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MODELO DE PETIÇÃO INICIAL - AÇÃO REDIBITÓRIA

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Ana Paula, 22 anos, estudante de mestrado, solteira, reuniu todas as suas economias que levantou ao 
longo dos anos de estágio no período da faculdade psicológica, e se interessou por um anúncio da internet, 
em que um vendedor Nilton oferecia um carro compatível com os interesses de Ana Paula, ano 2018, 
modelo 2018, no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), um pouco abaixo do valor do mercado, conforme 
a tabela FIPE, em Gramado/RS. Ana Paula, então, entra em contato com Nilton, vendedor e combina com 
ele um encontro para que ela pudesse ver o carro. Ana Paula fica encantada pelo veículo e não pergunta 
sobre eventuais revisões e cuidados, nem se Nilton era o primeiro e único dono, ou qualquer outra 
indagação que pudesse fazer com que o vendedor explanasse do veículo. 
 
De funcionamento 
Entretanto, 10 dias após a aquisição do veículo e já realizada a transferência da titularidade junto ao 
DETRAN – Departamento de Trânsito, Ana Paula está dirigindo calmamente, entre Gramado e Canela, na 
velocidade da via quando, de repente, escuta um estrondo e percebe que o motor começa a pegar fogo. 
Apavorada, para o carro, sai correndo para se afastar do perigo e vê uma explosão que causa a perda total 
do veículo automotor. 
Quando o Corpo de Bombeiros chega e realiza breve perícia, constata que o veículo já tinha problemas na 
mangueira do combustível que poderia levá-lo a tal explosão e que ao que se percebe, tais problemas 
aparentavam ser de, no mínimo 6 meses atrás. 
Bastante decepcionada e se sentindo enganada por Nilton, Ana Paula entra em contato com o vendedor, 
que é bastante rude e diz que o problema é inteiramente dela, e que ela deveria cuidar mais do que 
comprar a prestar mais atenção nas coisas que adquire, pois poderia ter percebido a situação do motor 
quando da aquisição do veículo e que sequer tinha deixado Nilton falar que esse problema já existia. 
Ana Paula, procura você para, na qualidade de advogado, elaborar a peça processual cabível, excluída a 
possibilidade de apresentação de qualquer pedido no Juizado Especial, a fim de que a compradora se veja 
ressarcida em seu prejuízo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA VARA CÍVEL DE GRAMADO/RS 
 
ANA PAULA, brasileira, solteira, existência de união estável ..., estudante de 
mestrado, inscrita no CPF ..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliada no 
endereço ..., vem à presença deste d. Juízo, por meio do seu advogado infrassinado, 
com instrumento de procuração em anexo, ajuizar AÇÃO REDIBITÓRIA, com 
fundamento nos arts. 441 e seguintes do Código Civil, em face de NILTON, brasileiro, 
estado civil ..., existência de união estável ..., profissão ..., inscrito no CPF ..., com 
endereço eletrônico ..., residente e domiciliado no endereço ..., pelos fatos e 
fundamentos a seguir expostos. 
 
DOS FATOS 
 
Ana Paula, 22 anos, estudante de mestrado, solteira, reuniu todas as suas economias 
que levantou ao longo dos anos de estágio no período da faculdade de psicologia, e se interessou por um 
anúncio da internet, em que um vendedor Nilton oferecia um carro compatível com os interesses de Ana 
Paula, ano 2018, modelo 2018, no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), um pouco abaixo do valor de 
mercado conforme a tabela FIPE, em Gramado/RS, conforme anexo. Ana Paula, então, entra em contato 
com Nilton, vendedor, e combina com ele um encontro para que ela pudesse ver o carro. 
Ana Paula fica encantada pelo veículo e não pergunta sobre eventuais revisões e 
cuidados, nem se Nilton era o primeiro e único dono, em qualquer outra indagação que pudesse fazer com 
que o vendedor explanasse a situação do veículo. 
No mesmo ato, Ana Paula faz a transferência do valor integral da compra e venda a 
Nilton, conforme anexo, e já sai do encontro dirigindo o veículo, bastante empolgada com a aquisição do 
mesmo. Bastante entusiasmada, Ana Paula percebe somente que o carro está esteticamente em bom 
estado de conservação, mas não leva o veículo a um mecânico ou a uma oficina para verificar a situação 
do motor, das rodas, dos pneus, da suspensão ou qualquer problema de funcionamento. 
Entretanto, 10 dias após a aquisição do veículo e já realizada a transferência da 
titularidade junto ao DETRAN, conforme anexo, Ana Paula está dirigindo calmamente, entre Gramado e 
Canela, na velocidade da via quando, de repente, escuta um estrondo e percebe que o motor começa a 
pegar fogo. Apavorada, para o carro, sai correndo para se afastar do perigo e vê uma explosão que causa 
a perda total do veículo automotor. 
Quando o Corpo de Bombeiros chega ao local e realiza breve perícia, conforme laudo 
anexo, constata que o veículo já tinha problemas na mangueira do combustível que poderia levá-lo a tal 
explosão e que, ao que se percebe, tais problemas aparentavam ser de, no mínimo, 6 meses atrás. 
Bastante decepcionada e se sentindo enganada por Nilton, Ana Paula entra em 
contato com o vendedor, que é bastante rude e diz que o problema é inteiramente dela, e que ela deveria 
cuidar mais do que compra e prestar mais atenção nas coisas que adquire, pois poderia ter percebido a 
situação do motor quando da aquisição do veículo e que sequer tinha deixado Nilton falar que esse 
problema já existia. 
Por óbvio, a autora foi vítima da má-fé do requerido, que apresentava saber dos 
vícios ocultos do carro que devem levar à redibição do contrato. 
 
DO CABIMENTO DA AÇÃO 
 
O vício redibitório existente no caso impõe a redibição do contrato comutativo, pelo 
defeito oculto que o levem à sua absoluta impossibilidade de uso, desde que a adquirente, no caso Ana 
Paula, exerça seu direito potestativo no prazo decadencial de 30 dias, nos termos do art. 445 do Código 
Civil, e que está absolutamente respeitado. 
A ação está sendo ajuizada no domicílio do réu, que é também domicílio da autora 
na melhor foram do art. 46 do Código de Processo Civil. 
 
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
Se o vício redibitório presente no veículo era, portanto, anterior e preexistente ao 
fato, levou o bem a impossibilidade de uso, os arts. 441 e 442 do Código Civil atraem a responsabilidade 
objetiva de alienante, a fim de que o negócio seja absolutamente desfeito. 
Além disso, se o alienante conhecia do fato e ainda vendeu o veículo, tem-se que 
deve restituir o valor pago por Ana, autora, além das perdas e danos e até mesmo danos morais, tendo 
em vista o abalo pelo qual a mesma passou ao dirigir um veículo que entrou em chamas. 
Nem se olvide em dizer o requerido que seria possível buscar o abatimento do preço 
ou que não seria mais possível redibir o contrato pela perda total do bem, visto que o artigo 444 do Código 
Civil ainda ensina que a reponsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do 
alienatório, se perceber por vício oculto, já existente ao tempo da tradição como no caso em tela. 
Assim, deve o requerido ser condenado a redibir o contrato, indenizando a autora 
Ana de todos os prejuízos sofridos, ou seja, restituindo o valor pago, as despesas do contrato e as perdas 
e danos, na melhor forma do art. 443 do Código Civil. 
 
DOS PEDIDOS 
 
Ante o exposto, requer a autora: 
a) Seja citado o réu para, querendo, comparecer à audiência de tentativa de 
conciliação ou, em ato contínuo, contestar a demanda; 
b) Seja o pedido da autora julgado procedente para condenar o requerido a redibir o 
contato, indenizando a autora Ana de todos os prejuízos sofridos, ou seja, restituindo o valor pago, as 
despesas do contrato e as perdas e danos, na melhor forma do art. 443 do Código Civil; 
c) Seja ainda o requerido condenado nas custas, honorários e ônus da sucumbência; 
d) Provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, 
especialmente prova pericial, depoimento pessoal do réu e prova testemunhal; 
e) Em atendimento ao artigo 319, inciso VII, a autora manifesta interesse na 
audiência de tentativa de conciliação.Dá-se à causa o valor de R$ 30.000,00. 
Local ..., Data ... 
Advogado ... 
OAB n. ...

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