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Projeto 15: Prática Profissional de Enfermagem III e IV e Farmacologia Professor: Diego Villarinho Política Nacional de Atenção Básica Centro Universitário Celso Lisboa 5º período Unidade Básica de Saúde é um serviço de Atenção Básica que: • Deve ser a principal porta de entrada ao sistema de saúde; • A Atenção Básica deve ser ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do território, considerando os determinantes e condicionantes de saúde. • É proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, raça/cor, etnia, crença, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, estado de saúde, condição socioeconômica, escolaridade, limitação física, intelectual, funcional e outras. • Para isso, é importante adotar estratégias que permitam minimizar desigualdades/iniquidades, evitando a exclusão social de grupos. PNAB A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. Princípios e diretrizes gerais da Atenção Básica (PNAB, 2011) Atenção Básica - Nomenclatura adotada no Brasil como termo correlato à Atenção Primária à Saúde (APS) AB = APS (CUNHA e SOUZA, 2017) Parágrafo único. A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção Básica - AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes, de forma a associar a ambas os princípios e as diretrizes definidas neste documento. (PNAB, 2017) PNAB PNAB 2011 Portaria GM nº 2.488 de 21/10/2011 Obs.: Também conhecida como PNAB 2012 pois a publicação de uma cartilha pelo MS só ocorreu em 2012. PNAB 2017 Portaria GM nº 2.436 de 21/09/2017 Obs.: Não possui publicação de cartilha pelo MS. “Condensou as políticas da AB em um único documento, elaborou compromissos, reconheceu novas modalidades de eSF e reorganizou a carga horário do profissionais médicos. Ela se articulou com as redes integradas de saúde, visando apoiar a inserção da ESF na rede de serviços e ampliar a abrangência e o escopo das ações da AB.” (CUNHA e SOUZA, 2017, p. 16) “A nova PNAB foi emitida (...) com vistas à revisão da regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do SUS, estabelecendo as diretrizes para organização do componente AB, na RAS.” (CUNHA e SOUZA, 2017, p. 16) PNAB 2017 Definição do que é a AB e como atuará Art. 2º A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. §1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. Define princípios e diretrizes a serem operacionalizadas na AB Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica: I – Princípios: a) Universalidade do acesso; b) Equidade na assistência; e c) Integralidade da assistência. II – Diretrizes: a) Regionalização e Hierarquização: b) Territorialização; c) População Adscrita; d) Cuidado centrado na pessoa; e) Resolutividade; f) Longitudinalidade do cuidado; g) Coordenação do cuidado; h) Ordenação da rede; e i) Participação da comunidade. Conceitos TERRITORIALIZAÇÃO: É o processo de apropriação do território pela equipe da ESF; permitir conhecer as condições em que os indivíduos moram, vivem, trabalham, adoecem e amam a depender do segmento social em que se situam. Esse conhecer implica assumir o compromisso de responsabilizar-se pelos indivíduos e pelos espaços onde esses indivíduos se relacionam. TERRITÓRIO ÁREA = é um uma área de responsabilidade de uma UBS, com enfoque na vigilância em saúde e corresponde a área de atuação das equipes de ESF. TERRITÓRIO MICROÁREA = é uma subdivisão do território área de responsabilidade da equipe da ESF. Corresponde a área de atuação do Agente Comunitário de Saúde (ACS). Objetivo: planejar as ações, organizar os serviços e viabilizar os recursos para o atendimento das necessidades de saúde dos cidadãos / famílias residentes no território, com vistas à melhoria dos indicadores e condições de saúde da comunidade. Objetivo: é a delimitação de espaços onde se concentram grupos populacionais homogêneos de risco ou não risco, com vistas à identificação das necessidades de saúde das famílias residentes, programação e acompanhamento das ações destinadas à melhoria das suas condições de saúde. Exemplo de Território Área da CF Cabo Edney Canazaro de Oliveira Exemplo de Território Microárea da CF Cabo Edney Canazaro de Oliveira PNAB 2011 X 2017 - Mudanças A ESF deixa de ser um modelo único de organização da ABS e passa a ter também a EAB. Equipe de Atenção Básica (eAB) = existe nas unidades onde não tem vulnerabilidades socioeconômica que justifiquem a ESF. É composta nas áreas urbanas. ESF = existe onde tem locais de vulnerabilidades da população. Processo de trabalho e estrutura: • População adscrita. • Por equipe de Saúde da Família (eSF) é de 2.000 a 3.500 • As Unidades Básicas de Saúde devem ter seu funcionamento com carga horária mínima de 40 horas/semanais, no mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 meses do ano, possibilitando acesso facilitado à população. • Horários alternativos de funcionamento podem ser pactuados através das instâncias de participação social, desde que atendam expressamente a necessidade da população, mantendo a carga horária mínima descrita acima. Composição da Equipe de Saúde da Família (eSF) • Composição da equipe ESF: • 1 Enfermeiro, 1 médico, 1 técnico de enfermagem e ACS. • Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura de 100% da população com número máximo de 750 pessoas por ACS. • Podendo acrescentar: • Saúde bucal (Dentista e técnico) e Agente de Combate à Endemias • Carga horária ESF: • 40 horas/semanais para todos os profissionais de saúde membros da eSF. Dessa forma, os profissionais da ESF poderão estar vinculados a apenas uma equipe de saúde da família. Composição da Equipe de Atenção Básica (eAB) mudou em 2019 para Equipe de Atenção Primária (eAP) • Equipe de Atenção Primária passa a ser reconhecida na PNAB. Ela difere da eSF em sua composição de modo a atender às características e necessidades de cada município. • A gestão municipal poderá compor equipes de Atenção Básica (eAP) de acordo com características e necessidades do município. Mínimo de 2000 pessoas população adscrita. Vinculado a eSF ou eAP. Agentes Comunitários de Saúde • Agente Comunitário de Saúde (ACS) pode ser membro da ESF/EAB. • Território único e planejamento integrado das ações, e a coordenação do trabalho do ACS passa a ser responsabilidade de toda a equipe (nível superior). • ACS obrigatório na ESF (quantidade a depender da necessidade e perfil epidemiológico local / em áreas de vulnerabilidade, 1 para máximo de 750 pessoas, cobrindo 100% da pop. / excluído máximo por equipe). • ACS facultativo na EAB. • Amplia as atribuições dos ACS, a serem realizadas em caráter excepcional, assistidas por profissional de nível superior e após treinamento e com autorização legal – aferir a pressão, medição da glicemia e aferir temperatura e realizar técnicas limpas de curativo. Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) Núcleo Ampliado de Saúde da Famíliae Atenção Básica (NASF-AB) Então o Nasf-AB acabou? Esta é pergunta recorrente, agora. O Ministério da Saúde e o Conasems têm dito que não. A publicação da Nota Técnica n º 3/2020-DESF/SAPS/MS, no entanto, deixa ainda mais nítido o que já havia sido anunciado na Política Nacional de Atenção Básica de 2017: não há mais nenhum tipo de estímulo por parte do MS ao modus operandi do Nasf-AB e à lógica do apoio matricial. Além disso, agora fica a cargo do gestor local definir se manterá os profissionais neste ponto de atenção. Caso sim, também cabe a ele definir em que formato os manterá (vinculados a equipes Nasf-AB, vinculados diretamente às eSF, ou não vinculados a nenhuma equipe, apenas cadastrados em uma Unidade Básica de Saúde). Quer dizer, na política nacional o Nasf-AB enquanto estratégia acabou, sim. A posição do Ministério da Saúde é, na prática, pelo fim do Nasf-AB. Nos municípios, talvez acabe, talvez não: como dito, vai depender da decisão do gestor local. Integração Atenção Básica e Vigilância em Saúde • Possibilita a inclusão do ACE na ESF/EAB. • Integração das ações AB e VS (território único): • As ações de atenção básica e da vigilância em saúde devem ser planejadas em conjunto visando as necessidades do território. • O fortalecimento do dialogo e ações conjuntas visam a melhoria das condições de saúde da população. • O monitoramento e a análise conjunta entre as equipes de vigilância e atenção básica proporciona mudanças positivas no cuidado e no processo saúde e doença da população. Educação em Saúde • Todas as UBS são consideradas potenciais espaços de educação, formação de recursos humanos, pesquisa, ensino em serviço, inovação e avaliação tecnológica para a RAS. • Educação Permanente e continuada, deve ser baseada nas necessidades do território e da equipe; • Está nas responsabilidades dos entes a oferta de ações de educação permanente (podendo ser maior ou menor do que 8 horas, deve ser de acordo com a necessidade). Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no. 2.436 de 21 de setembro de 2017. Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2017. BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, set. 1990. BRASIL. Lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 dez. 1990b. CUNHA, C. L. F.; SOUZA, I. L. (orgs.) Guia de trabalho para o enfermeiro na Atenção Primária à Saúde. Curitiba: CRV, 2017. 426 p. Obrigada!
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