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Prévia do material em texto

FUNDAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO SUPERIOR A 
DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANDREIA HILÁRIO DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INFANTILIZAÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO CAMPO DA EJA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ 
2021.2 
 
 
 
 
 
A INFANTILIZAÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO CAMPO DA EJA 
 
 
 
 
ANDREIA HILÁRIO DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à banca 
examinadora da Universidade Estadual 
do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – 
Campos dos Goytacazes, como 
requisito parcial para a obtenção do 
título de Licenciatura em Pedagogia. 
 
Orientador: Prof.ª. Dr.ª Suely 
Fernandes Coelho Lemos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ 
2021.2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 03 12 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esta monografia, expressando toda minha gratidão 
a Deus em primeiro lugar, pois sem ele nada aconteceria, 
meu guia, meu amigo de todas as horas, ao qual me 
auxiliou pra que eu chegasse até aqui! E também aos 
amigos de turma apelidada de “Corujinhas”, que muito me 
apoiaram em especial cito “Ana Lúcia Etiene” minha 
eterna amiga! (in memorian) Obrigada meu Deus! 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A todos aqueles que direta e indiretamente contribuíram para que eu 
chegasse até aqui, quero deixar meus sinceros agradecimentos. 
A minha orientadora; Profª Drª Suely Fernandes Coelho Lemos, que 
segurou em minhas mãos e quando eu pensei que não daria mais, ela me 
auxiliou com suas orientações, clareando todo o caminho que percorri ao longo 
da confecção deste TCC. 
Aos meus colegas de turma em especial Amanda Martins, e Ana Lúcia 
Etiene “in Memorian” que agregaram muito em toda jornada acadêmica, 
demonstrando que com parceria e companheirismo, conseguimos conquistar 
nossos objetivos. 
Ao polo de Bom Jesus do Itabapoana, ao qual são muito solícitos sempre 
que temos algo para resolver, e com isso nos sentimos bem, amparados. 
Aqui deixo meu agradecimento por tudo que me foi proporcionado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Não importa o que aconteça, continue a nadar” 
WALTER, GRAHAM, PROCURANDO NEMO,2003 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O questionamento sobre a infantilização no segmento da Educação de Jovens e 
Adultos (EJA), é suscitado nesta monografia tendo em vista a observação de 
que alguns educadores, desta modalidade de ensino, ainda desenvolvem suas 
aulas utilizando métodos e comportamentos próprios da educação infantil, mas 
que inadequados para a educação de jovens, adultos e idosos. Nesse sentido, 
o objetivo deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é discutir a metodologia 
de ensino na EJA, analisando o processo de infantilização, utilizado por alguns 
professores, ao trabalhar os conteúdos na sala de aula. Para responder a esse 
objetivo realizamos uma pesquisa de natureza qualitativa, cujo método foi a 
pesquisa bibliográfica de obras de autores renomados, artigos, entre outras 
publicações, que tratam dessa temática. Os estudos e a pesquisa realizados 
apontaram para reflexão no que diz respeito aos métodos pedagógicos utilizados 
na EJA, envolvendo o ensino e aprendizagem desse grupo, que representa 
significativamente uma parcela expressiva de nossa sociedade. 
 
 
Palavras-Chave: Infantilização; Educação de Jovens e Adultos; práticas 
pedagógicas na EJA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8 
 
1. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: CONCEITOS E HISTÓRICO........ 11 
 
1.1. Conceituando a Educação de Jovens e Adultos....................................11 
 
1.2. Breves considerações históricas sobre a EJA ...................................... 12 
 
2. O PERFIL DE ESTUDANTES E PROFESSORES DA EJA ........................ 17 
2.1. O perfil dos jovens, adultos e idosos da EJA ......................................... 18 
2.2. Quem é o professor da EJA ................................................................ 19 
 
3. A AÇÃO PEDAGÓGICA NA EJA: O PROCESSO DE INFANTILIZAÇÃO..........20 
4. A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DA EJA..................................................24 
 
 
CONCLUSÃO .................................................................................................. 29 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Introdução 
 
Esta monografia tem a intenção de trazer uma reflexão, sobre os métodos 
utilizados no ensino da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a respeito das 
práticas pedagógicas, em especial aquelas que são alvo de discussões por 
infantilizarem o ensino para jovens e adultos. Essa infantilização na maioria das 
vezes resulta em evasões escolares. 
A evasão é um tema bastante desafiador e presente na EJA, e por meio 
das observações no estágio supervisionado e os estudos desenvolvidos na 
disciplina Educação de Jovens e Adultos durante o curso de Pedagogia, 
analisamos que os projetos políticos pedagógicos das escolas que ofertam a 
EJA devem considerar o perfil dos educandos que estão inseridos neste 
segmento. Trata-se de um educando jovem e adulto, que procura a escola 
depois de muitas adversidades e dificuldades, e quando retorna à escola, 
costuma encontrar os mesmos métodos que eram utilizados a muitos, e muitos 
anos atrás, quando ainda eram estudantes da escola regular. 
Esses educandos, apesar de já se encontrarem na fase jovem ou adulta 
de seu desenvolvimento, quando são ensinados em salas de aulas da EJA 
recebem, por vezes, tratamento infantilizado. Alguns educadores da EJA, 
desconsiderando a evolução desse discente ao longo de sua trajetória vivida fora 
da escola e sua realidade atual, pouco valorizam suas experiências e saberes 
construídos no cotidiano quando da ação educativa. 
A questão de estudo que orientou esta monografia foi entender o que 
motiva, o uso da infantilização na EJA, será que os docentes tem em mente o 
papel, que lhes é atribuído nesta modalidade de ensino? O objetivo geral que 
norteou a pesquisa que produziu este trabalho foi discutir a metodologia de 
ensino na EJA, analisando o processo de infantilização, utilizado por alguns 
professores, ao trabalhar os conteúdos na sala de aula. Esse objetivo se 
desdobrou em outros mais específicos que passamos a apresentar: conceituar 
a EJA; analisar os tipos de metodologias adequadas para a EJA; refletir sobre o 
planejamento de aulas na EJA, avaliando a importância do mesmo para esta 
modalidade de ensino; analisar o processo de infantilização utilizado por alguns 
professores ao trabalhar os conteúdos na sala de aula. 
9 
 
 Trabalhamos com a hipótese de que os docentes que estão inseridos 
nesta modalidade de ensino trazem para as salas de aulas métodos, que não se 
encaixam com a realidade dos educandos da EJA, temos educadores que se 
utilizam das mesmas atividades que são passadas às crianças da educação 
infantil e do ensino fundamental regular, além desse possível problema, a 
postura dos docentes perante esses alunos da EJA, se igualam, por vezes, a 
postura que eles têm perante as crianças. 
Para a elaboração desta monografia utilizamos de pesquisas 
bibliográficas, de autores renomados que possuem domínio sobre o tema da 
EJA, consultando seus artigos, entre outras publicações, e cujas produções 
consideramos pertinentes ao tema em análise. Dentre os autoresconsultados 
estão Di Pierro, Joia e Ribeiro (2001) que analisam o cenário da EJA, suas 
implicações com as políticas públicas para esse segmento, bem como o contexto 
da escolarização para os seus sujeitos; Lopes (2008) que aborda os 
condicionamentos de aprendizagem apresentados pelos alunos e que devem ser 
vistos do ponto de vista sócio-históricos, como também os autores Tamarozzi e 
Costa (2009) que ressaltam a compreensão do processo de alfabetização de 
maneira ampla e Freire (1987), cujas obras contribuem fortemente para as 
reflexões sobre a EJA, em especial na ação metodológica e na implicação 
política presente em suas reflexões e produções para a educação de adultos da 
classe trabalhadora. 
 Portanto, exploramos uma abordagem qualitativa, para que pudéssemos 
chegar ao desenvolvimento de todo este TCC. Quando falamos da metodologia 
da pesquisa consideramos que ela é um elemento de grande relevância para a 
pesquisa, pois ela conduzirá todo o processo de busca ou coleta dos dados, da 
análise e da conclusão do estudo. 
A metodologia utilizada neste trabalho foi escolhida por considerarmos 
sua aplicabilidade em estudos no campo das teorias sociais. A opção pelo tema 
investigado, nos leva a compreender a conexão com o contexto e sua história. A 
sua natureza qualitativa funcionou como uma abordagem metodológica, que 
evidenciou que o sujeito observador também é parte integrante do conhecimento 
produzido. 
A pesquisa qualitativa ajuda o pesquisador a se colocar numa posição 
mais sensível, a fatores que afetam seu trabalho e entrosamento com a realidade 
10 
 
pesquisada. Para Bogdan e Biklen (1994, p. 51), “o processo de condução da 
investigação qualitativa reflete uma espécie de diálogo entre os investigadores e 
os respectivos sujeitos, dado estes não serem abordados por aqueles de uma 
forma neutra”. 
A infantilização das práticas pedagógicas na EJA, que é o tema central 
deste TCC, fez com que emergissem diversos subtemas, que nos direcionaram 
a refletir acerca da referida problemática. A escolha do tema fez com que, críticas 
que foram tecidas no decorrer do estágio supervisionado, no qual 
desenvolvíamos estudos práticos referentes à EJA, me impulsionassem a 
realizar um estudo mais intenso sobre o tema abordado. Direcionada pela dúvida 
e curiosidade, os quais são elementos que movem um bom estudo, logo 
aproveitamos a oportunidade para compreender os motivos que levam a tais 
práticas infantilizadas no segmento da EJA. 
 A pesquisa que culminou neste TCC, portanto, ajudou a enriquecer esta 
monografia, despertando assim o interesse em compreender como alguns 
profissionais da EJA realizam práticas tão infantis, com um olhar minúsculo no 
que diz respeito a criticidade para a própria docência. 
Portanto, A pretensão final deste estudo foi compreender o quanto as 
práticas de infantilização pedagógica ainda são evidentes no ensino da EJA, e o 
que tem motivado ou até justificado que tais práticas continuem. 
 A monografia está organizada em capítulos. No primeiro capítulo 
abordamos a EJA, seu conceito e seu histórico, no intuito de situar esta 
modalidade de ensino no contexto da educação no Brasil. No segundo capítulo 
ressaltamos o perfil dos estudantes e professores da EJA, neste ponto 
analisamos o perfil dos jovens, adultos e idosos da EJA, trazendo também a 
definição de quem é o professor deste segmento. No terceiro capítulo refletimos 
sobre a ação pedagógica na EJA e o processo de infantilização e, no quarto e 
último capítulo, argumentamos sobre a formação do professor da EJA. 
 
 
 
 
1.Educação de Jovens e Adultos: conceito e histórico 
 
11 
 
 Neste capítulo analisamos o conceito de educação para jovens e 
adultos e a relação dessa modalidade com a situação dos seus sujeitos no 
contexto social. Também faremos breves reflexões de aspectos históricos a 
partir dos anos de 1960, quando tivemos a importante presença de Paulo Freire 
na educação de adultos. 
 
1.1 Conceituando a Educação de Jovens e Adultos 
 
 A EJA é uma modalidade de ensino, totalmente amparada por Leis. Com 
essa denominação ela surge garantida na Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988 (CF/1988), no Art. Nº 205, quando diz: 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, 
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 
1988). 
 
 
 Também a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 
(LDBEN/1996) destina uma seção para normatizar a sua oferta. 
De acordo com o que define a legislação, sua destinação é para todas as 
pessoas sem exceção, que por diversos motivos não tiveram o devido acesso à 
escolarização no tempo considerado regular possibilitando-lhes 
desenvolvimento no que tange às suas habilidades cognitivas, psicossociais e 
comunicacionais, e respectivamente ampliar seus conhecimentos. 
 Segundo Oliveira (1999, pag. 59) “O público da EJA é constituído por 
jovens e adultos, ou os ‘não crianças’". De acordo com a autora 
 
O fato de serem excluídos da escola os coloca à margem do mercado 
de trabalho pela sua condição de não escolarizado e, também, 
pertencente a determinados grupos culturais com singularidades 
marcantes. O migrante constitui uma grande parte desse público e, 
pelo fato de ser migrante, não concluiu a sua trajetória escolar. Nesta 
perspectiva, o perfil do público de EJA caracteriza-se na contraposição 
ao estereótipo de adulto que segue o curso regular de escolarização 
(OLIVEIRA, 1999, p. 59). 
 
 
12 
 
 A definição da EJA descrita na V Conferência Internacional de 
Educação de Adultos (V CONFITEA, 1977) além de ressaltar o papel social 
dessa modalidade de ensino, ainda destaca que; 
 
 
A educação de adultos pode modelar a identidade do cidadão e dar um 
significado à sua vida. A educação ao longo da vida implica repensar o 
conteúdo que reflita certos fatores, como idade, igualdade entre os 
sexos, necessidades especiais, idioma, cultura e disparidades 
econômicas. (V CONFITEA, 1977, p.19) 
 
 
 Por meio do entendimento da definição da EJA acima citada, nos 
deparamos com a problemática de que se faz necessário garantir a educação 
para jovens e adultos em sua amplitude, englobando a todos, tomando como 
base, princípios éticos e a obrigatoriedade em dar relevância a toda experiência 
de vida e cultural que esses indivíduos carregam em sua trajetória. Pois esse 
ensino será a ponte para que eles obtenham reconhecimento na sociedade, e 
deixem de ser excluídos, formando cidadãos que exerçam assim sua cidadania. 
 
1.2. Breve considerações históricas da Educação de Jovens e Adultos 
 
Importante destacar que a história da EJA foi marcada por avanços, mas 
também por situações que se caracterizaram como retrocessos e até descasos, 
isso por falta de políticas públicas, de ações e eventos que dessem visibilidade 
a essa modalidade de ensino, ao longo da história. No seu histórico houve muitas 
campanhas relacionadas à alfabetização e escolarização de adultos, porém 
ainda continuamos com analfabetos aos milhares (TAMAROZZI; COSTA, 2009). 
 Em relação ao histórico da EJA, os autores Di Pierro, Joia e Ribeiro (2001) 
asseveram que: 
 
No Brasil, a educação de adultos se constitui como tema de política 
educacional sobretudo a partir dos anos 40. A menção à necessidade 
de oferecer educação aos adultos já aparecia em textos normativos 
anteriores, como na pouco duradoura Constituição de 1934, mas é na 
década seguinte que começaria a tomar corpo, em iniciativas 
concretas, a preocupação de oferecer os benefícios da escolarização 
a amplas camadas da população até então excluídas da escola. (DI 
PIERRO, JOIA E RIBEIRO, 2001, p 59). 
 
 
13 
 
 Entre as décadas de 1960 e 1970, segundo Di Pierro, Joia e Ribeiro 
(2001), surge apedagogia defendida por Paulo Freire, segundo a qual, o 
aprendizado deve habilitar o educando a “ler” o mundo, “ler” a realidade para que 
possa transformá-la e vale mencionar que até hoje é citada e estudada, servindo 
como uma grande referência em metodologia a ser aplicada na EJA. 
Cabe salientar que a influência do método de Freire na modalidade da 
EJA, deve ser considerada de grande relevância, pois ele permite uma conexão 
do aluno com o mundo em que ele se situa, sem causar a impressão de estar 
fora dele, conscientizando, assim, o educando de seu espaço e isso não é 
necessariamente fazer com que ele estagne na sua posição atual, mas estimulá-
lo a mudar sua realidade. E isso com uma participação ativa, não fazendo com 
que ele se sinta fora, mas sim parte da sociedade a qual deseja modificar. 
Segundo o teórico e educador 
 
[...] A captação e a compreensão da realidade se refazem, ganhando 
um nível que até então não tinham. Os homens tendem a perceber que 
sua compreensão e que a ‘razão’ da realidade não estão fora dela, 
como, por sua vez, ela não se encontra deles dicotomizada, como se 
fosse um mundo à parte, misterioso e estranho, que os esmagasse. 
(FREIRE, 1987, p. 96). 
 
 
 O Movimento Brasileiro de Educação (MOBRAL), foi criado em 1968, 
no governo da Ditadura militar (1964 -1985), pelo decreto nº 62.455 de 22 de 
março, porém se espalhou pelo país a partir de 1971, embora esse movimento 
de alfabetização, tenha substituído o denominado “método Paulo Freire” a sua 
metodologia se inspirou, por exemplo, no uso de palavras geradoras, como 
propunha Freire em sua Pedagogia do Oprimido (1987). 
Conforme Freire (1980), “as palavras geradoras devem nascer desta 
procura e não de uma seleção que efetuamos no nosso gabinete de trabalho, 
por mais perfeita que ela seja do ponto de vista técnico” (FREIRE, 1980, p. 43). 
Freire ressalta a importância de realizar um trabalho, que nasça da pesquisa da 
realidade do grupo de educandos a serem trabalhados. Pois, não há como obter 
bons resultados na alfabetização de um determinado grupo, trazendo métodos 
pré-elaborados, os quais desconhecem as necessidades cognitivas dos 
discentes. 
14 
 
Segundo a ideologia de Freire, a Educação bancária, acrítica e distante 
dos problemas da realidade era por ele contestada, atraindo a atenção para 
atuação dos educadores. Sobre isso o teórico assim defende: 
 
Educação que se impõe aos que verdadeiramente se comprometem 
com a libertação não pode fundar-se numa compreensão dos homens 
como seres vazios a quem o mundo encha de conteúdo; não pode 
basear-se numa consciência especializada, mecanicistamente 
compartimentada, mas nos homens como corpos conscientes e na 
consciência como consciência intencionada ao mundo. Não pode ser 
a do depósito de conteúdo, mas a da problematização dos homens em 
suas relações com o mundo (FREIRE. 1987, p. 38). 
 
 
 Esse movimento teve a duração de 15 anos, em 1985 ele foi extinto 
entrando em seu lugar o Projeto da Fundação Nacional para Educação de jovens 
e Adultos (EDUCAR), extinto em 1990. 
A LDBEN/1996, foi um grande avanço para a EJA tendo em vista que foi 
reservada uma Seção e dois Artigos para tratar especificamente dessa oferta de 
ensino. Os artigos 37 e 38 que tratam da EJA determinam que: 
 
Art.37 A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não 
tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e 
médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a 
aprendizagem ao longo da vida. 
Art.38 Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, 
que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando 
ao prosseguimento de estudos em caráter regular (BRASIL,1996). 
 
Em 1997, Fernando Henrique Cardoso (FHC), então Presidente do Brasil, 
criou o Programa Alfabetização Solidária (PAS) que tinha como objetivo diminuir 
os índices de analfabetismo, procurando adequar o projeto de alfabetização às 
especificidades de cada país, garantindo assim autossutentabilidade, uma das 
finalidades deste programa foi dar orientação nas propostas de continuidade dos 
estudos aos alfabetizando na EJA, incentivando também a formação continuada 
dos educadores. De acordo com o que consta nos Princípios Orientadores para 
Elaboração Pedagógica do Programa Alfabetização Solidária, 
 
Enquanto ação municipal, a continuidade despertará, a médio e longo 
prazo, a consolidação da educação de jovens e adultos, provocando a 
participação consciente na sociedade e um repensar da relação 
educação e trabalho, para aqueles que ainda não frequentaram a 
escola na idade própria, aos que não tiveram acesso a ela e aos que 
15 
 
por ela passaram, mas não concluíram seu processo de escolarização 
(BRASIL, 1999, p. 27) 
 
 Ainda de acordo com esse documento, 
 
[…] a continuidade deve deixar de lado concepções ingênuas sobre a 
educação de jovens e adultos, conhecendo melhor as suas condições 
de vida e de trabalho, para superar equívocos e colocar em prática uma 
metodologia que atenda as múltiplas realidades. Neste sentido, 
alfabetizador e alfabetizando contextualizarão conhecimentos, a fim 
de, paulatinamente, fortalecer o processo de cidadania. A continuidade 
bem planejada será a linha mestra para impulsionar o alfabetizando, 
fazendo-o perceber que é sujeito de sua própria história, possibilitando-
lhe melhor leitura da realidade. (BRASIL, 1999, p. 27) 
 
 
A EJA, no governo FHC, podemos dizer que foram anos nos quais a 
atenção para a modalidade da EJA foi mínima e escassa. Basta observar que 
além do PAS, em 1998 criam o Programa Nacional de Reforma Agrária 
(PRONERA) em sequência foram criados também o programa de apoio aos 
sistemas de ensino para atendimento à educação de jovens e adultos, auxiliaram 
financeiramente os estados do norte e nordeste. Porém, ao criar o Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do 
Magistério (FUNDEF), excluiu desse fundo a EJA. 
Logo em 2003, após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva 
(Lula), a EJA foi tratada com prioridade, podemos constatar isso em uma de suas 
primeiras palestras1 em que ele dá a devida importância no sentido de urgência 
na formação profissional, através da educação seja pela EJA ou formação 
básica, De acordo com Bezerra (s/d): 
 
Não existe na história da humanidade nenhum país que se 
desenvolveu, sem que antes os governantes tivessem feito 
investimentos muito fortes em educação. A educação garante que as 
pessoas, tenham acesso ao conhecimento , a uma profissão, digo isso 
pois foi graças a um curso técnico que fiz na minha vida , em São Paulo 
no SENAI, que me permitiu ter um emprego melhor, trabalhar em uma 
empresa grande e ser um dirigente sindical, e que me permitiu virar 
presidente da República, se a gente não permitir que essas crianças, 
adolescentes, meninas e meninos tenham uma formação profissional 
eles nunca serão tratados como cidadãos de primeira classe nunca!! 
(LULA, 2003, apud BEZERRA, s/d, p.1). 
 
 
 
1 Discurso do Presidente Lula no CEFET/BA, Santo Amaro, São Paulo, 2003 apud Bezerra, s/d, 
p.1 
16 
 
No governo do Presidente Lula foi criado o programa Brasil Alfabetizado 
(TAMAROZZI; COSTA, 2009), esse programa tem o objetivo de universalizar o 
ensino fundamental, contribuindo com ações de alfabetização de jovens de 15 
anos ou mais, como também adultos e idosos. O programa é desenvolvido pelos 
estados, DF e municípios com apoio, que se concretiza por meio de transferência 
de recursos financeiros. Este recurso se destina à voluntários que atuem como 
alfabetizadores, tradutores, intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras). 
Cabe salientar que a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização 
e Diversidade (SECAD/MEC), criada em 2004, no governo Lula e transformada 
mais tarde em Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade 
e Inclusão (SECADI/MEC), ampliandosua extensão ao atendimento a outros 
grupos sociais, foi o órgão incumbido de coordenar e gerenciar o programa. Esta 
secretaria foi extinta por meio do Decreto nº 9.465 de 2 de janeiro de 2019, no 
atual governo do presidente Jair Messias Bolsonaro, sob muitas críticas. 
Não podemos deixar de citar, ainda como política pública do governo do 
presidente Lula, a título de exemplo, o Programa Nacional de Inclusão dos 
Jovens (PROJOVEM), criado pela lei nº 11.129/2005 e o Programa Nacional de 
Integração da educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade da 
educação de Jovens e Adultos (PROEJA), criado pelo decreto nº 5.840/06, esses 
programas, dentre outros daquele governo tinham como meta, aumentar a oferta 
de educação básica e educação profissional, promovendo com isso a inclusão 
social da classe trabalhadora 
Uma análise importante a ser feita é que com essas idas e vindas de 
políticas direcionadas à EJA, algumas em nossa análise muito interessantes, 
não tiveram constância, o que reflete nos poucos avanços em relação à garantia 
de direito à educação para todas as pessoas. As salas de aula e as escolas, 
refletem o descaso e a falta de investimentos para esse segmento da educação, 
principalmente na formação continuada de seus professores, dentre outros, o 
que impacta nos altos índices de evasão. Sobre isso Oliveira (2001), assevera 
que: “Na verdade, os altos índices de evasão escolar e repetência nos 
programas de Educação de Jovens e Adultos, indicam a falta de sintonia entre 
essa escola e os alunos que dela se servem” (OLIVEIRA, 2001 p.20). 
Vale ainda observar que a EJA, apresenta desafios que poderão ser 
enfrentados com planos de ação e de intervenção construídos na própria escola, 
17 
 
nos quais, por exemplo, os educadores têm papel significativo ao buscarem uma 
ação pedagógica adequada para o público dessa modalidade de ensino. Não 
podemos, no entanto, esquecer que o alargamento que a LDBEN/1996 aferiu à 
faixa etária, ampliou ainda mais a complexidade da ação educativa. 
 O planejamento das aulas precisa considerar este aspecto etário, tendo 
em vista ser ele um desafio. Considerando esses desafios, é necessário que se 
invista na formação continuada do professor da EJA. Essa constatação também 
é defendida no Parecer do Conselho Nacional de Educação e da Câmara da 
Educação Básica nº 11/2000 (Parecer CNE/CEB 11/2000) que assim menciona: 
 
O retrato do docente da EJA e suas reais situações deve ter a base na 
organização inicial do projeto pedagógico dos estabelecimentos. 
Sendo assim nota-se a imprescindibilidade do currículo juntamente 
com o Projeto Político pedagógico em garantir no ensino as 
peculiaridades da EJA (BRASIL, 2000) 
 
Desse modo, a partir das reflexões aqui desenvolvidas é possível, a partir 
do conceito e dos fatos históricos concluir que a EJA exige que, os profissionais 
dessa área se especializem, se capacitem cada vez mais para que possamos 
oferecer um ensino de excelência e satisfatório para esses educandos que 
esperam e depositam tanta confiança nesses educadores e na referida 
modalidade de ensino. 
 
2. O perfil dos estudantes e professores da EJA 
 
Neste capítulo abordaremos o perfil dos estudantes e dos professores da 
EJA por considerarmos que para melhor compreensão da realidade dessa 
modalidade de ensino e da importância do tema em estudo, conhecer esses 
perfis contribui para melhor compreensão da realidade que aqui abordamos. 
 
2.1O perfil dos jovens, adultos e idosos da EJA 
 
Quando pensamos nos perfis dos alunos da EJA, deparamos com muita 
diversidade, e questionamos quem é esse público? Em que contexto está 
inserido? De acordo com Paiva: 
 
18 
 
São homens e mulheres, trabalhadores/as empregados/as e 
desempregados/as ou em busca do primeiro emprego; filhos, pais e 
mães; moradores urbanos de periferias e moradores rurais. São 
sujeitos sociais e culturalmente marginalizados nas esferas 
socioeconômicas e educacionais, privados do acesso à cultura letrada 
e aos bens culturais e sociais, comprometendo uma participação mais 
ativa no mundo do trabalho, da política e da cultura. Vivem no mundo 
urbano, industrializado, burocratizado e escolarizado, em geral 
trabalhando em ocupações não qualificadas. Portanto, trazem consigo 
o histórico da exclusão social. São, ainda, excluídos do sistema de 
ensino, e apresentam em geral um tempo maior de escolaridade devido 
a repetências acumuladas e interrupções na vida escolar. Muitos nunca 
foram à escola ou dela tiveram que se afastar, quando crianças, em 
função da entrada precoce no mercado de trabalho, ou mesmo por falta 
de escolas (Paiva, 1983, p. 19). 
 
 
Cabe ressaltar que é importante que tenhamos conhecimento de quem 
estamos falando, para que possamos oferecer um ensino de qualidade, levando 
em consideração a história de vida desses indivíduos, tendo em vista que não é 
só na escola que os sujeitos da EJA adquirem aprendizado, mas em diversos 
lugares como; igrejas, reuniões de bairro, dentre outros, e esses jovens, adultos 
e idosos além de aprender, também passam conhecimentos únicos, que 
construíram em suas vivências. 
Para esses educandos a escola tem um sentido relevante na sua 
interação e participação na vida social. O desenvolvimento de suas condições 
cognitivas e mentais exigem do educador uma dedicação diferenciada, pois 
geralmente esse grupo traz uma representação de escola que, para ele, deve 
ser o lugar de aprender o que ele julga ser o necessário e importante aprender. 
Interessante observar como eles ficam receosos tentando encaixar aquilo que a 
ele está sendo ensinado em sala de aula, em seu dia a dia. 
 
2.2 Quem é o professor da EJA 
 
O professor da EJA, tem uma importância muito significativa, até porque 
esse educador, geralmente está recebendo os educandos que estão 
reingressando às salas de aula após longo período de afastamento da escola, 
se um dia nela estiveram. Com isso, esse professor, deve saber identificar cada 
um dos educandos, observando seu potencial, entendendo suas necessidades, 
pois a permanência desses estudantes na escola, em parte, também pode estar 
relacionada à acolhida, a empatia e à visão que esse educador possui sobre o 
19 
 
processo pedagógico com essa modalidade de ensino. Também dependerá do 
perfil desse educador, a força e o incentivo para que esse grupo persista e 
conquiste suas metas e objetivos. 
A EJA requer desses educadores muito mais do que uma simples aula, 
um conteúdo, os conhecimentos metodológicos e o atendimento, entre outras 
especificidades. Os professores devem considerar as diversidades culturais 
desses discentes, e usá-las para o êxito da ação pedagógica. A efetividade do 
ato pedagógico exercido, portanto, nessa sala de aula, está diretamente ligada 
à capacitação, preparação, inovação e formação desses educadores. 
 A capacitação deve ser valorizada por professores e escolas da EJA. 
Segundo Freire; “Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A 
gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na 
prática e na reflexão da prática”. (FREIRE, 1997, 58)”. 
Isso envolve além de conhecimentos específicos sobre a realidade da 
EJA, mas também o professor precisará usar de empatia, para acolher àqueles 
que deixaram pra trás o estudo por alguma dificuldade e com isso não 
terminaram no tempo hábil, mas mesmo assim estão retornando na esperança 
de conquistar seus objetivos. Nesse sentido, o professor da EJA é aquele que 
precisa construir pontes que precisam estar bem estruturadas e firmes para que 
consigam proporcionar a esses educandos acesso ao que eles têm buscado 
nessa modalidade de ensino. 
 
3. A ação pedagógica na EJA: o processo de infantilização 
 
A infantilização na modalidade da EJA, diz respeito aos educadores que 
trazem para o ambiente das salas de aulas, métodos que são aplicados em 
segmentos infantis quando os alunosda EJA têm histórias, e uma trajetória 
diferente daqueles que cursam na idade considerada regular. Apesar do tema 
infantilização na EJA ser tratado no curso de formação de professores, ainda é 
possível observar que alguns professores adotam, o jeito de falar e de ministrar 
os ensinamentos idênticos aos que são usados nas turmas do segmento infantil 
e fundamental regular Os alunos da modalidade EJA, no entanto, são pessoas 
que trazem consigo experiências e situações do dia a dia, que exigem que as 
20 
 
aulas sejam desenvolvidas, levando-se em consideração suas idades, suas 
culturas e seus saberes construídos na realidade. 
Por vezes, o despreparo dos professores contribui para a infantilização, 
que muito prejudica as turmas da EJA. Essa infantilização nas práticas 
pedagógicas levam os alunos ao desânimo e desinteresse pela aula. Por essa 
razão é importante que p professor da EJA participe de fóruns de debates, de 
estudos e troca de experiências para adequar a sua ação pedagógica às 
exigências dessa modalidade de ensino. 
Com relação a isso, Di Pierro (2005) menciona que; 
 
[...] o paradigma compensatório acabou por enclausurar a escola para 
jovens e adultos nas rígidas referências curriculares, metodológicas, 
de tempo e espaço da escola de crianças e adolescentes, interpondo 
obstáculos à flexibilização da organização escolar necessária ao 
atendimento das especificidades desse grupo sociocultural. Ao dirigir o 
olhar para a falta de experiência e conhecimento escolar dos jovens e 
adultos, a concepção compensatória nutre visões preconceituosas que 
subestimam os alunos, dificulta que os professores valorizem a cultura 
popular e reconheçam os conhecimentos adquiridos pelos educandos 
no convívio social e no trabalho. (DI PIERRO, 2005:1118). 
 
 
Podemos observar que o que Di Pierro menciona acima, é o que 
deparamos em algumas salas de aula, tendo em vista que as atividades que são 
propostas a esses grupos não são condizentes com a faixa etária dessa 
modalidade. Ainda é comum docentes utilizarem de textos infantis e ao final, 
lançarem perguntas óbvias, que não permitem que o aluno desenvolva uma 
reflexão, uma criticidade, uma autonomia, a qual, pela trajetória de vida, já 
possuem. 
Essas práticas podem ser incentivo para muita desistência, pois as aulas 
se tornam maçantes, cansativas e repetitivas, quando na verdade a modalidade 
da EJA exige que as práticas pedagógicas sejam adequadas a esse grupo, 
visando cada um deles, observando cada história, cada objetivo, que são 
distintos apesar de estarem na mesma sala de aula - uns querem apenas 
desenvolver a leitura por causa de receitas ou até ler um livro, outros para 
alcançar uma oportunidade de trabalho melhor, e com isso observamos 
inúmeras variantes que devem ser levadas em consideração. 
Oliveira (2007) destaca que tanto o currículo quanto as práticas reiteradas 
errôneas dos educadores, não levam em consideração as dificuldades e a faixa 
21 
 
etária dos educandos, não possuindo uma organização que se destina as 
particularidades que existem na EJA. Deve haver diferenciação desse grupo 
para outros, pois eles se dedicam querendo mesmo obter conhecimento, e por 
isso não se encaixam em algumas práticas como por exemplo; a cobrança 
excessiva de tarefas realizadas em casa, como acontecem com as crianças. 
A autora ainda salienta que: 
 
 [...], porém, me pergunto qual é a possibilidade real que tem um adulto, 
sem hábitos de lidar com atividades organizadas do modo como o são 
as escolares e que, na maior parte das vezes, trabalha o dia inteiro, de 
fazer sozinho o dever de casa. Mais ainda, pergunto-me qual é a 
função do dever de casa nessas circunstâncias, considerando o fato 
de que a criação da disciplina no estudo, importante como formação 
geral das crianças, não se aplica a este público e que a própria ideia 
de fixação de conteúdos pressupõe uma concepção de aprendizagem 
inadequada aos objetivos da escolarização de jovens e adultos? 
(OLIVEIRA, 2007, p. 89) 
 
 
Logo faz-se necessário uma transformação em nível de urgência, nessas 
práticas docentes, pois a desistência vem acontecendo a cada dia que passa, 
desanimando aqueles que ingressam com muita expectativa de obter 
conhecimento, porém acabam frustradas. Paulo Freire (1974) ilustra essa 
situação ao analisar que um indivíduo que vive no Nordeste não teria 
possibilidade de ser alfabetizada com frases prontas, do tipo; VOVÓ VIU O OVO, 
Freire partia do ponto em que os alunos são pessoas ativas no processo de 
aprendizagem, uma vez que possuem autonomia de se recriar em sua própria 
cultura. 
O cerne da proposta de Paulo Freire (1974) é que antecedendo o início 
de aprendizado - tanto da escrita quanto da leitura, é preciso conscientizar o 
aluno de que ele é o sujeito de sua história e que está inserido numa realidade 
social cujo lugar é marcado por situações de opressão. Portanto, ele próprio deve 
traçar, também, seu caminho de aprendizagem, de como se qualificar para 
debates e diálogos necessários à transformação de sua vida. Por outro lado, os 
educadores devem suscitar problematizações dessa realidade, mediando o 
processo de ensino e de aprendizagem, para que cada um deles se torne capaz 
e crítico, com autonomia. Para o teórico, 
 
Só assim a alfabetização terá sentido. É a consequência de uma 
reflexão que o homem começa a fazer sobre sua própria capacidade 
22 
 
de refletir. Sobre sua posição no mundo. Sobre o mundo mesmo. Sobre 
seu trabalho. Sobre seu poder de transformar o mundo [...]. Reflexão 
sobre a própria alfabetização, que deixa assim de ser algo externo ao 
homem, para ser dele mesmo (FREIRE, 1974, p. 150). 
 
 
Logo, a metodologia freireana tem como seu princípio basilar a 
dialogicidade, só por meio do diálogo entre alunos e professores será possível 
dimensionar a ação-reflexão, visto que o educando é autônomo em suas 
atitudes, e por isso é necessário que ele exponha suas ideias e opiniões sobre 
a realidade em que vive. 
Enfim, quanto a essa metodologia Fávero e Brito (1999) sintetizam sobre 
o que é o método de Paulo Freire (1987) e como seria se os professores o 
utilizassem com mais veemência, possivelmente teríamos resultados mais 
positivos e com grandes soluções para tantos problemas que surgem nas salas 
de aulas. 
No grifo de Tamarozzi e Costa (2009): 
 
As principais características do método Paulo Freire são bem 
conhecidas. [...] A equipe de alfabetizadores começava a investigar os 
meios de vida e a linguagem falada na localidade em que se 
realizariam os trabalhos de alfabetização. Do conhecimento assim 
obtido sobre a cultura e o 'universo vocabular' da população, extraíam-
se as 'palavras geradoras', selecionadas sobre um duplo critério de 
riqueza silábica e de riqueza de 'conteúdos existenciais' para os 
participantes. As sessões iniciais do processo de alfabetização eram 
dedicadas à discussão das denominadas 'fichas de cultura' [...] durante 
o diálogo desenvolvido com base nestas imagens, o grupo era 
conduzido a refletir sobre o homem como criador de cultura, isto é, 
como construtor de seus modos de vida. [...] Durante as discussões, 
os coordenadores procuravam conduzir a reflexão do grupo para a 
apropriação crítica das determinações das condições de vida da 
população local. A busca dessa 'conscientização' era o objetivo 
fundamental do processo. (FAVERO E BRITO, 1999 APUD 
TOMAROZZI E COSTA, 2009:16) 
 
 
Diante disso, constata-se que é necessária uma democracia escolar, em 
seu âmbito interno e que isso não fique na dependência da democracia da 
sociedade primeiramente. Professores e alunos precisam ser considerados 
capazes de trilhar juntos o caminho da construção do conhecimento, com 
atenção para a realidade dos sujeitos envolvidos. 
Quando a infantilização se torna uma prática irrefletida dos professores 
da EJA, passamos a assistir, aquela que era, para esses estudantes, 
oportunidades de avançoe de esperanças; expectativas de evolução em seu 
23 
 
meio de trabalho, se esvaindo. Pois quando ele evade, deixa de adquirir 
conhecimentos, deixa de ler melhor, de aprender a contar melhor, para ampliar 
os seus horizontes. 
 
4. A formação do professor da EJA 
 
A EJA é uma modalidade de ensino que por sua vez é muito diversificada, 
no sentido de que os educandos possuem características diferentes, que 
incluem não só jovens, mas também idosos, onde denota-se que quando 
falamos nos idosos, por exemplo, a intenção de estarem frequentando o 
segmento da EJA, é o anseio de ler uma receita, a Bíblia, ou até mesmo ler e 
interpretar historinhas para seus netos. Por outro lado, temos jovens que já 
passaram por experiências marcantes e que procuram correr “atrás do tempo 
perdido”, de modo a conquistarem a escolaridade que lhes permita ter um 
trabalho melhor, beneficiar a família ou, até mesmo, cursar uma determinada 
graduação. 
Outra vertente que merece atenção é que a maioria desses educandos, 
são pessoas com personalidades e experiências que muitas vezes, vão servir 
até de lição para aqueles com quem convivem em sala de aula; geralmente são 
pessoas humildes, que trazem consigo histórias de vida de muita batalha e 
dificuldades e, geralmente, suas expectativas divergem dos estudantes mais 
adultos ou idosos. Também ocorre desses sujeitos criarem expectativas sobre a 
sala de aula que não condiz com aquilo que o educador entende como o certo e 
eficaz. 
Temos que pensar que esse educando que retorna, na maioria das vezes, 
o faz com informações e saberes que até mesmo ultrapassam as recebidas pelo 
educador, nesse sentido encontramos autores que defendem que a formação 
dos educadores não se limite somente à graduação, pois o educador poderá se 
deparar com algumas situações diferentes como um assunto próprio da cultura 
do educando, e que ele não domina. Nesse caso, assim como em outros, o 
educador precisará se adequar às diferentes realidades e informações para que 
haja interação e, com isso, depreendemos desta situação a seguinte premissa; 
24 
 
quanto mais o educador avançar, em sua formação continuada, mais ele 
incentivará esse aluno a alcançar um nível maior de autonomia. 
E, com isso, esse educador incentiva a criticidade e liberdade para esse 
educando evoluir em sua trajetória educacional. Segundo Freire (2011), 
 
[...] a tão falada prática pedagógica das salas de aulas, deve ser 
pensada com esse aluno e não para ele somente, vendo o que é 
realmente importante para ele aprender, fazendo com que ele saia da 
posição de oprimido e tenha com isso a libertação, se ele desejar 
(FREIRE, 2011, p.43) 
 
 
Há uma necessidade de aprimorar e de aperfeiçoar os métodos de ensino 
que hoje são aplicáveis na modalidade da EJA, visto que os alunos que 
compõem essa modalidade, são geralmente aqueles que já trazem consigo uma 
história, uma bagagem, uma vivência que parece agregar muito, na troca de 
informações entre os discentes e o docente daquele determinado grupo. 
 Por esse motivo esta pesquisa também coloca em análise a 
necessidade de se pensar métodos condizentes com o perfil dos educandos da 
EJA, para que ao final de cada período ou ciclo letivo do ensinamento construído 
obtenha um resultado satisfatório. Isso envolve também a postura dos docentes, 
na sua visão sobre o processo de ensino e aprendizagem na EJA, o que interfere 
nas suas escolhas sobre métodos e práticas para esse segmento. 
 Convém destacar que no contexto atual, mudar é preciso, porém essa 
mudança deve ser moldada pela transformação do ensino, a qual se dará, na 
EJA, por meio de um processo mais individualizado buscando como resultado 
uma aprendizagem produtiva. Entendemos que educar ultrapassa a simples 
transmissão de conteúdos prontos é preciso também acreditar no 
desenvolvimento do ser humano, suas potencialidades e percepções da 
realidade de modo que a educação contribua para sua evolução pessoal e 
profissional. 
Considerando o perfil dos estudantes da EJA, suas histórias de vida e sua 
realidade, é possível que o modelo de educação “bancária” como bem definiu 
Paulo Freire ao se referir à educação tradicional, bem como um modelo tecnicista 
de educação não atendam às necessidades e especificidades desses alunos. 
Como menciona Freire: “O sujeito que se abre ao mundo e aos outros inaugura 
com seu gesto a relação dialógica em que se confirma como inquietação e 
25 
 
curiosidade, como inconclusão em permanente movimento na História” 
(FREIRE, 1996, p. 86). Portanto, um modelo pautado na educação libertadora, 
que busca desenvolver a consciência crítica do indivíduo e seu lugar na 
sociedade do capital e do lucro, que dialoga com as diferenças, pode ser aquela 
que apresente maior produtividade. 
 
Nos parece que a intenção de Freire foi despertar as relações de homem 
e mundo para uma educação que problematiza e ao mesmo tempo faz ressurgir 
um ser humano crítico socialmente e intelectualmente. E Freire retrata esse 
pensamento ao mencionar que: 
 
Como prática estritamente humana jamais pude entender a educação 
como uma experiência fria, sem alma, em que os sentimentos e as 
emoções, os desejos, os sonhos devessem ser reprimidos por uma 
espécie de ditadura reacionalista. Nem tampouco jamais compreendi a 
prática educativa como uma experiência a que faltasse o rigor em que 
se gera a necessária disciplina intelectual (FREIRE, 1996, p. 92). 
 
 
 
Logo entende-se que a escola, assim como o docente, tem papel 
significativo não apenas no desenvolvimento intelectual dos estudantes da EJA, 
mas no desenvolvimento de sua autoestima. Para que isso ocorra é necessária 
a existência do diálogo entre o educador e educando, numa linguagem mais 
informal que faça com que esse educando se sinta mais tranquilo e à vontade, 
procurando, desse modo, incentivar e estimular nesses discentes o sentimento 
de que é possível alcançarem suas motivações. 
E, para isso, esse educador deve estar inserido na realidade de cada 
educando, seu dia a dia, suas vivências, para utilizar isso também como um 
método de aprendizagem, que poderá se transformar em conteúdo a ser 
explorado, é o que chamamos de ação-reflexão-ação, que induz o educador a 
traçar estratégias para um bom processo de aprendizado não sozinho, mas com 
a participação dos educandos. 
Assim como existem ainda muitos educadores despreparados, nos 
deparamos com muitas experiências positivas que ganham a confiança desses 
estudantes e conseguem manter seu foco numa educação de qualidade. 
Sobre a formação do educador, Leal (2005), destaca que: 
 
26 
 
O conhecimento na ação, ou o conhecimento tácito, seria aquele 
constituído na prática cotidiana do exercício profissional. Concebemos 
que esse é um saber que se constrói com base nos conhecimentos 
prévios de formação inicial, articulado com os saberes gerados na 
prática cotidiana, de forma assistemática e muitas vezes sem tomada 
de consciência acerca dos modos de construção. Para um projeto de 
formação numa base reflexiva, torna-se fundamental conhecer e 
valorizar esses conhecimentos que são constituídos pelos professores, 
seja através de uma reflexão teórica, seja através desses processos 
eminentemente assistemáticos. (LEAL, 2005, p.114): 
 
 
Se o educador se insere na realidade vivida de cada educando, consegue 
entender melhor sua realidade e, poderá adequar de forma positiva e produtiva 
sua ação pedagógica com os estudantes da EJA. Porém, não podemos 
desprezar as condições nas quais, na maioria das vezes, esses educadores se 
encontram, a precariedade de suas condições de trabalho, com jornadas 
exaustivas, lecionando em diversas instituições de ensino, isso acaba por 
atrapalhar essa inserção na vida dos educandos da EJA. 
Essas reflexões aqui apresentadas julgamos necessárias nos processos 
de formação continuada dos educadores da EJA, participar de grupos de estudose de trocas de experiências pode ser um bom caminho de formação do professor, 
tendo em vista que a EJA, assim como outras modalidades específicas de 
ensino, exige conhecimentos mais aprofundados para o melhor atendimento de 
cada perfil de estudante. Sabemos que a formação inicial não dá conta de toda 
a complexidade do processo educacional, por isso a urgência e a necessidade 
da formação continuada. 
Se considerados esses argumentos, talvez seja possível vislumbrar 
práticas positivas no que tange ao ensinamento e aprendizagem dos jovens, 
adultos e idosos, proporcionando integridade à formação desses discentes. A 
formação docente direcionada para este seguimento, poderá fortalecer e motivar 
práticas pedagógicas que melhor se adequem ao seu perfil. 
Vale ressaltar que o tradicionalismo da educação e o ato de reproduzir a 
cultura escolar circula nas instituições superiores de formação de professores e 
pedagogos e, isso acarreta aos estudantes prestes a se formarem, despreparo 
em relação a conhecimentos sobre as especificidades de algumas modalidades, 
e isso pode ser resultado da falta de discussões que desenvolvam o 
entendimento do mundo escolar para aqueles. 
27 
 
Há, no professor despreparado, uma visão meio que distorcida, no que 
diz respeito às dificuldades e potencialidades que os discentes da EJA possuem, 
o que acaba por produzir rótulos de incapacidade ou dificuldade em aprender. 
Isto pode levar esses educadores, por exemplo, a suprimirem conteúdos, 
algumas vezes indispensáveis para a vida escolar desses discentes. Outra 
dedução equivocada de alguns educadores é julgar que alunos da EJA não 
possuem capacidade para o debate e aprofundamento sobre determinados 
temas. 
Consideramos, pois que a formação específica do professor para atuar 
nessa modalidade de ensino o prepara, dentre outros, para compreender o 
estágio de desenvolvimento e evolução de vida do seu educando da EJA, sua 
atuação será norteada pela valorização das práticas sociais desses estudantes 
afastando ações que infantilizem a ação pedagógica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Fica evidente a gravidade da existência de práticas infantis, permeando a 
modalidade da EJA, e depreendemos disso que a influência dessa prática 
infantilizada pode ser um dos principais motivos da evasão escolar que vem 
sendo recorrente, e com base nesse acontecimento, faz-se necessário uma 
busca continuada para anulação dessa prática por meio da formação continuada 
em cursos de especialização ou de aperfeiçoamento dos professores que atuam 
nessa modalidade de ensino. 
Este TCC buscou refletir sobre as práticas infantilizadas de professores 
da EJA que, segundo os estudos bibliográficos demonstraram, prejudicam a 
ação educativa nessa modalidade de ensino, desmotivando os estudantes a 
prosseguirem. 
Os estudos realizados nos conduziram a pensar que faltam ainda políticas 
que coloquem em prática aquilo que os documentos que tratam da EJA, em 
teoria já garantem. Dentre esses documentos citamos no trabalho a CF/1988, a 
LDBEN/1996 e a CONFINTEA. Ainda como destaque dos estudos 
desenvolvidos mencionamos a pedagogia de Paulo Freire que muito contribui 
para as metodologias utilizadas por educadores que escolhem a EJA como um 
caminho profissional. 
 Analisar o processo de infantilização na EJA também nos conduziu a 
refletir sobre o quanto é desafiadora e exigente a ação desse educador, a qual 
suscita do uma constante evolução em conhecimentos e atualizações. 
Em nosso processo conclusivo analisamos, ainda que a ausência de 
formação acadêmica com foco no estudo da EJA, muitas vezes é o ponto crucial 
para que haja uma deformidade na ação docente nessa modalidade de ensino 
levando a situações como a infantilização de sua prática. As práticas 
conteudistas e tradicionais, que funcionam com crianças, mas não com os alunos 
da EJA, por vezes, contribuem para a desmotivação e a desistência desses 
29 
 
alunos. Logo podemos observar que é imprescindível uma autoavaliação 
pedagógica no que diz respeito à prática docente e que haja diálogo e troca de 
informações e experiências entre os educadores. 
A produção deste TCC, buscou contribuir e chamar a atenção para a 
necessidade de uma reflexão mais profunda quanto aos métodos pedagógicos 
que estão sendo utilizados na EJA, envolvendo o ensino e aprendizagem desse 
grupo, que representa significativamente uma parcela expressiva de nossa 
sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
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