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EB70-CI-11.405 MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES CADERNO DE INSTRUÇÃO DO FUZIL DE ASSALTO 5,56 IA2 1ª Edição 2017 EXEMPLAR MESTRE MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES CADERNO DE INSTRUÇÃO DO FUZIL DE ASSALTO 5,56 IA2 1ª Edição 2017 EB70-CI-11.405 PORTARIA Nº 8-COTER, DE 7 DE MARÇO DE 2017. EB: 64322.002090/2017-70 Aprova o Caderno de Instrução do Fuzil de Assalto 5,56 IA2 (EB70-CI-11.405), 1ª Edição, 2017 e dá outra providência. O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art.11 do Regulamento do Comando de Operações Terrestres (EB10-R-06.001), aprovado pela Portaria do Comandante do Exército nº 691, de 14 de julho de 2014, e de acordo com o que estabelece o art. 5º das Instruções Gerais para as Publicações Padronizadas do Exército (EB10-IG-01.002), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 770, de 7 de dezembro de 2011 e alterada pela Portaria do Comandante do Exército nº 1.266, de 11 de dezembro de 2013, resolve: Art. 1º Aprovar o Caderno de Instrução do Fuzil de Assalto 5,56 IA2 (EB70-CI-11.405), 1ª Edição, 2017, que com esta baixa. Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação. Gen Ex PAULO HUMBERTO CESAR DE OLIVEIRA Comandante de Operações Terrestres (Publicada no Boletim do Exército nº 11, de 17 de Março de 2017) FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES (FRM) NÚMERO DE ORDEM ATO DE APROVAÇÃO PÁGINAS AFETADAS DATA ÍNDICE DE ASSUNTOS Pag CAPÍTULO I – GENERALIDADES 1.1 Introdução............................................................................................... 1-1 1.2 Histórico.................................................................................................. 1-1 CAPÍTULO II – APRESENTAÇÃO 2.1 Nomenclatura.......................................................................................... 2-1 2.2 Descrição do modelo............................................................................... 2-1 2.3 Características........................................................................................ 2-3 CAPÍTULO III – DESMONTAGEM 3.1 Medidas preliminares.............................................................................. 3-1 3.2 Desmontagem de 1º escalão................................................................... 3-2 CAPÍTULO IV – MONTAGEM 4.1 Montagem de 1º escalão.......................................................................... 4-1 4.2 Medidas complementares....................................................................... 4-1 CAPÍTULO V – FUNCIONAMENTO 5.1 Posição inicial.......................................................................................... 5-1 5.2 Ação dos gases....................................................................................... 5-1 5.3 Recuo das peças móveis........................................................................ 5-2 5.4 Avanço das peças móveis....................................................................... 5-4 CAPÍTULO VI – SEGURANÇA 6.1 Formas de segurança............................................................................. 6-1 CAPÍTULO VII – MECANISMO DE DISPARO 7.1 Composição do mecanismo de disparo................................................. 7-1 7.2 RTS em segurança “S”........................................................................... 7-2 7.3 RTS em tiro intermitente “I”.................................................................... 7-3 7.4 RTS em tiro automático “A” ................................................................... 7-4 7.5 Tiro de repetição..................................................................................... 7-5 CAPÍTULO VIII – INCIDENTES DE TIRO 8.1 Incidentes de tiro..................................................................................... 8-1 EB70-CI-11.405 8.2 Acidentes de tiro ...................................................................................... 8-3 CAPÍTULO IX – FERRAMENTAL E ACESSÓRIOS 9.1 Ferramental............................................................................................. 9-1 9.2 Acessórios............................................................................................... 9-8 CAPÍTULO X – MANUTENÇÃO 10.1 Considerações iniciais........................................................................... 10-1 10.2 Manutenção antes do tiro....................................................................... 10-1 10.3 Manutenção depois do tiro..................................................................... 10-1 10.4 Lubrificação.............................................................................................. 10-2 CAPÍTULO XI CONSIDERAÇÕES FINAIS 11.1 Prescrições diversas............................................................................. 11-1 REFERÊNCIAS EB70-CI-11.405 1-1 EB70-CI-11.405 CAPÍTULO I GENERALIDADES 1.1 INTRODUÇÃO 1.1.1 O presente caderno de instrução tem por finalidade orientar a instrução de tiro de Fuzil de Assalto 5,56 IA2 no âmbito das Unidades do Exército. Seu conteúdo fornece subsídios aos instrutores, auxiliares de instrutores e monitores de tiro, na medida em que são apresentadas noções sobre o funcionamento, montagem, desmontagem, operação e manutenção do armamento. 1.1.2 Os exercícios de tiro de Fuzil de Assalto 5,56 IA2 serão iguais ao de fuzil tratados pelas Instruções Gerais de Tiro com o Armamento do Exército (IGTAEx). 1.1.3 Os fundamentos de tiro serão os mesmos abordados no Manual de Campanha TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS - 1ª Parte – FUZIL (C23-1, 1ª Edição, 2003). 1.2 HISTÓRICO - O Fuzil de Assalto (Fz Ass) 5,56 IA2 foi criado pelo Tenente-Coronel Paulo Augusto Capetti Rodrigues Porto, da Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) para substituir o Fuzil Nacional (FN) Fuzil Automático Leve (FAL) e suas variantes nas fileiras do Exército Brasileiro. Após o Exército constatar que o IMBEL MD-97 não poderia suprir os requisitos básicos para substituir o FAL, começou a modernizar o projeto do MD-97. No entanto, a simples modernização do projeto, que usava muitas peças do FAL, não era suficiente para suprir as necessidades do Exército. Com isso, começou o projeto de uma arma totalmente nova, inicialmente nomeada como MD-97 Mk.II, mesmo não se tratando de uma simples modernização do MD-97, e sim de um fuzil totalmente novo. O fuzil, que usa componentes do FAL e do M16, tornou-se público em 2010, quando começou a ser testado no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), no Campo de Provas de Marambaia, Rio de Janeiro. Em 2012, o Exército fez a encomenda inicial de 1.500 fuzis IA2, no modelo 5.56x45mm NATO e 7.62x51mm NATO, para serem distribuídos para teste entre várias unidades do Exército, como a Brigada de Operações Especiais, a Brigada de Infantaria Paraquedista e as Brigadas de Infantaria de Selva. O produto final realizou mais de 70 mil tiros, em testes de resistência, submetido à areia, poeira, altas e baixas temperaturas, bem como imersão em água, seguida de disparo. Os teste realizados em ambiente de selva provou sua confiabilidade, assim como seu tempo de escoamento de 15 segundos após submersão. Também foi testado seu desempenho em paraquedismo, caatinga, operações especiais, etc. 1-2 EB70-CI-11.405 2-1 EB70-CI-11.405 CAPÍTULO II APRESENTAÇÃO 2.1 NOMENCLATURA 2.1.1 O Fz Ass 5,56 IA2 foi projetado pela IMBEL, por meio de sua Fábrica de Itajubá (FI) e destina-se, em princípio, às Forças Armadas, Forças Auxiliares e à exportação. Possui a seguinte nomenclatura: - Fuzil de Assalto 5,56 – IMBEL MODELO A2; - Fuzil de Assalto 5,56 IA2 ou, ainda,- Fz Ass 5,56 IA2. 2.2 DESCRIÇÃO DO MODELO 2.2.1 Fuzil com cano curto e regimes de tiro automático, semiautomático e repe- tição (para lançamento de granadas de bocal). As demais armas da família de Fuzis IA2 são variantes deste, de acordo com comprimento do cano, regime de tiro e acessórios. 2.2.2 O Fuzil de Assalto 5,56 – IMBEL A2 é uma arma de fogo portátil, de uso restrito e emprego individual, que funciona por aproveitamento indireto dos ga- ses resultantes da queima da carga de projeção. (Figura (Fig)1). 2.2.3 O fuzil possui um sistema de trancamento por ferrolho rotativo que permite que o destrancamento e abertura da arma, durante o ciclo de funcionamento, só ocorram após o projétil ter ultrapassado a boca da arma. Desta forma, a precisão do tiro não é perturbada pelo deslocamento de massas como ocorre em algumas armas automáticas. O Fuzil de Assalto possui seu cano (350 mm com quebra- -chamas) menor do que um fuzil tradicional (437 mm). 2.2.4 O fuzil possui seletor para os regimes de tiro, permitindo seu funcionamen- to como arma de repetição (lançamento de granada de bocal), semiautomática (tiro intermitente) ou arma automática (tiro contínuo), quer com a coronha em posição normal de tiro, quer em posição rebatida. 2.2.5 O fuzil possui cano com 6 raias, passo de 254 mm (10 pol) à direita. A alma raiada e a câmara recebem uma camada de cromo duro, a fim de aumentar a vida útil do cano e facilitar a sua limpeza interna. 2.2.6 O sistema de pontaria permite ajuste em elevação e deriva. A alça e a maça de mira são protegidas mecanicamente. 2.2.7 O sistema de disparo e percussão é projetado de forma a impedir o disparo em quedas ou choques acidentais ou, ainda, se o trancamento não se completar. A percussão é feita por martelo e percussor com mola. 2.2.8 As partes metálicas têm acabamento externo fosfatizado e/ou anodizado coberto com tinta epoxi que lhe proporciona alta resistência à corrosão. 2-2 EB70-CI-11.405 2.2.9 A alimentação se faz por meio de carregadores com interface DRAFT STA- NAG 4179, do tipo cofre com movimento vertical de baixo para cima, com capa- cidade para 30 cartuchos. Em cada avanço do ferrolho é carregado um cartucho e, no recuo, o mesmo é extraído e ejetado da arma. Tais operações se repetem enquanto houver cartuchos no carregador. Esvaziado o carregador, o ferrolho é mantido a retaguarda pelo retém do ferrolho, indicando que o usuário deve realimentar a arma. Fig 1 - Fz Ass 5,56 IA2 2-3 EB70-CI-11.405 2.3 CARACTERÍSTICAS 2.3.1 Seguem as especificações do Fuzil de Assalto 5,56 IA2 (Tabela (Tab)1). ESPECIFICAÇÕES Peso sem carregador e sem acessórios 3,38 kg Peso carregador vazio: - Alumínio - Aço 0,12 Kg 0,25 kg Peso carregador com 30 tiros - Alumínio - Aço 0,50 Kg 0,63 Kg Comprimento coronha rebatida 0,85 m Comprimento coronha rebatida 0,64 m Comprimento cano 0,35 m EFEITOS DESEJADOS Velocidade do projétil SS109 ou similar: - Inicial - a 25 metros da boca da arma +/- 50 m/s +/- 50 m/s Cadência de tiro - técnica (teórica) - prática (máxima) em tiro contínuo - prática em tiro intermitente 730 a 890 tiros/min 180 tiros/min 60 tiros/min Energia cinética do projétil SS109 ou similar - na boca da arma - a 300 metros 1015 J 410 J Alcance - máximo - útil - de utilização 1800 m > 600 m 300 m Tab 1 - Especificações do Fz Ass 5.56 IA2 2-4 EB70-CI-11.405 3-1 EB70-CI-11.405 CAPÍTULO III DESMONTAGEM 3.1 MEDIDAS PRELIMINARES 3.1.1 Para iniciar a desmontagem em 1º Escalão, são necessárias as seguintes medidas preliminares: - retirar o carregador: pressionar o retém do carregador, situado na face direita da armação (Fig 2) ou pressionar para frente a alavanca do retém do carregador (Fig 3), liberando o carregador para fora de seu alojamento na caixa da culatra; - executar dois golpes de segurança: recuar, agindo na alavanca de manejo, o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho duas vezes (golpes de segurança) ex minar a câmara e deixá-lo voltar à sua posição mais avançada, sem apertar o gatilho; e - travar a arma: posicionar o registro de tiro e segurança na posição de seguran- ça (letra “S”), deixando o martelo em sua posição mais recuada. Fig 02 - Retirar carregador - pelo botão Fig 2 - Retirar o carregador pressionando o retém do carregador 3-2 EB70-CI-11.405 Fig 03 -Retirar carregador - pela alavanca Fig 3 - Retirar o carregador pressionando para frente a alavanca do retém do carregador 3.2 DESMONTAGEM EM 1º ESCALÃO 3.2.1 A desmontagem em 1º Escalão compreende as seguintes etapas: - 1ª etapa: retirar o pino da armação; - 2ª etapa: retirar a tampa da caixa da culatra e conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho; - 3ª etapa: retirar o pino do percussor do impulsor do ferrolho; - 4ª etapa: retirar o percussor e mola do percussor; - 5ª etapa: retirar o pino do ferrolho; - 6ª etapa: retirar o ferrolho; - 7ª etapa: retirar o pino do guarda-mão; - 8ª etapa: desencaixar o guarda-mão da luva de fixação do cano; - 9ª etapa: retirar o corpo do guarda-mão superior; - 10ª etapa: retirar o corpo do guarda-mão inferior; - 11ª etapa: retirar o isolador do guarda-mão; - 12ª etapa: retirar o obturador do cilindro de gases; e - 13ª etapa: retirar o cilindro de gases, êmbolo e mola do êmbolo. 3-3 EB70-CI-11.405 3.2.2 Retirar o pino da armação. - Soltar o pino da armação pressionando-o pelo lado direito para fora de seu alojamento, até o limite de saída (Fig 4). Abrir a arma. Fig 4 - Retirar o pino da armação 3.2.3 Retirar a tampa da caixa da culatra e conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho. - Puxar para trás a tampa da caixa da culatra, que deverá sair juntamente com o conjunto ferrolho - impulsor do ferrolho, molas recuperadoras e suporte da haste das molas recuperadoras (Fig 5), tendo-se o cuidado em apoiar pela frente da tampa para que o conjunto impulsor do ferrolho não se solte e seja lançado à frente (Fig 6). Fig 5 - Retirar a tampa da caixa da culatra com o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho 3-4 EB70-CI-11.405 Fig 6 - Retirar e separar a tampa da caixa da culatra e o conjunto impulsor do ferrolho. 3.2.4 Retirar o pino do percussor do impulsor do ferrolho. - Retirar o pino do percussor com o auxílio de um toca-pino (ou a ponta de um cartucho)(Fig 7), tendo atenção em apoiar o percussor para que este não solte devido à ação da mola do percussor. Fig 7 - Retirada do pino do percussor 3-5 EB70-CI-11.405 3.2.5 Retirar o percussor e mola do percussor. - Deslizar o percussor para trás, retirando-o de seu alojamento, juntamente com sua mola (Fig 8). Fig 8 - Retirar o percussor com sua mola 3.2.6 Retirar o pino do ferrolho. - Levar o ferrolho à frente e retirar o pino do ferrolho. Atenção ao posicionamento do pino do ferrolho (Fig 9). Fig 9 - Retirar o pino do ferrolho 3-6 EB70-CI-11.405 3.2.7 Retirar o ferrolho. - Retirar o ferrolho do seu alojamento no impulsor (Fig 10). Fig 10 - Retirar o ferrolho 3.2.8 Retirar o pino do guarda-mão. - Pelo lado esquerdo, acionar o pino do guarda-mão, com auxílio de um toca pino ou ponta de um cartucho, ou um dedo, retirando-o completamente pelo lado direito e liberando-o, então, do guarda-mão (Fig 11). Fig 11 - Retirar o pino do guarda-mão 3.2.9 Desencaixar o guarda-mão da luva de fixação do cano. - Movimentar todo o conjunto do guarda-mão para frente, fazendo com que ele se solte do encaixe da luva de fixação do cano (Fig 12). 3-7 EB70-CI-11.405 Fig 12 - Desencaixar o guarda-mão da luva de fixação do cano realizando um movimento linear à frente 3.2.10 Retirar o corpo do guarda-mão superior. - Apoiando pelo corpo do guarda-mão inferior, desencaixar o corpo superior do guarda-mão puxando-o para trás e girando-o para fora (Fig 13 e 14). Fig 13 - Retirar o corpo do guarda-mão superior Fig 14 - Desencaixar a parte superior do guarda-mão 3-8 EB70-CI-11.405 3.2.11 Retirar o corpo do guarda-mão inferior. - Girar em sentido anti-horário o corpo do guarda-mão inferior para que ele se solte do conjunto do cano (Fig 15). Fig 15- Retirar o corpo inferior do guarda-mão 3.2.12 Retirar o isolador do guarda-mão. - Puxar para cima o isolador, soltando-o do corpo inferior do guarda-mão (Fig 16). Fig 15 - Retirada do isolador Fig 16 - Retirar o isolador do guarda-mão 3.2.13 Retirar o obturador do cilindro de gases. - Comprimir o botão do retém do cilindro de gases, com o dedo ou com auxílio de toca pino ou ponta de cartucho, girando-o ¼ de volta no sentido horário, soltando todo conjunto obturador pela frente (Fig 17). 3-9 EB70-CI-11.405 Fig 17 - Comprimir o botão do retém do cilindro de gases 3.2.14 Retirar o cilindro de gases, êmbolo e mola do êmbolo. - Deslizar o cilindro de gases, êmbolo e a mola do êmbolo à retaguarda. Man- tendo o êmbolo à retaguarda, retirar o cilindro de gases, em seguida, retirar o êmbolo e a mola, levando-os à frente e para o lado (Fig 18). Fig 18 - Retirar o cilindro de gases, êmbolo e mola do êmbolo. 3-10 EB70-CI-11.405 3.2.15 Está concluída a desmontagem em 1º escalão (Fig 19). Fig 19 – Desmontagem em 1º escalão. 4-1 EB70-CI-11.405 CAPÍTULO IV MONTAGEM 4.1 MONTAGEM EM 1º ESCALÃO 4.1.1 A montagem deve ser realizada na ordem inversa da que foi adotada para a desmontagem, mesmo nos casos de peças, cuja recolocação independa de outra, a fim de ser adquirido um grau de condicionamento desejável aos que necessitem operar ou manutenir o armamento. Suas etapas são as seguintes: - 1ª etapa: colocar o cilindro de gases, êmbolo e mola do êmbolo; - 2ª etapa: colocar o obturador do cilindro de gases; - 3ª etapa: colocar o isolador do guarda-mão; - 4ª etapa: colocar o corpo do guarda-mão inferior; - 5ª etapa: colocar o corpo do guarda-mão superior; - 6ª etapa: encaixar o guarda-mão da luva de fixação do cano; - 7ª etapa: colocar o pino do guarda-mão; - 8ª etapa: colocar o ferrolho; - 9ª etapa: colocar o pino do ferrolho; - 10ª etapa: colocar o percussor e a mola do percussor; - 11ª etapa: colocar o pino do percussor do impulsor do ferrolho; - 12ª etapa: colocar a tampa da caixa da culatra e conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho; e - 13ª etapa: colocar o pino da armação. 4.2 MEDIDAS COMPLEMENTARES 4.2.1 Após a montagem da arma, deve-se executar certas medidas que servem para verificar o funcionamento da arma e deixá-la em condições de uso. São chamadas medidas complementares, e são as seguintes: - executar dois golpes de segurança; - destravar a arma; - desengatilhar a arma; - travar a arma; e - colocar o carregador. 4-2 EB70-CI-11.405 5-1 EB70-CI-11.405 CAPÍTULO V FUNCIONAMENTO 5.1 POSIÇÃO INICIAL 5.1.1 As fases do funcionamento se processam conforme a sequência dada a seguir, partindo da situação inicial: arma alimentada, carregada, destravada e é efetuado o disparo. 5.1.2 Para facilidade de estudo, o funcionamento será apresentado nos seguin- tes tópicos: - ação dos gases; - recuo das peças móveis; e - avanço das peças móveis. 5.2 AÇÃO DOS GASES 5.2.1 O projétil percorre o cano (Fig 20)(1G) e ultrapassa o evento de admissão(a). Parte dos gases provenientes da queima da pólvora atravessam este evento e atingem o obturador do cilindro de gases (C2B) montado no bloco do cilindro de gases (2C). a Fig 20 - Sistema de tomada de gases 5.2.2 O obturador pode assumir duas posições distintas, identificadas pelas le- tras “A” e “G”, gravadas na cabeça da peça (Fig 21). O posicionamento é feito por ação em seu retém, com os dedos ou, em caso de aquecimento ou acúmulo de pólvora, com um cartucho ou ferramenta auxiliar. 5.2.3 Caso o obturador esteja fechado (Cabeça do obturador para baixo - Posi- ção “G”), os gases não penetram no cilindro de gases e arma funciona como de 5-2 EB70-CI-11.405 repetição. 5.2.4 Com o obturador aberto (Cabeça do obturador para cima - Posição “A”) os gases passam através do evento de admissão (a) (Fig 20) e se expandem no interior da câmara do cilindro de gases (4D). Sob a ação dos gases, o cilindro de gases (4D) recua empurrando consigo o êmbolo (21D) que, por sua vez, irá em- purrar o impulsor do ferrolho para trás destrancando e abrindo a arma. A mola do êmbolo, que foi comprimida durante o recuo, se distende, retornando as peças do sistema de gases à sua posição inicial. 5.2.5 Em condições normais, o tiro é efetuado com a posição da cabeça do ob- turador na posição A (Fig 21) em que se tem a admissão aberta permitindo que todo o volume de gás admitido no sistema seja utilizado no recuo das partes móveis. 5.2.6 Com a cabeça do obturador voltada para baixo, tem-se a admissão dos ga- ses fechada, ficando a arma em condições de realizar o lançamento de granada de bocal posição G (Fig 22). 5.3 RECUO DAS PEÇAS MÓVEIS 5.3.1 Durante o recuo das peças móveis existem quatro fases: - 1ª fase: destrancamento e abertura; - 2ª fase: extração; - 3ª fase: ejeção; e - 4ª fase: apresentação. Fig 21 - Posição A do obturador do cilindro de gases Fig 22 - Posição G do obturador do cilindro de gases 5-3 EB70-CI-11.405 5.3.2 Destrancamento e abertura (Fig 23). 5.3.2.1 Ao recuar, impulsionado pelo êmbolo, o impulsor do ferrolho (A) faz com que o pino (B) deslize ao longo do entalhe (C) em forma de came existente no impulsor, fazendo o ferrolho (D) girar. Ao girar, os dentes do ferrolho perdem o contato com os dentes da peça de extensão do cano (E), configurando o des- trancamento e permitindo que o ferrolho passe a recuar junto com o impulsor, dando-se assim abertura. 5.3.2.2 Durante o recuo, as molas recuperadoras são comprimidas. Fig 23 - Sistema de trancamento por ferrolho rotativo 5.3.3 Extração: - Simultaneamente ao recuo do conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho, o estojo do cartucho deflagrado é extraído da câmara empolgado pela garra do extrator que o mantém preso ao ferrolho. 5.3.4 Ejeção. - Ao perder o contato com as paredes da câmara, o estojo tende a girar para cima e para direita, impulsionado pela ação da mola do ejetor. Ao atingir a altura da janela de ejeção, o estojo fica livre para girar para fora da arma, dando-se assim a ejeção. 5.3.5 Apresentação. 5.3.5.1 No final do recuo do conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho, os cartuchos existentes no carregador, sob ação da mola do transportador, sobem e o cartu- cho superior apresenta seu culote de maneira a ser empurrado para frente pelo ferrolho, quando o conjunto avançar por ação das molas recuperadoras. 5-4 EB70-CI-11.405 5.3.5.2 Caso o carregador esteja vazio, o transportador do carregador atuará no retém do ferrolho, levantando-o e retendo o conjunto ferrolho-impulsor do ferro- lho à retaguarda, mantendo a arma aberta. 5.4 AVANÇO DAS PEÇAS MÓVEIS 5.4.1 Durante o avanço das peças móveis existem duas fases: - 1ª fase: carregamento e fechamento; e - 2ª fase: trancamento. 5.4.2 Carregamento e fechamento. - Ao avançar, por ação das molas recuperadoras, o ferrolho encontra no seu caminho o culote do cartucho apresentado, levando-o consigo para frente, libe- rando-o das abas do carregador. Ao avançar, o projétil é guiado pelas rampas de carregamento para o interior da câmara. O extrator, obrigado pelo movimento do ferrolho, ergue-se e empolga o cartucho que é introduzido completamente na câmara. No instante em que o ferrolho não pode mais avançar, completam-se o carregamento e o fechamento. 5.4.3 Trancamento - O movimento final do impulsor do ferrolho obriga o ferrolho a girar sob ação do pino do came, fazendo com que os dentes do ferrolho se posicionem à frente dos dentes da peça de extensão do cano. Neste instante dá-se o trancamento. 6-1 EB70-CI-11.405 CAPÍTULO VI SEGURANÇA 6.1 FORMAS DE SEGURANÇA 6.1.1 Segurança proporcionada pelo Registro de Tiro e Segurança (RTS) na posição “S” indicando que a arma está travada (em segurança). 6.1.2 Segurança adicional fornecida pelo corpo do disparador, peça que impede a liberação do martelo enquanto não houver o completo trancamento da arma. O funcionamento desta segurança se dá da seguinte forma: durante seu movi- mento para trás, o impulsordo ferrolho obriga o martelo a girar. Logo que a face posterior do impulsor ultrapassa o martelo, este se levanta e entra em contato pelo seu entalhe com a cauda do disparador que o mantém na posição engati- lhado. Nos últimos milímetros do seu avanço e após completar o trancamento, o impulsor faz o disparador girar liberando o martelo o qual é novamente detido no seu entalhe pelo dente do gatilho intermediário. 6-2 EB70-CI-11.405 7-1 EB70-CI-11.405 CAPÍTULO VII MECANISMO DE DISPARO 7.1 COMPOSIÇÃO DO MECANISMO DE DISPARO 7.1.1 A Figura abaixo 24 e a Tabela 2 expõem e denominam as peças do meca- nismo de disparo. Fig 24 - Mecanismo de disparo 59A Armação 60C Bloco posterior da armação 70 Martelo 75 Gatilho 78 Gatilho intermediário 82 Eixo do registro de tiro e segurança 108B Corpo do disparador Tab 2 - Peças do mecanismo de disparo 7-2 EB70-CI-11.405 7.1.2 Martelo e Registro de Tiro e Segurança (RTS) - Durante o ciclo de funcio- namento, o martelo tem liberdade de girar para frente ou para trás, dependendo da posição do RTS no sistema. São três as posições (Fig 25): - posição “S” para segurança; - posição “I” para intermitente (semiautomático); e - posição “A” para automático. Fig 25 - Alvéolos correspondentes ao regime de tiro e segurança 7.2 RTS EM SEGURANÇA “S“ 7.2.1 O eixo do RTS (peça 82) encontra-se na posição “S” que indica estar trava- da. O eixo do RTS apresenta à cauda do gatilho o seu arredondamento. 7.2.2 Nesta posição, a cauda do gatilho não pode subir, não atuando no gatilho intermediário. 7.2.3 O RTS na posição “S” indica que a arma está travada (em segurança). 7.2.4 Nesta posição, ao acionar o gatilho (peça 75), a cauda do gatilho encontra em seu deslocamento a superfície cilíndrica do eixo do RTS impedindo, assim, o giro do gatilho e o consequente desengatilhamento (Fig 26). 7-3 EB70-CI-11.405 Fig 26 - Registro de Tiro e Segurança na posição “S” (travado) 7.3 RTS EM TIRO INTERMITENTE “I” 7.3.1 O RTS deve estar na posição “I”. 7.3.2 Nesta posição, o eixo do RTS (82) possui um entalhe que permite que o gatilho (75) gire em torno de seu eixo (Fig 27). A pressão do dedo na tecla do gatilho faz a cauda do gatilho entrar em contato com a cauda dos gatilhos intermediários (78). Em consequência, o dente anterior do gatilho intermediário baixa, perdendo contato com o dente de engatilhamento do martelo (70); este, liberado, gira para frente pela força de sua mola se chocando contra a cauda do percussor, ocasionando a percussão. Fig 27 - Tiro intermitente - Registro de Tiro e Segurança (RTS) na posição “I” 7-4 EB70-CI-11.405 7.3.3 Durante o avanço do martelo, o gatilho intermediário, que já não mais está pressionado pelo martelo e que tem seu olhal ovalizado, se desloca para frente, pela ação de sua mola. Nesta posição, a cauda do gatilho intermediário perde contato com a cauda do gatilho. O dente anterior do gatilho intermediário gira para cima, ficando em condições de reter o martelo, no próximo tiro. 7.3.4 As peças móveis recuam e fazem girar o martelo para sua posição mais re- cuada. No avanço dessas peças móveis, o disparador mantém o impulsor retido pelo dente de disparo, até que no fim do avanço, o impulsor do ferrolho, ao se chocar com a cabeça do disparador, libere o dente do disparo. 7.3.5 O martelo gira alguns graus em torno de seu eixo e o seu entalhe de armar se prende no dente do gatilho intermediário e obriga este último a recuar, até chocar-se contra o seu apoio na cauda do gatilho. 7.3.6 Quando o dedo do atirador libera o gatilho, este volta a sua posição normal pela ação de sua mola, fazendo baixar a sua cauda, o que permite o gatilho inter- mediário recuar o pouco que falta para estar em condições de liberar novamente o martelo no próximo acionamento. 7.4 RTS EM TIRO AUTOMÁTICO “A” 7.4.1 O registro de tiro e segurança encontra-se na posição “A”, apresentando à cauda do gatilho o seu entalhe mais profundo, permitindo que o curso do gatilho, durante o acionamento, seja maior que na posição de tiro intermitente. 7.4.2 Desta forma, o dente do gatilho intermediário permanece mais baixo, não conseguindo, assim, prender o martelo, cujo movimento de avanço, é retardado pela ação do disparador. 7.4.3 O disparador, impedindo a queda do martelo antes do fim de curso do impulsor do ferrolho, torna possível o tiro automático, pois se o martelo não es- tivesse mantido até o fim do recuo do impulsor, seguiria este último e assim empurraria o percussor para frente, ao invés de chocar-se contra ele. 7.4.4 Ao cessar a pressão do dedo sobre o gatilho, as operações ocorrem da mesma forma que no tiro intermitente. Fig 28 - Tiro automático - Registro de Tiro e Segurança (RTS) na posição “A” 7-5 EB70-CI-11.405 7.5 TIRO DE REPETIÇÃO 7.5.1 O tiro de repetição é empregado para o lançamento de granada de bocal. Para tanto, deve-se, além de manter o Registro de Tiro e Segurança (RTS) na posição “I”, girar o obturador do cilindro de gases até que sua posição fique na Posição “G” (voltado para cima – Fig 22). 7.5.2 Admite-se apenas o uso de granadas de bocal que utilizem para seu lan- çamento a munição com projétil comum, SS109 ou M193 (Gr M23 A1 e M24 A1). Nunca utilizar para lançamento munição perfurante ou cartucho de lançamento sem projétil. Deve-se sempre ater às recomendações de segurança do fabrican- te das granadas de bocal. 7-6 EB70-CI-11.405 8-1 EB70-CI-11.405 CAPÍTULO VIII INCIDENTES DE TIRO 8.1 INCIDENTES DE TIRO 8.1.1 Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro, sem danos para o material e/ou pessoal, por motivo independente da vontade do atirador. 8.1.2 A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de opera- ções chamado “ação imediata”, a ser realizado prontamente pelo atirador. 8.1.3 A ação imediata é constituída pelas seguintes operações: - Operação 1: travar a arma; - Operação 2: retirar o carregador; - Operação 3: realizar dois golpes de segurança, para extrair, se possível, e eje- tar um cartucho ou estojo que esteja na arma; - Operação 4: examinar, cuidadosamente, a caixa da culatra, a câmara e a alma, para ver se existe qualquer anormalidade; - Operação 5: permitir que o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho vá para sua posição mais avançada; - Operação 6: recolocar o carregador; - Operação 7: acionar a alavanca de manejo para carregar a arma; e - Operação 8: destravar e recomeçar o tiro. 8.1.4 Caso a arma não reinicie seu funcionamento normal, repetir as quatro pri- meiras operações, e, dentro dos exatos limites de cada escalão de manutenção, pesquisar as causas do que está ocorrendo. 8.1.5 Os incidentes de tiro mais comuns são apresentados na Tab 3. 8-2 EB70-CI-11.405 Incidente de tiro Causas Correção Falha na apresentação ou no carregamento 1) Falta de recuo ou insuficiência de gás: o ferrolho não recuou, ou o fez de modo incompleto, e não extraiu, ou não ejetou, ou não levou outro cartu- cho à câmara de carregamento; 2) Excesso de gás: o ferrolho recua violentamente; e 3) Carregador sujo ou defeituoso e fora de posição. 1) Realizar desobstrução de possíveis resquícios de carga propelente nos orifícios rela- cionados ao obturador do cilin- dro de gases; e 2) Limpeza e/ ou substituição do obt Falha no carregamento 1) Câmara suja; 2) Arma suja; 3) Munição; e 4) Ruptura de estojo. 1) Limpar a câmara; 2) Limpar a arma; e 3) Retirar o cartucho defeituo- so. Falha na percussão 1) Munição; 2) Defeito no trancamento da arma, por sujeira; e 3) Percussor defeituoso. 1) Extrair e ejetar o cartucho defeituoso; 2) Limpar a arma; e 3) Substituir percussor defei- tuoso. Falha na extração 1) Insuficiência de gás; 2) Câmara suja; 3) Munição; e 4) Extrator defeituoso. 1) Substituição de extrator e/ou mola do extrator; 2) Limpar a arma. Falha na ejeção. 1) Insuficiência de gases; 2) Caixa da culatra suja; e 3) Ejetor defeituoso. 1) Limpar alojamento do ejetor; 2) Trocar mola do ejetor e/ou trocar ejetor; e 3) Limpar a arma lubrificando-aem seguida. Falha no retém do fer- rolho. 1) Insuficiência de gases; 2) Retém do ferrolho sujo; e 3) Carregador defeituoso. 1) Limpar a arma lubrificando - a em seguida; 2) Limpeza e/ou substituição do obturador do cilindro de ga- ses; 3) Examinar e/ou substituir o carregador. Tab 3 - Incidentes de Tiro mais comuns 8-3 EB70-CI-11.405 8.1.5 Deve-se usar material de limpeza compatível com o calibre da sua arma. 8.1.6 Jamais se deve efetuar um disparo para remover qualquer obsrução do cano. 8.1.7 Em caso de dúvida ou quando constatada a necessidade de manutenção corretiva (troca de peças) é preciso procurar a Assistência Técnica ou o Escalão de Manutenção superior. 8.2 ACIDENTES DE TIRO 8.2.1 Há um acidente de tiro quando se produz uma interrupção do tiro, com danos, de qualquer natureza, para o material e/ou pessoal. 8.2.2 As causas, efeitos e responsabilidades devem ser apuradas e imputadas na forma da legislação vigente, em todos os casos de acidente de tiro ou de dano, de qualquer natureza, que resultem em inservibilidade, ou não, do mate- rial. 8-4 EB70-CI-11.405 9-1 EB70-CI-11.405 CAPÍTULO IX FERRAMENTAL E ACESSÓRIOS 9.1 FERRAMENTAL 9.1.1 O sinal *(Tab 4) indica a necessidade de dotação do ferramental ou calibre para a realização das atividades de manutenção no escalão considerado na co- luna (Fig 29 a 33). 9.1.2 O sinal # indica que se trata de ferramental de uso geral, podendo ser substituído por similar, a critério do elemento responsável pela realização das atividades de manutenção no escalão considerado na coluna. Nr Ferramental e calibres 1º 2º 3º Nome Uso e aplicação 1 Calibre headspace 37,150 mm - A4-10809 * * * Calibre de headspace Calibre de verificação de folga de trancamento 2 Calibre headspace 37,400 mm - A4- 10809 * * Calibre de headspace Calibre de verificação de folga de trancamento – Advertência 3 Calibre headspace 37,450 mm - A4- 10809 Calibre de headspace Calibre de verificação de fol- ga de trancamento - Refugo 4 Calibre de raia A4-17157 * * Calibre de profundi- dade das raias Conferência de profundidade das raias do cano 5 Calibrador Cano Red 5,67 mm - A3- 10783 * * * Calibrador do cano com punho Calibre que verifica diâmetro de cheio do cano. Quando introduzido no cano pela lado da câmara, penetrar até o primeiro traço (66 mm): ADVERTÊNCIA Quando introduzido no cano pelo lado da câmara, penetrar até o segundo traço (99mm): REFUGO 6 Chave boca para quebra-chamas F-9487- Fz 7,62 * * Chave de boca especial para quebra-chamas Montagem e desmontagem do quebra-chamas Tab 4 - Uso e aplicação de ferramentas necessárias à manutenção por escalão 9-2 EB70-CI-11.405 Nr Ferramental e calibres 1º 2º 3º Nome Uso e aplicação 7 Chave Especial Mont/Dmont Luva do Cano Fz 5,56 A4-19063 * Chave especial Aperto da luva de fixação do cano 8 Martelo 100 gr E-9120 n°2 – terc. * # # Martelo Uso geral com auxílio de toca pinos 9 Bolsa Cal 2° esca-lão Fz 7,62 C-7187 * * * Bolsa de nylon para calibradores Bolsa de nylon para calibradores 10 Bolsa Frmt 2° es- calão Fz 7,62 A1- 7294 * * * Bolsa de nylon porta ferramentas Bolsa de nylon para ferramental 11 Chave de Fenda Red 12,00 mm F-11104 Fz 7,62 -239 - terc * # Chave de fenda Utilizado para fixação do parafuso da coronha 12 Chave de Fenda Red. 7,00mm F- 11105 Fz 7,62 -238 -terc * # Chave de fenda Utilizado para fixação do parafuso do punho 13 Chave de Fenda Red 5,00 mm F-11106 Fz 7,62 -237- terc * # Chave de fenda Utilizado para fixação do parafuso do botão da alça de mira 14 Chave de Fenda Red 4,00 mm D-6946 n°2 -terc * # Chave de fenda Utilizado para fixação do pa- rafuso de correção do desvio da alça de mira 15 Chave Allen 2,0 mm * * # Chave Allen Instalação de acessórios 16 Chave Allen 3,0 mm * * # Chave Allen Aperto do parafuso da base para luneta 17 Chave Allen 4,0 mm * # Chave Allen Aperto do parafuso da chapa da soleira 18 Toca Pino Esp. Red 1,3 mm F-8608 Fz 7,62 -C197 * * * Toca pino especial Retirada de pino elástico ( ejetor, botão de regulagem da alça de mira, e registro de tiro e segurança ) 19 Toca Pino Red 2,8 mm F-4870 Fz 7,62 – 209 * * Toca pino de diâ-metro de 2,80 mm Retirada de pino elástico (zarelho e coronha) 20 Ferramenta Lpz A4-17974 Fz 5,56l n1 * * Ferramenta de lim-peza do obturador Limpeza do furo central do obturador do cilindro de gases Tab 4 - Uso e aplicação de ferramentas necessárias à manutenção por escalão (continuação) 9-3 EB70-CI-11.405 Nr Ferramental e calibres 1º 2º 3º Nome Uso e aplicação 21 Chave Maça Mira F-11080 Fz 7,62 – C-196 * * * Chave para maça de mira Regulagem da maça de mira 22 Extrator Est Rompidos A3- 12011 Fz 5,56l * * * Extrator de estojos rompidos Extração de estojos rompidos na câmara 23 Ferramenta Lpz A3-12004 Fz 5,56l * * * Ferramenta de limpeza do cilindro de gases e do obturador Utilizado para limpeza do cilindro de gases e obturador do cilindro de gases 24 Ferramenta Lpz A4-17973 Fz 5,56l * * * Ferramenta de limpeza do bloco e do obturador de gases Utilizado para limpeza do bloco do cilindro de gases e obturador do cilindro de gases 25 Pincel Lpz 1” . * * # Pincel Limpeza geral 26 Pincel Lpz 1 1/2” * * # Pincel Limpeza geral 27 Bandeja * * * Bandeja Local para limpeza de peças. 28 Peça Lig. Cal. Cano vareta limp. - A4- 14543 * * * Peça de ligação dos calibradores do cano à vareta de limpeza Conjunto de limpeza do cano 29 Extremidade Porta Pano F-12250 ca.22 md1 -68 * * * Extremidade porta pano Conjunto de limpeza do cano 30 Escova Lpz A4- 14541 Fz 5,56 md2 - C108 * * * Escova de limpeza Conjunto de limpeza do cano 31 Dispositivo especial para alinhamento cano e caixa da culatra - A4-19640 * Dispositivo especial para alinhamento do cano com a caixa da culatra Permitir alinhamento do cano e caixa da culatra 32 Ferramenta Espe- cial para Retirada da Chaveta de fixação do cano - A4-19641 * Ferramenta espe- cial para retirada da chaveta de fixação do cano Permitir a retirada da chaveta de fixação do cano 33 Dispositivo espe- cial para monta- gem e Desmon- tagem do Ejetor - A3-12781 * * Dispositivo especial para montagem e desmontagem do ejetor Facilitar a desmontagem do ejetor Tab 4 - Uso e aplicação de ferramentas necessárias à manutenção por escalão (continuação) 9-4 EB70-CI-11.405 Fig 29 - Ferramental (1 a 10) 9-5 EB70-CI-11.405 Fig 30 - Ferramental (11 a 19) 9-6 EB70-CI-11.405 Fig 31 - Ferramental (20 a 24) 9-7 EB70-CI-11.405 Fig 32 - Ferramental (25 a 30) 9-8 EB70-CI-11.405 Fig 33 - Ferramental (31 a 33) 9.2 ACESSÓRIOS 9.2.1 Trilhos do guarda-mão (base para luneta). Podem ser fixados da seguinte forma: - na superfície superior do guarda-mão - dois trilhos, sendo um A e um B (Fig.34); - nas laterais do guarda-mão - dois trilhos A, um em cada lateral; e - na superfície inferior do guarda-mão – um trilho B. Fig 34 - Base para luneta 9.2.2 Protetor do trilho “picatinny” - Está fixada sobre o trilho picatinny para pro- teção da mão do usuário durante o tiro ou como posicionador para acessórios 9-9 EB70-CI-11.405 instalados sobre o trilho (Fig 35). Fig 35 - Protetor do trilho “picatinny” 9.2.3 Faca-baioneta IA2, Faca-baioneta Amz e suas respectivas bainhas: - desenvolvida especialmente para permitir o uso em campanha; e - possui gume em estilo flat ground e permite a utilização tanto para cortes preci- sos, quanto para golpes de impacto e golpes perfurantes (Fig 36 e 37). Fig 36 - Faca-baioneta IA2 9-10 EB70-CI-11.405 Fig 37 - Faca-baioneta Amz 9.2.4 Bandoleira de três pontos ou ajustável (Fig 38 e 39). Fig 38 – Bandoleira de três pontos Fig 39 – Bandoleira ajustável 9-11 EB70-CI-11.405 9.2.5 Reforçador para tiro de festim (Fig 40). Fig 40 – Reforçador para tiro de festim 9.2.6 Depósito de óleo (Fig 41). Fig 41 – Depósito de óleo 9.2.7 Cordel auxiliar para limpeza do cano e escova de lubrificação (Fig42). Fig 42 – Cordel auxiliar para limpeza do cano e escova de lubrificação 9-12 EB70-CI-11.405 9.2.8 Chave de regulagem da alça de mira (Fig 43). Fig. 43 – Chave de regulagem da alça de mira 10-1 EB70-CI-11.405 CAPÍTULO X MANUTENÇÃO 10.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 10.1.1 A manutenção no nível de usuário é também chamada manutenção pre- ventiva e consiste nas operações de limpeza, lubrificação e conservação do ma- terial. Está comprovado que a manutenção preventiva perfeita elimina a quase totalidade dos incidentes e acidentes de tiro. Na manutenção preventiva deve-se: - limpar o cano (inclusive câmara), a caixa da culatra, o impulsor do ferrolho, o ferrolho, o extrator, o ejetor, o percussor, o obturador, êmbolo e mola do cilindro de gases, o cilindro de gases e o mecanismo da armação (sem desmontar); - lubrificar correta e levemente a arma que está em uso; - lubrificar e/ou preservar corretamente a arma de pouco uso ou fora dele; e - verificar, constantemente, e regular os órgãos da arma, a fim de que apresente um bom estado de conservação e de funcionamento. 10.1.2 Deve-se sempre ter em mente que: “a manutenção preventiva deve ser perfeita; sem ela não pode haver armamento eficiente, por melhor que sejam os outros estágios da manutenção”. 10.2 MANUTENÇÃO ANTES DO TIRO 10.2.1 - As armas devem ser cuidadosamente limpas e revistas. Os canos de- vem ser limpos, retirando o excesso de lubrificante existente. As demais partes, uma vez limpas, deverão ser lubrificadas com uma leve camada de óleo para o armamento. 10.3 MANUTENÇÃO DEPOIS DO TIRO 10.3.1 Tão cedo quanto possível, a arma deve ser limpa, a fim de evitar corro- são. Após a arma ter sido desmontada, deve-se introduzir no sentido da câmara para o cano, uma vareta ou cordão de limpeza de comprimento adequado, com um pedaço de pano limpo embebido em solvente de pólvora, repetindo a opera- ção diversas vezes. Deve-se secar completamente o cano e lubrificá-lo com óleo para o armamento. 10.3.2 As demais partes (internas e externas), uma vez limpas, deverão ser lu- brificadas com uma leve camada de óleo para armamento. 10.3.3 Atenção: deve-se usar somente material de limpeza compatível com a arma e seu calibre. 10-2 EB70-CI-11.405 10.4 LUBRIFICAÇÃO 10.4.1 A lubrificação deve ser leve nas guias do impulsor do ferrolho (Fig. 44 e 45) e nas canaletas da caixa da culatra (Fig. 46 e 47). Entende-se por lubrificação leve, aquela que não permite escorrimento exagerado de óleo pela gravidade. Fig 44 - Lubrificação leve nas guias do impulsor do ferrolho Fig 45 - Lubrificação leve nas guias do impulsor do ferrolho Fig 46 - Lubrificação leve nas canaletas da caixa da culatra 10-3 EB70-CI-11.405 Fig 47 - Lubrificação leve nas canaletas da caixa da culatra 10-4 EB70-CI-11.405 11-1 EB70-CI-11.405 CAPÍTULO XI CONSIDERAÇÕES FINAIS 11.1 PRESCRIÇÕES DIVERSAS 11.1.1 Deve-se usar somente munição de qualidade e origem conhecida, espe- cífica para o tipo de arma. 11.1.2 Munição recomendada para o Fuzil de Assalto 5,56 IA2: munição calibre 5,56 mm e cartuchos padrão OTAN (5,56 mm x 45 mm). 11.1.3 O Fuzil de Assalto 5,56 IA2 admite somente o uso de granadas de bocal que utilizem para seu lançamento a munição com projétil comum, SS109 ou M193 (Gr M23 A1 e M24 A1). Deve-se, sempre, ater às recomendações de se- gurança do fabricante das granadas de bocal e do fabricante da arma. 11.1.4 Quando da realização de séries com mais de 180 disparos sequenciais, tanto em regime automático quanto semiautomático, deve-se respeitar, entre as séries, o tempo necessário para o resfriamento completo da arma (caracterizado pela possibilidade de se tocar no cano, ou quebra-chamas sem desconforto). A não observância deste procedimento pode causar disparos indesejados pelo efeito de cook-off, ou seja, o aquecimento demasiado de um cartucho na câmara muito quente, podendo o mesmo entrar em autodetonação, além de danos ao armamento não cobertos pela garantia. 11.1.5 O presente Caderno de Instrução não contempla dois assuntos relevan- tes, são eles: regulagem do aparelho de pontaria e granada de bocal, tendo em vista que até o presente momento não havia nenhum arcabouço de conhecimen- to, legalmente amparado, disponível para ser consolidado nesta edição. 11-2 EB70-CI-11.405 REFERÊNCIAS MINISTÉRIO DA DEFESA. EXÉRCITO BRASILEIRO. Apostila Fuzil de Assal- to 5,56 IA2 do Curso de Manutenção e Manuseio (Armeiro). Edição 2016 MINISTÉRIO DA DEFESA. EXÉRCITO BRASILEIRO. Escola de Material Béli- co. Apostila Fuzil 7,62 M964 “FAL”. Edição 2000 - Disponivel em : < https:// pt.wikipedia.org/wiki/IMBEL_A2. Acesso em 11 de agosto e 2016 MINISTÉRIO DA DEFESA. EXÉRCITO BRASILEIRO. Estado Maior do Exército. Manual de Campanha - TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS 1ª Parte – FUZIL. 1ª Edição 2003 MINISTÉRIO DA DEFESA. EXÉRCITO BRASILEIRO. IMBEL. Manual do Usuá- rio do Fuzil de Assalto 5,56 IA2 – Disponivel em : < www.imbel.gov.br. Acesso em 8 de junho de 2016 EB70-CI-11.405 EB70-CI-11.405 COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES Brasília, DF, 9 de fevereiro de 2017 www.intranet.coter.eb.mil.br EB70-CI-11.405
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