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1 matéria GEOLOGIA GERAL

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GEOLOGIA GERAL 
APRESENTAÇÃO 
 
1 
APRESENTAÇÃO 
Caro aluno, 
Seja bem-vindo ao estudo da disciplina Geologia e Geotecnia para Barragens. 
A proposta deste Material de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem 
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-
se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD. 
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos 
conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da 
área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional que 
busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-
tecnológica impõe ao mundo contemporâneo. 
Elaborou-se o presente material com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a 
facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira. 
2 
INTRODUÇÃO 
A geologia é a ciência que estuda a história e a estrutura da Terra. O homem necessita 
dessas informações para trabalhar em projetos de implantações de infraestruturas na 
superfície da Terra, reconhecer o local onde pretende instalar um empreendimento e 
auxiliar na tomada de decisão do método construtivo a ser utilizado. A geologia 
consegue, por meio da ciência, traduzir a evolução dos acontecimentos entre a origem e 
a evolução da Terra – as rochas são arquivos dessa história. 
Estudos topográficos proporcionam dados adequados que apoiam a elaboração do 
projeto de barramento, auxiliando nos cálculos das áreas de inundação e de 
desapropriação. A geologia apresenta a necessidade da relação entre material de solo 
disponível e o tipo de barragem mais indicado; para isso, é importante o conhecimento 
do volume de materiais que possam ser aproveitados na execução da barragem. 
Mapas geotécnicos incluem informações ligadas à natureza das características e 
propriedades do solo e subsolo com o objetivo de analisar o comportamento do solo. O 
intuito é auxiliar na determinação de possíveis problemas derivados do uso do solo em 
projetos de engenharia. O processo de investigação geotécnica é realizado no material 
abaixo da superfície terrestre ao longo de profundidade definida pelo tipo de projeto a 
ser realizado – é um conjunto de operações realizadas para determinar a natureza e as 
características do terreno. 
Em laboratório, a classificação dos solos é baseada na amostra retirado do solo. Então, 
classifica a granulométrica por meio dos percentuais passantes nas peneiras e nas 
análises por sedimentação, dos valores do índice de plasticidade, do limite de liquidez e 
dos índices físicos. Essas informações orientam para a necessidade de reforçar o solo, o 
que ocorre após estimar seu comportamento. 
Deformações e alterações da crosta terrestre, como falhas e dobras que surgem na crosta 
devido às rochas serem submetidas a forças aplicadas a elas devido ao próprio peso e ao 
peso de camadas superiores de solo ou rochas, orientam os projetistas a determinar qual 
o mais adequado tipo de barramento a ser utilizado na área de estudo. 
3 
OBJETIVOS 
» Discutir sobre os fundamentos da geologia-geotécnica na aplicação 
de barragens. 
» Compreender os tipos de recursos aplicados ao reconhecimento do 
solo. 
» Compreender a classificação dos maciços rochosos. 
» Discutir a aplicação da mecânica das rochas. 
» Compreender a cartografia aplicada à geotecnia. 
» Tratar das patologias derivadas das barragens. 
» Compreender as necessidades para implantação de um barramento. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 1 | CAPÍTULO 2Partes 
Bem vindo! 
Neste capítulo estudaremos 
FUNDAMENTOS E TÉCNICAS DE TOPOGRAFIA 
 
1 
INTRODUÇÃO 
A topografia tem a finalidade de representar um determinado local de forma minuciosa 
(detalhada), com fundamentação matemática na representação do espaço. É a ciência 
que estuda a superfície dos terrenos, sua situação e localização, representando as áreas 
em forma de mapas; estes são utilizados como suporte para diversos trabalhos de 
arquitetura e engenharia. 
Veigas (2012) lembra que alguns historiadores já mencionavam a produção e o uso de 
ilustrações pelo homem antes mesmo de este dominar a escrita. Com o surgimento de 
técnicas e equipamentos de medição que facilitaram a obtenção de dados, para posterior 
representação das áreas, teve origem a topografia. 
Topografia segundo Espartel (1987 apud VEIGA, 2012): “A Topografia tem por 
finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada 
da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade 
terrestre”. 
Figura 3. Levantamento topográfico. 
 
Fonte: https://miranteengenharia.com.br/portfolio/topografia-para-barragens/. 
A topografia trabalha com medições realizadas na superfície da terra; por meio dessas 
medições, podemos calcular áreas, volumes e coordenadas. Assim, é possível 
representar os elementos da superfície terrestre, bem como fazer medições em túneis e 
cavernas. É uma das formas de decrever uma área de modo mais próximo à realidade, 
mas é necessário o uso de instrumentos, técnicas de medições, cálculos e avaliação dos 
dados. 
Basicamento, o processo de levantamento é dividido nas cinco etapas abaixo: 
Clique sobre as abas abaixo: 
» Planejamento: 
é a etapa do levantamento topográfico; compreende os estudos das técnicas, o 
reconhecimento do local e a opção de melhor método e equipamentos a serem 
utilizados. 
» Levantamento de campo/dados: 
etapa efetiva de medição e anotações das características da superfície a ser 
detalhada. 
» Processamento dos dados: 
etapa de processamento, análise, ajustes do levantamento. 
» Representação gráfica: 
etapa de representar graficamente os dados levantados para melhor visualizar a 
área em estudo. 
» Relatório técnico: 
são todos os dados que subsidiaram o planjamento, levantamento e 
processamento dos dados, e os desenhos baseados nos levantamentos 
topográficos baseados nos elementos técnicos. 
 
 
A NBR 13.133/1991 descreve as atividades de um levantamento topográfico da 
seguinte forma: 
Conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos horizontais e 
verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental adequado à 
exatidão pretendida, primordialmente, implanta e materializa pontos de apoio no 
terreno, determinando suas coordenadas topográficas. A estes pontos se relacionam os 
pontos de detalhe visando a sua exata representação planimétrica numa escala pré-
determinada e à sua representação altimétrica por intermédio de curvas de nível, com 
equidistância também pré-determinada e/ou pontos cotados. 
A topografia é base para diversos trabalhos nas muitas áreas da engenharia, utilizada no 
levantamento de áreas com a finalidade de apoio para delimitação de projetos, locação 
dos projetos, controle de deslocamentos de estruturas, nivelamentos, alinhamentos de 
construção, planejamento de terraplanagem, cálculo de volumes de corte e aterro, entre 
outras atividades. 
A topografia é dividida em duas partes: 
» Planimetria: age no plano horizontal; representa dados de superfície. 
 
 
» Altimetria: age no plano vertical; representada pelas curvas de nível. 
 
Figura 4. Levantamento planimétrico e altimétrico. 
 
Fonte: https://br.depositphotos.com/stock-photos/mapa-
planim%C3%A9trico.html?filter=all. https://blogdescalada.com/como-ler-um-mapa-
topografico/. 
Da planimétria e altimétria, temos o levantamento planialtimétrico. Este unifica os 
métodos, facilitando e agilizando o processo de levantamento de dados. Limitados à 
representação de uma superfície plana da face terrestre,é necessário o conhecimento 
das técnicas do levantamento dos dados para aumentar a área de levantamento. 
O método de levantamento topográfico objetiva a determinação das coordenadas 
relativas dos pontos levantados a um modelo matemático, que deve ser associado a um 
sistema de coordenadas que representam o espaço de forma tridimensional. Para a 
determinação dos pontos referenciados a esse modelo, é necessário, pelo menos, um 
ponto conhecido, ligado a esse sistema de coordenadas, para que os demais sejam 
referenciados ao sistema escolhido de coordenadas. 
O mapeamento topográfico da área pretendida para a implantação do barramento é 
referência para a execução do projeto. A escolha dos equipamentos utilizados no 
processo de levantamentos dos dados deve ser definida no processo de planejamento, e 
várias são as opções no mercado de modelos, marcas e qualidade ou precisão. Estações 
totais, níveis, equipamentos receptores de sinal de satélites (GNSS), laser scanner, 
prismas, réguas graduadas, bastão, tripés, trenas, bússolas e aeronaves não tripuladas 
(drones) são alguns dos equipamentos utilizados nos trabalhos de campo. 
Figura 5. Equipamentos topográficos. 
 
Fonte: https://ip2engenharia.com.br/aluguel-de-equipamentos-de-topografia/. 
O uso de drones possibilita o levantamento de áreas maiores por meio de voos não 
tripulados e autônomos, o que resulta em menores recursos de mão de obra, bem como 
em menor tempo gasto nos levantamentos (OLIVEIRA, 2018). Assim, apresenta 
vantagens no levantamento de dados de forma técnica e econômica. 
Os veículos áereos não tripilados (VANT), ou mais conhecidos como drones, são 
importantes para o reconhecimento da área predefinida para a implantação do 
barramento. Associados às técnicas de levantamentos topográficas, geram ortofotocartas 
que resultam na facilidade das análises do terreno. 
Figura 6. Topografia e drones. 
 
Fonte: http://www.mensusengenharia.com.br/topografia-drone. 
As técnicas de levantamento topográfico podem auxiliar no monitoramento de 
estruturas e em barragens, desde a implantação com a locação da posição do barramento 
até a construção no acompanhemento da evolução da obra para que a estrutura se 
mantenha na prumada correta. Após a implantação da barragem, no controle de 
deslocamento da estrutura, é necessária a implantação de pontos fixos na estrutura para 
a leitura das coordenadas desses pontos; de forma recorrente, repetem-se as leituras para 
verificar se houve alteração das coordenadas dos pontos com relação às primeiras 
leituras. 
Figura 7. Monitoramento de estruturas. 
 
Fonte: https://www.norteknet.com/servicos/. 
 Outra técnica que auxilia no planejamento e na gestão das informações da 
área de barragens é a técnica de sistemas de informações geográficas (SIG); é 
utilizada nos projetos e no monitoramento da barragem após sua implantação. Essa 
técnica consegue associar várias informações de diversas fontes, desde que todas 
tenham um identificador em comum, que auxiliam em análises da área. 
 
Dados como modelo digital do terreno, de superfície e de elevação, além de dados 
hidrográficos e ambiental, imagens da área e dados de vários períodos, são algumas das 
informações que, associadas, podem gerar dados temporáis para comparação da 
evolução da área em análise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://static-dpc.unyleya.com.br/conteudo/pos_graduacao/geologia_e_geotecnia_para_barragens/v1/unidade1/uni1/uni1_cap2.html
https://static-dpc.unyleya.com.br/conteudo/pos_graduacao/geologia_e_geotecnia_para_barragens/v1/unidade1/uni1/uni1_cap2.html
UNIDADE 1 | CAPÍTULO 3Partes 
Acessibilidade 
 
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• 
Bem vindo! 
Neste capítulo estudaremos 
LEVANTAMENTO E MAPEAMENTO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO 
 
1 
INTRODUÇÃO 
O mapeamento geológico-geotécnico é um importante meio de caracterização litológica 
e estratigráfica do solo. Nesse contexto, apresenta as propriedades e o comportamento 
do solo e de sua gênese, sendo subsídio a trabalhos que necessitem do conhecimento do 
substrato rochoso. Lembre que a geologia estuda a origem e formação da terra, bem 
como a história física, sua evolução, a composição dos elementos e a estrutura do solo. 
Em sua maioria, os mapas produzidos para fins geológicos registram a distribuição 
geográfica das rochas e são apresentados em diversas escalas. Segundo Lisle (2014), o 
levantamento das informações que comporão um mapa geológico dependerá da sua 
finalidade. 
https://static-dpc.unyleya.com.br/conteudo/pos_graduacao/geologia_e_geotecnia_para_barragens/v1/unidade1/uni1/uni1_cap3.html
https://static-dpc.unyleya.com.br/conteudo/pos_graduacao/geologia_e_geotecnia_para_barragens/v1/unidade1/uni1/uni1_cap3.html
Um mapa geológico contém informações baseadas nos tipos de rochas, nas estruturas 
geológicas, em falhas, fraturas, nos depósitos superficiais, nos contatos litológicos e nas 
feições geomorfológicas com a finalidade de pesquisar os minerais. 
Nos mapas geotécnicos, são inclusas informações ligadas à natureza das características 
e propriedades do solo e subsolo com o objetivo de analisar o comportamento do solo. 
Nesse sentido, o intuito é auxiliar na determinação de possíveis problemas derivados do 
uso do solo em projetos de engenharia. 
Na confecção de um mapa de área continental, de um país ou de regiões específicas 
como áreas urbanas, rurais ou, ainda, área de região menor, é necessária a definição da 
temática geológica que será apresentada. Então, a informação será trabalhada a partir da 
escala definida para a representação do mapa geológico. O conteúdo e detalhamento 
dependerão do objetivo, da importância, da disponibilidade das informações e do modo 
de apresentação das informações. 
A exemplo, podemos verificar a Figura 8. Esta apresenta o mapa do Brasil com 
informações geológicas em níveis diferentes – mesma área, com mais e menos detalhes. 
Cada mapa contém as características de informações que atendem a uma necessidade 
específica para a mesma região. 
Figura 8. Mapas geológicos. 
 
Fonte: https://infoenem.com.br/estudando-os-diferentes-tipos-de-estruturas-geologicas/. 
https://www.portalbrasil.net/brasil_geologia.htm. 
http://www.geobrasil.net/geomapas/geologicos.htm. 
As escalas mais utilizadas em mapas de pequenas escalas estão entre 1:100.000 e 
1:1.000, e áreas representadas em escalas grandes são apresentadas em escalas 
superiores a 1:10.000. O mapeamento sistemático realizado por orgãos associados ao 
Serviço Geológico do Brasil utiliza as escalas de 1:1.000.000, 1:750.000 e 1:500.000 
para representar os mapas dos estados brasileiros. 
Algumas escalas utilizadas no mapeamento geológico-geotécnico: 
Clique sobre os números abaixo: 
1 » Mapas de escala regional são produzidos na escala 1:250.000 (escala 
máxima utilizada). 
https://static-dpc.unyleya.com.br/conteudo/pos_graduacao/geologia_e_geotecnia_para_barragens/v1/unidade1/uni1/uni1_cap3.html
 
2» Mapas de semidetalhe apresentados na escala 1:25.000 (utilizados para 
identificar e mapear áreas menores). 
 
 3» Mapas de detalhes são elaborados na escala 1:10.000 a 1:2.000 
(utilizados para mapeamentos de delimitação de área de minérios, por 
exemplo). 
 
Segundo Aranda (2018), o mapeamento geológico deve seguir de forma genérica três 
etapas, quais sejam, pré-campo, que constitui a fase de planejamento e análises 
bibiográficas; fase de campo, que constitui a etapa efetiva de coleta das amostras de 
solo; e o pós-campo, com as análises em laboratório das amostras coletadas no campo e 
o desenvolvimento dos mapas. 
A etapa pré-campo contém o levantamento e a integração de informações existentes, a 
preparação da base cartográfica com auxílio de imagens de satélite, fotos aréas, 
topografia, morfologia e dados geofísicos. Ademais, também há reconhecimento da área 
e geração de mapa geológico preliminar que servirá de base para os serviços na fase de 
campo. 
Na etapa principal de campo,são executados diversos estudos de forma a proporcionar 
o máximo de informações para a geração do mapa geológico, com levantamentos de 
amostras de solos para análises em laboratórios. Nessa etapa, ainda são executados os 
tratamentos e relacionamentos dos dados, além da preparação do mapa atualizado. 
Na última etapa, são elaborados os relatórios finais dos dados de laboratório, o 
relacionamento dos dados num sistema de informações geográficas e a geração final do 
mapa geológico. 
 Várias são as técnicas para a elaboração de um mapa geológico-
geotécnica; ao longo de várias décadas, estudiosos vêm evoluindo as formas 
de apresentar e interpretar as informações de trabalho com a ajuda da 
evolução tecnológica e do acesso a informações já obtidas da área a ser 
mapeada. O uso de técnicas de geoprocessamento apoiado aos sistemas de 
informações geográficas tem sido bem aceito pela comunidade geológica, mas 
não basta ter as informações se o profissional não souber interpretá-las de 
maneira correta para a geração dos mapas geológicos. 
 
https://static-dpc.unyleya.com.br/conteudo/pos_graduacao/geologia_e_geotecnia_para_barragens/v1/unidade1/uni1/uni1_cap3.html
https://static-dpc.unyleya.com.br/conteudo/pos_graduacao/geologia_e_geotecnia_para_barragens/v1/unidade1/uni1/uni1_cap3.html
https://static-dpc.unyleya.com.br/conteudo/pos_graduacao/geologia_e_geotecnia_para_barragens/v1/unidade1/uni1/uni1_cap3.html
https://static-dpc.unyleya.com.br/conteudo/pos_graduacao/geologia_e_geotecnia_para_barragens/v1/unidade1/uni1/uni1_cap3.html
Alguns metodos de levantamento de dados são utilizados para a geração das 
características geológicas: 
Clique sobre as abas abaixo: 
» Caminhamento perpendicular ao trend: 
utilizado para mapemanentos em qualquer escala, com objetivo de reconher litologias e 
determinar a estratigrafia e as estruturas do solo. 
» Caminhamento paralelo ao trend: 
utilizado para áreas com mapeamentos classificados como semidetalhes e detalhes, 
mostrando as falhas, as estruturas e a litologia do solo. 
» Caminhamento por linhas de base e picadas: 
utilizado para mapeamento em detalhe com auxílio da topografia na área mapeada. 
Os mapas e as cartas com informações geotécnicas e geológicas auxiliam municípios 
em seus planejantos de desenvovimentos ocupacionais. Nesse contexto, as informações 
direcionam a prevenção de ocupação em áreas de riscos, auxiliando na tomada de 
decisão sobre a ocupação de espaços físicos, em planejamentos iniciais de melhorias no 
solo para uso na contrução civil, e agilizam a tomada de decições. 
Figura 9. Mapa geológico integrado ao SIG. 
 
Fonte: 
http://200.130.15.103/publique/media/guias_orientativos/dgm/instrucoes_tecnicas_e_pa
droes_jul_2020/gpt_2020_it_disege_01_orientacoes_gerais_para_interpretacoes_de_da
dos_aerogeofisicos_01_07_2020.pdf. 
Sistemas integrados de mapeamentos, como SIG (Sistemas de Informações 
Geográficas), podem associar todas as informações geográficas de determinada região 
com o uso de sistemas computacionais. Além disso, permitem busca e análises de 
informações de formas mais estruturadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 1 | CAPÍTULO 4Partes 
Bem vindo! 
Neste capítulo estudaremos 
ESTUDOS DE PROSPECÇÃO E PESQUISA DE RECURSOS PARA APLICAÇÃO GEOTÉCNICA 
 
1 
INTRODUÇÃO 
Para a elaboração de projetos de obras de engenharia, fundações, contenções e projetos 
de empréstimo ou substituição de camadas de solo, conhecer o subsolo é fundamental. 
Nas camadas mais superficiais, as características não apresentam boas condições em 
geral, necessitando de investigações mais profundas. O processo de investigação 
geotécnica é realizado no material abaixo da superfície terrestre ao longo de uma 
produndidade definida pelo tipo de projeto a ser realizado; é um conjunto de operações 
realizadas para determinar a natureza e as características do terreno. 
Os métodos mais utilizados nas investigações são as perfurações do terreno em locais 
predefinidos para a coleta de amostra de solo e posterior análise em laboratório: poços e 
trincheiras, SPT e SPT-T, CPT, ensaio dilatométrico DMT, sondagens a trado, 
sondagens rotativas e mistas, ensaio de palheta – vane test, ensaio pressimétrico PMT 
etc. 
Estas são as profundidades definidas para intervenção: para estudos rodoviários, são 
utilizados furos de 0,20 a 1,20 metros; para fundações de edificações, de 10 a 30 metros 
(em alguns casos, podem ultrapassar esses valores); e para obras de exploração de 
petróleo, a profundidade pode ser maior que 1.000 metros. 
Os estudos de prospecção são necessários devido à necessidade de conhecimento 
adequado do solo, com a apresentação das características e da composição das camadas. 
Estas devem apresentar descrição, classificação e origem desse solo, sabendo-se que a 
Terra está continuamente sofrendo pequenas e lentas mudanças, na superfície e na 
subsuperfície. Informações de cor, textura, processo formador do solo, estado de 
decomposição e estratigrafia mostram a estimativa da espessura das camadas dos solos 
ou das rochas, apresentando a distribuição geológica-geotécnica das camadas, a 
presença de água e o nível do lençol freático; todos esses elementos são gerados pela 
investigação geotécnica. 
Figura 10. Amostras de solos. 
 
Fonte: http://www.pattrol.com.br/?page_id=414. http://brhounds.com/sondagens.html. 
Todas essas informações são referências para o projetista sobre a resistência das 
camadas investigadas, auxiliando na tomada de decisão sobre a necessidade de remoção 
ou de reforço do solo, o que possibilita fatores de segurança para a obra. As 
investigações geotécnicas viabilizam a elaboração do planejamento das técnicas e a 
definição dos equipamentos adequados para cada etapa da terraplanagem. 
A ABNT NBR 8036:1983 define o procedimento para a programação de sondagens de 
simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios. A distribuição dos 
pontos de sondagem deve satisfazer às necessidades mínimas exigidas na norma de 
forma a garantir o conhecimento do subsolo. 
Tabela 2. Quantidade de furos por m2. 
ÁREA (M2) QUANTIDADE DE FUROS 
Até 200 2 
200 a 600 3 
600 a 800 4 
800 a 1000 5 
1000 a 1200 6 
1200 a 2400 + 1 para cada 400 m excecidos dos 1200 m2 
Acima de 2400 Seguir o plano da construção 
Para estudos de viabilidade Mínimo de 3 sondagens e as distâncias máximas entre os pontos de 100 m 
Fonte: adaptada de ABNT NBR 8036:1983. 
Figura 11. Disposição dos furos de sondagem. 
 
Fonte: http://site.ufvjm.edu.br/icet/files/2016/07/AULA02-INVESTIGACOES-DO-
SUBSOLO.pdf. 
OBSERVAÇÃO 
A falta de informações ou informações erradas da investigação do subsolo podem 
ocasionar problemas nas obras, gerando risco às vidas das equipes de trabalho ou dos 
usuários dos empreendimentos. Para tanto, tais investigações devem ser planejadas, 
executadas e processadas de forma a garantir a qualidade da informação e a segurança 
no desenvolvimento dos projetos. 
Figura 12. Acidentes em obras. 
 
Fonte: https://www.cedroeng.com.br/monitoramento-de-estruturas-taludes-e-
contencoes/. https://vermelho.org.br/2014/01/13/sp-sete-anos-depois-ninguem-foi-
julgado-por-mortes-em-metro/. http://www.chiaviniesantos.com/noticia/monitoramento-
geotecnico-seg 
Problemas em projetos podem acontecer devido a baixa qualidade geotécnica dos 
materiais existentes no local do empreendimento, tensões internas e descompressão de 
materiais muito deformado, ações sísmicas, ações antrópicas, ações climáticas e falhas 
por deslocamento de placas tectônicas. 
Os métodos de investigação do subsolos são separados em grupos: 
Clique sobre os itens abaixo: 
• 1 
• » métodos diretos (manuais e mecânicos): observações diretas no solo; 
• 2 
• » métodos semidiretos: sondagens; e 
• 3 
• » métodos indiretos: prospecção geofísica. 
Os métodos e os equipamentos utilizados para investigação do solo podem variar em 
função da localização dos furos e dacaracterística topográfico do local do projeto. 
Desse modo, não é incomum o uso de vários métodos na mesma obra. 
No método direto, as amostras podem ser reclassificadas como representativas e não 
representativas. As não representativas têm essa classificação devido à forma de 
extração em que são removidas ou alteradas algumas partículas do solo. Amostras 
representativas são as que conservam todos os componentes minerais do solo, porém, 
no processo de retirada da amostra, há duas formas de coleta. Estas são classificadas 
como representativa deformada, que altera a estrutura no processo de retirada da 
amostra; e representativa indeformada, que mantém, ao máximo, a estrutura dos 
componentes do solo. 
Figura 13. Coleta de amostras indeformadas. 
 
Fonte: http://site.ufvjm.edu.br/icet/files/2016/07/AULA02-INVESTIGACOES-DO-
SUBSOLO.pdf. https://marcosporto.eng.br/wp-content/uploads/2018/02/Nota-de-Aula-
de-Investiga%C3%A7%C3%A3o-do-Subsolo-1.pdf. 
Alguns métodos de inspeção e sondagens do solo: 
Poços e trincheiras: a NBR 9604:2015 estabelece os seguintes procedimentos para 
execução de abertura de poço e trincheira de inspeção em solo: 
» Permitem a observação das camadas estratificadas do solo. 
» Permitem a coleta de amostras indeformadas para caracterização do 
solo e determinação dos parâmetros de resistência. 
» Escavações manuais geralmente não escoradas até o nível do lençol 
freático. 
 
 
Sondagem a trado: a NBR 9603:2015 descreve o procedimento para a sondagem a 
trado. É um método de investigação do solo que usa o trado como instrumento para a 
coleta de amostras deformadas; são lâminas cortantes espiraladas ou convexas: 
» Processo manual, rápido e barato. 
» Não há necessidade de mão de obra especializada. 
» Permite a retirada de amostras deformadas. 
» A profundidade é limitada à presença de corpos d’água. 
 
 
SPT: a ABNT NBR 6484:2001 descreve os métodos para ensaio de sondagem de 
simples reconhecimento com SPT. Esse método consiste na utilização de um 
amostrador que será cravado no solo para verificar a medida de resistência à 
penetração no solo. Essa resistência é medida pelo número “N” de golpes necessários 
para a cravação de 30 cm do amostrador padrão logo após a cravação dos primeiros 
15 cm. 
» Indica os tipos de solo e suas camadas estratigráficas. 
» Apresenta o número “N”. 
» Estabelece a posição de cursos d’água. 
 
A NBR 6484:2001 apresenta a classificação da resistência do solo em função do “N” 
que apresenta o índice de resistência à penetração. 
Tabela 3. Quantidade de furos por m2. 
SOLO 
ÍNDICE DE RESISTÊNCIA À 
PENETRAÇÃO (N) 
DESIGNAÇÃO 
Areais e siltes arenosos 
<= 4 Fofa (o) 
5 a 8 Pouco compacta (o) 
9 a 18 Mediamente compacta (o) 
40 Compacta (o) 
> 40 Muito compacta (o) 
Argilas e siltes argilosos 
< = 2 Muito mole 
3 a 5 Mole 
6 a 10 Média (o) 
19 Rija (o) 
> 19 Dura (o) 
As expressões empregadas para a classificação da compacidade das áreas (fofa, compacta etc.) referem-se à deformabilidade e 
resistência desses solos, sob o ponto de vista de fundações. Portanto não devem ser confundidas com as mesmas denominações 
empregadas para a designação da compacidade relativa das areias ou para a situação perante o índice de vazios críticos definidos na 
mecânica dos solos. 
Fonte: adaptada de ABNT NBR 6484:2001. 
Algumas vantagens do método SPT: 
• » capaz de passar cursos d’água; 
• » baixo custo e facilidade na execução; 
• » apresenta o tipo de solo e as expessuras das camadas do solo; e 
• » o furo, em solo instável, pode ser revestido. 
 
Algumas desvantagens do método SPT: 
» as amostras são deformadas; e 
» não tem capacidade de transpor matacões ou blocos de rochas. 
 
O método SPT é um dos métodos mais utilizados. 
Figura 14. Coleta de amostras de solo por SPT. 
 
Fonte: https://www.guiadaengenharia.com/resultado-ensaio-spt/. 
Figura 15. Exemplo do perfil geotécnico do solo. 
 
Fonte: https://www.guiadaengenharia.com/resultado-ensaio-spt/.

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