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Transferência de Calor Prof.: André Marcelino de Morais, DSc Unidade II - INTRODUÇÃO À CONDUÇÃO 2.1 A equação da taxa de condução 2.2 As propriedades térmicas da matéria 2.3 A equação da difusão do calor 2.4 Condições de contorno e inicial EQUAÇÃO DA DIFUSÃO DE CALOR Um dos objetivos principais da análise da condução de calor é determinar o campo de temperaturas em um meio, ou seja, a distribuição de temperaturas em seu interior. Assim, pode-se determinar o fluxo de calor por condução em qualquer ponto do meio ou em sua superfície utilizando-se a lei de Fourier acumuladageradasaida.entr EEEE =+− ( ) ( ) dxdydz t T cdxdydzqqqqqqq pdzzdyydxxzyx =+++−++ +++ dxdydz t T cdxdydzqdz z q qdy y q qdx x q qqqq p z z y y x xzyx =+ ++ ++ +−++ dxdydz t T cdxdydzqdz z q dy y q dx x q p zyx =+ − − − ( ) ( ) ( ) dxdydz t T cdxdydzqdzq z dyq y dxq x pzyx =+ − − − Fazendo-se uma expansão em série de Taylor nas 3 direções zyx q e q ,qAs taxas podem ser determinadas utilizando-se a Lei de Fourier: dxdy z T kqdxdz y T kqdydz x T kq zyx −= −= −= Assim, dxdydz t T cdxdydzqdzdxdy z T k z dydxdz y T k y dxdydz x T k x p =+ − − − − − − dxdydz t T cdxdydzqdxdydz z T k z dxdydz y T k y dxdydz x T k x p =+ + + Dividindo-se todos os termos pelo volume infinitesimal dx.dy.dz, t T cq z T k zy T k yx T k x p =+ + + Equação da Difusão do calor Substituindo as taxas Simplificações da equação de calor t T k c k q z T y T x T p 2 2 2 2 2 2 =+ + + p c. k =Sabendo que a difusividade térmica é t T1 k q z T y T x T 2 2 2 2 2 2 =+ + + Simplificações da equação de calor ( )0= t T 0q z T k zy T k yx T k x =+ + + •Regime Permanente Simplificações da equação de calor 0 dx dT k dx d = ( ) 0"q dx d X =− constante"q X = •Condução unidimensional de calor em regime permanente, sem geração interna de calor ou seja Em condições de transferência de calor unidimensional em regime permanente, sem geração interna de energia, o fluxo de calor é constante. Simplificações da equação de calor ◼ 11 https://www.msn.com/pt-br/noticias/ciencia/centro-da-terra-est%c3%a1-esfriando-mais- r%c3%a1pido-quais-podem-ser-as-consequ%c3%aancias/ar-AATpxjT?li=AAggXC1 INTRODUÇÃO À CONDUÇÃO COORDENADAS ESFÉRICAS Condições de Contorno e Condição Inicial A solução das equações que governam um problema depende ainda das condições físicas que existem nas fronteiras do meio (condições de contorno) e, quando a situação for dependente do tempo, também das condições que existem em um certo instante inicial (condição inicial). •Como a equação da condução de calor é uma equação de segunda ordem nas coordenadas espaciais, são necessárias 2 condições de contorno para cada coordenada espacial que descreve o sistema •Como a equação é de primeira ordem no tempo, basta apenas uma condição inicial Situação para um sistema unidimensional, especificando a condição de contorno na superfície em x = 0, com a transferência de calor ocorrendo no sentido positivo do eixo x. sTtT =),0( •Temperatura da Superfície Prescrita (constante) (condição de Dirichlet) Caso: superfície em contato com um líquido em ebulição ou sólido em fusão •Fluxo de Calor Prescrito na Superfície (constante) (condição de Neumann) Caso: Aquecedor elétrico junto à superfície) )0(" 0 x x q x T k = − = " 0 S x q x T k = − = a)Fluxo de Calor Diferente de Zero b)Fluxo de Calor Nulo (Parede Isolada ou Adiabática) 0 0 = =xx T ( ) tTTh x T k x ,0 0 −= − = c) Condição Convectiva na Superfície Special Forms of The Differential Energy Equation t T cq z T k zy T k yx T k x p =+ + + q z T k zy T k yx T k xt T cp + + + = Se k é constante Se não há geração de energia (eq. campo Fourier) Se há geração de energia, porém sem variação no tempo (eq. Poisson) Se o reg. é permanente e sem geração de energia (eq. Laplace) Coord. retangulares: Coord. cilíndricas: Coord. esféricas: Unidade III - CONDUÇÃO UNIDIMENSIONAL EM REGIME PERMANENTE 3.1 Perfil de temperatura em parede plana e sistemas radiais 3.2 Circuitos térmicos, coeficiente global de transferência de calor 3.3 Condução com geração de energia térmica 3.4 Transferência de calor em superfícies expandidas Condução Unidimensional em Regime Permanente Seja uma parede plana separando dois fluidos em temperaturas diferentes Considere a condução unidimensional de calor através da parede, em regime permanente, sem geração interna. A temperatura é função somente de uma coordenada espacial (no caso x) e o calor é transferido unicamente nesta direção A determinação da distribuição de temperaturas no interior da parede é feita através da solução da equação de calor. Em coordenadas cartesianas, esta equação é dada por t T cq z T k zy T k yx T k x p =+ + + 0 dx dT k dx d = 0 dx Td k 2 2 = 0 2 2 = dx Td 1C dx dT = 21 CxCT += Integrando-se 2 vezes em x, Integrando-se 2 vezes em x, Para se determinar as constantes de integração C1 e C2, aplicam-se as condições de contorno: ( ) 1,0 STT = ( ) 2,STLT = L TT C 1,S2,S 1 − = 1,S2 TC = ( ) 1, 1,2, S SS Tx L TT xT + − = Na condução unidimensional em regime permanente numa parede plana sem geração de calor e com condutividade térmica constante, a temperatura é uma função linear de x. A taxa de calor por condução no interior da parede é dada pela lei de Fourier dx dT kAq x −= Derivando-se a equação encontrada para o perfil de temperaturas na direção x, ( )2,S1,Sx TT L kA q −= O fluxo de calor é dado por ( )2,S1,Sx"x TT L k A q q −== Percebe-se, portanto, que, no interior da parede, a taxa e o fluxo de calor são constantes. Resistência Térmica Da mesma maneira que uma resistência elétrica se opõe à passagem de corrente em um circuito, uma resistência térmica se opõe à passagem de calor. Definindo-se a resistência como sendo a razão entre o potencial motriz e a correspondente taxa de transferência, a resistência térmica assume a forma q T Rt = Lembrando que: Assim, para a condução unidimensional através de uma parede plana kA L R cond,t = hA 1 R conv,t = Ah 1 R r rad,t = ( )( )22SSr TTTTh ++= Parede Composta em Série-Paralelo RESISTÊNCIA TÉRMICA DE CONTATO Existe principalmente devido aos efeitos de rugosidade das superfícies. Pontos de contatos se intercalam com falhas que são, na maioria dos casos, preenchidas com ar. A B q’’x TB TA T A B q’’x x y q’’ contato q’’ falha Para uma área de interface unitária, a resistência térmica de contato é definida por: )/.( "" ' 2, WKm q T q TT R xx BA ct = − = Esta resistência pode ser reduzida através de: •aumento na pressão de contato; •redução da rugosidade das superfícies em contato; •preenchimento das falhas com um fluido de elevada condutividade térmica, como por exemplo, óleo de silicone, glicerina ou graxa de silicone (graxa térmica: kGS 50 kar); •preenchimento das falhas com metais macios (índio, chumbo, estanhoe prata), na forma de películas ou folhas finas. Interface R”tc x10 4 (m2.K/W) Chip de silício/alumínio esmerilhado com ar (27 – 500 kN/m2) 0,3 – 0,6 Alumínio/alumínio com folha de índio (~ 100 kN/m2) ~ 0,7 Aço inoxidável/aço inoxidável com folha de índio (~ 100 kN/m2) ~ 0,04 Alumínio/alumínio com revestimento metálico (Pb) 0,01 – 0,1 Alumínio/alumínio, com graxa Dow Corning 340 (~ 100 kN/m2) ~ 0,07 Alumínio/alumínio, com graxa Dow Corning 340 (~ 3500 kN/m2) ~ 0,04 Chip de silício/alumínio, com de epóxi 0,2 – 0,9 Latão/latão com 15m de solda à base de estanho 0,025 – 0,14 Tabela – Resistência Térmica de Contato Sólido/Sólido Condução Unidimensional em Regime Permanente – Sistemas Radiais – Cilindro Considere a condução de calor unidimensional, em regime permanente, em um cilindro oco, cuja superfície interna se encontra exposta a um fluido quente e a externa a um fluido frio. A equação que governa a transferência de calor no interior do cilindro é t T cq z T k z T k r 1 r T kr rr 1 p2 =+ + + = = 0 z TT ( )0q = ( )0 t T = Se forem adotadas as hipóteses de •Condução unidimensional •Sem geração interna •Regime permanente a equação pode ser reduzida a 0 dr dT kr dr d r 1 = 0 dr dT kr dr d = 0 dr dT r dr d r k = 0 dr dT r dr d = Integrando-se uma vez em r, 1C dr dT r = r C dr dT 1= ( ) 21 ln CrCrT += ( ) 21 ln CrCrT += ( ) 1s1 TrrT == ( ) 2s2 TrrT == Aplicando-se as condições de contorno podem-se obter as constantes de integração C1 e C2 ( )21 2s1s 1 r/rln TT C − = ( ) 221 2s1s 2s2 rln r/rln TT TC − −= ( ) 2s221 2s1s T r r ln r/rln TT T + − = A taxa de transferência de calor é dada por dr dT rL2k dr dT kAq r −=−= Deve ser ressaltado que a área a ser usada é aquela perpendicular à direção da transferência de calor, ou seja, a área lateral do cilindro. Como ( )21 21 /ln 1 rr TT rdr dT ss −= ( )12 2s1s r r/rln TT Lk2q − = O fluxo de calor é dado por dr dT k"q r −= ( )12 2s1s r r/rln TT r k "q − = A taxa de calor, portanto, é constante para qualquer posição radial (não depende do raio r), o que não acontece com o fluxo de calor, que é função da coordenada radial r. A resistência térmica à condução para sistemas radiais é dada por r 2s1s cond q TT R − = ( ) Lk2 r/rln R 12cond = PAREDE CILÍNDRICA COMPOSTA A taxa de transferência de calor através da parede é dada por: cond ss x R TT q )( 21 −= Lk rr Rcond 2 )/ln( 12= , Considere a condução de calor unidimensional, em regime permanente, através de uma parede composta cilíndrica. A taxa de calor é constante através do cilindro. Assim, desprezando-se os efeitos radiativos, 2conv 14s 3cond 4s3s 2cond 3s2s 1cond 2s1s 1conv 1s1 tot 41 r R TT R TT R TT R TT R TT R TT q − = − = − = − = − = − = onde ( ) ( ) ( ) 44C 34 B 23 A 12 11 ttot Lhr2 1 Lk2 r/rln Lk2 r/rln Lk2 r/rln Lhr2 1 RR + + + + == AR U tot 1 =Definindo TUATTUAqr =−= )( 41 Então U = coeficiente global de transferência de calor (W/m2.K) T = diferença global de temperatura (K) A = área de troca de calor (m2) Espessura Crítica de Isolamento Considere uma camada de isolamento térmico, que pode ser instalado ao redor de um cilindro. A superfície interna do isolamento se encontra à temperatura TS1 e o ambiente externo à T. hrk rr TTL q Sr 2 12 1 1)/ln( )(2 + − = 2 2 12 2 22 1 2 1)/ln( 11 )(2 0 + −−− == hrk rr hrkr TTL dr dq S r h k rrc == 2 Assim, 0 11 2 22 =− hrkr rc = raio crítico de isolamento. Para valores de r menores que rc a taxa de transferência de calor aumenta com o aumento da espessura de isolamento; para valores de r maiores que rc a taxa de transferência de calor diminui com o aumento da espessura de isolamento. Figura – Comportamento das Resistências Térmicas com r2 Exemplo – Raio crítico No Laboratório de Transferência de Calor da PUC Minas é feita uma experiência para determinar o coeficiente convectivo associado ao escoamento de ar sobre um cilindro exposto ao ar ambiente. O cilindro é feito de um material metálico e possui diâmetro externo de 2 in e comprimento de 0,78 m. Ele é revestido externamente por lã de vidro (k = 0,06 W/m.K) com 1 in de espessura. A superfície interna do cilindro é aquecida pela passagem de uma corrente elétrica (V = 30 V e i = 2,4 A). São medidas as temperaturas ambiente e da superfície interna do revestimento. a) Para uma temperatura ambiente de 20oC e uma temperatura interna do revestimento de 480oC, calcule o coeficiente convectivo externo; b) Calcule o raio crítico de isolamento. A espessura do revestimento é superior ou inferior à espessura crítica de isolamento? Determine, qualitativamente, o que aconteceria com a temperatura interna do revestimento se a espessura do isolamento fosse tal que o raio externo do revestimento fosse igual ao raio crítico de isolamento. c) Desenhe o circuito térmico do problema. a) O circuito térmico equivalente do problema é mostrado na figura a seguir, desprezando-se os efeitos de radiação A energia gerada por efeito Joule é transferida por condução através do cilindro e do isolante e perdida para o ambiente. Assim, pode-se dizer que W72A4,2.V30ViRiq 2 ==== A taxa de transferência de calor é dada por conv2cond 2S RR TT q + − = onde a resistência à condução no isolante é dada por ( ) 2 33 2cond Lk2 r/rln R = onde r2 e r3 representam, respectivamente, o raio interno e o raio externo do isolante térmico. O raio externo pode ser obtido somando-se o raio interno à espessura do isolamento m0508,0m0254,0m 2 0508,0 t 2 d trr 223 =+=+=+= É importante ressaltar que as unidades foram convertidas do sistema britânico (in) para unidades do Sistema Internacional (m). Assim, ( ) m/W357,2 K.m/W06,0.m78,0.2 m0254,0/m0508,0ln R 2cond = = O objetivo é determinar o coeficiente convectivo h. Para isso, deve-se determinar a resistência à convecção externa. Como conv2cond 2S RR TT q + − = q TT RR 2Sconv2cond −=+ ou 2 2 cond S conv R q TT R − − = WKWK W CC Rconv /032,4/357,2 72 20480 =− − = Mas Lr2.h 1 hA 1 R 3 conv == m78,0.m0508,0.2.h 1 W/K032,4 = K.m/W996,0h 2= Assim, b) O raio crítico é dado por h k rc = K.m/W996,0 K.m/W06,0 r 2c = m060,0rc = Para a espessura de isolante utilizada, o raio externo (rext=0,051 m) é menor que o raio crítico. Como a taxa de calor perdida para o ambiente aumenta até ser atingido o raio crítico, se o raio externo fosse igual ao raio crítico, a temperatura do isolamento seria menor. m0508,0m0254,0m 2 0508,0 t 2 d trr 223 =+=+=+= Aletas (Superfícies estendidas) TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM SUPERFÍCIES ESTENDIDAS (ALETAS) Aleta é um elemento sólido que transfere energia por condução dentro de suas fronteiras e por convecção (e/ou radiação) entre suas fronteiras e o ambiente. As aletas são utilizadas para aumentar a taxa de transferência de calor entre um corpo sólido e um fluido adjacente. Exemplos de dispositivos aletados Exemplos de dispositivos aletados Tipos de Aletas plana, de seção transversal uniforme plana, de seção transversal não uniforme anular piniforme (pino) Balanço de Energia para uma Aleta Considere a transferência de calor unidimensional, em regime permanente, sem geração interna de calor, em um elemento de volume de uma aleta que se encontra exposta a um ambiente cuja temperatura é T. Neste caso, vale: Calor transferido por condução para dentro do elemento em x por unidade de tempo Calor transferido por condução para fora do elemento em (x +dx) por unidade de tempo, Calor transferidopor convecção da superfície entre x e (x + dx) por unidade de tempo = + dx dT kAq cx −= dx x q qq xdxx +=+ dx dx dT kA dx d dx dT kAq ccdxx −+−=+ dx dx dT A dx d k dx dT kAq ccdxx −−=+ A taxa de calor por convecção transmitida do elemento infinitesimal para o fluido é dada por ( )−= TThdAdq sconv Substituindo-se as equações de taxa na equação do balanço de energia, ( )−+ −−=− TThdAdx dx dT A dx d k dx dT kA dx dT kA sccc ( ) 0TTdA k h dx dx dT A dx d sc =−− Como a área da seção reta Ac pode variar com x, ( ) 0TT dx dA k h dx Td A dx dA dx dT s 2 2 c c =−−+ ( ) 0 11 2 2 =− − + TT dx dA k h Adx dT dx dA Adx Td s c c c Forma geral da equação da energia, em condições unidimensionais, em uma aleta. Aletas com área da seção transversal constante Quando a área da seção transversal da aleta é uniforme, a equação anterior pode ser simplificada. P dx dA PxA 0 dx dA constanteA s s c c == == ( ) 0TT kA hP dx Td c 2 2 =−− ( ) 0TT kA hP dx Td c 2 2 =−− Definindo-se a variável (Excesso de Temperatura) como a diferença entre a temperatura da superfície em uma posição x e a temperatura do fluido de resfriamento, −= T)x(T)x( dx dT dx d = 2 2 2 2 dx Td dx d = 0 kA hP dx d c 2 2 =− Definindo-se c 2 kA hP m = 0m dx d 2 2 2 =− Esta é uma equação diferencial de segunda ordem, homogênea, com coeficientes constantes, cuja solução geral tem a forma 0m dx d 2 2 2 =− Solução mx 2 mx 1 eCeC)x( −+= Para resolver esta equação, é necessário ainda definir as condições de contorno apropriadas. Uma condição pode ser especificada em termos da temperatura na base da aleta (x = 0) ( ) bT0xT == ( ) bb TT0x =−== ou A segunda condição de contorno deve ser definida na ponta da aleta (x = L). Podem ser especificadas quatro condições, cada uma correspondendo a uma situação física e levando a uma solução diferente. a) Transferência convectiva de calor na ponta da aleta )T)L(T(hA dx dT kA c Lx c = −=− )L(h dx d k Lx = − = Aplicando-se estas condições de contorno, chega-se a )mL(senh)mk/h()mLcosh( )xL(msenh)mk/h()xL(mcosh)x( b + −+− = A taxa de calor pode ser determinada através da aplicação da lei de Fourier 0x c 0x cf dx d kA dx dT kAq == −=−= Derivando-se a expressão encontrada para (x), )mL(senh)mk/h()mLcosh( )mLcosh()mk/h()mL(senh hPkA.q cbf + + = Para simplificar a solução, define-se cb hPkAM = Assim, a equação para a taxa de calor pode ser dada por + + = )mL(senh)mk/h()mLcosh( )mLcosh()mk/h()mL(senh Mqf c 2 kA hP m = b) Ponta da aleta adiabática 0 dx dT Lx = = 0= =Lxdx d Neste caso, )mLcosh( )xL(mcosh)x( b − = )mL(tghMq .f = c) Temperatura da ponta da aleta fixa e igual a TL ( ) LTLxT == ou ( ) LLx == )mL(senh )xL(msenh)mx(senh)/()x( bL b −+ = − = )( )/()cosh( mLsenh mL Mq bLf d) Aleta muito longa Neste caso, quando 0ouTT ,L LL →→→ mx b e )x( −= Mqf = Uma aproximação para se determinar o comprimento da aleta muito longa, é considerar L≥L∞ =2,65/m. m2= h.P/k.Aseção Exercício alta (muito longa) A temperatura na base de uma aleta de cobre é igual a 60C. Considere que a aleta possua uma área de seção quadrada de 4cm X 4cm. Sabe-se que a temperatura ambiente é igual a 25 C e o coeficiente convectivo h=10 W/m2.C. Considere a aleta muito longa. Determine a variação da temperatura ao longo da aleta e a taxa de transferência de calor entre a aleta e o meio. Faça um gráfico de T em função de X. b) Considere que na mesma área de seção quadrada não exista a aleta. Qual a taxa de transferência de calor nessa situação? c) Encontre a razão entre as taxas de transferência de calor com e sem a aleta. d) Determine a efetividade e a eficiência da aleta. e) Suponha agora que o comprimento L da aleta seja igual a 1 m. Calcule a taxa de transferência de calor considerando que em L a aleta esteja trocando calor por convecção. Determine a efetividade e a eficiência. f) Considere o comprimento da aleta igual a L=1m. Qual a taxa de transferência de calor se na extremidade não haja troca de calor por convecção? Determine a efetividade e a eficiência da aleta. A figura apresenta a distribuição de temperatura em uma aleta retangular, utilizando-se a condição de contorno de aleta muito longa. Observa-se que, a partir de uma dada posição, a temperatura da aleta não se altera. Isto acontece porque a aleta já alcançou a temperatura ambiente. A partir deste ponto, como não há diferença entre as temperaturas da aleta e ambiente, não há mais troca de calor por convecção. Percebe-se, portanto, que não haveria necessidade de se utilizar um comprimento maior que Lmax. A Tabela abaixo apresenta as equações de uma forma resumida. Desempenho da Aleta As aletas são utilizadas para se aumentar a taxa de transferência de calor de uma superfície devido ao aumento da área. No entanto, a aleta impõe uma resistência térmica à condução na superfície original. Deve ser feita uma análise sobre o desempenho da aleta. A Efetividade de uma aleta é definida como sendo a razão entre a taxa de transferência de calor pela aleta e a taxa de transferência de calor que existiria sem a sua presença. A utilização de aletas somente se justifica se f 2. bc f f hA q ε = onde Ac é a área da seção reta da aleta A Eficiência de uma aleta é definida como a razão entre a taxa de transferência de calor pela aleta e a taxa máxima de transferência de calor que existiria pela aleta. Esta taxa máxima é obtida quando toda a aleta se encontra à temperatura da base. bs f max f f hA q q q η == onde As = área superficial da aleta Nas expressões anteriores, a taxa de calor qf é calculada de acordo com a condição de contorno utilizada para a ponta da aleta. Em geral, não são encontrados sistemas com uma única aleta. São colocadas diversas aletas em uma superfície, com o objetivo de se retirar uma quantidade maior de calor. A taxa total de calor perdida pelo conjunto superfície + aletas é dada pela soma das taxas de calor individuais. Considerando-se que todas as aletas do conjunto são iguais e que a presença de uma aleta não interfere na taxa de calor dissipada por outra aleta, a taxa total de calor é dada por bbft hANqq += onde N = número total de aletas qf = taxa de calor perdida por uma aleta Ab = área da superfície exposta – área da base das aletas A eficiência da aleta f caracteriza o desempenho de uma única aleta. A eficiência global da superfície o caracteriza o desempenho de um conjunto de aletas e da superfície da base sobre a qual este conjunto está montado. Ela é definida como a razão entre a taxa de calor perdida pelo conjunto e a taxa máxima de calor que poderia ser perdida pelo conjunto, bt t max t o hA q q q η == onde At = área total exposta sbt NAAA += A eficiência do conjunto pode ser dada também em função da eficiência de uma única aleta. Se f é a eficiência de uma aleta, a taxa total de calor pode ser dada por bbbsft hAhAN q += ou ( ) bf t s tbstsft A NA hANAAANhq −−=−+= 11)( Assim, )1( A NA 1 f t s o −−= Exemplo 9 – Aletas Uma aleta retangular de alumínio, com 4 mm de espessura, 10 mm de largura e 12 cm de comprimento, está acoplada a uma chapa plana cuja temperatura superficial é 85oC. O sistema é exposto ao ar ambiente a 15oC. O coeficiente convectivo associado é 17W/m2.K. a) Determine a taxa de calor dissipada pela aleta se a sua ponta for mantida a uma temperatura fixa de 20oC e a temperatura na posição x = 5 cm. b) Faça um gráfico da variação da temperatura da aleta ao longo do comprimento; c) Determine a efetividade e a eficiência da aleta.d) Refaça o problema acima, porém considerando a aleta muito longa. e) Determine o comprimento da aleta para que a mesma possa ser considerada infinita. f) “Sempre é para entregar” (agora) Slide 1: Transferência de Calor Slide 2 Slide 3: Equação da Difusão de Calor Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98
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