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História da Arquitetura e Urbanismo - O URBANISMO MODERNO - Aula 4

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA �
FACULDADE DE ENGENHARIA �
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO �
�
Curso: Arquitetura e Urbanismo�
 
HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO III 
Prof.a Raquel Portes 
O URBANISMO MODERNO 
ANTECEDENTES 
ANTECEDENTES AO 
URBANISMO 
MODERNO 
A cidade é o seu horizonte, metrópoles, 
conurbações, cidades industriais, grandes 
conjuntos habitacionais… 
Imagens de Londres, e Paris, ao longo do Século XIX. 
O aumento do contingente populacional e das 
construções… a ampliação dos horizontes das 
cidades. 
 
A sociedade industrial é urbana… 
ANTECEDENTES AO 
URBANISMO 
MODERNO 
A construção da estrada de ferro Londres-Birminghan, em 
1836, a ruptura que se insere no coração da cidade. 
 
As rupturas sobre o ambiente consolidado… 
ANTECEDENTES AO 
URBANISMO 
MODERNO 
Exemplo de bairro elegante em Londres, 
com o arranjo da Regent Street e de 
Regent’s Park, projetado por John Nash, 
em 1813, realizado entre 1820 e 1830. 
Nas gravuras dois trechos do esquema 
desenhado. No mesmo período, no 
detalhe o trabalho de crianças nas minas 
inglesas. 
Uma nova ordem… 
Alterações da morfologia urbana… 
ANTECEDENTES AO 
URBANISMO 
MODERNO 
Aspecto dos bairros pobres 
de Londres, em gravuras 
de Gustave Doré, 
aproximadamente em 
1872. 
- insalubridade e as condições precárias 
de moradia operária; 
-  epidemia de cólera em 1830; 
-  é necessário que a entidade urbana seja 
acompanhada, controlada e dirigida; 
-  a cidade industrial começa a tomar forma 
própria, ela provoca um movimento novo 
de observação e reflexão. 
 
O estudo da cidade assume dois aspectos 
diferentes: 
1 - ESTUDOS DESCRITIVOS 
2 - CRÍTICA HUMANITÁRIA E 
POLÍTICA 
PRÉ-URBANISMO OU 
UTOPISMO 
Aspecto de bairro operário em 
Bethnel Green, no Reino Unido, 
no início do século XIX. 
1 - ESTUDOS DESCRITIVOS 
observam fatos isoladamente e tentam 
ordena-los de modo quantitativo 
 
2 - CRÍTICA HUMANITÁRIA E POLÍTICA 
observação crítica das cidades industriais. 
 
HUMANISTAS - são inspirados em 
sentimentos humanitários 
PENSADORES POLÍTICOS - reúnem-se 
para a criticar a sociedade industrial e 
denunciar as condições de vida nas 
cidades industriais 
PRÉ-URBANISMO OU UTOPISMO 
A ordem composta pela cidade 
industrial, nas vistas do centro de 
Londres, publicadas em 1851, com 
moradias e fábricas inseridas no 
mesmo contexto urbano. 
- a reflexão pré-urbanista 
apoia-se em uma situação 
idealizada, e orienta-se ora 
para o futuro (progressista) ora 
para o passado (culturalista); 
- estes pensadores imaginaram 
a cidade em termos de modelo; 
- os modelos pré-urbanista 
eram essencialmente 
hipotéticos. 
•  PROGRESSISMO 
•  CULTURALISMO 
•  A CRÍTICA SEM MODELO 
A “aldeia de harmonia e de 
cooperação”, em esboço anexado ao 
relatório de Richard Owen, em 1817. 
Os autores, apesar de formações 
diferentes tem em comum: 
 
. CRENÇA ABSOLUTA NO 
PROGRESSO E NA 
CAPACIDADE DO HOMEM EM 
ADOTAR UM 
COMPORTAMENTO 
RACIONAL; 
 
. A ANÁLISE RACIONAL DA 
REALIDADE VAI DETERMINAR 
UMA ORDEM-TIPO. 
 
Charles Fourier (1772-1837) 
Robert Owen (1771-1858) 
Eienne Cabet (1788-1856) 
Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) 
Benjamin Richardson (1828-1896) 
PRÉ-URBANISMO OU UTOPISMO 
PRÉ-URBANISMO OU UTOPISMO 
MODELO PROGRESSISTA 
Esquemas do 
Falanstério de 
Fourier, extraídos da 
descrição de 1841. 
• o espaço é amplamente aberto, 
rompido por vazios e verdes, uma 
exigência da higiene; 
 
• o espaço urbano é traçado conforme 
uma análise das funções humanas; 
 
• recusa qualquer herança artística do 
passado, submete-se exclusivamente 
às leis de uma geometria natural; 
 
• os edifícios são, como os conjuntos 
urbanos, protótipos definidos; 
 
• destaque para o alojamento padrão; 
 
• localização fragmentada: bairros ou 
comunas, são auto-suficientes. 
Legenda 
 
1.  Águas furtadas 
2.  Reservatórios de água 
3.  Apartamentos 
privados 
4.  Rua sobreelevada 
5.  Salas de reunião 
6.  Sobrelojas com os 
aposentos dos mais 
jovens 
7.  Andar tèrreo com as 
passagens para as 
carroças 
8.  Passarela coberta 
A. Os jardins internos 
E. Entrada principal 
P. Páteo 
	
Vista geral do Falanstério de Fourier, numa perspectiva de Victor Considerant, 
discipulo de Fourier. 
PRÉ-URBANISMO OU UTOPISMO 
. o ponto de partida não é o indivíduo, 
mas o agrupamento humano; 
 
. se voltam a assim para as cidades do 
passado; 
 
. orgânico e mecânico, qualitativo e 
quantitativo, participação e 
indiferença; 
 
. reviver um estágio ideal do passado; 
 
. volta das formas deste passado. 
 
 
Welby Pugin (1812-1852) 
Jonh Ruskin (1819-1900) 
William Morris (1834-1896) Uma comparação entre uma cidade, em 1440 e em 1840, duas 
gravuras de Pugin. 
PRÉ-URBANISMO OU UTOPISMO 
MODELO CULTURALISTA 
Caricatura de Marx e Engels discutindo a 
situação operária com os políticos da época. 
. criticam as grandes cidades industriais 
sem recorrer ao mito da desordem; 
 
. nem propor sua contrapardida o modelo 
da cidade futura; 
 
. a cidade tem seu lugar na história, 
exprime a ordem do seu tempo que deve 
ser destruída para ser ultrapassada; 
 
. em sua forma futura está ligada ao 
advento da sociedade sem classe 
 
Karl Marx (1818-1883) 
Friedrich Engels (1820-1895) 
 
PRÉ-URBANISMO OU UTOPISMO 
A CRÍTICA SEM MODELO 
Cena antiurbana nos EEUU, Detroit e edificio 
Prudential (Guaranty) Building, 1895-6 em 
Buffalo, N.Y. 
. A nostalgia da natureza 
inspira as criações… 
Uma tradição antiurbana 
 
Thomas Jefferson 
R. Waldo Emerson 
Emerson Thoreau 
Henry Adam 
Henry James 
Louis Sullivan 
 
Escola de Chicago 
PRÉ-URBANISMO OU UTOPISMO 
O ANTI URBANISMO AMERICANO 
AS ORIGENS DA CIDADE MODERNA 
Arturo Soria 
Ebenezer Howard 
Tony Garnier 
AS ORIGENS DA CIDADE MODERNA 
TONY GARNIER 
EBENEZER HOWARD 
ARTURO SORIA A disciplina de urbanismo formou-se nos 
séculos XIX e XX, como uma ciência resultante da 
convergência entre diversas disciplinas, como 
sociologia, economia, arquitetura. 
 
 Nasceu da necessidade de se enfrentar os 
problemas que a Revolução Industrial gerou nas 
grandes cidades. 
 
 A história do urbanismo sempre foi uma 
história de conflito entre uma ciência voltada para os 
interesses da comunidade e os interesses e 
privilégios privados. 
A CIDADE LINEAR 
ARTURO SORIA Y MATA 
Cidade Linear 
1882 
 A Cidade Linear parte do problema do 
congest ionamento das grandes cidades 
tradicionais que se desenvolvem concentrica-
mente em torno de um núcleo. 
 Soria propõe uma alternativa radical: 
uma faixa de largura limitada, percorrida por uma 
ou mais ferrovias ao longo de seu eixo, que pode 
ter comprimento indefinido. 
 Propõe uma cidade extensível, feita de 
pequenas casas isoladas, cada uma com sua 
horta e seu jardim. 
A CIDADE LINEAR 
ARTURO SORIA Y MATA 
Cidade Linear 
1882 
 
“La strada centrale dovrà essere larga 40 metri, alberata e percorsa nel centro da una ferrovia 
elettrica (ferrocarril); le traverse saranno lunghe circa 200 metri e larghe 20. Gli edifici potranno 
coprire solo un quinto del terreno. Soria y Mata immagina una città estensiva di villini isolati: nel 
lotto minimo di 400 metri quadri, solo 80 saranno per l'alloggio, il rimanente per il giardino.” 
A CIDADE LINEAR 
ARTURO SORIA Y MATA 
Cidade Linear 
 ESPANHA – aprox.1890 
A CIDADE LINEAR 
ARTURO SORIA Y MATA 
Cidade Linear 
 ESPANHA – aprox.1890 
A CIDADE LINEAR 
ARTURO SORIA Y MATA 
Cidade Linear 
 ESPANHA – aprox.1890 
 “ (...) o tipo de cidade 
quase perfeita será aquela que se 
estende ao longo de uma única via, 
com uma largura de 500 metros, e 
que se estenderá, se necessário de 
Cádiz a São Petersburgo, de Pequim 
a Bruxelas.” 
A CIDADE JARDIM 
EBENEZER HOWARD 
1850 - 1928 
 Cidade Jardim 
Baseando-se em grande parte na observação das 
péssimas condições de vida da cidade liberal, 
Ebenezer Howard, propôs uma alternativa aos 
problemas urbanos e rurais que então se 
apresentavam. O livro “To-morrow” (chamado 
“Garden-citiesof To-morrow” na segunda edição, 
em 1902) apresentou um breve diagnóstico sobre a 
superpopulação das cidades e suas conseqüências. 
Segundo ele, essa superpopulação era causada 
sobretudo pela migração proveniente do campo. 
A proposta das cidades-jardim parte do problema 
da propriedade privada, assim, ao se eliminar a 
especulação privada, os edifícios das grandes 
cidades poderiam dar lugar a espaços verdes e, a 
ausência de incentivos para o crescimento ilimitado 
das cidades possibilitaria que se estabelecesse as 
dimensões da cidade oportunamente, de modo que 
o campo pudesse ser atingido por um simples 
passeio. 
A CIDADE JARDIM 
EBENEZER HOWARD 
 Cidade Jardim 
Howard concebeu um mecanismo engenhoso para 
viabilizar a criação e a manutenção de uma Cidade-
Jardim. Inicialmente, um terreno localizado em área 
rural deveria ser comprado por um grupo de 
pessoas, para abrigar a futura cidade. Esse terreno 
seria comprado por um preço baixo, compatível com 
o preço de terras rurais, a partir de um 
financiamento. O aumento do número de habitantes 
nessas terras seria capaz de diluir os juros do 
financiamento e de constituir um fundo para ir 
quitando aos poucos o principal. Assim, a partir de 
pagamentos relativamente pequenos, os habitantes 
da Cidade-Jardim poderiam quitar a dívida assumida 
e ainda obter recursos para as ações coletivas 
necessárias (construção de edificações públicas, 
manutenção dos espaços abertos, etc.). 
A CIDADE JARDIM 
EBENEZER HOWARD 
 Cidade Jardim 
 
- Livro: To-morrow: A Peaceful Path 
to Real Reform (Amanhã: Um 
Caminho Tranqüilo para a Reforma 
Autêntica), 
em 1898. 
 
- Garden City Association, 
associação para a discussão e 
difusão dos ideários da cidade-
jardim. 
 
- Howard (1996) fez uma síntese das 
vantagens e dos problemas tanto de 
um ambiente como de outro. Ambos 
atuariam como “ímãs”, atraindo as 
pessoas para si. 
A CIDADE JARDIM 
EBENEZER HOWARD 
 
•  O modelo proposto deveria ser 
construído numa área de 2400 ha, 
sendo 400 ha destinados à cidade e 
o restante às áreas agrícolas. 
•  O esquema assume uma estrutura 
radial, sendo composto por 6 
bulevares de 36 metros de largura 
que cruzam desde o centro até a 
periferia, dividindo-a em 6 partes 
iguais. No centro, seria prevista uma 
área de aproximadamente 2,2 ha, 
com um belo jardim, sendo que na 
sua região periférica estariam 
dispostos os edifícios públicos e 
culturais (teatro, biblioteca, museu, 
galeria de arte) e o hospital. O 
restante desse espaço central 
destinar-se-ia a um parque público 
de 56 ha com grande áreas de 
recreação e fácil acesso. 
A CIDADE JARDIM 
EBENEZER HOWARD 
 Cidade Jardim 
 P a r a H o w a r d a 
cidade-jardim deve ser auto-
suficiente e deve obter um 
equilíbrio entre indústria e 
agricultura. Propõe que 1/6 do 
terreno seja ocupado por 
moradias e indústrias e o resto 
seja destinado à agricultura, 
localizando em torno do núcleo 
urbano, um cinturão verde de 
fazendas. 
A CIDADE JARDIM 
EBENEZER HOWARD 
 Cidade Jardim 
LETCHWORTH 
1902 - INGLATERRA 
Projetada para 35000 
habitantes. 
- Primeiras cidades-
jardim realizadas: 
Lechworth 
(Raymond Unwin e 
Barry Parker) e 
Welwyn (Louis de 
Soissons) 
A CIDADE JARDIM 
EBENEZER HOWARD 
 Cidade Jardim 
LETCHWORTH 
1902 - INGLATERRA 
Projetada para 35000 
habitantes. 
A CIDADE JARDIM 
EBENEZER HOWARD 
 Cidade Jardim 
LETCHWORTH 
1902 - INGLATERRA 
Projetada para 35000 
habitantes. 
A CIDADE JARDIM 
EBENEZER HOWARD 
 Cidade Jardim 
WELWYN 
1919 - INGLATERRA 
Projetada para 50.000 
habitantes. 
A CIDADE JARDIM 
EBENEZER HOWARD 
 Cidade Jardim 
WELWYN 
1919 - INGLATERRA 
Projetada para 50.000 
habitantes. 
A CIDADE JARDIM 
EBENEZER HOWARD 
 Cidade Jardim 
WELWYN 
1919 - INGLATERRA 
Projetada para 50.000 
habitantes. 
A CIDADE INDUSTRIAL 
TONY GARNIER 
 Antoine Garnier 
(1869 - 1948) 
 
- Tony Garnier nasceu em Lyon na França em 13 de 
agosto de 1869; 
- 1886 entra para a École de Beaux - Artes em Lyon 
e em 1889 se muda para Paris/ Influências de 
Julien Guadet; 
- Em Paris conquistou o Prix de Rome em 1889 e 
permaneceu mais quatro anos na Academia 
Francesa na Villa Médici; 
- 1904 expõem pela primeira vez projeto da Cidade 
Industrial – “Cité Industrielle”, toda em concreto 
armado, ferro e vidro, que é publicado somente em 
1918; 
- Inovador no planejamento urbano - diferenciação 
das funções urbanas; 
- Faleceu em 19 de janeiro de 1948, em Roquefort 
la Bédoule/França. 
A CIDADE INDUSTRIAL 
TONY GARNIER 
 Cidade Industrial 
1917 - projeto O projeto para uma cidade industrial é 
apresentado pela primeira vez em 1904, e demonstra 
a crença de Tony Garnier no fato de que as grandes 
cidades do futuro teriam que se basear na indústria. 
 
 Projetada para 35000 habitantes, a cidade 
industrial antecipava alguns princípios da Carta de 
Atenas do CIAM de 1933. 
 
 A proposta era, sobretudo de uma cidade 
socialista sem muros ou propriedade privada, onde 
todas as áreas não construídas eram parques 
públicos. 
A CIDADE INDUSTRIAL 
TONY GARNIER 
 Cidade Industrial 
1917 - projeto 
-  Cidade industr ia l ser ia 
construída sobre uma parte 
montanhosa e uma planície 
atravessada por um rio, onde a 
fábrica principal está situada na 
planície, na confluência de uma 
torrente com um rio; Uma 
estrada de ferro de grande 
comunicação passa entre a 
fábrica e a cidade, que está 
numa posição um pouco mais 
elevada, num altiplano e mais 
ac ima es tão s i tuadas as 
instalações sanitárias, que estão 
protegidas dos ventos frios, tal 
como a cidade, e voltadas para 
o sul, sobre terraços que dão 
para o rio; 
-  Cada um destes elementos, 
estão isolados de modo a 
permitir uma futura ampliação 
em caso de necessidade; 
A CIDADE INDUSTRIAL 
TONY GARNIER 
 Cidade Industrial 
1917 - projeto 
- Busca por melhores condições que 
satisfizessem as necessidades materiais 
e morais dos indivíduos, o que acabou 
por gerar regu lamentações para 
diferentes setores como: construção, 
transporte, dentre outros; 
- Garnier considerava que a “superfície 
construída deve ser sempre inferior à 
metade da superfície total, enquanto que 
o resto do lote é destinado a jardins 
públicos e circulação de pedestres. Esta 
disposição permite que se atravesse a 
c i d a d e e m q u a l q u e r s e n t i d o , 
independentemente das vias, que não 
mais precisam ser seguidas, e o solo da 
cidade tomado em seu grande parque, 
s e m r e s t r i ç õ e s p a r a l i m i t a r o s 
terrenos”(BENEVOLO, 2006, p.333); 
- Cidade Industrial uma organização 
urbana para 35 mil habitantes que 
a n t e c i p a v a , a t r a v é s d e s e u s 
zoneamentos, os princípios da Carta de 
Atenas dos CIAM de 1933; 
A CIDADE INDUSTRIAL 
TONY GARNIER 
 Cidade Industrial 
1917 - projeto 
- Cidade Industrial “era socialista sem muros ou 
propriedade privada, sem igrejas ou quartéis, 
sem delegacia de policia ou tribunal de justiça; 
uma cidade onde todas as áreas não 
construídas eram parques públicos. Dentro da 
área const ru ída, Garn ier acabou por 
estabelecer uma tipologia variada e abrangente 
das moradias, segundo padrões estritos de uso 
de luz, ventilação e áreas verdes. Esses 
códigos e os padrões combinatórios que 
geraram eram articulados por uma hierarquia de 
ruas arborizadas de diferentes larguras. Com 
uma altura media de apenas dois andares, um 
planejamento assim aberto resultava em baixa 
densidade e, em 1932, Garnier concebeu uma 
complementação de seu esquema que 
apresentava setores residenciais de densidade 
mais alta. Integradas aos bairros residenciais 
havia diferentes categorias de escolas, situadas 
de modo a servirem regiões específicas da 
cidade, enquanto as instalações para a 
educação técnica e profissional se situavam 
e n t r e a s á r e a s r e s i d e n c i a l e 
industrial” (FRAMPTON, 1997, p.119); 
A CIDADE INDUSTRIAL 
TONY GARNIER 
 Cidade Industrial 
1917 - projeto 
A CIDADE INDUSTRIAL 
TONY GARNIER 
 Cidade Industrial1917 - projeto 
- O projeto delineava em escalas 
diferentes a “substância específica de 
sua tipologia ao mesmo tempo em que 
oferecia indicações precisas sobre a 
modalidade de construção em aço e 
concreto” (FRAMPTON, 1997, p. 121). 
 
A CIDADE INDUSTRIAL 
TONY GARNIER 
 Cidade Industrial 
1917 - projeto A Cidade Industrial 
caracteriza-se pelo 
detalhamento do 
projeto e a 
modernidade atribuída 
em sua concepção; 
PROPOSTAS PARA A CIDADE MODERNA 
Ideários urbanos em jogo 
- Visita de Le Corbusier, em 1907, a Garnier. 
- Sobre as pranchas, Le Corbusier escreve: “são 
a conseqüência de cem anos de evolução 
arquitetônica na França” 
- Le Corbusier publica na revista purista L’Esprit 
Nouveau, um material relativo ao projeto da Citè 
- A influencia de Tony Garnier aos ideários de Le 
Corbusier sobre as novas cidades é clara.

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