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Resumo - Why Do Companies Go Public


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Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras 
 Informação Contábil e Decisão Financeira 
 Professoras: Marta Pelucio e Luciana Maia 
 Grupo: Alexandre Martins dos Anjos, Marcos Vinicius de Aleixo Rocha e 
 Suzane Zacarias Becatini 
 
 
Pontos interessantes para reflexão: 
a) No Brasil, será que as empresas abrem capital para sustentar crescimento e expansão, como 
o Mercado Americano, ou para reequilibrar contas, como o Europeu? 
b) Hoje em dia, diante de dados mais precisos e disponíveis com o avanço tecnológico, tais 
achados se sustentariam? 
c) No Brasil, parece que se assemelha o caso de normalmente empresas maduras e maiores 
abrirem capital. Devido a custos ou burocracia, empresas pequenas ou startups parecem não 
escolher abrir capital, uma vez que uma microcap normalmente já é uma empresa de ativo de 
mais de meio bilhão de reais. 
d) Será que no Brasil, há realização de IPO para troca de controle ou diversificação de Portfolio 
por parte dos controladores como acontecia (ou acontece) na Itália? 
Resumo: Why Do Companies Go Public 
 O artigo compara características antes e após IPO de empresas na Itália. Testa a 
probabilidade de o IPO ser diretamente relacionada ao seu tamanho e ao indicador P/L. As 
empresas vão a público não para fazer futuros investimentos e crescerem, mas mais para 
reequilibrar suas contas depois de um alto investimento e crescimento. IPOs também são 
seguidos de redução no custo de crédito e um aumento na rotatividade de controle. É uma 
diferença entre as companhias Italianas e Americanas. 
 Inicialmente, o artigo destaca que o tema de por quê as empresas vão a mercado é 
importante e pouco estudado. Em países como Alemanha e Itália, ao contrário dos Estados 
Unidos, abrir capital não é um estágio em que as companhias alcançam, mas uma escolha. 
 Na Itália, poucas empresas abrem capital devido a: disponibilidade de dados (o artigo é 
de 1997); mercado subdesenvolvido de capital próprio (equity). O artigo encontrou que 
investimentos e lucratividade diminuem após o IPO. O tamanho da companhia também 
importa, pois as companhias grandes são mais prováveis de irem a mercado (abrir capital). Os 
IPOs envolvidos demostraram que as companhias cresceram mais rápido e mais lucrativamente 
antes de abrir capital. 
 Uma possível explicação de por que jovens ou pequenas empresas vão a mercado se 
relaciona é a ausência de garantias aos sócios minoritários. O artigo também encontrou que 
após o IPO os passivos das empresas diminuem bem como crescimentos anormais. Então, 
infere-se que o IPO se justifica na tentativa de equilibrar as contas após um período de 
crescimento e expansão. Também foi encontrada redução na lucratividade dessas empresas (o 
que já tinha sido encontrado em outros estudos americanos). Também se verificou a redução 
nas taxas de créditos bancários após o IPO. 
 Outra variável importante para abrir capital é a diversificação de portfolio. Por fim, o 
artigo encontrou que após três anos a mudança de controle nessas companhias são mais altas 
que o normal. 
 O estudo se concentrou no horizonte de 1982-1992. O estudo comparou relatórios 
financeiros e dados de IPO de diferentes empresas listadas e não listadas em fontes disponíveis 
à época. 
 Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras 
 Informação Contábil e Decisão Financeira 
 Professoras: Marta Pelucio e Luciana Maia 
 Grupo: Alexandre Martins dos Anjos, Marcos Vinicius de Aleixo Rocha e 
 Suzane Zacarias Becatini 
 
 
 O artigo destaca a problemática da assimetria de informação, em que os investidores 
geralmente são menos informados sobre o verdadeiro valor da empresa. Isso é um obstáculo 
especialmente para empresas novas ou pequenas do que para grandes e antigas empresas. 
Assim para a seleção apresentada, a probabilidade de se realizar um IPO deve ser positivamente 
relacionada ao tamanho da companhia. 
 O artigo lista os benefícios de se abrir o capital, apontando o principal: alternativa aos 
empréstimos bancários, especialmente para empresas de altos investimentos, altos passivos e 
alta taxa de crescimento. Assim, o artigo testou essas hipóteses: Capex; P/L; Passivos e Taxas de 
Crescimento nas vendas. 
 Além disso, as empresas possuem um poder de barganha maior com os bancos após 
abrir Capital. Também dá maior oportunidade aos proprietários dessas empresas a diversificar, 
tanto diretamente, alienando capital e investindo em outros ativos, ou indiretamente, usando a 
própria empresa para investir em outros ativos após o IPO. Assim, há uma relação positiva entre 
a probabilidade de se realizar um IPO e a escala de um investimento subsequente. 
 Há outros benefícios que ao artigo lista, alguns deles que não puderam ser testados. 
Alguns dos outros benefícios incluem o reconhecimento dos investidores, a mudança de 
controle e janelas de oportunidades. 
 Após testar diversas dessas variáveis, o P/L apareceu sendo a variável mais importante 
para determinar a probabilidade de abrir capital. O aumento desse indicador aumenta a 
probabilidade de abrir capital em 25%. 
 O artigo também faz alguns apontamentos sobre a diferença entre IPO normal e uma 
cisão/desmembramento. Essas cisões são mais reativas às avaliações do mercado quando elas 
satisfazem certas condições econômicas e financeiras. 
 O artigo também comparou as consequências posteriores de realizar um IPO, por 
regressões. Em resumo, a lucratividade dessas companhias diminuiu gradualmente, de 1,5% no 
primeiro ano a 3% no terceiro ano, sendo pior para empresas que foram cindidas ou 
desmembradas (-5%). A queda de investimentos foi significativa dois anos após o IPO, com 7% 
na redução do capital social. Foram testados maiores períodos de tempo, sendo que a 
diminuição foi substancial e permanente mesmo no longo prazo. 
 Outras variáveis também foram testadas. Por exemplo, o financiamento pelo Patrimônio 
Líquido aumenta consideravelmente (cerca de 6%) no ano do IPO, sem mudança significativa de 
dívidas e crescimentos. Outro dado interessante é que essas empresas pagam cerca de 2% mais 
impostos do que antes do IPO. 
 As taxas de empréstimos e financiamentos caem na ordem de 40 a 70% de pontos bases, 
por duas razões: após a realização de IPO, essas empresas se tornam devedores mais seguros 
porque reduzem seus passivos; ou mais informações estão disponíveis e portanto os credores 
gastam menos analisando suas condições de créditos. Não foi possível testar e diferenciar essas 
hipóteses no estudo. 
 O estudo encontrou que muitas vezes o motivo principal da realização do IPO se refere 
mais à diversificação de portfolio do que novas fontes de financiamentos. 
 Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras 
 Informação Contábil e Decisão Financeira 
 Professoras: Marta Pelucio e Luciana Maia 
 Grupo: Alexandre Martins dos Anjos, Marcos Vinicius de Aleixo Rocha e 
 Suzane Zacarias Becatini 
 
 
 Alguns dados desses estudos podem ser extensíveis a outros países da Europa, pela 
semelhança. Destaca, apesar disso, que os dados são estranhos e diferentes dos estudos 
americanos. Outro dado interessante é que a média de idade para empresas abrirem capital na 
Europa é de 40 anos, enquanto nos Estados Unidos muitas startups abrem capital para financiar 
expansão. Há um destaque para um incentivo interessante para abrir capital: taxas de 
financiamentos mais baratas. 
Sobre a questão da troca de controle após realização de IPO, às vezes a realização desses 
IPOs são seguidos de procedimentos de venda de controle dessas companhias. Dados similares 
foram encontrados em estudos na Suécia.