprendizagem dos alunos, pois cria vieses de linguagem que fazem com 
que os alunos se sintam inseguros em relação ao aprendizado. Sobre seu idioma. A 
maneira como você se expressa através das palavras. 
De acordo com Bortoni-Ricardo (2004), a língua materna assume 
características de espontaneidade e pouca monitoração da linguagem, uma vez que 
ela emerge a partir de contextos não necessariamente formais e sistematizados. 
Ainda segundo o autor, as crianças começam a adquirir seu processo de socialização 
por meio da linguagem, principalmente em três domínios sociais, os espaços físicos 
em que as pessoas interagem, são eles: em casa, com a família; na rua, por ser 
diferente da relação de amigos; na escola. 
Marcuschi (1997, p. 22) vê a “língua como uma dada manifestação particular, 
histórica, social e sistemática de comunicação humana”. De acordo com a concepção 
do autor, 
 
“As línguas são não apenas um código para comunicação, mas 
fundamentalmente uma atividade interativa de natureza sócio cognitiva e 
histórica” (MARCUSCHI, 1997, p. 22). 
 
 Por isso, é importante que as escolas e outras instituições sociais estejam 
preparadas para receber alunos de diferentes dialetos e também para reduzir a 
exclusão e o preconceito em relação às línguas nativas. Nas falas desses autores, as 
crianças passam a desempenhar papéis sociais por meio de interações que 
acontecem nesses domínios sociais, como ser criança, amigo e aluno. Ou seja, por 
meio de interações que acontecem na esfera social. 
 Bortoni-Ricardo (2004) discute a questão da “norma padrão” e da norma 
“coloquial” relacionada à questão da língua e linguagem. Para a autora, as normas 
padrão ou normas culturais são utilizadas na maioria dos casos em situações formais 
e requerem maior atenção à escrita das palavras e à pronúncia das palavras faladas. 
A escrita é uma técnica em que se começa a registrar em determinado meio o que 
pensa, o que deseja. No entanto, a escrita tem precedência sobrea fala. 
De acordo com Soares (1986), são principalmente os alunos das classes 
populares que se prejudicam por acharem que falam errado porque a escola privilegia 
e reforça a língua da minoria de língua brasileira entre a classe privilegiada, o que é 
um dos motivos do fracasso da aquisição pelas séries iniciais conhecimento escolar. 
Para Bortoni-Ricardo (2004), o professor deve identificar e conscientizar o 
aluno sobre essas diferenças em suas falas para que ele não se sinta discriminado ao 
usar sua língua materna. As crianças podem desenvolver diferentes formas de 
linguagem falada nos primeiros anos escolares, e os professores não devem ignorá-
las durante o processo de escolarização, pois essas diferenças na "fala" dos alunos 
estão relacionadas à sua língua nativa. 
De acordo com Marcurchi (1997), “A fala é uma atividade muito mais central do 
que a escrita no dia-a-dia da maioria das pessoas”. 
Com o desenvolvimento dos setores sociais e econômicos vem a hegemonia 
da escrita que fragiliza a expressão oral. Os alunos pertencentes às classes populares 
vêm das mais diversas comunidades linguísticas, muitos dos quais vivem em culturas 
predominantemente falantes que tiveram pouca transição por culturas alfabetizadas. 
Segundo Bortoni-Ricardo (2004, p. 62), 
 
“O contínuo de oralidade-letramento começa por eventos de comunicação 
mediados pela escrita chamados de eventos de letramento [...] ou evento de 
oralidade em que não há influência direta da língua escrita”. Uma conversa 
informal é um evento de oralidade, mas se alguém começa a explicar uma 
receita que leu e aprendeu “o evento passa a ter influência de letramento” 
(BORTONI-RICARDO, 2004, p. 62). 
 
Segundo Kleimam (2006, p. 23), a premissa do modelo de alfabetização 
autodirigida é que existe apenas uma maneira de desenvolver a alfabetização, 
associada “ao progresso, a civilização, a mobilidade social”, que é um padrão 
predominante em nossa sociedade e em nossas escolas. No entanto, no modelo 
ideológico de letramento, afirma-se que existem muitas práticas de letramento “social 
e culturalmente determinadas, e, como tal, os significados específicos que a escrita 
assume para um grupo social dependem dos contextos e instituições em que ela foi 
adquirida”, este modelo difere do modelo autónomo, que, “pressupõe a existência, e 
investiga as características, de grandes áreas de interface entre práticas orais e 
práticas letradas”. Sobre alfabetização escolar, o autor sabe: 
 
O fenômeno do letramento, então, extrapola o mundo da escrita tal qual ele 
é concebido pelas instituições que se encarregam de introduzir formalmente 
os sujeitos no mundo da escrita. Pode-se afirmar que a escola, a mais 
importante das agências de letramento, preocupa-se, não com o letramento, 
prática social, mas com apenas um tipo de prática de letramento, a 
alfabetização, o processo de aquisição de códigos (alfabético, numérico), 
processo geralmente concebido em termos de uma competência individual 
necessária para o sucesso e promoção na escola. Já outras agências de 
letramento, como a família, a igreja, a rua como lugar de trabalho, mostram 
orientações de letramento muito diferentes (KLEIMAN, 2006, p. 22). 
 
Ainda relacionado aos modos autônomos de alfabetização, há um artigo que 
afirma A superioridade da escrita compromete a expressão oral. Este é um bug no 
modelo Auto alfabetizado porque segundo o autor, escrito e falado podem ocorrer 
alterações. 
Podemos monitorar nossa linguagem falada perfeitamente De acordo com o 
contexto quando necessário. O grau de supervisão, como nas "conversas" professor-
diretor, os coordenadores e outros dentro da escola no exercício de sua autoridade 
são mais importantes do que quando eles têm conversas informais com colegas ou 
colegas familiares. 
Maior grau de acompanhamento dos alunos como o professor pede Eles usam 
a linguagem padrão porque, infelizmente, as pessoas pensam que as variantes 
existentes Em sua língua nativa são "erros" que devem ser corrigidos. 
Nós, educadores, precisamos refletir sobre nosso uso da linguagem, levando 
em consideração trabalhar com os alunos, levando em consideração o idioma nativo 
e as mudanças no idioma, partir da sua realidade torna a aprendizagem sempre mais 
significativa. 
 Isso é necessário também começa com o dialeto dos alunos, para que os 
alunos se sintam mais envolvido processo de aprendizagem, e pode aprender 
diferentes formas de linguagem, ser capaz de fazer use sua língua nativa 
conscientemente, sabendo que ela não é inferior ou errada, mas diferente das 
variantes de especificação padrão. 
 
CAPÍTULO III- Análise e discussão 
 
Nesta seção, apresentam-se as análises dos dados, nas quais foram coletados 
a partir das pesquisas teóricas tomadas como base para este trabalho. Para Carvalho 
(2000) a análise de dados é “ [...] a etapa de classificação e organização das 
informações coletadas, tendo em vista os objetivos do trabalho. ” Já para Best (1972 
apud Lakatos, 2010) “ representa a aplicação lógica dedutiva e indutiva do processo 
de investigação”. 
A linguagem é a soma da língua e da fala, faz parte do processo comunicativo 
social, o preconceito linguístico ainda é muito presente em sala de aula, uma vez que 
alguns professores e muitas vezes a própria escola ensinam que apenas as regras 
dadas pela gramática normativa (quanto ao uso de um único padrão) são aceitas na 
sociedade, para a sociolinguística, não existe um código linguístico único 
absolutamente deve orientar a apresentação de todos porque a própria raça , a 
linguística reflete a diversidade das sociedades e, em uma variante, uma sentença 
pode não estar em conformidade com as normas gramaticais proposto por critérios 
padrão, mas pode ser linguisticamente correto, para uma comunicação eficaz. 
Nessa perspectiva, Maciel (2014) afirma que, “o ensino tradicionalista acaba 
por perpetuar as práticas de preconceito linguístico, porque de certa forma exclui não 
só as formas linguísticas dos alunos, mas eles mesmos, pois passam a notar um 
grande distanciamento da sua fala com relação ao que lhe é ensinado em sala” 
(MACIEL, 2014, p. 20). 
A partir do contexto do ensino tradicional, muitos alunos acreditam que por 
causa dessas regras gramaticais, seja falando ou escrevendo, só existe um jeito de 
falar, o jeito certo, porém, os professores mostram que nenhuma área é melhor que a 
outra um fala com mais certeza, ou que ninguém fala mais corretamente que o outro, 
mas em alguns casos é necessária mais ou menos formalidade na comunicação com 
outras pessoas. 
O Preconceito linguístico está atualmente difundido pelos meios de 
comunicação: jornais, rádio, revistas, internet, etc., todos os dias se espalha a ideia 
de que há apenas uma maneira correta de falar, que as normas padrão são vistas 
como a única variedade correta e a única variedade a seguir, ignorando outras 
variedades. 
 O viés linguístico é um tema digno de discussão mais ampla, pois é preciso 
entender que é uma prática que deve ser eliminada, afinal, existem crenças utilizadas 
na linguística. 
Nesse sentido, os estudos sociolinguísticos oferecem valiosa contribuição no 
sentido de destruir preconceitos e de relativizar a noção de erro, ao buscar descrever 
o padrão real que a escola, por exemplo, procura desqualificar e banir como expressão 
linguística natural e legítima (MOLLICA, 2003). 
 ANTUNES (2011) fala que: 
 
O momento nacional é de luta, de renovação e incita à mudança, a favor de 
uma participação cada vez maior de toda a população e de um exercício cada 
vez mais pleno da cidadania. O professor não pode ausentar-se desse 
momento nem, tampouco, estar nele de modo superficial. O ensino da língua 
portuguesa também não pode afastar-se desses propósitos cívicos de tornar 
as pessoas cada vez mais críticas, mais participativas e atuantes, política e 
socialmente (ANTUNES, 2011, p. 15). 
 
Eliminarou pelo menos reduzir o viés linguístico na sala de aula e fortalecer a 
relação entre o uso padrão e o não padrão da linguagem é um fator determinante. 
Também é importante estimular os alunos a refletir sobre as variantes linguísticas e 
sua importância nos contextos sociais. Este será o início de uma grande batalha, não 
a única a mudar a forma como o português é ensinado e aprendido. 
Portanto, é necessário desfazer preconceito e discriminação uso da língua, 
cujas consequências são culturalmente prejudiciais a educação social e de qualidade 
brasileira, pois trata de normas e padrões culturais, não que se deva escrever como 
ele diz, mas escrever em vários tipos relacionados a diferentes origens sociais uso da 
língua, levando em conta a dinâmica e a evolução apresentado em todas as línguas, 
por palestrante. 
Tipos de variação linguística: 
 A variação diatópica é a variação regional. É uma mesma língua sendo 
falada de forma diferente dependendo da localidade. 
 A variação diafásica é a variação que ocorre em situações de fala 
(situacional). A mesma pessoa muda à sua maneira de falar dependendo do 
ambiente (formal ou informal). 
 A variação diastrática (ou social) se refere às diferenças entre os estratos 
socioculturais, ou seja, são as variações que acontecem de um grupo social para 
outro. Relaciona-se a um conjunto de fatores que têm a ver com a identidade dos 
falantes e também com a organização sociocultural da comunidade de fala. Assim, é 
possível apontar alguns fatores relacionados às variações de natureza social: a) 
classe social; b) idade; c) sexo. 
 A variação diacrônica (ou histórica) ocorre através do tempo. São as 
pessoas do mesmo grupo social ou da mesma região mudando a maneira de falar 
com o decorrer dos anos. 
Assim podemos citar que de acordo com Tarallo (1994): 
 
Variantes de uma comunidade de fala encontram - se sempre em relação de 
concorrência: padrão vs.Não-padrão; conservadoras vs. inovadoras; de 
prestigio vs. estigmatizadas. Em geral, a variante considerada padrão é, ao 
mesmo tempo, conservadora e aquela que goza de prestígio sociolinguístico 
na comunidade. As variantes inovadoras, por outro lado, são quase sempre 
não-padrão e estigmatizadas pelos membros da comunidade. (1994, pp.11 - 
12). 
 
Portanto, também podemos perceber na seguinte citação de PCN (1998) que 
há uma mudança na linguagem e, portanto, os alunos devem estar preparados para 
reconhecer essa mudança.: 
 
A variação é constitutiva das línguas humanas, ocorrendo em todos os níveis . 
Ela sempre existiu e sempre existirá, independentemente de qualquer ação 
normativa. Assim, quando se fala em “Língua Portuguesa” está se falando de 
uma unidade que os constitui de muitas variedades. Embora no Brasil haja 
relativa unidade linguística e apenas uma língua nacional, notam-se 
diferenças de pronúncia, de emprego de palavras, de morfologia e de 
construções sintáticas, as quais não somente identificam os falantes de 
comunidades linguísticas em diferentes regiões, como ainda se multiplicam 
em uma mesma comunidade de fala. (BRASIL, 1998, p. 29). 
 
Segundo Possenti (1996, p. 34-5) existem ainda dois fatores a se levar em 
consideração a respeito da diversidade linguística, os internos e os externos: 
 
Um dos tipos de fatores que produzem diferença na fala das pessoas são 
externas à língua. Os principais são os geográficos, de classe, de idade, de 
sexo, de etnia, de profissão (...). Também há fatores internos que 
condicionam a variação. Ou seja, a variação é de alguma forma regrada por 
uma gramática interior da língua. Por isso não é preciso estudar uma língua 
para não “errar”. Em outras palavras “há erros” que ninguém comete, porque 
a língua não permite. 
 
Essa gramática interior a que se refere Possenti é um conjunto de regras 
internas que nos permite construir e entender frases que fazem sentido. Essa 
gramática não é aprendida na escola, são os saberes “pré-existentes” de cada 
indivíduo, que o habilitam para falar sua língua materna. 
Para Soares (1980), a transformação social através da educação será 
conseguida com uma escola que leve a um bidialetalismo funcional, porém não com 
o objetivo de substituir a variedade linguística do aluno pela variedade privilegiada, 
mas para que o educando compreenda as relações de força que se estabelecem 
socialmente e qual a posição de sua variedade na economia dessas relações. 
 
Em primeiro lugar, uma escola transformadora não aceita a rejeição dos 
dialetos dos alunos pertencentes às camadas populares, não apenas por eles 
serem tão expressivos e lógicos quanto o dialeto de prestígio (argumento em 
que se fundamenta a proposta da teoria das diferenças linguísticas), mas 
também, e sobretudo, porque essa rejeição teria um caráter político 
inaceitável, pois significaria uma rejeição da classe social, através da rejeição 
de sua linguagem. Em segundo lugar, uma escola transformadora atribui ao 
bidialetalismo a função não de adequação do aluno às exigências da 
estrutura social, como faz a teoria das diferenças linguísticas, mas a de 
instrumentalização do aluno, para que adquira condições de participação na 
luta contra desigualdades inerentes a essa estrutura. (SOARES, 1980:74) 
 
À medida que essa visão mudou, uma única variante de idioma não foi mais 
considerada o idioma correto, e outras variantes de idioma foram consideradas 
erradas e ruins com base nisso. Dessa forma, podem ser considerados os diversos 
fatores que contribuem para a diversidade linguística – econômicos, sociais, culturais, 
políticos, ideológicos – dos quais as escolas e a diversidade linguística são produtos. 
O ensino da língua materna dedicado ao combate à desigualdade social visa orientar 
os alunos das classes populares a dominar o famoso dialeto. Isso significa construir 
um método de ensino, “a partir dos contrastes entre dialetos não-padrão e o dialeto-
padrão, possa conduzir eficazmente ao domínio deste” (SOARES, 1980: 79) e assim, 
o ensino por meio da língua, tornam-se não apenas tarefas técnicas, mas também, e 
sobretudo, políticas. 
Desde o nascimento da linguística moderna, com Ferdinand Saussure (2006), 
passando por teorias de Bakhtin (1990), Jakobson (1973), Chomsky (1965, 1977) e 
Benveniste (1989), diferentes teorias e sistemas de descrições têm sido elaborados 
buscando a compreensão da língua e sua delimitação como campo científico de 
estudo, todavia, pode-se afirmar que a Sociolinguística permitiu, assim, o estudo 
científico de fatos linguísticos excluídos até então do campo dos estudos da 
linguagem, devido a sua diversidade e consequente dificuldade de apreensão. 
Dialeto pode ser pensado como uma variante de um idioma diferente e, 
dependendo de como os usuários o utilizam, pode ser dividido em duas variantes: 
uma subcultura ou um idioma popular. Cada um desempenha um papel específico na 
comunidade, o que chamamos de fenômeno da doglossia. 
O dialeto culto serve diretamente às intenções do ensino, no sentido de 
padronizar a língua, criando condições ideais de comunicação entre as várias áreas 
geográficas e também propiciando aos estudantes meios para a leitura e 
compreensão dos textos. (PRETI, 1982:27). 
O autor apresenta um paralelo das características dos dialetos sociais: 
Culto: padrão linguístico; maior prestígio; situações mais formais; falantes 
cultos; literatura e linguagem escrita; sintaxe mais completa; vocabulário mais amplo; 
vocabulário técnico; maior ligação com a gramática e com a língua dos escritores. 
Comum: É a linguagem intermediária. 
Popular: Subpadrão linguístico; menor prestígio; situações menos formais; 
falantes do povo menos culto; linguagem escrita popular; redução sintática; 
vocabulário restrito; gíria, linguagem obscena; fora dos padrões da gramática 
tradicional. 
Essas características tendem a evoluir e mudar. Por exemplo, a linguagem 
coloquial pode chegara um dialeto social vulgar associado ao analfabetismo. As 
pessoas que falam os dois dialetos usam uma língua comum. Hoje, tal separação é 
quase impossível. A cultura alcançou línguas além da realidade falada. 
No entanto, essa segmentação só cria mais problemas para a diversidade 
sociocultural das línguas, pois não se sabe mais por onde começará a língua 
universalmente popular. 
 
4. Metodologia 
 
Ao que se refere ao método de abordagem, foi utilizado o método dedutivo que, 
de acordo com a concepção de Costa (2001) é o método que parte do geral e desce 
para o subjetivo, ou seja, “[...] Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e 
indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, 
em virtude unicamente de sua lógica. ” Assim sendo, partir dos fenômenos gerais 
observados, teóricos e empíricos, será exposta uma concepção subjetiva para 
responder o problema apontado. Concernente ao método de procedimento, foi 
utilizado o monográfico, uma vez que tem por estrutura a observação direta de um 
fato, que, de acordo com Lakatos e Marconi (2003, p. 151): 
 
[...] um estudo sobre um tema específico ou particular de suficiente valor 
representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado 
assunto não só em profundidade, mas em todos os seus ângulos e aspectos, 
dependendo dos fins a que se destina. 
 
Procure identificar questões ou questões que servirão como separadores para 
tópicos de pesquisa. Com esses aspectos em mente, utiliza a pesquisa bibliográfica 
como ponto de partida para todos os tipos de pesquisa, facilitando a investigação do 
conhecimento tradicionalmente armazenado em livros e documentos. No entanto, 
acreditamos que os avanços na tecnologia da informação, e até mesmo na Internet, 
por meio de documentos eletrônicos, podem facilitar a agilidade nas investigações e 
novas descobertas em todas as áreas do conhecimento. 
Neste contexto, é necessária a delimitação do tema e hipóteses. Lakatos e 
Marconi (2009) afirmam que “toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para 
saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar”. 
Sob estas perspectivas, os procedimentos utilizados para a realização da 
pesquisa em questão foram: 
 Definição do tema a ser trabalhado. 
 Delimitação do tema e problema da pesquisa. 
 Seleção da bibliografia e documentos relevantes ao tema, sendo estes 
impressos e eletrônicos para a comprovação ou refutação das hipóteses em questão 
para chegar ao objetivo final da pesquisa. 
 Leitura, análise e compreensão dos materiais selecionados. 
 Explanação dos resultados obtidos, em forma de texto dissertativo, escrito e 
referenciado por autores e estudiosos da área. 
Portanto, pode-se entender que um procedimento monográfico se refere ao 
estudo de uma determinada propriedade a partir de um conceito cientifico de um fato 
ou fenômeno. 
 
 5. Considerações finais 
 
Para abordar o tema proposto o presente trabalho abordou em seus primeiros 
três capítulos a temática da sociolinguística: Norma padrão e variação linguística, 
posteriormente seguido do Preconceito Linguístico e Língua Materna: Principais 
Pressupostos Teóricos com o objetivo de entender e mostrar a relação e importância 
entre elas. Após a abordagem desses temas, o tópico da metodologia abordou os 
objetivos de pesquisa, especificando qual método utilizado, quais os participantes que 
fizeram parte da pesquisa e por fim os procedimentos de análise. Em seguida, o 
trabalho apresentou as análises dos dados obtidos. 
Assim, este estudo buscou conhecer a origem social do informante, as 
dificuldades com a disciplina de português, as possíveis relações associadas ao 
assunto e as manifestações do viés linguístico sofrido pelos alunos dentro e fora da 
escola, ao referirem uma variante considerada menos teve prestígio 
 Ao final da proposta, esta pesquisa confirma a existência do viés de 
linguagem, e nós, professores de línguas, deveríamos estar interessados em 
combatê-lo em primeiro lugar. Precisamos mostrar aos nossos alunos que, assim 
como pessoas diferentes têm discursos diferentes, devemos refletir sobre esse fato e 
suas implicações para as condições cívicas. Embora o governo tenha tomado 
algumas providências neste momento, como os Parâmetros Curriculares Nacionais, 
que expõe o assunto e sugere estratégias para utilizá-lo em sala de aula, sabemos 
que não basta elaborar um documento para combater um viés que afeta milhões de 
pessoas. 
Neste contexto, Irandé Antunes (2003) diz que não existe falante sem 
conhecimento de gramática, ou seja, mesmo que inconsciente ele sabe produzir 
diálogo, cujo seu interlocutor possa compreender e entender, um analfabeto, pessoa 
que nunca sentou num banco de escola, para aprender regras gramaticais, se 
comunica perfeitamente com o povo brasileiro. E principalmente molda a gramática 
conforme a necessidade e não utiliza da gramática catalogada e nem no que os 
gramatiqueiros enfatizam, mas sim da forma que eles falam e fazem o uso da língua. 
A linguista é uma área ampla de conhecimento, a língua tem como objeto de 
estudo tem a capacidade de formar diferentes contextos na comunicação, e a 
educação deve buscar assimilar o aprendizado e o ensino das diferentes formas 
linguísticas existentes, que representam culturas e identidades como afirma Bechara 
(1989): 
“A grande missão do professor de língua materna é [...] transformar seu aluno 
num poliglota dentro de sua própria língua, possibilitando-lhe escolher a 
língua funcional adequada a cada momento de criação [...]. ” (BECHARA, 
1989, p.14). 
 
 Então, depois de muita pesquisa, artigos, livros que mencionam a 
sociolinguística, concluiu-se que ela desempenha um papel fundamental na 
compreensão da linguagem e como trabalhar em sala de aula. Atualmente, 
principalmente nas universidades, os futuros professores se identificam com a 
diversidade cultural e linguística do Brasil por meio, aderindo ou aderindo a essa visão. 
Então, espero que alguém com novas ideias, com um novo conceito de como usar o 
português, possa quebrar esse paradigma de dominar e gerenciar nossa língua nativa 
apenas aprendendo ou memorizando uma gramática canônica padrão no processo 
de desenvolvimento e na aprendizagem. Quando o professor internalizar a relevância 
desse conceito, com certeza mudará sua prática pedagógica. 
 
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