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RESENHA DO FILME FAROL DAS ORCAS
Willian Orany Sá e Silva
O filme ''Farol das Orcas'', foi lançado em abril de 2017, por direção de Gerardo Olivares, possuindo como elenco principal: Maribel Verdu, Joaquin Furriel e Ciro Miro. O mesmo é do gênero drama, tendo nacionalidade na Espanha e Argentina. No entanto, apresenta a mãe de um menino autista em busca de um tratamento para o filho por meio de um tratador de orcas e baleias. O Beto trata-se de um homem que mora sozinho e trabalha em um parque nacional da Argentina. Gosta muito da natureza e de animais, o mesmo acaba passando todos os seus dias observando as orcas, leões marinhos e as focas, até que chega a Lola e solicita ajuda a Beto para tratar o Tristan, ele aceita, mais emoções e outras questões acabam ocorrendo.
Logo, esse filme, acaba sendo bem mais que um filme a respeito da chance de levar um menino autista até o mundo afora. Pois, ele pontua vários fatores para verificarmos o que poderia ocorrer com qualquer indivíduo ao ter uma interação com outra pessoa que te escute com todos os detalhes. Em um texto mencionado por Rubem Alves, o mesmo verifica que ''No fundo do mar, que realiza um mergulho sabe, que a boca fica fechada, sendo todos olhos e ouvidos''. No entanto, o Beto sabia ficar com a boca fechada para que descobrisse o Tristan. Na realidade é que ele usa com a garota a mesma habilidade que apresentou ao verificar e interagir com as orcas. Logo, isso levaria muito tempo mesmo, porém, quem possui amor não possui pressa. Hoje em dia, vivemos na pressa, ninguém tem a paciência mais de ficar prestando atenção nos outros. E não me surpreende que os métodos tenham se apresentado impotente em consultórios e em clínicas, áreas em que as pessoas necessitam de ser escutadas. Considerando terapeutas de vários campos atenciosas com a melhor técnica. Porém, não se deve enganar que a melhor técnica é uma escuta ciente, nada, além disso, é mais eficiente.
O filme acabou comovendo de forma profunda, acredita-se que aquele menino pontua em alguma forma cada uma das pessoas, sendo tão carentes de indivíduos que nos observem em detalhes. Tem tempos que venho observando as oficinas de escutatória após ter conhecido as leituras de Rubem Alves, de forma invariável os indivíduos acabam saindo muito sentidos com a vivência, porque se trata de uma chance de espalhar fundamento de algo em que as pessoas possam acreditar. A humanidade não vai sobreviver sem uma escuta detalhada. Por conta disso, sugere-se amplamente um pouco desse filme para que todos que tenham a vontade de se envolver com os outros e desenvolver vínculos. Pois, todo o vínculo consegue desenvolver barreiras e nos apresentar que a humanidade é algo além do rótulo. 
O mesmo acabou fazendo com que Tristan ficasse emocionado e feliz, e isso era algo difícil de ocorrer, por conta disso, a mãe acabou levando o garoto para conhecer o guarda e as orcas de perto. O mesmo não falava, não tinha socialização com demais pessoas além de sua mãe, e mesmo assim era pouco. Quando estavam chegando na Patagônia, o Beto, acabou não se sensibilizando com essa história de vida de Tristan, e acabou sendo rude com a mãe e o garoto, logo após ele mudou sua conduta, estudou sobre o autismo e acabou fazendo de tudo para que conseguisse ajudar Tristan, e auxiliou muito, o garoto pegou grande confiança em Beto, eles acabaram indo para o mar para ver as orcas de perto, e ele ficou muito feliz. Por conta da ajuda do Beto, Tristan acabou aparecendo muito, perdendo o medo do mar, realizou coisas que nunca havia realizado antes, indo ao mar sozinho ver as orcas e até o nome delas ele falou.
‘’Existem indivíduos que acabam se irritando com aquilo que não compreendem, e demais que não gostariam de compreender o que as irrita’’, essa frase foi falada pelo Beto, logo ele está se referindo ao conflito do seu supervisor pelas suas técnicas de chegar perto e interagir com as orcas, porém nitidamente gostaria de propor uma interpretação dupla em que se inclui inclusive com os autistas. O filme apresenta essa história que é verdadeira do Roberto Bubas, que foi um biólogo que atuava em uma praia localizada em Patagonia na Argentina, onde o mesmo tinha dedicação com a pesquisa sobre as orcas que estabeleceu um método diferente de caça onde nunca tinha sido vista, evoluindo até a área para que conseguisse pegar a presa. O mesmo tem a liberdade conforme a história em que se fundamenta, em que Agostinho trata-se do menino autista que foi a inspiração para o personagem do Tristan, inclusive era surdo e mudo, um fator que a obra teve a decisão de retirar. Outra alteração abarca o núcleo familiar, onde os pais de Agustín na realidade foram juntos para a Patagônia, logo no filme, a mãe é separada do pai do garoto, que deixou a família. É nítido verificar essa alteração na adaptação da história como um modo de inclusive abordar um elemento que acontece muito, a quebra do núcleo familiar que é comum de ocorrer nesses casos. Mas, inclusive, pode ser observado somente como um ponto para que o filme coloque um romance entre Beto e Lola.
No entanto, a história ela é passada com muita sinceridade e pureza que envolve muito, só dois pontos na história que acabam incomodando como o Bonetti, supervisor do Beto, tratado de modo totalmente unidimensional, sendo somente ruim ao decorrer do filme, e o incidente que ele ocasionado no decorrer da terceira prática. Porque, quando dois personagens que já possuem um vínculo determinado acabam passando por um desentendimento fácil que poderiam ser simplesmente solucionados com uma só conversa, porém, ao invés de fazer isso, eles acabam brigando e teve o afastamento de ambos. Porém, isso não é acordado por muito tempo e logo é solucionado, ao meio do filme.
De forma calma, o Beto apresenta para o Tristan a natureza, faz um passeio com ele de cavalo e o leva para conhecer e ver os balaios no barco de remo. O mesmo faz o uso com o garoto a mesma habilidade e a paciência importante para conseguir interagir com as orcas e desenvolve uma identidade que consegue acabar com os blogueiros que possuíam entre eles. Beto e a Lola, nesse período, estabelecem um grande respeito por ambos. Porque as lutas e dificuldades percorridos por ambos se constroem em um relacionado de carinho e com a ajuda de uma trilha sonora leva a quem está assistindo perceber que ali estaria começando um romance entre eles.
A obra de andamento lento convém com a sugestão da obra e aponta de forma muito sensível à relação do Beto com o seu trabalho e com as orcas, o problema do menino autista e as angústias da mãe. É essencial verificar como o filme aborda sobre o autismo, sempre deixando nicotínico que não é uma doença, e sim uma característica neurológica. Sendo curiosos, ainda, como a obra consegue apontar os serviços de estudo e acompanhamento de orcas, além de vários dados a respeito da conduta desses animais nesse campo. Mesmo com a crítica pela interação física com as baleias, o Beto possui confiança nos animais que deixa a Lola calma quando o Tristan foi sozinho para a praia.
Pesquisas indicam que 94% das crianças que são autistas que têm animais de estimação são amplamente conectadas a eles. Em famílias que não têm animais, sete em cada cem países asseguram que os seus filhos possuem interação com os bichos. Essa comunicação aperfeiçoa as habilidades sociais, pois os animais proporcionam amor e companheirismo sem julgar aos autistas. Crianças, criadas com animais, apresentam-se mais fortes conforme as que não tivessem esse vínculo desde pequenas. No filme aborda sobre as orcas, porém estamos habituados a ter e a domesticar cães, e sua companhia não difere para as crianças autistas, pois, crescer com um cachorro é uma vivência que aperfeiçoa o desenvolvimento e a expressão do afeto, atenção e carinho, tendo benefícios como: maior socialização; maior envolvimento com as outras pessoas que fazem parte do núcleo familiar; compreende as atitudes e comportamentos; têm interesse pelo animal e pesquisa a respeito dele; diminui os graus de ansiedade(TISMO, 2017).
Coerentemente exprimindo, o autismo desloca-se da palavra ‘’autos’’ sendo de origem grega em que significa ''próprio ou de si mesmo’’, sendo, então, fundamentado como uma mudança neurológica que aparece ainda quando a pessoa é criança, ocasionando certos atrasos em seu desenvolvimento, tanto na aprendizagem como na interação social da pessoa (OLIVEIRA, 2020).
O autismo não possui uma ocorrência estabelecida. Sendo um transtorno que causa retardo no desenvolvimento infantil, envolvendo essencialmente a sua imaginação, comunicação e socialização. Apresenta-se aos 03 anos e acontece quatro vezes mais nas crianças do sexo masculino do que no sexo feminino. Certas características acabam sendo muito marcantes, como a predisposição ao isolamento, a falta de movimento antecipatório, as complexidades na comunicação, as mudanças na linguagem, com inversão e ecolalia pronominal, as questões no comportamento com ações e movimentos concretizados repetidamente, a força a alterações e a limitação de tarefas autênticas. Ótima capacidade cognitiva, mesmo que não se demonstrem. Competência de lembrar um bom número de material sem ter um efeito ou sentido prático. Complexidade motora global e questões com a alimentação (MENEZES, 2012, p. 37).
A história que aponta nesse filme nos apresenta que necessitamos que as pessoas, de forma geral, não só profissionais do campo da educação, mas todos os indivíduos, sejam mais sensíveis, estejam dispostos a compreender um pouco que seja a respeito do espectro autista, não julgando as pessoas sem conhecer de verdade, tendo a vontade de auxiliar as pessoas. Todos os que são autistas conseguem aprender e de ser felizes, cada um do seu jeito com as suas devidas limitações. E tudo o que eu possa fazer, até então, é aumentar minhas compreensões no campo da inclusão, sendo muito importante na vida acadêmica e profissional, e esse filme acabou sendo um grande exemplo de tudo isso. Acaba aguardando que esse filme aponte vários contratempos e casos íntimos vivenciados ao decorrer dos 110 minutos de filme, porém o conflito no fim é completamente inesperado e precisa de altas explicações. Mas, as lutas de Lola acabaram não sendo em vão e, mesmo com um fim que acaba deixando um pouco de quero mais, essa história tem vários sentimentos de esperança, carinho e de admiração. A obra também deixa reflexões a respeito da precisão de escutar o outro e a respeito da relevância da calma e paciente.
REFERÊNCIAS
Farol das Orcas. Diretor: Gerardo Olivares. Netflix, 2017.
MENEZES, A. R. S. Inclusão escolar de alunos com autismo: quem ensina e quem aprende? Dissertação (Mestrado), Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2012. 
OLIVEIRA, Francisco Lindoval de. Autismo e inclusão escolar: os desafios da inclusão do aluno autista. Revista Educação Pública, v. 20, nº 34, 8 de setembro de 2020. 
TISMOO. A importância dos animais na vida dos autistas. Ciências, 2017.

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