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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Evolução/fases Irresponsabilidade Absoluta irresponsabilidade. O Estado não respondia por nada, utilizando-se a máxima “the king can do no wrong” (“o rei não erra”). Falha no serviço – faute du service Teoria francesa, o cidadão tinha que provar falha na prestação no serviço, o que era de extrema dificuldade. Responsabilidade subjetiva Era necessário provar dolo ou culpa do agente público, o servidor, sendo ele a responder, tratando-se de responsabilidade pessoal, o que também era muito difícil. Era adotada pelo CC/16. Responsabilidade objetiva – art. 37, § 6º § 6º - “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. A administração pública responde pelos atos de seus agentes. Não se presume que ela é culpada. É preciso provar a ação ou omissão da administração, bem como o dano e o nexo causal, sendo todos estes elementos da responsabilidade. Não é necessário provar apenas dolo ou culpa. Provados aqueles elementos, a administração responde pelos atos dos agentes. Ela também se aplica às PJ de direito privado que executam serviço público, como empresas de transporte coletivo, respondendo como se fosse a administração pública. O STF não permite o ingresso de ação diretamente contra o servidor, sendo preciso processar a administração pública e esta, depois, cobrar o servidor. Configura-se, assim, a teoria da dupla garantia, segundo a qual existe a garantia, do particular, de que será indenizado pelo estado e a garantia do servidor público de que não será acionado pelo particular/vitima, apenas pelo estado. São as teorias - Teoria do risco administrativo Atualmente adotada no Brasil. O estado, assim como particulares, ao exercer uma atividade, assume os riscos sobre ela. Esta teoria admite excludentes de responsabilidade, que podem ser apontadas pela administração pública em sua defesa: · Culpa exclusiva da vitima: tendo ela sido a única a dar causa ao evento, não o servidor público. É decorrente do fato de que a vitima tem de comprovar o dolo ou culpa do servidor, sendo a responsabilidade objetiva apenas em relação à administração publica. Admitida, a administração pública se exime da responsabilidade; · Culpa concorrente: tanto o servidor quanto a vitima contribuíram para a ocorrência do resultado. Neste caso o valor da indenização diminui; · Caso fortuito: acontecimento extraordinário e imprevisível · Força maior: eventos da natureza, inevitáveis. - Teoria do risco integral Basta o envolvimento do estado para gerar sua responsabilidade, independentemente de sua contribuição para o dano e da existência de nexo causal entre a atuação estatal e o dano, não admitindo a indicação de excludentes de responsabilidade. Adotada no Brasil em duas hipóteses excepcionais: · Acidentes envolvendo energia nuclear – art. 21, XXIII; · Acidentes aéreos. A responsabilidade civil do estado é subjetiva, sendo necessário provar dolo ou culpa, nas situações de omissão. Porém, é o entendimento do STF pela responsabilidade civil objetiva do estado pela morte de detento na prisão, inclusive em caso de suicídio, ante à omissão do estado frente aos sinais de problemas psicológicos do detento.
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