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Unidade III CONTROLE E AUDITORIA PÚBLICA Prof. Rubens Pardini Relatórios de gestão orçamentária e fiscal A preocupação com os gastos públicos sempre foi uma constante dos governos Federal, Estadual e Municipal e os instrumentos e relatórios diversos são parte integrante da transparência da gestão fiscal, conforme estabelecido na lei 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal. Controle e auditoria pública São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal. Controle e auditoria pública A transparência será assegurada também mediante: I. incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; II. liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; Controle e auditoria pública III. adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União. Controle e auditoria pública Os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a: I. quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados; Controle e auditoria pública II. quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade. Controle e auditoria pública A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício. Controle e auditoria pública Os principais relatórios de gestão, conforme Manual de Demonstrativos Fiscais , que abrangem todos os órgãos da administração direta e indireta de todos os Poderes e que são elaborados e publicados pelo Poder Executivo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios encontram-se disponibilizados nos sistemas informatizados do Governo Federal integrados. Controle e auditoria pública Esses relatórios são elaborados de acordo com os respectivos balanços orçamentário, financeiro e patrimonial e com a demonstração das variações patrimoniais. Exemplos de relatórios de gestão fiscal a seguir: relatório resumido da execução orçamentária; anexo I – balanço orçamentário. Controle e auditoria pública Relatórios de gestão orçamentária e fiscal anexo II – demonstrativo da execução das despesas por função/subfunção; anexo III – demonstrativo da receita corrente; anexo VIII – demonstrativo do resultado primário da união; anexo IX – demonstrativo dos restos a pagar por poder e órgão. Controle e auditoria pública Auditoria contábil e controle interno Traçando um paralelo entre a auditoria contábil que é aplicada nas empresas regidas pelo direito privado onde estão incluídas as empresas privadas nacionais e multinacionais, neste rol também estão inclusas as empresas de economia mista e empresas publicas que participam da administração indireta do governo. Controle e auditoria pública Como exemplos de empresas de economia mista, podemos citar a Petrobras, o Banco do Brasil (cuja composição acionária é constituída por particulares e governo, embora o governo detenha a maioria do capital com direito a voto). A composição acionária das empresas públicas é constituída somente de capital governamental. Dentro dessa categoria, podemos citar como exemplos a Caixa Econômica Federal, a Empresa Brasileira de Correios etc. Controle e auditoria pública A auditoria contábil aplicável a essas empresas é regida por uma série de normas técnicas de auditoria independente. Cada uma dessas normas possui objetivos bem definidos, que servem de suporte ao auditor independente durante a execução dos seus trabalhos, que vão desde o planejamento até a emissão do parecer ou do relatório de auditoria. Controle e auditoria pública Exemplos de normas técnicas de auditoria e suas finalidades: NBC TA 200 – objetivos gerais do auditor independente e a condução de uma auditoria de acordo com as normas de auditoria. NBC TA 210 – concordando com os termos de um trabalho de auditoria. Controle e auditoria pública NBC TA 300 – planejamento de uma auditoria de demonstrações contábeis. NBC TA 315 – identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante por meio do entendimento da entidade e de seu ambiente. NBC TA 320 – materialidade no planejamento e na execução de uma auditoria. Controle e auditoria pública Uma série de relatórios e instrumentos de controle das despesas do governo são utilizados como peças importantes na transparência da gestão fiscal, conforme estabelecido na: a) Lei Orçamentária Anual. b) Lei de Diretrizes Orçamentárias. c) Lei 6.404/76, que rege as sociedades anônimas. d) Lei 4320/64, que regula a contabilidade pública. e) Lei 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal. Interatividade Uma série de relatórios e instrumentos de controle das despesas do governo são utilizados como peças importantes na transparência da gestão fiscal, conforme estabelecido na: a) Lei Orçamentária Anual. b) Lei de Diretrizes Orçamentárias. c) Lei 6.404/76, que rege as sociedades anônimas. d) Lei 4320/64, que regula a contabilidade pública. e) Lei 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal. Resposta Auditoria na área empresarial e no setor público A auditoria empresarial consiste no exame de documentos, livros, registros e na obtenção de informações diversas, com o objetivo de verificar se as demonstrações contábeis expressam a realidade das informações coletadas, de acordo com normas e princípios fundamentais da contabilidade. Controle e auditoria pública A auditoria no setor público, além da verificação dos dados relacionados com auditoria empresarial, tem por objetivo examinar e apurar a regularidade da gestão de recursos públicos e da eficiência da gestão administrativa e os resultados alcançados, além de apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos. Controle e auditoria pública Comparação entre auditoria interna e externa Auditoria interna: ser realizada por um funcionário da própria empresa ou ente público; atender às necessidades da administração como ferramenta de apoio à gestão; fazer o mapeamento dos processos, a revisão das operações e a identificação dos riscos e controle interno; Controle e auditoria pública aperfeiçoar a gestão, sem se restringir aos assuntos financeiros. Auditoria externa: é realizada por meio da contratação de um profissional externo à entidade, no caso das empresas privadas. No âmbito governamental, é realizada pelos Tribunais de Contas Federal, Estadual e Municipal. Controle e auditoria pública A auditoria externa visa também atender às necessidades dos usuários externosno que diz respeito à fidedignidade das informações financeiras para tomada de decisão e revisar as operações do controle interno, ação praticada principalmente para determinar a extensão dos exames a serem feitos e a fidedignidade das demonstrações contábeis. Controle e auditoria pública Perfil do auditor O auditor independente é um profissional que necessariamente precisa estar legalizado junto ao seu órgão de registro profissional, o Conselho Regional de Contabilidade (CRC), na categoria de Contador. Deve ter sido aprovado no exame de qualificação técnica promovido pelo Conselho Federal de Contabilidade para obtenção do registro de auditor independente junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Controle e auditoria pública A CVM é subordinada ao Conselho Monetário Nacional (CMN). Faz parte da: Comissão Técnica da Moeda e do Crédito, com funções tais como: de um órgão normativo do sistema financeiro, especificamente de papéis não emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional; dedica-se à regulação e fiscalização das sociedades anônimas de capital aberto; Controle e auditoria pública fiscaliza a emissão de valores mobiliários no mercado (ações, debêntures etc.); a auditoria das companhias abertas, as operações da Bolsa de Valores e da Bolsa de Mercadorias e Futuros etc. Controle e auditoria pública O Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) foi criado pela Resolução CFC 1.019, de 18 de fevereiro de 2005, com o objetivo de cadastrar todos os profissionais de auditoria independente, permitindo, assim, aos sistemas CFC e CRC conhecer a distribuição geográfica desses profissionais, como atuam no mercado e o nível de responsabilidade de cada um. Controle e auditoria pública Nas firmas de auditoria que mantêm estruturas organizacionais semelhantes, a carreira profissional do auditor independente está estruturada nas seguintes categorias: Assistente trainee : geralmente o estudante universitário, recrutado nas universidades do país. Controle e auditoria pública Idade máxima de 23 anos. A partir dessa idade, geralmente encontra-se empregado e ganhando salários maiores que os oferecidos aos trainees. Assistente e auxiliar de auditoria: categoria dividida em assistente C (um ano), assistente B (um ano), e assistente A (dois anos). Controle e auditoria pública Perfil do auditor sênior: sênior C (um ano), sênior B (um ano) e sênior A (dois anos). Um dos papéis relevantes do sênior é o de chefiar equipes de auditores. O sênior é responsável pela distribuição, orientação e supervisão do trabalho dos assistentes, reportando-se ao gerente encarregado pelo trabalho. Controle e auditoria pública Supervisor: atua como sênior em grandes clientes, reportando- se ao gerente e, com o gerente, quando se trata de pequenos clientes , supervisiona diversas equipes de auditoria e se reporta ao sócio encarregado. Controle e auditoria pública Gerente de auditoria: atua em diversos clientes, supervisionando diversas equipes de auditoria. Na condição de gerente, é responsável por: elaborar o planejamento do trabalho; programar a equipe; supervisionar a equipe; discutir assuntos com a gerência e direção da empresa auditada; revisar os papéis de trabalho; Controle e auditoria pública elaborar o esboço do relatório. Sócio da firma de auditoria: chega a essa condição convidado pelos sócios atuais, portanto, é necessária a aprovação de todos os sócios. Principais características: capacidade técnica; relacionamento com clientes; relacionamento com os sócios e com o quadro de auditores. Controle e auditoria pública Qual a principal característica da auditoria externa governamental? a) Ser realizada por um funcionário da própria empresa ou ente público. b) Atender às necessidades da administração como ferramenta de apoio à gestão governamental. c) Mapear os processos, fazer a revisão das operações e a identificação dos riscos e controle interno. d) Ser realizada pelo Tribunal de Contas. e) Aperfeiçoar a gestão governamental. Interatividade Qual a principal característica da auditoria externa governamental? a) Ser realizada por um funcionário da própria empresa ou ente público. b) Atender às necessidades da administração como ferramenta de apoio à gestão governamental. c) Mapear os processos, fazer a revisão das operações e a identificação dos riscos e controle interno. d) Ser realizada pelo Tribunal de Contas. e) Aperfeiçoar a gestão governamental. Resposta Outras características do sócio de auditoria: habilidade de negociação; disposição para participar da administração da firma; disposição para atuar em outros escritórios da firma, em outras cidades ou estados. Controle e auditoria pública A profissão do auditor independente requer a independência mental que permite fazer julgamentos neutros e imparciais do que é relevante para a realização de uma boa auditoria. Controle e auditoria pública Até 1990 era comum a prestação simultânea de serviços de auditoria e consultoria empresarial. Essa situação ensejava a diminuição de independência do auditor. Por meio da Resolução 308, de 14 de maio de 1999 (CVM, 1999) para as empresas de capital aberto, considerou-se conflitante a promoção de auditoria e consultoria pela mesma empresa. Controle e auditoria pública As NBC-PA 290 e 291 (CFC, 2012) definem conceitos e regras que têm como finalidade impedir que coloquem em suspeição ou risco a independência do auditor. As normas NBC-PA 290 e 291, entre diversas circunstâncias, destacam o que pode gerar a perda de independência do auditor: Controle e auditoria pública Operações de créditos e garantias com a entidade auditada: a empresa de auditoria, sócios e membros de equipes e membros imediatos da família dessas pessoas não podem ter movimentações relevantes de operações de crédito ou garantia de operações de crédito com instituições financeiras que sejam auditadas. Controle e auditoria pública Relacionamentos comerciais com a entidade auditada: transações comerciais da entidade de auditoria, dos sócios e dos membros da equipe de auditoria com a entidade auditada devem ser feitas dentro do curso normal de negócios e na mesma condição com terceiros. Relacionamento familiares e pessoais com a entidade auditada. Controle e auditoria pública Atuação como administrador ou diretor da entidade auditada: se um membro ou sócio da empresa de auditoria atuar como diretor, membro do conselho de administração, conselho fiscal ou executivo da empresa auditada, tem como consequência perda de independência da auditoria. Controle e auditoria pública Um ponto importante é o zelo profissional, que consiste no cuidado na execução do trabalho de auditoria e na preparação do relatório. O cuidado e o zelo implicam o conhecimento que o auditor deve ter da entidade (empresa), ou seja, as informações sobre os seus sócios e administradores, de tal forma que possa concluir a viabilidade de aceitar ou não o trabalho de auditoria, mantendo em segurança, com sigilo e cuidado, todo o conjunto de papéis de trabalho oriundo da auditoria realizada. Controle e auditoria pública Os pontos principais que devem ser considerados com relação ao zelo profissional são: definição do risco da auditoria; estimativa adequada das horas de auditoria; definição dos honorários correspondendo às horas de trabalho suficientes para a realização de auditoria de boa qualidade; Controle e auditoria pública cronograma de visitas com as pessoas-chave da entidade a ser auditada para que o trabalho seja realizado dentro das condições adequadas; planejamento dos trabalhos; definição dos procedimentos e extensão dos testes de auditoria a serem aplicados de acordo com o planejamento do trabalho; seleção e escolha da equipe; avaliação do controle interno; Controle e auditoria pública supervisão dos trabalhos em todas as etapas; elaboração e revisão dos papéis de trabalho; emissão de relatórios sobre a avaliação do controle interno; manutenção do sigilo profissional; guarda da documentação dos papéis de trabalhos realizados. Controle e auditoria pública Atividade de auditoria governamental A atividade de auditoria governamental exercida pelos tribunais de contas na esfera federal ou União é exercida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), nos Estados pelos Tribunais de Contas do Estado (TCE). Existem tribunais de contas dos municípios somente em São Paulo e no Rio de Janeiro, pois a Constituição Federal proibiu a criação desse tipo de tribunal – as contas municipais devem, assim, ser auditadas pelos TCEs . Controle e auditoria pública Atividade de auditoria governamental Os tribunais de contas estaduais julgam as contas daqueles que administram dinheiro público do Estado e emitem pareceres a respeito das contas apresentadas pelo governador. Os TCEs também são responsáveis por julgar as contas dos municípios situados em seus respectivos estados, a exceção fica por conta dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro, onde os tribunais de contas municipais julgam as contas municipais e emitem pareceres a respeito das contas apresentadas pelo prefeito. Controle e auditoria pública Classificação das auditorias Os preceitos básicos do controle externo referem-se aos princípios que regem as normas estabelecidas pelo TCU com objetivo principal de conduzir o auditor a determinar o planejamento e a amplitude da auditoria. Controle e auditoria pública Classificação das auditorias O auditor está ciente de que as normas de auditoria estão submetidas às regras constitucionais estabelecidas nos artigos de 70 a 75 da Constituição Federal de 1988. Controle e auditoria pública Os Poderes podem ser entendidos como: Poder de fiscalização (art. 71 da CF/88) Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e demais entidades referidas. Controle e auditoria pública Os Tribunais de Contas Estaduais também são responsáveis por julgar as contas dos municípios situados em seus respectivos estados, exceto para: a) os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que possuem Tribunal de Contas Municipal; b) os estados de São Paulo e Minas Gerais, que possuem Tribunal de Contas Municipal; c) o estado de São Paulo, que possui Tribunal de Contas Municipal; d) o estado do Rio de Janeiro, que possui Tribunal de Contas Municipal; e) os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, que possuem Tribunal de Contas Municipal. Interatividade Os Tribunais de Contas Estaduais também são responsáveis por julgar as contas dos municípios situados em seus respectivos estados, exceto para: a) os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que possuem Tribunal de Contas Municipal; b) os estados de São Paulo e Minas Gerais, que possuem Tribunal de Contas Municipal; c) o estado de São Paulo, que possui Tribunal de Contas Municipal; d) o estado do Rio de Janeiro, que possui Tribunal de Contas Municipal; e) os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, que possuem Tribunal de Contas Municipal. Resposta Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. Controle e auditoria pública Poder normativo – Lei Orgânica do TCU Ao Tribunal de Contas da União, no âmbito de sua competência e jurisdição, assiste o poder regulamentar, podendo, em consequência, expedir atos e instruções normativas sobre matéria de suas atribuições e sobre a organização dos processos que lhe devam ser submetidos, obrigando ao seu cumprimento, sob pena de responsabilidade. Controle e auditoria pública O TCU está subordinado ao Congresso Nacional, embora goze de certa autonomia e independência para exercer suas competências independentemente das funções do Congresso. Os artigos 71, 72 e 73 da Constituição definem que o controle externo é independente e autônomo. Controle e auditoria pública Definem também que cabe ao TCU proposta de alterações na Lei Orgânica, bem como dispor sobre o seu quadro de pessoal, remunerar seus membros, além de exercer outras atividades inerentes aos objetivos da auditoria externa. A auditoria pode ser entendida como externa quando realizada pelo TCU e como interna quando sua condução fica a cargo de cada Poder ou entidade. Não há necessariamente uma relação de hierarquia entre as duas auditorias: a interna, de fato, procura apenas dar o apoio necessário à externa. Controle e auditoria pública Quanto à natureza, as auditorias classificam-se em auditorias de regularidade e operacionais. As auditorias de regularidade objetivam examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis, sujeitos à jurisdição do tribunal quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade e as auditorias contábeis. Controle e auditoria pública As auditorias operacionais objetivam examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública. Controle e auditoria pública O planejamento da auditoria governamental não difere muito do da auditoria externa efetuada nas empresas privadas. Tomando-se como base a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TA 300, que trata da preparação e do planejamento da auditoria, pode-se averiguar que uma série de pressupostos devem ser levados em consideração nessa fase. Controle e auditoria pública Destacamos, a seguir, os mais relevantes A preparação e o planejamento da auditoria são atividades fundamentais para o bom desempenho dos trabalhos, pois envolvem a definição da estratégia a ser utilizada com relação ao programa para cada trabalho de auditoria, escopo, objetivos (o que o auditor quer alcançar em termos de opinião), prazos e alocação de recursos (composição da equipe). Controle e auditoria pública A preparação e o planejamento são fases de extrema importância para a auditoria das demonstrações contábeis como um todo, pois auxiliarão o auditor a concentrar esforços nas áreas mais importantes para a auditoria. De outra forma, a preparação e o planejamento bem executados auxiliam o auditor na identificação e resolução de problemas de forma tempestiva, na utilização de recursos de forma eficiente e eficaz e na seleção adequada dos membros da equipe de auditoria, respeitando capacidades e competências específicas. Controle e auditoria pública Segundo a NBC TA 300, a fase de preparação de auditoria implica na identificação e avaliação de eventos ou situações que possam afetar adversamente a capacidade do auditor de planejar e realizar o trabalho de auditoria. A responsabilidade pela preparação da auditoria recai sobre o sócio responsável e outros membros-chave da equipe de auditoria. Controle e auditoria pública Na fase de preparação da auditoria: é feita a eleição de um coordenador; é conhecido o escopo da auditoria; tem-se conhecimento do que deverá ser investigado; sabe-se quais áreas serão auditadas; tem-sea informação de quem comporá a equipe de auditores. Controle e auditoria pública Segundo a NBC TA 300, Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis, o planejamento da auditoria não é uma fase isolada, consistindo num processo contínuo e interativo que poderá se estender até a conclusão do trabalho de auditoria. O sócio responsável (auditor) pode optar por discutir alguns elementos do planejamento com a administração da entidade a ser auditada, de forma a facilitar a condução e o gerenciamento dos trabalhos. Controle e auditoria pública Durante todo o trabalho de auditoria, o sócio encarregado do trabalho deve permanecer alerta, observando e fazendo indagações, conforme necessário, para evidenciar o não cumprimento de exigências relevantes pelos membros da equipe de trabalho. A sua experiência e os seus pontos de vista são bastante importantes. Cabe ressaltar que a atividade de planejamento varia conforme alguns aspectos: o porte e a complexidade da entidade a ser auditada; Controle e auditoria pública a experiência anterior dos membros-chave da equipe de trabalho com a entidade; mudanças de rumo que ocorrem durante o trabalho de auditoria. No planejamento, o auditor deve estabelecer, por meio de documentos formais: uma estratégia global para os trabalhos de auditoria; as áreas e unidades que serão avaliadas e verificadas. Controle e auditoria pública Plano ou programa de auditoria No planejamento, o auditor deve desenvolver o plano ou programa de auditoria, que consiste num documento formal mais detalhado que a estratégia global de auditoria. O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria, sempre que necessário, por ocasião do desenvolvimento dos trabalhos. Controle e auditoria pública O plano ou programa de auditoria, baseado no conhecimento dos processos e atividades da organização, deve incluir: os riscos significativos para as atividades e processos relacionados com atingimento de metas e objetivos organizacionais, bem como a suficiência e efetividade do gerenciamento dos riscos pela organização por meio de sistemas de controles internos; a indicação da natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria que serão realizados de acordo com o escopo. Controle e auditoria pública A Norma de Auditoria Externa aplicável à fase do planejamento é a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TA: a) NBC TA 200; b) NBC TA 300; c) NBC TA 230; d) NBC TA 320; e) NBC TA 315. Interatividade A Norma de Auditoria Externa aplicável à fase do planejamento é a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TA: a) NBC TA 200; b) NBC TA 300; c) NBC TA 230; d) NBC TA 320; e) NBC TA 315. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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