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Jackson.dias@castanhal.ufpa.br WhatsApp: 91 983599717 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CASTANHAL FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA Identificação: Curso: Licenciatura em Educação Física Disciplina: Metodologia do Ensino de Educação Física Docente: Lílian Silva de Sales Discente: Jackson dos Santos Dias Questões para o estudo do livro Pedagogia da Autonomia 1- Paulo Freire preconiza uma relação de co-dependência entre o educador e o educando afirmando que não há docência sem discência, explique essa relação ressaltando as dimensões as quais o trabalho pedagógico exige. R= “Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro” (FREIRE, 2002, p12). O que Paulo Freire quis dizer que ambos são os protagonistas na educação não a passividade nessa relação. É preciso se desprender, do que Freire considera de Educação bancária, onde o professor deposita no aluno o conhecimento, mas de ter a consciência quem ensina pode aprender e vice-versa. Ao professor cabe despertar a curiosidade e o senso crítico de seus alunos e que ele não é uma caixa vazia. E ao aluno perceber que o professor não é aquele autoritário dono do saber absoluto, e que ele pode construir e reconstruir o conhecimento ao lado de seu professor. 2- O que você entende sobre a afirmação de que ensinar não é transferir conhecimento? R= É preciso está claro para o professor autônomo que seus alunos não recipientes vazios que através de seus ensinamentos reproduzirá em seus alunos, indivíduos do seu próprio eu, ou pior, considerá-los apenas como índices, notas, conceitos, etc., de um sistema educacional ou de uma GRADE curricular, todavia, ter a sapiência que seus aprendizes são sujeitos de sua própria cultura, história, possuidores de valores e conhecimentos, mesmos que adquiridos fora do eixo escolar possuem um grande valor. É saber que adestrar não é sinônimo de ensinar, memorizar não é aprender, que o papel do aluno não é o de reproduzir conhecimento, mas o de superá-lo, e que o papel do professor autônomo não é o de ensinar conteúdo, mais sim, de pensar (pensar certo). O papel do professor é manter-se aberto a curiosidade, dúvidas e inquietações de seus alunos e está atento também ao silêncio, a timidez e suas inibições, para a construção de sujeitos mais participativos, questionadores e criativos. mailto:Jackson.dias@castanhal.ufpa.br Jackson.dias@castanhal.ufpa.br WhatsApp: 91 983599717 3- O inacabamento é característica de todos os animais, mas nos seres esse inacabamento é vivenciado de forma diferente. O que diferencia e a experiência de inacabamento de homens e mulheres dos demais animais? R= O ser humano não só adaptou-se a natureza, mas, diferente dos animais, ele a interfere e a transforma, pois só nos seres humanos este inacabamento se tornou consciente. E essa relação não se dá só de forma biológica, mas também de forma histórica, cultural e pela complexidade de sua linguagem e comunicação. A mulher e o homem também agem através dos seus juízos de valores a que denominamos de ética. Em quanto os animais agem instintivamente . 4- É possível um educador ou uma educadora não assumirem a responsabilidade ética com o engajamento político da prática pedagógica? Justifique sua resposta baseado/a nas explicações do autor. R= Não, pois até aquele que optou pela neutralidade fez a sua escolha política. Os projetos políticos pedagógicos são carregados de ideologia, pois carregam suas crenças e valores, negando ou excluindo aquilo que não é considerado importante, geralmente feitos pelos ditos grupos de intelectuais. O professor democrático dentro de sua ética, sabe que são as escolhas que transformam o mundo em pior ou melhor, o professor que impede seu aluno em ser curioso, que opta por uma aula mecânica, onde só ele é o protagonista, ele acaba eliminando a liberdade de seu aluno. E não confundir a sua autoridade em sala de aula com o autoritarismo e entender que a liberdade não é sinônimo de indisciplina. O professor deve ter a prática de Educação Humanizada, aquela que favorece a participação do sujeito no mundo e não aquela que prepara o aluno pra uma pseudo- realidade que um sistema lhe impôs. É compreender que ele pode ter uma posição política e que pode também respeitar as de seus alunos. 5- Que elementos o autor utiliza como argumento para justificar o a ideia de que ensinar é uma especificidade humana? R= Antes de ensinar o ser humano aprendeu, a curiosidade o levou a criatividade e sua criatividade a compreensão, só quem apreendeu o conhecimento, pôde um dia ensinar. Então o ser humano como um ser inacabado está sempre construindo e reconstruindo o seu conhecimento, são as possibilidades que lhe aparecem o que permiti está sempre modificando a sua natureza. No cap. 3 Paulo Freire diz que ensinar é humano quando o professor mostra a segurança em si mesmo, competência (na qualidade de sua formação), a generosidade, o seu comprometimento( estudar permanentemente e lutar por melhores condições de trabalho), o saber escutar, está disponível ao diálogo, professor tem o direito de errar e de revê a suas posições, tudo isso para o bem de seu aluno. mailto:Jackson.dias@castanhal.ufpa.br Jackson.dias@castanhal.ufpa.br WhatsApp: 91 983599717 6- Muito tem se falado nos últimos anos que a educação deve se dar livre de ideologia, o que o autor pensa sobre isso? Explique. R= Para Paulo Freire, toda educação está carregada de ideologia, mesma aquela que se disfarça de neutra, pois somos condicionados as ideias que nos circulam. Ao escolher o que deve ser estudado, o que pode nos servir, o que se pode deixar de lado, muitas vezes essas decisões estão na mãos de burocratas que procuram se manter no poder. Tudo isso para que acharmos natural a desigualdade, os privilégios de poucos, a ideologia nos embaça a visão para não enxergarmos que somos nós, mulheres e homens, que fazemos as nossas próprias histórias a partir das nossas decisões. É preciso se compreender essa ideologia pra que possamos tentar escapar dela, e que ensinar é convencer que a mudança é possível. 7- É possível ensinar sem considerar os saberes do educando? Por quê? R= Segundo Paulo Freire é impossível desconsiderar os saberes dos alunos, pois como sujeitos históricos, eles trazem saberes adquiridos da família, amigos, parentes, internet, tv, ... e que o aluno não só aprende com a figura do professor, no entanto, aprende também no convívio com a classe, com os funcionários da escola e nas brincadeiras. Então negar o saber dos alunos é negar a sua liberdade, é necessário construir o saber junto com o aluno e não para o aluno. Os saberes dos alunos devem está conectados aos saberes do conteúdo, a aprendizagem não deve está desconectada a realidade do aluno e na aplicabilidade do seu cotidiano, é saber que só o conhecimento critico é que pode mudar a sua situação. 8- Segundo o autor, qual o papel do/a educador/a no processo de ensinar e aprender? R= O papel do professor é sempre escapar do comodismo, estando sempre curioso e atento a novas possibilidades de ensinar e aprender. Que contribui para formação de sujeitos de consciência crítica, que repassa valores éticos, ensina e aprende com humildade, sem preconceitos e dogmas. Ensinando a pensar certo, que relaciona as matérias, conteúdos com a realidade de seu aluno, lhe oferecendo ferramentas para mudança de situação que vive, construindo o conhecimento junto de seu aluno. Para Paulo Freire o professor não deve se contradizer ao seu discurso, sendo a confirmação viva do que ensina. Que optou por uma educação mais humanizadora, democrática e libertadora. Que possui autoridade sem ser autoritário. Que não esconde de seu aluno a suaposição política, que lutar por melhores condições de trabalho, que não transfere em seu aluno o desprezo que o estado tem por ele. mailto:Jackson.dias@castanhal.ufpa.br Jackson.dias@castanhal.ufpa.br WhatsApp: 91 983599717 9- A leitura do texto sugere que o exercício da função docente implica uma série de exigências que se articulam. Recupere de forma sintática, com o seu próprio texto, quais essas exigências? R= Ensinar exige rigorosidade metódica. Criar condições para uma aprendizagem crítica, ensinar a pensar certo, ajuda na construção de um conhecimento novo. Ensinar exige pesquisa. A pesquisa deve ser o trabalho permanente do professor para descobrir e aprender mais, buscar e aprender e construir junto o conhecimento novo. Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos. Relacionar os saberes dos alunos com os conteúdos ministrados na aula Ensinar exige criticidade. Refletir criticamente a realidade. É a busca da curiosidade epistemológica rompendo com a ingenuidade, não aceitação do discurso autoritário. Ensinar exige estética e ética, é a decência e a boniteza de mãos dadas, a possibilidade e o direito de mudar de ideia. Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo, é ser exemplo da confirmação viva do que ensina. É escapar do fingir que ensina, fingir que aprende. Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação. É realizar a desconstrução da violência, a escola deve correr o risco de interagir com o mundo Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática. É fazer e repensar o próprio fazer, consciência e busca de mudança da sua própria situação. Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural. É criar condições para que os alunos possam se assumirem como sujeitos históricos, a reflexão sobre si mesmo. Ensinar exige consciência do inacabamento é compreender que o ser humano está constantemente transformando o meio em que vive, que o ser humano é imperfeito e em construção Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado, favorecer a participação do aluno no mundo. Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando, ética na prática docente, respeito as diferenças, é o respeito a identidade, a cultura e a curiosidade de seus alunos. Ensinar exige bom senso. Está flexível as dificuldades de seus alunos no processo de aprendizagem. está atento aos sinais silenciosos de seus alunos, relação de confiança aluno e professor. Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores, defesa por melhores condições de ensino e luta pela dignidade da profissão do professor. mailto:Jackson.dias@castanhal.ufpa.br Jackson.dias@castanhal.ufpa.br WhatsApp: 91 983599717 Ensinar exige apreensão da realidade. É dá oportunidade ao aluno de apreender, interpretar e corrigir informações, É além de repetir o conhecimento, mas superá-lo. Ensinar exige alegria e esperança. Não se conformar com o mundo tal como ele é. Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. É ser revolucionário diante as injustiças. Ensinar exige curiosidade. A curiosidade é o desejo de conhecer, de buscar saber Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade. Exige respeito mútuo, onde ocorra uma relação justa, equilibrada e generosa, fugir do mandonismo e praticar a autoridade democrática ( liberdade autonomia do aprendizado). Ensinar exige comprometimento. Ser claro, seguro, solidário e aberto a críticas e novas ideias, e constantemente autocritico. Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo. Intervir no mundo com criatividade. Ensinar exige liberdade e autoridade. O diálogo franco e de respeito entre professor e o aluno, o limite da liberdade é a ética. Ensinar exige tomada consciente de decisões. Fugir do autoritarismo, não existe educação neutra Ensinar exige saber escutar. Não reproduzir falas impositivas, o professor precisa aprender falar escutando, é ouvir para conhecer as duvidas, buscar entender o outro, respeitar os diferentes, falar com os aluno não aos alunos. Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica. Escapar da alienação, compreender e tentar não cair das armadilhas das ideologias dominantes. Ensinar exige disponibilidade para o diálogo. É o respeito as diferenças, mante- se aberto ao conhecimento histórico-social de seu aluno, aluno e professor procuram aprender com suas diferenças. E por fim, ensinar exige querer bem aos educando. Sem medo de demonstrar afeto aos alunos, expressar o gosto de ensinar e sua esperança em seus alunos. 10- O que você aprendeu com essa leitura? R= O livro "Pedagogia da Autonomia" nos convida a uma leitura leve e nos chama a tomar uma visão crítica sobre seu ponto de vista do que é ensinar. Sobre como pode ser prazerosa a relação professor/aluno quando saem das amarras da burocracia do ensino, do autoritarismo, e de métodos mecânicos. Que ambos são os protagonistas na educação, que o aluno pode aprender e ensinar com o professor, em busca de uma aprendizagem crítica, que ambos podem lutar por uma vida mais digna, por melhores condições de trabalho (para o professor) e de qualidade de ensino e bem mailto:Jackson.dias@castanhal.ufpa.br Jackson.dias@castanhal.ufpa.br WhatsApp: 91 983599717 estar escolar, que não se deixam cair nas armadilhas ideológicas que as condições de suas realidades são naturais, ambos devem manter críticos a essas posturas ideológicas e que a mudança de suas realidades são possíveis desde que haja luta. Firmar uma posição política é ser autêntico aos seus alunos. Todos esses pontos é que fazem a Pedagogia ser autônoma. mailto:Jackson.dias@castanhal.ufpa.br
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