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Prof. Dr. Cleber Bissoli
UNIDADE I
Patologia Geral e 
Radiológica
 Saúde: é um estado em que o organismo se encontra adaptado e em equilíbrio, 
primeiramente, ao ambiente físico, psíquico e social onde o indivíduo esteja inserido.
 Doença: vem do latim dolentia, que significa “sentir” ou “causar dor”, “afligir-se” 
ou “amargurar-se”.
 Patologia: significa o estudo (logos) do sofrimento (pathos). Focaliza as consequências 
estruturais e funcionais de estímulos lesivos para as células, os tecidos e os órgãos do 
corpo, trazendo consequências danosas ao organismo.
Patologia Geral e Radiológica
 Homeostase: estado de equilíbrio 
celular em que a célula mantém as 
suas funções e estruturas em estado 
normal, sem variações, ou com 
variações restritas e estreitas devido 
ao seu estado de metabolismo, 
especialização e diferenciação.
Patologia Geral e Radiológica
Resposta celular aos estímulos nocivos e estresses
Fonte: Kumar; 
Abbas; Aster 
(2016, p. 30).
CÉLULA NORMAL 
(homeostase)
LESÃO 
REVERSÍVEL
ADAPTAÇÃO
LESÃO 
CELULAR
LESÃO 
IRREVERSÍVEL
Leve,
transitório
Intensa,
progressiva
Estímulo 
lesivoEstresse
Incapacidade 
de se 
adaptar
MORTE 
CELULAR
APOPTOSENECROSE
De acordo com a capacidade de regeneração, as células do corpo humano podem ser 
separadas em três categorias: lábeis, estáveis e permanentes:
 Células lábeis são as que continuam a se multiplicar durante a vida toda (células epiteliais, 
hematopoiéticas e linfoides) – são, portanto, células intermitóticas ativas; 
 Células estáveis, normalmente, não se dividem; contudo, podem proliferar se estimuladas 
(são as células das glândulas – como: fígado, pâncreas, salivares e endócrinas – e as 
células derivadas do mesênquima – como: fibroblastos e osteoblastos); são, portanto, 
células intermitóticas potenciais;
 Células permanentes são as que perderam, totalmente, a 
capacidade de se dividir, como as células do sistema nervoso 
central (neurônios) e as fibras musculares – são, portanto, 
perenes ou pós-mitóticas.
Patologia Geral e Radiológica
Distúrbios do crescimento e diferenciação celular:
Alterações do volume celular:
 Hipertrofia: as células podem receber estímulos além do habitual, aumentando os 
constituintes estruturais e as funções celulares, o que resulta no aumento volumétrico das 
células e dos órgãos afetados, ou seja, “aumento no crescimento”;
 Hipotrofia é o inverso da hipertrofia; ou seja, é a redução do volume da célula ou de um 
órgão, diminuindo os componentes estruturais e, consequentemente, as funções celulares.
Patologia Geral e Radiológica
Patologia Geral e Radiológica
Fonte: Brasileiro Filho (2016, p. 324).
Representação de tecidos: normal, com hipotrofia e com hipertrofia
Normal
Hipotrofia
Hipertrofia
Alterações da proliferação celular:
 Hiperplasia: é o aumento benigno da divisão celular; ou seja, um aumento natural 
de proliferação. 
Patologia Geral e Radiológica
Tomografia computadorizada (à esquerda) que mostra a massa volumosa 
prostática e, à direita, o adenoma prostático
Fonte: Wroclawski et al. (2015, p. 2).
Alterações da proliferação celular:
 Hipoplasia: é a diminuição de proliferação celular. É interessante o padrão básico celular ser 
preservado, porém, o local afetado torna-se menor e mais leve do que o normal.
Patologia Geral e Radiológica
Fonte: Brasileiro Filho (2016, p. 324).
Representação de tecidos: normal, com hipoplasia e com hiperplasia
Hipoplasia Hiperplasia
Alterações da diferenciação celular:
 Metaplasia: trata-se da alteração de um tecido por outro tecido de mesma linhagem;
 As metaplasias mais comuns são: transformação de epitélio estratificado pavimentoso não 
ceratinizado em epitélio ceratinizado; epitélio pseudoestratificado ciliado em epitélio 
estratificado pavimentoso (ceratinizado ou não); epitélio mucossecretor em epitélio 
estratificado pavimentoso (com ou sem ceratinização); tecido conjuntivo em tecido 
cartilaginoso ou ósseo; e tecido cartilaginoso em tecido ósseo.
Patologia Geral e Radiológica
Metaplasia
Fonte: Kumar; Abbas; Aster (2016, p. 45).
Membrana 
basal
Epitélio 
colunar 
normal
Metaplasia 
escamosa
A
Alterações da proliferação e diferenciação celular:
 Displasia: trata-se de uma alteração da célula adulta caracterizada por variações na sua 
organização, no seu tamanho e aspecto, porém, não é um processo adaptativo. Displasias, 
comumente, se associam à metaplasia ou se originam dela. As mais importantes são as 
displasias de mucosas, como: do colo uterino, de brônquios e gástrica, pois, muitas vezes, 
precedem os cânceres que se formam nesses locais. Mas, nem sempre, uma displasia pode 
se tornar um câncer; inclusive, pode ficar estática e, até mesmo, regredir. 
Patologia Geral e Radiológica
Outros distúrbios:
 Agenesia: também é possível não haver a formação congênita de um órgão.
Patologia Geral e Radiológica
Anodontia de incisivo central superior
Fonte: Ghom; Jedhe (2013, p. 109).
Raios X de anodontia de incisivos laterais superiores
Fonte: Franco (2011, p. 139).
A B
Outros distúrbios:
 Ectopia: trata-se da presença de tecido normal, porém em localizações díspares. Um 
exemplo comum é a ectopia cervical de colo de útero, em que ocorre a eversão do epitélio 
endocervical. Outro exemplo de heterotopia é a gravidez ectópica, quando o óvulo fertilizado 
se implanta em um local anormal, geralmente, na tuba uterina.
Patologia Geral e Radiológica
Fonte: Holzhacker et al. (2008, p. 387).
Gravidez ectópica. 
Implantação na tuba uterina
Exame de ressonância magnética que 
demonstra a gravidez ectópica
Fonte: Febronio et al. (2012, p. 281).
A B
C D
Relacione a coluna da direita com a coluna da esquerda e assinale a alternativa que apresenta 
a sequência correta:
I. Displasia. 
II. Atrofia. 
III. Hiperplasia. 
IV. Hipertrofia. 
V. Metaplasia. 
Interatividade
( ) É o crescimento desordenado de células, podendo 
ser neoplasia maligna ou benigna.
( ) É a transformação de células de um órgão 
menos especializado. Ocorre muito em fumantes.
( ) É a diminuição do tamanho das células; 
pode ocorrer devido ao desuso.
( ) É a variação do tamanho e da forma das 
células (irregular).
( ) É o aumento do tamanho das células; pode 
ocorrer devido ao excesso de trabalho do órgão.
A alternativa correta é:
a) III, II, V, IV, I.
b) III, V, II, I, IV.
c) I, V, II, III, IV.
d) I, IV, III, II, V.
e) V, I, II, III, IV.
Interatividade
A alternativa correta é:
a) III, II, V, IV, I.
b) III, V, II, I, IV.
c) I, V, II, III, IV.
d) I, IV, III, II, V.
e) V, I, II, III, IV.
Resposta
Morte celular: necrose e apoptose:
 Lesões celulares podem ocorrer a ponto de serem irreversíveis e causar a morte celular, que 
decorre da necrose ou da apoptose;
 A necrose pode se dar por conta de agentes físicos, químicos e biológicos/infecciosos, 
reações imunológicas, defeitos genéticos e desequilíbrios nutricionais. Portanto, a necrose 
ocorre após um estímulo lesivo irreversível exógeno, trazendo as alterações morfológicas e o 
extravasamento de material celular. 
Patologia Geral e Radiológica
Necroses:
Existem cerca de seis padrões morfológicos de necrose: 
 Fibrinoide;
 Gangrenosa; 
 Caseosa;
 Coagulativa;
 Gordurosa;
 Liquefativa.
Patologia Geral e Radiológica
 Necrose fibrinoide: a sua principal característica é a aparência tecidual sem forma (amorfa), 
de cor rósea e vítrea, como a fibrina. É visível ao microscópio óptico e é muito comum em 
arteriosclerose e doenças autoimunes.
Patologia Geral e Radiológica
Necrose fibrinoide
Fonte: Kumar; Abbas; Aster (2016, p. 63).
 Necrose gangrenosa: perde-se suprimento sanguíneo e a área atingida sofre necrose por 
isquemia. Além disso, após a autólise das células, as bactérias se alojam na lesão e 
acumulam-se os leucócitos. Forma-se, então, uma área de putrefação, muito desconfortável 
para o paciente. 
Patologia Geral e RadiológicaNecrose gangrenosa
Fonte: Konopka et al. (2013, p. 28).
 Necrose caseosa: associa-se às infecções bacterianas e fúngicas, passando por um 
processo inflamatório e formando granulomas. Assemelha-se a “espaços de queijo”, pois 
apresenta a cavitação. Uma doença comum causada por esse tipo de necrose é 
a tuberculose. 
Patologia Geral e Radiológica
Necrose caseosa
Fonte: Kumar; Abbas; Aster (2016, p. 61).
 Necrose coagulativa: geralmente, se deve à isquemia, porém, não ocorre no cérebro. A 
estrutura do tecido lesado permanece preservada por alguns dias, até mesmo com as 
estruturas firmes, por causa da coagulação de proteínas. 
Patologia Geral e Radiológica
Necrose por coagulação (necrose isquêmica) de hepatócitos em 
um indivíduo que faleceu por choque hipovolêmico: 
A) Hepatócitos íntegros, para a comparação, que têm núcleos 
com a cromatina frouxa e o citoplasma discretamente basofílico;
B) Área de necrose, cujos hepatócitos 
apresentam o citoplasma acidófilo e 
homogêneo, sem o núcleo (cariólise). 
As setas amarelas mostram os 
núcleos picnóticos; as azuis indicam 
os hepatócitos contraídos e, 
intensamente, acidófilos, com o 
núcleo picnótico. 
Fonte: Brasileiro Filho (2016, p. 198).
A
B
 Necrose gordurosa: como o próprio nome diz, refere-se à necrose em tecido adiposo. 
Resulta da liberação de lipases, sendo muito comum na pancreatite aguda. Forma áreas 
esbranquiçadas devido à liberação das lipases.
Patologia Geral e Radiológica
Necrose gordurosa pancreática
Fonte: Kumar; Abbas; Aster (2016, p. 62).
 Necrose liquefativa: deve-se, principalmente, às infecções de microrganismos. O local 
acumula as células inflamatórias e digere as células mortas. Como na liquefação enzimática, 
o tecido lesado fica sem forma e amolece. É muito comum isso acontecer em um tecido 
nervoso, devido a uma hipóxia local.
Patologia Geral e Radiológica
Necrose liquefativa do cérebro
Fonte: Kumar; Abbas; Aster (2016, p. 60).
Apoptose:
 Do grego apo (“de”) e ptose (“cair”), trata-se de uma morte celular, porém, costuma-se dizer 
que é programada, não havendo a autólise como na necrose; ou seja, o tecido não passa por 
um processo inflamatório;
 Como a apoptose é regulada, a ativação enzimática degrada o seu próprio DNA e as suas 
proteínas do citoplasma, preservando-se, apenas, a membrana citoplasmática. Essas 
alterações nas células iniciam a fagocitose. As células apoptóticas são reconhecidas pelos 
macrófagos e serão fagocitadas, garantindo o funcionamento normal dos tecidos adjacentes.
Patologia Geral e Radiológica
Necrose consiste na morte de um tecido, órgão ou grupo de células que compõem um 
organismo vivo. A necrose ocorre quando há a falta de irrigação do suplemento sanguíneo para 
as células, provocando a sua deterioração. Vários podem ser os motivos para o surgimento de 
necroses, seja através de agentes físicos (ferimentos, hipotermia, radiação etc.); agentes 
químicos (exposição às substâncias tóxicas, drogas, venenos etc.); agentes biológicos 
(infecções bacterianas, virais, de parasitas etc.); e insuficiência circulatória (a partir de 
vasoconstrições e infartos, por exemplo). Que tipo de necrose é observada no infarto renal?
a) Necrose de coagulação. 
b) Necrose gangrenosa.
c) Necrose de liquefação.
d) Necrose de gordura.
e) Necrose de caseificação.
Interatividade
Necrose consiste na morte de um tecido, órgão ou grupo de células que compõem um 
organismo vivo. A necrose ocorre quando há a falta de irrigação do suplemento sanguíneo para 
as células, provocando a sua deterioração. Vários podem ser os motivos para o surgimento de 
necroses, seja através de agentes físicos (ferimentos, hipotermia, radiação etc.); agentes 
químicos (exposição às substâncias tóxicas, drogas, venenos etc.); agentes biológicos 
(infecções bacterianas, virais, de parasitas etc.); e insuficiência circulatória (a partir de 
vasoconstrições e infartos, por exemplo). Que tipo de necrose é observada no infarto renal?
a) Necrose de coagulação. 
b) Necrose gangrenosa.
c) Necrose de liquefação.
d) Necrose de gordura.
e) Necrose de caseificação.
Resposta
Perturbações circulatórias:
 Hiperemia;
 Hemorragia;
 Hemostasia;
 Edema;
 Trombose;
 Embolia.
Patologia Geral e Radiológica
Hiperemia:
 Do grego hiper (“muito”) e haimos (“sangue”) – ou seja, é o aumento do volume de sangue 
no interior dos vasos de um órgão ou tecido, principalmente, na microcirculação;
 O aumento do volume na microcirculação também aumenta; por consequência, a velocidade 
do fluxo sanguíneo, conhecida por hiperemia ativa, reduzindo a drenagem venosa – que é a 
hiperemia passiva (ou congestão). Em caso de inflamação, ambos os processos ocorrem 
simultaneamente, denominando-se hiperemia mista.
Patologia Geral e Radiológica
Hiperemia:
Patologia Geral e Radiológica
Fonte: Kumar; 
Abbas; Aster 
(2016, p. 277).
NORMAL
Vênula
Arteríola
HIPEREMIA
Eritema
Chegada de sangue 
aumentada
(p. ex.: exercício, 
inflamação)
CONGESTÃO
Cianose/hipóxia Retorno venoso 
diminuído
(p. ex.: 
obstrução local, 
insuficiência 
cardíaca 
congestiva)
Hemorragia:
 Chamamos de processo hemorrágico a saída de sangue dos vasos ou câmaras cardíacas 
para o interstício, outras cavidades ou para o meio externo; portanto, podemos classificá-la 
em interna e externa. 
Patologia Geral e Radiológica
Hemorragia:
 Hemorragia puntiforme (ou petéquia): são pequenas hemorragias de, até, 3 mm de diâmetro 
e costumam ser múltiplas. Muitas vezes, ocorrem por defeitos em qualidade e quantidade 
de plaquetas.
Patologia Geral e Radiológica
Hemorragia puntiforme
Fonte: Brasileiro Filho (2016, p. 286).
B
Hemorragia:
 Púrpura: hemorragia maior de, até, 1 cm de diâmetro, geralmente, superficial, múltipla, um 
pouco elevada, mas plana e comum na pele.
Patologia Geral e Radiológica
A
Púrpura
Fonte: Brasileiro Filho (2016, p. 286).
Hemorragia:
 Equimose: manchas azuladas ou arroxeadas de hemorragias superficiais em áreas mais 
extensas do que as púrpuras, com um discreto aumento local de volume.
Patologia Geral e Radiológica
Equimose
Fonte: Acervo pessoal.
Hemorragia:
 Hematoma: hemorragia em que o sangue se acumula, formando uma tumoração. Costuma 
ser mais profundo do que a equimose, mas, assim como ela, o hematoma é frequente após a 
ação de agentes mecânicos.
Patologia Geral e Radiológica
Hematoma
Fonte: Kumar; Abbas; Aster (2016, p. 1108).
A
Hemorragia:
 Hemorragia em cavidades pré-formadas: recebe a denominação de suas áreas de 
ocorrência. Por exemplo, uma hemorragia no interior das articulações sinoviais chama-se 
hemartrose; entre as duas camadas da membrana fibrosa que reveste o coração, 
hemopericárdio; no tórax, hemotórax; na região abdominal (peritoneal), hemoperitônio; na 
tuba uterina, hemossalpinge; na cavidade uterina, hematométrio; na cavidade vaginal, 
hematocolpo; no interior da vesícula biliar, hemobilia.
Patologia Geral e Radiológica
Hematoma intrapericárdico (hemopericárdio)
Fonte: Brasileiro Filho (2016, p. 286).
Hemorragia:
 Exteriorização da hemorragia: quando ocorre, também recebe as denominações de acordo 
com a região afetada. Por exemplo, uma exteriorização no nariz chama-se epistaxe; quando 
uma pessoa tosse (vias respiratórias) e expele sangue em grande volume, temos a 
hemoptise (já em pequenos volumes de sangue, chama-se escarro hemoptoico); quando 
elimina o sangue pela boca oriundo de vômitos, hematêmese; quando elimina o sangue pelo 
ânus, melena (sangue digerido que sai pelas fezes; nesse caso, as fezes ficam escuras) ou 
hematoquezia (sangue avermelhado não digerido); quando se expele sangue pela orelha 
através do meato acústico externo, otorragia; eliminação de sangue pela urina, hematúria.
Patologia Geral e Radiológica
Hemostasia:
 Até o momento, vimos as diversas hemorragias que podem acometer o nosso organismo; 
em contrapartida, ele inicia o processo de estancá-las– conhecido como hemostasia. Trata-
se da cessação do sangramento, de modo espontâneo ou artificial. O primeiro caso decorre 
da participação das plaquetas, das paredes vasculares e da coagulação sanguínea.
Durante o processo, ocorrem os seguintes eventos:
 Vasoconstrição alveolar;
 Formação do tampão plaquetário;
 Formação de rede de fibrina (coágulo sanguíneo);
 Estabilização do coágulo.
Patologia Geral e Radiológica
Edema:
 É o acúmulo de líquido no interstício ou em cavidades pré-formadas do organismo, 
intumescendo os tecidos moles. O líquido predominante é a água, mas, se houver a infecção 
ou a obstrução linfática, pode ser algum líquido rico em células e proteínas. Vale lembrar que 
o líquido intersticial se origina da filtração do sangue, circula entre as células e retorna à 
circulação sanguínea.
As causas para formar o edema são:
 Aumento da pressão hidrostática vascular;
 Redução da pressão do plasma;
 Aumento da permeabilidade vascular;
 Bloqueio da circulação linfática.
Patologia Geral e Radiológica
Edema:
Patologia Geral e Radiológica
A) Compressão rápida com o polegar, deslocando o líquido intersticial. 
B) Mesmo com o dedo retirado, permanece uma depressão. 
Fonte: Brasileiro Filho (2016, p. 310).
A B
Trombose:
 Se o sangue se solidifica no interior dos vasos sanguíneos ou no interior das câmaras 
cardíacas no organismo vivo, estamos diante de uma trombose. Trombo é uma massa sólida 
de sangue que se forma pela coagulação sanguínea em qualquer área do sistema 
cardiovascular (artérias, veias, cavidades cardíacas, válvulas ou microcirculação). A maior 
diferença entre os coágulos e os trombos é que estes são friáveis e aderentes às paredes 
dos vasos; aqueles são elásticos e não aderentes. 
Patologia Geral e Radiológica
Embolia:
 Obstrução de um vaso linfático ou sanguíneo por conteúdo sólido, líquido ou gasoso. Esse 
conteúdo recebe o nome de êmbolo, e não se mistura com o sangue ou a linfa. 
Patologia Geral e Radiológica
Sobre a hiperemia passiva, podemos afirmar, exceto: 
a) Pode ser local ou sistêmica. 
b) Pode ser patológica ou fisiológica. 
c) Ocorre por diminuição da drenagem venosa e por aumento da resistência pós-capilar. 
d) Pode ocorrer por obstrução ou compressão vascular. 
e) Ocorre em quadros de insuficiência cardíaca.
Interatividade
Sobre a hiperemia passiva, podemos afirmar, exceto: 
a) Pode ser local ou sistêmica. 
b) Pode ser patológica ou fisiológica. 
c) Ocorre por diminuição da drenagem venosa e por aumento da resistência pós-capilar. 
d) Pode ocorrer por obstrução ou compressão vascular. 
e) Ocorre em quadros de insuficiência cardíaca.
Resposta
Inflamações:
 A inflamação também é conhecida como flogose – termos derivados, respectivamente, do 
latim inflammatio e do grego phologosis; ambos significam “pegar fogo”. É, basicamente, 
uma reação dos tecidos frente a um agente de agressão, o que resulta na saída de células 
sanguíneas e de líquidos para o interstício;
 Essas agressões podem ser externas (exógenas) ou internas (endógenas), e são conhecidas 
como agentes inflamatórios. 
Patologia Geral e Radiológica
Inflamações:
 A reação inflamatória é conhecida desde a Antiguidade e tem os seguintes sinais cardinais: 
dor, tumor, calor e rubor.
Patologia Geral e Radiológica
Fenômenos da inflamação e a sua relação com os sinais cardinais
Fonte: Brasileiro Filho (2016, p. 316).
AGENTE INFLAMATÓRIO
SINAIS 
CARDINAIS
FENÔMENOS 
VASCULARES
FENÔMENOS 
EXSUDATIVOS
FENÔMENOS 
RESOLUTIVOS
FENÔMENOS 
REPARATIVOS
FENÔMENOS 
IRRITATIVOS
Inflamação 
crônica persistente
CALOR
RUBOR
DOR
TUMOR
Inflamação 
crônica
Cura por 
reabsorção do 
exsudato e 
regeneração
Cura por 
cicatrização
M
E
D
I
A
D
O
R
E
S
F
E
N
Ô
M
E
N
O
S
A
L
T
E
R
A
T
I
V
O
S
Inflamações:
 Inflamações podem evoluir de forma aguda ou crônica: as que duram menos de três meses 
são consideradas agudas; as que duram mais são as crônicas. Nas primeiras, todos os 
sinais cardinais estão presentes, com o aumento de temperatura, eritema, edema e dor. 
Além disso, predominam os neutrófilos e os macrófagos no exsudato;
 Já nas inflamações crônicas, persiste o agente inflamatório, com a exposição prolongada dos 
agentes tóxicos. Além disso, predominam os fenômenos tardios da resposta inflamatória, e 
os sinais iniciais comuns da inflamação não são aparentes. Costumam durar mais de seis 
meses, predominando os macrófagos e os linfócitos.
Patologia Geral e Radiológica
Tumores ou neoplasias:
 “Neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento ultrapassa e se mostra 
descoordenado com aquele dos tecidos normais e persiste de maneira excessiva, após a 
cessação dos estímulos que produziram a mudança” (oncologista Rupert Willis);
 Brasileiro Filho (2016) afirma que é uma “lesão constituída por proliferação celular anormal, 
descontrolada e autônoma, em geral, com a perda ou a redução de diferenciação, em 
consequência de alterações em genes ou proteínas, que regulam a multiplicação e a 
diferenciação das células”. 
Patologia Geral e Radiológica
Tumores ou neoplasias:
 O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese (ou oncogênese) e, em 
geral, é lento, podendo levar vários anos para uma célula cancerosa se proliferar e originar 
um tumor visível. Os efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos ou 
carcinógenos são os responsáveis pelo início e pela promoção, progressão e inibição 
do tumor.
Patologia Geral e Radiológica
Tumores ou neoplasias:
Patologia Geral e Radiológica
Carcinogênese
Fonte: https://bit.ly/3rVxcf5. Acesso em: 27 jan. 2022.
Como surge o câncer?
Membrana
celular
Citoplasma
Núcleo
Célula normal
Agente
cancerígeno
Carcinogênese
Célula cancerosa
Tumores ou neoplasias:
Esse processo é composto por três estágios:
1) Iniciação: os genes sofrem a ação de agentes cancerígenos, que modificam alguns de seus 
genes. Nessa fase, as células se encontram geneticamente alteradas, porém, ainda não é 
possível detectar um tumor clinicamente. Elas encontram-se “preparadas”, ou seja, 
iniciadas para a ação de um segundo grupo de agentes que atuará no próximo estágio;
Patologia Geral e Radiológica
Agentes iniciadores
Fonte: Inca (2021).
Como surge o câncer?
Agentes 
iniciadores
Tumores ou neoplasias:
2) Promoção: células geneticamente alteradas – ou seja, iniciadas – sofrem o efeito dos 
agentes cancerígenos, classificados como oncopromotores. A célula iniciada é 
transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Para essa transformação, é 
necessário um contato longo e continuado com o agente cancerígeno promotor. A 
suspensão do contato com os agentes promotores, muitas vezes, interrompe o processo 
nesse estágio. Alguns componentes da alimentação e a exposição excessiva e prolongada 
aos hormônios são fatores que transformam as células iniciadas em malignas;
Patologia Geral e Radiológica
Agentes promotores
Fonte: Inca (2021).
Como surge o câncer?
Agentes 
promotores
Tumores ou neoplasias:
3) Progressão: é a multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse 
estágio, o câncer já está instalado e evolui até o surgimento das primeiras manifestações 
clínicas da doença. Os fatores que iniciam ou intensificam a carcinogênese são chamados 
de agentes oncoaceleradores (ou carcinógenos). O fumo é um agente carcinógeno 
completo, pois tem os componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese.
Patologia Geral e Radiológica
Multiplicação celular
Fonte: Inca (2021).
Como surge o câncer?
Multiplicação
descontrolada de
células alteradas
Acúmulo de
células cancerosas
Tumor
A inflamação, ou a flogose, é uma das principais reações defensivas do organismo. Sobre esse 
assunto, leia as afirmações a seguir: 
I. Processos inflamatórios são desencadeados através de fenômenos irritativos, exsudativos, 
vasculares, degenerativo-necróticos ou produtivo-reparativos.
II. Sãosinais da inflamação aguda: dor, rubor, calor, tumor e alteração da função.
III. Existem diversos mediadores químicos da inflamação, dentre os quais citam-se as 
proteases que circulam no plasma, como as enzimas inativas.
IV. Dentre os fenômenos exsudativos, a exsudação hematógena envolve os componentes do 
plasma e as células que podem se concentrar no foco inflamatório.
V. No foco inflamatório, a drenagem da circulação linfática 
diminui e não consegue carregar todo o excesso de líquido 
que sai dos vasos sanguíneos e se acumula no interstício.
São afirmações verdadeiras:
Interatividade
a) I, III e V, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) I, II, III e IV, apenas.
d) I, II, III, IV e V.
e) I e V, apenas.
Interatividade
a) I, III e V, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) I, II, III e IV, apenas.
d) I, II, III, IV e V.
e) I e V, apenas.
Resposta
 BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo: patologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
 FEBRONIO, E. M. et al. Gravidez ectópica: ensaio iconográfico com enfoque em achados de 
tomografia computadorizada e ressonância magnética. Radiologia Brasileira, v. 45, n. 5, 
p. 279-282, set./out. 2012.
 GHOM, A. G.; JEDHE, S. M. Textbook of oral pathology. 2. ed. New Delhi: Jaypee, 2013.
 INCA. Como surge o câncer? Brasília, 2021. Disponível em: https://bit.ly/3AN2AR1. Acesso em: 
31 jan. 2022.
 KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. Robbins & Cotran: patologia estrutural e funcional –
bases patológicas das doenças. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
 SANTOS, G. F. Patologia geral. Curitiba: Contentus, 2020.
 WARD, L. S. Entendendo o processo molecular da 
tumorigênese. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & 
Metabologia, v. 46, n. 4, ago. 2002.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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