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Direitos Políticos PDF

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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
ELEITORAL
Direitos Políticos
Livro Eletrônico
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Direitos Políticos
DIREITO ELEITORAL
Diogo Surdi
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Direitos Políticos .............................................................................................................................................................4
1. Introdução ........................................................................................................................................................................4
2. Direitos Políticos Ativos e Passivos ...............................................................................................................4
3. Condições de Elegibilidade ...................................................................................................................................9
3.1. Nacionalidade Brasileira .................................................................................................................................. 10
3.2. Pleno Exercício dos Direitos Políticos .......................................................................................................11
3.3. Alistamento Eleitoral .........................................................................................................................................14
3.4. Domicílio Eleitoral na Circunscrição .........................................................................................................15
3.5. Filiação Partidária ................................................................................................................................................16
3.6. Idades Mínimas .......................................................................................................................................................18
4. Inelegibilidades .........................................................................................................................................................19
5. Princípio da Anualidade Eleitoral .................................................................................................................. 24
6. Consultas Populares ..............................................................................................................................................27
7. Partidos Políticos .................................................................................................................................................... 28
7.1. Infidelidade Partidária .......................................................................................................................................33
8. Ação de Impugnação de Mandato Eletivo .................................................................................................35
Resumo ...............................................................................................................................................................................38
Mapa Mental ....................................................................................................................................................................44
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................46
Gabarito ...............................................................................................................................................................................61
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................62
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Diogo Surdi
ApresentAção
Olá, pessoal, tudo bem? Acredito e espero que sim!!
Na aula de hoje, estudaremos os Direitos Políticos, fazendo uso, para isso, das regras ex-
pressas no texto da Constituição Federal.
Além disso, veremos as disposições do texto constitucional relacionadas com os Partidos 
Políticos.
Em provas de concurso público, ambos os assuntos apresentam um grande índice de 
exigência.
Forte abraço a todos e bons estudos!
Diogo
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DIREITO ELEITORAL
Diogo Surdi
DIREITOS POLÍTICOS
1. Introdução
Como forma de assegurar que a democracia seja exercida em sua plenitude, a Constitui-
ção Federal tratou se estabelecer diversas regras a serem observadas pelos cidadãos, quer 
no exercício do direito de votar, quer na possibilidade de serem eleitos como representantes 
do povo. Tais possibilidades consagram aquilo que a doutrina denomina de Direitos Políticos.
Assim, podemos conceituar os Direitos Políticos como a possibilidade de os particulares 
participarem, direta ou indiretamente, do processo democrático. Para isso, os cidadãos estão 
sujeitos tanto a prerrogativas quanto a sujeições.
Prerrogativas? Sujeições? O que vem a ser isso, professor?
Simples, pessoal... As prerrogativas podem ser entendidas como as possibilidades de os 
cidadãos influenciarem no processo de escolha dos representantes. Dessa forma, quando nos 
dirigimos a uma seção eleitoral e praticamos o ato de votar, estamos exercendo um direito que 
nos foi conferido.
No entanto, o ato de votar também é uma obrigação, de forma que o seu não exercício 
implica em uma serie de consequências para o respectivo eleitor. Logo, chegamos à conclu-
são de que o voto é um poder-dever conferido a todos os cidadãos que se encontrem habilita-
dos para tal.
2. dIreItos polítIcos AtIvos e pAssIvos
Os direitos políticos podem ser divididos em ativos e passivos.
Os direitos políticos ativos nada mais são do que a possibilidade de o eleitor se alistar e 
votar no candidato de sua escolha. Tais direitos são exercidos por meio da capacidade elei-
toral ativa.
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Os direitos políticos passivos, ao contrário, podem ser conceituados como a possibilidade 
de os cidadãos candidatarem-se e serem eleitos para os diversos cargos eletivos. Tais direitos 
são exercidos por meio da capacidade eleitoral passiva.
A Constituição Federal estabelece, em seu artigo 14, a seguinte redação:
Art. 14, A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
Em todas estas hipóteses, estamos diante dos direitos políticos ativos (capacidade eleito-
ral ativa), que pode ser exercida diretamente (através de plebiscito, referendo e iniciativa popu-
lar) ou indiretamente (através da escolha dos representantes por meio do voto direto e secreto).
O mencionado artigo constitucional,no entanto, pode levantar uma série de dúvidas: o 
que é Sufrágio? O que é Plebiscito? E referendo?
Inicialmente, temos que saber que o sufrágio não se confunde com o voto. Enquanto o pri-
meiro conceito liga-se à ideia do próprio direito em si, o segundo atua como forma de exercer 
este direito.
EXEMPLO
Ao exercer o voto, estamos escolhendo nossos representantes para um dado período de 
tempo. Estamos, em outras palavras, exercendo um direito.
Mas vocês já pararam para pensar em qual direito que está sendo exercido por meio do ato 
de votar?
A resposta para tal pergunta é o sufrágio, que, como mencionado, liga-se a uma ideia maior do 
que o voto, uma vez que envolve o processo eleitoral como um todo.
Assim, o Sufrágio pode ser entendido como a soma da capacidade eleitoral ativa (direito de 
votar) e da capacidade eleitoral passiva (direito de se eleger).
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A doutrina identifica dois tipos de sufrágio, sendo eles o universal e o restrito.
O sufrágio universal, que é o atualmente vigente em nosso ordenamento, é aquele em que 
o direito de votar é estendido a todos os nacionais, desde que obedeçam às condições previs-
tas em lei. Por isso mesmo é que em nosso país todos os brasileiros, em regra, podem votar.
O sufrágio restrito, por outro lado, é aquele que não possibilita que todos os nacionais 
exerçam o direito do voto, mas sim apenas aqueles que atendam a algumas características 
especiais. Tal tipo de sufrágio pode ser capacitário ou censitário.
Teremos sufrágio capacitário quando o direito de votar é conferido apenas às pessoas que 
possuam alguma característica especial, tal como a conclusão de curso superior ou o domínio 
de mais de um idioma.
Da mesma forma, teremos sufrágio censitário quando o direito de votar for assegurado 
apenas àqueles que possuam determinadas condições econômicas, tais como uma renda mí-
nima ou a comprovação da posse de um número certo de bens.
Afirmar que o voto é direto significa garantir que os próprios eleitores serão os responsá-
veis pela escolha dos governantes e parlamentares.
O voto indireto, em sentido contrário, é aquele em que os eleitores elegem delegados, que, 
por sua vez, serão os responsáveis pela escolha dos representantes da população.
Neste sentido é o entendimento de Maria Helena Diniz:
Voto indireto Aquele em que os eleitores elegem delegados que, por sua vez, escolherão aqueles 
que vão ocupar cargos políticos.
Além de direito, o voto também é secreto, de forma que o eleitor não é obrigado a mani-
festar publicamente em quem irá votar para o exercício dos cargos políticos. Trata-se esta, 
talvez, da mais importante garantia assegurada ao voto, e, por consequência, da democracia 
como um todo.
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DIREITO ELEITORAL
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EXEMPLO
Já pensaram em como seria “complicado” se o voto fosse aberto?
Os empregados de uma empresa poderiam se sentir constrangidos em ter que votar em um 
candidato que não fosse o da preferência do patrão.
As eleições, se assim o fosse, correriam o sério risco de não passar de processos de “fachada”, 
uma vez que a democracia não estaria presente e os representantes eleitos não iriam refletir, 
necessariamente, a vontade popular.
Ainda nas disposições iniciais, temos que conhecer os conceitos de plebiscito e referendo.
Ambos os institutos são formas de manifestação direta da vontade popular, consistindo 
em consulta à população sobre matéria constitucional, legislativa ou administrativa.
Enquanto no plebiscito a população é consultada previamente à edição do ato legislativo 
ou administrativo, no referendo, em sentido oposto, o povo é consultado quando a lei ou o ato 
administrativo já foram editados.
De acordo com a Constituição Federal, deverá ocorrer plebiscito sempre que os Estados ou 
Municípios tiverem o interesse de modificar sua extensão territorial. Tal modificação poderá 
ocorrer, dentre outras formas, por desmembramento, incorporação, fusão ou anexação, confor-
me previsão do artigo 18, §§ 3º e 4º, da Constituição:
Art. 18, §3º, Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se ane-
xarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da popula-
ção diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadu-
al, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
EXEMPLO
Como exemplo de plebiscito, podemos citar o caso do Estado do Pará, que, em 2011, convo-
cou a população interessada para decidir pela criação ou não de mais dois Estados: Carajás 
e Tapajós.
Na época, surgiu uma dúvida acerca de qual seria a “população diretamente envolvida” no 
desmembramento: apenas aqueles residentes nos municípios situados em território even-
tualmente pertencente aos novos Estados (em caso de aprovação) ou toda a população do 
Estado do Pará.
Incitado a se manifestar, decidiu o STF, no julgamento da ADI 2650, que o artigo 7º da Lei 9.709, 
de 1998, é plenamente constitucional, de forma que toda a população do Estado estaria obri-
gada a manifestar-se acerca do possível desmembramento. Vejamos o mencionado artigo:
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EXEMPLO
Como exemplo de referendo, tivemos, em 2005, uma consulta à população em momento pos-
terior à alteração do Estatuto do Desarmamento. Com a alteração já efetuada, o comércio de 
armas de fogo se tornara proibido, conforme alteração legislativa.
Após o referendo, a maioria da população decidiu que o comércio de armas de fogo e munições 
deveria ser permitido, de forma que o dispositivo que proibida a comercialização foi excluído, 
posteriormente, do Estatuto do Desarmamento.
Dessa forma, temos que levar para a prova que, assim como ocorre nas eleições para es-
colha de cargos políticos, no plebiscito e no referendo:
a) O voto é facultativo para os analfabetos, para os maiores de 70 anos e para os eleitores 
com idade entre 16 e 18 anos;
b) O voto é obrigatório para os eleitores com idade entre 18 e 70 anos;
c) Cada eleitor vota em sua seção eleitoral (a mesma das eleições);
d) Aqueles que deixarem de votar devem se justificar, sob pena de não ficarem em dia com 
a Justiça Eleitoral.
001. (IBFC/ASC/CBM AC/2022) A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e 
pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Assinale a alternativa que apresenta uma 
forma de exercício de soberania popular, além das formas supracitadas.
a) Direito de reunião
b) Emenda constitucional
c) Iniciativa popular
d) Mandado se segurança individual
A iniciativa popular,dentre as alternativas propostas, é uma forma de exercício de soberania 
popular, conforme previsão do texto constitucional.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
(...) entende-se por população diretamente interessada tanto a do território que se pretende des-
membrar, quanto a do que sofrerá desmembramento; em caso de fusão ou anexação, tanto a po-
pulação da área que se quer anexar quanto a da que receberá o acréscimo; e a vontade popular se 
aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da população consultada.
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II – referendo;
III – iniciativa popular.
Letra c.
002. (FCC/TEC LEG/CL DF/TÉCNICO LEGISLATIVO/2018) De acordo com a Constituição 
Federal, a soberania popular é exercida, nos termos da lei, por meio de instrumentos como
a) o plebiscito, o referendo, a iniciativa popular e o voto direto e aberto.
b) a iniciativa popular e o voto indireto e secreto.
c) o sufrágio universal e o voto indireto e secreto.
d) a iniciativa popular, o referendo e o voto indireto e aberto.
e) o plebiscito e o referendo.
A questão deve ser respondida de acordo com as disposições do artigo 14, de seguinte redação:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
Claramente se percebe que a Letra E, por retratar os instrumentos de exercício da soberania 
popular, é a resposta da questão.
Letra e.
3. condIções de elegIbIlIdAde
Para poder concorrer a um cargo eletivo, o particular deve possuir todas as condições de 
elegibilidade e não recair em nenhuma das causas de inelegibilidade.
Podemos conceituar elegibilidade como os pressupostos legais para que um indivíduo seja 
votado, ao passo que a inelegibilidade pode ser compreendida como as situações que afastam 
a possibilidade de que isso ocorra.
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Dessa forma, estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 14, § 3º, as condições de 
elegibilidade:
Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e 
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Professor, é necessário conhecer essas condições?
Muito mais do que necessário, pessoal! É elementar! Isso porque muitas questões de 
prova se limitam a exigir a literalidade das condições aqui apresentadas, ou então tentam 
confundir os candidatos menos atentos com pequenas alterações no sentido de cada uma 
das assertivas.
3.1. nAcIonAlIdAde brAsIleIrA
Não podemos confundir nacionalidade com naturalidade. Naturalidade está ligada com 
o local em que a pessoa nasceu, ao passo que a Nacionalidade confere à pessoa um vínculo 
com um determinado Estado.
Para efeitos de elegibilidade, podem ser candidatos, em regra, tanto os brasileiros natos 
quanto os naturalizados. No entanto, alguns cargos apenas poderão ser preenchidos por brasi-
leiros natos, sendo eles, de acordo com a Constituição (art. 12, § 3º) os seguintes:
Art. 12, § 3º, São privativos de brasileiro nato os cargos:
I – de Presidente e Vice-Presidente da República;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – da carreira diplomática;
VI – de oficial das Forças Armadas.
VII – de Ministro de Estado da Defesa
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Percebam que existe uma lógica por traz dos cargos privativos de brasileiros natos. São 
eles os representantes das autoridades máximas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judici-
ário, ou então cargos essenciais para a defesa do próprio Estado.
Importante exceção é tida com relação aos portugueses equiparados. E isso se tornou 
possível com a entrada em vigor do Tratado da Amizade, expresso pelo Decreto n. 3.927/2001. 
Tal norma apresenta, em seu artigo 17, as seguintes possibilidades:
Artigo 17, 1. O gozo de direitos políticos por brasileiros em Portugal e por portugueses no Brasil só 
será reconhecido aos que tiverem três anos de residência habitual e depende de requerimento à 
autoridade competente.
2. A igualdade quanto aos direitos políticos não abrange as pessoas que, no Estado da nacionalida-
de, houverem sido privadas de direitos equivalentes.
3. O gozo de direitos políticos no Estado de residência importa na suspensão do exercício dos mes-
mos direitos no Estado da nacionalidade.
E o que podemos entender de tais dispositivos?
Primeiramente, que é assegurado aos portugueses com residência no Brasil há mais de 
3 anos o direito de exercitarem os Direitos Políticos. No entanto, para que isso seja possível, 
deve haver reciprocidade, em Portugal, quanto aos brasileiros lá residentes pelo mesmo perí-
odo de tempo.
Outra peculiaridade é que nem todos os cargos políticos poderão ser ocupados pelos por-
tugueses equiparados, uma vez que os cargos privativos de brasileiros natos não admitem 
esta possibilidade.
Por fim, o exercício dos direitos políticos em um dos dois países implica em suspensão do 
exercício dos mesmos direitos no outro país.
3.2. pleno exercícIo dos dIreItos polítIcos
Estar em pleno exercício dos Direitos Políticos implica em não recair em nenhuma das 
causas de suspensão ou perda dos Direitos Políticos. Tais possibilidades estão previstas no 
artigo 15 da Constituição:
Art. 15, É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
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Pessoal, não é exagero afirmar que aqui estamosdiante de uma das maiores divergên-
cias doutrinárias de todo o Direito Eleitoral. Tal confusão vem à tona quando se tenta clas-
sificar cada uma das cinco hipóteses acima como casos de perda ou de suspensão dos 
direitos políticos.
Praticamente toda a doutrina concorda que a situação expressa no inciso I é situação de 
perda, uma vez que o naturalizado, ao ter sua naturalização cancelada com trânsito em julga-
do, perde definitivamente a possibilidade de exercer os direitos políticos.
Da mesma forma, as situações elencadas nos incisos II, III e IV não encontram maiores 
divergências sobre o fato de serem situações de suspensão. Em todas elas, pode o particular 
readquirir, com o passar do tempo, os direitos políticos.
Na incapacidade civil absoluta (inciso II), pode o incapaz tornar-se capaz, situação em que 
todos os direitos políticos lhe serão assegurados. Da mesma forma, nos casos de Improbidade 
Administrativa (inciso V) ou de Condenação Criminal (inciso III), como estamos diante de situa-
ções que ensejam penalidades, e considerando que o nosso ordenamento jurídico não admite 
penas eternas, com o cumprimento das sanções o particular poderá exercer novamente os 
direitos políticos anteriormente suspensos.
A grande divergência ocorre com relação à situação estabelecida no inciso IV: “recusa de 
cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII”. Esta-
mos aqui diante da conhecida Escusa de Consciência.
Vamos entender melhor como isso funciona?
Inicialmente, a CF/88 estabelece, em seu artigo 5º, VIII, a seguinte redação:
Art. 5º, VIII, Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosó-
fica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a 
cumprir prestação alternativa, fixada em lei.
Pois bem... Caso alguém alegue a escusa de consciência como motivo para não cumprir 
com uma obrigação legal a todos imposta, nenhum direito poderá lhe ser privado. No entanto, 
para que isso não ocorra, faz-se necessário o cumprimento de prestação social alternativa.
Caso não cumpra com tal prestação alternativa, aí sim não tem jeito, de forma que a pes-
soa terá os seus direitos políticos... Suspensos ou Perdidos?
Segundo o professor Alexandre de Moraes, tal situação enseja a perda dos direitos polí-
ticos. Por outro lado, diversos diplomas legais afirmam o oposto, ou seja, que a situação em 
tela enseja a suspensão dos Direitos Políticos. Neste sentido, por exemplo, é o artigo 438 do 
Código de Processo Penal:
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Art. 438, A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política importará 
no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não 
prestar o serviço imposto.
No mesmo sentido estabelece o artigo 4º, §§ 1º e 2º, da Lei n. 8.239 (norma que regula-
menta a forma como se dará a prestação social alternativa):
Art. 4º, § 1º A recusa ou cumprimento incompleto do Serviço Alternativo, sob qualquer pretexto, 
por motivo de responsabilidade pessoal do convocado, implicará o não-fornecimento do certificado 
correspondente, pelo prazo de dois anos após o vencimento do período estabelecido.
§ 2º Findo o prazo previsto no parágrafo anterior, o certificado só será emitido após a decretação, 
pela autoridade competente, da suspensão dos direitos políticos do inadimplente, que poderá, a 
qualquer tempo, regularizar sua situação mediante cumprimento das obrigações devidas.
A confusão é tamanha que as próprias bancas organizadoras possuem entendimentos em 
sentidos opostos.
E na hora da prova, professor, o que fazer?
Devemos usar o bom senso. Acredito que uma questão com as duas opções de resposta 
(perda e suspensão), nos dias atuais, seria alvo de uma imensidão de recursos, com grandes 
chances de ser anulada. Ainda assim, é possível afirmar que a doutrina majoritária possui en-
tendimento de que a mencionada situação é caso de suspensão dos direitos políticos.
Organizando nosso conhecimento, ficamos com as seguintes situações:
Cancelamento da naturalização por 
sentença transitada em julgado
Perda
Incapacidade civil absoluta
Suspensão
Condenação criminal transitada em 
julgado, enquanto durarem seus 
efeitos
Suspensão
Improbidade administrativa Suspensão
Recusa de cumprir obrigação 
a todos imposta ou prestação 
alternativa (escusa de consciência)
Divergência, sendo que a doutrina 
majoritária possui entendimento de que é 
caso de suspensão dos direitos políticos
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DIREITO ELEITORAL
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003. (FCC/ANA JUR/SEAD AP/2018) Em uma situação hipotética, João Pedro, empresário 
do ramo minerário, com pretensão de se candidatar a deputado estadual, foi condenado pela 
prática do crime de sonegação fiscal em primeira instância. Convencido de sua inocência, ele 
orientou seu advogado a recorrer contra essa condenação, pois sabe que, no campo dos direi-
tos políticos, a condenação criminal transitada em julgado é causa de
a) conscrição.
b) perda ou suspensão desses direitos.
c) hipossuficiência.
d) improbidade administrativa.
e) inalistabilidade ab initio.
De acordo com a Constituição Federal, a condenação criminal transitada em julgado é causa 
de suspensão ou perda dos direitos políticos.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
Letra b.
3.3. AlIstAmento eleItorAl
É por meio do alistamento eleitoral que o indivíduo adquire a condição de cidadão, passan-
do assim a poder usufruir o direito do voto.
Através do alistamento, o então cidadão pode exercer a sua Capacidade Eleitoral Ativa 
(Direito de Votar), mas ainda não poderá exercer a Capacidade Eleitoral Passiva (Direito de ser 
Votado), uma vez que deve atender a outras condições de elegibilidade.
Disso decorre que todo elegível é obrigatoriamente um eleitor, mas nem todo eleitor é 
considerado elegível.
Em outras palavras, todos aqueles que possuem a capacidade eleitoral passiva (serem 
votados), para conseguirem chegar nesta situação tiveram que atender a todas as condições 
de elegibilidade, dentre as quais se encontra o alistamento eleitoral, que possibilita o exercício 
da capacidade eleitoral ativa (direito de votar).
No tocante a esta (a Capacidade Ativa), estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 14, 
§ 1º, as situações em que o seu exercício será obrigatório ou facultativo:
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Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
Assim, são obrigados a realizar o alistamento e arespectiva votação aqueles que se encon-
trem na faixa etária de 18 a 70 anos.
Para aqueles com 16 a 18 anos, ou então com idade superior a 70, tais procedimentos se-
rão facultativos.
Além disso, a Constituição Federal faculta aos analfabetos a possibilidade de alista-
mento e voto.
3.4. domIcílIo eleItorAl nA cIrcunscrIção
De início, cumpre salientar que Domicílio Eleitoral não é a mesma coisa que Domicílio Ci-
vil. O Domicílio Civil trata-se de um conceito mais restrito, estabelecido nos artigo 70 e 71 do 
Código Civil:
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo 
definitivo.
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, conside-
rar-se-á domicílio seu qualquer delas.
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O domicílio eleitoral, por sua vez, é um conceito mais amplo, uma vez que se trata de 
qualquer residência ou moradia do cidadão. Logo, percebe-se que o domicílio eleitoral, ao 
contrário do domicílio civil, não exige ânimo de permanência, de forma que, na situação do 
indivíduo possuir duas residências ou moradias, qualquer uma delas poderá ser considerada 
domicílio eleitoral.
Para controlar tal mandamento, temos que o domicílio do Prefeito, do Vice-prefeito e dos 
Vereadores é o respectivo Município. Para os Governadores e respectivos vices, bem como 
para os Deputados Federais, Deputados Estaduais e Senadores, qualquer município localiza-
do dentro do respectivo Estado. Para o Presidente e Vice-presidente, por fim, o domicílio será 
qualquer um dos municípios da Federação.
A prova de qualquer um dos domicílios será feita mediante a apresentação do respectivo 
título de eleitor.
3.5. FIlIAção pArtIdárIA
Com a filiação partidária, o cidadão passa a ter um vínculo que, em tese, englobaria os ide-
ais defendidos pelo partido.
Desta forma, temos que memorizar que não é possível, em nosso ordenamento, a exis-
tência de candidaturas avulsas, assim consideradas aquelas que não estão vinculadas a um 
Partido Político.
Situação interessante, e que representa uma exceção à regra da filiação com 6 meses de 
antecedência, é a do militar. E isso ocorre porque o militar, de acordo com a CF/88, em seu 
artigo 142, V, não pode filiar-se a partido político enquanto estiver em serviço ativo:
Art. 142, V, O militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos;
Isso quer dizer que os militares que estiverem na ativa não poderão concorrer a cargos 
políticos?
Para evitar que isso ocorra, e considerando que estamos diante de um aparente confronto 
entre artigos constitucionais, é que o TSE possui o entendimento de que a condição de elegibi-
lidade relativa à filiação partidária não é exigível ao militar da ativa que pretenda concorrer a 
cargo eletivo, bastando o pedido de registro de candidatura, após prévia escolha em conven-
ção partidária.
Ainda no que se refere aos militares, estabelece a CF/88, em seu artigo 14, § 8, as regras a 
serem observadas após o registro da candidatura.
Art. 14, §8º, O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
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II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, pas-
sará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
004. (FCC/TJ TRE PR/ADMINISTRATIVA/2017) De acordo com as normas da Constituição 
Federal, o militar alistável,
a) com menos de dez anos de serviço, poderá candidatar-se para cargo político, mas deverá 
afastar-se da atividade.
b) com menos de dez anos de serviço, poderá candidatar-se para cargo político, quando será 
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diploma-
ção, para a inatividade.
c) com mais de dez anos de serviço, poderá candidatar-se para cargo político e, se eleito, deve-
rá ser agregado pela autoridade superior.
d) com mais de dez anos de serviço, poderá candidatar-se para cargo político, quando será 
agregado pela autoridade superior e, se eleito, poderá cumular o exercício do cargo político 
com a função militar, se não estiver conscrito e se houver compatibilidade de horários.
e) que esteja em atividade, não poderá candidatar-se para cargo político.
Sobre a possibilidade de o militar alistável candidatar-se aos cargos eletivos, devemos fazer 
uso das disposições do artigo 14, § 8º, da Constituição Federal, de seguinte redação:
Art. 14, § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, pas-
sará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
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a) Certa. Por possuir menos de 10 anos de serviço, deverá o militar, para que seja possível can-
didatar-se aos cargos eletivos, afastar-se da respectiva atividade.
b) Errada. Se contar com menos de 10 anos, deverá ele afastar-se da atividade.
c) Errada. Aqui, será ele será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automati-
camente, no ato da diplomação, para a inatividade.
d) Errada. Se eleito, passará o militar automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
e) Errada. O militar em atividade poderá candidatar-se para os cargos políticos, devendo, para 
isso, observar as regras constitucionais relacionadas com o tempo de serviço.
Letra a.
3.6. IdAdes mínImAs
De todas as condições para que o indivíduo possa candidatar-se a um cargo eletivo, esta, 
sem sombra de dúvidas, é a mais exigida em concursos públicos.
Assim, a CF/88 estabelece as seguintes idades mínimas, a depender do cargo que estará 
em disputa:
• 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
• 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
• 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e 
juiz de paz;
• 18 anos para Vereador.
005. (AOCP/ASS PREV/IPE PREV/2022) Analise o seguinte caso hipotético:
Determinado empresário, com grande influência política em âmbito nacional, deseja se candi-
datar ao cargo de Presidente da República nas eleições do ano de 2022. À luz das disposições 
constitucionais, é condição de elegibilidade, para o cargo de Presidente da República, a ida-
de mínima de
a) 18 (dezoito) anos.
b) 21 (vinte e um) anos.
c) 24 (vinte e quatro) anos.
d) 30 (trinta) anos.
e) 35 (trinta e cinco) anos.
Para concorrer ao cargo de Presidente da República, uma das condições de elegibilidade é a 
idade mínima de 35 anos.
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Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
Letra e.
4. InelegIbIlIdAdes
O instituto da inelegibilidade é um dos mais importantes de todo o Direito Eleitoral. Por 
meio dele, consegue-se verificar, nas hipóteses previstas na Constituição Federal ou na Lei 
Complementar n. 64/1990 (conhecida como Lei das Inelegibilidades), se o cidadão está ou não 
apto a exercer a sua capacidade eleitora passiva, ou seja, o direito de ser votado nas eleições.
O renomado autor José Afonso da Silva apresenta um conceito de Inelegibilidade que me-
rece destaque, uma vez que traduz com precisão a forma como tal instituto obsta a capacida-
de do cidadão eleger-se:
Inelegibilidade revela impedimento à capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado). Obsta, 
pois, à elegibilidade. Não se confunde com inalistabilidade, que é o impedimento à capacidade elei-
toral ativa (direito de ser eleitor), nem com incompatibilidade, impedimento ao exercício do mandato 
depois de eleito.
Dentre as diversas classificações existentes em nosso ordenamento, aquela que é exigida 
em provas de concurso é a referente às inelegibilidades absolutas e relativas.
Trata-se de conhecimento de fácil entendimento, de forma que as situações de inelegibi-
lidade absoluta são aquelas que impedem o exercício de todos os cargos eletivos existentes 
em nosso ordenamento.
Por outro lado, os casos de inelegibilidade relativa são situações que impedem o exercício 
para determinados cargos eletivos. Nesta última situação, vem à tona o conceito de desin-
compatibilização, que nada mais é do que o prazo antes do qual o cidadão deverá afastar-se 
do cargo ou função pública que exerce como forma de poder participar do pleito democrático.
EXEMPLO
Tício foi eleito Prefeito do Município de Concurcity! Dois anos após, resolve se candidatar a 
Governador do Estado de Concursópolis. Para que possa assim proceder, de acordo com as 
disposições da Constituição Federal, deverá afastar-se do cargo de Prefeito 6 meses antes da 
data da realização das eleições para Governador.
Este afastamento nada mais é do que a desincompatibilização, de forma que se Tício não pro-
ceder desta forma será considerado inelegível para a realização da eleição almejada.
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Vejamos as hipóteses de Inelegibilidade previstas na Constituição Federal:
a) São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. (Art. 14, §4º)
Aqui, estamos diante de uma inelegibilidade absoluta, ou seja, os inalistáveis e os analfa-
betos não poderão se candidatar para nenhum Cargo Eletivo, motivo pelo qual não há que se 
falar em desincompatibilização.
De acordo com as informações da Constituição Federal, em conjunto com as disposições 
do Código Eleitoral, as seguintes pessoas são consideradas inalistáveis:
• Estrangeiros;
• Conscritos durante o período do serviço militar obrigatório;
• Os que não saibam exprimir-se na língua nacional;
• Os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos.
006. (VUNESP/SOLD/PM SP/2ª CLASSE/2022) De acordo com a Constituição Federal, são 
inelegíveis:
a) os analfabetos e os militares alistáveis.
b) os estrangeiros e os conscritos, durante o serviço militar obrigatório.
c) os estrangeiros naturalizados e os condenados por sentença judicial.
d) os militares alistáveis e o cônjuge do Presidente da República.
e) o cônjuge e os parentes consanguíneos e afins, de Governadores e Prefeitos, no territó-
rio nacional.
Estabelece o § 2º do artigo 14 da Constituição Federal que,
Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obriga-
tório, os conscritos.
Tais pessoas, por não poderem se alistar, são considerados inelegíveis, uma vez que não aten-
dem à condição de elegibilidade do alistamento eleitoral.
Letra b.
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b) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do 
pleito. (Art. 14, §6º)
Os Chefes do Executivo podem perfeitamente ser eleitos para um período subsequente. No 
entanto, caso queiram se candidatar para outro cargo eletivo, deverão se afastar em caráter 
permanente (renúncia) dos respectivos mandatos no prazo de 6 meses antes da realização 
das eleições.
E neste caso, inelegibilidade absoluta ou relativa?
Com toda certeza é relativa, uma vez que os Chefes do Executivo podem concorrer para 
mais um mandato além daquele que estão exercendo (reeleição) sem a necessidade de se 
desincompatibilizarem do cargo. Apenas haverá tal necessidade quando o Presidente, os Go-
vernadores ou os Prefeitos desejarem concorrer a cargo diferente do já ocupado.
c) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou 
afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou 
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. (Art. 14, §7º)
Temos aqui a conhecida “Inelegibilidade Reflexa”, de forma que os parentes até segundo 
grau dos Chefes do Executivo não poderão, via de regra, se candidatar para Cargos Eletivos 
dentro da circunscrição do titular.
EXEMPLO
Como exemplo, imaginemos um Prefeito que acabou de ser eleito para o cargo. No municí-
pio em que este estiver exercendo as suas atribuições, seus parentes até o segundo grau não 
poderão ser eleitos, por exemplo, para o cargo de Vereador.
Importante mencionar que, caso o parente já esteja exercendo as atribuições do cargo, 
não há que se falar em inelegibilidade. Da mesma forma, se ambos forem eleitos na mesma 
eleição, a inelegibilidade fica afastada.
EXEMPLO
Na cidade de Concurcity, Mévio foi eleito para vereador nas eleições de 2008. Em 2012, concor-
reu novamente ao cargo e foi reeleito. Nesta última eleição, porém, Tício, que é filho de Mévio 
(parente de primeiro grau) candidatou-se ao cargo de Prefeito e acabou sendo eleito.
Nesta situação, algum deles será declarado inelegível?
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Claro que não, uma vez que quando Tício foi eleito para o cargo de Prefeito (fato gerador da 
Inelegibilidade Reflexa), Mévio já ocupava o cargo de Vereador.
A mesma lógica se aplica caso os dois candidatos (Tício e Mévio) tivessem corrido na mesmaeleição e não estivessem exercendo, anteriormente, nenhum cargo eletivo.
Neste último exemplo, caso Tício fossem eleito Prefeito e Mévio não conseguisse se eleger 
Vereador, ficaria Mévio impedido de candidatar-se até que Tício estivesse ocupando o cargo.
Algum aluno poderia estar se questionando se a inelegibilidade seria afastada pela dis-
solução do vínculo conjugal (separação), no exercício do primeiro mandato, como forma de 
possibilitar que o cônjuge se tornasse elegível. Tal situação é possível?
O STF possui entendimento de que a separação ou dissolução do vínculo conjugal, ainda 
que ocorra no período do primeiro mandato, não afasta a inelegibilidade prevista na Constitui-
ção Federal. Tal entendimento está exposto na Súmula Vinculante n. 18:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do man-
dato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.
EXEMPLO
Jorge, que é casado com Fernanda, é Governador do Estado de Concursópolis. Nesta situação, 
Fernanda é considerada inelegível no território de jurisdição do titular (todo o Estado).
No entanto, seria muito fácil “driblar” a regra da inelegibilidade forjando uma separação conju-
gal, situação que deixaria os dois cônjuges em condições de disputar qualquer cargo na res-
pectiva jurisdição, não é mesmo?
Assim, como forma de evitar que isso ocorra, o entendimento dos Tribunais Superiores é de 
que, no caso concreto, ainda que haja a separação do casal no curso do primeiro mandato de 
Jorge, tal ocorrência não afastará a inelegibilidade de Fernanda.
E se Jorge renunciar ao cargo, Fernanda é considerada elegível?
Depende! Para que isso ocorra, a renúncia de Jorge deverá ocorrer no curso do primeiro man-
dato, ou seja, Jorge deve renunciar em uma situação em que poderia concorrer ao segundo 
mandato. Caso ele já esteja no curso do segundo mandato (foi reeleito), nem mesmo a sua 
renúncia acarreta a possibilidade de Fernanda concorrer a algum cargo na circunscrição.
007. (FCC/TJ TRE SP/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2017) Brasileiro naturaliza-
do, com 25 anos de idade, pela segunda vez consecutiva no exercício do mandato de Vereador, 
filho do Governador do Estado em que possui domicílio eleitoral, poderá, à luz da Constituição 
Federal, candidatar-se, na esfera
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a) municipal, à reeleição para Vereador, apenas, sem precisar para tanto renunciar ao respec-
tivo mandato.
b) municipal, a Prefeito, apenas, desde que renuncie ao respectivo mandato até seis meses 
antes do pleito.
c) municipal, à reeleição para Vereador ou a Prefeito, devendo, neste último caso, renunciar ao 
respectivo mandato até seis meses antes do pleito.
d) estadual, a Deputado Estadual, mas não a Governador do Estado, estando ainda impossibi-
litado de concorrer a mandatos na esfera municipal.
e) estadual, a Governador do Estado, mas não a Deputado Estadual, estando ainda impossibi-
litado de concorrer a mandatos na esfera municipal.
De acordo com o § 7º do artigo 14, temos a previsão de que,
São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou 
afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou 
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses an-
teriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Sendo assim, a regra geral é a de que são inelegíveis, no território de jurisdição dos Chefes do 
Poder Executivo, o cônjuge e parentes até segundo grau. No entanto, devemos observar que o 
filho do Governador já ocupa o mandato de Vereador, se enquadrando, desta forma, na exceção 
do final do mencionado artigo. Logo, está correta a Letra A e incorretas as Letras B e C.
Consequentemente, poderá ele candidatar-se, na esfera municipal, apenas para o cargo de 
Vereador, não havendo necessidade, pelo fato do cargo pertencer ao Poder Legislativo, de 
 desincompatibilização.
No âmbito estadual, não haverá possibilidade de concorrer a nenhum cargo eletivo (Erro das 
Letras D e E).
Letra a.
Por fim, importante afirmar que as situações de inelegibilidade não se resumem às previs-
tas no texto constitucional, podendo, de acordo com o artigo 14, § 9º da Constituição Federal, 
ser estabelecidas novas formas por intermédio de Lei Complementar.
Art. 14, § 9º, Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato 
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influ-
ência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração 
direta ou indireta.
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5. prIncípIo dA AnuAlIdAde eleItorAl
A Constituição Federal apresenta, em seu artigo 16, o princípio da anualidade eleitoral, que, 
como o próprio nome sugere, está intimamente ligado com o Direito Eleitoral. Pode-se afirmar, 
inclusive, que tal princípio é o norteador da maior parte das atividades desenvolvidas pela 
Justiça Eleitoral, conferindo peculiaridades existentes apenas neste ramo do direito.
Vejamos o mencionado artigo constitucional:
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se 
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Merece destaque, para a correta compreensão do princípio, a compreensão das diferenças 
existentes entre a vigência e eficácia das normas.
A vigência está relacionada com o momento em que a norma adentra no ordenamento ju-
rídico. Dessa forma, caso uma lei eleitoral seja publicada e nada mencione acerca do período 
de vigência, esta ocorrerá 45 dias após a sua publicação.
Trata-se a vigência, em última análise, do momento em que a norma, após passar por todas 
as suas fases procedimentais, pode, após um período de tempo, produzir efeitos.
A eficácia, por sua vez, relaciona-se com o momento em que a norma inicia a produção de 
efeitos jurídicos perante terceiros. Na imensa maioria dos ramos do direito, a eficácia, como 
regra, possui o mesmo lapso temporal que a vigência.
Como resultado, uma lei publicada e que nada mencione sobre o momento de início da pro-
dução de efeitos jurídicos terá o início de tais efeitos no mesmo momento em que a vigência.
EXEMPLO
Com exemplo, podemos citar uma lei que foi publicada em 05 de maio de 2015 e que mencione 
que nesta mesma data inicia a produção de efeitos. Neste caso, tanto a vigência quanto a efi-
cácia da norma terão início no mesmo dia, ou seja, na data de publicação. Isso vale para quase 
todos os ramos do Direito.
Com o Direito Eleitoral isso não ocorre, de forma que a eficácia das leis eleitorais apenas ocor-
rerá após o período de 1 ano da data em que a norma entrar em vigor. Em tal ramo do direito, 
caso uma norma entre em vigor no dia 05 de julho de 2015, apenas poderá produzir efeitos a 
partir do dia 06 de julho de 2016.
Evita-se, com o princípio da anualidade, que o legislador modifique, no ano eleitoral, as 
regras pertinentes às eleições, obstando assim que o abuso do podereconômico possa modi-
ficar as regras eleitorais com o objetivo de fraudar a lisura de todo o certame.
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Para compreendermos bem a forma como ocorre a anualidade eleitoral, vejamos uma situ-
ação prática: Em janeiro de 2022 (ano eleitoral), o legislador realiza uma série de modificações 
nas leis que se destinam a regulamentar o processo eleitoral, estabelecendo expressamente 
que as alterações entrariam em vigor na data de publicação da norma.
Neste caso, qual o momento de vigência e de eficácia da lei?
No caso na vigência, está ocorrerá no mesmo dia em que a lei em questão for publicada, 
uma vez que há previsão neste sentido.
No caso da eficácia, os efeitos das modificações apenas poderão ocorrer nas eleições que 
se realizarem após o período de 1 ano da data em que a lei entrou em vigor, ou seja, apenas nas 
eleições que ocorrerem após janeiro de 2023.
Dada a importância do princípio em questão, o STF já reconheceu que a anualidade eleito-
ral (que se destina a regulamentar os direitos políticos) trata-se de uma cláusula pétrea, con-
forme se observa do julgado da ADI 3.685:
JURISPRUDÊNCIA
Além de o referido princípio conter, em si mesmo, elementos que o caracterizam como 
uma garantia fundamental oponível até mesmo à atividade do legislador constituinte 
derivado, nos termos dos arts. 5º, § 2º, e 60, § 4º, IV, a burla ao que contido no art. 16 
ainda afronta os direitos individuais da segurança jurídica (CF, art. 5º, caput) e do devido 
processo legal (CF, art. 5º, LIV).
Assim, podemos relacionar como principais características do princípio da anualidade o 
fato de tratar-se de uma cláusula pétrea e de destinar-se a evitar modificações legislativas 
antes de um período razoável de tempo.
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Direitos Políticos
DIREITO ELEITORAL
Diogo Surdi
008. (FGV/UNI NAC/OAB/2022) Faltando um ano e meio para a eleição dos cargos políticos 
federais e estaduais, é promulgada pelo Presidente da República uma lei que estabelece diversas 
alterações no processo eleitoral. Alguns partidos políticos se insurgem, alegando ser inconstitu-
cional que essa lei produza efeitos já na próxima eleição. Afirmam que uma nova lei eleitoral não 
pode ser aplicada na eleição imediata, pois isso contrariaria o princípio da anterioridade.
No que tange à discussão referida, a possibilidade de a referida lei produzir efeitos já nas pró-
ximas eleições é
a) constitucional, já que o lapso temporal, entre a data de entrada em vigor da lei e a data da 
realização da próxima eleição, não afronta a regra temporal imposta pela Constituição Federal.
b) inconstitucional, por violação expressa ao princípio da anterioridade da legislação eleitoral, 
nos limites que a Constituição Federal de 1988 a ele concedeu.
c) inconstitucional, porque qualquer alteração do processo eleitoral somente poderia vir a ocor-
rer por via do poder constituinte derivado reformador.
d) constitucional, pois a Constituição Federal não impõe ao legislador qualquer limite temporal 
para a realização de alteração no processo eleitoral.
Estabelece o artigo 16 que,
A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à 
eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Na situação apresentada pela questão, a nova norma editada já pode produzir efeitos nas 
próximas eleições, haja vista que foi promulgada (e entrou em vigor) antes do período mínimo 
exigido pela Constituição Federal (1 ano).
Letra a.
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DIREITO ELEITORAL
Diogo Surdi
6. consultAs populAres
As consultas populares são uma das formas da população participar diretamente do pro-
cesso democrático. Além da participação direta, os cidadãos participam indiretamente quan-
do escolhem, por meio das eleições, aqueles que irão ocupar os mais diversos cargos eletivos.
No âmbito das consultas populares, a Emenda Constitucional n. 111/2021 incluiu dois im-
portantes parágrafos ao artigo 14 do texto da Constituição Federal.
Art. 14, § 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares 
sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 
90 (noventa) dias antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao nú-
mero de quesitos.
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos 
termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita 
no rádio e na televisão.
Com base nos mencionados dispositivos, podemos chegar às seguintes conclusões:
a) As consultas populares sobre questões locais serão realizadas concomitantemente 
com as eleições municipais. Dito de outra forma, no mesmo dia em que o eleitor for votar, opi-
nará ele sobre assuntos relacionados com temas previamente definidos.
b) Para que a consulta popular possa ser realizada, a questão deve ter sido aprovada pela 
Câmara Municipal e encaminhada à Justiça Eleitoral no prazo de até 90 dias antes da data 
das eleições.
c) Antes da realização da consulta popular, é permitida a manifestação a favor ou contra a 
questão que será objeto de manifestação popular. Contudo, as manifestações apenas pode-
rão ocorrer durante as campanhas eleitorais, não podendo fazer uso de propaganda gratuita 
no rádio e na televisão.
Consultas Populares
Quando serão realizadas Concomitantemente com as eleições municipais.
Requisitos
a) Aprovação pela Câmara Municipal.
b) Encaminhamento à Justiça Eleitoral no prazo de até 90 
dias antes da data das eleições.
Manifestações
Apenas poderão ocorrer durante as campanhas eleitorais, 
não podendo fazer uso de propaganda gratuita no rádio e 
na televisão.
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7. pArtIdos polítIcos
Em seu artigo 17, a Constituição Federal estabelece as diretrizes a serem observadas para 
a criação e o funcionamento dos Partidos Políticos. Tais preceitos, vale ressaltar, objetivam 
conferir eficácia ao fundamento constitucional do Pluralismo Político.
Art. 17, É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a so-
berania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa 
humana e observados os seguintes preceitos:
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de 
subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentarde acordo com a lei.
Assim, vigora a regra de que a criação ou qualquer outra forma de agrupamento partidário 
(fusão ou incorporação, por exemplo), são livres à iniciativa privada, de forma que os Partidos 
Políticos gozam de liberdade e autonomia para definir o modo como irão funcionar e a sua 
estrutura interna.
Da mesma forma, a Constituição Federal estabelece que todo e qualquer partido político 
apenas poderá ter caráter nacional, ou seja, ter sua atuação em todo o território nacional, sem 
a possibilidade de restrição a determinados Estados ou Municípios.
Como toda associação, o partido político deverá prestar contas dos seus gastos. No en-
tanto, como estamos diante de uma entidade que participa ativamente do processo democrá-
tico, os partidos, ainda que sejam dotados de personalidade jurídica de direito privado, devem 
realizar tal procedimento perante a Justiça Eleitoral, impedindo assim que o abuso do poder 
econômico possa influir no resultado das eleições.
Também não poderá o partido político receber recursos de entidades ou governos es-
trangeiros, tampouco estar subordinado a tais pessoas. Admitir tais possibilidades poderia 
colocar em risco a soberania do nosso Estado, uma vez que autoridades estrangeiras pode-
riam exercer forte influência no processo democrático e até mesmo vir a ocupar, mesmo que 
indiretamente, cargos eletivos.
É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer re-
gras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua 
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade 
de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo 
seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Art. 17, §1º)
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Como mencionado, os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, de forma 
a possuírem autonomia para definir sua estrutura interna e forma de funcionamento.
Importante sabermos que não vigora mais em nosso ordenamento a regra da verticaliza-
ção, uma vez que não há a obrigatoriedade de vinculação entre as coligações de âmbito nacio-
nal, estadual e municipal.
EXEMPLO
Assim, se os Partidos Políticos A e B resolvem se coligar nas eleições para Presidente e Vice 
da República, não estarão obrigados a realizarem tal procedimento nas eleições estaduais 
ou municipais, de forma que o Partido A pode, perfeitamente, coligar-se com o Partido C no 
Estado Alfa e com o Partido D no Município Delta.
No entanto, deve ser mencionado que a mencionada previsão constitucional é oriunda da 
Emenda Constitucional n. 97, de 2017, que trouxe, como uma das principais novidades, o fim 
das coligações nas eleições proporcionais.
Para fins de prova de Direito Eleitoral, temos que memorizar que não é possível a realização 
de coligações para as eleições proporcionais, mas sim apenas para as eleições majoritárias.
De acordo com o § 2º do artigo 17,
Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus 
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
Como os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, a aquisição da sua 
personalidade jurídica é feita com o registro da sua constituição no cartório de registro de pes-
soas jurídicas. Após isso, o partido promove o apoiamento mínimo de filiados previsto em lei e 
procede ao registro de seu estatuto no TSE.
Art. 17, § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à te-
levisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos 
válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% 
(dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço 
das unidades da Federação.
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Com o registro no TSE, o partido passa a contar com uma série de prerrogativas, dentre as 
quais a de ter acesso gratuito ao rádio e televisão, a de poder participar do processo eleitoral e 
a de receber recursos do Fundo Partidário.
No entanto, após a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 97, passamos a contar 
com a necessidade de o partido político atender a, pelo menos, um dos seguintes requisitos 
para que tenham direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão.
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% dos votos válidos, 
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% dos 
votos válidos em cada uma delas;
b) tiverem elegido pelo menos 15 Deputados Federais, distribuídos em pelo menos um terço 
das unidades da Federação;
Importante mencionar que o candidato eleito por um partido político que não atenda a 
nenhum dos requisitos estabelecidos na Constituição Federal como necessários para o recebi-
mento de recursos do fundo partidário e para o acesso ao rádio e à televisão tem assegurado 
o direito de mandato.
Nesta situação, será facultado ao eleito a filiação, sem perda do mandato, a outro partido 
que tenha atingido tais requisitos. No entanto, esta filiação não será considerada, no novo par-
tido, para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo 
de rádio e de televisão.
Outro ponto a ser destacado é que, após a Emenda Constitucional 117/2022, os partidos 
políticos passaram a contar com a obrigatoriedade de aplicar, no mínimo, 5% dos recursos do 
fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da partici-
pação política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.
Além disso, o montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela 
do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gra-
tuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão 
ser de, no mínimo, 30%, proporcional ao número de candidatas.
Art. 17, § 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) dos recursos do 
fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação 
política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.
§ 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela do fundo parti-
dário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita no rádio e na 
televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30% 
(trinta por cento), proporcional ao número de candidatas, e a distribuição deverá ser realizada con-
forme critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e pelas normas estatutárias, conside-
rados a autonomia e o interesse partidário.
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Recursos do fundo 
partidário
Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% na 
criação e na manutenção de programas de promoção e 
difusão da participação política das mulheres, de acordo 
com os interesses intrapartidários.
Deverão ser distribuídos 
às candidatas
No mínimo, 30% do montante do Fundo Especial de 
Financiamento de Campanha, da parcela do fundo 
partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como 
o tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a 
ser distribuído pelos partidos.
A Constituição Federal também veda que os partidos façam uso de organização paramilitar.
Art. 17, §4º, É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
EXEMPLO
Exemplo de tal uso seria a divisão interna dos Partidos em “Batalhões”, de forma que cada um 
dos seus líderes seria chamado de “General”.
Vejam que, nesta situação hipotética, não estamos diante de uma organização tipicamente 
militar, mas sim de uma organização que é “similar” a estas, daí o motivo de ser conceituada 
como paramilitar e ser, por consequência, vedada sua utilização pelos Partidos Políticos.
Basicamente, as fases de constituição de um partido político podem ser divididas em três, 
sendo elas:
a) aquisição de personalidade jurídica;
b) apoiamento mínimo;
c) registro de seu estatuto no TSE.
a) Aquisição da personalidade jurídica: a aquisição da personalidade jurídica do partido 
político (considerando que este é pessoa jurídica de direito privado) é feita mediante o registro 
no cartório de registro civil das pessoas jurídicas, tal como ocorre com as demais empresas e 
associações privadas.
No entanto, como apenas é admitida a existência de Partidos Políticos de caráter nacional, 
tal registro é feito no cartório de registro da capital federal, conforme previsão no artigo 8º da 
Lei n. 9.096/1995:
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DIREITO ELEITORAL
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Art. 8º, O requerimento do registro de partido político, dirigido ao cartório competente do Registro 
Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em nú-
mero nunca inferior a 101 (cento e um), com domicílio eleitoral em, no mínimo, 1/3 (um terço) dos 
Estados, e será acompanhado de:
I – cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido;
II – exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, o programa e o estatuto;
III – relação de todos os fundadores com o nome completo, naturalidade, número do título eleitoral 
com a Zona, Seção, Município e Estado, profissão e endereço da residência.
§ 1º O requerimento indicará o nome e a função dos dirigentes provisórios e o endereço da sede do 
partido no território nacional.
§ 2º Satisfeitas as exigências deste artigo, o Oficial do Registro Civil efetua o registro no livro corres-
pondente, expedindo certidão de inteiro teor.
Importante salientar que o número mínimo de fundadores, para o registro dos Partidos 
Políticos, é de 101, bem como que estes devem possuir domicílio eleitoral em pelo menos um 
terço dos Estados da Federação.
Satisfeitas todas estas exigências, o Oficial do Cartório procede ao registro do Partido Po-
lítico, momento este em que o mesmo adquire sua personalidade jurídica.
b) Apoiamento mínimo: com a aquisição da personalidade jurídica, o partido político deve 
proceder ao apoiamento mínimo necessário para o registro do seu Estatuto.
DICA
O apoiamento mínimo está previsto no § 1º do artigo 7º da Lei 
n. 9.096/1995, sendo constituído de eleitores correspondente 
a, pelo menos, meio por cento dos votos dados na última elei-
ção geral para a Câmara dos Deputados, não computados os 
votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, 
dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do elei-
torado que haja votado em cada um deles.
A prova do apoiamento mínimo de eleitores é feita por meio de suas assinaturas, com 
menção ao número do respectivo título eleitoral, em listas organizadas para cada Zona, sendo 
a veracidade das respectivas assinaturas e o número dos títulos atestados pelo Escrivão Elei-
toral, que, ao receber cada uma das listas, dá recibo imediato do seu recebimento e, no prazo 
de 15 dias, lavra o seu atestado.
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c) Registro do estatuto no TSE: Com a personalidade jurídica e o apoiamento mínimo ne-
cessário, é chegado o momento de o partido político proceder ao registro do seu estatuto no 
Tribunal Superior Eleitoral.
Esta, das três etapas de constituição, é, sem dúvidas, a mais importante, uma vez que 
assegura à agremiação a possibilidade de participar do processo eleitoral e de ter o direito à 
exclusividade de sua denominação, sigla e símbolos.
Podemos sedimentar as características dos partidos políticos por meio do gráfico a seguir:
7.1. InFIdelIdAde pArtIdárIA
Um ponto que merece ser destacado, com relação aos partidos políticos, é a questão da 
infidelidade partidária. E isso ocorre na medida em que o § 6º do artigo 17 estabelece que,
Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que se 
desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anu-
ência do partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em 
qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de 
outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão.
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Sendo assim, a regra geral é a de que os eleitos para os cargos eletivos de Deputados Fe-
derais, Deputados Estaduais, Deputados Distritais e Vereadores perderão o mandato quando 
se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos.
As exceções ficam por conta das hipóteses de anuência do partido ou das situações de 
justa causa legalmente definidas.
Obs.: � De acordo com a Lei dos Partidos Políticos, consideram-se justa causa para a desfilia-
ção partidária somente as seguintes hipóteses:
 � a) mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
 � b) grave discriminação política pessoal;
 � c) mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo 
de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao tér-
mino do mandato vigente.
Regra Geral
Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados 
Distritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual 
tenham sido eleitos perderão o mandato.
Exceções
1. anuência do partido;
2. situações de justa causa definidas em lei, sendo elas:

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