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Livro Digital PREPARAÇÃO INTELIGENTE PARA O EXAME DE SUFICIÊNCIA ESTOQUES 1 Estoques SUMÁRIO 1 Estoques e CPC 16 ....................................................................................................................................... 2 2 Operações Com Mercadorias ...................................................................................................................... 2 3 Resultado Bruto Com Mercadorias ............................................................................................................. 2 4 Estoques Na Lei 6.404/76 ............................................................................................................................ 6 5 CPC (R1) - Estoques ..................................................................................................................................... 7 5.1 Objetivo ............................................................................................................................................... 7 6 Definições .................................................................................................................................................... 8 7 Mensuração De Estoque............................................................................................................................ 10 8 Custos Do Estoque ..................................................................................................................................... 16 8.1 Custos De Aquisição .......................................................................................................................... 16 8.2 Descontos Comerciais Ou Incondicionais .......................................................................................... 16 8.3 Abatimento ........................................................................................................................................ 16 8.4 Tributos Recuperáveis ....................................................................................................................... 17 8.4.1 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados .......................................................................... 17 8.4.2 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ................................................... 17 8.4.3 PIS – Programa de Integração Social ......................................................................................... 17 8.4.4 COFINS – Contribuição para a Seguridade Social ...................................................................... 17 8.5 Imposto Por Dentro E Por Fora ......................................................................................................... 18 8.6 Compra De Matéria Prima ................................................................................................................. 21 8.7 Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Indústria) ....................................... 21 8.8 Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Empresa Comercial) ...................... 22 8.9 Quadro Resumo – Tributos................................................................................................................ 23 8.10 Perda Normais X Perdas Anormais .................................................................................................... 27 9 Produção Conjunta E Custos Conjuntos .................................................................................................... 28 9.1 Produção por ordem: ........................................................................................................................ 28 9.2 Produção Contínua ............................................................................................................................ 29 10 Coproduto, Subprodutos e Sucatas ....................................................................................................... 29 10.1 Tratamento Contábil ......................................................................................................................... 29 10.2 Outros Custos .................................................................................................................................... 30 11 Estoques Financiados ............................................................................................................................ 32 12 Custo Do Produto Agrícola Colhido Proveniente De Ativo Biológico .................................................... 33 13 Critérios De Valoração De Estoque........................................................................................................ 35 14 Peps, Ueps E Preço Médio ..................................................................................................................... 38 14.1 PEPS ................................................................................................................................................... 38 14.2 UEPS ................................................................................................................................................... 40 14.3 Custo Médio ...................................................................................................................................... 40 14.3.1 Média Ponderada Fixa ............................................................................................................... 41 14.3.2 Média Ponderada Móvel ........................................................................................................... 42 15 Tabela De Controle De Estoque ............................................................................................................. 44 16 Outras Questões Comentadas ............................................................................................................... 46 17 Resumo Dos Pontos Abordados Nesta Aula .......................................................................................... 53 18 Questões Comentadas Nesta Aula ........................................................................................................ 55 19 Gabarito Das Questões Comentadas Nesta Aula .................................................................................. 66 2 Estoques 1 Estoques e CPC 16 Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso CFC De A a Z para o Exame de Suficiência. Na aula de hoje falaremos sobre estoques! Essa questão é tida como certa no Exame. Muitas vezes, cai até mais do que uma. Portanto, estudem com carinho. Novamente, a leitura desta aula é indispensável. Um abraço. Prof. Gabriel Rabelo. @contabilidadefacilitada 2 Operações Com Mercadorias As questões de operações com mercadorias envolvem basicamente conhecimento da avaliação dos estoques, operações que envolvem a parte inicial da DRE (da receita bruta até o lucro bruto e apuração do CMV), tributação sobre as mercadorias e inventário periódico e permanente. Se você conseguir entender isso que disse acima, então você já acertará mais da metade das questões de operações com mercadorias. Além disso, precisamos conhecer alguns itens da NBC TG 16 – Estoques. 3 Resultado Bruto Com Mercadorias O resultado bruto com mercadorias, ou resultado com mercadorias equivale ao lucro bruto na Demonstração do Resultado. Receita Bruta (-) Deduções da Receita - Devoluções de Vendas - Cancelamento de Vendas - Descontos incondicionais concedidos - Abatimentos concedidos - Impostos sobre vendas (ICMS, PIS e COFINS) - Ajuste a Valor Presente de Clientes (=) Receita Líquida (-) Custo das Mercadorias Vendidas (=) Lucro Bruto OU Resultado com Mercadorias. Em que o CMV = Estoque Inicial + Compras líquidas – Estoque final. Mas voltaremos a esse assunto. Vamos falar um pouco sobre os estoques na lei 6.404/76 e sobre outros pontos.3 Estoques 01. (Consulplan/Exame CFC/2019.1) A Companhia Ômega adquiriu para revenda mercadorias no valor de R$ 10.000,00 em maio de 2017. Os impostos recuperáveis sobre a compra perfazem o total de R$ 1.800,00. Sobre essa compra, a Companhia Ômega também pagou frete de R$ 200,00 com impostos recuperáveis de R$ 24,00 e seguros no valor de R$ 250,00. A empresa vendeu 70% das mercadorias adquiridas no período. Sabe-se que a Companhia Ômega não tinha saldo anterior de mercadorias para revenda. É correto afirmar que o valor do Custo das Mercadorias Vendidas foi de: A) R$ 5.740,00 B) R$ 5.863,20 C) R$ 6.038,20 D) R$ 8.626,00 Comentários: Valor de aquisição 10.000,00 (-) Impostos recuperáveis (1.800,00) Frete 200,00 (-) Impostos recuperáveis (24,00) Seguro 250,00 Valor do custo de aquisição 8.626,00 Uma vez que ela vendeu 70%, o CMV será de R$ 8.626,00 x 70% = 6.038,20. Gabarito: C. 02. (Consulplan/Exame CFC/2018.1) O departamento contábil da Companhia Alfa apresentou as seguintes transações com mercadorias ao longo do mês de abril de 2018: Dia 10: Compra de mercadorias para revenda à vista ao valor de R$ 10.000,00. Além desse valor, foi pago R$ 500,00, em dinheiro, referente ao frete cobrado para que a transportadora entregasse as mercadorias na Companhia Alfa. Dia 16: Venda de mercadorias para revenda à vista ao valor de R$ 7.000,00. Dia 23: Devolução de 30% da venda realizada em 16/04. O cliente foi reembolsado em dinheiro no momento da devolução. Dia 30: Devolução de 50% da compra realizada em 10/04. A Companhia Alfa foi reembolsada em dinheiro no momento da devolução. Nesse mesmo mês: • o saldo inicial em caixa: R$ 11.000,00; • as despesas administrativas: R$ 160,00; • o estoque inicial de mercadorias para revenda: R$ 12.000,00; • o estoque final de mercadorias para revenda: R$ 14.560,00; Com base somente nas informações apresentadas e desconsiderando-se qualquer incidência de tributos, assinale o lucro líquido registrado em abril 2018. A) R$ 460,00. B) R$ 1.800,00. 4 Estoques C) R$ 2.560,00. D) R$ 2.940,00. Comentários: Vamos apurar o Custo das Mercadorias Vendidas, usando a fórmula: Estoque inicial + entrada – saídas = Estoque final Entradas: Dia 10: compras mercadorias 10.000 + frete 500 Dia 30 – Devolução: (5.000) Total de entradas = 5.500 12.000 + 5.500 – saídas = 14.560 Resolvendo, temos saídas = CMV = $2.940 Vendas = $7.000 – 30% devolução Vendas = $7.000 - $2.100 Vendas = $4.900 Vamos esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício: Vendas 4.900 Custo Mercadoria Vendida - 2.940 Lucro bruto 1.960 Despesas administrativas - 160 Lucro líquido 1.800 Gabarito: B. 03. (Exame de Suficiência/Técnico/2015/1) Uma sociedade Empresária apresenta os seguintes dados: Estoque inicial de Mercadorias R$ 100.000,00 Custo das Mercadorias Vendidas R$ 250.000,00 Compras de Mercadorias R$ 340.000,00 Lucro Bruto R$ 140.000,00 Com base nos dados informados, o valor da Receita com Vendas, desconsiderando os efeitos tributários, é de: A) R$ 330.000,00 B) R$ 390.000,00 C) R$ 580.000,00 D) R$ 730.000,00 Comentários: Receita com vendas ??? (-) Custo das Mercadorias Vendidas -R$ 250.000,00 5 Estoques = Lucro Bruto R$ 140.000,00 Portanto, a Receita com Vendas é de 250.000 + 140.000 = 390.000 Gabarito: B. 04. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2013.2) Uma sociedade empresária realizou em junho de 2013 as seguintes operações: Aquisição de 100 unidades de mercadoria para revenda pelo valor total de R$2.500,00, neste valor incluídos R$500,00 referentes aos impostos recuperáveis. Revenda de 70 unidades por R$8.000,00, neste valor incluídos R$1.600,00 referentes aos impostos incidentes sobre as vendas. Considerando que não havia estoque inicial de mercadorias para revenda, o Lucro Bruto no mês de junho de 2013 foi de: A) R$5.500,00. B) R$5.000,00. C) R$4.650,00. D) R$4.400,00 Comentários: Devemos excluir os impostos recuperáveis do custo do estoque: Custo unitário: ($2.500 - $500) / 100 unid. = $20 por unidade. Agora, vamos esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): Receita Bruta 8.000 Impostos sobre venda - 1.600 Receita Líquida 6.400 CMV (70 unidades x $20) - 1.400 Lucro Bruto 5.000 Gabarito: B. 6 Estoques 4 Estoques Na Lei 6.404/76 Os estoques, de modo geral, compreendem as mercadorias que a empresa possui para revenda, ou que está industrializando, matéria-prima, etc. Via de regra, são classificados no ativo circulante. Todavia, caso a intenção de realização seja de longo prazo, é plenamente aceitável a classificação no ativo não circulante realizável a longo prazo. Nos termos da Lei 6.404/76: Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente podem ser reais ou pessoais. Os reais representam os bens (estoques de matérias-primas, produtos acabados, em elaboração). Os pessoais representam os direitos (clientes, adiantamentos a fornecedores, ICMS e recuperar). Essa realização a que a lei se refere se dá pelo consumo ou venda destes bens. Sobre o critério de avaliação, a lei das SA (Lei 6.404/76) estabelece o seguinte, sobre esse assunto: O que? Avaliação (Art. 183, II) Mercadorias Custo de aquisição ou produção (-) Ajuste ao valor de mercado, se for inferior Produtos do comércio Matérias-primas Produtos em fabricação Bens em almoxarifado 7 Estoques 5 CPC (R1) - Estoques Vamos explicar a vocês os trechos mais importantes do Pronunciamento. Os quadros em azul são a literalidade do CPC. 5.1 Objetivo A questão fundamental, portanto, é a avaliação dos estoques. O Pronunciamento fornece orientação sobre: 1) A determinação do valor de custos dos estoques; 2) Eventuais reduções ao valor realizável; e 3) Orientações sobre o método e os critérios usados para atribuir custos aos estoques. 4) E o seu subsequente reconhecimento como despesa em resultado. O item 4 pode causar uma certa estranheza. Como assim, “reconhecimento como despesa em resultado?” Não estamos tratando de estoques (e consequentemente custos)? Vale esclarecer esse conceito, emprestado da chamada contabilidade de custos. Esse conceito costuma provocar alguma confusão, e é explorado em provas. Vamos entender melhor. A compra do equipamento gera um gasto. Ao ser ativado (contabilizado no Ativo), torna-se investimento. Quando é utilizado na produção de outros bens e serviços, a sua depreciação torna- se Custo. Durante o período em que o produto acabado fica estocado, temos investimento, novamente. E, ao ser vendido, surge uma Despesa. 8 Estoques Observação: o nome “Custo das Mercadorias Vendidas”, que aparece na DRE, é a denominação mais comum, mas não é a mais correta tecnicamente. Vamos ler mais um pouco do livro do Prof. Eliseu Martins: O computador da secretária do diretor financeiro, que fora transformada em investimento, tem uma parcela reconhecida como despesa (depreciação), sem transitar por custo. As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Exemplo: No momento da sua aquisição, a matéria-prima é um gasto. Ao ser estocada, transforma-se em Investimento. Ao ser utilizada na produção, torna-se custo. Caso o produto acabado resultante volte ao estoque, volta a ser considerada investimento. Finalmente, transforma-se em despesa quando ocorre a venda do produto. 6 Definições Um primeiro aspecto importante a norma fala em ou e não em e. Assim, basta atender-se um requisito para a classificação como estoque. Exemplifiquemos! Compra equip.(gasto) Quando ativado (Invest) Depreciação (custo) Produto acabadoem estoque (invest) Na venda (despesa) Estoques são ativos Mantidos para venda no curso normal dos negócios Em processo de produção para venda Forma de materiais ou suprimentos consumidos ou transformados 9 Estoques 1. Um supermercado comprou mercadorias de uma indústria para vender posteriormente. É considerado estoque? Sim, pois são mantidas para venda no curso normal dos negócios. 2. Uma indústria compra matéria-prima, madeira, parafusos, tinta, e outros materiais, para a produção de estantes e posterior venda. É estoque? Sim, pois se trata de matéria-prima e materiais diversos que serão transformados em processo de produção. 3. Determinado artesão mantém grão de cacau torrado para a posterior fabricação de chocolate amargo. É estoque? Sim, pois é matéria-prima em processo de produção para posterior venda. 05. (FBC/Exame CFC/2017.1) De acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, estoques compreendem ativos mantidos para venda no curso normal dos negócios; em processo de produção para venda; ou na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços. Assinale a opção em que NÃO constam exemplos de Estoque. A) produtos acabados e produtos em processo de produção pela entidade. B) custos de mercadorias vendidas, veículos de uso e software de uso. C) matérias-primas e materiais que aguardam utilização no processo de produção, tais como embalagens e material de consumo. D) mercadorias compradas por um varejista para revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda. Comentários: De nossas alternativas, aquela que não contém estoques é a letra b. CMV representa o custo das mercadorias que foram vendidas e não mais estarão no estoques. Veículos de uso são classificados no ativo não circulante imobilizado. Softwares de uso são classificados no ativo não circulante intangível. Quanto aos terrenos da letra d, se forem para revenda, serão considerados também estoques. Gabarito: B. 10 Estoques Exemplo. Surge inesperadamente a Netflix. Temos na loja X um estoque de aparelhos de DVDs para venda, adquiridos por R$ 1.000,00, esperando-se (antes da nova tecnologia) vendê-los por R$ 1.500,00, mas cuja venda, agora, se dará por R$ 700,00. Nosso valor realizável líquido é de R$ 700. Já o valor justo é geralmente (mas não necessariamente) o valor de mercado. No nosso caso, se um consumidor fosse a diversas lojas à procura de DVDS e os encontrasse por um preço aproximado de R$ 600,00, este seria o seu valor justo, posto que as partes são independentes e a transação não é compulsória. Todavia, a empresa X continuará vendendo os seus por R$ 700,00. Assim: O valor realizável líquido e o valor justo não são necessariamente coincidentes, embora também possam coincidir. Devemos entender como estoques: 7 Mensuração De Estoque 9. Os estoques objeto deste Pronunciamento deve ser mensurado pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Esta é a regra básica de mensuração dos estoques, que anteriormente era chamada de: “custo ou mercado, dos dois o menor”. • Mercadorias para revenda; • Terrenos e imóveis para revenda; • Produtos acabados, matérias primas, produtos em processo, componentes, embalagens, material de consumo; • Custos de serviços (prestador de serviços). Estoques compreendem 11 Estoques Lembramos que: Valor Realizável Líquido é o preço de venda deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. Se uma mercadoria custou R$10.000,00 e pode ser vendida por valor superior, deve ficar registrada contabilmente pelo valor original (R$10.000,00). Mas, se o valor realizável líquido for de R$8.000,00, deverá ser feito um “Ajuste para perdas prováveis”. A contabilização do Ajuste é a seguinte: D – Despesa - ajuste para perdas prov. no estoque (resultado) 2.000,00 C – Ajuste para perdas prováveis (retificadora do ativo) 2.000,00 2000 2000 Desp - Perda Estoq. Ajuste - Perdas prov. O estoque fica registrado assim: Estoque produtos acabados (Ativo) 10.000,00 Ajuste para perdas prováveis (retificadora ativo) (2.000,00) 10000 2000 Estoque - Prod. Aca. Ajuste - Perdas prov. Valor contábil do estoque: $10.000,00 – $2. 000,00 = $8.000,00. 06. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária apresentava, em 31.12.2016, as seguintes informações a respeito de seu estoque de mercadorias: Até 31.12.2016, não haviam sido registrados ajustes para redução ao valor realizável líquido ou ajustes a valor presente nos Estoques. Os tipos de mercadorias apresentados são avaliados separadamente. Estoque Menor entre Custo Valor Realizável Líquido Tipo de Mercadoria Estoque Mensurado a Custo de Aquisição Preço de Venda Estimado Despesas Necessárias para Concretizar a Venda Tipo 1 R$10.000,00 R$16.000,00 R$4.000,00 Tipo 2 R$22.000,00 R$20.000,00 R$5.000,00 Tipo 3 R$16.000,00 R$24.000,00 R$6.000,00 TOTAL R$48.000,00 R$60.000,00 R$15.000,00 12 Estoques Considerando-se apenas os dados informados e de acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, o saldo da conta de Estoques, em 31.12.2016, foi de: A) R$41.000,00. B) R$45.000,00. C) R$46.000,00. D) R$48.000,00. Comentários: Segundo a NBC TG 16 – Estoques, os devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Portanto, para sabermos por qual valor os estoques serão apresentados no balanço precisamos encontrar o valor realizável líquido, que é a diferença entre o valor de venda e as despesas necessárias para concretizar a venda. Efetuados os ajustes, o valor dos estoques que será apresentado no Balanço Patrimonial será: R$ 10.000 + R$ 15.000 + R$ 16.000 = R$ 41.000,00 Gabarito: A. 07.(FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária comercializa equipamentos de informática. Em 31.12.2016, apurou saldo da conta de Mercadorias para Revenda no valor de R$100.000,00, formado por 50 notebooks. Até então, o preço de venda praticado pela Sociedade Empresária era de R$3.000,00 a unidade. Diante do encalhe do estoque desse modelo de notebook, a Sociedade Empresária realizou uma pesquisa de mercado e identificou que seus concorrentes estavam vendendo o mesmo notebook por R$1.500,00 a unidade e, imediatamente, reduziu seu preço de venda para esse valor. Os vendedores da Sociedade Empresária recebem 10% de comissão sobre as vendas. Na mesma data, o Fornecedor dos notebooks para a Sociedade Empresária foi consultado e informou que estava comercializando o mesmo modelo de notebook por R$800,00 cada um, no atacado. Considerando-se apenas as informações apresentadas e de acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, a Sociedade Empresária apresenta valor contábil do Estoque, em 31.12.2016, de: A) R$40.000,00, pois deve-se reconhecer perda de R$60.000,00 devido ao valor praticado atualmente pelo fornecedor. B) R$67.500,00, pois deve-se reconhecer perda de R$32.500,00, considerando-se o valor realizável líquido. Tipo de Mercadoria Custo Preço de Venda Despesas de venda Valor Realizável Líquido Valor apresentado no Balanço Tipo 1 R$ 10.000,00 R$ 16.000,00 R$ 4.000,00 R$ 12.000,00 R$ 10.000,00 Tipo 2 R$ 22.000,00 R$ 20.000,00 R$ 5.000,00 R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 Tipo 3 R$ 16.000,00 R$ 24.000,00 R$ 6.000,00 R$ 18.000,00 R$ 16.000,00 Total R$ 48.000,00 R$ 60.000,00 R$ 15.000,00 R$ 45.000,00 R$ 41.000,00 13 Estoques C) R$135.000,00, pois deve-se considerar o preço de venda atualmente praticado, líquido das comissões sobre vendas. D) R$100.000,00, pois deve-se considerar o custo de aquisição dos 50 notebooks praticado pelos fornecedores. Comentários: Vamos lá! O estoque em 31.12.2016 é de R$ 100.000, formado por 50 notebooks, o que dá umcusto de R$ 2.000,00 por notebook. O preço de venda (valor realizável líquido) é de R$ 3.000,00 por unidade. Posteriormente, ela viu que não conseguiria vender por esse preço e reduziu para R$ 1.500,00. Assim, teremos de comparar: Custo R$ 2.000,00 Valor realizável líquido R$ 1.500,00 – R$ 150 (comissão) = R$ 1.350,00 E quanto ao valor de R$ 800? Esse valor não será considerado, pois é o valor que o fornecedor pratica. Assim, os estoques estarão avaliados por 50 x R$ 1.350,00 cada = 67.500,00, já que o valor realizável líquido é menor do que o custo. A perda reconhecida será de R$ 32.500,00. O estoque ficará assim: Custo 100.000,00 (-) Ajuste (32.500,00) Valor contábil 67.500,00 Gabarito: B. 08. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) De acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, após o reconhecimento inicial, os Estoques devem ser mensurados pelo: A) custo de reposição futura ou preço bruto de venda, dos dois o maior. B) custo de reposição futura ou preço bruto de venda, dos dois o menor. C) valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o maior. D) valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Comentários: Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Gabarito: D. 09. (FBC/Exame de Suficiência/2017.2) De acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, o Valor Realizável Líquido é um parâmetro para a mensuração subsequente desse grupo de ativos. O Valor Realizável Líquido de um estoque de Produtos em Elaboração é apurado pelo modelo apresentado a seguir: 14 Estoques Assinale a opção que contém a descrição CORRETA do componente da linha pontilhada, omitido no modelo apresentado. A) Custos de ociosidade. B) Custos de oportunidade. C) Custos estimados para reinvestimento. D) Custos estimados para sua conclusão. Comentários: Valor Realizável Líquido é o preço de venda deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. Gabarito: D. 15 Estoques 10. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2013.1) De acordo com a NBC TG 16 - Estoques, o estoque de mercadorias deverá ser mensurado: A) pelo custo de aquisição ou custo corrente de reposição, dos dois o menor. B) pelo custo de aquisição ou preço de mercado, dos dois o maior. C) pelo custo de aquisição ou valor justo, dos dois o maior. D) pelo custo de aquisição ou valor realizável líquido, dos dois o menor. Comentários: Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Gabarito: D. 11. (FBC/Exame de Suficiência/2016.2) De acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, na determinação do Valor Realizável Líquido, o valor estimado das comissões da equipe de vendas necessárias para se concretizar a venda dos itens estocados deve ser tratado como: A) adição ao Custo. B) não relacionada ao Valor Realizável Líquido. C) redução do Custo. D) redução do Valor Realizável Líquido. Comentários: Valor Realizável Líquido é o preço de venda deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. Portanto, comissões sobre venda são redução do valor realizável líquido. Gabarito: D. 16 Estoques 8 Custos Do Estoque 10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. Custo de aquisição → Todos os custos para trazer o estoque à condição e localização atuais 8.1 Custos De Aquisição 11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010) Custo do estoque inclui: Preço de compra Impostos de importação e outros tributos (exceto recuperáveis) Custo de transportes Seguro Manuseio Custos diretamente atribuíveis Não inclui Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, COFINS não cumulativos. Revenda: ICMS, PIS, COFINS não cumulativos) Descontos comerciais Abatimentos As devoluções, os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de aquisição. 8.2 Descontos Comerciais Ou Incondicionais São aqueles que são negociados no momento da compra, sem nenhuma condição. Exemplo: determinada mercadoria custa 100 reais a unidades, mas, na negociação, acaba saindo por 95 reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto deve ser deduzido do custo do produto. Além disso, quando constar na nota fiscal, o desconto incondicional é abatido da base de cálculo do ICMS, do PIS/COFINS e do IPI. 8.3 Abatimento O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida. Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é 17 Estoques emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais (sem considerar impostos ou outros custos). 8.4 Tributos Recuperáveis São os tributos não cumulativos, ou seja, a empresa pode se creditar (no sentido jurídico) do imposto cobrado nas operações anteriores. Compreendem o IPI, o ICMS, o PIS e o COFINS. 8.4.1 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados É um imposto “por fora”, o que significa que não está incluído no preço do produto. Portanto, deve ser acrescentado ao preço. Normalmente, a questão informa qual a alíquota que deve ser considerada ou o valor do IPI. Então, portanto, a questão vai dizer: o preço de venda foi R$ 100,00 e o IPI tem alíquota de 10%. O total será de R$ 110,00, correspondente ao preço da mercadoria + IPI, que é por fora. 8.4.2 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços É um imposto “por dentro”, ou seja, já está incluso no preço da mercadoria ou produto. Possui várias alíquotas, sendo que normalmente a questão informa qual deve ser utilizada. 8.4.3 PIS – Programa de Integração Social É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são: Cumulativa: 0,65 % Não-cumulativa: 1,65 % 8.4.4 COFINS – Contribuição para a Seguridade Social É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são: Cumulativa: 3,0 % Não-cumulativa: 7,6 % Quadro Resumo dos Tributos 18 Estoques 8.5 Imposto Por Dentro E Por Fora Normalmente, as questões informam o preço da mercadoria ou o preço da compra. O preço inclui o ICMS (imposto por dentro), mas não inclui o IPI (imposto por fora). Exemplo: A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, ao preço de R$ 1.000 reais, com incidência de ICMS de 18% e IPI de 10%. Indique a contabilização. Cálculo do imposto: IPI: 1.000 x 10% = 100. Como o IPI não está incluído no preço deve ser somado. Valor da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 = $ 1.100 ICMS: 1.000 x 18% = 180 Contabilização (considerando que os dois impostos são recuperáveis): D – Estoque matéria prima 820 D – ICMS a recuperar 180 D – IPI a recuperar 100 C – Fornecedores 1.100 820 180 100 1100 Estoque de MP ICMS a recuperar IPI a recuperar Fornecedores Já mencionamos queo preço da mercadoria inclui o ICMS, mas não o IPI. Mas devemos atentar para a seguinte “pegadinha”: se a questão mencionar o “valor da nota fiscal” ou o “valor pago”, este já inclui o IPI. Explicando melhor: 1) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria ao preço total de R$ 1.000, com ICMS de 18% e IPI de 10%. Qual foi o valor total da Nota fiscal? O preço inclui o ICMS (que é "por dentro") e não inclui o IPI ("por fora"). Assim, o total da NF será: 1.000 + 10% de IPI = R$ 1.100,00 2) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria pagando o total de 1.000,00, com ICMS de 18% e IPI de 10%. Qual foi o valor total da Nota fiscal? Inclui o ICMS e e não inclui o IPI • Preço da mercadoria, preço da compra Incluiu o ICMS e o IPI • Valor da nota fiscal, valor pago 19 Estoques Se o comprador pagou R$ 1.000,00, este é o valor total da NF, já com 10% de IPI incluso. Vamos ver, agora, como fica a contabilização do ICMS. Hora de Praticar! A empresa KLS comprou mercadorias, no valor de R$ 10.000,00, as quais foram revendidas por R$ 15.000. Nas operações de compra e venda, incidiu ICMS à alíquota de 18%. As operações foram realizadas a vista. Efetue a contabilização das operações, determine o valor do ICMS a Recolher e apure o lucro bruto. Comentários: ICMS sobre as compras: 10.000 x 18% = 1.800 ICMS sobre as vendas: 15.000 x 18% = 2.700 Contabilização da compra da mercadoria: D – Estoque (Ativo) 8.200 D – ICMS a recuperar (Ativo) 1.800 C – Caixa/bancos (Ativo) 10.000 8200 1800 10000 Estoques ICMS a recuperar Caixa Contabilização da venda: Baixa do estoque: D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 8.200 C – Estoque (Ativo) 8.200 8200 8200 1800 10000 8200 Estoques ICMS a recuperar Caixa CMV Reconhecimento da Receita: D – Caixa/bancos(Ativo) 15.000 C – Receita de Vendas (Resultado) 15.000 8200 8200 1800 15000 10000 8200 15000 Estoques ICMS a recuperar Caixa CMV Receita de Vendas Contabilização do ICMS sobre as vendas: D – Despesa com ICMS (Resultado) 2.700 20 Estoques C – ICMS a Recolher (Passivo) 2.700 8200 8200 1800 15000 10000 8200 15000 2700 2700 ICMS sobre vendas Estoques ICMS a recuperar Caixa CMV Receita de Vendas ICMS a recolher Cálculo do ICMS a recolher: Devemos confrontar o saldo das duas contas de ICMS (a recuperar x a recolher). Se a conta ICMS a recuperar for maior, o saldo passa para o próximo mês. Se a conta ICMS a recolher for maior, a empresa deve recolher a diferença entre as contas. Para isso, vamos transferir o saldo do ativo (ICMS a recuperar) para o passivo (ICMS a recolher). D – ICMS a recolher (passivo) 1.800 C – ICMS a recuperar (Ativo) 1.800 Após esse lançamento, a conta ICMS a recuperar fica com saldo zero, e a conta ICMS a Recolher fica com saldo de $2.700 - $1.800 = $900. Pelo recolhimento: D – ICMS a Recolher 900 C – Caixa/bancos 900 8200 8200 1800 1800 15000 10000 900 8200 15000 2700 1800 2700 900 ICMS sobre vendas Estoques ICMS a recuperar Caixa CMV Receita de Vendas ICMS a recolher Repare que a empresa recolheu ICMS apenas sobre a diferença entre o preço de compra e o preço de venda. Esse é o mecanismo da não-cumulatividade. O imposto destacado nas operações anteriores é abatido do valor a recolher. Demonstração do Resultado do Exercício Receita de vendas bruta 15.000 (-) ICMS sobre vendas (2.700) 21 Estoques Receita líquida 12.300 (-) CMV (8.200) Lucro Bruto 4.100 8.6 Compra De Matéria Prima A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. Determine a contabilização. IPI (100.000 x 10%) 10.000 Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 ICMS (100.000 x 18%) 18.000 PIS (100.000 x 1,65%) 1.650 COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600 Observação: Usaremos sempre esse formato de cálculo. A partir do preço da mercadoria (segunda linha na tabela), o IPI irá aumentar o valor da nota fiscal (é “por fora”, lembra?). Por isso, colocamos o cálculo do IPI acima do preço da mercadoria. Já o ICMS, o PIS e a COFINS estão “dentro” do preço da mercadoria, assim não afetam o valor total da nota fiscal. Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000 Nesse caso, por se tratar de matéria-prima, portanto, destinada à produção, o IPI é recuperável. O valor do estoque é: 110.000 – 10.000(IPI) – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750 Assim, a contabilização é a seguinte: D – Estoque 72.750 D – IPI a recuperar 10.000 D – ICMS a recuperar 18.000 D – PIS a recuperar 1.650 D – COFINS a recuperar 7.600 C – Fornecedores 110.000 8.7 Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Indústria) A empresa KLS adquiriu mercadoria a prazo, diretamente do fabricante, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. Determine a contabilização. Neste caso, o IPI não é recuperável. Vejam. Estamos comprando mercadoria de uma indústria para revender. Como se trata de mercadoria destinada à comercialização, o IPI não entra na base de cálculo do ICMS. Mas, como será incorporado ao custo do estoque, o IPI entra na base de cálculo do PIS e do COFINS. Chamamos a atenção para esse caso, em particular. A base de cálculo do ICMS será diferente da base de cálculo do PIS e COFINS. 22 Estoques Vamos aos cálculos: IPI (100.000 x 10%) 10.000 Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 ICMS (100.000 x 18%) 18.000 PIS (110.000 x 1,65%) 1.815 COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360 Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000 Nesse caso, o IPI não é recuperável. O ICMS e o PIS/COFINS sim. O valor do estoque é: 110.000 – 18.000 – 1.815 -8.360 = 81.825 Assim, a contabilização é a seguinte: D – Estoque 81.825 D – ICMS a recuperar 18.000 D – PIS a recuperar 1.815 D – COFINS a recuperar 8.360 C – Fornecedores 110.000 8.8 Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Empresa Comercial) A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, de uma empresa comercial, com preço de R$ 100.000,00, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. Determine a contabilização. Este é o caso mais fácil, por isso deixamos para o final. Como a empresa vendedora é uma empresa comercial, não há IPI. Os cálculos ficam assim: Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 ICMS (100.000 x 18%) 18.000 PIS (100.000 x 1,65%) 1.650 COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600 Compra de Mercadoria para Revenda IPI não é recuperável IPI não entra na BC do ICMS IPI entra na BC do PIS/COFINS Comprada de Industrial 23 Estoques Valor da Nota Fiscal: 100.000 Nesse caso, não há IPI. O valor do estoque é: 100.000 – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750 Assim, a contabilização é a seguinte: D – Estoque 72.750 D – ICMS a recuperar 18.000 D – PIS a recuperar 1.650 D – COFINS a recuperar 7.600 C – Fornecedores 100.000 8.9 Quadro Resumo – Tributos Destinação ICMS IPI IPI na BC do ICMS Industrialização Recupera Recupera Não Comercialização Recupera Não recupera Não Consumo Não recupera Não recupera Sim 12. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária iniciou suas atividades em janeiro de 2017. Nesse mês, realizou as seguintes transações: - Aquisição de mercadorias por R$20.000,00. Neste valor está incluído Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS recuperável, no valor de R$3.400,00. - Venda, por R$25.000,00, de 50% das mercadorias adquiridas. Sobre a receita obtida na operação, há incidência apenas do ICMS na alíquota de 12%. Considerando-se que essasforam as únicas transações efetuadas no mês, após o registro contábil de apuração do ICMS, a Sociedade Empresária apresentará: A) um saldo de ICMS a Recuperar no valor de R$400,00. B) um saldo de ICMS a Recolher no valor de R$1.300,00. C) um saldo de ICMS a Recolher no valor de R$3.000,00. D) um saldo de ICMS a Recuperar no valor de R$3.400,00. Comentários: Vamos efetuar a contabilização das operações: - Aquisição de mercadorias por R$20.000,00. Neste valor está incluído Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS recuperável, no valor de R$3.400,00. D – Estoques R$ 16.600,00 D – ICMS a recuperar R$ 3.400,00 C – Fornecedores R$ 20.000,00 - Venda, por R$25.000,00, de 50% das mercadorias adquiridas. Sobre a receita obtida na operação, há incidência apenas do ICMS na alíquota de 12%. Receita de Vendas 24 Estoques D – Clientes C – Receita de Vendas R$ 25.000,00 Tributos sobre a venda D – ICMS sobre vendas C – ICMS a recolher R$ 3.000,00 Baixa do Estoque D – CMV C – Estoque R$ 8.300,00 Ao final do período, vamos confrontar o valor do ICMS a recuperar com o ICMS a recolher: ICMS a recuperar R$ 3.400,00 ICMS a recolher R$ 3.000,00 O valor do ICMS a recuperar é maior, portanto, no balanço patrimonial será evidenciado um saldo de 3.400 – 3.000 = R$ 400,00 de ICMS a recuperar. Gabarito: A. 13. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2) Uma Sociedade Empresária adquiriu, a prazo, mercadorias para revenda pelo valor total de R$25.000,00. Nesse valor, estão incluídos R$4.250,00 relativos a ICMS Recuperável. O transporte das mercadorias, no valor de R$2.000,00, foi pago pela empresa vendedora, sem reembolso pela adquirente. A Sociedade Empresária apura PIS e Cofins pelo Regime de Incidência Não Cumulativo. Considerando-se o disposto na NBC TG 16 (R1) – Estoques, e que as alíquotas a serem utilizadas para cálculo do valor recuperável de PIS e Cofins no Regime de Incidência Não Cumulativo são, respectivamente, 1,65% e 7,6%, o Custo de Aquisição das mercadorias é de: A) R$18.437,50. B) R$18.830,62. C) R$20.437,50. D) R$20.830,62. Comentários: Como o transporte não teve custo algum para o comprador, não integrará o custo dos produtos. Gabarito: A. Valor de compra 25.000,00R$ (-) ICMS Recuperável 4.250,00-R$ (-) PIS 1,65% 412,50-R$ (-) COFINS 7,6% 1.900,00-R$ Compras líquidas 18.437,50R$ Apuração do custo de compra 25 Estoques 14. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2) Em 15.8.2016, uma Sociedade Empresária comprou mercadorias para revenda, no valor de R$156.000,00, para pagamento em 31.8.2016. No valor de R$156.000,00, está incluído o ICMS recuperável calculado à alíquota de 17%. A empresa adota o Regime de Incidência Cumulativo de PIS e Cofins, com as alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente. Considerando-se as informações apresentadas, assinale a opção que apresenta o lançamento contábil CORRETO dessa operação. A) Débito: Mercadorias para Revenda – Estoques R$129.480,00 Débito: ICMS a Recuperar R$26.520,00 Crédito: Fornecedores Nacionais R$156.000,00 B) Débito: Mercadorias para Revenda – Estoques R$150.306,00 Débito: PIS a Recuperar R$1.014,00 Débito: Cofins a Recuperar R$4.680,00 Crédito: Fornecedores Nacionais R$156.000,00 C) Débito: Mercadorias para Revenda – Estoques R$128.466,00 Débito: PIS a Recuperar R$1.014,00 Débito: ICMS a Recuperar R$26.520,00 Crédito: Fornecedores Nacionais R$156.000,00 D) Débito: Mercadorias para Revenda – Estoques R$123.786,00 Débito: PIS a Recuperar R$1.014,00 Débito: Cofins a Recuperar R$4.680,00 Débito: ICMS a Recuperar R$26.520,00 Crédito: Fornecedores Nacionais R$156.000,00 Comentários: Memória de cálculo: Mercadoria para revenda 156.000,00 (-) ICMS a recuperar (26.520,00) Compras líquidas 129.480,00 Os PIS e COFINS vão integrar o custo da mercadoria, uma vez que são cumulativos. Dizer que um tributo é cumulativo, implica dizer que ele não é recuperável, ou seja, que a empresa não poderá compensar o que for devido na saída com aquilo que ela pagou na entrada. O lançamento, portanto, será o seguinte: Débito: Mercadorias para Revenda – Estoques R$129.480,00 Débito: ICMS a Recuperar R$26.520,00 Crédito: Fornecedores Nacionais R$156.000,00 Gabarito: A. 26 Estoques 15. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2015.2) Uma Sociedade Empresária importou mercadoria por um valor equivalente a R$21.400,00. Foram gastos mais R$2.421,00 com seguro e tarifas aduaneiras. Além dos valores citados, a Sociedade Empresária incorreu nos seguintes tributos, dos quais apenas o Imposto de Importação não é recuperável: Tributo Valor Imposto de Importação R$ 8.337,35 ICMS R$ 7.595,12 PIS R$ 393,05 Cofins R$ 2.048,61 Total dos Tributos R$ 18.374,13 Considerando-se os dados informados, o custo de aquisição das mercadorias é igual a: A) R$29.737,35. B) R$31.416,12. C) R$32.158,35. D) R$42.195,13. Comentários: A questão informa que apenas o Imposto de Importação não é recuperável. Assim, o custo de aquisição das mercadorias é o seguinte: Mercadoria R$ 21.400,00 Seguros e tarifas aduaneira R$ 2.421,00 Imposto de Importação R$ 8.337,35 Custo das Mercadorias R$ 32.158,35 Gabarito: C. 16. (Exame de Suficiência/Técnico/2014/1) Uma indústria comprou matérias-primas no valor de R$35.000,00. No total da nota fiscal de R$36.750,00, estavam embutidos os seguintes impostos recuperáveis perante o fisco: - IPI R$1.750,00 - ICMS R$6.300,00 - PIS R$577,50 - COFINS R$2.660,00 O valor do custo de aquisição que deve ser contabilizado no estoque de matéria-prima é de: A) R$25.462,50. B) R$28.700,00. C) R$35.000,00. D) R$36.750,00. 27 Estoques Comentários: Uma vez que a empresa é industrial, o IPI, ICMS, PIS e COFINS serão todos recuperáveis. Ficará: 36.750 – 1.750 – 6.300 – 577,50 – 2.660 = 25.462,50. Gabarito: A. 17. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2017.2) Uma Sociedade Empresária, com um único estabelecimento, apresentou um saldo final de R$1.200,00 de ICMS a Recuperar, em julho de 2017. Em agosto de 2017, realizou as seguintes transações: - Aquisição de mercadorias por R$80.000,00. Neste valor está incluído Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS recuperável no valor de R$9.600,00. - Devolução de 10% das mercadorias adquiridas no mês de agosto de 2017. - Venda, por R$50.000,00, de 50% das mercadorias adquiridas. Sobre o valor da venda, incide ICMS à alíquotade 12%. Considerando-se que estas foram as únicas transações efetuadas no mês, após o registro contábil de apuração do ICMS, em 31.8.2017, a Sociedade Empresária apresentará um saldo de ICMS a Recuperar no valor de: A) R$3.600,00. B) R$3.840,00. C) R$4.800,00. D) R$5.760,00. Comentários: Vamos calcular: Compra com ICMS recuperável de $9.600 e devolução de 10%: Compra – devolução: 9.600 – 960 = 8.640. Venda: $50.000 x 12% = $ 6.000 ICMS a recuperar 1.200 Compra – devolução 8.640 Total a recuperar 9.840 Venda -6.000 ICMS a recuperar final 3.840 Gabarito: B 8.10 Perda Normais X Perdas Anormais As perdas normais são incluídas no custo da produção. E as perdas excepcionais são contabilizadas diretamente como despesa do período. 28 Estoques As perdas que ocorrem na produção seguem essa regra que já mencionamos acima: as perdas normais fazem parte do custo da produção e as perdas anormais (excepcionais) devem ir diretamente para o resultado do exercício. E quanto à perda do produto acabado? Bem, no caso de produto acabado, não precisamos nos preocupar se a perda foi “normal” ou “excepcional”. Todas as perdas de produto acabado vão diretamente para o resultado do exercício. Não devem impactar o custo do produto. 9 Produção Conjunta E Custos Conjuntos 14. Um processo de produção pode resultar em mais de um produto fabricado simultaneamente. Este é, por exemplo, o caso quando se fabricam produtos em conjunto ou quando há um produto principal e um ou mais subprodutos. Quando os custos de transformação de cada produto não são separadamente identificáveis, eles devem ser atribuídos aos produtos em base racional e consistente. Essa alocação pode ser baseada, por exemplo, no valor relativo da receita de venda de cada produto, seja na fase do processo de produção em que os produtos se tornam separadamente identificáveis, seja no final da produção, conforme o caso. A maior parte dos subprodutos, em razão de sua natureza, geralmente é imaterial. Quando for esse ocaso, eles são muitas vezes mensurados pelo valor realizável líquido e este valor é deduzido do custo do produto principal. Como resultado, o valor contábi l do produto principal não deve ser materialmente diferente do seu custo. A Produção Conjunta ocorre quando diversos produtos resultam da mesma matéria prima. Por exemplo, produção de gasolina, querosene, diesel, emulsão asfáltica, etc, a partir do petróleo; após o abate de um boi, há diversos tipos de carne; o esmagamento da soja gera óleo e farelo. Ou seja, do mesmo material surgem diversos produtos conjuntos, normalmente classificados em coprodutos e subprodutos. A produção conjunta é mais comum no caso da produção contínua, mas também pode ocorrer na produção por ordem. 9.1 Produção por ordem: Ocorre quando a empresa produz atendendo a encomendas dos clientes ou, então, produz também para venda posterior, mas de acordo com determinações internas especiais, não de forma Perdas na produção Normais Custo da produção "Anormais" ou "Excepcionais" Resultado do Exercício (despesa) Perda de produto acabado Normal ou excepcional Resultado do exercício 29 Estoques contínua. Exemplo: Indústrias pesadas, fabricantes de equipamentos especiais, algumas indústrias de móveis, empresas de construção civil, gráficas (quando produz especificamente para determinado cliente). 9.2 Produção Contínua Ocorre quando a empresa fabrica produtos iguais de forma contínua. Exemplo: Produção de refrigerantes, sabão em pó, margarina, etc. 10 Coproduto, Subprodutos e Sucatas Coprodutos são os próprios produtos principais, só que assim chamados porque nascidos de uma mesma matéria-prima. São os que substancialmente respondem pelo faturamento da empresa. Subprodutos são aqueles itens que, nascendo de forma normal durante o processo de produção, possuem mercado de venda relativamente estável, tanto no que diz respeito à existência de compradores como quanto ao preço. São itens que têm comercialização tão normal quanto os produtos da empresa, mas que representam porção ínfima do faturamento total. Devido a essa característica de pequena participação nas receitas da empresa e também ao fato de se originarem de desperdícios, deixam de ser considerados produtos propriamente ditos. Se o fossem, precisariam receber uma parcela dos custos da produção. Mas isso pode provocar até situações ridículas, como a de custearmos aparas, limalhas, serragens, etc. Torna-se então preferível a adoção do critério de nada lhes ser atribuído. Sucatas são aqueles itens cuja venda é esporádica e realizada por valor não previsível na data em que surgem na produção. Por isso, não recebem custos e não aparecem como estoque na empresa, mesmo que existam em quantidade razoável. 10.1 Tratamento Contábil Coprodutos: são considerados como qualquer outro produto da empresa, recebem custos, ficam no estoque, etc. Subprodutos: Não recebem custos. A receita originária da sua venda é considerada uma redução do custo do período. Sucatas: Não recebem custos e não são contabilizados como estoque. Quando ocorrer a venda, têm sua receita considerada como “Outras Receitas Operacionais”. Exemplo: Vamos supor que os custos de produção de um determinado período foram de $10.000, com o aparecimento de subprodutos que irão gerar $800 de receita. 30 Estoques Pela contabilização do subproduto; D – Estoque de subprodutos 800 C – Custos de Produção 800 Assim, os custos de produção diminuem para $ 9.200. Quando o estoque de subprodutos for vendido, a contabilização será: D – Caixa 800 C – Estoque de subprodutos 800 Só irá afetar o resultado se o subproduto for vendido por um preço diferente do estimado. Os subprodutos devem ser avaliados pela receita líquida de vendas, ou seja, preço de venda deduzido das despesas necessárias para efetuar a venda. 10.2 Outros Custos P ro d u çã o c o n ju n ta Coproduto Produtos principais Recebe custo, ficam no estoque, etc Subproduto Mercado de venda relativamente estável Não recebe custo. Receita é redução do custo Sucata Venda esporádica, por valor não previsível Não recebe custo, não vai pra estoque. Receita = Outras receitas operacionais 31 Estoques ITENS NÃO INCLUÍDOS NOS CUSTOS DOS ESTOQUES Perdas anormais Gastos com armazenamento (exceto necessário processo produtivo) Despesas administrativas Despesas de comercialização, de venda, entrega de bens e serviços A regra geral determina que devem ser incluídos nos custos dos estoques os todos os gastos incorridos para deixar os estoques prontos para utilização. Com relação ao item 16 acima, os seguintes gastos não devem ser incluídos nos custos dos estoques (são contabilizados como despesa do período): A) valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra ou outros insumos de produção. Já mencionamos acima, mas não custa recordar: Perdas normais no processo de produção: são consideradas parte do custo dos produtos. Perdas anormais ou excepcionais: vão diretamente para o resultado do período. (b) gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre uma e outra fase de produção. Com relação à armazenagem, ocorre a seguinte distinção: quando a empresa compra matéria prima, pode ser necessário armazená-la por algum tempo, antes de utilizá-la na produção. Tais gastos com armazenagem são incluídos no custo da produção. Mas, quando uma empresa adquire mercadoria, os gastos com armazenagem são considerados despesas. Pois a mercadoria já está pronta, já foi produzida. Lembra-se da regra geral? Todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de uso (equipamentos, matérias-primas, ferramentas, etc) ou em condições de venda (mercadoria, etc) incorporam o valor desse mesmo ativo. (Eliseu Martins, op.cit.) As mercadorias adquiridasjá estão em condição de venda, quando chegam à empresa. O tempo de estocagem não ocorre para colocá-las em condições de venda. Portanto, tais gastos vão para a despesa. (c) despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais. São os gastos que normalmente classificamos como despesas (de vendas, administrativas, financeiras, e outras) (d) despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes. Podemos exemplificar esse ponto com os fretes. Já mencionamos que o frete integra o custo da matéria prima. ARMAZENAGEM Matéria - Prima CUSTOS Mercadoria ou Produto Acabado DESPESA 32 Estoques Mas vale ressaltar o seguinte ponto: o frete sobre as vendas da empresa (ou seja, o valor gasto para enviar os produtos acabados aos clientes) deve ser tratado como despesa. 11 Estoques Financiados 18. A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento a prazo. A negociação pode efetivamente conter um elemento de financiamento, como, por exemplo, uma diferença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago; essa diferença deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período do financiamento. Portanto, os estoques são reconhecidos em geral pelo preço à vista. A diferença entre o preço à vista e o valor pago deve ser lançado como despesa financeira de acordo com o regime de competência. Vamos supor que uma empresa possa comprar estoques à vista, por 100.000,00, ou a prazo, por 110.000,00. Nesse caso, o preço a prazo inclui o que o pronunciamento chamou de um elemento de financiamento: os juros cobrados na venda à prazo. Teoricamente, todo o valor acrescido deve ser reconhecido (contabilizado) como despesa de juros durante o período, sem aumentar o custo do estoque. Vamos dizer que o prazo seja de um mês. A contabilização seria a seguinte: Compra à vista (desconsiderando quaisquer impostos, para fins didáticos): D – Estoques (ativo) 100.000 C – Caixa/bancos (ativo) 100.000 100000 100000 Estoques Caixas Na compra a prazo: Ao invés de contabilizar o estoque pelo valor total, como é o procedimento normal, o correto é o seguinte: D – Estoque (Ativo) 100.000 D – Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000 C – Fornecedores (Passivo) 110.000 100000 10000 110000 Estoques Juros a apropriar Fornecedores Passado um mês, teríamos: D – Despesa financeira (resultado) 10.000 FRETE COMPRAS CUSTO DO ESTOQUE VENDAS DESPESA 33 Estoques D – Fornecedores (Passivo) 110.000 C - Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000 C – Caixa/bancos (ativo) 110.000 100000 10000 10000 110000 110000 10000 110000 Estoques Juros a apropriar Fornecedores Despesa financeira Caixa Você está achando a contabilização acima familiar? Trata-se do Ajuste a Valor Presente. Na nossa legislação, devemos efetuar o ajuste a valor presente para as operações de longo prazo, e para as de curto prazo quando forem relevantes. Confira a Lei das S.A.s: Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) Elementos Período AVP? Ativo Não circulante Ajustados a valor presente Circulante Se houver efeito relevante Passivo Não circulante Ajustados a valor presente Circulante Se houver efeito relevante A contabilização acima (no prazo de um mês) foi demonstrada apenas como exemplo. Só poderia ser ajustada a valor presente se houvesse efeito relevante. Do contrário, apenas os elementos de longo prazo sofrem o ajuste a valor presente, conforme determina a legislação. 12 Custo Do Produto Agrícola Colhido Proveniente De Ativo Biológico 34 Estoques Os produtos agrícolas são as commodities, que a Lei 6404/76 chama de “mercadorias fungíveis”. Mercadorias Fungíveis: Vamos examinar a avaliação de mais um tipo de estoque. Conforme a Lei 6404/76: As mercadorias fungíveis são as commodities, ou seja, soja, suco de laranja, café, etc. As commodities possuem cotação na bolsa de mercadoria. Portanto, normalmente ficam registradas na contabilidade pela cotação da bolsa. Se uma empresa possui um estoque de, digamos, cem toneladas de soja, ela conseguirá vender esse estoque pela cotação atual da soja na bolsa de mercadorias. Repare que isso tira a necessidade de negociação. E esta é a diferença entre as mercadorias fungíveis e as outras mercadorias. Vamos examinar os outros produtos. Uma determinada empresa pode usar aço, borracha, tinta e outras matérias primas que custaram 10.000 e construir um carro que será vendido por 20.000. Depois de construído, o carro continua avaliado na contabilidade ao preço de custo de 10.000. E porque não podemos avaliar o carro em estoque pelo seu preço de venda, no caso, de 20.000? Afinal, a empresa já finalizou o esforço de fabricação do produto. Mas falta uma parte essencial, que é a validação do mercado. Se a empresa conseguir vender o carro por 20.000, irá reconhecer uma receita de venda e um lucro, pois o mercado aceitou esse preço. Mas se ninguém quiser comprar o carro por 20.000, será necessário negociar e eventualmente diminuir o preço. Assim, por prudência, o carro, apesar de já construído, fica registrado pelo custo, até que o mercado aceite o preço estabelecido pela empresa. Com as commodities, não há necessidade de negociação. O preço já está estabelecido pela cotação em bolsa. Mas devemos examinar um último ponto. A Lei 6404/76 diz: Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil. Texto do Pronunciamento CPC 16: 35 Estoques Afinal, qual é o correto? O “valor de mercado” da lei 6404/76 ou o “valor justo deduzido dos gastos estimados” do CPC? Prezados, quando a Lei 6404/76 foi elaborada, nos idos de 1976, a denominação usada era “valor de mercado”. Com o tempo, os conceitos evoluíram. Atualmente, é chamado de “valor justo”, conforme o CPC elaborado em 2008. Nesse caso, podemos considerar como sinônimo. Para questão de prova: - Se a questão mencionar a lei 6404/76 Valor de mercado. - Se mencionar os CPC ou as normas brasileiras de contabilidade valor justo deduzido das despesas de venda. 13 Critérios De Valoração De Estoque Texto do Pronunciamento 16: O custo específico deve ser usado para itens identificados, ou para itens separados para um projeto específico. Podemos exemplificar da seguinte forma: Suponha que uma agência de automóveis possua 10 unidades de um determinado modelo em estoque. Três foram comprados há 6 meses, por R$ 20.000,00. Seis foram comprados na última semana, por R$ 22.000,00. O último é um carro usado, que foi aceito como parte de pagamento de um veículo novo, pelo custo de R$ 12.000,00. A empresa realiza a venda de quatro veículos: um que foi comprado há 6 meses, dois comprados na última semana e o veículo usado. Nesse caso, a empresa pode atribuir o custo específico de cada carro vendido. 36 Estoques Se não puder ser atribuído o custo específico, deve ser usado o PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) ou o custo médio ponderado. Dificilmente as mercadorias são compradas pelo mesmo preço. Surge, assim, a necessidade de atribuir preço ao estoque queestá sendo vendido. Vamos supor que determinada empresa, tendo iniciado o ano com estoque zero, efetuou duas compras do produto X: a primeira de 10 unidades, com custo unitário de $10, e a segunda de 20 unidades, com custo unitário de $12. Em seguida, a empresa efetuou a venda de 15 unidades do produto X, por 20 reais a unidade. Vamos ver como fica o resultado e o estoque final, usando cada um dos métodos acima. 18. (Consulplan/Exame CFC/2018.2) Conforme disposto na NBC TG 16 (R2) que trata de estoques, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) As despesas administrativas que contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais são um exemplo de item não incluído no custo dos estoques. ( ) As despesas de comercialização, incluindo despesas de venda e entrega dos bens e serviços aos clientes, são um exemplo de item a ser incluído no custo dos estoques. ( ) O custo dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis e de bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos deve ser atribuído pelo uso da identificação específica dos seus custos individuais. A sequência está correta em: A) F, F, V. B) V, V, F. C) V, V, V. D) F, V, F. 37 Estoques Comentários: ( ) As despesas administrativas que contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais são um exemplo de item não incluído no custo dos estoques. Segundo o CPC 16: 10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. A norma continua em seu item 16: 16. Exemplos de itens não incluídos no custo dos estoques e reconhecidos como despesa do período em que são incorridos: (c) despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais. Portanto, o que a banca fez foi tentar expor uma leitura a contrario sensu do item 16, c, do CPC. Mas, ao fazê-lo, fez miscelânea entre conceitos básicos de contabilidade de custos, qual seja, a própria definição de custos e despesas. Por isso, despesas não são computadas como custos. Despesas são lançadas na demonstração do resultado do exercício. O item é verdadeiro: despesas administrativas que contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais são um exemplo de item não incluído no custo dos estoques. Porém, no gabarito preliminar, a banca deu como falso. ( ) As despesas de comercialização, incluindo despesas de venda e entrega dos bens e serviços aos clientes, são um exemplo de item a ser incluído no custo dos estoques. O item está incontestavelmente incorreto. Despesas de frete e de comercialização são despesas de vendas, lançadas como despesas operacionais na DRE. ( ) O custo dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis e de bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos deve ser atribuído pelo uso da identificação específica dos seus custos individuais. Correto, conforme explicado no item 23 do CPC 16 acima. Portanto, teríamos V, F, V. Todavia, não há essa opção. Por isso, a questão foi anulada. Gabarito: Anulada. 38 Estoques 14 Peps, Ueps E Preço Médio Dificilmente as mercadorias são compradas pelo mesmo preço. Surge, assim, a necessidade de atribuir preço ao estoque que está sendo vendido. Vamos supor que determinada empresa, tendo iniciado o ano com estoque zero, efetuou duas compras do produto X: a primeira de 10 unidades, com custo unitário de $10, e a segunda de 20 unidades, com custo unitário de $12. Em seguida, a empresa efetuou a venda de 15 unidades do produto X, por 20 reais a unidade. Vamos ver como fica o resultado e o estoque final, usando cada um dos métodos acima. 14.1 PEPS Significa Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla em inglês FIFO (First in first out). No nosso exemplo, ficaria assim: 1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda) Usando o PEPS, valorizamos as unidades vendidas usando o custo das unidades que entraram primeiro no estoque. Assim: Custo das 15 unidades: 10 unidades a 10 reais = $ 100 5 unidades a 12 reais = $ 60 15 unidades que custaram, no total, 160 reais. Resultado: Receita vendas 300 (-) CMV (160) Lucro Bruto 140 Estoque final: 15 unidades a 12 reais = 180 19. (Consulplan/Exame de Suficiência/2018.2) Uma empresa comercial comprou 100 unidades da mercadoria “X” por um valor total de R$ 8.000,00 em 01/08/X1. Em 15/08/X1 vendeu 50 unidades dessa mercadoria pelo valor R$ 100,00 cada. Em 20/08/X1 adquiriu mais 50 unidades da mesma mercadoria pelo valor unitário de R$ 90,00. Sabendo-se que a empresa utiliza o método PEPS para controle de seus estoques e que os valores estão todos já livres de impostos recuperáveis, o valor do CMV apurado no dia 31/08/X1 foi de: A) R$ 4.000,00. B) R$ 5.000,00. C) R$ 8.500,00. D) R$ 12.500,00. 39 Estoques Comentários: Vamos lá! Compras de 100 unidades a R$ 8.000,00. Isso dá um preço de R$ 80,00 por unidade. Vendeu 50 dessas unidades. O custo é R$ 50 x R$ 80,00 = R$ 4.000,00. Logo, o gabarito é letra a. O restante da questão não tem serventia. Gabarito: A. 20. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária utiliza o Inventário Permanente para controlar seus estoques e apresentou o seguinte movimento, no mês de fevereiro de 2017, de Estoques de Mercadorias para Revenda: A Sociedade Empresária adota como base para mensuração do estoque o critério Primeiro a Entrar Primeiro a Sair – PEPS. Considerando-se apenas as informações apresentadas e de acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, e desconsiderando-se os tributos incidentes sobre compras e vendas, o valor do Estoque de Mercadorias para Revenda, no final do mês de fevereiro de 2017, é de: A) R$48.000,00. B) R$56.800,00. C) R$76.000,00. D) R$132.800,00. Comentários: Quando a questão solicita o valor do estoque final de mercadorias pelo método PEPS, temos uma dica que nos ajuda a ganhar tempo em provas. Pelo PEPS o estoque final da empresa está composto pelas últimas compras, visto que por esse critério de avaliação, o Primeiro que entra é o Primeiro que sai. Vejamos quantas unidades a empresa possui em estoque: Entradas = 80 + 120 + 100 = 300 unidades Saídas = 180 Saldo = 120 unidades. Portanto, nesse estoque, das 120 unidades, 100 foram adquiridas por R$ 480,00 e 20 foram adquiridas por R$ 440,00. Portanto, o valor do estoque final será: 480 x 100 = R$ 48.000 Dia Operação 6 Compra de 80 unidades a R$400,00 cada uma 13 Compra de 120 unidades a R$440,00 cada uma 20 Venda de 180 unidades por R$800,00 cada uma 27 Compra de 100 unidades a R$480,00 cada uma 40 Estoques 440 x 20 = R$ 8.800 Total = R$ 56.800. Poderíamos preparar uma ficha de estoque também: Gabarito: B. 14.2 UEPS Significa Último que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla em inglês LIFO (Last In First Out). Usando os mesmos dados do exemplo acima, fica assim: 1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda) Custo das 15 unidades vendidas: 15 unidades a 12 reais = R$ 180 Resultado: Receita vendas 300 (-) CMV (180) Lucro Bruto 120 Estoque final: 10 unidades a 10 reais = 100 5 unidades a 12 reais = 60 Estoque final: 15 unidades com custo total de 160. 14.3 Custo Médio Usamos o custo médio do estoque, para calcular o custo das vendas. Retomando o exemplo acima, temos: 1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 Custo médio: R$ 340 / 30 unidades = R$ 11,3333 por unidade. Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receitade venda) Custo das vendas: 15 unidades x $ 11,33 = 170 (OBS: arredondando centavos) Entrada Saída Saldo VU QTD TOTAL VU QTD TOTAL VU QTD TOTAL R$ 400,00 80 R$ 32.000,00 R$ 400,00 80 R$ 32.000,00 R$ 440,00 120 R$ 52.800,00 R$ 400,00 80 R$ 32.000,00 R$ 440,00 120 R$ 52.800,00 R$ 400,00 80 R$ 32.000,00 R$ 440,00 100 R$ 44.000,00 R$ 440,00 20 R$ 8.800,00 R$ 480,00 100 R$ 48.000,00 Estoque Final R$ 56.800,00 41 Estoques Resultado: Receita vendas 300 (-) CMV (170) Lucro Bruto 130 Estoque final: 15 unidades x R$ 11,3333 = R$ 170 Para calcular o custo médio, podemos usar a média ponderada fixa ou a média ponderada móvel. No primeiro caso, calculamos a média de todas as entradas do mês e usamos esse valor para todas as saídas do mês. Assim: Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total 1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00 4 Compras 150 12,00 1.800,00 6 Compras 200 13,00 2.600,00 10 Vendas -100 15 Compras 200 15,00 3.000,00 20 Vendas -250 Vamos calcular o custo das vendas dos dias 10 e 20, usando as duas médias ponderadas (fixa e móvel). 14.3.1 Média Ponderada Fixa A partir do estoque inicial e das entradas, calculamos o custo médio que será usado para todas as saídas do mês. Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total 1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00 4 Compras 150 12,00 1.800,00 6 Compras 200 13,00 2.600,00 15 Compras 200 15,00 3.000,00 Total 650 12,92 8.400,00 O Custo Médio Fixo é de $ 12,92. O custo das vendas será: Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,92 = $ 1.292,00 Dia 20: venda de 250 unidades x $ 12,92 = $ 3.230,00 Custo total do mês: $ 1.292,00 + $ 3.230,00 = $ 4.522,00 21. (Exame de Suficiência/Técnico/2015/1) Uma Sociedade empresária apresentou os seguintes dados, extraídos de seu controle de estoque, referente a uma mercadoria específica: Data Descrição Quantidade Valor Unitário 1º.12.2014 Saldo inicial 30.000 unidades R$ 1,40 2.12.2014 Compras 20.000 unidades R$ 1,50 31.12.2014 Saldo final 11.000 unidades 42 Estoques O estoque é avaliado pela média ponderada fixa. Com base nos dados informados, o Custo das Mercadorias Vendidas, no mês de dezembro, é de: A) R$ 55.500,00 B) R$ 56.050,00 C) R$ 56.160,00 D) R$ 56.600,00 Comentários: Quantidade vendida = 50.000 – 11.000 = 39.000 unidades. Custo das Mercadorias Vendidas = 39.000 x $1,44 = $ 56.160,00 Gabarito: C. 14.3.2 Média Ponderada Móvel Nesse caso, calculamos o custo médio vigente na data de cada venda. A venda do dia 10 fica com o seguinte custo médio ponderado móvel: Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total 1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00 4 Compras 150 12,00 1.800,00 6 compras 200 13,00 2.600,00 Total 450 12,00 5.400,00 Assim, a venda do dia 10 terá custo médio de R$ 12,00. Do total de 450 unidades, sobram 350, após a venda. Podemos agora calcular o custo médio móvel para a venda do dia 12: Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total 11 estoque inicial 350 12,00 4.200,00 15 compras 200 15,00 3.000,00 Total 550 13,09 7.200,00 A venda do dia 20 terá custo médio de R$ 13,09. Agora podemos calcular o total do custo das vendas do mês: Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,00 = $ 1.200,00 Dia 20: venda de 250 unidades x $ 13,09 = $ 3.272,50 Custo total do mês: $ 1.200,00 + $ 3.272,50 = $ 4.472,50 Data Descrição Quantidade Valor Unitário Valor total 1º.12.2014 Saldo inicial 30.000 unidades R$ 1,40 R$ 42.000,00 2.12.2014 Compras 20.000 unidades R$ 1,50 R$ 30.000,00 Total 50.000 unidades R$ 1,44 R$ 72.000,00 43 Estoques 22. (Consulplan/Exame CFC/2019.2) Uma Sociedade Empresária de comércio varejista apresentou nos meses de janeiro a março de 2018 as seguintes movimentações de compras, vendas e devoluções de um certo produto em seu estoque: 01 – O saldo em estoque desse produto em 31/12/2017 era 250 unidades a R$ 3,00 cada. 02 – Em 10 de janeiro foram vendidas 80 unidades pelo valor de R$ 416,00. 03 – Em 15 de janeiro foram vendidas 100 unidades pelo valor de R$ 480,00. 04 – Em 28 de janeiro foram compradas 300 unidades a R$ 4,48 cada. 05 – Em 10 de fevereiro foram vendidas 150 unidades pelo valor total de R$ 750,00. (Não considere tributos incidentes nas operações.) Considere que a Sociedade Empresária adota o método da Média Ponderada Móvel, para controle e avaliação do estoque de seus produtos, em 28 de fevereiro de 2018. Em relação a esse produto, é correto afirmar que o valor total em estoque, o somatório do CMV e o somatório da receita bruta são, respectivamente: A) R$ 660,00; R$ 924,00; e, R$ 1.170,00. B) R$ 924,00; R$ 990,00; e, R$ 1.646,00. C) R$ 1.170,00; R$ 924,00; e, R$ 1.646,00. D) R$ 924,00; R$ 1.170,00; e, R$ 1.646,00. Comentários: Vamos montar a tabela de controle de estoques. Cabe frisar que a questão disse que o controle de estoques é feito pela média ponderada móvel. Quant. Valor Unit. Total Quant. Valor Unit. Total Quant. Valor Unit. Total 31/12/2017 250 3 750 10/01/2018 80 3 240 170 3 510 15/01/2018 100 3 300 70 3 210 28/01/2018 300 4,48 1344 370 4,20 1554 10/02/2018 150 4,2 630 220 4,20 924 1170 924 Entradas Saídas Saldo Data CMV EST. FINAL Tendo o CMV e o estoque final já poderíamos apontar a alternativa correta, que é a letra d. Todavia, para encontrar a receita bruta, basta fazermos a soma dos preços de venda: R$ 416 + R$ 480 + R$ 750,00 = R$ 1.646,00. Gabarito: D. 44 Estoques 15 Tabela De Controle De Estoque No inventário permanente podemos utilizar também a tabela de controle de estoque. E como fazer a tabela? Você irá montar a tabela seguinte: Imagine a seguinte operação. Saldo inicial 10 unidades a R$ 100,00 R$ 1.000,00 Compra de 10 unidades a R$ 120,00 R$ 1.200,00 Venda de 7 unidades a R$ 200,00 R$ 1.400,00 Compra de 2 unidades a R$ 150,00 R$ 300,00 Vamos utilizar cada um dos métodos. É simples! Fica assim. Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total XX.XX 10,00 100,00 1.000,00 10,00 100,00 1.000,00 10,00 120,00 1.200,00 3,00 100,00 300,00 10,00 120,00 1.200,00 3,00 100,00 300,00 10,00 120,00 1.200,00 2,00 150,00 300,00 700,00 1.800,00 XX.XX XX.XX PEPS Entrada Venda Saldo 7,00 10,00 120,00 1.200,00 100,00 700,00 Estoque final XX.XX 2,00 150,00 300,00 CMV Observações: - Vejam que as vendas ficam registradas pelo preço de custo. Não importa o preço de venda para o cálculo da planilha de estoques. - O CMV é a soma do total das saídas. - O estoque final é a soma do total da coluna saldo. - As devoluções de compras são registradas na planilha entradas, com sinal negativo. - As devoluções de vendas são registradas na planilha saídas, com sinal negativo. Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total CMV Estoque final PEPS/UEPS/Média Entrada Venda Saldo 45 Estoques Vejam que no UEPS o CMV é maior. Por isso, de modo geral, a tributação acaba sendo reduzida. Assim, o UEPS é proibido pela legislação brasileira. Você precisa saber o seguinte para prova: CMV Estoque Final Lucro Permitido UEPS Maior Menor Menor Não PEPS Menor Maior Maior Sim Média ponderada Fica no Meio Fica no Meio Fica no Meio Sim Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total XX.XX 10,00 100,00 1.000,00 10,00 100,00 1.000,00 10,00 120,00 1.200,00 10,00 100,00 1.000,00 3,00 120,00 360,00 2,00 150,00 300,00 10,00 100,00 1.000,00 3,00
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