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ESTATUTO DAS GUARDAS 2020

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Lei nº 13.022/2014 
 ESTATUTO GERAL DAS GUARDAS MUNICIPAIS 
 -COMENTADO- 
 Prof. Airton Moral 
 
 
 
 
 
 Presidência da República Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI Nº 13.022, DE 08 DE AGOSTO DE 2014. 
 
Dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais. 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as guardas municipais, disciplinando o § 8º do 
art. 144 da Constituição Federal. 
Comentário do Moral 
Vamos verticalizar as características desta Lei. 
 Trata-se de uma lei federal; 
 Com 23 artigos; 
 Dividida em 11 capítulos; 
 Criada para disciplinar o § 8º do art. 144 da Constituição Federal. Vejamos o que diz esse texto: 
 § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus 
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. 
 A palavra que melhor descreve o seu futuro cargo é PROTEÇÃO. 
 
Professor de Cursos para Concursos Públicos. Gradu-
ando em Direito - ESTÁCIO. Pós-graduado em Segurança Pú-
blica - FLATED. Graduado em Matemática pela Universidade 
Federal do Ceará - UFC. Bombeiro Militar do Ceará. 
Disciplinas: Legislações Militares, Estatuto da PCCE, RJU Es-
tadual e Federal, Direito Previdenciário, Direito Administrati-
vo. 
 
 
 
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Art. 2º Incumbe às guardas municipais, instituições de caráter civil, uniformizadas e arma-
das conforme previsto em lei, a função de proteção municipal preventiva, ressalvadas as com-
petências da União, dos Estados e do Distrito Federal. 
Comentário do Moral 
Vamos verticalizar as características das Guardas Municipais. 
1) Caráter civil; 
2) Uniformizadas (cor azul-marinho, de preferência); 
3) Armadas (conforme Estatuto do Desarmamento); 
 Entenda ARMA no sentido amplo: taser, sprays de pimenta, cassetetes, armas 
de fogo; 
 Lei n. 10.826/2003 
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo 
para os casos previstos em legislação própria e para: 
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 
(cinqüenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em 
serviço; 
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 
(cinqüenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em 
serviço; 
ATENÇÃO! 
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu 
medida cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5948 para 
autorizar suspender os efeitos de trecho da Lei 10.826/2003 (Estatuto do 
Desarmamento) que proíbe o porte de arma para integrantes das guardas 
municipais de munícipios com menos de 50 mil habitantes e permite o porte 
nos municípios que têm entre 50 mil e 500 mil habitantes apenas quando em 
serviço. 
A medida cautelar determina a suspensão da eficácia da expressão “das 
capitais dos Estados e com mais de 500 mil habitantes”, constante no inciso 
III; e do inciso IV, que autoriza o porte por integrantes das guardas municipais 
dos municípios com mais de 50 mil e menos de 500 mil habitantes, quando em 
serviço, ambos do artigo 6º da Lei 10.826/2003. 
4) Com a função de proteção municipal preventiva. 
 
CAPÍTULO II 
DOS PRINCÍPIOS 
Art. 3º São princípios mínimos de atuação das guardas municipais: 
I - proteção dos direitos humanos fundamentais, do exercício da cidadania e das liberda-
des públicas; 
II - preservação da vida, redução do sofrimento e diminuição das perdas; 
III - patrulhamento preventivo; 
IV - compromisso com a evolução social da comunidade; e 
V - uso progressivo da força. 
 
 
 
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Comentário do Moral 
 Os princípios servirão para confecção do próximo capítulo (COMPETÊNCIAS); 
 Se as palavras REDUÇÃO e DIMINUIÇÃO forem trocadas por ELIMINAÇÃO, marque ERRADO; 
 Se a banca trocar PATRULHAMENTO PREVENTIVO por PATRULHAMENTO REPRESSIVO, marque 
ERRADO; 
 Os incisos I, II e IV determinam a função social das Guardas Municipais: 
 O uso PROGRESSIVO DA FORÇA está alinhado com o principio da PROPORCIONALIDADE E 
MODERAÇÃO. 
 Os incisos II e V preveem a forma para que a Guarda Municipal cumpra sua missão. 
 
CAPÍTULO III 
DAS COMPETÉNCIAS 
Art. 4º É competência geral das guardas municipais a proteção de bens, serviços, logra-
douros públicos municipais e instalações do Município. 
Parágrafo único. Os bens mencionados no caput abrangem os de uso comum, os de uso 
especial e os dominiais. 
Comentário do Moral 
 Os princípios serviram para confecção do próximo capítulo (COMPETÊNCIAS); 
 
 A definição dos bens públicos municipais que devem ser protegidos pela GM está prevista no art. 
99 do Código Civil, senão, vejamos: 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
 
Art. 5º São competências específicas das guardas municipais, respeitadas as competên-
cias dos órgãos federais e estaduais: 
Comentário do Moral 
Para entender as COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS das GM, vamos agrupá-las em 03 funções: 
1) Proteção patrimonial municipal (Incumbência das GM, art. 2º); 
2) Função social, como foco nas pessoas (Princípios I, II e IV, art. 3º); 
3) Possibilidade de atuar em conjunto com órgãos de Segurança Pública e Entidades, estabelecer 
parcerias (convênios e consórcios): 
 
 
 
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Proteção patrimonial municipal (Incumbência das GM, art. 2º) 
I - zelar pelos bens, equipamentos e prédios públicos do Município; 
II - prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir, infrações penais ou administrati-
vas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais; 
VII - proteger o patrimônio ecológico, histórico, cultural, arquitetônico e ambiental do Município, 
inclusive adotando medidas educativas e preventivas; 
 
Possibilidade de atuar em conjunto com órgãos de Segurança Pública e 
Entidades, estabelecer parcerias (convênios e consórcios) 
III - atuar, preventiva e permanentemente, no território do Município, para a proteção sistêmica 
da população que utiliza os bens, serviços e instalações municipais; 
V - colaborar com a pacificação de conflitos que seus integrantes presenciarem, atentando para o 
respeito aos direitos fundamentais das pessoas; 
IX - interagir com a sociedade civil para discussão de soluções de problemas e projetos locais vol-
tados à melhoria das condições de segurança das comunidades; 
XIII - garantir o atendimento de ocorrências emergenciais, ou prestá-lo direta e imediatamente 
quando deparar-se com elas; 
XVII - auxiliar na segurança de grandes eventos e na proteção de autoridades e dignatários; e 
XVIII - atuar mediante ações preventivas na segurança escolar, zelando pelo entorno e participan-
do de ações educativas com o corpo discente e docente das unidades de ensino municipal, de forma a 
colaborar com a implantação da cultura de paz na comunidade local. 
 
 Função social - foco nas pessoas (Princípios
I, II e IV, art. 3º) 
IV - colaborar, de forma integrada com os órgãos de segurança pública, em ações conjuntas que 
contribuam com a paz social; 
VI - exercer as competências de trânsito que lhes forem conferidas, nas vias e logradouros muni-
cipais, nos termos da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), ou de 
forma concorrente, mediante convênio celebrado com órgão de trânsito estadual ou municipal; 
VIII - cooperar com os demais órgãos de defesa civil em suas atividades; 
X - estabelecer parcerias com os órgãos estaduais e da União, ou de Municípios vizinhos, por meio 
da celebração de convênios ou consórcios, com vistas ao desenvolvimento de ações preventivas inte-
gradas; 
XI - articular-se com os órgãos municipais de políticas sociais, visando à adoção de ações interdis-
ciplinares de segurança no Município; 
XII - integrar-se com os demais órgãos de poder de polícia administrativa, visando a contribuir pa-
ra a normatização e a fiscalização das posturas e ordenamento urbano municipal; 
XIV - encaminhar ao delegado de polícia, diante de flagrante delito, o autor da infração, preser-
vando o local do crime, quando possível e sempre que necessário; 
XV - contribuir no estudo de impacto na segurança local, conforme plano diretor municipal, por 
ocasião da construção de empreendimentos de grande porte; 
XVI - desenvolver ações de prevenção primária à violência, isoladamente ou em conjunto com os 
demais órgãos da própria municipalidade, de outros Municípios ou das esferas estadual e federal; 
I - zelar pelos bens, equipamentos e prédios públicos do Município; 
II - prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir, infrações penais ou ad-
ministrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais; 
 
 
 
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III - atuar, preventiva e permanentemente, no território do Município, para a proteção sis-
têmica da população que utiliza os bens, serviços e instalações municipais; 
IV - colaborar, de forma integrada com os órgãos de segurança pública, em ações conjun-
tas que contribuam com a paz social; 
V - colaborar com a pacificação de conflitos que seus integrantes presenciarem, atentan-
do para o respeito aos direitos fundamentais das pessoas; 
VI - exercer as competências de trânsito que lhes forem conferidas, nas vias e logradou-
ros municipais, nos termos da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito 
Brasileiro), ou de forma concorrente, mediante convênio celebrado com órgão de trânsito esta-
dual ou municipal; 
Comentário do Moral 
 Atente para a necessidade de se firmar um CONVÊNIO, para exercer competências de TRÂNSITO, 
quando CONCORRENTE com órgão de trânsito estadual ou municipal. 
 Trata-se de uma competência limitada a FORMA – CONVÊNIO. 
VII - proteger o patrimônio ecológico, histórico, cultural, arquitetônico e ambiental do Mu-
nicípio, inclusive adotando medidas educativas e preventivas; 
Comentário do Moral 
Ex: Zoológico Municipal, CUCAS (esse exemplo só serve para GM de Fortaleza), etc. 
VIII - cooperar com os demais órgãos de defesa civil em suas atividades; 
IX - interagir com a sociedade civil para discussão de soluções de problemas e projetos 
locais voltados à melhoria das condições de segurança das comunidades; 
X - estabelecer parcerias com os órgãos estaduais e da União, ou de Municípios vizinhos, 
por meio da celebração de convênios ou consórcios, com vistas ao desenvolvimento de ações 
preventivas integradas; 
Comentário do Moral 
 O art. 8º deste Estatuto trata da possibilidade de municípios limítrofes (fazem fronteira) 
compartilharem os serviços da Guarda Municipal, bastando, para isso, firmarem convênio. 
Art. 8º Municípios limítrofes podem, mediante consórcio público, utilizar, reciprocamente, os serviços da 
guarda municipal de maneira compartilhada. 
 Outra possibilidade é a de uma GM fazer um convênio com a PRF com a finalidade de alguma 
ação preventiva integrada. 
XI - articular-se com os órgãos municipais de políticas sociais, visando à adoção de ações 
interdisciplinares de segurança no Município; 
Comentário do Moral 
 É possível que a GM adote ações interdisciplinares com os Conselhos Municipais de saúde, 
assistência social, de trabalho, etc.. 
XII - integrar-se com os demais órgãos de poder de polícia administrativa, visando a con-
tribuir para a normatização e a fiscalização das posturas e ordenamento urbano municipal; 
 
 
 
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Comentário do Moral 
 Veja o que diz o artigo 78 do Código Tributário Nacional 
“Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão 
de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da 
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos 
individuais ou coletivos”. 
XIII - garantir o atendimento de ocorrências emergenciais, ou prestá-lo direta e imediata-
mente quando deparar-se com elas; 
Comentário do Moral 
 A GM deve garantir o atendimento, por exemplo, de agentes do SAMU. 
 Vale lembrar que ao se deparar com uma situação de pedido de socorro, na ausência do serviço 
médico, o GM prestar assistência sob o risco de estar cometendo o crime de omissão. 
XIV - encaminhar ao delegado de polícia, diante de flagrante delito, o autor da infração, 
preservando o local do crime, quando possível e sempre que necessário; 
Comentário do Moral 
 Veja o que diz os artigos 300, 301 e 302 do Código de Processo Penal: 
“Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender 
quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
I - está cometendo a infração penal; 
II - acaba de cometê-la; 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação 
que faça presumir ser autor da infração; 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir 
ser ele autor da infração. 
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não ces-
sar a permanência.” 
XV - contribuir no estudo de impacto na segurança local, conforme plano diretor munici-
pal, por ocasião da construção de empreendimentos de grande porte; 
Comentário do Moral 
 A Lei Federal n. 10.257/2001 – Estatuto das Cidades – Estabeleceu em seu artigo 37 os aspectos 
positivos e negativos serem analisados quando da instalação de empreendimento ou atividade 
quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades. São eles: 
I – adensamento populacional; 
II – equipamentos urbanos e comunitários; 
III – uso e ocupação do solo; 
IV – valorização imobiliária; 
V – geração de tráfego e demanda por transporte público; 
VI – ventilação e iluminação; 
VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. 
 
 
 
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XVI - desenvolver ações de prevenção primária à violência, isoladamente ou em conjunto 
com os demais órgãos da própria municipalidade, de outros Municípios ou das esferas estadual 
e federal; 
XVII - auxiliar na segurança de grandes eventos e na proteção de autoridades e dignatá-
rios; e 
Comentário do Moral 
 As festas municipais poderão/deverão contar com a presença da GM; 
 Proteção de autoridades e dignatários também faz parte das competências da GM (Prefeito, 
vereadores, etc.). 
XVIII - atuar mediante ações preventivas na segurança escolar, zelando pelo entorno
e participando de 
ações educativas com o corpo discente e docente das unidades de ensino municipal, de forma a colaborar com a 
implantação da cultura de paz na comunidade local. 
Parágrafo único. No exercício de suas competências, a guarda municipal poderá colaborar ou atuar conjun-
tamente com órgãos de segurança pública da União, dos Estados e do Distrito Federal ou de congêneres de Mu-
nicípios vizinhos e, nas hipóteses previstas nos incisos XIII e XIV deste artigo, diante do comparecimento de órgão 
descrito nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal , deverá a guarda municipal prestar todo o apoio 
à continuidade do atendimento. 
Comentário do Moral 
Os órgãos de segurança pública, previstos na CF, são: 
 Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para 
a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes 
órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. 
 
CAPÍTULO IV 
DA CRIAÇÃO 
Art. 6º O Município pode criar, por lei, sua guarda municipal. 
Parágrafo único. A guarda municipal é subordinada ao chefe do Poder Executivo munici-
pal. 
Comentário do Moral 
 A criação da Guarda Municipal por meio de Lei (lei ordinária), que exige apenas maioria simples. 
 CUIDADO! As bancas costumam colocar em prova LEI COMPLEMENTAR, que exige maioria 
absoluta, o que torna a afirmativa incorreta. 
 O Chefe do Poder Executivo Municipal é o Prefeito. 
Art. 7º As guardas municipais não poderão ter efetivo superior a: 
 
 
 
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I - 0,4% (quatro décimos por cento) da população, em Municípios com até 50.000 (cin-
quenta mil) habitantes; 
II - 0,3% (três décimos por cento) da população, em Municípios com mais de 50.000 (cin-
quenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo não seja infe-
rior ao disposto no inciso I; 
III - 0,2% (dois décimos por cento) da população, em Municípios com mais de 500.000 
(quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo não seja inferior ao disposto no inciso II. 
Parágrafo único. Se houver redução da população referida em censo ou estimativa oficial 
da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é garantida a preservação 
do efetivo existente, o qual deverá ser ajustado à variação populacional, nos termos de lei mu-
nicipal. 
Art. 8º Municípios limítrofes podem, mediante consórcio público, utilizar, reciprocamente, 
os serviços da guarda municipal de maneira compartilhada. 
Comentário do Moral 
 O Estatuto previu a possibilidade de municípios vizinhos criem, mediante Consórcio Público, uma 
Guarda Municipal compartilhada; 
 Consórcio público é uma pessoa jurídica criada por lei, onde os Municípios consorciados, no todo 
ou em parte, destinarão pessoal e bens essenciais à execução dos serviços transferidos; 
 Consórcio público possui natureza autárquica, pertencente à administração Pública Indireta; 
 Esse consórcio permite uma maior abrangência territorial de jurisprudência da GM; 
 A figura dos consórcios públicos está prevista no art. 241 da CF/88, vejamos: 
“Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os 
consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão 
associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal 
e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.” 
Art. 9º A guarda municipal é formada por servidores públicos integrantes de carreira única 
e plano de cargos e salários, conforme disposto em lei municipal. 
Comentário do Moral 
 O CARGO DE GUARDA MUNICIPAL deve ser criado por LEI MUNICIPAL, cujo provimento se dará 
por concurso público. 
CAPÍTULO V 
DAS EXIGÊNCIAS PARA INVESTIDURA 
Art. 10. São requisitos básicos para investidura em cargo público na guarda municipal: 
I - nacionalidade brasileira; 
II - gozo dos direitos políticos; 
III - quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - nível médio completo de escolaridade; 
V - idade mínima de 18 (dezoito) anos; 
VI - aptidão física, mental e psicológica; e 
VII - idoneidade moral comprovada por investigação social e certidões expedidas perante 
o Poder Judiciário estadual, federal e distrital. 
Parágrafo único. Outros requisitos poderão ser estabelecidos em lei municipal. 
 
 
 
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Comentário do Moral 
 Decore a frase: IAI NinGuém Quer Não 
 IAI NGQN – São as iniciais de cada requisito expresso neste Estatuto. 
 Vale lembrar que outros requisitos poderão ser exigidos por lei municipal, como, por exemplo, 
Carteira Nacional de Habilitação. 
CAPÍTULO VI 
DA CAPACITAÇÃO 
Art. 11. O exercício das atribuições dos cargos da guarda municipal requer capacitação 
específica, com matriz curricular compatível com suas atividades. 
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput , poderá ser adaptada a matriz curricular 
nacional para formação em segurança pública, elaborada pela Secretaria Nacional de Segu-
rança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça. 
Art. 12. É facultada ao Município a criação de órgão de formação, treinamento e aperfei-
çoamento dos integrantes da guarda municipal, tendo como princípios norteadores os mencio-
nados no art. 3º . 
§ 1º Os Municípios poderão firmar convênios ou consorciar-se, visando ao atendimento 
do disposto no caput deste artigo. 
§ 2º O Estado poderá, mediante convênio com os Municípios interessados, manter órgão 
de formação e aperfeiçoamento centralizado, em cujo conselho gestor seja assegurada a parti-
cipação dos Municípios conveniados. 
§ 3º O órgão referido no § 2º não pode ser o mesmo destinado a formação, treinamento 
ou aperfeiçoamento de forças militares. 
Comentário do Moral 
Vamos verticalizar as principais informações sobre a CAPACITAÇÃO DOS GM; 
1. Requer capacitação específica; 
2. O Município poderá adaptar a matriz curricular nacional elaborada pela Secretaria Nacional de 
Segurança Pública; 
3. O Município poderá criar um órgão próprio de formação (Academia da Guarda); 
4. A criação de local de formação poderá ser por Consórcio entre municípios; 
5. Se um município ou o Estado já possuírem órgão de formação, poderá ser cedido à formação da 
GM de outro município, através de CONVÊNIO. 
6. Atenção! O órgão não pode ser o mesmo destinado à formação, treinamento ou 
aperfeiçoamento de forças militares. (A AESP-Academia Estadual de Segurança Pública não 
poderá formar Guardas Municipais, pois é órgão de formação de Militares). 
7. Convênio administrativo, na administração pública brasileira, se refere a acordos firmados 
entre entidade da administração pública, para realização de objetivos de interesse comum entre 
os participantes (chamados de partícipes). 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO VII 
DO CONTROLE 
Art. 13. O funcionamento das guardas municipais será acompanhado por órgãos próprios, 
permanentes, autônomos e com atribuições de fiscalização, investigação e auditoria, mediante: 
I - controle interno, exercido por corregedoria, naquelas com efetivo superior a 50 (cin-
quenta) servidores da guarda e em todas as que utilizam arma de fogo, para apurar as infra-
ções disciplinares atribuídas aos integrantes de seu quadro; e 
II - controle externo, exercido por ouvidoria, independente em relação à direção da res-
pectiva guarda, qualquer que seja o número de servidores da guarda municipal, para receber, 
examinar e encaminhar reclamações, sugestões, elogios e denúncias acerca da conduta de
seus dirigentes e integrantes e das atividades do órgão, propor soluções, oferecer recomenda-
ções e informar os resultados aos interessados, garantindo-lhes orientação, informação e res-
posta. 
§ 1º O Poder Executivo municipal poderá criar órgão colegiado para exercer o controle 
social das atividades de segurança do Município, analisar a alocação e aplicação dos recursos 
públicos e monitorar os objetivos e metas da política municipal de segurança e, posteriormente, 
a adequação e eventual necessidade de adaptação das medidas adotadas face aos resultados 
obtidos. 
§ 2º Os corregedores e ouvidores terão mandato cuja perda será decidida pela maioria 
absoluta da Câmara Municipal, fundada em razão relevante e específica prevista em lei muni-
cipal. 
Art. 14. Para efeito do disposto no inciso I do caput do art. 13, a guarda municipal terá có-
digo de conduta próprio, conforme dispuser lei municipal. 
Parágrafo único. As guardas municipais não podem ficar sujeitas a regulamentos discipli-
nares de natureza militar. 
Comentário do Moral 
 Segue dica: 
 
 
 
 
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CAPÍTULO VIII 
DAS PRERROGATIVAS 
Art. 15. Os cargos em comissão das guardas municipais deverão ser providos por mem-
bros efetivos do quadro de carreira do órgão ou entidade. 
§ 1º Nos primeiros 4 (quatro) anos de funcionamento, a guarda municipal poderá ser diri-
gida por profissional estranho a seus quadros, preferencialmente com experiência ou formação 
na área de segurança ou defesa social, atendido o disposto no caput . 
§ 2º Para ocupação dos cargos em todos os níveis da carreira da guarda municipal, deve-
rá ser observado o percentual mínimo para o sexo feminino, definido em lei municipal. 
§ 3º Deverá ser garantida a progressão funcional da carreira em todos os níveis. 
Art. 16. Aos guardas municipais é autorizado o porte de arma de fogo, conforme previsto 
em lei. 
Parágrafo único. Suspende-se o direito ao porte de arma de fogo em razão de restrição 
médica, decisão judicial ou justificativa da adoção da medida pelo respectivo dirigente. 
Art. 17. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) destinará linha telefônica de 
número 153 e faixa exclusiva de frequência de rádio aos Municípios que possuam guarda mu-
nicipal. 
Art. 18. É assegurado ao guarda municipal o recolhimento à cela, isoladamente dos de-
mais presos, quando sujeito à prisão antes de condenação definitiva. 
Comentário do Moral 
Vamos verticalizar as 04 PRERROGATIVAS DOS GM; 
1. Ocupação dos cargos em comissão da GM somente por Guardas Municipais, com respeito a um 
percentual mínimo de ocupação por mulheres (percentual definido em lei do próprio município); 
2. Porte de arma de fogo conforme Lei; 
3. Número 153 e frequência exclusiva de rádio; 
4. Isoladamente dos demais presos, quando sujeito à prisão antes de condenação definitiva; 
CAPÍTULO IX 
DAS VEDAÇÕES 
Art. 19. A estrutura hierárquica da guarda municipal não pode utilizar denominação idênti-
ca à das forças militares, quanto aos postos e graduações, títulos, uniformes, distintivos e con-
decorações. 
Comentário do Moral 
Você deve ter percebido que os legisladores tiveram grande preocupação de não permitir que as 
Guardas Municipais construíssem estrutura semelhante às militares, senão, vejamos; 
1. Art. 12. 
§ 3º O órgão de formação da GM não pode ser o mesmo destinado a formação, treinamento ou 
aperfeiçoamento de forças militares; 
2. Art. 14. 
 
 
 
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Parágrafo único. As guardas municipais não podem ficar sujeitas a regulamentos disciplinares de 
natureza militar 
3. Art. 19. Proibido utilizar denominação idêntica à das forças militares, quanto aos postos e 
graduações, títulos, uniformes, distintivos e condecorações 
CAPÍTULO X 
DA REPRESENTATIVIDADE 
Art. 20. É reconhecida a representatividade das guardas municipais no Conselho Nacional 
de Segurança Pública, no Conselho Nacional das Guardas Municipais e, no interesse dos Mu-
nicípios, no Conselho Nacional de Secretários e Gestores Municipais de Segurança Pública. 
Comentário do Moral 
A Representatividade das GM é garantida em 02 Conselhos Nacionais; 
1. Conselho Nacional de Segurança Pública - CNSP; 
2. Conselho Nacional das Guardas Municipais - CNGM; 
No interesse dos Municípios 
1. Conselho Nacional de Secretários e Gestores Municipais de Segurança Pública – CNSGMSP. 
CAPÍTULO XI 
DISPOSIÇÕES DIVERSAS E TRANSITÓRIAS 
Art. 21. As guardas municipais utilizarão uniforme e equipamentos padronizados, prefe-
rencialmente, na cor azul-marinho. 
Art. 22. Aplica-se esta Lei a todas as guardas municipais existentes na data de sua publi-
cação, a cujas disposições devem adaptar-se no prazo de 2 (dois) anos. 
Parágrafo único. É assegurada a utilização de outras denominações consagradas pelo 
uso, como guarda civil, guarda civil municipal, guarda metropolitana e guarda civil metropolita-
na. 
Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 8 de agosto de 2014; 193º da Independência e 126º da República. 
 
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