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11 Responsabilidade Civil Contratual

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RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL
Origina-se da inexecução contratual, de falta de adimplemento ou mora no cumprimento da obrigação. Estes são ilícitos contratuais, infrações ao dever especial estabelecido pela vontade dos contratantes, e, uma vez decorrente de relação obrigacional preexistente pressupõe capacidade para contratar. 
Não precisa o contratante provar a culpa do inadimplente (como ocorre na obrigação extracontratual), que é presumida, bastando provar o inadimplemento. Assim é composta apenas por conduta, dano e nexo causal.
Compete ao devedor o ônus de provar a inexistência de sua culpa, pela presença de alguma excludente do dever de indenizar, quais sejam o caso fortuito ou força maior (art. 393). Eles se caracterizam por dois requisitos: 
· Inevitabilidade do acontecimento (requisito objetivo): tratar-se de fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir;
· Ausência de culpa na produção do evento (requisito subjetivo).
Não sendo este o caso e não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado (art. 389). 
Art. 391 - Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor, salvo os considerados impenhoráveis. 
Art. 390 - Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster.
Nos contratos:
· Benéficos/gratuitos (art. 392): responde por simples culpa [leve ou levíssima] o contratante, a quem o contrato aproveite, e [apenas] por dolo [equiparado à culpa grave] aquele a quem não favoreça [impondo apenas deveres]. Neste sentido é a sum. 145 STJ - “No transporte desinteressado, de simples cortesia, o transportador só será civilmente responsável por danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou culpa grave”;
· Onerosos (art. 392): responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei. Sendo recíprocas as prestações, respondem os contraentes, tanto por dolo como por culpa, em pé de igualdade.

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