Buscar

LivroDigital-Estoquespdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Livro Digital 
 
PREPARAÇÃO INTELIGENTE PARA 
O EXAME DE SUFICIÊNCIA 
 
ESTOQUES 
 
1 
Estoques 
SUMÁRIO 
 
 
1 Estoques e CPC 16 ....................................................................................................................................... 2 
2 Operações Com Mercadorias ...................................................................................................................... 2 
3 Resultado Bruto Com Mercadorias ............................................................................................................. 2 
4 Estoques Na Lei 6.404/76 ............................................................................................................................ 6 
5 CPC (R1) - Estoques ..................................................................................................................................... 7 
5.1 Objetivo ............................................................................................................................................... 7 
6 Definições .................................................................................................................................................... 8 
7 Mensuração De Estoque............................................................................................................................ 10 
8 Custos Do Estoque ..................................................................................................................................... 16 
8.1 Custos De Aquisição .......................................................................................................................... 16 
8.2 Descontos Comerciais Ou Incondicionais .......................................................................................... 16 
8.3 Abatimento ........................................................................................................................................ 16 
8.4 Tributos Recuperáveis ....................................................................................................................... 17 
8.4.1 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados .......................................................................... 17 
8.4.2 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ................................................... 17 
8.4.3 PIS – Programa de Integração Social ......................................................................................... 17 
8.4.4 COFINS – Contribuição para a Seguridade Social ...................................................................... 17 
8.5 Imposto Por Dentro E Por Fora ......................................................................................................... 18 
8.6 Compra De Matéria Prima ................................................................................................................. 21 
8.7 Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Indústria) ....................................... 21 
8.8 Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Empresa Comercial) ...................... 22 
8.9 Quadro Resumo – Tributos................................................................................................................ 23 
8.10 Perda Normais X Perdas Anormais .................................................................................................... 27 
9 Produção Conjunta E Custos Conjuntos .................................................................................................... 28 
9.1 Produção por ordem: ........................................................................................................................ 28 
9.2 Produção Contínua ............................................................................................................................ 29 
10 Coproduto, Subprodutos e Sucatas ....................................................................................................... 29 
10.1 Tratamento Contábil ......................................................................................................................... 29 
10.2 Outros Custos .................................................................................................................................... 30 
11 Estoques Financiados ............................................................................................................................ 32 
12 Custo Do Produto Agrícola Colhido Proveniente De Ativo Biológico .................................................... 33 
13 Critérios De Valoração De Estoque........................................................................................................ 35 
14 Peps, Ueps E Preço Médio ..................................................................................................................... 38 
14.1 PEPS ................................................................................................................................................... 38 
14.2 UEPS ................................................................................................................................................... 40 
14.3 Custo Médio ...................................................................................................................................... 40 
14.3.1 Média Ponderada Fixa ............................................................................................................... 41 
14.3.2 Média Ponderada Móvel ........................................................................................................... 42 
15 Tabela De Controle De Estoque ............................................................................................................. 44 
16 Outras Questões Comentadas ............................................................................................................... 46 
17 Resumo Dos Pontos Abordados Nesta Aula .......................................................................................... 53 
18 Questões Comentadas Nesta Aula ........................................................................................................ 55 
19 Gabarito Das Questões Comentadas Nesta Aula .................................................................................. 66 
 
 
2 
Estoques 
1 Estoques e CPC 16 
 
Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? 
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso CFC De A a Z para o Exame de Suficiência. 
Na aula de hoje falaremos sobre estoques! Essa questão é tida como certa no Exame. Muitas vezes, cai até 
mais do que uma. Portanto, estudem com carinho. 
Novamente, a leitura desta aula é indispensável. 
Um abraço. 
Prof. Gabriel Rabelo. 
@contabilidadefacilitada 
 
2 Operações Com Mercadorias 
 
As questões de operações com mercadorias envolvem basicamente conhecimento da avaliação dos 
estoques, operações que envolvem a parte inicial da DRE (da receita bruta até o lucro bruto e apuração do 
CMV), tributação sobre as mercadorias e inventário periódico e permanente. 
Se você conseguir entender isso que disse acima, então você já acertará mais da metade das questões de 
operações com mercadorias. 
Além disso, precisamos conhecer alguns itens da NBC TG 16 – Estoques. 
 
3 Resultado Bruto Com Mercadorias 
 
O resultado bruto com mercadorias, ou resultado com mercadorias equivale ao lucro bruto na 
Demonstração do Resultado. 
 
Receita Bruta 
(-) Deduções da Receita 
- Devoluções de Vendas 
- Cancelamento de Vendas 
- Descontos incondicionais concedidos 
- Abatimentos concedidos 
- Impostos sobre vendas (ICMS, PIS e COFINS) 
- Ajuste a Valor Presente de Clientes 
(=) Receita Líquida 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas 
(=) Lucro Bruto OU Resultado com Mercadorias. 
 
Em que o CMV = Estoque Inicial + Compras líquidas – Estoque final. 
Mas voltaremos a esse assunto. Vamos falar um pouco sobre os estoques na lei 6.404/76 e sobre outros 
pontos.3 
Estoques 
01. (Consulplan/Exame CFC/2019.1) A Companhia Ômega adquiriu para revenda mercadorias no valor de R$ 
10.000,00 em maio de 2017. Os impostos recuperáveis sobre a compra perfazem o total de R$ 1.800,00. 
Sobre essa compra, a Companhia Ômega também pagou frete de R$ 200,00 com impostos recuperáveis de 
R$ 24,00 e seguros no valor de R$ 250,00. A empresa vendeu 70% das mercadorias adquiridas no período. 
Sabe-se que a Companhia Ômega não tinha saldo anterior de mercadorias para revenda. É correto afirmar 
que o valor do Custo das Mercadorias Vendidas foi de: 
 
A) R$ 5.740,00 
B) R$ 5.863,20 
C) R$ 6.038,20 
D) R$ 8.626,00 
 
Comentários: 
 
Valor de aquisição 10.000,00 
(-) Impostos recuperáveis (1.800,00) 
Frete 200,00 
(-) Impostos recuperáveis (24,00) 
Seguro 250,00 
Valor do custo de aquisição 8.626,00 
Uma vez que ela vendeu 70%, o CMV será de R$ 8.626,00 x 70% = 6.038,20. 
 
Gabarito: C. 
 
02. (Consulplan/Exame CFC/2018.1) O departamento contábil da Companhia Alfa apresentou as seguintes 
transações com mercadorias ao longo do mês de abril de 2018: 
 
Dia 10: Compra de mercadorias para revenda à vista ao valor de R$ 10.000,00. Além desse valor, foi pago R$ 
500,00, em dinheiro, referente ao frete cobrado para que a transportadora entregasse as mercadorias na 
Companhia Alfa. 
Dia 16: Venda de mercadorias para revenda à vista ao valor de R$ 7.000,00. 
Dia 23: Devolução de 30% da venda realizada em 16/04. O cliente foi reembolsado em dinheiro no momento 
da devolução. 
Dia 30: Devolução de 50% da compra realizada em 10/04. A Companhia Alfa foi reembolsada em dinheiro no 
momento da devolução. 
Nesse mesmo mês: 
• o saldo inicial em caixa: R$ 11.000,00; 
• as despesas administrativas: R$ 160,00; 
• o estoque inicial de mercadorias para revenda: R$ 12.000,00; 
• o estoque final de mercadorias para revenda: R$ 14.560,00; 
 
 Com base somente nas informações apresentadas e desconsiderando-se qualquer incidência de tributos, 
assinale o lucro líquido registrado em abril 2018. 
 
A) R$ 460,00. 
B) R$ 1.800,00. 
 
4 
Estoques 
C) R$ 2.560,00. 
D) R$ 2.940,00. 
Comentários: 
Vamos apurar o Custo das Mercadorias Vendidas, usando a fórmula: 
Estoque inicial + entrada – saídas = Estoque final 
Entradas: 
Dia 10: compras mercadorias 10.000 + frete 500 
Dia 30 – Devolução: (5.000) 
Total de entradas = 5.500 
12.000 + 5.500 – saídas = 14.560 
Resolvendo, temos saídas = CMV = $2.940 
Vendas = $7.000 – 30% devolução 
Vendas = $7.000 - $2.100 
Vendas = $4.900 
Vamos esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício: 
Vendas 4.900 
Custo Mercadoria Vendida - 2.940 
Lucro bruto 1.960 
Despesas administrativas - 160 
Lucro líquido 1.800 
 
Gabarito: B. 
 
03. (Exame de Suficiência/Técnico/2015/1) Uma sociedade Empresária apresenta os seguintes dados: 
 
Estoque inicial de Mercadorias R$ 100.000,00 
Custo das Mercadorias Vendidas R$ 250.000,00 
Compras de Mercadorias R$ 340.000,00 
Lucro Bruto R$ 140.000,00 
Com base nos dados informados, o valor da Receita com Vendas, desconsiderando os efeitos tributários, é 
de: 
 
A) R$ 330.000,00 
B) R$ 390.000,00 
C) R$ 580.000,00 
D) R$ 730.000,00 
 
Comentários: 
 
Receita com vendas ??? 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas -R$ 250.000,00 
 
5 
Estoques 
 = Lucro Bruto R$ 140.000,00 
Portanto, a Receita com Vendas é de 250.000 + 140.000 = 390.000 
Gabarito: B. 
 
04. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2013.2) Uma sociedade empresária realizou em junho de 2013 as 
seguintes operações: 
 
Aquisição de 100 unidades de mercadoria para revenda pelo valor total de R$2.500,00, neste valor incluídos 
R$500,00 referentes aos impostos recuperáveis. 
Revenda de 70 unidades por R$8.000,00, neste valor incluídos R$1.600,00 referentes aos impostos 
incidentes sobre as vendas. 
Considerando que não havia estoque inicial de mercadorias para revenda, o Lucro Bruto no mês de junho de 
2013 foi de: 
 
A) R$5.500,00. 
B) R$5.000,00. 
C) R$4.650,00. 
D) R$4.400,00 
 
Comentários: 
 
Devemos excluir os impostos recuperáveis do custo do estoque: 
 
Custo unitário: ($2.500 - $500) / 100 unid. = $20 por unidade. 
Agora, vamos esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): 
Receita Bruta 8.000 
Impostos sobre venda - 1.600 
Receita Líquida 6.400 
CMV (70 unidades x $20) - 1.400 
Lucro Bruto 5.000 
 
Gabarito: B. 
 
 
6 
Estoques 
4 Estoques Na Lei 6.404/76 
Os estoques, de modo geral, compreendem as mercadorias que a empresa possui para revenda, ou que está 
industrializando, matéria-prima, etc. Via de regra, são classificados no ativo circulante. Todavia, caso a 
intenção de realização seja de longo prazo, é plenamente aceitável a classificação no ativo não circulante 
realizável a longo prazo. 
 
Nos termos da Lei 6.404/76: 
 
 
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente podem ser reais ou pessoais. Os reais 
representam os bens (estoques de matérias-primas, produtos acabados, em elaboração). Os pessoais 
representam os direitos (clientes, adiantamentos a fornecedores, ICMS e recuperar). 
Essa realização a que a lei se refere se dá pelo consumo ou venda destes bens. 
 
Sobre o critério de avaliação, a lei das SA (Lei 6.404/76) estabelece o seguinte, sobre esse assunto: 
 
 
O que? Avaliação (Art. 183, II) 
Mercadorias 
Custo de aquisição ou 
produção 
 
(-) Ajuste ao valor de mercado, se 
for inferior 
Produtos do comércio 
Matérias-primas 
Produtos em fabricação 
Bens em almoxarifado 
 
 
 
7 
Estoques 
5 CPC (R1) - Estoques 
Vamos explicar a vocês os trechos mais importantes do Pronunciamento. Os quadros em azul são a 
literalidade do CPC. 
 
5.1 Objetivo 
A questão fundamental, portanto, é a avaliação dos estoques. O Pronunciamento fornece orientação sobre: 
1) A determinação do valor de custos dos estoques; 
2) Eventuais reduções ao valor realizável; e 
3) Orientações sobre o método e os critérios usados para atribuir custos aos estoques. 
4) E o seu subsequente reconhecimento como despesa em resultado. 
O item 4 pode causar uma certa estranheza. 
Como assim, “reconhecimento como despesa em resultado?” Não estamos tratando de estoques (e 
consequentemente custos)? 
Vale esclarecer esse conceito, emprestado da chamada contabilidade de custos. 
 
Esse conceito costuma provocar alguma confusão, e é explorado em provas. 
Vamos entender melhor. A compra do equipamento gera um gasto. Ao ser ativado (contabilizado no Ativo), 
torna-se investimento. Quando é utilizado na produção de outros bens e serviços, a sua depreciação torna-
se Custo. Durante o período em que o produto acabado fica estocado, temos investimento, novamente. E, 
ao ser vendido, surge uma Despesa. 
 
8 
Estoques 
 
Observação: o nome “Custo das Mercadorias Vendidas”, que aparece na DRE, é a 
denominação mais comum, mas não é a mais correta tecnicamente. 
Vamos ler mais um pouco do livro do Prof. Eliseu Martins: 
O computador da secretária do diretor financeiro, que fora transformada em investimento, tem uma parcela 
reconhecida como despesa (depreciação), sem transitar por custo. 
As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa característica de representar 
sacrifícios no processo de obtenção de receitas. 
Exemplo: No momento da sua aquisição, a matéria-prima é um gasto. Ao ser estocada, transforma-se em 
Investimento. Ao ser utilizada na produção, torna-se custo. Caso o produto acabado resultante volte ao 
estoque, volta a ser considerada investimento. Finalmente, transforma-se em despesa quando ocorre a 
venda do produto. 
 
6 Definições 
 
 
 
Um primeiro aspecto importante a norma fala em ou e não em e. Assim, basta atender-se um requisito para 
a classificação como estoque. Exemplifiquemos! 
Compra 
equip.(gasto)
Quando ativado 
(Invest)
Depreciação 
(custo)
Produto 
acabadoem 
estoque (invest)
Na venda 
(despesa)
Estoques são ativos
Mantidos para venda no 
curso normal dos 
negócios
Em processo de 
produção para venda
Forma de materiais ou 
suprimentos 
consumidos ou 
transformados
 
9 
Estoques 
1. Um supermercado comprou mercadorias de uma indústria para vender posteriormente. É 
considerado estoque? 
Sim, pois são mantidas para venda no curso normal dos negócios. 
2. Uma indústria compra matéria-prima, madeira, parafusos, tinta, e outros materiais, para a 
produção de estantes e posterior venda. É estoque? 
Sim, pois se trata de matéria-prima e materiais diversos que serão transformados em processo de produção. 
3. Determinado artesão mantém grão de cacau torrado para a posterior fabricação de chocolate 
amargo. É estoque? 
Sim, pois é matéria-prima em processo de produção para posterior venda. 
 
05. (FBC/Exame CFC/2017.1) De acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, estoques compreendem ativos 
mantidos para venda no curso normal dos negócios; em processo de produção para venda; ou na forma de 
materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação 
de serviços. 
Assinale a opção em que NÃO constam exemplos de Estoque. 
 
A) produtos acabados e produtos em processo de produção pela entidade. 
B) custos de mercadorias vendidas, veículos de uso e software de uso. 
C) matérias-primas e materiais que aguardam utilização no processo de produção, tais como embalagens e 
material de consumo. 
D) mercadorias compradas por um varejista para revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda. 
 
Comentários: 
 
De nossas alternativas, aquela que não contém estoques é a letra b. 
CMV representa o custo das mercadorias que foram vendidas e não mais estarão no estoques. 
Veículos de uso são classificados no ativo não circulante imobilizado. 
Softwares de uso são classificados no ativo não circulante intangível. 
Quanto aos terrenos da letra d, se forem para revenda, serão considerados também estoques. 
Gabarito: B. 
 
10 
Estoques 
 
Exemplo. Surge inesperadamente a Netflix. Temos na loja X um estoque de aparelhos de DVDs para venda, 
adquiridos por R$ 1.000,00, esperando-se (antes da nova tecnologia) vendê-los por R$ 1.500,00, mas cuja 
venda, agora, se dará por R$ 700,00. Nosso valor realizável líquido é de R$ 700. 
Já o valor justo é geralmente (mas não necessariamente) o valor de mercado. No nosso caso, se um 
consumidor fosse a diversas lojas à procura de DVDS e os encontrasse por um preço aproximado de R$ 
600,00, este seria o seu valor justo, posto que as partes são independentes e a transação não é compulsória. 
Todavia, a empresa X continuará vendendo os seus por R$ 700,00. Assim: 
O valor realizável líquido e o valor justo não são necessariamente coincidentes, embora também possam 
coincidir. 
 
Devemos entender como estoques: 
 
7 Mensuração De Estoque 
9. Os estoques objeto deste Pronunciamento deve ser mensurado pelo valor de custo 
ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. 
Esta é a regra básica de mensuração dos estoques, que anteriormente era chamada de: “custo ou mercado, 
dos dois o menor”. 
• Mercadorias para revenda;
• Terrenos e imóveis para revenda;
• Produtos acabados, matérias primas, produtos em processo, componentes, 
embalagens, material de consumo;
• Custos de serviços (prestador de serviços).
Estoques compreendem
 
11 
Estoques 
 
Lembramos que: 
 
Valor Realizável Líquido é o preço de venda deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos 
gastos estimados necessários para se concretizar a venda. 
 
Se uma mercadoria custou R$10.000,00 e pode ser vendida por valor superior, deve ficar registrada 
contabilmente pelo valor original (R$10.000,00). 
Mas, se o valor realizável líquido for de R$8.000,00, deverá ser feito um “Ajuste para perdas prováveis”. 
A contabilização do Ajuste é a seguinte: 
D – Despesa - ajuste para perdas prov. no estoque (resultado) 2.000,00 
C – Ajuste para perdas prováveis (retificadora do ativo) 2.000,00 
 
2000 2000
Desp - Perda Estoq. Ajuste - Perdas prov.
 
 
O estoque fica registrado assim: 
Estoque produtos acabados (Ativo) 10.000,00 
Ajuste para perdas prováveis (retificadora ativo) (2.000,00) 
10000 2000
Estoque - Prod. Aca. Ajuste - Perdas prov.
 
 
Valor contábil do estoque: $10.000,00 – $2. 000,00 = $8.000,00. 
06. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária apresentava, em 31.12.2016, as 
seguintes informações a respeito de seu estoque de mercadorias: 
 
 
Até 31.12.2016, não haviam sido registrados ajustes para redução ao valor realizável líquido ou ajustes a 
valor presente nos Estoques. Os tipos de mercadorias apresentados são avaliados separadamente. 
Estoque Menor entre
Custo
Valor Realizável 
Líquido
Tipo de 
Mercadoria 
Estoque Mensurado 
a Custo de 
Aquisição 
Preço de 
Venda 
Estimado 
Despesas Necessárias 
para Concretizar a 
Venda 
Tipo 1 R$10.000,00 R$16.000,00 R$4.000,00 
Tipo 2 R$22.000,00 R$20.000,00 R$5.000,00 
Tipo 3 R$16.000,00 R$24.000,00 R$6.000,00 
TOTAL R$48.000,00 R$60.000,00 R$15.000,00 
 
 
12 
Estoques 
Considerando-se apenas os dados informados e de acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, o saldo da 
conta de Estoques, em 31.12.2016, foi de: 
 
A) R$41.000,00. 
B) R$45.000,00. 
C) R$46.000,00. 
D) R$48.000,00. 
 
Comentários: 
 
Segundo a NBC TG 16 – Estoques, os devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável 
líquido, dos dois o menor. 
Portanto, para sabermos por qual valor os estoques serão apresentados no balanço precisamos encontrar o 
valor realizável líquido, que é a diferença entre o valor de venda e as despesas necessárias para concretizar a 
venda. 
 
Efetuados os ajustes, o valor dos estoques que será apresentado no Balanço Patrimonial será: 
R$ 10.000 + R$ 15.000 + R$ 16.000 = R$ 41.000,00 
Gabarito: A. 
 
07.(FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária comercializa equipamentos de 
informática. 
 
 Em 31.12.2016, apurou saldo da conta de Mercadorias para Revenda no valor de R$100.000,00, formado 
por 50 notebooks. Até então, o preço de venda praticado pela Sociedade Empresária era de R$3.000,00 a 
unidade. 
 Diante do encalhe do estoque desse modelo de notebook, a Sociedade Empresária realizou uma pesquisa 
de mercado e identificou que seus concorrentes estavam vendendo o mesmo notebook por R$1.500,00 a 
unidade e, imediatamente, reduziu seu preço de venda para esse valor. 
 Os vendedores da Sociedade Empresária recebem 10% de comissão sobre as vendas. 
 Na mesma data, o Fornecedor dos notebooks para a Sociedade Empresária foi consultado e informou que 
estava comercializando o mesmo modelo de notebook por R$800,00 cada um, no atacado. 
 Considerando-se apenas as informações apresentadas e de acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, a 
Sociedade Empresária apresenta valor contábil do Estoque, em 31.12.2016, de: 
 
A) R$40.000,00, pois deve-se reconhecer perda de R$60.000,00 devido ao valor praticado atualmente pelo 
fornecedor. 
B) R$67.500,00, pois deve-se reconhecer perda de R$32.500,00, considerando-se o valor realizável líquido. 
Tipo de 
Mercadoria 
Custo Preço de 
Venda 
Despesas de 
venda 
Valor 
Realizável 
Líquido 
Valor 
apresentado no 
Balanço 
Tipo 1 R$ 10.000,00 R$ 16.000,00 R$ 4.000,00 R$ 12.000,00 R$ 10.000,00 
Tipo 2 R$ 22.000,00 R$ 20.000,00 R$ 5.000,00 R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 
Tipo 3 R$ 16.000,00 R$ 24.000,00 R$ 6.000,00 R$ 18.000,00 R$ 16.000,00 
Total R$ 48.000,00 R$ 60.000,00 R$ 15.000,00 R$ 45.000,00 R$ 41.000,00 
 
 
13 
Estoques 
C) R$135.000,00, pois deve-se considerar o preço de venda atualmente praticado, líquido das comissões 
sobre vendas. 
D) R$100.000,00, pois deve-se considerar o custo de aquisição dos 50 notebooks praticado pelos 
fornecedores. 
 
Comentários: 
 
Vamos lá! O estoque em 31.12.2016 é de R$ 100.000, formado por 50 notebooks, o que dá umcusto de R$ 
2.000,00 por notebook. 
O preço de venda (valor realizável líquido) é de R$ 3.000,00 por unidade. 
Posteriormente, ela viu que não conseguiria vender por esse preço e reduziu para R$ 1.500,00. 
Assim, teremos de comparar: 
Custo R$ 2.000,00 
Valor realizável líquido R$ 1.500,00 – R$ 150 (comissão) = R$ 1.350,00 
E quanto ao valor de R$ 800? Esse valor não será considerado, pois é o valor que o fornecedor pratica. 
Assim, os estoques estarão avaliados por 50 x R$ 1.350,00 cada = 67.500,00, já que o valor realizável líquido 
é menor do que o custo. 
A perda reconhecida será de R$ 32.500,00. 
O estoque ficará assim: 
Custo 100.000,00 
(-) Ajuste (32.500,00) 
Valor contábil 67.500,00 
Gabarito: B. 
 
08. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) De acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, após o 
reconhecimento inicial, os Estoques devem ser mensurados pelo: 
 
A) custo de reposição futura ou preço bruto de venda, dos dois o maior. 
B) custo de reposição futura ou preço bruto de venda, dos dois o menor. 
C) valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o maior. 
D) valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. 
 
Comentários: 
 Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor 
realizável líquido, dos dois o menor. 
Gabarito: D. 
 
09. (FBC/Exame de Suficiência/2017.2) De acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, o Valor Realizável 
Líquido é um parâmetro para a mensuração subsequente desse grupo de ativos. 
O Valor Realizável Líquido de um estoque de Produtos em Elaboração é apurado pelo modelo apresentado a 
seguir: 
 
14 
Estoques 
 
Assinale a opção que contém a descrição CORRETA do componente da linha pontilhada, omitido no modelo 
apresentado. 
 
A) Custos de ociosidade. 
B) Custos de oportunidade. 
C) Custos estimados para reinvestimento. 
D) Custos estimados para sua conclusão. 
 
Comentários: 
 
Valor Realizável Líquido é o preço de venda deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos 
estimados necessários para se concretizar a venda. 
 
Gabarito: D. 
 
 
15 
Estoques 
 
10. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2013.1) De acordo com a NBC TG 16 - Estoques, o estoque de 
mercadorias deverá ser mensurado: 
 
A) pelo custo de aquisição ou custo corrente de reposição, dos dois o menor. 
B) pelo custo de aquisição ou preço de mercado, dos dois o maior. 
C) pelo custo de aquisição ou valor justo, dos dois o maior. 
D) pelo custo de aquisição ou valor realizável líquido, dos dois o menor. 
 
Comentários: 
 
 Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor 
realizável líquido, dos dois o menor. 
Gabarito: D. 
 
11. (FBC/Exame de Suficiência/2016.2) De acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, na determinação do 
Valor Realizável Líquido, o valor estimado das comissões da equipe de vendas necessárias para se 
concretizar a venda dos itens estocados deve ser tratado como: 
A) adição ao Custo. 
B) não relacionada ao Valor Realizável Líquido. 
C) redução do Custo. 
D) redução do Valor Realizável Líquido. 
 
Comentários: 
 
Valor Realizável Líquido é o preço de venda deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos 
estimados necessários para se concretizar a venda. 
Portanto, comissões sobre venda são redução do valor realizável líquido. 
Gabarito: D. 
 
 
16 
Estoques 
8 Custos Do Estoque 
10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de 
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua 
condição e localização atuais. 
Custo de aquisição → Todos os custos para trazer o estoque à condição e localização atuais 
8.1 Custos De Aquisição 
11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de 
importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os 
custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição 
de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e 
outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de 
aquisição. (NR) (Nova Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010) 
Custo do estoque inclui: 
Preço de compra 
Impostos de importação e outros tributos (exceto recuperáveis) 
Custo de transportes 
Seguro 
Manuseio 
Custos diretamente atribuíveis 
Não inclui 
Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, COFINS não cumulativos. 
Revenda: ICMS, PIS, COFINS não cumulativos) 
Descontos comerciais 
Abatimentos 
 
As devoluções, os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de aquisição. 
8.2 Descontos Comerciais Ou Incondicionais 
São aqueles que são negociados no momento da compra, sem nenhuma condição. 
Exemplo: determinada mercadoria custa 100 reais a unidades, mas, na negociação, acaba saindo por 95 
reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto deve ser 
deduzido do custo do produto. Além disso, quando constar na nota fiscal, o desconto incondicional é abatido 
da base de cálculo do ICMS, do PIS/COFINS e do IPI. 
8.3 Abatimento 
O abatimento ocorre num momento posterior à compra. 
Por exemplo, uma loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, 
a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor pode conceder um abatimento para que a 
mercadoria não seja devolvida. Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é 
 
17 
Estoques 
emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais (sem considerar 
impostos ou outros custos). 
8.4 Tributos Recuperáveis 
São os tributos não cumulativos, ou seja, a empresa pode se creditar (no sentido jurídico) do imposto 
cobrado nas operações anteriores. Compreendem o IPI, o ICMS, o PIS e o COFINS. 
8.4.1 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados 
É um imposto “por fora”, o que significa que não está incluído no preço do produto. Portanto, deve ser 
acrescentado ao preço. Normalmente, a questão informa qual a alíquota que deve ser considerada ou o 
valor do IPI. Então, portanto, a questão vai dizer: o preço de venda foi R$ 100,00 e o IPI tem alíquota de 10%. 
O total será de R$ 110,00, correspondente ao preço da mercadoria + IPI, que é por fora. 
8.4.2 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
É um imposto “por dentro”, ou seja, já está incluso no preço da mercadoria ou produto. Possui várias 
alíquotas, sendo que normalmente a questão informa qual deve ser utilizada. 
8.4.3 PIS – Programa de Integração Social 
É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são: 
Cumulativa: 0,65 % 
Não-cumulativa: 1,65 % 
8.4.4 COFINS – Contribuição para a Seguridade Social 
É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são: 
Cumulativa: 3,0 % 
Não-cumulativa: 7,6 % 
Quadro Resumo dos Tributos
 
 
18 
Estoques 
8.5 Imposto Por Dentro E Por Fora 
Normalmente, as questões informam o preço da mercadoria ou o preço da compra. O preço inclui o ICMS 
(imposto por dentro), mas não inclui o IPI (imposto por fora). 
Exemplo: A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, ao preço de R$ 1.000 reais, com incidência de ICMS 
de 18% e IPI de 10%. Indique a contabilização. 
Cálculo do imposto: 
IPI: 1.000 x 10% = 100. 
Como o IPI não está incluído no preço deve ser somado. 
Valor da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 = $ 1.100 
ICMS: 1.000 x 18% = 180 
Contabilização (considerando que os dois impostos são recuperáveis): 
D – Estoque matéria prima 820 
D – ICMS a recuperar 180 
D – IPI a recuperar 100 
C – Fornecedores 1.100 
820 180 100
1100
Estoque de MP ICMS a recuperar IPI a recuperar
Fornecedores
 
Já mencionamos queo preço da mercadoria inclui o ICMS, mas não o IPI. Mas devemos atentar para a 
seguinte “pegadinha”: se a questão mencionar o “valor da nota fiscal” ou o “valor pago”, este já inclui o IPI. 
 
Explicando melhor: 
1) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria ao preço total de R$ 1.000, com ICMS 
de 18% e IPI de 10%. 
Qual foi o valor total da Nota fiscal? 
O preço inclui o ICMS (que é "por dentro") e não inclui o IPI ("por fora"). Assim, o total da NF será: 1.000 + 
10% de IPI = R$ 1.100,00 
2) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria pagando o total de 1.000,00, com ICMS 
de 18% e IPI de 10%. 
Qual foi o valor total da Nota fiscal? 
Inclui o ICMS e e não inclui o IPI
• Preço da mercadoria, preço da compra
Incluiu o ICMS e o IPI
• Valor da nota fiscal, valor pago
 
19 
Estoques 
Se o comprador pagou R$ 1.000,00, este é o valor total da NF, já com 10% de IPI incluso. 
Vamos ver, agora, como fica a contabilização do ICMS. 
Hora de Praticar! 
A empresa KLS comprou mercadorias, no valor de R$ 10.000,00, as quais foram revendidas por R$ 15.000. 
Nas operações de compra e venda, incidiu ICMS à alíquota de 18%. As operações foram realizadas a vista. 
Efetue a contabilização das operações, determine o valor do ICMS a Recolher e apure o lucro bruto. 
Comentários: 
ICMS sobre as compras: 10.000 x 18% = 1.800 
ICMS sobre as vendas: 15.000 x 18% = 2.700 
Contabilização da compra da mercadoria: 
D – Estoque (Ativo) 8.200 
D – ICMS a recuperar (Ativo) 1.800 
C – Caixa/bancos (Ativo) 10.000 
8200 1800 10000
Estoques ICMS a recuperar Caixa
 
Contabilização da venda: 
Baixa do estoque: 
D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 8.200 
C – Estoque (Ativo) 8.200 
8200 8200 1800 10000
8200
Estoques ICMS a recuperar Caixa
CMV
 
Reconhecimento da Receita: 
D – Caixa/bancos(Ativo) 15.000 
C – Receita de Vendas (Resultado) 15.000 
8200 8200 1800 15000 10000
8200 15000
Estoques ICMS a recuperar Caixa
CMV Receita de Vendas
 
Contabilização do ICMS sobre as vendas: 
D – Despesa com ICMS (Resultado) 2.700 
 
20 
Estoques 
C – ICMS a Recolher (Passivo) 2.700 
8200 8200 1800 15000 10000
8200 15000 2700
2700
ICMS sobre vendas
Estoques ICMS a recuperar Caixa
CMV Receita de Vendas
ICMS a recolher
 
Cálculo do ICMS a recolher: 
Devemos confrontar o saldo das duas contas de ICMS (a recuperar x a recolher). Se a conta ICMS a recuperar 
for maior, o saldo passa para o próximo mês. Se a conta ICMS a recolher for maior, a empresa deve recolher 
a diferença entre as contas. Para isso, vamos transferir o saldo do ativo (ICMS a recuperar) para o passivo 
(ICMS a recolher). 
D – ICMS a recolher (passivo) 1.800 
C – ICMS a recuperar (Ativo) 1.800 
Após esse lançamento, a conta ICMS a recuperar fica com saldo zero, e a conta ICMS a Recolher fica com 
saldo de $2.700 - $1.800 = $900. 
Pelo recolhimento: 
D – ICMS a Recolher 900 
C – Caixa/bancos 900 
8200 8200 1800 1800 15000 10000
900
8200 15000 2700
1800 2700
900
ICMS sobre vendas
Estoques ICMS a recuperar Caixa
CMV Receita de Vendas
ICMS a recolher
 
Repare que a empresa recolheu ICMS apenas sobre a diferença entre o preço de compra e o preço de venda. 
Esse é o mecanismo da não-cumulatividade. O imposto destacado nas operações anteriores é abatido do 
valor a recolher. 
Demonstração do Resultado do Exercício 
Receita de vendas bruta 15.000 
(-) ICMS sobre vendas (2.700) 
 
21 
Estoques 
Receita líquida 12.300 
(-) CMV (8.200) 
Lucro Bruto 4.100 
8.6 Compra De Matéria Prima 
 
A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, 
PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. 
Determine a contabilização. 
 
IPI (100.000 x 10%) 10.000 
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 
ICMS (100.000 x 18%) 18.000 
PIS (100.000 x 1,65%) 1.650 
COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600 
 
Observação: Usaremos sempre esse formato de cálculo. A partir do preço da mercadoria (segunda linha na 
tabela), o IPI irá aumentar o valor da nota fiscal (é “por fora”, lembra?). Por isso, colocamos o cálculo do IPI 
acima do preço da mercadoria. Já o ICMS, o PIS e a COFINS estão “dentro” do preço da mercadoria, assim 
não afetam o valor total da nota fiscal. 
Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000 
Nesse caso, por se tratar de matéria-prima, portanto, destinada à produção, o IPI é recuperável. 
 O valor do estoque é: 
110.000 – 10.000(IPI) – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750 
Assim, a contabilização é a seguinte: 
D – Estoque 72.750 
D – IPI a recuperar 10.000 
D – ICMS a recuperar 18.000 
D – PIS a recuperar 1.650 
D – COFINS a recuperar 7.600 
C – Fornecedores 110.000 
8.7 Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Indústria) 
A empresa KLS adquiriu mercadoria a prazo, diretamente do fabricante, com preço de $ 100.000,00, com IPI 
de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. 
Determine a contabilização. 
Neste caso, o IPI não é recuperável. Vejam. Estamos comprando mercadoria de uma indústria para revender. 
Como se trata de mercadoria destinada à comercialização, o IPI não entra na base de cálculo do ICMS. 
Mas, como será incorporado ao custo do estoque, o IPI entra na base de cálculo do PIS e do COFINS. 
Chamamos a atenção para esse caso, em particular. A base de cálculo do ICMS será diferente da base de 
cálculo do PIS e COFINS. 
 
22 
Estoques 
 
Vamos aos cálculos: 
IPI (100.000 x 10%) 10.000 
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 
ICMS (100.000 x 18%) 18.000 
PIS (110.000 x 1,65%) 1.815 
COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360 
 
Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000 
Nesse caso, o IPI não é recuperável. O ICMS e o PIS/COFINS sim. 
O valor do estoque é: 110.000 – 18.000 – 1.815 -8.360 = 81.825 
Assim, a contabilização é a seguinte: 
D – Estoque 81.825 
D – ICMS a recuperar 18.000 
D – PIS a recuperar 1.815 
D – COFINS a recuperar 8.360 
C – Fornecedores 110.000 
8.8 Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Empresa 
Comercial) 
A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, de uma empresa comercial, com preço de R$ 100.000,00, ICMS 
de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. 
Determine a contabilização. 
Este é o caso mais fácil, por isso deixamos para o final. Como a empresa vendedora é uma empresa 
comercial, não há IPI. Os cálculos ficam assim: 
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 
ICMS (100.000 x 18%) 18.000 
PIS (100.000 x 1,65%) 1.650 
COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600 
Compra de Mercadoria 
para Revenda
IPI não é recuperável
IPI não entra 
na BC do ICMS
IPI entra na BC do 
PIS/COFINS
Comprada de Industrial
 
23 
Estoques 
 
Valor da Nota Fiscal: 100.000 
Nesse caso, não há IPI. O valor do estoque é: 100.000 – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750 
Assim, a contabilização é a seguinte: 
D – Estoque 72.750 
D – ICMS a recuperar 18.000 
D – PIS a recuperar 1.650 
D – COFINS a recuperar 7.600 
C – Fornecedores 100.000 
8.9 Quadro Resumo – Tributos 
Destinação ICMS IPI IPI na BC do ICMS
Industrialização Recupera Recupera Não
Comercialização Recupera Não recupera Não
Consumo Não recupera Não recupera Sim 
12. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária iniciou suas atividades em janeiro de 
2017. Nesse mês, realizou as seguintes transações: 
 
- Aquisição de mercadorias por R$20.000,00. Neste valor está incluído Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços – ICMS recuperável, no valor de R$3.400,00. 
- Venda, por R$25.000,00, de 50% das mercadorias adquiridas. Sobre a receita obtida na operação, há 
incidência apenas do ICMS na alíquota de 12%. 
Considerando-se que essasforam as únicas transações efetuadas no mês, após o registro contábil de 
apuração do ICMS, a Sociedade Empresária apresentará: 
 
A) um saldo de ICMS a Recuperar no valor de R$400,00. 
B) um saldo de ICMS a Recolher no valor de R$1.300,00. 
C) um saldo de ICMS a Recolher no valor de R$3.000,00. 
D) um saldo de ICMS a Recuperar no valor de R$3.400,00. 
 
Comentários: 
 
Vamos efetuar a contabilização das operações: 
- Aquisição de mercadorias por R$20.000,00. Neste valor está incluído Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços – ICMS recuperável, no valor de R$3.400,00. 
D – Estoques R$ 16.600,00 
D – ICMS a recuperar R$ 3.400,00 
C – Fornecedores R$ 20.000,00 
- Venda, por R$25.000,00, de 50% das mercadorias adquiridas. Sobre a receita obtida na operação, há 
incidência apenas do ICMS na alíquota de 12%. 
Receita de Vendas 
 
24 
Estoques 
D – Clientes 
C – Receita de Vendas R$ 25.000,00 
Tributos sobre a venda 
D – ICMS sobre vendas 
C – ICMS a recolher R$ 3.000,00 
Baixa do Estoque 
D – CMV 
C – Estoque R$ 8.300,00 
Ao final do período, vamos confrontar o valor do ICMS a recuperar com o ICMS a recolher: 
ICMS a recuperar R$ 3.400,00 
ICMS a recolher R$ 3.000,00 
O valor do ICMS a recuperar é maior, portanto, no balanço patrimonial será evidenciado um saldo de 3.400 – 
3.000 = R$ 400,00 de ICMS a recuperar. 
Gabarito: A. 
 
13. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2) Uma Sociedade Empresária adquiriu, a prazo, mercadorias para 
revenda pelo valor total de R$25.000,00. Nesse valor, estão incluídos R$4.250,00 relativos a ICMS 
Recuperável. 
O transporte das mercadorias, no valor de R$2.000,00, foi pago pela empresa vendedora, sem reembolso 
pela adquirente. 
A Sociedade Empresária apura PIS e Cofins pelo Regime de Incidência Não Cumulativo. 
Considerando-se o disposto na NBC TG 16 (R1) – Estoques, e que as alíquotas a serem utilizadas para cálculo 
do valor recuperável de PIS e Cofins no Regime de Incidência Não Cumulativo são, respectivamente, 1,65% e 
7,6%, o Custo de Aquisição das mercadorias é de: 
 
A) R$18.437,50. 
B) R$18.830,62. 
C) R$20.437,50. 
D) R$20.830,62. 
 
Comentários: 
 
 
 
Como o transporte não teve custo algum para o comprador, não integrará o custo dos produtos. 
 
Gabarito: A. 
Valor de compra 25.000,00R$ 
(-) ICMS Recuperável 4.250,00-R$ 
(-) PIS 1,65% 412,50-R$ 
(-) COFINS 7,6% 1.900,00-R$ 
Compras líquidas 18.437,50R$ 
Apuração do custo de compra
 
25 
Estoques 
 
14. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2) Em 15.8.2016, uma Sociedade Empresária comprou mercadorias 
para revenda, no valor de R$156.000,00, para pagamento em 31.8.2016. No valor de R$156.000,00, está 
incluído o ICMS recuperável calculado à alíquota de 17%. 
 
A empresa adota o Regime de Incidência Cumulativo de PIS e Cofins, com as alíquotas de 0,65% e 3%, 
respectivamente. 
Considerando-se as informações apresentadas, assinale a opção que apresenta o lançamento contábil 
CORRETO dessa operação. 
A) Débito: Mercadorias para Revenda – Estoques R$129.480,00 
Débito: ICMS a Recuperar R$26.520,00 
Crédito: Fornecedores Nacionais R$156.000,00 
B) Débito: Mercadorias para Revenda – Estoques R$150.306,00 
Débito: PIS a Recuperar R$1.014,00 
Débito: Cofins a Recuperar R$4.680,00 
Crédito: Fornecedores Nacionais R$156.000,00 
C) Débito: Mercadorias para Revenda – Estoques R$128.466,00 
Débito: PIS a Recuperar R$1.014,00 
Débito: ICMS a Recuperar R$26.520,00 
Crédito: Fornecedores Nacionais R$156.000,00 
D) Débito: Mercadorias para Revenda – Estoques R$123.786,00 
Débito: PIS a Recuperar R$1.014,00 
Débito: Cofins a Recuperar R$4.680,00 
Débito: ICMS a Recuperar R$26.520,00 
Crédito: Fornecedores Nacionais R$156.000,00 
 
Comentários: 
 
Memória de cálculo: 
Mercadoria para revenda 156.000,00 
(-) ICMS a recuperar (26.520,00) 
Compras líquidas 129.480,00 
Os PIS e COFINS vão integrar o custo da mercadoria, uma vez que são cumulativos. Dizer que um tributo é 
cumulativo, implica dizer que ele não é recuperável, ou seja, que a empresa não poderá compensar o que 
for devido na saída com aquilo que ela pagou na entrada. 
O lançamento, portanto, será o seguinte: 
Débito: Mercadorias para Revenda – Estoques R$129.480,00 
Débito: ICMS a Recuperar R$26.520,00 
Crédito: Fornecedores Nacionais R$156.000,00 
Gabarito: A. 
 
26 
Estoques 
 
15. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2015.2) Uma Sociedade Empresária importou mercadoria por um 
valor equivalente a R$21.400,00. Foram gastos mais R$2.421,00 com seguro e tarifas aduaneiras. Além dos 
valores citados, a Sociedade Empresária incorreu nos seguintes tributos, dos quais apenas o Imposto de 
Importação não é recuperável: 
 
Tributo Valor 
Imposto de Importação R$ 8.337,35 
ICMS R$ 7.595,12 
PIS R$ 393,05 
Cofins R$ 2.048,61 
Total dos Tributos R$ 18.374,13 
Considerando-se os dados informados, o custo de aquisição das mercadorias é igual a: 
 
A) R$29.737,35. 
B) R$31.416,12. 
C) R$32.158,35. 
D) R$42.195,13. 
 
Comentários: 
 
A questão informa que apenas o Imposto de Importação não é recuperável. Assim, o custo de aquisição das 
mercadorias é o seguinte: 
Mercadoria R$ 21.400,00 
Seguros e tarifas aduaneira R$ 2.421,00 
Imposto de Importação R$ 8.337,35 
Custo das Mercadorias R$ 32.158,35 
Gabarito: C. 
 
16. (Exame de Suficiência/Técnico/2014/1) Uma indústria comprou matérias-primas no valor de 
R$35.000,00. No total da nota fiscal de R$36.750,00, estavam embutidos os seguintes impostos recuperáveis 
perante o fisco: 
- IPI R$1.750,00 
- ICMS R$6.300,00 
- PIS R$577,50 
- COFINS R$2.660,00 
 
O valor do custo de aquisição que deve ser contabilizado no estoque de matéria-prima é de: 
 
A) R$25.462,50. 
B) R$28.700,00. 
C) R$35.000,00. 
D) R$36.750,00. 
 
27 
Estoques 
Comentários: 
 
Uma vez que a empresa é industrial, o IPI, ICMS, PIS e COFINS serão todos recuperáveis. Ficará: 
36.750 – 1.750 – 6.300 – 577,50 – 2.660 = 25.462,50. 
 
Gabarito: A. 
 
17. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2017.2) Uma Sociedade Empresária, com um único estabelecimento, 
apresentou um saldo final de R$1.200,00 de ICMS a Recuperar, em julho de 2017. 
 
Em agosto de 2017, realizou as seguintes transações: 
- Aquisição de mercadorias por R$80.000,00. Neste valor está incluído Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços – ICMS recuperável no valor de R$9.600,00. 
- Devolução de 10% das mercadorias adquiridas no mês de agosto de 2017. 
- Venda, por R$50.000,00, de 50% das mercadorias adquiridas. Sobre o valor da venda, incide ICMS à 
alíquotade 12%. 
Considerando-se que estas foram as únicas transações efetuadas no mês, após o registro contábil de 
apuração do ICMS, em 31.8.2017, a Sociedade Empresária apresentará um saldo de ICMS a Recuperar no 
valor de: 
 
A) R$3.600,00. 
B) R$3.840,00. 
C) R$4.800,00. 
D) R$5.760,00. 
 
Comentários: 
 
Vamos calcular: 
Compra com ICMS recuperável de $9.600 e devolução de 10%: 
Compra – devolução: 9.600 – 960 = 8.640. 
Venda: $50.000 x 12% = $ 6.000 
ICMS a recuperar 1.200 
Compra – devolução 8.640 
Total a recuperar 9.840 
Venda -6.000 
ICMS a recuperar final 3.840 
Gabarito: B 
8.10 Perda Normais X Perdas Anormais 
As perdas normais são incluídas no custo da produção. 
E as perdas excepcionais são contabilizadas diretamente como despesa do período. 
 
28 
Estoques 
 
As perdas que ocorrem na produção seguem essa regra que já mencionamos acima: as perdas normais 
fazem parte do custo da produção e as perdas anormais (excepcionais) devem ir diretamente para o 
resultado do exercício. 
E quanto à perda do produto acabado? 
Bem, no caso de produto acabado, não precisamos nos preocupar se a perda foi “normal” ou “excepcional”. 
Todas as perdas de produto acabado vão diretamente para o resultado do exercício. Não devem impactar o 
custo do produto. 
 
9 Produção Conjunta E Custos Conjuntos 
14. Um processo de produção pode resultar em mais de um produto fabricado 
simultaneamente. Este é, por exemplo, o caso quando se fabricam produtos em 
conjunto ou quando há um produto principal e um ou mais subprodutos. Quando os 
custos de transformação de cada produto não são separadamente identificáveis, eles 
devem ser atribuídos aos produtos em base racional e consistente. Essa alocação pode 
ser baseada, por exemplo, no valor relativo da receita de venda de cada produto, seja 
na fase do processo de produção em que os produtos se tornam separadamente 
identificáveis, seja no final da produção, conforme o caso. A maior parte dos 
subprodutos, em razão de sua natureza, geralmente é imaterial. Quando for esse 
ocaso, eles são muitas vezes mensurados pelo valor realizável líquido e este valor é 
deduzido do custo do produto principal. Como resultado, o valor contábi l do produto 
principal não deve ser materialmente diferente do seu custo. 
A Produção Conjunta ocorre quando diversos produtos resultam da mesma matéria prima. 
Por exemplo, produção de gasolina, querosene, diesel, emulsão asfáltica, etc, a partir do petróleo; após o 
abate de um boi, há diversos tipos de carne; o esmagamento da soja gera óleo e farelo. Ou seja, do mesmo 
material surgem diversos produtos conjuntos, normalmente classificados em coprodutos e subprodutos. 
A produção conjunta é mais comum no caso da produção contínua, mas também pode ocorrer na 
produção por ordem. 
9.1 Produção por ordem: 
Ocorre quando a empresa produz atendendo a encomendas dos 
clientes ou, então, produz também para venda posterior, mas de 
acordo com determinações internas especiais, não de forma 
Perdas na 
produção
Normais
Custo da 
produção
"Anormais" ou 
"Excepcionais"
Resultado do 
Exercício 
(despesa)
Perda de 
produto 
acabado
Normal ou 
excepcional
Resultado do 
exercício
 
29 
Estoques 
contínua. Exemplo: Indústrias pesadas, fabricantes de equipamentos especiais, algumas indústrias de 
móveis, empresas de construção civil, gráficas (quando produz especificamente para determinado cliente). 
9.2 Produção Contínua 
Ocorre quando a empresa fabrica produtos iguais de forma contínua. 
Exemplo: Produção de refrigerantes, sabão em pó, margarina, etc. 
 
10 Coproduto, Subprodutos e Sucatas 
Coprodutos são os próprios produtos principais, só que assim chamados porque 
nascidos de uma mesma matéria-prima. São os que substancialmente respondem pelo 
faturamento da empresa. 
 
Subprodutos são aqueles itens que, nascendo de forma normal durante o processo de 
produção, possuem mercado de venda relativamente estável, tanto no que diz 
respeito à existência de compradores como quanto ao preço. São itens que têm 
comercialização tão normal quanto os produtos da empresa, mas que representam 
porção ínfima do faturamento total. 
Devido a essa característica de pequena participação nas receitas da empresa e também ao fato de se 
originarem de desperdícios, deixam de ser considerados produtos propriamente ditos. Se o fossem, 
precisariam receber uma parcela dos custos da produção. Mas isso pode provocar até situações ridículas, 
como a de custearmos aparas, limalhas, serragens, etc. Torna-se então preferível a adoção do critério de 
nada lhes ser atribuído. 
Sucatas são aqueles itens cuja venda é esporádica e realizada por valor não previsível 
na data em que surgem na produção. Por isso, não recebem custos e não aparecem 
como estoque na empresa, mesmo que existam em quantidade razoável. 
10.1 Tratamento Contábil 
Coprodutos: são considerados como qualquer outro produto da empresa, recebem custos, ficam no 
estoque, etc. 
Subprodutos: Não recebem custos. A receita originária da sua venda é considerada uma redução do custo 
do período. 
Sucatas: Não recebem custos e não são contabilizados como estoque. Quando ocorrer a venda, têm sua 
receita considerada como “Outras Receitas Operacionais”. 
Exemplo: Vamos supor que os custos de produção de um determinado período foram de $10.000, com o 
aparecimento de subprodutos que irão gerar $800 de receita. 
 
30 
Estoques 
Pela contabilização do subproduto; 
D – Estoque de subprodutos 800 
C – Custos de Produção 800 
Assim, os custos de produção diminuem para $ 9.200. Quando o estoque de subprodutos for vendido, a 
contabilização será: 
D – Caixa 800 
C – Estoque de subprodutos 800 
Só irá afetar o resultado se o subproduto for vendido por um preço diferente do estimado. Os subprodutos 
devem ser avaliados pela receita líquida de vendas, ou seja, preço de venda deduzido das despesas 
necessárias para efetuar a venda. 
 
 
10.2 Outros Custos 
 
 
 
 
P
ro
d
u
çã
o
 c
o
n
ju
n
ta
Coproduto Produtos principais
Recebe custo, ficam no 
estoque, etc
Subproduto
Mercado de venda 
relativamente estável
Não recebe custo. Receita é 
redução do custo
Sucata
Venda esporádica, por valor 
não previsível
Não recebe custo, não vai 
pra estoque. Receita = 
Outras receitas operacionais
 
31 
Estoques 
ITENS NÃO INCLUÍDOS NOS CUSTOS DOS ESTOQUES 
Perdas anormais 
Gastos com armazenamento (exceto necessário processo produtivo) 
Despesas administrativas 
Despesas de comercialização, de venda, entrega de bens e serviços 
 
A regra geral determina que devem ser incluídos nos custos dos estoques os todos os gastos incorridos 
para deixar os estoques prontos para utilização. 
Com relação ao item 16 acima, os seguintes gastos não devem ser incluídos nos custos dos estoques (são 
contabilizados como despesa do período): 
A) valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra ou outros insumos de produção. 
Já mencionamos acima, mas não custa recordar: 
Perdas normais no processo de produção: são consideradas parte do custo dos produtos. 
Perdas anormais ou excepcionais: vão diretamente para o resultado do período. 
(b) gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre uma e outra 
fase de produção. 
Com relação à armazenagem, ocorre a seguinte distinção: quando a empresa compra matéria prima, pode 
ser necessário armazená-la por algum tempo, antes de utilizá-la na produção. Tais gastos com armazenagem 
são incluídos no custo da produção. 
Mas, quando uma empresa adquire mercadoria, os gastos com armazenagem são considerados despesas. 
Pois a mercadoria já está pronta, já foi produzida. 
Lembra-se da regra geral? 
 
Todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de uso 
(equipamentos, matérias-primas, ferramentas, etc) ou em condições de venda 
(mercadoria, etc) incorporam o valor desse mesmo ativo. (Eliseu Martins, op.cit.) 
As mercadorias adquiridasjá estão em condição de venda, quando chegam à empresa. O tempo de 
estocagem não ocorre para colocá-las em condições de venda. Portanto, tais gastos vão para a despesa. 
 
(c) despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais. 
São os gastos que normalmente classificamos como despesas (de vendas, administrativas, financeiras, e 
outras) 
(d) despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes. 
Podemos exemplificar esse ponto com os fretes. Já mencionamos que o frete integra o custo da matéria 
prima. 
ARMAZENAGEM
Matéria - Prima CUSTOS
Mercadoria ou 
Produto Acabado
DESPESA
 
32 
Estoques 
Mas vale ressaltar o seguinte ponto: o frete sobre as vendas da empresa (ou seja, o valor gasto para enviar 
os produtos acabados aos clientes) deve ser tratado como despesa. 
 
11 Estoques Financiados 
18. A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento a prazo. A 
negociação pode efetivamente conter um elemento de financiamento, como, por 
exemplo, uma diferença entre o preço de aquisição em condição normal de 
pagamento e o valor pago; essa diferença deve ser reconhecida como despesa de 
juros durante o período do financiamento. 
Portanto, os estoques são reconhecidos em geral pelo preço à vista. A diferença entre o preço à vista e o 
valor pago deve ser lançado como despesa financeira de acordo com o regime de competência. 
Vamos supor que uma empresa possa comprar estoques à vista, por 100.000,00, ou a prazo, por 110.000,00. 
Nesse caso, o preço a prazo inclui o que o pronunciamento chamou de um elemento de financiamento: os 
juros cobrados na venda à prazo. 
Teoricamente, todo o valor acrescido deve ser reconhecido (contabilizado) como despesa de juros durante o 
período, sem aumentar o custo do estoque. Vamos dizer que o prazo seja de um mês. 
A contabilização seria a seguinte: 
Compra à vista (desconsiderando quaisquer impostos, para fins didáticos): 
D – Estoques (ativo) 100.000 
C – Caixa/bancos (ativo) 100.000 
100000 100000
Estoques Caixas
 
Na compra a prazo: Ao invés de contabilizar o estoque pelo valor total, como é o procedimento normal, o 
correto é o seguinte: 
D – Estoque (Ativo) 100.000 
D – Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000 
C – Fornecedores (Passivo) 110.000 
100000 10000 110000
Estoques Juros a apropriar Fornecedores
 
Passado um mês, teríamos: 
D – Despesa financeira (resultado) 10.000 
FRETE
COMPRAS
CUSTO DO 
ESTOQUE
VENDAS DESPESA
 
33 
Estoques 
D – Fornecedores (Passivo) 110.000 
C - Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000 
C – Caixa/bancos (ativo) 110.000 
100000 10000 10000 110000 110000
10000 110000
Estoques Juros a apropriar Fornecedores
Despesa financeira Caixa
 
Você está achando a contabilização acima familiar? Trata-se do Ajuste a Valor Presente. 
Na nossa legislação, devemos efetuar o ajuste a valor presente para as operações de longo prazo, e para as 
de curto prazo quando forem relevantes. 
Confira a Lei das S.A.s: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
 
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados 
a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído 
pela Lei nº 11.638, de 2007) 
 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os 
seguintes critérios: 
 
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante 
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver 
efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
Elementos Período AVP? 
Ativo Não circulante Ajustados a valor presente 
Circulante Se houver efeito relevante 
Passivo Não circulante Ajustados a valor presente 
Circulante Se houver efeito relevante 
 
A contabilização acima (no prazo de um mês) foi demonstrada apenas como exemplo. Só poderia ser 
ajustada a valor presente se houvesse efeito relevante. Do contrário, apenas os elementos de longo prazo 
sofrem o ajuste a valor presente, conforme determina a legislação. 
12 Custo Do Produto Agrícola Colhido Proveniente De Ativo Biológico 
 
 
 
34 
Estoques 
Os produtos agrícolas são as commodities, que a Lei 6404/76 chama de “mercadorias fungíveis”. 
Mercadorias Fungíveis: Vamos examinar a avaliação de mais um tipo de estoque. 
Conforme a Lei 6404/76: 
 
As mercadorias fungíveis são as commodities, ou seja, soja, suco de laranja, café, etc. 
As commodities possuem cotação na bolsa de mercadoria. Portanto, normalmente ficam registradas na 
contabilidade pela cotação da bolsa. 
Se uma empresa possui um estoque de, digamos, cem toneladas de soja, ela conseguirá vender esse estoque 
pela cotação atual da soja na bolsa de mercadorias. 
Repare que isso tira a necessidade de negociação. E esta é a diferença entre as mercadorias fungíveis e as 
outras mercadorias. 
Vamos examinar os outros produtos. Uma determinada empresa pode usar aço, borracha, tinta e outras 
matérias primas que custaram 10.000 e construir um carro que será vendido por 20.000. 
Depois de construído, o carro continua avaliado na contabilidade ao preço de custo de 10.000. 
E porque não podemos avaliar o carro em estoque pelo seu preço de venda, no caso, de 20.000? Afinal, a 
empresa já finalizou o esforço de fabricação do produto. 
Mas falta uma parte essencial, que é a validação do mercado. Se a empresa conseguir vender o carro por 
20.000, irá reconhecer uma receita de venda e um lucro, pois o mercado aceitou esse preço. 
Mas se ninguém quiser comprar o carro por 20.000, será necessário negociar e eventualmente diminuir o 
preço. 
Assim, por prudência, o carro, apesar de já construído, fica registrado pelo custo, até que o mercado aceite o 
preço estabelecido pela empresa. 
Com as commodities, não há necessidade de negociação. O preço já está estabelecido pela cotação em 
bolsa. 
Mas devemos examinar um último ponto. 
A Lei 6404/76 diz: Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor 
de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil. 
Texto do Pronunciamento CPC 16: 
 
 
 
35 
Estoques 
Afinal, qual é o correto? O “valor de mercado” da lei 6404/76 ou o “valor justo deduzido dos gastos 
estimados” do CPC? 
Prezados, quando a Lei 6404/76 foi elaborada, nos idos de 1976, a denominação usada era “valor de 
mercado”. 
Com o tempo, os conceitos evoluíram. Atualmente, é chamado de “valor justo”, conforme o CPC elaborado 
em 2008. Nesse caso, podemos considerar como sinônimo. 
Para questão de prova: 
- Se a questão mencionar a lei 6404/76 Valor de mercado. 
- Se mencionar os CPC ou as normas brasileiras de contabilidade valor justo deduzido das despesas de 
venda. 
13 Critérios De Valoração De Estoque 
Texto do Pronunciamento 16: 
 
O custo específico deve ser usado para itens identificados, ou para itens separados para um projeto 
específico. Podemos exemplificar da seguinte forma: 
Suponha que uma agência de automóveis possua 10 unidades de um determinado modelo em estoque. Três 
foram comprados há 6 meses, por R$ 20.000,00. Seis foram comprados na última semana, por R$ 22.000,00. 
O último é um carro usado, que foi aceito como parte de pagamento de um veículo novo, pelo custo de R$ 
12.000,00. 
A empresa realiza a venda de quatro veículos: um que foi comprado há 6 meses, dois comprados na última 
semana e o veículo usado. 
Nesse caso, a empresa pode atribuir o custo específico de cada carro vendido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
Estoques 
 
Se não puder ser atribuído o custo específico, deve ser usado o PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) ou o 
custo médio ponderado. 
Dificilmente as mercadorias são compradas pelo mesmo preço. Surge, assim, a necessidade de atribuir preço 
ao estoque queestá sendo vendido. 
Vamos supor que determinada empresa, tendo iniciado o ano com estoque zero, efetuou duas compras do 
produto X: a primeira de 10 unidades, com custo unitário de $10, e a segunda de 20 unidades, com custo 
unitário de $12. 
Em seguida, a empresa efetuou a venda de 15 unidades do produto X, por 20 reais a unidade. Vamos ver 
como fica o resultado e o estoque final, usando cada um dos métodos acima. 
18. (Consulplan/Exame CFC/2018.2) Conforme disposto na NBC TG 16 (R2) que trata de estoques, marque V 
para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
 
( ) As despesas administrativas que contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais são um 
exemplo de item não incluído no custo dos estoques. 
( ) As despesas de comercialização, incluindo despesas de venda e entrega dos bens e serviços aos clientes, 
são um exemplo de item a ser incluído no custo dos estoques. 
( ) O custo dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis e de bens ou serviços 
produzidos e segregados para projetos específicos deve ser atribuído pelo uso da identificação específica dos 
seus custos individuais. 
A sequência está correta em: 
 
A) F, F, V. 
B) V, V, F. 
C) V, V, V. 
D) F, V, F. 
 
 
 
37 
Estoques 
Comentários: 
 
( ) As despesas administrativas que contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais são 
um exemplo de item não incluído no custo dos estoques. 
Segundo o CPC 16: 10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de 
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização 
atuais. 
A norma continua em seu item 16: 
16. Exemplos de itens não incluídos no custo dos estoques e reconhecidos como despesa do período em que 
são incorridos: 
(c) despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais. 
Portanto, o que a banca fez foi tentar expor uma leitura a contrario sensu do item 16, c, do CPC. Mas, ao 
fazê-lo, fez miscelânea entre conceitos básicos de contabilidade de custos, qual seja, a própria definição de 
custos e despesas. 
Por isso, despesas não são computadas como custos. Despesas são lançadas na demonstração do resultado 
do exercício. O item é verdadeiro: despesas administrativas que contribuem para trazer o estoque ao seu 
local e condição atuais são um exemplo de item não incluído no custo dos estoques. Porém, no gabarito 
preliminar, a banca deu como falso. 
( ) As despesas de comercialização, incluindo despesas de venda e entrega dos bens e serviços aos clientes, 
são um exemplo de item a ser incluído no custo dos estoques. 
O item está incontestavelmente incorreto. Despesas de frete e de comercialização são despesas de vendas, 
lançadas como despesas operacionais na DRE. 
( ) O custo dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis e de bens ou serviços 
produzidos e segregados para projetos específicos deve ser atribuído pelo uso da identificação específica 
dos seus custos individuais. 
Correto, conforme explicado no item 23 do CPC 16 acima. 
Portanto, teríamos V, F, V. Todavia, não há essa opção. Por isso, a questão foi anulada. 
Gabarito: Anulada. 
 
 
38 
Estoques 
14 Peps, Ueps E Preço Médio 
Dificilmente as mercadorias são compradas pelo mesmo preço. Surge, assim, a necessidade de atribuir preço 
ao estoque que está sendo vendido. 
Vamos supor que determinada empresa, tendo iniciado o ano com estoque zero, efetuou duas compras do 
produto X: a primeira de 10 unidades, com custo unitário de $10, e a segunda de 20 unidades, com custo 
unitário de $12. 
Em seguida, a empresa efetuou a venda de 15 unidades do produto X, por 20 reais a unidade. Vamos ver 
como fica o resultado e o estoque final, usando cada um dos métodos acima. 
14.1 PEPS 
Significa Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla em inglês FIFO (First in first 
out). 
No nosso exemplo, ficaria assim: 
1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda) 
Usando o PEPS, valorizamos as unidades vendidas usando o custo das unidades que entraram primeiro no 
estoque. 
Assim: 
Custo das 15 unidades: 
10 unidades a 10 reais = $ 100 
5 unidades a 12 reais = $ 60 
15 unidades que custaram, no total, 160 reais. 
Resultado: 
Receita vendas 300 
(-) CMV (160) 
Lucro Bruto 140 
Estoque final: 15 unidades a 12 reais = 180 
19. (Consulplan/Exame de Suficiência/2018.2) Uma empresa comercial comprou 100 unidades da 
mercadoria “X” por um valor total de R$ 8.000,00 em 01/08/X1. Em 15/08/X1 vendeu 50 unidades dessa 
mercadoria pelo valor R$ 100,00 cada. Em 20/08/X1 adquiriu mais 50 unidades da mesma mercadoria pelo 
valor unitário de R$ 90,00. Sabendo-se que a empresa utiliza o método PEPS para controle de seus estoques 
e que os valores estão todos já livres de impostos recuperáveis, o valor do CMV apurado no dia 31/08/X1 foi 
de: 
 
A) R$ 4.000,00. 
B) R$ 5.000,00. 
C) R$ 8.500,00. 
D) R$ 12.500,00. 
 
 
 
39 
Estoques 
Comentários: 
 
Vamos lá! 
Compras de 100 unidades a R$ 8.000,00. Isso dá um preço de R$ 80,00 por unidade. 
Vendeu 50 dessas unidades. O custo é R$ 50 x R$ 80,00 = R$ 4.000,00. 
Logo, o gabarito é letra a. O restante da questão não tem serventia. 
 
Gabarito: A. 
 
20. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária utiliza o Inventário Permanente para 
controlar seus estoques e apresentou o seguinte movimento, no mês de fevereiro de 2017, de Estoques de 
Mercadorias para Revenda: 
 
 
A Sociedade Empresária adota como base para mensuração do estoque o critério Primeiro a Entrar Primeiro 
a Sair – PEPS. Considerando-se apenas as informações apresentadas e de acordo com a NBC TG 16 (R1) – 
ESTOQUES, e desconsiderando-se os tributos incidentes sobre compras e vendas, o valor do Estoque de 
Mercadorias para Revenda, no final do mês de fevereiro de 2017, é de: 
 
A) R$48.000,00. 
B) R$56.800,00. 
C) R$76.000,00. 
D) R$132.800,00. 
 
Comentários: 
 
Quando a questão solicita o valor do estoque final de mercadorias pelo método PEPS, temos uma dica que 
nos ajuda a ganhar tempo em provas. 
Pelo PEPS o estoque final da empresa está composto pelas últimas compras, visto que por esse critério de 
avaliação, o Primeiro que entra é o Primeiro que sai. Vejamos quantas unidades a empresa possui em 
estoque: 
Entradas = 80 + 120 + 100 = 300 unidades 
Saídas = 180 
Saldo = 120 unidades. 
Portanto, nesse estoque, das 120 unidades, 100 foram adquiridas por R$ 480,00 e 20 foram adquiridas por 
R$ 440,00. 
Portanto, o valor do estoque final será: 
480 x 100 = R$ 48.000 
Dia Operação 
6 Compra de 80 unidades a R$400,00 cada uma 
13 Compra de 120 unidades a R$440,00 cada uma 
20 Venda de 180 unidades por R$800,00 cada uma 
27 Compra de 100 unidades a R$480,00 cada uma 
 
 
40 
Estoques 
440 x 20 = R$ 8.800 
Total = R$ 56.800. 
Poderíamos preparar uma ficha de estoque também: 
 
 
Gabarito: B. 
14.2 UEPS 
Significa Último que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla em inglês LIFO (Last In First 
Out). Usando os mesmos dados do exemplo acima, fica assim: 
1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda) 
Custo das 15 unidades vendidas: 15 unidades a 12 reais = R$ 180 
Resultado: 
Receita vendas 300 
(-) CMV (180) 
Lucro Bruto 120 
Estoque final: 
10 unidades a 10 reais = 100 
 5 unidades a 12 reais = 60 
Estoque final: 15 unidades com custo total de 160. 
14.3 Custo Médio 
Usamos o custo médio do estoque, para calcular o custo das vendas. Retomando o exemplo acima, temos: 
1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
Custo médio: R$ 340 / 30 unidades = R$ 11,3333 por unidade. 
Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receitade venda) 
Custo das vendas: 15 unidades x $ 11,33 = 170 (OBS: arredondando centavos) 
Entrada Saída Saldo 
VU QTD TOTAL VU QTD TOTAL VU QTD TOTAL 
R$ 400,00 80 R$ 32.000,00 R$ 400,00 80 R$ 32.000,00 
R$ 440,00 120 R$ 52.800,00 R$ 400,00 80 R$ 32.000,00 
 R$ 440,00 120 R$ 52.800,00 
 R$ 400,00 80 R$ 32.000,00 
 R$ 440,00 100 R$ 44.000,00 R$ 440,00 20 R$ 8.800,00 
 R$ 480,00 100 R$ 48.000,00 
 Estoque Final R$ 56.800,00 
 
 
41 
Estoques 
Resultado: 
Receita vendas 300 
(-) CMV (170) 
Lucro Bruto 130 
Estoque final: 15 unidades x R$ 11,3333 = R$ 170 
Para calcular o custo médio, podemos usar a média ponderada fixa ou a média ponderada móvel. 
No primeiro caso, calculamos a média de todas as entradas do mês e usamos esse valor para todas as saídas 
do mês. Assim: 
Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total 
1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00 
4 Compras 150 12,00 1.800,00 
6 Compras 200 13,00 2.600,00 
10 Vendas -100 
 
15 Compras 200 15,00 3.000,00 
20 Vendas -250 
 
 
Vamos calcular o custo das vendas dos dias 10 e 20, usando as duas médias ponderadas (fixa e móvel). 
14.3.1 Média Ponderada Fixa 
A partir do estoque inicial e das entradas, calculamos o custo médio que será usado para todas as saídas do 
mês. 
Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total 
1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00 
4 Compras 150 12,00 1.800,00 
6 Compras 200 13,00 2.600,00 
15 Compras 200 15,00 3.000,00 
Total 
 
650 12,92 8.400,00 
 
O Custo Médio Fixo é de $ 12,92. O custo das vendas será: 
Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,92 = $ 1.292,00 
Dia 20: venda de 250 unidades x $ 12,92 = $ 3.230,00 
Custo total do mês: $ 1.292,00 + $ 3.230,00 = $ 4.522,00 
21. (Exame de Suficiência/Técnico/2015/1) Uma Sociedade empresária apresentou os seguintes dados, 
extraídos de seu controle de estoque, referente a uma mercadoria específica: 
 
 
Data Descrição Quantidade Valor Unitário 
1º.12.2014 Saldo inicial 30.000 unidades R$ 1,40 
2.12.2014 Compras 20.000 unidades R$ 1,50 
31.12.2014 Saldo final 11.000 unidades 
 
 
42 
Estoques 
O estoque é avaliado pela média ponderada fixa. 
Com base nos dados informados, o Custo das Mercadorias Vendidas, no mês de dezembro, é de: 
 
A) R$ 55.500,00 
B) R$ 56.050,00 
C) R$ 56.160,00 
D) R$ 56.600,00 
 
Comentários: 
 
 
Quantidade vendida = 50.000 – 11.000 = 39.000 unidades. 
Custo das Mercadorias Vendidas = 39.000 x $1,44 = $ 56.160,00 
 
Gabarito: C. 
 
14.3.2 Média Ponderada Móvel 
Nesse caso, calculamos o custo médio vigente na data de cada venda. A venda do dia 10 fica com o seguinte 
custo médio ponderado móvel: 
Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total 
1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00 
4 Compras 150 12,00 1.800,00 
6 compras 200 13,00 2.600,00 
Total 
 
450 12,00 5.400,00 
 
Assim, a venda do dia 10 terá custo médio de R$ 12,00. Do total de 450 unidades, sobram 350, após a venda. 
Podemos agora calcular o custo médio móvel para a venda do dia 12: 
Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total 
11 estoque inicial 350 12,00 4.200,00 
15 compras 200 15,00 3.000,00 
Total 
 
550 13,09 7.200,00 
 
A venda do dia 20 terá custo médio de R$ 13,09. Agora podemos calcular o total do custo das vendas do 
mês: 
Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,00 = $ 1.200,00 
Dia 20: venda de 250 unidades x $ 13,09 = $ 3.272,50 
Custo total do mês: $ 1.200,00 + $ 3.272,50 = $ 4.472,50 
Data Descrição Quantidade Valor Unitário Valor total 
1º.12.2014 Saldo inicial 30.000 unidades R$ 1,40 R$ 42.000,00 
2.12.2014 Compras 20.000 unidades R$ 1,50 R$ 30.000,00 
Total 
 
50.000 unidades R$ 1,44 R$ 72.000,00 
 
 
43 
Estoques 
22. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Uma Sociedade Empresária de comércio varejista apresentou nos 
meses de janeiro a março de 2018 as seguintes movimentações de compras, vendas e devoluções de um 
certo produto em seu estoque: 
 
01 – O saldo em estoque desse produto em 31/12/2017 era 250 unidades a R$ 3,00 cada. 
02 – Em 10 de janeiro foram vendidas 80 unidades pelo valor de R$ 416,00. 
03 – Em 15 de janeiro foram vendidas 100 unidades pelo valor de R$ 480,00. 
04 – Em 28 de janeiro foram compradas 300 unidades a R$ 4,48 cada. 
05 – Em 10 de fevereiro foram vendidas 150 unidades pelo valor total de R$ 750,00. 
(Não considere tributos incidentes nas operações.) 
Considere que a Sociedade Empresária adota o método da Média Ponderada Móvel, para controle e 
avaliação do estoque de seus produtos, em 28 de fevereiro de 2018. Em relação a esse produto, é correto 
afirmar que o valor total em estoque, o somatório do CMV e o somatório da receita bruta são, 
respectivamente: 
 
A) R$ 660,00; R$ 924,00; e, R$ 1.170,00. 
B) R$ 924,00; R$ 990,00; e, R$ 1.646,00. 
C) R$ 1.170,00; R$ 924,00; e, R$ 1.646,00. 
D) R$ 924,00; R$ 1.170,00; e, R$ 1.646,00. 
 
Comentários: 
 
Vamos montar a tabela de controle de estoques. Cabe frisar que a questão disse que o controle de estoques 
é feito pela média ponderada móvel. 
 
Quant. Valor Unit. Total Quant. Valor Unit. Total Quant. Valor Unit. Total
31/12/2017 250 3 750
10/01/2018 80 3 240 170 3 510
15/01/2018 100 3 300 70 3 210
28/01/2018 300 4,48 1344 370 4,20 1554
10/02/2018 150 4,2 630 220 4,20 924
1170 924
Entradas Saídas Saldo
Data
CMV EST. FINAL 
 
Tendo o CMV e o estoque final já poderíamos apontar a alternativa correta, que é a letra d. 
Todavia, para encontrar a receita bruta, basta fazermos a soma dos preços de venda: R$ 416 + R$ 480 + R$ 
750,00 = R$ 1.646,00. 
 
Gabarito: D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
Estoques 
15 Tabela De Controle De Estoque 
No inventário permanente podemos utilizar também a tabela de controle de estoque. 
E como fazer a tabela? Você irá montar a tabela seguinte: 
 
Imagine a seguinte operação. 
Saldo inicial 10 unidades a R$ 100,00 R$ 1.000,00 
Compra de 10 unidades a R$ 120,00 R$ 1.200,00 
Venda de 7 unidades a R$ 200,00 R$ 1.400,00 
Compra de 2 unidades a R$ 150,00 R$ 300,00 
Vamos utilizar cada um dos métodos. É simples! Fica assim. 
 
Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX 10,00 100,00 1.000,00 
10,00 100,00 1.000,00 
10,00 120,00 1.200,00 
3,00 100,00 300,00 
10,00 120,00 1.200,00 
3,00 100,00 300,00 
10,00 120,00 1.200,00 
2,00 150,00 300,00 
700,00 1.800,00 
XX.XX
XX.XX
PEPS
Entrada Venda Saldo
7,00 
10,00 120,00 1.200,00 
100,00 700,00 
Estoque final
XX.XX 2,00 150,00 300,00 
CMV 
Observações: 
- Vejam que as vendas ficam registradas pelo preço de custo. Não importa o preço de venda para o cálculo 
da planilha de estoques. 
- O CMV é a soma do total das saídas. 
- O estoque final é a soma do total da coluna saldo. 
- As devoluções de compras são registradas na planilha entradas, com sinal negativo. 
- As devoluções de vendas são registradas na planilha saídas, com sinal negativo. 
Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
CMV Estoque final
PEPS/UEPS/Média
Entrada Venda Saldo
 
45 
Estoques 
 
 
Vejam que no UEPS o CMV é maior. Por isso, de modo geral, a tributação acaba sendo reduzida. Assim, o 
UEPS é proibido pela legislação brasileira. 
 
 
Você precisa saber o seguinte para prova: 
 CMV Estoque Final Lucro Permitido 
UEPS Maior Menor Menor Não 
PEPS Menor Maior Maior Sim 
Média ponderada Fica no Meio Fica no Meio Fica no Meio Sim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX 10,00 100,00 1.000,00 
10,00 100,00 1.000,00 
10,00 120,00 1.200,00 
10,00 100,00 1.000,00 
3,00 120,00 360,00 
2,00 150,00 300,00 
10,00 100,00 1.000,00 
3,00

Continue navegando