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HABILITAÇÃO: LICENCIATURA EM FILOSOFIA – SEGUNDO SEMESTRE DISCIPLINA: FILOSOFIA ANTIGA II MCKIRAHAN, Richard D. A Filosofia Antes de Sócrates, Uma introdução com textos e comentários. São Paulo: Paulus, 2013. Alma Viva em Heráclito Sigo como base deste texto o fragmento de Heráclito de Éfeso: “10.105 (117) Um homem, quando embriagado, é conduzido por um menino, trôpego e sem saber para onde vai, uma vez que sua alma está molhada”. (MCKIRAHAN, 2013, p. 216) Argumentação Averiguando este fragmento, Heráclito mostra que caso a alma do homem esteja em um estado diferente do que ela é originalmente, ela não é mais a mesma, necessitando assim do auxílio de outros (as) para poder guiar-se. Para ficar mais nítida essa ideia, em outro fragmento, Heráclito diz em 10.103 (77) que “para as almas, o tornar-se úmido é a morte” e em 10.104 (118) que “um brilho de luz é uma alma seca, mais sábia e melhor”. E como cita o comentador, “a doença enfraquece a alma juntamente com o corpo” (MCKIRAHAN, 2013, p. 246), dizendo que ambos – alma e corpo – estão em conjunto e assim o que ocorre de mal em um, ocorrerá também no outro, por exemplo. Portanto, se a alma estiver contrária ao seu “estado original” (como úmido, por exemplo), estará morta; mas caso se mantenha “seca”, será mais sábia e melhor, logo, viva, e poderá guiar o homem sem que este necessite da ajuda de terceiros. Relevância Podemos interpretar que Heráclito diz que uma alma viva é a que mantém o homem “dono de si”, no sentido de poder tomar as próprias ações e agir segundo suas intenções. Mas, caso ela seja uma alma morta, ela necessitará de ajuda, pois “fica incapacitada de realizar sua função de governar nossas ações” (MCKIRAHAN, 2013, p. 245).
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