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1Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral ESTATUTO DAS GUARDAS Prof. Airton Moral L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 2Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral SUMÁRIO 1. CAPITULO 1: DISPOSIÇÕES PRELIMINARES, Pág. 3 2. CAPITULO 2: DOS PRINCÍPIOS, Pág. 5 3. CAPITULO 3: DAS COMPETÊNCIAS, Pág. 6 4. CAPITULO 4: DA CRIAÇÃO, Pág. 13 5. CAPITULO 5: DAS EXIGÊNCIAS PARA INVESTIDURA, Pág. 15 6. CAPITULO 6: DA CAPACITAÇÃO, Pág. 16, 7. CAPITULO 7: DO CONTROLE, Pág. 18 8. CAPITULO 8: DAS PRERROGATIVAS, Pág. 19 9. CAPITULO 9: DAS VEDAÇÕES, Pág. 21 10. CAPITULO 10: DA REPRSENTATIVIDADE, Pág. 22 11. CAPITULO 11: DISPOSIÇÕES DIVERSAS E TRANSITÓRIAS, Pág. 22 L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 3Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as guardas municipais, disciplinando o § 8º do art. 144 da Constituição Federal. COMENTÁRIO DO MORAL Vamos verticalizar as características desta Lei. > Trata-se de uma lei federal; > Com 23 artigos; > Dividida em 11 capítulos; > Criada para disciplinar o § 8º do art. 144 da Constituição Federal. Vejamos o que diz esse texto: > § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais desti- nadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dis- puser a lei. > A palavra que melhor descreve o seu futuro cargo é PROTEÇÃO. Art. 2º Incumbe às guardas municipais, instituições de caráter civil, uniformizadas e armadas conforme previsto em lei, a função de prote- ção municipal preventiva, ressalvadas as competências da União, dos Estados e do Distrito Federal. L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 O plenário do STF autorizou o porte de arma para todas as guardas municipais, sem distinção da quantidade de habitantes. Por maioria, os ministros invalidaram dispositivos do Estatuto do Desar- mamento que proíbem o porte de arma para integrantes das guardas municipais de munícipios com menos de 50 mil habitantes e permitem o porte nos municí- pios que têm entre 50 mil e 500 mil habitantes apenas quando em serviço. 4Página sosrucnocoxen@ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral COMENTÁRIO DO MORAL Vamos verticalizar as características das Guardas Municipais. 1) Caráter civil; 2) Uniformizadas (cor azul-marinho, de preferência); 3) Armadas (conforme Estatuto do Desarmamento); > Entenda ARMA no sentido amplo: taser, sprays de pimenta, cas - setetes, armas de fogo; > Lei n. 10.826/2003 Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para: III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei; IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; ATENÇÃO! 4) Com a função de proteção municipal preventiva. L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 5Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral CAPÍTULO II DOS PRINCÍPIOS Art. 3º São princípios mínimos de atuação das guardas municipais: I - proteção dos direitos humanos fundamentais, do exercício da cidadania e das liberdades públicas; II - preservação da vida, redução do sofrimento e diminuição das perdas; III - patrulhamento preventivo; IV - compromisso com a evolução social da comunidade; e V - uso progressivo da força. COMENTÁRIO DO MORAL > Os princípios servirão para confecção do próximo capítulo (COMPETÊNCIAS); > Se as palavras REDUÇÃO e DIMINUIÇÃO forem trocadas por ELIMI- NAÇÃO, marque ERRADO; > Se a banca trocar PATRULHAMENTO PREVENTIVO por PATRULHA- MENTO REPRESSIVO, marque ERRADO; > Os incisos I, II e IV determinam a função social das Guardas Municipais: > O uso PROGRESSIVO DA FORÇA está alinhado com o principio da PROPORCIONALIDADE E MODERAÇÃO. > Os incisos II e V preveem a forma para que a Guarda Municipal cumpra sua missão. L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 6Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral CAPÍTULO III DAS COMPETÉNCIAS Art. 4º É competência geral das guardas municipais a proteção de bens, serviços, logradouros públicos municipais e instalações do Município. Parágrafo único. Os bens mencionados no caput abrangem os de uso comum, os de uso especial e os dominiais. COMENTÁRIO DO MORAL > Os princípios serviram para confecção do próximo capítulo (COMPETÊNCIAS); > A definição dos bens públicos municipais que devem ser prote- gidos pela GM está prevista no art. 99 do Código Civil, senão, vejamos: Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, ter- ritorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurí- dicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram- -se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 7Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral Art. 5º São competências específicas das guardas municipais, res- peitadas as competências dos órgãos federais e estaduais: COMENTÁRIO DO MORAL Para entender as COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS das GM, vamos agru- pá-las em 03 funções: 1) Proteção patrimonial municipal (Incumbência das GM, art. 2º); 2) Função social, como foco nas pessoas (Princípios I, II e IV, art. 3º); 3) Possibilidade de atuar em conjunto com órgãos de Segurança Pública e Entidades, estabelecer parcerias (convênios e consórcios): PROTEÇÃO PATRIMONIAL MUNICIPAL (INCUMBÊNCIA DAS GM, ART. 2º) I - zelar pelos bens, equipamentos e prédios públicos do Município; II - prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir, infrações penais ou administrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais; VII - proteger o patrimônio ecológico, histórico, cultural, arquitetô- nico e ambiental do Município, inclusive adotando medidas educativas e preventivas; POSSIBILIDADE DE ATUAR EM CONJUNTO COM ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA E ENTIDADES, ESTABELECER PARCERIAS (CONVÊNIOS E CONSÓRCIOS) III - atuar, preventiva e permanentemente, no território do Município, para a proteção sistêmica da população que utiliza os bens, serviços e instalações municipais; V - colaborar com a pacificação de conflitos que seus integrantes presenciarem, atentando para o respeito aos direitos fundamentais das pessoas; IX - interagir com a sociedade civil para discussão de soluções de problemas e projetos locais voltados à melhoria das condições de segurança das comunidades; XIII - garantir o atendimento de ocorrências emergenciais,ou pres- tá-lo direta e imediatamente quando deparar-se com elas; XVII - auxiliar na segurança de grandes eventos e na proteção de autoridades e dignatários; e XVIII - atuar mediante ações preventivas na segurança escolar, zelando pelo entorno e participando de ações educativas com o corpo discente e docente das unidades de ensino municipal, de forma a cola- borar com a implantação da cultura de paz na comunidade local. L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 8Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral FUNÇÃO SOCIAL - FOCO NAS PESSOAS (PRINCÍPIOS I, II E IV, ART. 3º) IV - colaborar, de forma integrada com os órgãos de segurança pública, em ações conjuntas que contribuam com a paz social; VI - exercer as competências de trânsito que lhes forem conferidas, nas vias e logradouros municipais, nos termos da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), ou de forma concor- rente, mediante convênio celebrado com órgão de trânsito estadual ou municipal; VIII - cooperar com os demais órgãos de defesa civil em suas atividades; X - estabelecer parcerias com os órgãos estaduais e da União, ou de Municípios vizinhos, por meio da celebração de convênios ou consórcios, com vistas ao desen- volvimento de ações preventivas integradas; XI - articular-se com os órgãos municipais de políticas sociais, visando à adoção de ações interdisciplinares de segurança no Município; XII - integrar-se com os demais órgãos de poder de polícia admi- nistrativa, visando a contribuir para a normatização e a fiscalização das posturas e ordenamento urbano municipal; XIV - encaminhar ao delegado de polícia, diante de flagrante delito, o autor da infração, preservando o local do crime, quando possível e sempre que necessário; XV - contribuir no estudo de impacto na segurança local, conforme plano diretor municipal, por ocasião da construção de empreendimen- tos de grande porte; XVI - desenvolver ações de prevenção primária à violência, isola- damente ou em conjunto com os demais órgãos da própria municipa- lidade, de outros Municípios ou das esferas estadual e federal; I - zelar pelos bens, equipamentos e prédios públicos do Município; II - prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir, infrações penais ou administrativas e atos infracionais que atentem con- tra os bens, serviços e instalações municipais; III - atuar, preventiva e permanentemente, no território do Município, para a proteção sistêmica da população que utiliza os bens, serviços e instalações municipais; L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 9Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral IV - colaborar, de forma integrada com os órgãos de segurança pública, em ações conjuntas que contribuam com a paz social; V - colaborar com a pacificação de conflitos que seus integrantes presenciarem, atentando para o respeito aos direitos fundamentais das pessoas; VI - exercer as competências de trânsito que lhes forem conferidas, nas vias e logradouros municipais, nos termos da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), ou de forma concor- rente, mediante convênio celebrado com órgão de trânsito estadual ou municipal; COMENTÁRIO DO MORAL > Atente para a necessidade de se firmar um CONVÊNIO, para exer- cer competências de TRÂNSITO, quando CONCORRENTE com órgão de trânsito estadual ou municipal. > Trata-se de uma competência limitada a FORMA – CONVÊNIO. VII - proteger o patrimônio ecológico, histórico, cultural, arquitetô- nico e ambiental do Município, inclusive adotando medidas educativas e preventivas; COMENTÁRIO DO MORAL Ex: Zoológico Municipal, CUCAS (esse exemplo só serve para GM de Fortaleza), etc. VIII - cooperar com os demais órgãos de defesa civil em suas atividades; IX - interagir com a sociedade civil para discussão de soluções de problemas e projetos locais voltados à melhoria das condições de segurança das comunidades; X - estabelecer parcerias com os órgãos estaduais e da União, ou de Municípios vizinhos, por meio da celebração de convênios ou consórcios, com vistas ao desenvolvimento de ações preventivas integradas; L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 10Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral COMENTÁRIO DO MORAL > O art. 8º deste Estatuto trata da possibilidade de municípios limí- trofes (fazem fronteira) compartilharem os serviços da Guarda Muni- cipal, bastando, para isso, firmarem convênio. Art. 8º Municípios limítrofes podem, mediante consórcio público, utilizar, reciprocamente, os serviços da guarda municipal de maneira compartilhada. > Outra possibilidade é a de uma GM fazer um convênio com a PRF com a finalidade de alguma ação preventiva integrada. XI - articular-se com os órgãos municipais de políticas sociais, visando à adoção de ações interdisciplinares de segurança no Município; COMENTÁRIO DO MORAL > É possível que a GM adote ações interdisciplinares com os Con- selhos Municipais de saúde, assistência social, de trabalho, etc.. XII - integrar-se com os demais órgãos de poder de polícia admi- nistrativa, visando a contribuir para a normatização e a fiscalização das posturas e ordenamento urbano municipal; COMENTÁRIO DO MORAL > Veja o que diz o artigo 78 do Código Tributário Nacional “Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades eco- nômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos” . XIII - garantir o atendimento de ocorrências emergenciais, ou pres- tá-lo direta e imediatamente quando deparar-se com elas; L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 11Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral COMENTÁRIO DO MORAL > A GM deve garantir o atendimento, por exemplo, de agentes do SAMU. > Vale lembrar que ao se deparar com uma situação de pedido de socorro, na ausência do serviço médico, o GM prestar assistência sob o risco de estar cometendo o crime de omissão. XIV - encaminhar ao delegado de polícia, diante de flagrante delito, o autor da infração, preservando o local do crime, quando possível e sempre que necessário; COMENTÁRIO DO MORAL > Veja o que diz os artigos 300, 301 e 302 do Código de Processo Penal: “Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em fla- grante delito enquanto não cessar a permanência.” XV - contribuir no estudo de impacto na segurança local, conforme plano diretor municipal, por ocasião da construção de empreendimentos de grande porte; L ic en se d t o A lin e M ac ie l de A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 12Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral COMENTÁRIO DO MORAL > A Lei Federal n. 10.257/2001 – Estatuto das Cidades – Estabeleceu em seu artigo 37 os aspectos positivos e negativos serem analisados quando da instalação de empreendimento ou atividade quanto à qua- lidade de vida da população residente na área e suas proximidades. São eles: I – adensamento populacional; II – equipamentos urbanos e comunitários; III – uso e ocupação do solo; IV – valorização imobiliária; V – geração de tráfego e demanda por transporte público; VI – ventilação e iluminação; VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. XVI - desenvolver ações de prevenção primária à violência, isolada- mente ou em conjunto com os demais órgãos da própria municipalidade, de outros Municípios ou das esferas estadual e federal; XVII - auxiliar na segurança de grandes eventos e na proteção de autoridades e dignatários; e COMENTÁRIO DO MORAL > As festas municipais poderão/deverão contar com a presença da GM; > Proteção de autoridades e dignatários também faz parte das competências da GM (Prefeito, vereadores, etc.). XVIII - atuar mediante ações preventivas na segurança escolar, zelando pelo entorno e participando de ações educativas com o corpo discente e docente das unidades de ensino municipal, de forma a cola- borar com a implantação da cultura de paz na comunidade local. Parágrafo único. No exercício de suas competências, a guarda muni- cipal poderá colaborar ou atuar conjuntamente com órgãos de segu- rança pública da União, dos Estados e do Distrito Federal ou de congê- neres de Municípios vizinhos e, nas hipóteses previstas nos incisos XIII e XIV deste artigo, diante do comparecimento de órgão descrito nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal , deverá a guarda municipal prestar todo o apoio à continuidade do atendimento. L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 13Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral COMENTÁRIO DO MORAL Os órgãos de segurança pública, previstos na CF, são: Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsa- bilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. CAPÍTULO IV DA CRIAÇÃO Art. 6º O Município pode criar, por lei, sua guarda municipal. Parágrafo único. A guarda municipal é subordinada ao chefe do Poder Executivo municipal. COMENTÁRIO DO MORAL > A criação da Guarda Municipal por meio de Lei (lei ordinária), que exige apenas maioria simples. > CUIDADO! As bancas costumam colocar em prova LEI COMPLE- MENTAR, que exige maioria absoluta, o que torna a afirmativa incorreta. > O Chefe do Poder Executivo Municipal é o Prefeito. Art. 7º As guardas municipais não poderão ter efetivo superior a: I - 0,4% (quatro décimos por cento) da população, em Municípios com até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; II - 0,3% (três décimos por cento) da população, em Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo não seja inferior ao disposto no inciso I; L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 14Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral III - 0,2% (dois décimos por cento) da população, em Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo não seja inferior ao disposto no inciso II. Parágrafo único. Se houver redução da população referida em censo ou estimativa oficial da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Esta- tística (IBGE), é garantida a preservação do efetivo existente, o qual deverá ser ajustado à variação populacional, nos termos de lei municipal. Art. 8º Municípios limítrofes podem, mediante consórcio público, utilizar, reciprocamente, os serviços da guarda municipal de maneira compartilhada. COMENTÁRIO DO MORAL > O Estatuto previu a possibilidade de municípios vizinhos criem, mediante Consórcio Público, uma Guarda Municipal compartilhada; > Consórcio público é uma pessoa jurídica criada por lei, onde os Municípios consorciados, no todo ou em parte, destinarão pessoal e bens essenciais à execução dos serviços transferidos; > Consórcio público possui natureza autárquica, pertencente à administração Pública Indireta; > Esse consórcio permite uma maior abrangência territorial de juris- prudência da GM; > A figura dos consórcios públicos está prevista no art. 241 da CF/88, vejamos: “Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dis- ciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos ser- viços transferidos.” Art. 9º A guarda municipal é formada por servidores públicos inte- grantes de carreira única e plano de cargos e salários, conforme disposto em lei municipal. L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 15Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral COMENTÁRIO DO MORAL > O CARGO DE GUARDA MUNICIPAL deve ser criado por LEI MUNICIPAL, cujo provimento se dará por concurso público. CAPÍTULO V DAS EXIGÊNCIAS PARA INVESTIDURA Art. 10. São requisitos básicos para investidura em cargo público na guarda municipal: I - nacionalidade brasileira; II - gozo dos direitos políticos; III - quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV - nível médio completo de escolaridade; V - idade mínima de 18 (dezoito) anos; VI - aptidão física, mental e psicológica; e VII - idoneidade moral comprovada por investigação social e certi- dões expedidas perante o Poder Judiciário estadual, federal e distrital. Parágrafo único. Outros requisitos poderão ser estabelecidos em lei municipal. COMENTÁRIO DO MORAL > Decore a frase: IAI NinGuém Quer Não > IAI NGQN – São as iniciais de cada requisito expresso neste Estatuto. > Vale lembrar que outros requisitos poderão ser exigidos por lei municipal, como, por exemplo, Carteira Nacional de Habilitação. L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 16Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral CAPÍTULO VI DA CAPACITAÇÃO Art. 11. O exercício das atribuições dos cargos da guarda municipal requer capacitação específica, com matriz curricular compatível com suas atividades. Parágrafo único. Para fins do disposto no caput , poderá ser adap- tada a matriz curricular nacional para formação em segurança pública, elaborada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça. Art. 12. É facultada ao Município a criação de órgão de formação, treinamento e aperfeiçoamento dos integrantes da guarda municipal, tendo como princípios norteadores os mencionados no art. 3º . § 1º Os Municípios poderão firmar convênios ou consorciar-se, visando ao atendimento do disposto no caput deste artigo. § 2º O Estado poderá, mediante convênio com os Municípios inte- ressados, manter órgão de formação e aperfeiçoamentocentralizado, em cujo conselho gestor seja assegurada a participação dos Municípios conveniados. § 3º O órgão referido no § 2º não pode ser o mesmo destinado a formação, treinamento ou aperfeiçoamento de forças militares. L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 17Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral COMENTÁRIO DO MORAL Vamos verticalizar as principais informações sobre a CAPACITAÇÃO DOS GM; 1. Requer capacitação específica; 2. O Município poderá adaptar a matriz curricular nacional elabo- rada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública; 3. O Município poderá criar um órgão próprio de formação (Aca- demia da Guarda); 4. A criação de local de formação poderá ser por Consórcio entre municípios; 5. Se um município ou o Estado já possuírem órgão de formação, poderá ser cedido à formação da GM de outro município, através de CONVÊNIO. 6. Atenção! O órgão não pode ser o mesmo destinado à formação, treinamento ou aperfeiçoamento de forças militares. (A AESP-Academia Estadual de Segurança Pública não poderá formar Guardas Municipais, pois é órgão de formação de Militares). 7. Convênio administrativo, na administração pública brasileira, se refere a acordos firmados entre entidade da administração pública, para realização de objetivos de interesse comum entre os participantes (chamados de partícipes). L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 18Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral CAPÍTULO VII DO CONTROLE Art. 13. O funcionamento das guardas municipais será acompanhado por órgãos próprios, permanentes, autônomos e com atribuições de fis- calização, investigação e auditoria, mediante: I - controle interno, exercido por corregedoria, naquelas com efe- tivo superior a 50 (cinquenta) servidores da guarda e em todas as que utilizam arma de fogo, para apurar as infrações disciplinares atribuídas aos integrantes de seu quadro; e II - controle externo, exercido por ouvidoria, independente em rela- ção à direção da respectiva guarda, qualquer que seja o número de servidores da guarda municipal, para receber, examinar e encaminhar reclamações, sugestões, elogios e denúncias acerca da conduta de seus dirigentes e integrantes e das atividades do órgão, propor soluções, ofe- recer recomendações e informar os resultados aos interessados, garan- tindo-lhes orientação, informação e resposta. § 1º O Poder Executivo municipal poderá criar órgão colegiado para exercer o controle social das atividades de segurança do Município, analisar a alocação e aplicação dos recursos públicos e monitorar os objetivos e metas da política municipal de segurança e, posteriormente, a adequação e eventual necessidade de adaptação das medidas ado- tadas face aos resultados obtidos. § 2º Os corregedores e ouvidores terão mandato cuja perda será decidida pela maioria absoluta da Câmara Municipal, fundada em razão relevante e específica prevista em lei municipal. Art. 14. Para efeito do disposto no inciso I do caput do art. 13, a guarda municipal terá código de conduta próprio, conforme dispuser lei municipal. Parágrafo único. As guardas municipais não podem ficar sujeitas a regulamentos disciplinares de natureza militar. L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 19Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral COMENTÁRIO DO MORAL > Segue dica: CAPÍTULO VIII DAS PRERROGATIVAS Art. 15. Os cargos em comissão das guardas municipais deverão ser providos por membros efetivos do quadro de carreira do órgão ou entidade. § 1º Nos primeiros 4 (quatro) anos de funcionamento, a guarda municipal poderá ser dirigida por profissional estranho a seus quadros, preferencialmente com experiência ou formação na área de segurança ou defesa social, atendido o disposto no caput . § 2º Para ocupação dos cargos em todos os níveis da carreira da guarda municipal, deverá ser observado o percentual mínimo para o sexo feminino, definido em lei municipal. § 3º Deverá ser garantida a progressão funcional da carreira em todos os níveis. Art. 16. Aos guardas municipais é autorizado o porte de arma de fogo, conforme previsto em lei. L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 20Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral Parágrafo único. Suspende-se o direito ao porte de arma de fogo em razão de restrição médica, decisão judicial ou justificativa da adoção da medida pelo respectivo dirigente. Art. 17. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) destinará linha telefônica de número 153 e faixa exclusiva de frequência de rádio aos Municípios que possuam guarda municipal. Art. 18. É assegurado ao guarda municipal o recolhimento à cela, isoladamente dos demais presos, quando sujeito à prisão antes de con- denação definitiva. COMENTÁRIO DO MORAL Vamos verticalizar as 04 PRERROGATIVAS DOS GM; 1. Ocupação dos cargos em comissão da GM somente por Guardas Municipais, com respeito a um percentual mínimo de ocupação por mulheres (percentual definido em lei do próprio município); 2. Porte de arma de fogo conforme Lei; 3. Número 153 e frequência exclusiva de rádio; 4. Isoladamente dos demais presos, quando sujeito à prisão antes de condenação definitiva; L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 21Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral CAPÍTULO IX DAS VEDAÇÕES Art. 19. A estrutura hierárquica da guarda municipal não pode utili- zar denominação idêntica à das forças militares, quanto aos postos e graduações, títulos, uniformes, distintivos e condecorações. COMENTÁRIO DO MORAL Você deve ter percebido que os legisladores tiveram grande preo- cupação de não permitir que as Guardas Municipais construíssem estrutura semelhante às militares, senão, vejamos; 1. Art. 12. § 3º O órgão de formação da GM não pode ser o mesmo destinado a formação, treinamento ou aperfeiçoamento de forças militares; 2. Art. 14. Parágrafo único. As guardas municipais não podem ficar sujeitas a regulamentos disciplinares de natureza militar 3. Art. 19. Proibido utilizar denominação idêntica à das forças mili- tares, quanto aos postos e graduações, títulos, uniformes, distintivos e condecorações L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5 22Página @nexoconcursos ESTATUTO DAS GUARDAS | Prof. Airton Moral CAPÍTULO X DA REPRESENTATIVIDADE Art. 20. É reconhecida a representatividade das guardas municipais no Conselho Nacional de Segurança Pública, no Conselho Nacional das Guardas Municipais e, no interesse dos Municípios, no Conselho Nacional de Secretários e Gestores Municipais de Segurança Pública. COMENTÁRIO DO MORAL A Representatividade das GM é garantida em 02 Conselhos Nacionais; 1. Conselho Nacional de Segurança Pública - CNSP; 2. Conselho Nacional das Guardas Municipais - CNGM; No interesse dos Municípios 1. Conselho Nacional de Secretários e Gestores Municipais de Segu- rança Pública – CNSGMSP. CAPÍTULO XI DISPOSIÇÕES DIVERSAS E TRANSITÓRIAS Art. 21. As guardas municipais utilizarão uniforme e equipamentos padronizados, preferencialmente, na cor azul-marinho. Art. 22. Aplica-se esta Lei a todas as guardas municipais existentes na datade sua publicação, a cujas disposições devem adaptar-se no prazo de 2 (dois) anos. Parágrafo único. É assegurada a utilização de outras denominações consagradas pelo uso, como guarda civil, guarda civil municipal, guarda metropolitana e guarda civil metropolitana. Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 8 de agosto de 2014; 193º da Independência e 126º da República. L ic en se d t o A lin e M ac ie l d e A n d ra d e G u ilh er m e - al in em ac ie ld ea n d ra d e@ h o tm ai l.c o m - 6 21 .1 97 .6 33 -0 5