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Ciclos Reais de Negócios e Políticas Econômicas

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Trabalho AVA2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome: João Vitor Moreira Santiago 
Matricula: 20213304015 
1) Considerando a teoria dos ciclos reais de negócios, explique como 
choques negativos de produtividade e as políticas fiscal e monetária 
afetam o produto e os preços 
O modelo de ciclos reais de negócio pressupõem que a economia é 
composta por um grupo de indivíduos idênticos. O comportamento do 
grupo pode ser explicado segundo o comportamento de um dos 
indivíduos, chamado de agente representativo. 
 
Para efeito de exemplificação, vamos imaginar uma situação 
hipotética, no qual nosso agente representativo se chama João Vitor. 
 
Ele obtém utilidade a partir do consumo e do lazer. Ele tem a seguinte 
função utilidade (U): 
 
Ut = U(ct, let) 
 
João Vitor precisa trabalhar para gerar produto. Ao fazer isso, ele 
deixa de lado o lazer. O produto é gerado pela função de produção: 
 
 
 
O produto (y) é resultado da quantidade de capital (K), e trabalho (N), 
empregados no período (t). Alem disso, o produto sofre influencias de 
“choques” no processo de produção (z), que podem ser choques 
tecnológicos, fatores ambientais, entre outros. 
 
João decide não consumir todo o seu produto/renda gerada e 
economiza uma parcela: 
 
 
 
A poupança (s) mais o consumo deve ser igual a renda, ignorando a 
existência de impostos. 
 
A poupança hoje irá aumentar o consumo no futuro, porque se supõe 
que a poupança será investida para aumentar o estoque de capital no 
período seguinte: 
 
 
 
O estoque de capital no período t + 1 é igual a poupança no período t 
mais a parte do estoque de capital (1- δ) que sobrou do período t, em 
que δ é a taxa de depreciação do capital. 
 
Se o choque persistir por vários períodos, ou for permanente, a 
resposta do agente pode variar. Como ele sabe que a produção 
permanecerá baixa por um longo período de tempo, seu incentivo para 
poupar será maior e seu incentivo para consumir será menor. Choques 
de produtividade de longo prazo resultarão em mudanças na 
produção, estoque de capital e emprego que persistem por muitos 
períodos. 
 
Uma característica dos modelos de ciclos econômicos reais é que 
fatores reais não monetários são responsáveis por flutuações na 
produção e no emprego. Muitos desses modelos nem incluem dinheiro 
como variável, então não diga nada sobre como a política monetária 
deve ser implementada. Nos modelos que consideram a moeda, seu 
papel é determinar o nível de preços, mas não altera a produção ou o 
emprego. Portanto, a política monetária não pode afetar a produção e 
o emprego e, mesmo que pudesse, tentar suavizar o ciclo econômico 
seria ineficiente. 
 
Em um verdadeiro modelo de ciclo de negócios, a política fiscal 
afetaria a produção e o emprego, não por meio de efeitos sobre a 
demanda agregada nominal, mas por meio de efeitos do lado da 
oferta. Alterações na carga tributária sobre a renda do trabalhador ou 
o retorno do capital afetarão a escolha dos agentes de otimização. 
Tributar a renda dos trabalhadores permitiria que os indivíduos 
escolhessem o lazer ao invés do emprego. O papel da política fiscal 
em modelos reais de ciclos de negócios é minimizar essas distorções 
fiscais sem comprometer a prestação de serviços governamentais. 
 
Foi quando surgiu outro papel para a política monetária. Assim, os 
formuladores de políticas podem reduzir as distorções causadas pela 
tributação criando mais dinheiro para financiar parte dos gastos do 
governo. No modelo dos ciclos reais de negócios, segue -se que o uso 
ótimo das políticas fiscal e monetária é combiná-las de forma a 
minimizar os custos totais da inflação e da distorção tributária. 
 
2) Resenha critica de Artigo Cientifico 
“MODELOS DE CICLOS REAIS DE NEGOCIOS APLICADOS A 
ECONOMIA BRASILEIRA”, escrito por Paulo Rogério da Costa 
Ferreira e Pedro Cavalcanti. 
 
No texto, os autores vão testar modelos clássicos de real business 
cycles para a economia brasileira. Em um primeiro estágio buscam-se 
fatos estilizados, o que foi feito por meio da escolha de séries 
adequadas, da separação dos componentes cíclicos e da análise dos 
ciclos resultantes. Os parâmetros dos diversos modelos foram 
estimados utilizando o Método Generalizado dos Momentos (MGM). 
Esses parâmetros foram empregados na elaboração de diversas 
economias artificiais que, após simulação, foram confrontadas com os 
dados da economia brasileira. Dentre todos os modelos testados, o 
que melhor se adequou aos dados foi o de cash in advance com 
taxação destorcida. Entretanto, alguns fatos estilizados importantes, 
como por exemplo o excesso de volatilidade do consumo, não foram 
adequadamente reproduzidos pelos modelos testados. 
 
A presente resenha critica será focada na analise dos autores em 
avaliar a aderência de alguns modelos de real business cycles em 
relação a economia brasileira, identificando quais os aspectos nos 
quais as economias artificiais fornecem resultados satisfatórios e quais 
alterações que devem ser feitas de forma a elaborar modelos cujo 
comportamento seja mais próximo do desejado. 
 
Na introdução, os autores argumentam que os ciclos de negócios já 
foram um dos principais focos de interesse na economia. A publicação 
da Teoria Geral e a chamada revolução keynesiana que se seguiu 
resultaram em uma mudança de objetivo da maioria dos 
pesquisadores. Kydland e Prescott (1982) apresentam um modelo 
dinâmico de equilíbrio geral com o objetivo de tentar estudar os ciclos 
econômicos. Abriu-se então um caminho alternativo à teoria 
dominante. Keynes e seus sucessores assumiram que os salários 
nominais seriam rígidos e argumentaram que, em tal situação, os 
modelos de equilíbrio seriam inadequados. A escola keynesiana criou 
alguns modelos econométricos razoavelmente adequados aos dados, 
tanto qualitativa quanto quantitativamente. As regras de decisão 
obtidas não eram necessariamente invariantes às mudanças nas 
políticas econômicas que esses modelos foram usados para avaliar. 
Os autores usaram simulações numéricas para produzir séries de 
variáveis projetadas para reproduzir características de choques de 
produtividade. A simulação foi repetida um determinado número de 
vezes e, ao final, a média dos momentos foi calculada e comparada 
com os momentos dos ciclos dos EUA. Dentre esses resultados, 
podemos citar aquele em que o modelo simulado teve um 
comportamento cíclico semelhante ao da economia real. Lucas 
argumenta que um modelo de equilíbrio é construído exatamente para 
mostrar como os agentes reagirão às mudanças. Neste artigo, 
choques de produtividade seriam os únicos responsáveis por gerar o 
ciclo. Esses choques seriam propagados para as demais variáveis 
através das regras de decisão derivadas de parâmetros tecnológicos e 
preferências. 
 
A dissertação dos autores se baseia na idéia de que os consumidores 
brasileiros não têm capacidade de regularizar seu consumo da forma 
desejada. 
 
Para afirmar esta idéia, o autor faz uma comparação entre o ciclo de 
produto e consumo do Brasil e dos Estados Unidos: 
 
 
Os escritores argumentam uma possível explicação para essa 
diferença. Ele acredita que uma explicação para o fato acima estaria 
na forma como a serie de consumo é calculada no Brasil. 
 
Também analisaram que a produtividade (Y/H) e as horas trabalhadas 
brasileiras apresentam desvios-padrão muito mais altos do que as 
series americanas 
 
 
Para uma dissertação mais completa, os escritores ainda compararam 
o ciclo do produto e investimento entre os países citados 
anteriormente 
 
 
 
 
Após detalhar a metodologia, os dados e o modelo utilizado, os autores detalharam 
os resultados na seção 5 de sua dissertação. Eles chegaram a conclusão que é 
bastante provável que as famílias brasileiras não tenham capacidade de suavizar 
seu consumo da forma desejada. A causa provável desse fato deveria ser problemas 
de restrição à liquidez. 
Ainda afirmam que uma das características do modelo é que o único choque da 
economia incide sobrea produção e, portanto, todas as séries são altamente 
correlacionadas com o produto. Entretanto, isso não ocorre na maioria das séries 
brasileiras, pelo menos na magnitude da simulação. Uma das possíveis soluções 
para esse problema poderia ser a introdução de outros choques, como um choque 
fiscal sugerido, entre outros, por McGrattan (1994b) ou um choque monetário como 
em Cooley e Hansen (1989). 
A conclusão que eu chego deste artigo cientifico é: se temos um impacto positivo no 
produto, é esperado um aumento nos investimento. Se temos um impacto negativo, 
é esperado uma diminuição nos investimentos. 
Para finalizar, a minha opinião sobre essa dissertação é bem positiva, em minha 
visão o autor utiliza dados bem consistentes e apresenta uma argumentação forte, e 
a parte que mais me chamou atenção foi a comparação entre Brasil e Estados 
Unidos, mostrando a diferença entre os dois perante ao assunto abordado em seu 
trabalho. 
REFERENCIAS: 
Link para o artigo cientifico analisado: 
http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/5059 ou 
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5059/1/PPE_v31_n02_Modelos.pdf

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