Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TECIDO EPITELIAL A maioria dos órgãos podem ser divididos em dois componentes: PARENQUIMA: composto por células responsáveis pelas principais funções típicas do órgão ESTROMA: tecido de sustentação CARACTERISTICAS BÁSICAS → Reveste as superfícies e cavidades corporais → Constitui glândulas → Capacidade de coesão entre as células (escassez de material extracelular) → Formam camadas celulares (estratificar) → Variação na forma (celular e núcleo) → Classificação confirme sua última camada de célula (forma) → Avasculares → Formadas a partir dos três tecidos embrionários: ECTO, MESO e ENDO FUNÇÕES → Revestimento das superfícies → Revestimento e absorção → Secreção → Sensorial → Contração POLARIDADE DO TECIDO EPITELIAL Em muitas células epiteliais a distribuição das organelas na porção apoiada na membrana basal da célula, pólo basal, é diferente das organelas presentes no citoplasma da porção livre da célula, pólo apical; a esta diferente distribuição que é constante nos vários tipos de epitélio, dá-se o nome de polaridade das células epiteliais. Isto significa que diferentes partes dessas células podem ter diferentes funções. JUNÇÕES CELULARES unidas umas com as outras através de estruturas denominadas de junções celulares. Os vários tipos de junções servem não só como locais de adesão, mas eventualmente também como vedantes prevenindo o fluxo de materiais pelo espaço intercelular, e ainda podem oferecer canais para a comunicação entre células adjacentes. Portanto do ponto de vista juncional, as junções podem ser classificadas como junções de adesão, junções de oclusão (tight junctions) e junções de comunicação (junções gap). Em muitos epitélios várias junções estão presentes em uma sequência constante do ápice para a célula. https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-28-%C3%A0s-10.25.47.png Junções de adesão/ ancoragem: São junções especializadas em que proteínas transmembranas, as caderinas, se ligam a filamentos de actina existentes no citoesqueleto, atravessam o espaço intercelular, se fundem e auxiliam as células adjacentes a aderirem umas às outras. Junções de oclusão, zônula de oclusão / tight junctions: Costumam ser a zona mais apical desta sequência. O termo “zônula” indica que a junção forma uma faixa ou cinturão que circunda a célula completamente e “oclusão” se refere à fusão das membranas que ocorre nessas membranas vedando o espaço intercelular. Junções comunicantes ou gap junctions: É um conjunto de pequenos canais que permitem que pequenas moléculas entrem para o interior de células adjacentes. São estruturas dinâmicas, abrindo e fechando em resposta a estímulos. Tipos de junções celulares CARACTERISTICAS ESPECIAIS DO TECIDO EPITELIAL -Glicocalix: Barreira mecânica formada por carboidratos Aumenta a seletividades ou permeabilidade Sitio de receptores para várias moléculas alvo Mais desenvolvido em epitélios com microvilosidades Pode conter enzimas digestivas, como é no caso dos enterócitos - Especializações Apicas do T. E. Microvilosidades: aumenta a absorção e aumenta a área da superfície de contato. A estrutura interna das microvilosidades contém um núcleo de filamentos de actina que apresentam ligações cruzadas por diversas proteínas formadoras de feixes de actina. Encontradas em células que exercem intensa absorção, como as do epitélio de revestimento do intestino delgado e dos túbulos proximais dos rins. Nestas células o glicocálix é mais espesso que na maioria das células e o conjunto de glicocálix e microvilos é visto facilmente ao microscópio de luz, sendo chamado de borda em escova ou borda estriada. https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-28-%C3%A0s-10.13.31.png https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-28-%C3%A0s-10.13.31.png https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/wp-content/uploads/sites/38/2020/07/Captura-de-Tela-2020-07-28-%C3%A0s-10.13.31.png Estereocilios: são prolongamentos longos e imóveis de células do epidídimo e do ducto deferente que na verdade são microvilos longos e ramificados e que, portanto, não devem ser confundidos com os verdadeiros cílios. Os estereocílios aumentam a área de superfície da célula, facilitando o movimento de molécula para dentro e para fora da célula. Cílios: são prolongamentos longos dotados de motilidade, presente na superfície de algumas células epiteliais. O movimento ciliar de um conjunto de células de um epitélio é frequentemente coordenado para permitir que uma corrente de fluído ou de partículas seja impelida em uma direção ao longo da superfície do epitélio. LÂMINA BASAL O QUE É: matriz extracelular especifica produzida pelo tecido epitelial DIVISÃO: - Lâmina clara: mais próximas às células epiteliais - Lâmina densa: mais afastada das células epiteliais e faz conexões com a matriz extracelular do tecido conjuntivo ESPESSURA: 20 a 100 nm de espessura COMPOSIÇÃO: colágeno tipo IV, laminina e proteoglicanos FUNÇÃO: - Migração: t.e. é avascular e é a lâmina basal que transporta substancias para ele - Reparo e Proliferação: a lâmina basal que guia o processo de regeneração - Barreira entre tecido epitelial e conjuntivo; pode servir como barreira seletiva OBS.: uma característica importante da célula tumoral epitelial é possuir proteases, que degradam a lâmina basal e permite a invasão de células tumorais no tecido conjuntivo adjacente. ONDE É ENCONTRADA - Entre os epitélios - Associado ao tecido conjuntivo (matriz) subjacente - Em tecidos não epiteliais, formando uma lâmina extra LÂMINA BASAL X MEMBRANA BASAL: Membrana basal é o conjunto da lâmina basal com a lâmina reticular TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO • SIMPLES: quando formado apenas por uma camada de células, em que uma face da célula toca a lâmina basal e a outra face da mesma célula está em contato com o exterior. 1. Epitélio Simples Pavimentoso (escamoso): formado por camada de células achatadas, delgadas e núcleos alongados. Ex.: revestimento da camada interna de um vaso sanguíneo 2. Epitélio simples cúbico: formado por uma só camada de células cúbicas ou cuboides (semelhantes a um cubo). Seus núcleos são geralmente esféricos e situam-se no centro da célula. 3. Epitélio simples colunar (cilíndrico): formado por uma camada de células prismáticas, altas, apoiadas sobre uma lâmina basal. Seus núcleos são elípticos. Note como os núcleos alongados acompanham o maior eixo das células. Ex.: Revestimento das microvilosidades intestinais • ESTRATIFICADO: formado por duas ou mais camadas de células. As células que tocam a lâmina basal não são as mesmas que têm contato com o meio extracelular. Para classificar um epitélio estratificado é preciso olhar na superfície livre dele e não na lâmina basal 1. Epitélio pavimentoso estratificado: tem várias camadas de células. As células basais são as mais profundas do epitélio e estão apoiadas na lâmina basal. São poliédricas ou cuboides ou colunares, dependendo da localização do epitélio no organismo. As células intermediárias da camada epitelial são alongadas e as células mais superficiais são achatadas, isto é, pavimentosas. O nome deste tipo de epitélio deriva da forma das células da camada superficial. Obs.: Um fato muito relevante neste tipo de epitélio é a mudança da forma das células em diferentes alturas da camada epitelial. 2. Epitélio estratificado cúbico 3. Epitélio estratificado de transição (Urotélio): quando constituídos por várias camadas de células dotadas de grande flexibilidade e cujo o formato varia, conforme a distensão ou contração dos órgãos. EX.: revestimento internoda bexiga • PSEUDO-ESTRATIFICADO: tem este nome porque parece ser estratificado, pois apresenta núcleos em diferentes alturas da camada epitelial. Na verdade, há só uma camada de células, porém elas apresentam alturas diferentes, o que resulta na distribuição variada de seus núcleos, dando a falsa impressão de estratificação. A rigor é, portanto, um epitélio simples. Possui células colunares altas e células basais pequenas. Além disso, há dois ou três outros tipos de células, não facilmente perceptíveis em preparações rotineiras. A superfície livre das células colunares possui grande quantidade de cílios, importantes para mover a camada de muco existente sobre a superfície epitelial, na qual aderem bactérias e partículas de poeira. Intercaladas entre as células de revestimento há células secretoras chamadas células caliciformes. Possuem um núcleo na base do epitélio e uma longa porção que contém secreção mucosa concentrada na parte dilatada da célula que se assemelha a um cálice. TECIDO EPITELIAL GRANDULAR Exócrinas – é uma glândula que secreta substancias e estas caem diretamente no órgão-alvo através de um ducto. Endócrinas – é uma glândula que secreta suas substancias na corrente sanguínea que viaja através dela até chegar no órgão alvo. CÉLULAS SECRETORAS: células especializadas em secretas substâncias - Pâncreas e glândulas parótidas: Proteínas - Glândulas sebáceas: Lipídios - Glândulas salivares: Glicoproteínas FORMAÇÃO DAS GLÂNDULAS: em um determinado ponto do tecido epitelial de revestimento ocorre uma proliferação de células, invadindo (invaginando) o tecido conjuntivo subjacente, formando um crescimento na forma de broto (a lâmina basal acompanha). A partir desse brotamento, essa glândula pode evoluir para formar uma glândula exócrina, sem perder o ponto de contato com o local de origem, para poder secretar substâncias no lúmen da estrutura. Esse broto pode também dar origem a glândulas endócrinas, elas perdem o contato de origem e ficam no meio do tecido conjuntivo. FUNÇÕES DAS GLÂNDULAS: as glândulas secretam substancias que terão funções especificas, sendo elas: - Transporte de substâncias - Defesa contra microrganismos - Digestão - Lubrificação - Hormonal GLÂNDULAS EXOCRINAS COMPONENTES: A maioria das glândulas exócrinas é constituída de duas porções: porção secretora e porção condutora, representada por um ou mais dutos excretores. Porção secretora: formada por um ou vários conjuntos de células cujas estruturas e arranjos são específicos nos vários tipos de glândulas. As células que formam as porções secretoras se reúnem em pequenas estruturas em torno de um espaço central (um delgado lúmen). O produto de secreção de cada célula é lançado no lúmen deste conjunto de células, o qual se continua com o lúmen dos dutos excretores. Ducto excretor: formada por um epitélio de revestimento que se dispõe formando um pequeno tubo com um lúmen central. O epitélio que forma o duto é inicialmente do tipo simples cúbico. Se a glândula é pequena e se o duto for curto, este mantém esta estrutura em todo seu percurso. Em dutos mais longos de glândulas mais complexas o epitélio do ducto acaba se tornando simples prismático podendo até se tornar estratificado CRITERIOS → NUMERO DE CÉLULAS: podem ser tanto unicelulares quanto pluricelulares UNICELULARES: Células caliciformes MULTICELULARES CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO SEU DUCTOR EXCRETOR Simples: ducto excretor único Ex.: Glândula sudorípara da pele Composta: ducto excretor ramificado Ex.: Pâncreas QUANTO A FORMA DOS ADENÔMEROS (unidade secretora) Tubulosa: formato de tubo (células alongadas) Acinosa: formato esférico (células arredondadas e curtas) Túbulo-acinosa: as duas formas (as duas morfologias) QUANTO AO PRODUTO DE SECREÇÃO Serosa: secretam proteínas e polissacarídeos - Formato piramidal - Sempre núcleo ovoide (redondo) e próximos a base - Citoplasma granular (grânulos proteicos) por conta da secreção serosa (ácido seroso) , além de ser acidófilo (ápice) e basófilo (base) Ex.: Pâncreas Acino serosa Mucosa: secretam glicoproteínas, carboidratos e mucina - Formato colunas - Núcleo na base e pavimentoso (achatados) - Citoplasma com mucina (citoplasma claro por conta da preparação da lâmina) Ex.: Parótidas e Pâncreas Mista: secreção mista, ou seja, tanto serosa quanto mucosa - Possui célula serosa (bem coradas) e células mucosas (pouco coradas) Ex.: QUANTO AO MODO DE LIBERAÇÃO MERÓCRINA: liberação em exocitose - Se funde a membrana plasmática APÓCRINA: o produto de secreção é liberado com parte do citoplasma apical, através do estrangulamento citoplasmático apical. É liberação de uma vesícula contendo substancias dentro. HOLÓCRINA: Toda a célula se torna o produto da secreção - Ocorre a morte da célula por apoptose para ocorrer a secreção. GLÂNDULA ENDÓCRINA CARACTERÍSTICAS GERAIS → Sofrem invaginação → Sem ductos → Células multicelulares → Secreção liberada nos vasos sanguíneos ou linfáticos • CORDONAL: suas células se organizam formando placas de células. Estas placas têm formas diversas e são envolvidas por muitos capilares sanguíneos que recebem os produtos de secreção e os distribuem pelo corpo pela circulação sanguínea. • FOLICULAR: formada por milhares de pequenas esferas cuja parede é constituída por um epitélio simples cúbico. A secreção é transportada para o interior destes folículos onde é acumulada. É chamada coloide e contém os precursores dos hormônios tiroidianos.
Compartilhar