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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCACAO BASICA 2

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO 
DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
 
PROFESSOR: RAFAEL ROLIM 
 
ALUNO(A): ANA PAULA RIOS MORAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA – CE 
2020.2 
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Em nossos encontros (aulas remotas) foram tratados sobre vários temas que se 
referem à estrutura e o funcionamento do ensino básico do nosso país. Nos 
capítulos do livro Estrutura e Funcionamento da Educação Básica da prof.ª Sofia 
Lerche, estudamos e também foram debatidos conceitos, legislação e o 
financiamento da educação; nos aprofundamos nas informações sobre os 
indicadores da Educação Básica, considerando aspectos quantitativos e 
qualitativos. Sabemos o quanto esses assuntos são importantes e 
indispensáveis para compreender todo o contexto geral da educação brasileira 
e das escolas, em particular; e é na escola que tudo acontece. Sendo tratados 
também os aspectos relativos aos professores e à gestão escolar. 
 
Apresentamos as considerações sobre os professores e a gestão das escolas, 
aprofundando-se nas questões relativas às políticas para o magistério. 
Discutimos os temas com ênfase no processo de globalização, assim como no 
papel das agências internacionais na concepção de políticas de formação dos 
docentes. Sendo analisadas as contribuições dos sistemas escolares eficazes 
para o conhecimento da importância dos professores. Destacando-se que o 
Brasil não tem desenvolvimento e nem estratégias inovadoras em relação, sendo 
inadiável rever a agenda de nossas políticas educacionais neste campo. 
 
Houve também uma discussão sobre a escola, a gestão e os professores, sendo 
bem mais aprofundado nas questões relativas ao magistério. Sabemos que é 
extremamente necessário sempre retomarmos os debates sobre a escola com o 
objeto de análise, compreendendo-a como espaço de materialização das 
políticas educacionais e, portanto, de interesse para o conhecimento da 
Estrutura e do Funcionamento da Educação Básica brasileira. 
 
Ressalto que a escola deve ser sempre reconhecida como espaço de 
operacionalização das políticas educacionais e, por isso mesmo, podemos 
considerar como um “lugar onde tudo acontece”. Foram apresentados 
indicadores que mostram a heterogeneidade das escolas brasileiras, havendo 
imensas disparidades entre os sistemas e as redes, situação que se aprofunda 
na comparação entre as regiões. Apesar das desigualdades nas condições de 
infraestrutura, é interessante observar que em todo o país há unidades que têm 
evidenciado maior poder de superação dos problemas existentes, contribuindo 
para a socialização e a melhoria do desempenho escolar dos alunos. 
 
Foram também apresentados nos debates em sala de aula os resultados de 
estudos que têm revelado características comuns às escolas que fazem a 
diferença na vida dos estudantes brasileiros. A disseminação de uma cultura de 
sucesso escolar permanece como desafio para a política e a gestão da 
Educação Básica no Brasil. Sabemos que a verdadeira intenção que passamos 
com nossos debates é a intenção em apreender aspectos que definem sua 
especificidade. A estrutura e o funcionamento das escolas brasileiras estão 
longe de ser homogêneos, ou seja, o padrão de qualidade do sistema escolar 
difere em decorrência de inúmeros fatores; sabendo que isso deve ser mudado. 
 
 
 
 
 
 
 3 
Quando li e analisei o artigo do autor Luiz Alberto Oliveira Gonçalves (Movimento 
Negro e Educação), percebi que ele se organiza em torno das hipóteses 
sugeridas pelo conteúdo de documentos consultados, buscando explicar a 
precária situação educacional dos jovens negros brasileiros, a partir de dois 
grandes eixos a quem têm estruturado – a exclusão e o abandono. 
 
Examinando as políticas de oferta de educação nos séculos XIX e XX fica 
bastante evidente as constantes omissões do Estado em relação à população 
negra brasileira, embora essa ameaça de extinção do escravismo e as grandes 
e bruscas mudanças na organização do trabalho no país, tenham forçado a 
incluir, em nossas discussões, uma das maiores problemáticas da educação das 
crianças escravizadas, libertas ou até mesmo livres. Destacando-se bem, que o 
artigo, traz uma gigantesca importância das organizações negras brasileiras. 
 
Ao longo do século XX, na luta pelo direito à educação, seja combatendo o 
analfabetismo e até mesmo incentivando os negros a se educarem, seja criando 
aulas, cursos de ensino regular e/ou extensão, assim como outras modalidades 
de ensino também, mesmo apesar das dificuldades que existe no país para 
mantê-los. Assim sendo, elas são destacadas como ideias, grandes ideais, 
iniciativas sendo bem vistas de um lado positivo por conta da imprensa negra 
dos anos 20, e ao final dos anos 30, de diferentes entidades no final dos anos 
40, só que no decorrer dos anos 50, destacadamente nos anos 80, em sequência 
disso foi feita a criação do Movimento Negro Unificado. 
 
Já na década de 90, com seus traços multiculturais e interculturais, fizeram-nos 
pensar em um grande problema que poucos acreditavam que um dia 
pudéssemos discutir sobre. Como era difícil essa discussão, e até parecia coisa 
de outro mundo, jamais vista. Mas não é e nem foi exatamente assim. Afinal de 
contas, como poderíamos pensar em aumentar o índice de estudantes negros 
nas universidades do Brasil? 
 
Tratando-se de que algumas experiências terem sido tentadas, como, por 
exemplo, os pré-vestibulares para pobres e negros (pessoas com baixíssimas 
rendas). Porém algumas dessas propostas terem sido feitas: por meio de ações 
afirmativas e também os sistemas de cotas (USP, 1996; Silva, 1999b). 
 
Enfim, é extremamente necessário refletir sobre toda essa história que pouco 
temos a contar, a falar e analisar. Esperamos que tudo seja feito, e é exatamente 
neste sentido, que só nos cabe duas grandes e importantes expectativas: 
participar de todo esse processo e nos envolver muito mais, de corpo e alma 
nesses eventos que são tão atuais, emocionantes, arrebatadores e muito 
interessantes desses nossos tempos em que estamos. Isso é necessário! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
Na aula em que tratamos sobre o livro Ofício de Mestre: Imagens e Autoimagens, 
de Miguel G. Arroyo, traz inúmeras reflexões, no mínimo necessárias, sobre 
imagens e autoimagens daqueles que exercem o ofício de mestre nos tempos 
atuais: os professores. 
 
Debatemos, que ocorre uma linguagem simples e objetiva, com reflexões e 
comentários sobre o magistério, o ofício de mestre, é um termo utilizado 
frequentemente ao longo do livro para denominar, de um modo talvez mais 
lúdico, a função, a ocupação exercida pelos professores, independentemente 
das semelhanças e diferenças existentes entre os conteúdos ministrados. Claro 
que, baseado em uma vasta experiência como profissional da educação e nas 
áreas teórica (como pesquisador) e prática (como professor). 
 
Percebi que o autor busca oferecer reflexões sobre as várias dificuldades e 
desafios encontrados pela no dia a dia. Apesar dos obstáculos, eles exercem, 
junto ao aluno, um papel muito maior do que apenas o de meros transmissores 
de conteúdos. E com isso sabemos a importância da autonomia, exercida 
através de transgressões políticas e pedagógicas cultivadas por docentes em 
busca de inovações para uma melhoria das condições do exercício. 
 
O autor não se baseia apenas em suas próprias experiências e vivências 
pessoais como educador para buscar elementos que ajudam a esclarecer, a 
delimitar a proposta de reconstrução da imagem do mestre e de seu ofício. O 
diálogo proposto por ele fala das teorias de Paulo Freire e Jean F. Lyotard, que 
serviu de substrato teórico para trazer mais reflexões importantes sobre o ser e 
o fazer dos docentes. 
 
Compreendo melhor as imagens e autoimagens relacionadas à docência, que 
segundo o autor, tem uma importância no sentido de possibilitar uma reflexão 
mais aperfeiçoada sobre as condições de formação e trabalho do profissional.Quando o autor diz que a infância pode ser uma grande educadora dos seus 
mestres e pedagogos, ele sinaliza que, para haver uma compreensão mais clara 
sobre as imagens e autoimagens referentes à condição docente. Porém, é 
necessário que os professores, busquem a afirmação de identidade, se voltem 
não apenas para as experiências adquiridas em suas próprias infâncias e 
adolescências, mas que acompanhem e compartilhem as vivências e 
experiências dos alunos, tão importantes quanto as do professor no ensino e 
aprendizagem. Segundo o autor, “infância e adolescência são mais do que as 
novas gerações que conduzimos. Nos conduzem.” (p.251). 
 
E tratando-se da abordagem autocrítica e humanista do sempre delicado tema 
"Educação", o livro Ofício de Mestre: imagens e autoimagens oferece aos 
professores e mestres da educação não apenas reflexões pertinentes a mesma, 
mas também questionamentos preciosíssimos relacionados à constituição da 
imagem, referente também à identidade dos que já foram educados e agora, 
professores, cumprem a missão de tornar seus alunos capazes de relacionar-se 
de maneira eficiente com o conhecimento adquirido na escola à realidade, por 
vezes dura, de suas vidas.

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