Buscar

ATividade 1

Prévia do material em texto

Nome: Kalú Sodré Boccato RA: 386791711604 9º Semestre
ATIVIDADE 1 – PH EM ANESTESIO, CLÍNICA CIRÚRGICA E OBSTETRÍCIA
ESPLENECTOMIA
O procedimento de remoção do baço pode ser recomendado pelo médico veterinário para casos em que o órgão esteja danificado ou doente, com chances de causar prejuízo aos órgãos próximos.
Quando se tratado de cães, as principais indicações para a realização de esplenectomia são casos de neoplasias esplênicas, com ou sem ruptura, traumas em que há ruptura do baço, com quadros de hemorragia ativa, torções esplênicas, alguns casos de anemia hemolítica e tumores.
PRÉ OPERATÓRIO
Algumas alterações clínicas são visíveis ao exame físico, incluindo sinais como letargia, fraqueza, distensão abdominal e possivelmente uma massa esplênica. As massas abdominais em geral são detectadas radiograficamente em cães; contudo, presença de fluido peritoneal pode dificultar a localização de lesões no baço. (FOSSUM, 2014).
Então, como pré operatório devemos pedir hemograma, perfil renal e hepático, ecocardiograma, eletrocardiograma e exames de imagem como raio-x e ultrassonografia. Caso necessário, biópsia esplênica por punção de agulha fina ou cirurgicamente para determinar a causa de esplenomegalia.
É muito importante a estabilização do paciente antes da intervenção cirúrgica, embora nem sempre seja possível. Paciente com hemorragia e sem histórico de trauma deve-se realizar prova de coagulação. Em paciente anêmico ou com hematócrito abaixo de 20%, deve-se realizar uma transfusão pré cirúrgica ou até mesmo trans cirúrgica. Em suspeita de CID, a administração de plasma com ou sem heparina pode ser útil. Em pacientes desidratados, deve-se realizar fluidoterapia antes da cirurgia para correção de desidratação e desequilíbrios ácido-base e eletrólitos.
Pode ser benéfico a realização de antibioticoterapia profilática pré-cirúrgica.
Por muitas vezes ser uma intervenção de emergência, nem sempre será possível a realização de jejum para o procedimento cirúrgico.
O animal deve ser sedado e preparado para cirurgia com todas as técnicas de assepsia, montagem de campo cirúrgico e mesa cirúrgica para a que se prossiga com a cirurgia.
TRANS OPERATÓRIO
O acesso ao baço deve ser feito por celiotomia na linha média que deve se estender do processo xifoide até a ponta caudal da cicatriz umbilical, podendo ser alargada em casos de lesões maiores.
Deve-se exteriorizar o baço e colocar esponjas ou compressas umedecidas em volta da incisão e debaixo do baço. 
Todos os vasos hilares e esplênicos maiores (artéria gastroepiploica e veia distal) devem ser ligados duplamente e com transfixação podendo ser usados fios absorvíveis ou não. Após a ligadura de todos os vasos, deve-se proceder para a secção entre as ligaduras e remoção do baço. 
Por último deve-se inspecionar a cavidade abdominal para verificar possíveis focos de sangramento ou existência de metástases. Inspecionar também o pâncreas e o estômago para assegurar que não sofreram lesões no decorrer da cirurgia. 
Lavagem com soro fisiológico ajuda na remoção de coágulos de sangue e facilita a visualização do pedículo esplênico.
Por fim, procede-se para sutura das camadas da parede abdominal.
PÓS OPERATÓRIO
Deve-se realizar oxigenoterapia em pacientes anêmicos e correta analgesia com opióides ou AINES. A fluidoterapia deve ser mantida até o paciente conseguir manter sua própria hidratação corrigindo as alterações eletrolíticas e equilíbrio ácido-base.
Qualquer cão submetido a esplenectomia pode desenvolver arritmia ventricular no período de 24-48h após a cirurgia, sendo necessário monitorização neste sentido.
O animal deverá permanecer internado para monitorização, com colar elizabetano ou roupa cirúrgica e o curativo deve ser trocado e a ferida cirúrgica limpa a cada 24 horas.
BIBLIOGRAFIA
Bjorling, D.E. (2014). Spleen. In Bojrab, M.J, Waldron, D.R., Toombs, J.P. (Eds.), Current techniques in small animal surgery. (5th ed.). (pp. 682- 685). Jackson, WY: Teton NewMedia.
Fossum, T.W. (2012). Surgery of the spleen. In: Fossum, T.W., Dewey, C.W., Horn, C. V., Johnnson, A.L., MacPhail, C.M., Radlinsky, M.G., Schulz, K.S., Willard, M.D. (Eds.), Small animal surgery. (4rd ed.). (pp. 692-704). St. Louis, Missoury: Mosby Elsevier
Niles, J.D. (2015). Spleen. In: Williams, M. J. & Niles, J. D. (Eds). BSAVA Manual of canine and feline abdominal surgery. (2nd ed.). (pp. 231-239). U.K.: British Small Animal Veterinary Association.

Continue navegando