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Profa. Ma. Eliana Delchiaro UNIDADE III Jogos e Brinquedos na Infância Faremos a reflexão sobre o conceito de projetos temáticos lúdicos no contexto da Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Os projetos dão preferência para aqueles que utilizam jogos e brincadeiras que contemplem as experiências culturais brasileiras. Abordaremos sobre os jogos esportivos, cooperativos e recreativos, bem como os jogos virtuais e, principalmente, a construção e a organização de espaços lúdicos como a brinquedoteca. O que iremos estudar na Unidade III Pedagogia de projetos e sua contribuição no processo de ensino-aprendizagem não é recente. No início do século XX, essa discussão surge, principalmente, com John Dewey e seus seguidores que, embasados na pedagogia ativa, apontavam uma concepção de educação como algo processual relacionado com as questões da vida e não uma forma de preparação para a vida futura. Para o autor, a escola deveria representar o real, ou seja, ser uma comunidade em que os processos de vida em nada devem diferir dos processos que lhes estão ao derredor. Ser parte inerente ao processo social total seria o campo do exercício da democracia ao preparar a criança como membro de sua pequena comunidade. Dewey salienta que o pensamento não é senão um processo de abordar a experiência em face de problemas reais. A concepção de educação para esse autor é definida como um fenômeno direto da vida, um contínuo processo de reconstrução e reorganização da experiência pela reflexão, constituindo assim a característica mais peculiar da vida humana. Portanto, relacionado a essa concepção de educação, surge o trabalho com projetos com uma visão complexa e contextualizada do processo educativo possibilitando a aprendizagem por meio da experiência. Educar para Dewey é um fenômeno direto da vida, um contínuo processo de reconstrução e reorganização da experiência pela reflexão característica mais peculiar da vida humana. Os projetos e Dewey Esse trabalho com projetos apresenta uma visão complexa e contextualizada do processo educativo, possibilitando a aprendizagem por meio da experiência é uma intervenção pedagógica que fornece para a atividade de aprender um sentido novo, ensinar para a vida. “Projeto é projetar-se, isto é, lançar-se, sair de onde se encontra em busca de novas soluções”(LEITE, 1996). O trabalho com projetos permite a interação com a realidade, respeita as especificidades de cada faixa etária ao promover ações educativas de uma forma crítica e dinâmica: quando oportuniza aos educandos a condição de opinarem, debaterem, escolherem sua trajetória de aprendizagem. Trabalho com projetos Para Leite (1996), o trabalho com projetos apresenta algumas características fundamentais, como: Envolvimento dos alunos: o tema e os objetivos fornecem sentido, tornando-se, assim, aprendizagens significativas. Autonomia e responsabilidades das crianças: o trabalho por projeto permite aos alunos fazerem escolhas ao longo de seu desenvolvimento. Promove a resolução de problemas: na medida em que possibilita uma intervenção pedagógica por ter um caráter real para os estudantes. Características profundidade, aprendizagem significativa e ainda favorece o conhecimento do mundo que a criança vive e de suas próprias experiências. Tema lúdico de um projeto parte do interesse, da motivação, do que é familiar e do entorno da criança. Duração na primeira infância têm duração variável, tendendo a serem mais rápidos do que os desenvolvidos com crianças maiores. Projetos lúdicos vão além dos conteúdos escolares 1. À observação e à escuta das crianças. 2. Ao registro da fala das crianças. 3. À seleção dos brinquedos e das brincadeiras. 4. À realização das vivências. 5. Ao estágio de desenvolvimento da criança. 6. Ao contexto sociocultural em que vivem. 7. Que conhecimentos e experiências possuem. 8. Quais as dificuldades da turma. 9. Quais são os interesses das crianças. Nos projetos lúdicos, a que o professor de Educação Infantil deve ficar atento? Parte-se do princípio de que o espaço é o retrato da relação pedagógica porque registra, concretamente, por meio de sua arrumação, móveis, prateleiras e decoração, organização dos materiais, utensílios e brinquedos, a maneira como o grupo de profissionais da Educação Infantil vive essa relação. Um ambiente é composto por: odores, ritmos; mobiliários e cores; sons e palavras; contato com o outro. Como o professor de Educação Infantil pode organizar um espaço propício à brincadeira? Cantos demarcados por tapetes, pequenas estantes, biombos, espelho e placas informativas, como: Canto de faz de conta: supermercado, cabeleireiro, médico, lavanderia, casinha com roupas, móveis e utensílios domésticos. Canto da fantasia com diversos figurinos, adereços, enfeites, chapéus. Canto artístico com tintas, pincéis, papéis, telas, massinha caseira. Espaços para recorte e colagem. Canto da leitura com diversos livros infantis, gibis e revistas. Canto da música. Cantos de jogos com vários jogos disponíveis às crianças: jogo da memória, quebra-cabeça, jogos de encaixe, jogos de montagem e construção. Canto das ciências com aquário ou um terrário. Proposta de organização por cantos: área interna Cantos temáticos Fonte: http://www.paraiso infantilbaby.com.b r/novo/estrutura/ Fonte: https://gestaoes colar.org.br/cont eudo/1228/os- cantos-de-faz- de-conta-na- sala-de- educacao- infantil 1. Pátios abertos e áreas sombreadas. 2. Espaços livres cobertos para atividades em dias de chuva. 3. Parque colorido de madeira ou plástico resistente e seguro. 4. Pneus de diversos tamanhos pintados nas cores primárias. 5. Caixa de areia higienizada. 6. Casinha. 7. Percursos (trilhas, labirintos e caminhos). 8. Túneis (por exemplo, com manilhas). 9. Paisagismo (plantas diversas). 10. Espaços que ampliem o repertório de brincadeiras. Sugestão de organização espacial na Educação Infantil: área externa O educador deve considerar o equilíbrio entre momentos coletivos, diversificados e privados; a variedade das atividades, eliminando os tempos de espera da criança de uma atividade para outra. O planejamento das ações pode ocorrer em três grandes modalidades de organização de tempo, como indica o RCNEI (1998): Atividades permanentes, Sequências de atividades e Projetos. Aprender a organizar o espaço de forma que as atividades lúdicas integrem o currículo pedagógico torna-se um desafio para o educador da primeira infância: é pensada na e para a criança; gradativamente, a criança é incluída nessa organização; favorecimento da autonomia. As crianças não brincam mais como antigamente? Ou será que nós, adultos, não estamos sabendo ensinar as brincadeiras de antes? Papel do educador A organização do currículo da Educação Infantil pode se caracterizar pelas atividades permanentes, pelas sequências de atividades e pelos projetos. Outra forma de se estruturar os conteúdos é organizá-los por: a) Jogos temáticos. b) Cantos temáticos. c) Salas ambiente. d) Ambientes tecnológicos. e) Brinquedotecas. Interatividade A organização do currículo da Educação Infantil pode se caracterizar pelas atividades permanentes, pelas sequências de atividades e pelos projetos. Outra forma de se estruturar os conteúdos é organizá-los por: a) Jogos temáticos. b) Cantos temáticos. c) Salas ambiente. d) Ambientes tecnológicos. e) Brinquedotecas. Resposta Os jogos esportivos para a faixa etária da Educação Infantil devem ter como premissa a socialização. Alguns jogos esportivos conhecidos do universo adulto podem ser adaptados ao universo infantil, utilizando-se de regras simples que possibilitem a participação de todas as crianças, por exemplo: “Grande futebol”, utilizando uma bola e duas traves de gol e toda a turma. Aescolha da modalidade esportiva deve levar em consideração o estágio de desenvolvimento motor da criança. Jogos esportivos e jogos cooperativos Segundo Godall (2004), para a criança no período sensório-motor, o ato precede o pensamento, ou seja, ela age sem refletir. Nessa fase, ela adquire duas funções importantes: o andar e a linguagem. No período pré-operatório, a criança vai iniciando sua vida social ao formar pequenos grupos e compreender as regras dos jogos e brincadeiras dos quais participa, no entanto deve-se também respeitar suas aptidões e gostos no momento da escolha. Na Educação Infantil, o professor deve adequar os jogos esportivos à faixa etária da criança, transformando-os em determinadas situações em jogos recreativos com atividades que sejam envolventes, motivadoras, inclusivas e, principalmente, ter regras com a finalidade de incentivar a participação de todos. Atenção: Jogos esportivos trazem à tona a competição. Jogos esportivos e jogos cooperativos Os jogos cooperativos surgiram da preocupação excessiva dada à competição e ao individualismo da sociedade moderna e apresentam uma estrutura alternativa diferente, na qual os participantes “jogam uns com os outros, ao invés de uns contra outros”. (BROTTO, 1997) Jogando cooperativamente, tem-se a chance de considerar o outro como um parceiro, um solidário, em vez de tê-lo como adversário, operando, assim, para interesses mútuos e priorizando a integridade de todos. Jogos esportivos e jogos cooperativos Os jogos cooperativos são jogos de compartilhar, unir pessoas, despertar a coragem para assumir riscos, preocupando-se pouco com o fracasso e o sucesso em si mesmos: Eles reforçam a confiança pessoal e interpessoal, uma vez que ganhar e perder são apenas referências para o contínuo aperfeiçoamento de todos. Resultam no envolvimento total, em sentimentos de aceitação e vontade de continuar jogando. Exemplo: Jogo de formar grupos – Desenvolvimento: na área externa, com uma turma de alunos, propor a eles que andem ou corram à vontade. Dado sinal de início, o professor deve dizer: “Duplas” e assim sucessivamente amplia-se para três, quatro até seis participantes. Jogos esportivos e jogos cooperativos Jogo da corrente: Desenvolvimento: delimitar o espaço do jogo em uma área externa. Os alunos só poderão andar, não vale correr. Devem circular pelo espaço livremente e, com um sinal do professor, o pegador será escolhido e deve ir ao encalço dos demais. Aquele que for pego dará a mão ao pegador, formando uma corrente. O jogo prossegue e vai aumentando a corrente até que todos façam parte dela. Jogos esportivos e jogos cooperativos O que seria um bom jogo em grupo? A proposição de algo interessante e desafiador. Permitir que as crianças avaliem seu autodesempenho. Permitir aos jogadores participarem ativamente do começo ao fim. O jogo em grupo é: processo de tomada de decisão e consequente uso de linguagem; estimulante do autoconceito positivo; favorecedor da construção do conhecimento. Jogos esportivos e jogos cooperativos Há jogos que estabelecem uma intrínseca relação entre a ação física e ação mental, como os jogos de alvo, corrida, perseguição, esconde, de descoberta, de comandos verbais, de cartas, de tabuleiro (KAMII & DEVRIES, 2009). Foco nos jogos de corrida e os de tabuleiro. Exemplos de jogos de corrida: pega-pega aos pares. Exemplo de jogos de tabuleiro: trilha, bingo, coletores e estratégia. Uma das qualidades mais importantes para a construção do conhecimento é a confiança que a criança adquire na própria capacidade de encontrar soluções, e é isso que os jogos em grupo proporcionam. Jogos esportivos e jogos cooperativos Os dados feitos antigamente com conchas e ossos diferiam da versão cúbica atual. Nem sempre tinham uma função ligada aos jogos e tinham um caráter mítico e religioso. Na Grécia Antiga os dados apareceram em formato de cubo, como os atuais, e eram feitos de marfim, osso, madeira e até mesmo de ouro e pedras preciosas. Atualmente, o dado de seis faces tem um padrão de fabricação: a soma de quaisquer faces opostas sempre dá sete, número de forte simbolismo que é o resultado da soma do quadrado (quatro) com o triângulo (três) (KLISYS, 2010). Os dados Fonte: https://www.magazineluiza.com.br/dado-comum-6-lados- branco-grow/p/ebfd0a3a5d/br/jogo/ Jogo da velha ou quarto Jogo da velha – versão infantil, confeccionado pelos alunos do curso de Pedagogia – UNIP. Brinquedos do acervo: Laboratório de Pedagogia LAB – Brinquedoteca – Universidade Paulista – UNIP, campus Sorocaba e Campinas – SP. Jogo O quarto – confeccionado pelos alunos do curso de Pedagogia – UNIP. Brinquedos do acervo: Laboratório de Pedagogia LAB – Brinquedoteca – Universidade Paulista – UNIP, campus Sorocaba e Campinas – SP. Desenvolvimento: o tabuleiro desse jogo é uma folha de papel na qual são escritos os números de 2 a 12, deixando-se um espaço em branco para o 7. Cada jogador tem sua própria folha. Os participantes se revezam, jogando dois dados e riscando o número que corresponde à soma dos dois números que saíram dos dados. Se o jogador fizer sete pontos, perde a vez e desenha uma cobrinha na sua folha. Aquele que tiver sete cobrinhas sai do jogo. O vencedor será o que conseguir riscar todos os números da sua cartela sem sair do jogo. Jogo da cobra Fonte: http://www.piraquara.pr.gov.br/a prefeitura/secretariaseorgaos/e ducacao/uploadAddress/Apostil a_reelaborada_de_Jogos_PNAI C_1_ano_[7596].pdf Jogador 1 Jogador 2 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 8 8 9 9 10 10 11 11 12 12 Os jogos têm o poder de aproximar as pessoas, instigando a participação de intermináveis jogadas, especialmente os jogos de tabuleiro. Os diferentes jogos, com suas próprias lógicas e regras, desafiam os jogadores a colocarem o melhor de si. Os jogos cooperativos unem competição e cooperação. Essa simultaneidade é realmente encantadora! Concluindo: São jogos de compartilhar, unir pessoas, despertar a coragem para assumir riscos, preocupando-se pouco com o fracasso e o sucesso em si mesmos. Estamos falando dos: a) Jogos sensoriais. b) Jogos motores. c) Jogos simbólicos. d) Jogos cooperativos. e) Jogos artesanais. Interatividade São jogos de compartilhar, unir pessoas, despertar a coragem para assumir riscos, preocupando-se pouco com o fracasso e o sucesso em si mesmos. Estamos falando dos: a) Jogos sensoriais. b) Jogos motores. c) Jogos simbólicos. d) Jogos cooperativos. e) Jogos artesanais. Resposta A transmissão do saber, função tradicional do ensino, dispõe atualmente das tecnologias de informação e comunicação, de procedimentos, suportes e mecanismos que estão muito além do controle e da intervenção do professor. Alteração da natureza o que é preciso aprender e quem precisa aprender. Mudança de paradigma do aprendizado. Marca da contemporaneidade didática do aprender a aprender, do saber pensar. Necessidade de apropriação do conhecimento disponível. Jogos virtuais Tecnologia + comunicação = cidadania Utilização da informática no contexto escolar. Jogos eletrônicos ou jogos virtuais. Jogos eletrônicos promovem ou não aprendizagem? Jogos virtuais Videogame. Televisão. Softwares. Apesar de vivenciarmos um período automatizado, a máquina não realiza ações que são da espécie humana, como o brincar, o simular e o fantasiar. Quando essas ações desaparecem, o homem perde marcas fundamentais da sua singularidade. Jogos virtuais A utilização de um jogo computadorizado dentro de um processo de ensino e aprendizagem deve considerar não apenas o conteúdo a ser trabalhado, mas também a maneira como o jogo se apresenta, relacionando-o à faixa etária de quem o utilizará. Algumas características são importantes na escolha dos jogos computadorizados: 1. Conteúdo condizente à faixaetária. 2. Ter representações visuais coerentes. 3. Dispor diversas imagens de forma clara, objetiva e lógica. 4. Permitir ao usuário a autocorreção. Jogos virtuais Da descoberta (segunda metade do século XX) aos modernos jogos uma grande evolução nas áreas gráficas, sonoras, com avanço da interação e do aperfeiçoamento de gêneros. Três características básicas e importantes devem ter os jogos em geral: a fantasia, a curiosidade e o desafio envolvendo assim o caráter interativo e imaginativo. Jogos virtuais Brinquedoteca: Conceito: espaços no ambiente escolar com finalidades lúdicas se tornam imprescindíveis, pois têm propósitos integrativos e culturais para a criança, de forma a prepará-la para viver em grupo e ser respeitada na sociedade em que vive. Quando surgiu: início da década de 1930, em plena depressão americana, com objetivos de evitar furtos por crianças nas lojas de brinquedos. Um pouco do que aconteceu: 1960 Suécia ludoteca, empréstimo e orientação aos pais de crianças com necessidades especiais. 1967 Inglaterra toy libraries ou biblioteca de brinquedos. 1976 Londres I Congresso de Brinquedos: mudança de perfil desse espaço. 1973 Brasil, as ludotecas começam com a Apae ao emprestar brinquedos aos pais para essas crianças. 1981 A 1ª brinquedoteca no Brasil. Espaços lúdicos As brinquedotecas classificam-se em função de diferentes fatores, entre eles a situação geográfica, as tradições e as culturas de cada povo, o sistema educacional, os materiais e espaços disponíveis, os valores, as crenças e os serviços prestados; entretanto, independentemente de cada tipo, é sempre preservado o aspecto lúdico como fator primordial que assegura o direito da criança de brincar (SANTOS, 1997). A maioria das brinquedotecas se encontra nas escolas de Educação Infantil, restringindo seu campo de atuação às próprias crianças da instituição. Encontram-se também brinquedotecas localizadas em: Hospitais e clínicas. Locais não fixos, como adaptadas em veículos. Shoppings, clubes. Laboratórios das instituições de Ensino Superior. Brinquedotecas Importância dos jogos e dos brinquedos como estratégia poderosa na construção do conhecimento. Aplicação em diferentes contextos de oportunidades para o desenvolvimento humano. Objetivos da brinquedoteca: 1. Possibilitar um espaço adequado para que a criança possa brincar sossegada e sem cobranças. 2. Estimular a capacidade de concentração e de atenção. 3. Favorecer o equilíbrio emocional e propiciar o desenvolvimento das potencialidades. 4. Auxiliar no desenvolvimento da inteligência, da criatividade e da sociabilidade. 5. Disponibilizar o acesso a um maior número de brinquedos, respeitando as preferências da criança e, assim, assegurar os seus direitos. Importância da Brinquedoteca “A brinquedoteca se apresenta como um espaço onde a criança, utilizando o lúdico, constrói suas próprias aprendizagens, desenvolvendo-se em um ambiente acolhedor, natural, que funciona como fonte de estímulos para o desenvolvimento de suas capacidades estéticas e criativas, favorecendo, assim, sua curiosidade” (OLIVEIRA, 2002). A evolução na proposta da brinquedoteca nos espaços educativos trouxe uma necessidade emergente na formação do profissional da educação, fazendo surgir a figura do brinquedista. Quem é esse profissional? O brinquedista é um profissional com formação pedagógica que faz a mediação entre criança e brinquedo. Deve conhecer criança, brinquedo, jogo, escola, homem e sociedade. Profissional que atua na brinquedoteca Historicamente, elas surgiram da necessidade de adaptação dos conceitos de cidadania e meio ambiente, utilizando materiais recicláveis na elaboração de brinquedos e jogos feitos com sucatas. Seu princípio é similar ao da brinquedoteca, em que se estimulam as brincadeiras, os jogos e os brinquedos confeccionados com uma variedade de materiais, como papel, caixas, garrafas plásticas, copos, isopor e latas, entre outros. Todos esses espaços acabam por ter uma finalidade única: a de promover o conhecimento da criança de modo significativo e lúdico. Convite: Vamos pensar na organização de um espaço lúdico na sala de aula ou mesmo em uma brinquedoteca? Quais seriam os eixos norteadores? Sucatotecas Têm a função de aproximar a criança de diferentes tipos de brinquedos, que, normalmente, são classificados pelas características e suas funções e, inicialmente, tiveram origem no empréstimo de brinquedos. Estamos nomeando: a) Os sucatários. b) Os ateliês. c) As casas de bonecas. d) As brinquedotecas. e) As ludotecas. Interatividade Têm a função de aproximar a criança de diferentes tipos de brinquedos, que, normalmente, são classificados pelas características e suas funções e, inicialmente, tiveram origem no empréstimo de brinquedos. Estamos nomeando: a) Os sucatários. b) Os ateliês. c) As casas de bonecas. d) As brinquedotecas. e) As ludotecas. Resposta O primeiro passo é pensar na classificação de jogos e brinquedos, tendo como critério: finalidade; a faixa etária; as necessidades dos envolvidos; a criação de possibilidades de brincar e jogar; espaço destinado; Classificação de jogos e brinquedos Os tipos de brinquedos que se pode adquirir/confeccionar para montar o espaço lúdico. Como montar uma brinquedoteca Classificação dos jogos e dos brinquedos 1. Brinquedos e jogos para atividades sensório-motoras Vermelho 2. Brinquedos e jogos para atividades motoras que proporcionem o movimento Amarelo 3. Brinquedos e jogos que exploram as habilidades linguísticas Verde 4. Brinquedos e jogos que propiciam o jogo simbólico Rosa 5. Brinquedos e materiais para atividades criativas e artesanais Azul-claro 6. Brinquedos e jogos de construção Laranja 7. Brinquedos e jogos que propiciam o conhecimento lógico-matemático Azul-escuro Brinquedoteca Fonte: www.villaconstrucoes.com.br/acquaville/lazer Brinquedoteca Fonte: http://www.cnaspitaletti.com.br/blog/content/ vantagens-da-brinquedoteca-para-criancas Brinquedoteca Fonte: https://br.pinterest.com/pin/833 236368533409440/ Brinquedoteca Fonte: https://portal.brcondos.com.br/brinquedoteca- onde-as-criancas-se-divertem-em-seguranca/ Carrinho Itinerante Fonte: http://www.faneesp.edu.br/noticias.php ?action=ler&id_noticia=1205 Na brinquedoteca, quais são os jogos e os brinquedos para as crianças com necessidades educacionais específicas? Para as crianças com necessidades específicas, o brincar é tão importante como para as outras crianças. No entanto, o professor deve adaptar algumas brincadeiras e brinquedos, pesquisando materiais que facilitem a aquisição de determinados conceitos e habilidades que as ajudem a conhecer seu próprio corpo, ter contato com os objetos do seu ambiente e interagir com seus colegas. Brinquedoteca e a inclusão A brinquedoteca virtual disponível na rede da web inicia um novo marco na relação ensino-aprendizagem de alunos e professores, pois se torna um espaço que contempla todas as etapas do desenvolvimento humano, independentemente da idade cronológica das pessoas. Assim, como elemento facilitador do processo de ensino-aprendizagem, a brinquedoteca virtual possibilita criar condições para que os alunos do curso de EaD Pedagogia compreendam a importância do jogo, do brinquedo e do brincar para o desenvolvimento das crianças desde a Educação Infantil até os anos iniciais do Ensino Fundamental. Brinquedoteca virtual Ela pode se organizar em áreas que possibilitam aos alunos aprender a estruturar e organizar espaços lúdicos de brinquedotecas em escolas, comunidades, hospitais, clínicas e hotéis. As áreas são: Área tranquila: disposição de materiais e jogos que levem a criança à concentração – como exemplo temos o canto da leitura, canto da história, canto das artes e jogos de mesa. Áreasemimovimentada: jogos e atividades que requerem movimentos simples por parte das crianças, como canto da culinária, canto de jogos de construção e encaixe. Área movimentada: jogos e atividades que requerem o movimento constante das crianças, tais como os cantos do jogo simbólico, teatro e música. Área externa: brinquedos e objetos dispostos para que a criança explore toda a potencialidade de seus movimentos. Brinquedoteca virtual Na brinquedoteca virtual, cada área pode apresentar ícones que se convertem em links de construção do conhecimento teórico e prático sobre jogos, brinquedos e brincadeiras para a faixa etária da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. Ao disponibilizá-la em um espaço virtual interativo, as novas tecnologias são alinhadas com as construções teóricas e práticas da ludicidade e sua relação com os contextos socioeducativos. Segundo Levy (1999), os ambientes virtuais de aprendizagem possibilitam a saída de uma formação institucionalizada (escola, universidade) para uma situação de troca generalizada de saberes mediante a interatividade entre seus usuários. Brinquedoteca virtual Resumindo: Ao compreendermos a evolução das tecnologias de informação na sociedade contemporânea, apontamos as possibilidades de atuação pedagógica dos jogos virtuais no processo de aprendizagem dos alunos e discutimos sobre a importância de termos espaços lúdicos como a brinquedoteca, mesmo que seja em ambientes virtuais. Brinquedoteca virtual Sobre a inclusão, está claro que é um direito da criança. No entanto, nem sempre é uma prática real das instituições escolares. Segundo Arnais (2003), para evitarmos o preconceito, é fundamental o professor: a) Respeitar a diversidade. b) Respeitar a especificidade. c) Respeitar a vida humana. d) Aplicar brincadeiras diferenciadas. e) Favorecer a convivência entre as crianças com as diferenças o mais cedo possível. Interatividade Sobre a inclusão, está claro que é um direito da criança. No entanto, nem sempre é uma prática real das instituições escolares. Segundo Arnais (2003), para evitarmos o preconceito, é fundamental o professor: a) Respeitar a diversidade. b) Respeitar a especificidade. c) Respeitar a vida humana. d) Aplicar brincadeiras diferenciadas. e) Favorecer a convivência entre as crianças com as diferenças o mais cedo possível. Resposta ARNAIS, M. Novas crianças na creche: o desafio da inclusão. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Educação-Unicamp – Campinas, 2003. BROTTO, F. Jogos cooperativos: se o importante e competir o fundamental e cooperar. São Paulo: Renovada, 1997. GODALL, T. 150 propostas de atividades motoras para a educação infantil (de 3 a 6 anos). Porto Alegre: Artmed, 2004. KAMII, C.; DEVRIES R. Jogos em grupo na educação infantil; implicações da teoria de Piaget. Porto Alegre: Artmed, 2009. KLISYS, A. Quer jogar? São Paulo: Edições SESC, 2010. LEITE, L. Pedagogia de projetos: intervenção no presente. Revista Presença Pedagógica. v. 2, n. 8, mar./abr., 1996. LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. OLIVEIRA, Z. Educação infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. SANTOS, S. Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis: Vozes, 1997. Referências ATÉ A PRÓXIMA!