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EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS Notas de aula – Transformadores de Potência Profª Janaína Gomes da Costa Agenda Função no sistema Princípio básico de funcionamento Classificação Aspectos construtivos Características elétricas Desempenho térmico / Condições de carregamento Acessórios Parâmetros de Operação Especificação para projeto e fabricação •Normas técnicas •Ensaios normalizados Exemplos de aplicação Transformadores ■ É um equipamento elétrico, estático, que recebe energia elétrica e fornece energia elétrica. ■ Consta essencialmente de dois circuitos elétricos, acoplados através de um circuito magnético. ■ É considerado um dos mais importantes componentes do SEP, pois é através dele que se consegue fornecer a energia elétrica, no exato instante em que ela estiver sendo gerada, a consumidores localizados a grandes distâncias. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Princípio Básico de funcionamento ■ Um transformador consiste basicamente em dois enrolamentos condutivos não conectados eletricamente, e sim através de fluxo magnético. ■ O funcionamento do transformador é baseado em dois princípios: – lei de Biot-Savart, afirma que corrente elétrica produz campo magnético; – lei da indução de Faraday-Neumann-Lenz e da lei de Lenz, que implica que um campo magnético variável no interior de um circuito induz, nos terminais deste, tensão elétrica de magnitude diretamente proporcional à taxa temporal de variação do fluxo magnético no circuito. É por necessitar dessa variação no fluxo magnético que esse dispositivo só funciona em corrente alternada. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Transformadores ■ A alteração na corrente presente no enrolamento do circuito primário altera o fluxo magnético nesse circuito e também no enrolamento do circuito secundário, este último montado de forma a se encontrar sob a influência direta do campo magnético estabelecido no circuito primário. ■ Por sua vez, a mudança no fluxo magnético na bobina secundária induz tensão elétrica na própria bobina secundária. ■ Como resultado da indução magnética, uma corrente alternada em um enrolamento provoca o surgimento de uma corrente alternada no outro enrolamento. ■ A magnitude comparativa de corrente e tensão em cada um dos lados difere de acordo com a geometria, isto é, com o número de laços em cada enrolamento. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Transformador ideal ■ No transformador ideal: – A permeabilidade µ do núcleo é infinita. – Todo o fluxo é confinado no núcleo e envolve todas as voltas dos dois enrolamentos. – As perdas no núcleo e na resistência dos enrolamentos são nulas. Transformador ideal ■ Enrolamento primário: – É o enrolamento que recebe a energia da fonte. ■ Enrolamento secundário: – É o enrolamento que transfere para a carga a energia recebida da fonte. Tensão primária Tensão secundária Transformador e Circuitos Equivalentes ■ Em análises de sistemas, o transformador pode ser representado por simples parâmetros lineares quando fenômenos de regime permanente (frequência industrial) são considerados. ■ A representação é, em geral, separada em duas partes: – um circuito representando as propriedades elétricas (perdas, quedas de tensão) – um transformador ideal que estabelece as relações corretas de tensões e correntes. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Transformador de Dois Enrolamentos Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Critérios de Classificação Finalidade De corrente. De potencial. De distribuição. De potência. Função no sistema Elevador. Abaixador. Separação elétrica entre os enrolamentos De dois ou mais enrolamentos. Autotransformador. Material do núcleo Ferromagnético. Núcleo de ar. Quantidade de fases Monofásico. Polifásico. Classificação dos transformadores •Aquele que possui o enrolamento primário ligado ao lado da tensão superior. Transformador abaixador •Aquele que possui o enrolamento primário ligado ao lado da tensão inferior. Transformador elevador •são utilizados para reduzir a tensão a ser entregue aos clientes finais. São normalmente instalados em postes ou em câmaras subterrâneas. Possuem potência de 30 a 300 kVA. Em alta tensão têm tensão de 15 ou 24,2 kV; enquanto que em baixa tensão, de 380/220 ou 220/127 V. Transformador de distribuição •são utilizados para gerar, transmitir e distribuir energia, têm potência de 5 até 300 MVA e operam em tensão de até 765 kV. Transformador de potência (ou de força) Transformadores – Principais partes ■ Núcleo ■ Bobinas → Enrolamentos ■ Tanque + Óleo mineral isolante ■ Acessórios Parte Ativa Aspectos Construtivos - Partes Constituintes ■ Um transformador é formado basicamente de: – Enrolamentos – os enrolamentos de um transformador são formados de várias bobinas, que em geral são feitas de cobre eletrolítico e recebem uma camada de verniz sintético ou papel como isolante. – Núcleo – feito em geral de material ferromagnético, é o responsável por confinar o fluxo magnético, de forma que quase todo o fluxo que envolve um dos enrolamentos envolve também o outro e, assim, possibilita a transferência de potência do enrolamento primário ao secundário. ■ Esses dois componentes do transformador são conhecidos como parte ativa, enquanto que os demais como acessórios complementares. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Enrolamento ■ Os condutores são enrolados em forma de bobinas cilíndricas, que são dispostas coaxialmente nas colunas do núcleo, em ordem crescente de tensão. ■ Bobinas com condutores em paralelo, na direção radial, devem ter transposição, para minimizar as perdas adicionais e os esforços mecânicos provenientes de curtos-circuitos. ■ Muitas bobinas podem ser conectadas em série ou em paralelo para formar um enrolamento. As bobinas desse enrolamento podem ser empilhadas no núcleo alternadamente com as bobinas do outro enrolamento. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Tipos de enrolamentos ■ Enrolamento em disco: – alta tensão e baixa corrente; ■ Enrolamento em disco entrelaçado: – aumento da capacitância série do enrolamento, melhorando a distribuição da tensão de surtos de frente íngreme; alta tensão. ■ Enrolamento helicoidal: – baixa tensão e alta corrente; primário de transformadores elevadores de usinas; regulação. ■ Enrolamento em camadas: – camadas concêntricas ligadas em série; baixa ou alta tensão; terciário. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Núcleo ■ É constituído de chapas de aço-silício, laminadas a frio, cobertas por película isolante. ■ A laminação a frio, seguida de tratamento térmico, orienta os domínios magnéticos no sentido da laminação, permitindo alcançar altas densidades de fluxo com perdas reduzidas e baixas correntes de magnetização. ■ As chapas são sustentadas por uma estrutura constituída de vigas metálicas, interligadas por tirantes, e por faixas de fibra de vidro impregnadas com resina. ■ O núcleo dos transformadores trifásicos tem, em geral, três colunas. ■ O núcleo de cinco colunas permite uma redução na altura, sendo empregado quando essa redução é necessária por restrições de transporte. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Material do Núcleo Para se reduzir as perdas, o núcleo de muitos transformadores este é laminado para reduzir a indução de correntes parasitas ou de Foucault no próprio núcleo. Em geral utiliza-se aço-silício com o intuitode se aumentar a resistividade e diminuir ainda mais tais correntes parasitas. Isolação ■ O isolamento do transformador é constituído, basicamente, de óleo e celulose (papel ou presspan). ■ O óleo tem ainda função de refrigeração. ■ Os condutores (cobre e, em certos casos, alumínio) são envolvidos em tiras de papel, que formam o isolamento entre espiras. Os condutores são enrolados em cilindros de presspan, que proporcionam fixação mecânica e isolamento entre enrolamentos de fase e entre estes e o núcleo. ■ Tiras de presspan, fixadas nesses cilindros, no sentido axial, formam canais de óleo que, além de contribuírem para o isolamento, facilitam a refrigeração. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Isolação ■ Barreiras isolantes adicionais (presspan) são, em geral, usadas entre enrolamentos de fases diferentes e entre enrolamentos, o núcleo e o tanque. ■ Além de sua função isolante, essas barreiras diminuem a espessura dos canais de óleo, o que aumenta a rigidez dielétrica (kV/mm) nesses canais. ■ Sempre que possível, as barreiras de presspan devem coincidir com superfícies equipotenciais, para evitar o risco de descargas superficiais. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas PARTE ATIVA PARTE ATIVA PARTE ATIVA PARTE ATIVA PARTE ATIVA PARTE ATIVA PARTE ATIVA Autotransformadores Possuem apenas um enrolamento, ou seja, o enrolamento primário possui conexão com o enrolamento secundário, de modo que não há isolação entre eles. Esses transformadores são chamados de autotransformadores. Cada enrolamento tem pelo menos três saídas, onde são realizadas as conexões elétricas. Um autotransformador pode ser menor, mais leve e mais barato do que um transformador de enrolamento duplo padrão. Entretanto, o autotransformador não fornece isolamento elétrico. Transformadores de múltiplos enrolamentos O conceito de transformador requer pelo menos, dois enrolamentos ou bobinas, eletricamente isoladas entre si, mas acopladas magneticamente. Desta forma, pode-se transferir energia elétrica entre esses enrolamentos através do acoplamento magnético. Ainda, os enrolamentos podem estar conectados a circuitos elétricos de tensões diferentes. Outro ponto a destacar: os dois enrolamentos devem possuir mesma potência aparente nominal para que possam ser plenamente utilizados. Transformadores de múltiplos enrolamentos O caso prático, mais comum, em sistemas de potência de concessionárias ou indústrias é denominado transformador de 3 enrolamentos. Neste contexto podemos citar um exemplo onde existem os enrolamentos: Primário – conectado à fonte; Secundário – conectado a carga secundária; Terciário – conectado a carga terciária. Transformadores de múltiplos enrolamentos Enrolamento Terciário ■ Algumas possibilidades de aplicação do transformador de 3 enrolamentos: – Alimentar cargas com tensões diferentes a partir de uma fonte; – Alimentar uma carga a partir de fontes diferentes; – Isolar fonte(s) e carga(s) (eletricamente); – Permitir a instalação de compensação reativa em sistemas de transmissão com tensões (e custos) reduzidas. Transformadores monofásicos ■ A escolha entre transformadores trifásicos e bancos de unidades monofásicas depende de estudos técnico- econômicos, que consideram os seguintes fatores: – Custo dos investimentos. – Custo da energia não fornecida. – Confiabilidade – necessidade de unidades de reserva. – Limitações de transporte (peso e altura máximas). – Limitações de capacidade de fabricação. Transformações trifásicas ■ Trafos trifásicos x Bancos de Transformadores Monofásicos – A transformação trifásica pode ser implementada através da conexão adequada de trafos monofásicos ou, alternativamente, através da instalação de trafos trifásicos. – O trafo trifásico (2 enrolamentos, por exemplo) consiste de 6 enrolamentos, um núcleo comum de múltiplas pernas, e um invólucro metálico (tanque do trafo) também único. Transformações trifásicas • Menor custo inicial, • Menor peso total, • Menor espaço físico total, • Rendimento um pouco maior. As vantagens do trafo 3φ são: • Maior volume, massa e custo para transporte, • Menor flexibilidade operativa, • Maior custo de reserva de transformação. Desvantagens: TRANSPORTE TRANSPORTE Transporte ■ O transformador deve ser projetado para atender as limitações de espaço e peso para transporte ferroviário, rodoviário ou marítimo. ■ Por esta razão, e também para proteger os acessórios contra possíveis danos, o equipamento, quando necessário, é despachado com as seguintes partes principais desmontadas: – buchas (condensivas); – para-raios (quando aplicável); – conservador de óleo; – rodas; – trocadores de calor ou radiadores destacáveis; – motoventiladores (quando aplicável); – acessórios diversos e tubulações, conexões, suportes, etc. Exemplo de Tipos de Transportes ■ Prança – até 36Ton ■ Prança e dolly – até 54Ton ■ Linha de eixo – até 140Ton Gôndola – Acima de 140Ton TRANSPORTE Vídeos sobre transporte Características Elétricas •É a potência (em VA) que o transformador pode fornecer continuamente, com tensões e freqüência nominal, sem ultrapassar os limites de elevação da classe de temperatura do seu isolamento. Potência nominal •São as tensões para as quais o transformador foi projetado e construído e nas quais o mesmo deve operar fornecendo a sua potência nominal. Tensões primárias e secundárias nominais •É o valor da corrente obtida a partir da relação entre a potência nominal (VA) e a tensão primária nominal entre fases (kV) - e ainda por √3, caso o transformador seja trifásico. É expressa em ampères (A). Corrente primária nominal •Idem ao item anterior, substituindo-se a tensão primária pela tensão secundária. Corrente secundária nominal Características Elétricas •O conceito de “perdas em vazio de um transformador” refere-se à potência absorvida pelo mesmo quando, energizado à tensão e freqüência nominais, não esteja alimentando qualquer carga. Perdas em vazio •São consideradas “perdas em carga de um transformador” as perdas internas de energia ocorridas em função da corrente nas cargas. Perdas em carga •As “perdas totais de um transformador” são determinadas pelo somatório das perdas em vazio e em carga. Perdas totais •Entende-se por “rendimento de um transformador” a relação entre a potência efetiva fornecida na sua saída e a potência efetiva na sua entrada, sendo geralmente expressa em porcentagem (%). Rendimento de um transformador (η%) Características Elétricas •É a corrente que circula no enrolamento primário do transformador quando seu secundário estiver sem carga. Geralmente é expressa em porcentagem da corrente nominal do enrolamento na qual foi medida. Corrente de excitação •É a variação na tensão terminal do secundário, entre circuito aberto e em plena carga, e é usualmente expressa como percentagem do valor da tensão em plena carga. Regulação •É a tensão que, quando aplicada a um dos enrolamentos, produz no outro enrolamento (curto-circuitado) a corrente nominal do transformador. Esta tensão é geralmente expressa em percentagem da tensão nominal do enrolamento na qual foi medida. Tensão de impedância (ou tensão de curto-circuito) Características Elétricas •É a defasagem existente entre as tensões induzidas no primário e no secundário de um transformador. Se os sentidos destas tensões forem iguais, diz-se que o transformador possui polaridade subtrativa; caso sejam contrárias, a polaridade é aditiva. PolaridadePolaridade •É o defasamento entre a tensão simples (tensão entre fase e neutro) de um determinado terminal do lado da tensão superior e a tensão simples do terminal correspondente do lado da tensão inferior, em um transformador trifásico. Deslocamento angularDeslocamento angular Desempenhotérmico ■ Modos de transferência de calor: – Condução ■ Transferência de calor através da isolação e aço para as superfícies e para os dutos de resfriamento. – Convecção natural ou forçada ■ Extração do calor pelo movimento de um fluido. – Radiação ■ Transferência de calor da superfície externa do tanque para a atmosfera (nesse processo a convecção natural também tem lugar). Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas DESEMPENHO TÉRMICO Limites de Elevação de Temperatura ■ Esses limites encontram-se na norma ABNT NBR 5356; ■ Devem ser verificados no ensaio de elevação de temperatura; ■ Para os transformadores isolados a óleo, as elevações de temperatura podem ser 65°C ou 55°C; ■ Para 65°C, o papel isolante deve ser termoestabilizado. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Condições de Carregamento ■ Em transformadores de três enrolamentos, as condições de carregamento simultâneo devem ser claramente especificadas. ■ Essas condições, aplicadas na combinação de derivações correspondente às perdas máximas, constituem a pior condição de carga para a qual o transformador é projetado. ■ O ensaio de elevação de temperatura será baseado nessa condição de carga e irá confirmar as potências dos enrolamentos estabelecidas para essa condição. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Materiais isolantes – Temperatura máxima admissível • ABNT NBR IEC 60085:2017 - Isolação elétrica - Avaliação e designação térmicas Características da instalação Temperatura máxima superior ao valores normativos → projeto mais robusto e oneroso da parte ativa. Normatização não apresenta uma forma distinta para a temperatura máxima para parte ativa e os materiais, demais componentes e acessórios. Aplicações com temperatura máxima superior a 40ºC → suportabilidade térmica das vedações, demais componentes e acessórios. Características da instalação Temperatura média mensal do mês mais quente Temperatura média anual Valores considerados para o cálculo do envelhecimento térmico da parte ativa Temperatura média mensal do mês mais quente ∑ (valores da média das máximas diárias e a média das mínimas diárias, durante esse mês, por 10 anos ou mais) / 2 Temperatura média anual ∑ (temperaturas médias mensais) / 12 ACESSÓRIOS NORMALIZADOS (ABNT NBR 5653- 1:2007) Acessórios - Tanque ■ Reservatório fabricado em chapas de aço, no interior do qual está contida a parte ativa do transformador (núcleo e enrolamentos) preenchida com óleo isolante mineral (ou resina, dependendo da sua forma construtiva). Meios refrigerante e isolante O conjunto núcleo-bobinas é instalado no interior em um tanque e imerso em óleo isolante mineral, que tem como finalidade proporcionar o isolamento elétrico e servir-se como veículo de transferência de calor das partes energizadas para o exterior (meio refrigerante). Quando o transformador tiver seu conjunto núcleo-bobinas resinado dispensará a necessidade de um tanque. Neste caso o meio refrigerante será o ar e diz-se que o transformador possui o isolamento “seco”. Refrigeração dos transformadores de potência ■ Classificação dos métodos de resfriamento – Primeira letra - Natureza do meio de resfriamento interno em contato com os enrolamentos: ■ O = Óleo mineral ou líquido isolante sintético de ponto de combustão1) ≤ 300 °C; ■ K = Líquido isolante com ponto de combustão > 300 °C; ■ L = Líquido isolante com ponto de combustão não mensurável. – Segunda letra - Natureza da circulação do meio de resfriamento interno: ■ N = Circulação natural por convecção através do sistema de resfriamento e dos enrolamentos; ■ F = Circulação forçada através do sistema de resfriamento, circulação por convecção dentro dos enrolamentos; ■ D = Circulação forçada através do sistema de resfriamento e dirigida do sistema de resfriamento pelo menos até os enrolamentos principais. – Terceira letra - Meio de resfriamento externo: ■ A = Ar; ■ W = Água. – Quarta letra - Natureza da circulação do meio de resfriamento externo: ■ N = Convecção natural; ■ F = Circulação forçada (ventiladores, bombas). Fonte: ABNT 5356-2/2007 Refrigeração dos transformadores de potência ■ EXEMPLO 1 ONAN/ONAF – O transformador possui um jogo de ventiladores que podem ser colocados em serviço, em função do carregamento. A circulação de óleo é realizada por convecção natural em ambos os casos. ■ EXEMPLO 2 ONAN/OFAF – O transformador possui um sistema de resfriamento composto por bombas e ventiladores, sendo também especificado para potência reduzida em resfriamento natural (por exemplo, no caso de falta de potência auxiliar). ■ EXEMPLO 3 ONAN/ONAF/ONAF – O transformador possui dois estágios de sistema de resfriamento composto por ventiladores, sendo também especificado para potência reduzida em resfriamento natural (por exemplo, no caso de falta de potência auxiliar). ■ EXEMPLO 4 ONAN/ONAF/OFAF – O transformador possui dois estágios de sistema de resfriamento composto por bombas e ventiladores, sendo também especificado para potência reduzida em resfriamento natural (por exemplo, no caso de falta de potência auxiliar). Fonte: ABNT 5356-2/2007 VENTILADORES Termômetros ■ O transformador em geral é equipado com dispositivos de medição para: – temperatura de topo do óleo – temperatura do enrolamento. ■ O termômetro de topo do óleo mede a temperatura da camada do óleo abaixo da tampa. ■ O termômetro é equipado com contatos ajustados para sinalizar quando a temperatura do topo do óleo excede o valor limite de ajuste. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Termômetros ■ A medição da temperatura do enrolamento é realizada de forma indireta e indica a temperatura do ponto mais quente do enrolamento. ■ Esta elevação de temperatura é uma função da corrente de carga do enrolamento. ■ O termômetro mede, a temperatura do topo do óleo ao qual é adicionada a elevação de temperatura entre o enrolamento e o óleo adjacente. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Termômetros ■ Em alguns projetos, o dispositivo analógico é construído a partir do dispositivo sensor de temperatura montado no topo do tanque (poço). ■ Um resistor é enrolado ao dispositivo sensor que é parcialmente isolado termicamente do óleo adjacente. ■ O resistor é alimentado por uma corrente proporcional à corrente de carga do enrolamento. O resistor é ajustado de maneira a fornecer uma temperatura no poço igual àquela temperatura do enrolamento medida durante o ensaio de aquecimento. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Termômetros ■ Outros projetos de termômetros realizam a adição isoladamente no termômetro, utilizando apenas a temperatura do topo do óleo e a corrente de carga do enrolamento. ■ Em geral, cada enrolamento é equipado com um termômetro de enrolamento, com exceção para transformador de menor porte, onde apenas um enrolamento é normalmente monitorado. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Metodologia – medição de temperatura direta • Medição direta (fibra óptica) – considerações: – Imagem mais precisa da temperatura no interior do transformador em um ponto fixo; – Dificuldade na previsão com precisão suficiente da temperatura exata do ponto mais quente (hot-spot) para a definição do posicionamento da fibra óptica exatamente nesse ponto; – Aumento do número de pontos de medição pode melhorar a precisão da previsão do ponto mais quente, porém o custo elevado destas fibras ópticas, pode impactar o custo de produção total do transformador. Relevância do controle de temperatura •Consequências da operação dos transformadores de grande porte acima das condições nominais: – Temperatura dos enrolamentos e elementos em contato com a isolação sólida aumentam e podem atingir níveis inaceitáveis: • Deterioração das propriedades mecânicas de isolação do condutor • Envelhecimento acelerado da isolação • Os materiais de vedação podem tornar-se mais quebradiços; – Densidade de fluxo de dispersão fora do núcleo aumenta (aumento do aquecimento por correntes parasitas nas partes metálicas atingidas); – Conteúdo de gás na isolação sólida e óleo se alteram. Tensão Variável - Comutadores A tensão no secundário pode ser alterada deliberadamente, se há uma conexão móvel entre o enrolamento e o condutor. Tal derivação é chamada de tap do transformador. Dependendo de onde o condutor deriva o enrolamento secundário, esse circuito vê uma quantidade efetiva diferente de voltas e, por conseguinte, o transformador tem relação de transformação efetiva diferente. Movendo o tap acima ou abaixo ao longo do enrolamento, a tensão pode ser ajustada. Tensão Variável - Comutadores Transformadores de subestações de subtransmissão, têm geralmente um load tap changer (LTC) para ajustar a conexão. Esses LTCs são ajustados para diferentes valores, de forma a compensar variações no nível de tensão associadas a mudanças na carga. Um trafo/autotransformador variável é feito expondo-se partes das bobinas do enrolamento e fazendo-se a conexão secundária através do deslizamento de um conector, resultando em variação na relação das espiras. Comutador sob carga Comutador sob carga ■ Vídeo sobre comutador sob carga Placa de identificação Conforme recomendação das normas, os transformadores devem incorporar uma placa de identificação incluindo todos os seus parâmetros técnicos nominais, diagrama elétrico e dados de referência do fabricante. Esta placa, usualmente fabricada em aço inox ou alumínio, deve ser afixada em um local visível no equipamento. Buchas As “buchas” de passagem que interligam o terminal da bobina ao circuito externo, atravessadas em seu interior por um condutor de cobre para permitir a continuidade do circuito. Normalmente, elas se situam na tampa superior do tanque do transformador, sendo também comuns as buchas flangeadas fixadas na parede lateral do tanque nas instalações industriais de média tensão. Buchas - Tipos ■ Existem dois tipos de buchas amplamente conhecidas em sistemas elétricos, sendo elas: – bucha não capacitiva (bulk bushing) – bucha capacitiva (condenser bushing). Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Buchas - Tipos Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Buchas de porcelana simples ■ As buchas para níveis de isolamento até 34,5kV são do tipo de porcelana simples (tubo de porcelana marrom vitrificada localizada no lado externo ao transformador). ■ Nas buchas de porcelana simples a isolação na passagem do condutor interno da bucha pelo orifício do tanque do equipamento é feita pela própria parede do tubo de porcelana que constitui a bucha. ■ O condutor está alojado ao longo da cavidade interna do tubo de porcelana, cavidade esta que comunica-se diretamente com o próprio óleo isolante do transformador e é por ele preenchida. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Buchas de porcelana simples F O N T E : L I V R O E Q U I P A M E N T O S D E A L T A T E N S Ã O P R O S P E C Ç Ã O E H I E R A R Q U I Z A Ç Ã O D E I N O V A Ç Õ E S T E C N O L Ó G I C A S BUCHAS DE PORCELANA SIMPLES Buchas condensivas (ou buchas capacitivas) ■ As buchas para níveis de isolamento ≥ 34,5kV ou superiores são do tipo condensivo. ■ A isolação na passagem deste tubo metálico condutor (ligado ao potencial da linha) através do orifício na parede do tanque é feita por meio de um grande número de cilindros de papel isolante, que revestem o tubo ao longo de todo seu comprimento, intercalados por vários cilindros concêntricos de material condutor ou semi-condutor de comprimentos decrescentes, de modo que o conjunto, ou seja, o corpo condensivo da bucha, forme um divisor de potencial capacitivo. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Tipos de isolação – buchas capacitivas OIP ■ OIP (com óleo isolante) - A isolação se dá pelo envolvimento do condutor em papel isolante que depois é tratado e impregnado pelo óleo do transformador. Foram desenvolvidas em torno de 1920. ■ Vantagens: – Livre de descargas parciais – Bom período de uso/experiência – Baixo custo de produção – Temperatura máxima <105°C ■ Desvantagens: – Requer isomento inflamável – Requer suporte mecânico – O núcleo pode cair dentro do tanque do transformador se o isolador for danificado – Possível perda de isolamento Tipos de isolação – buchas capacitivas RIP ■ RIP (Resin Impregnated Paper) – Foram desenvolvidas em torno de 1950. Neste tipo de bucha o condutor é envolto em papel crepado, que depois recebe resina líquida disposta em um molde. Esta composição é então encaminhada ao forno de impregnação e vácuo para cura e endurecimento. ■ Vantagens: – Mantém a estanqueidade em sistema de óleo e gás – Não requer o uso de isolador na parte imersa no óleo – Não inflamável – Pode operar, temporariamente mesmo com o isolador danificado – O corpo é fixado na flange – Excelente comportamento mecânico – Livre de descargas parciais – Bom período de uso – Permite qualquer ângulo – Temperatura máx. < 120°C ■ Desvantagens: – Custo de produção mais alto Buchas condensivas (ou buchas capacitivas) Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Conservador (ou tanque de expansão) ■ Reservatório auxiliar ligado ao tanque principal, destinado a mantê-lo sempre cheio de óleo e compensar as variações do nível do mesmo com a temperatura. ■ É utilizado com as seguintes finalidades: – Evitar o contato do óleo aquecido com o ar, de modo a impedir a oxidação do mesmo; – Compensar as variações do volume do óleo, decorrentes das mudanças de temperatura interna do transformador com a variação da temperatura ambiente; – Evitar a entrada de ar úmido impedindo, assim, a condensação de vapor d’água no interior do tanque. Conservador (ou tanque de expansão) O conservador é ligado à tampa superior do tanque do transformador através de um tubo que penetra cerca de 50 mm no conservador, para evitar que resíduos de ferrugem penetrem no tanque. Com as variações da temperatura no interior do transformador haverá variação do nível de óleo, a qual será compensada no conservador. O bujão inferior serve para drenar o óleo impuro e úmido que se deposita no fundo do conservador. CONSERVADOR (OU TANQUE DE EXPANSÃO) Secador de ar (respirador) O secador de ar (respirador) é conectado na extremidade de um tubo externo ao tanque e segue até a parte superior do transformador, onde se localiza o conservador. O ar que entra e sai do conservador, acompanha as variações do volume de óleo, passa pelo secador e retém nele sua umidade. SECADOR DE AR (RESPIRADOR) Relé de gás (Buchholz) A presença de gás livre pode ser uma indicação de evolução de falta incipiente dentro do transformador ou uma indicação de entrada de ar no sistema de circulação de óleo. O relé de gás combina duas funções de supervisão: Coletar bolhas livres de gases presentes no fluxo de óleo da tubulação entre o tanque e o conservador. Elevação súbita do fluxo de óleo na tubulação entre o tanque e o conservador. Relé de gás (Buchholz) A proteção é ajustada de maneira que, quando um volume de gás acumulado na câmara de gás do relé ultrapassa o valor do volume de ajuste, um sinal de alarme é disparado.Todavia, comando de desligamento não é inicializado. A elevação súbita do fluxo de óleo é, em geral, uma indicação de falta severa. A proteção é ajustada de maneira que, quando a velocidade do fluxo de óleo ultrapassa o valor da velocidade de ajuste, um comando de desligamento do transformador é estabelecido. RELÉ DE GÁS (BUCHHOLZ) Relé de gás (Buchholz) Relé de pressão súbita ■ O relé de pressão súbita é ajustado para disparar quando o valor de ajuste da pressão de onda de óleo é atingido, em geral associada à ocorrência de falha interna (arco elétrico). ■ Este tipo de relé permite uma detecção precoce de uma falta interna ao transformador, permitindo um desligamento rápido deste. ■ Este relé é normalmente utilizado nos Estados Unidos da América (EUA), como um complemento ao relé de gás. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Válvula de alívio de pressão ■ A válvula de alívio de pressão objetiva limitar a evolução de sobrepressão interna ao tanque, associada a uma falta interna. Em geral, esta proteção contribui para reduzir o risco de expulsão de óleo e/ou ruptura mecânica do tanque. ■ A válvula de alívio de pressão tem aceitação limitada. ■ Para falhas severas em um transformador, a distância até a válvula é elevada e/ou sua capacidade de escoamento do óleo é reduzida, o que não elimina a possibilidade de ruptura do tanque. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Válvula para retirada de amostras de óleo ■ Normalmente os transformadores de maior porte são providos de registros (válvulas), as quais são instaladas nas partes superior e inferior do tanque principal (e também no tanque do conservador de óleo) e têm como finalidades principais: – permitir a coleta (amostra) do óleo para ensaios; – permitir a drenagem do óleo (escoamento); – permitir filtragem do óleo, o que é efetuada através de um bombeamento para uma máquina externa denominada ‘’filtro-prensa’’. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Indicadores ■ Indicador de fluxo de óleo – Utilizados para mostrar o controle do fluxo de óleo entre o tanque e os resfriadores. Estes indicadores de fluxo são equipados com contatos de alarme. ■ Indicador de nível de óleo – Indicador de nível de óleo é utilizado para mostrar o nível de óleo no conservador. Estes indicadores de nível são equipados com contatos de alarme. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Transformador Trifásico 680MVA – 525-18kV ■ UHE Belo Monte ■ 18 unidades + 2 unidades reserva Parâmetros de Operação ■ A operação de um transformador é controlada pelos seguintes parâmetros: – Corrente de carga. – Tensão de alimentação. – Frequência. – Temperatura ambiente. ■ Para condições nominais, todos os quatro parâmetros têm um valor unitário (1,0 pu). ■ Em operação normal, frequência e tensão permanecem com valor próximo de 1,0 pu, enquanto a corrente de carga pode variar de 0 até valores acima de 1,0 pu. ■ Quando esses quatro parâmetros são conhecidos, é possível especificar os dados técnicos para um transformador. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Dados de Especificação ■ A especificação de um transformador define e descreve as propriedades operacionais a que este estará submetido. Em geral, contém informações relacionadas ao seguinte: – Regime normal de operação. – Condições anormais de operação. – Avaliação de perdas. ■ O regime normal de operação é controlado pelos seguintes parâmetros: – Potência nominal. – Tensões, incluindo tensões de taps (se existentes). – Grupo vetorial. – Frequência. – Meio de resfriamento. – Temperaturas de projeto. – Impedâncias. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Especificação para projeto e fabricação ■ A elaboração de especificações técnicas adequadas para a aquisição de transformadores deve envolver minimamente os seguintes aspectos: – Características elétricas requeridas para o transformador. – Características do carregamento simultâneo em transformadores de três enrolamentos. – Características de regulação de tensão, incluindo faixa de regulação necessária e a tensão por cada um dos degraus de regulação da faixa de regulação de tensão. – Características térmicas de desempenho do núcleo, enrolamentos, tanque e acessórios do transformador. – Características dielétricas de desempenho do transformador. – Características mecânicas de desempenho do transformador. – Características detalhadas do ambiente do local da instalação. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Especificação para projeto e fabricação – Características da expectativa de carregamento definidas através de ciclos de carga típico esperado para o local de operação do transformador e ao longo do tempo correspondente a sua expectativa de vida. – Característica de expectativa de vida útil do transformador compatível com a expectativa de tempo do retorno financeiro do projeto da instalação de interesse. – Requisitos de revisão de projeto que certifiquem o desempenho elétrico, térmico, dielétrico e mecânico do transformador. – Requisitos de ensaios (rotina, especial e de tipo) que qualifiquem o desempenho elétrico, térmico, dielétrico e mecânico dos materiais, acessórios e do transformador completo. – Requisitos de verificação e certificação da expectativa de vida operacional do transformador. – Requisitos de reprovação e/ou penalizações nos casos de falhas de cumprimento dos requisitos de desempenho especificados. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Dados de Especificação ■ Condições anormais de operação podem conter informações e requisitos para sobrecorrentes e sobretensões. Outros requisitos são a interação entre o transformador e o sistema de potência. ■ O projeto do transformador permite frequentemente uma certa otimização entre perdas e custos de fabricação. Dessa forma, é importante conhecer o valor de perdas em vazio e perdas em carga, quando da etapa de projeto do transformador. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Capitalização de Perdas em Vazio e em Carga ■ A avaliação do preço de um transformador inclui a capitalização das perdas em vazio e perdas em carga correspondentes. ■ A forma convencional de capitalização de perdas é incluir, na especificação, um valor de preço específico ($/kW) para perdas em vazio e outro preço específico ($/kW) para as perdas em carga. ■ Assim, o fabricante pode otimizar o projeto do transformador que atende aos requisitos de perdas e preço especificados. ■ A avaliação de perdas constitui uma boa estimativa dos custos de capitalização para as perdas de um transformador. Fonte: Livro Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Design Review • Informações Fundamentais para o Design Review: – Projeto Térmico – Características Mecânicas – Características Elétricas • Aspectos da Interação Transformador-Sistema Normas ABNT NBR 5356 – Transformadores de Potência, em todas as suas partes; ABNT NBR 15422 – Óleo Vegetal Isolante; ABNT NBR 16126 – Projeto Mecânico de Transformadores e Reatores; ABNT NBR 16367 – Acessórios para Transformadores, em todas as suas partes; IEC 60076 - Power transformers. ANSI/IEEE Std C57.19.00-1997 - IEEE Standard General Requirements and Test Procedure for Outdoor Power Apparatus Bushings; ANSI/IEEE Std C57.19.01-2000 - IEEE Standard Performance Characteristics and Dimensions for Outdoor Apparatus Bushings; ANSI/IEEE Std C57.19.100-1995 - IEEE Guide for Application of Power ApparatusBushings. IEEE “C57.143-2012 - IEEE Guide for Application for Monitoring Equipment to Liquid-Immersed Transformers and Components” Ensaios de rotina ■ Os ensaios de rotina, segundo ABNT NBR 5356-1 são os seguintes: – Medição da resistência dos enrolamentos; – Medição da relação de transformação e polaridade e verificação do deslocamento angular e seqüência de fases; – Medição da impedância de curto-circuito e das perdas em carga; – Medição das perdas em vazio e corrente de excitação; – Ensaios dielétricos de rotina; – Ensaios de comutador de derivações em carga, quando aplicável; – Medição da resistência de isolamento; Ensaios de rotina – Estanqueidade e resistência à pressão, a quente em transformadores subterrâneos de qualquer potência nominal e à temperatura ambiente nos demais transformadores de potência nominal igual ou superior a 750 kVA; – Verificação do funcionamento dos acessórios; – Ensaios de óleo isolante para transformadores de tensão nominal ≥ 72,5 kV, ou potência ≥ 5 MVA: ■ rigidez dielétrica; ■ teor da água; ■ fator de perdas dielétricas ou fator de dissipação; ■ tensão interfacial; – Verificação da espessura e aderência da pintura da parte externa de transformadores com Um ≥ 242 kV. Ensaios de tipo ■ Os ensaios de tipo, segundo ABNT NBR 5356-1 são os seguintes: – Ensaio de elevação de temperatura; – Ensaios dielétricos de tipo; – Ensaios de óleo isolante para transformadores de tensão nominal < 72,5 kV: ■ rigidez dielétrica; ■ teor da água; ■ fator de perdas dielétricas ou fator de dissipação; ■ tensão interfacial. Ensaios especiais ■ Os ensaios especiais, segundo ABNT NBR 5356-1, são os seguintes: – Ensaios dielétricos especiais; – Medição das capacitâncias entre o enrolamento e a terra, e entre os enrolamentos; – Medição das características da tensão transitória transferida; – Medição da(s) impedância(s) de seqüência zero em transformadores trifásicos; – Ensaio de suportabilidade a curto-circuito; – Determinação do nível de ruído audível; – Medição de harmônicas da corrente de excitação; – Medição da potência absorvida pelos motores das bombas de óleo e dos ventiladores; Ensaios especiais – Medição do fator de dissipação (tg δ) da isolação (medição do fator de potência do isolamento). Estes são valores de referência para comparação com medições no campo. Não são especificados limites para estes valores; – Análise cromatográfica dos gases dissolvidos no óleo isolante; – Vácuo interno; – Ensaio para verificação do esquema de pintura das partes interna e externa do transformador, conforme ABNT NBR 11388; – Nível de tensão de radiointerferência; – Medição da resposta em freqüência e impedância terminal; – Ensaio do grau de polimerização do papel; – Medição do ponto de orvalho; – Levantamento da curva de saturação e medição da reatância em núcleo em ar do enrolamento. Exemplo de aplicação – Autotransformador ■ AUTOTRANSFORMADOR, TRIFÁSICO, 362kV, 150/150-50MVA, 345+-2x2,5%/138-13,8kV, 60Hz, NI 460/1050/850 kV, ONAN/ONAFI/ONAFII, LIGAÇÃO YnA0d1, ISOLAÇÃO ÓLEO. ■ Altura: 8.200mm ■ Largura: 11.200mm ■ Profundidade: 5.500mm ■ Peso total: 144.500kg ■ Peso para transporte: 92.700kg AUTOTRANSFORMADOR 150MVA AUTOTRANSFORMADOR 150MVA AUTOTRANSFORMADOR 150MVA AUTOTRANSFORMADOR 150MVA Exemplo de Aplicação – Autotransformador ■ AUTOTRANSFORMADOR, MONOFÁSICO, 362kV, 125/125- 2MVA, 345/√3 ± 2x2,5%/138/√3 ± 10% -13,8 kV, 60Hz, NI 460/1050/850 kV, ONAN/ONAFI/ONAFII, LIGAÇÃO YnA0d1, ISOLAÇÃO ÓLEO, USO EXTERNO. ■ Altura: 7.700mm ■ Largura: 5.700mm ■ Profundidade: 5.000mm ■ Peso total: 106.000kg ■ Peso para transporte: 72.150kg AUTOTRANSFORMADOR (MONOFÁSICO) 125MVA AUTOTRANFORMADOR (MONOFÁSICO) 125MVA AUTOTRANFORMADOR (MONOFÁSICO) 125MVA Exemplo de Aplicação –Transformador ■ TRANSFORMADOR, TRIFÁSICO, 500 ± 2x2,5%-138 ± 10% kV, 300-300MVA, ONAN/ONAFI/ONAFII, 60HZ, LIGAÇÃO YNyn0, ISOLAÇÃO ÓLEO, USO EXTERNO. ■ Altura: 9.500mm ■ Largura: 11.700mm ■ Profundidade: 9.300mm ■ Peso total: 302.000kg ■ Peso para transporte: 205.000kg TRANSFORMADOR 300MVA TRANSFORMADOR 300MVA TRANSFORMADOR 300MVA VÍDEOS Vídeos complementares sobre transformadores. Referências Edições Furnas Centrais Elétricas – Equipamentos Elétricos, Especificação e Aplicação em SE’s de AT. Equipamentos de Alta Tensão Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas Apresentação Prof. Luiz Henrique Silva Duarte ABNT NBR 5356 – Transformadores de Potência Manual de Instruções – Weg Apresentação MGC – Moser Glaser (Buchas)