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tipos de aborto

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1. Quais os tipos de aborto? 
Analisa-se que, segundo a Organização Mundial da Saúde, o abortamento é a expulsão 
de feto pesando < 500 g ou com < 20 semanas de gestação podendo ser espontâneo ou 
provocado. Desse modo, existe uma diferença entre abortamento e aborto. O abortamento 
é o processo de eliminação, já o aborto é o produto eliminado. Chama-se abortamento 
subclínico aquele que ocorreu antes da próxima falha menstrual, sem ter sido 
diagnosticado a gestação, e de abortamento clínico aquele que ocorre após a confirmação 
da gestação. 
A incidência de alterações cromossômicas em abortamentos esporádicos de 1o trimestre 
é de 50%. Analisando abortos com cariótipo anormal, a síndrome de Turner (45, X0) é a 
alteração mais frequente com incidência de 19%. Abortos trissômicos são vistos para 
todos os autossomos, exceto para os cromossomos 1, 5, 11, 12, 17 e 19. Trissomia 16, 
triploidia e tetraploidia são as anormalidades autossômicas mais comuns. 
Aproximadamente 80% das trissomias 21 terminam em abortamento. Os mais comuns 
fatores de risco identificados em mulheres com abortamento precoce são a idade materna 
avançada e a história de perda anterior. A frequência de abortamentos precoces 
clinicamente reconhecidos em mulheres com idade de 20 a 30 anos é de 9 a 17%, 
aumentando rapidamente para 20% na idade de 35 anos, 40% com 40 anos e 80% com 
45 anos. Qualquer doença materna grave, traumatismo ou intoxicação, além de inúmeras 
infecções, podem levar ao abortamento. 
 
As formas clínicas de abortamento são: Ameaça de abortamento, Abortamento 
inevitável, Abortamento completo, Abortamento incompleto, Abortamento infectado, 
Abortamento retido, Abortamento habitual e Insuficiência cervical. 
• Ameaça de abortamento: Sangramento discreto com ausência de dor ou dor discreta, 
apresenta colo do útero fechado e não apresenta alteração no exame de ultrassonografia. 
É recomendado o repouso, abstinência sexual, realização de ultrassonografias regulares 
para acompanhar a evolução da gestação e, se necessário, uso de medicação indicada pelo 
médico 
• Abortamento inevitável: É considerado como inevitável quando o produto da 
concepção perde a vitalidade, o que pode ser evidenciado em exames de ultrassonografia. 
Nesse caso, diferentemente da ameaça de abortamento, há um sangramento e dor mais 
intensos, e o orifício do colo uterino encontra-se entreaberto. 
• Abortamento completo: Em menos de 8 semanas, nesse caso, ocorre a eliminação total 
do produto da concepção. Apresenta sangramento discreto ou ausente, ausência de dor, 
colo do útero fechado e o exame de ultrassonografia revela o útero vazio. 
• Abortamento incompleto: Ocorre a eliminação parcial do produto da concepção. 
Apresenta como sinais dores e sangramentos mais intensos, o colo do útero encontra-se 
entreaberto e o exame de ultrassonografia mostra restos ovulares. 
• Abortamento infectado: O aborto infectado é caracterizado pela presença de restos do 
produto da concepção no útero e a ocorrência de infecção. É observado, nesses casos, um 
sangramento irregular, dor, febre, a presença de secreção purulenta, útero amolecido. Se 
não tratada de forma rápida, a infecção pode se espalhar e evoluir para septicemia. Esse 
tipo de aborto é comum em quem faz aborto de forma ilegal, devido, principalmente, às 
condições adversas das clínicas clandestinas. 
• Abortamento retido: Nesse caso, há a morte do produto da concepção, entretanto, o 
material fica retido por mais de trinta dias no organismo da mãe. Não apresenta 
sangramento ou dor, mas os sintomas da gravidez diminuem e a ultrassonografia revela 
ausência de batimento cardíaco fetal (BCF) ou ausência do embrião no saco gestacional. 
• Aborto Habitual: Definido como a ocorrência de três ou mais abortamentos 
consecutivos em gestações clínicas com idade gestacional abaixo de vinte semanas. As 
principais causas são incompetência do istmo cervical e síndrome do anticorpo 
antifosfolipídeo. 
• Insuficiência cervical: Determina, tipicamente, abortamentos de 2o trimestre, e o 
diagnóstico é feito pela história clínica de ruptura espontânea das membranas e dilatação 
sem dor. Dada sua importância no abortamento habitual, a insuficiência cervical será 
analisada separadamente, ao final do capítulo. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
MONTENEGRO, Carlos Antônio Barbosa; FILHO, Jorge de Rezende. Rezende obstetrícia. 13 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
 
Rotinas em ginecologia [recurso eletrônico] / Fernando Freitas... [et al.] – 6. ed. – Dados 
eletrônicos. - Porto Alegre :Artmed, 2011

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