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k
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n
d
 Página 1 
Introdução à Fisiologia --------------------------------------------------------------------------------------- pág. 3
Bioquímica Celular ------------------------------------------------------------------------------------------- pág. 4
Fisiologia da Membrana Plasmática ------------------------------------------------------------------------ pág. 6
Fluidoterapia ------------------------------------------------------------------------------------------------ pág. 7
Fisiologia do Sistema Nervoso ------------------------------------------------------------------------------ pág. 11
Sistema Nervoso Central ---------------------------------------------------------------------------------- pág. 15
Sistema Nervoso Periférico ------------------------------------------------------------------------------- pág. 17
Fisiologia Muscular ------------------------------------------------------------------------------------------ pág. 20
Sistema Endócrino ------------------------------------------------------------------------------------------ pág. 23
Sistema Circulatório ---------------------------------------------------------------------------------------- pág. 33
Sistema Respiratório --------------------------------------------------------------------------------------- pág. 41
Fisiologia Renal --------------------------------------------------------------------------------------------- pág. 53
Equilíbrio Ácido-Base --------------------------------------------------------------------------------------- pág. 64
Sistema Renal das Aves ----------------------------------------------------------------------------------- pág. 65
Sistema Digestório ----------------------------------------------------------------------------------------- pág. 66
Sistema Reprodutor Masculino ---------------------------------------------------------------------------- pág. 80
Sistema Reprodutor Feminino ----------------------------------------------------------------------------- pág. 84
 Página 2 
Estudo das funções corporais.→
Funcionamento do corpo considerando mecanismos de ação que 
envolvem sequências de causa e efeito em processos físicos e 
químicos.
→
Relação entre fisiologia e anatomia, pois as funções corporais são 
dependentes da estrutura das partes corporais que as executam.
→
As funções corporais são divididas em órgãos e sistemas, como por 
exemplo, como funciona o coração e como funciona o sistema 
cardiovascular.
→
Os animais são conjuntos de sistemas interligados, sendo então um 
organismo.
→
A fisiologia é a base para entender todos os processos clínicos e 
manejo, como por exemplo, a umidade nos galpões tem que ser 
controlada em dias muito quentes.
→
Quando você encontra algo anormal na fisiologia, você avalia o 
resultado e começa as suposições do que está errado e qual a 
doença.
→
A fisiologia agrega as matérias de anatomia, histologia, biologia celular 
e bioquímica.
→
Definição
Histórico
É chamado de "pai da medicina" pois foi ele que conseguiu pensar em 
funcionamento animal, deu início a classificação taxonômica, fazendo 
com que cada um dos seres vivos tivesse um nome em particular. 
Não compartilhava do mesmo pensamento sobre doenças que os 
gregos antigos tinham, não relacionava a ciência com religião.
→
Aristóteles começou a abrir corpos por não acreditar no mesmo 
pensamento dos gregos antigos, ele acreditava que para cada 
doença existia seres minúsculos que a causava, já tendo o conceito 
de bactérias, vermes e etc. Relacionava algumas doenças com a 
higiene, tirando a doença do padrão religioso.
→
Aristóteles (384 - 322 a.C.): foi um pensador da Grécia Antiga, chamado de 
"pai da medicina", classificou mais de 500 espécies de peixes, examinou o 
estômago dos ruminantes, a vida das abelhas e os processos vitais das 
plantas. É um dos mais notáveis filósofo e cientista da antiguidade.
Na idade média teve muito avanço na medicina, Leonardo da Vince teve 
muita contribuição para o sistema cardiovascular e entre outros.
"Todos os mecanismos vitais, apesar de sua diversidade, têm apenas 
uma finalidade, a de manter constante as condições de vida no 
ambiente interno".
→
Claude Bernard (1813 - 1878): chamado de "pai da fisiologia", na sua época a 
fisiologia já estava adiantada, porém, ele foi um fisiologista francês que 
conceituou a homeostase. Não teve muito interesse em saber como os 
órgãos funcionavam, foi um dos primeiros a falar que os animais não 
sentiam dor.
Homeostase
Devemos entender a homeostase como sendo a tendência a manutenção 
das condições internas de um organismo, sempre dentro dos parâmetros 
normais ou fisiológicos, a cada momento em que houver a tendência a um 
desequilíbrio, os mecanismos de homeostase se apresentarão para garantir 
a regulação, ou o retorno à normalidade. 
A homeostase é quando o corpo está em desequilíbrio e começa a tentar 
entrar em equilíbrio, essa tentativa é a homeostase, ou seja, é a tentativa 
de equilíbrio do organismo frente a uma anormalidade, é algo muito bom, 
mas dependendo do tempo em que ela se instalar pode causar prejuízos.
EXEMPLO: quando bebe pouca água e o organismo diminui a "produção" de 
urina.
Toda vez que seu corpo tem que fazer algo para que uma anormalidade 
seja reparada, isso é uma homeostase, sendo um processo fisiológico. 
Quanto mais homeostase seu corpo fazer, mais desequilibrado ele está.
A homeostase não é boa e nem ruim, as vezes causa prejuízos.
Meio interno
O corpo vivo, embora necessite do ambiente que o circunda, é 
relativamente independente do mesmo. Essa dependência do organismo 
em relação ao seu ambiente externo deriva do fato de que nos seres 
vivos, os tecidos são removidos das influências externas diretas e são 
protegidos pelo ambiente interno que é constituído por fluídos que 
circundam no corpo.
A tendência do nosso corpo é em trabalhar por si só, mas em sistemas 
conjuntos. O que é dentro do nosso corpo é chamado de meio interno, 
tentando trabalhar na normalidade, porém, é afetado por coisas do meio 
externo, alterando o funcionamento. Através da homeostase, ocorre 
uma tentativa de o corpo trabalhar na sua normalidade.
Retroalimentação ou feedback
RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA: uma alteração em uma variável 
promove essa alteração em sentido oposto, por exemplo:
BAIXA Tº CORPORAL ----------> AUMENTA Tº CORPORAL
Para que uma função seja exercida no nosso corpo, pode 
precisar de dois hormônios.
→
São duas ações inversamente proporcionais, se tem muita 
prostaglandina terá pouca progesterona, ou seja, quando a 
prostaglandina está alta, a progesterona está baixa, quando a 
progesterona está alta a prostaglandina está baixa. O sistema 
endócrino funciona invertido, quando um hormônio sobe o outro 
desce..
→
BAIXA PROSTAGLANDINA ----------> AUMENTA PROGESTERONA
RETROALIMENTAÇÃO POSITIVA: é a menos comum, uma ação acontece 
por conta de outra ação, possuindo o mesmo sentido, por exemplo: 
entrada de sódio na célula do cérebro promove a abertura de novos 
canais de sódio.
Toda vez que tem cálcio no corpo acontece a contração 
muscular, quando não tem cálcio, não tem contração muscular. As 
duas ações acontecem no mesmo sentido, sendo dependente de 
uma outra ação.
→
PONTO DE AJUSTE: febre e concentrações de sangue.→
AUMENTA CÁLCIO ------> AUMENTA A CONTRAÇÃO MUSCULAR
QUAIS SÃO AS SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS E INORGÂNICAS?1)
ORGÂNICAS -> carboidratos, lipídios, vitaminas, proteínas, ácidos 
nucléicos e glicídios.
QUAL É A DIFERENÇA QUÍMICA DA SUBSTÂNCIA ORGÂNICA 
PARA A SUBSTÂNCIA INORGÂNICA?
2)
INORGÂNICAS -> água e sais minerais.
QUAL É A FUNÇÃO DE CADA UMA DAS SUBSTÂNCIAS 
ORGÂNICAS?
3)
As SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS são todas aquelas que não são 
sintetizadas pelos organismos vivos, exemplo: água, essas substâncias 
não possuem o carbono como principal elemento da sua composição. As 
SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS são sintetizadas pelos seres vivos, também 
chamadas de biomoléculas, açúcares, proteínas e lipídios sãosubstâncias 
orgânicas encontradas nos tecidos vivos, estas têm como principal 
elemento de sua composição o carbono e o hidrogênio, também pode 
conter oxigênio, nitrogênio, enxofre´, fósforo, boro e entre outros.
 Página 3 
Os CARBOIDRATOS possuem diversas funções, dentre elas temos 
principalmente a função energética, sendo o maior provedor de energia 
para os seres vivos, possuem também, as funções: plástica (participando 
de estruturas, como a celulose que é um açúcar que forma a parede 
celular das células vegetais e, queratina que forma a parede celular dos 
fungos e compõem a carapaça dos artrópodes), composição química dos 
ácidos nucléicos e são divididos em: monossacarídeos, dissacarídeos e 
polissacarídeos.
Os LIPÍDIOS são insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos (ex. 
éter, álcool e clorofórmio), constituem as membranas, são encontrados 
livres nas células, servindo como material de reserva energética, como as 
gorduras. Também atuam como hormônios (ex. hormônios sexuais). Seu 
principal grupo é formado pelos glicerídeos (óleos e gorduras, é o mais 
importante como fonte energética), fosfolipídios (componentes das 
membranas celulares), cerídeos (cera) e esteroides (hormônios).
As PROTEÍNAS desempenham importantes funções nas células, sendo os 
principais componentes estruturais dos organismos, compondo as 
membranas celulares, formando o citoesqueleto, mantendo a forma da 
célula e participando dos mecanismos de movimentação celular (ex. 
contração muscular), formam cílios e flagelos, constituem as fibras que 
ocorrem nos espaços intracelulares destes tecidos, proporcionando 
resistência e elasticidade. Exemplos de proteínas: enzimas (são 
catalisadoras, ou seja, aumentam a velocidade das reações químicas), 
anticorpos ( atuam na defesa do organismo) e hormônios (ex. a insulina e o 
glucagon que atuam no metabolismo de açúcares).
Os aminoácidos são as estruturas que irão formar as proteínas, existindo 
20 tipos diferentes de aminoácidos, cada tipo de proteína existente é 
composto sempre pelos mesmos tipos de aminoácidos, em determinado 
número e dispostos na mesma ordem, ou seja, uma determinada proteína 
tem sempre a mesma sequência de aminoácidos, desempenhando a mesma 
função.
Os ÁCIDOS NUCLÉICOS são divididos em ácido desoxirribonucleico (DNA) e 
ácido ribonucleico (RNA). O DNA é o principal constituinte dos cromossomos, 
é neles que estão os genes. O RNA participa do processo de síntese de 
proteínas. Ambos são formados por várias unidades de nucleotídeos..
Vitamina A-caroteno: importante no crescimento, protege o 
aparelho respiratório, digestivo e urinário, também é importante 
para a visão (vitamina lipossolúvel).
→
Vitaminas do complexo B: são hidrossolúveis, atuam principalmente 
como coenzimas no metabolismo celular, são elas: B1 (tiamina) -
importante na transformação de carboidratos em lipídios e participa 
diretamente na excitação dos nervos periféricos, funciona como 
coenzima importante no metabolismo energético da glicose, 
convertendo-a em gordura, também atua na manutenção do apetite 
e do tônus muscular, é recomendado para a manutenção, 
crescimento e reprodução dos animais -, B2 (riboflavina) - atua no 
metabolismo energético e tem função essencial nas reações de 
oxidação em todas as células do organismo, para a liberação de 
energia, sendo necessária na dieta de animais monogástricos, pois os 
ruminantes a sintetizam através da microflora ruminal e intestinal. É 
importante também no metabolismo de aminoácidos, ácidos graxos e 
carboidratos, também é um importante pigmento da retina, 
participa do funcionamento da glândula adrenal e é importante para
→
As VITAMINAS são substâncias orgânicas necessárias aos organismos, em 
pequenas quantidades, onde a sua ausência pode acarretar em doenças que 
decorrem de carências nutritivas. As vitaminas A, D, E e K são de natureza 
lipídica. Não são produzidas no organismo, sendo necessária a sua ingestão, 
funcionam como aditivos, sendo indispensáveis para o mecanismo de 
produção de energia e outros.
Vitamina C (ácido ascórbico): é uma importante substância 
antioxidante para o organismo, uma de suas principais funções é 
de co-fator para a formação e manutenção do colágeno, é uma 
vitamina hidrossolúvel.
→
Vitamina D (calciferol): fortalecimento dos ossos e dos dentes, 
coagulação do sangue, é uma vitamina lipossolúvel.
→
Vitamina K (naftoquinoma): coagulação sanguínea, é uma vitamina 
lipossolúvel.
→
QUAL É A DOENÇA CARENCIAL DE CADA UMA DAS 
SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS?
4)
a produção de corticosteroides no córtex da glândula adrenal -, B3 
(niacina ou ácido nicotínico) - importante constituinte de 2 coenzimas do 
organismo, o NAD e o NADP, necessário para a respiração celular, 
processo que ocorre nas mitocôndrias. A nicotinamida também participa 
do metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. Nos ruminantes não 
são necessárias por conta da síntese da microbiana ruminal, mas é 
essencial nas dietas de animais não ruminantes, para a prevenção de 
muitos distúrbios metabólicos da pele, trato gastrointestinal e outros 
órgãos. Também possui efeito específico sobre o crescimento animal, 
diminui os níveis de colesterol e protege contra infarto do miocárdio -, 
B6 - atua na forma de coenzimas, realiza o metabolismo de gorduras, 
proteínas e carboidratos, o metabolismo de aminoácidos, necessária na 
dieta de animais monogástricos, que requerem suplementação, 
sobretudo durante a fase de crescimento e reprodução -, B12 - exerce 
função na síntese de ácidos nucléicos, formação de hemácias, 
manutenção do tecido nervoso e biossíntese de grupos metil (-CH3). 
Participa do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, é 
essencial para o crescimento animal. Todas as espécies animais não 
ruminantes necessitam dessa vitamina na ração -.
B1: perda de apetite, fadiga muscular, nervosismo e beribéri.→
B2: ruptura da mucosa da boca, dos lábios, da língua e das 
bochechas.
→
B3: inércia e falta de energia, nervosismo extremo, distúrbios 
digestivos e pelagra.
→
B5: anemia, fadiga e dormência dos membros.→
B6: inflamações na pele, distúrbios neuro-musculares.→
B9: anemia, esterilidade masculina, na gestação predispõe 
malformação do feto, conhecida como espinha bífida.
→
B12: anemia perniciosa e distúrbios nervosos.→
C: inércia e fadiga em adultos, insônia e nervosismo em crianças, 
sangramento de gengivas, dores nas juntas, dentes alterados, 
escorbuto, problemas de pele e gengivite.
→
A: cegueira noturna (xeroftalmia), "olhos secos" em crianças e 
cegueira total.
→
D: problemas nos dentes, ossos fracos, contribui para os 
sintomas da artrite, raquitismo.
→
E: esterilidade masculina e aborto.→
K: hemorragia.→
QUAL É A FUNÇÃO DE CADA UMA DAS SUBSTÂNCIAS 
INORGÂNICAS?
5)
As doenças carenciais das principais vitaminas, são:
ÁGUA: sua propriedade mais importante é a polaridade, é um solvente 
excelente para outras substâncias iônicas ou polares, da coesão. Resiste 
a mudanças de temperatura, durante a digestão, as reações de 
decomposição quebram as grandes moléculas dos nutrientes em 
moléculas menores pela adição de moléculas de água, essa reação é 
chamada de hidrólise.
Cálcio (Ca): atua na formação de tecidos, ossos e dentes, age na 
coagulação do sangue e contração muscular. Sua falta provoca: 
→
SAIS MINERAIS: 
 Página 4 
Fósforo (P): atua na formação de ossos e dentes, ATP e das 
moléculas dos ácidos nucleicos. Sua falta provoca maior probabilidade 
de ocorrência de fraturas e raquitismo.
→
Ferro (Fe): indispensável na formação da hemoglobina que atua como 
veiculadora de gases para todo o organismo. Sua falta provoca: 
anemia ferropriva.
→
Iodo (I): é formador de hormônios da tireoide, T3 e T4. Sua falta 
provoca: bócio endêmico e desordens metabólicas associadas.
→
Cloro (Cl): constitui os sucos gástricos (HCl). Sua falta provoca: 
deficiência digestiva de proteínas..
→
Potássio (K): atua associada ao sódio no sistema muscular, contribui 
para a conduçãodo impulso nervoso. Sua falta provoca: diminuição 
da atividade muscular, inclusive a do coração.
→
Magnésio (Mg): forma a clorofila. Sua falta provoca: clorose nos 
vegetais (perda da cor verde).
→
Flúor (F): forma o esmalte nos dentes. Sua falta provoca: cáries 
dentárias.
→
Sódio (Na): atua associada ao potássio no sistema muscular, contribui 
para a condução do impulso nervoso. Sua falta provoca: cãibras, 
retardamento na cicatrização de feridas e hipotensão.
→
QUAIS SÃO AS DOENÇAS CARENCIAIS DE CADA UMA DAS 
SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS?
6)
osteoporose, raquitismo e enfraquecimento dos dentes.
CÁLCIO: deformação óssea na fase de crescimento, retardo no 
crescimento, enfraquecimento dos dentes e nos mais idosos causa 
osteoporose (ossos ficam fracos e quebradiços, podendo causar fraturas 
espontâneas).
CLORO: normalmente está em equilíbrio com o sódio e potássio.
COBALTO: fadiga crônica, falta de resistência física, perda de sensibilidade, 
depressão mental, anemia e retardo no crescimento.
COBRE: diminui a absorção de ferro pelo organismo.
CROMO: ansiedade, fadiga, problemas de crescimento e fraqueza muscular.
ENXOFRE: fraqueza física e mental, dores nos ossos e articulações, odor 
ruim na saliva.
FERRO: causa anemia, pois predispõe fadiga crônica pela quantidade 
reduzida de oxigênio nos tecidos.
FLÚOR: baixa visão, cáries, susceptibilidade à perda auditiva, língua escura e 
tremores ósseos.
FÓSFORO: maior possibilidade de fraturas, músculo atrofiados, alterações 
nervosas e raquitismo (enfraquecimento e amolecimento dos ossos).
IODO: pode resultar em bócio (aumento de volume da glândula tireoide, 
inchando-a ou formando nódulos na região do pescoço, tendo dificuldades 
para respirar e deglutir, além de tossir com mais frequência), obesidade e 
cansaço.
MAGNÉSIO: aumento da sensibilidade térmica, hipertensão (tensão acima do 
normal exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos) e fraqueza.
MOLIBDÊNIO: taquicardia, náusea e vômitos, letargia, desorientação e 
taquipneia.
POTÁSSIO: diminui a atividade muscular, inclusive do miocárdio.
SELÊNIO: é rara, mas contribui para doenças cardíacas, disfunção da 
tireoide e depressão do sistema imune.
SÓDIO: cãibras, retardamento na cicatrização de feridas, tonturas e 
hipotensão arterial.
ZINCO: deprime o sistema imunológico, diminui a produção de hormônios 
masculinos, favorece a perda do paladar e do olfato.
.Resumo
SUBSTÂNCIA ORGÂNICA: carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.→
SUBSTÂNCIA INORGÂNICA: elemento químicos da tabela periódica.→
DOENÇA CARENCIAL: doença causada pela falta da substância.
FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS→
Hormonal, estrutural, defesa, transporte de gases (através das 
hemácias) e enzimas. A unidade funcional são os aminoácidos, sendo 
constituída por no mínimo vinte tipos de aminoácidos. 
FUNÇÃO DOS LIPÍDIOS →
As proteínas, glicídios e lipídios são cadeias longas, constituídas por várias 
unidades funcionais que passam pelo lúmen intestinal, caindo na corrente 
sanguínea, sendo absorvidas. TODOS OS NUTRIENTES SÃO QUEBRADOS 
POR UMA ENZIMA.
Sua unidade funcional são os ácidos graxos.
Hormonal (esterol: estrogênio, progesterona e testosterona), absortiva 
(com as vitaminas A, D, E e K sendo de natureza lipídica), estrutural, 
energética e protetora (cera).
FUNÇÃO DOS GLICÍDIOS→
A mitocôndria produz ATP para a contração muscular, o ATP é formado 
a partir do açúcar ingerido, o açúcar cai na corrente sanguínea e se liga 
na insulina que entra na mitocôndria e faz o ciclo de Krebs e através da 
respiração celular vira ATP (é pouco armazenado). O excesso de 
carboidrato que não foi transformado em ATP vai para o tecido adiposo, 
ou seja, vem no tecido adiposo o hormônio glucagon, enviando o 
triglicerídeo para o fígado que o transforma em piruvato (açúcar, 
quando quebrado é a base da glicose), entrando na mitocôndria e 
transformando-a em ATP, sendo a neoglicogênese.
Monossacarídeo: é um carboidrato menor, tem no máximo 10 
carbonos, sua absorção é imediata.
1.
Dissacarídeo: é um carboidrato intermediário, constituído por dois 
monossacarídeos, tem que ser quebrado para a absorção. 
2.
Polissacarídeo: mais de 1000 carbonos, ex. celulose (parede 
celular dos vegetais) e glicogênio (é quebrada em monossacarídeo 
e se transforma em energia). A celulose será quebrada pela 
celulase (enzima), os animais que apresentam essa enzima são os 
poligástricos e monogástricos herbívoros. 
3.
Estrutural e energética. Sua unidade funcional são os monossacarídeos.
VITAMINAS→
Sua função estrutural tem relação com o glicocálice, que é a parede 
celular dos fungos, bactérias e vegetais.
Divididos em lipossolúvel e hidrossolúvel. O cálcio só é absorvido através 
da vitamina D no intestino. A vitamina E faz a proteção de neurônios e 
células da glia, atuando principalmente no sistema nervoso.
ÁGUA→
As doenças carenciais são sérios problemas para os animais. O excesso 
de vitaminas não faz bem, sobrecarrega o rim, fígado e outros órgãos. 
As vitaminas não são armazenadas.
SAIS MINERAIS→
É o solvente universal (dissolve quase tudo, menos a gordura), participa 
de 99% de todas as reações químicas (ex. hidrólise). Para que aumente a 
temperatura corporal tem que aumentar a temperatura da água 
(quando aumenta no organismo a temperatura da água, aumenta 1ºC no 
corpo e assim por diante), os animais trabalham bem até 40ºC, muitas 
proteínas desnaturam acima de 40ºC. Pacientes desidratados podem 
apresentar hipotermia, pois não tem o ganho de temperatura através 
da água, não tendo uma regulação.
O átomo de ferro presente na hemoglobina que prende o oxigênio e o 
gás carbônico na hemácia. O cálcio ajuda na calcificação, constituindo os 
ossos, importante para a contração muscular. O cálcio em excesso pode 
calcificar cartilagens, órgãos moles (ex. fígado e intestino) e etc.
 Página 5 
Membrana plasmática
FUNÇÃO: separar o conteúdo extracelular do intracelular, é constituído por 
proteínas e lipídios. 
PROCARIONTE: não tem um núcleo organizado e nem todas as 
organelas citoplasmáticas, só os ribossomos.
→
EUCARIONTE: apresenta núcleo e organelas, são complexos.→
O citoplasma é um espaço celular preenchido pelo citosol, onde fica 
mergulhado o núcleo e as organelas citoplasmáticas.
→
A célula é um compartimento microscópio isolado do ambiente pela 
membrana plasmática em todos os seres vivos.
A membrana plasmática é uma barreira de permeabilidade que permite à 
célula manter um meio químico apropriado para os seus processos 
metabólicos, regular o volume citoplasmático e transferir informações sob 
a forma de sinais químicos e elétricos.
Permite a compartimentalização funcional da célula com possibilidade de 
limitar processos bioquímicos a certos locais.
É uma estrutura firme, com bastante resistência, mas não é dura. A 
membrana plasmática muda sua conformação através das substâncias 
presentes na célula, sem que a lesione, é maleável. 
Dupla camada de lipídio, em um determinado segmento da membrana 
plasmática temos um espaço, preenchido por uma proteína.
É lipoprotéica, os carboidratos prendem as substâncias que estão passando 
ao redor da célula, reconhecem as substâncias circulantes capturando-as, 
passando pela membrana plasmática, para que a proteína a pegue ou, 
passa direto, como é o caso dos gases (oxigênio e gás carbônico).
As proteínas secundárias (moléculas de proteínas do lado de fora), tem a 
função de recepção, sendo receptores de membrana, quase todos os 
medicamentos para fazer efeito tem que se ligar nesses receptores.
As moléculas de proteínas do lado de dentro da célula, transportam as 
substâncias de dentro da célula.
O receptor da membrana se encaixa com o medicamento, desempenhando 
a função na qual foi destinado, sendo o mecanismo de ação. O hormônio 
também se encaixa nos receptores.
A proteína principal faz a segunda função da membrana plasmática, 
fazendo o transporte seletivo, responsável pela entrada e saída de 
substâncias, nem toda a substância do lado de dentro sai e vice-versa, 
dependeda necessidade da célula.
Constituição da membrana plasmática
FOSFOLIPÍDIOS 1.
PROTEÍNAS2.
Os principais lipídios presentes na membrana celular são os fosfolipídios, 
colesterol e os glicolipídios. Sua distribuição pelas duas camadas é 
assimétrica, o que pode refletir as diferentes funções das duas 
superfícies da membrana.
As proteínas são responsáveis pela maioria das funções da membrana 
celular. As proteínas da membrana dividem-se com base na força de 
interação com os fosfolipídios, em intrínsecas e extrínsecas. 
As proteínas extrínsecas ou periféricas ligam-se às superfícies interna 
ou externa e podem ser removidas por procedimentos químicos fracos.
As proteínas intrínsecas ou integrais (proteína principal) interagem com 
os lipídios de membrana e somente são removidos por detergentes 
potentes ou solventes orgânicos.
Funções da membrana
Mecanismos de transporte, permitindo a passagem de 
substância para dentro e para fora da célula.
→
Receptores de transporte, encarregadas de receber sinais de 
substâncias que levem alguma mensagem para a célula.
→
Adesão de células adjacentes em um tecido, servem como ponto 
de ancoragem para o citoesqueleto.
→
As proteínas da membrana plasmática exercem grandes variedades de 
funções:
Nunca uma substância do lado de fora terá a mesma quantidade do lado 
de dentro, permitindo assim, a entrada e saída de substâncias, estando 
em movimento, possui diferença no gradiente de concentração.
Função de agrupar as células, juntar as células proporcionando 
resistência (exemplo: barreira hematoencefálica). 
Transporte transmembrana
TRANSPORTE PASSIVO: não gasta energia, movimentação de 
substâncias do meio mais concentrado para o menos 
concentrado.
1.
TRANSPORTE ATIVO: gasta energia, movimentação de substâncias 
do meio menos concentrado para o mais concentrado.
2.
Só entra e sai da célula substâncias necessárias, faz o transporte 
seletivo e a permeabilidade seletiva, executa a função de transporte em 
2 tipos:
Há constante troca de substâncias entre a célula e o meio externo, mas 
apenas as substâncias necessárias devem entrar ou permanecer na 
célula, enquanto as indesejáveis devem sair ou ficar fora dela.
De modo geral, podemos dizer que as substâncias atravessam a 
membrana plasmática de duas maneiras: transporte ativo (substância 
em baixa concentração vai para um lugar de alta concentração, indo 
contra o gradiente de concentração) e o transporte passivo (substância 
em um meio mais concentrado vai para um meio menos concentrado, vai 
a favor do gradiente de concentração. 
No transporte passivo, uma substância move-se de uma região em que 
está mais concentrada para a outra em que está menos concentrada. 
Nesse caso, não há gasto de energia.
No transporte ativo, ocorre o inverso, a substância move-se contra o 
gradiente de concentração, havendo consumo de energia.
DIFUSÃO: passagem de soluto (gás, sólidos ou líquidos) do meio →
Movimentação de soluto ou de solvente. A movimentação do soluto
recebe o nome de difusão.
 Página 6 
mais concentrado para o meio menos concentrado. Pode passar pela dupla 
camada de lipídios ou pela proteína. Se estiver mais concentrado dentro da 
célula a substância vai para fora, se estiver mais concentrado fora da 
célula, a substância entra para dentro da célula.
OSMOSE: compreende a passagem do solvente do meio menos 
concentrado para o mais concentrado de soluto, tenta equilibrar os 
dois meios.
→
A desidratação é a saída de água para fora da célula, desidratando a célula.
Células de diversos organismos mantêm diferentes concentrações internas 
de íons e de outras substâncias em relação ao meio extracelular. O íon 
potássio está em altas concentrações dentro da célula e em baixas 
concentrações fora da célula. Já o sódio está em altas concentrações fora 
da célula e em baixas concentrações dentro da célula, isso é um exemplo da 
bomba de sódio e potássio. Durante a ação do neurônio, para gerar 
eletricidade, acontece: entra sódio e sai potássio, gerando a eletricidade, 
ocorre a inversão da bomba de sódio e potássio, gerando o potencial de 
ação, se transforma em um transporte passivo.
Os lipídios que atuam como lubrificante, ex: mesentérico, peritônio, 
omento...

GLICÍDIOS: função energética e estrutural.
A alta temperatura quebra a ligação peptídica formando os 
aminoácidos, perdendo sua função.

Vitamina D: reabsorve cálcio no intestino.
HOMEOSTASE: mecanismo que evita a desidratação.
Definição
Restauração do volume e composição dos líquidos corporais e manutenção 
do equilíbrio líquido, de modo que a interação destes componentes através 
de medidas terapêuticas corrija as perdas de líquidos e equilíbrio 
eletrolítico.
Processo que repõe água e sais minerais em um corpo que sofreu 
perda, ex. em casos de desidratação, faz fluidoterapia, a desidratação é 
a perda do volume líquido e da quantidade eletrolítica do paciente.
Utilização
Correção de desidratação ou manutenção da hidratação em pacientes 
que não estão se alimentando ou ingerindo água.
Manutenção do acesso venoso para a administração de medicamentos 
ou para preservar a função renal em pacientes anestesiados.
Reposição de água e eletrólitos, pode fazer a fluidoterapia via oral e 
intravenosa. A via intravenosa também serve como forma de 
administração de medicamentos, usada como veículo de uma 
determinada droga.
Distribuição da água corpórea e 
eletrólitos
Dos 100% temos: 40% está no espaço intracelular e os outros 
60% está no espaço extracelular, interstício e transcelular (a 
água das cavidades, ex. bexiga, olho, articulações e etc).
→
70% do peso vivo de um determinado indivíduo é água -> isso vira 100% 
da água corporal.
A água é a substância mais abundante nos seres vivos, todas as reações 
químicas do organismo são realizadas em meio aquoso.
A água corporal total representa de 60% a 70% do peso corporal, 
porém considera-se menor em animais idosos (cerca de 50%) e obesos, 
e uma porcentagem maior em animais jovens (pode chegar até 80%), 
em indivíduos adultos varia em 70%. Entre uma espécie e outra não 
costuma variar a quantidade de água.
40% está localizada no espaço intracelular e 20% no espaço 
extracelular, que inclui plasma e espaço intersticial. Tomar cuidado com a 
desidratação de animais idosos, pois qualquer perca de água é 
significativa para eles.
A água ingressa no organismo através dos alimentos e da água ingerida 
e é eliminada pela pele, pulmão, rins e intestino. Mesmo que ocorram 
variações no consumo e perda de água e eletrólitos no organismo, as 
concentrações destes nos diferentes compartimentos, é mantida de 
forma relativamente constante.
LIC: 40% do peso vivo.→
LEC: 20% do peso vivo -> líquido plasmático (5%), líquido 
intersticial (14%) e líquido transcelular (1% - via digestória, 
urinária, líquor, humor aquoso, cavidade peritoneal e líquido sinovial.
→
Nas espécies domésticas, aproximadamente 60% do peso corpóreo no 
adulto e 80% no neonato consiste de água divididos em compartimentos 
intracelulares (LIC) e extracelulares (LEC).
O constante movimento da água entre os compartimentos é decorrente 
do gradiente osmótico existente entre os dois lados da membrana 
celular.
Perda de água corporal
PERDAS IMPERCEPTÍVEIS: ocorrem pelo trato respiratório 
durante a respiração ou perdas pelo suor. Não consegue 
quantificar.
1.
PERDAS PERCEPTÍVEIS: consegue quantificar, facilmente 2.
A perda de água pode ocorrer por várias rotas em animais normais:
 Página 7 
detectadas e mensuradas como urina e fezes. Vômito, diarreia, hemorragia 
e poliúria resultam em aumento das perdas perceptíveis.
Como ocorrem os desequilíbrios? 
Causa mais comum de desidratação: não tomar água ao longo do dia.
Redução da ingestão de água.→
Diminuição da absorção: problema no intestino grosso e entre outras.→
Aumento da eliminação/secreção. →
Sequestro em cavidades ou na luz do tubo digestório.→
Acúmulo no espaço intersticial. →
Os desequilíbrios podem se estabelecer em qualquer uma das condiçõesa 
seguir:
Desidratação
Outra causa da desidratação é a desnutrição, ascite (acúmulo de água na 
cavidade abdominal).
CAUSAS: hipodipsia (pouca água, baixa ingestão), aumento das perdas 
por vômito, diarreia, febre, sudorese, queimaduras extensas e 
perdas para o terceiro espaço (ascite).
→
A desidratação ocorre sempre que as perdas diárias excedem o aporte de 
água para o organismo.
A água sai por osmose do meio menos concentrado para o mais 
concentrado que é o vaso sanguíneo, se o indivíduo carece de uma doença 
carencial que é a hipoproteinemia, a quantidade de proteína no sangue 
diminui e a água não vai para o vaso sanguíneo, se acumulando na cavidade 
abdominal. O tratamento é feito por uma sonda para retirar a água da 
cavidade e depois é corrigida a nutrição, a impermeabilidade capilar faz com 
que a água vá para o espaço extracelular se acumulando.
Disfagia: dificuldade na ingestão de água ou alimento.→
Obstrução esofágica: deglutição de corpos estranhos que causam a 
obstrução.
→
Diarreia.→
Poliúria.→
Peritonite difusa.→
Desequilíbrios hídricos, eletrolíticos e 
ácido-básicos em ruminantes
Pleurite difusa.→
Obstrução pilórica.→
Ectopias de abomaso.→
Obstruções intestinais.→
Acidose láctica ruminal.→
Choque endotoxêmico e septicêmico.→
Possui muita água oculta no alimento, animais que fazem a ingesta 
de água via alimentação têm que tomar cuidado com a 
desidratação quando tira esse alimento úmido..
→
Desidratação reduz a produção do leite -> de 30% em vacas com 
privação hídrica por 48 horas. 
Produção leiteira também é reduzida pela hipocloremia (diminuição de 
cloro) e hipocalemia (diminuição de cálcio) que frequentemente aparecem 
nas vacas desidratadas.
Consomem muita água.
Diarreias.→
Choque.→
Síndrome cólica.→
Desidratação após exercício físico extenuante.→
Ruptura de bexiga em potros.→
Obstrução ou ruptura esofágica.→
Desequilíbrios metabólicos.→
Doenças renais.→
As bactérias no intestino grosso dos equinos na presença de 
muitos carboidratos dá gases, expandindo o intestino grosso e 
causando cólica, não fazendo a absorção de água e resultando 
em diarreia.
→
O cavalo vomita, mas o esfíncter cárdico e pilórico é muito rígido, 
não conseguindo fazer os movimentos antiperistálticos com o 
alimento. 
→
Desequilíbrios hídricos, eletrolíticos e 
ácido-básicos em equinos
Avaliação do paciente
A desidratação é uma condição clínica, nunca é uma casa clínica/doença. 
Avaliação prévia do paciente para escolha adequada do tipo de 
fluidoterapia e a via de administração.
Histórico sobre a via de perda de fluído pode surgir o compartimento ou 
os compartimentos de fluídos envolvidos, assim como anormalidades no 
equilíbrio eletrolítico e ácido-básico do paciente.
Informações como período de tempo no qual ocorre a perda de fluído, 
estimativa de sua magnitude, consumo de alimentos e água, ocorrência 
de perdas gastrointestinais, urinárias ou perdas decorrentes de 
traumatismo, podem ser obtidas do proprietário.
Classificação da desidratação
HIPOTÔNICA1.
ISOTÔNICA2.
HIPERTÔNICA3.
Classificadas de acordo com a tonicidade do fluído que permanece no 
organismo após a perda de água e eletrólitos em:
As manifestações clínicas da desidratação irão variar com o tipo de 
desidratação. Dentro do nosso corpo temos uma solução (solvente + 
soluto).
 Página 8 
Perde mais soluto (sódio, potássio, cloro, magnésio...) do que solvente. Ocorre 
quando há perdas maiores de soluto do que de água, levando à hiponatremia.
Transposição de água do LEC (líquido extracelular) para o LIC (líquido 
intracelular), levando a uma diminuição severa do volume circulante e sinais 
clínicos evidentes de desidratação. 
CAUSAS: insuficiência adrenocortical e uso abusivo de diuréticos.
SINAIS CLÍNICOS: convulsões.
Perde proporcionalmente soluto e solvente, numa desidratação isotônica 
perde outros minerais, não perde muito sódio (faz co-transporte com a 
célula, sendo a tendência da água não sair da célula).
O meio intracelular e o extracelular tendem ser normais. Ocorre diminuição 
proporcional de água e sais, permanecendo a osmolalidade inalterada.
A concentração de sódio permanece normal, não havendo transposição de 
água entre o LEC e o LIC. 
CAUSAS: vômito, diarreia, anorexia, choque hipovolêmico, glicosúria, doença 
renal, lesão de tecidos moles e peritonite.
SINAIS CLÍNICOS: hematócrito normal, PPT (proteínas plasmáticas totais) 
normal.
Perde mais solvente do que soluto, ocorre quando há perda maior de água 
do que soluto, levando à hipernatremia. 
Há transposição de água do LIC para o LEC, a migração de água do LIC para 
o LEC minimiza os sinais de desidratação. 
CAUSAS: aumento de perdas insensíveis, salivação excessiva, estresse e 
enfermidades que causam com febre intensa e diabetes insípido.
HIPERTÔNICA: vômito, diarreia, diabetes melito, insuficiência renal, 
queimaduras, diabetes insípido, diminuição da ingestão de água.
→
ISOTÔNICA: vômito, diarreia, hemorragia e hipoadrenocorticismo. →
HIPOTÔNICA: diuréticos, peritonite, pancreatite, diarreia, hemorragia 
e hipoadrenocorticismo. 
→
Avaliação do grau de desidratação
Os sinais clínicos relacionados à perda hídrica, são: perda de peso, aumento 
da frequência cardíaca e do tempo de preenchimento capilar, perda de 
elasticidade cutânea, ressecamento das mucosas, diminuição da 
temperatura nas extremidades, diminuição da produção de urina e de saliva.
Porcentagem de 
desidratação
Sinais clínicos
<5 (muito suave) Não detectável. Histórico: menor ingestão de água
5-6 (suave) Discreta perda do tugor cutâneo ou elasticidade 
cutânea. Histórico: episódios esporádicos de vômito e 
diarreia.
Porcentagem de 
desidratação
Sinais clínicos
6-8 (moderada) Demora evidente o retorno da pele à posição normal, 
ligeiro prolongamento do tempo de preenchimento 
capilar, possível retração do globo ocular, possível 
ressecamento das membranas mucosas. Histórico:
impotência, vômito e diarreia moderados
10-12 (severa)
150 ml/kg de 
fluidoterapia
Permanência da pele em forma de "tenda" no local do 
teste, evidente prolongamento do tempo de 
preenchimento capilar, retração do globo ocular, 
ressecamento das membranas mucosas, possíveis 
sinais de choque (taquicardia, extremidades frias, 
pulso fraco e rápido). Histórico: anorexia, vômito e 
diarreia severos, insuficiência renal crônica.
12-15 (choque) Sinais evidentes de choque, morte eminente. 
Histórico: hemorragias e queimaduras.
Componentes da fluidoterapia
A fluidoterapia pode ser dividida em três categorias:
Soluções cristaloides administradas rapidamente em grandes 
quantidades.
→
Soluções cristaloides em concentração hipertônica. →
Soluções cristaloides misturadas com soluções coloidais.→
Soluções coloidais.→
1. EMERGENCIAL: pacientes que apresentam hipotensão severa e sinais 
clínicos de choque. Quando o paciente estiver hemorrágico.
Soluções cristaloides.→
2. REPOSIÇÃO: utilizada em pacientes desidratados sem apresentar 
sinais clínicos de choque, quando o paciente tiver vômito e diarreia.
Soluções de manutenção ou/e cristaloides.→
3. MANUTENÇÃO: utilizada quando o déficit hídrico do paciente já foi 
reposto. O volume de fluído pode ser reposto através de um cálculo com 
relação as necessidades diárias.
Repõe as perdas diárias
Composição dos fluídos parenterais
De acordo com o tamanho molecular e permeabilidade capilar: 
cristaloide ou coloide.
→
De acordo com a osmolaridade ou tonicidade: hipotônico, isotônico
e hipertônico.
→
De acordo com a função pretendida: manutenção e reposição.→
Duas categorias principais de líquidos administrados na fluidoterapia: 
cristaloides e coloides. 
Repõe água e sais minerais. São as mais empregadas na fluidoterapia, 
consistem em uma solução à base de água com moléculas pequenas, às 
quais a membrana capilar é permeável, são de entrar em todos os 
compartimentos corpóreos. 
Soluções cristaloides são divididas em dois tipos: soluções de manutenção 
e de reposição.
1. SOLUÇÕES DE REPOSIÇÃO: os líquidos de reposição são formuladospara corrigir deficiências específicas na concentração plasmática ou na 
quantidade corporal total de eletrólitos e álcalis (sódio, potássio, cloreto, 
bicarbonato, cálcio e fósforo). São soluções isotônicas, acidificantes ou 
alcalinizantes e, apesar de apresentarem composição de eletrólitos 
similar à do plasma, tem o sódio como base da sua constituição. Podem 
ser administrados rapidamente e em grandes volumes, sem alterar as 
 Página 9 
Ringer com lactato de sódio: solução isotônica, cristaloide, com 
composição semelhante ao LEC, pH 6,5, utilizado para reposição. 
Tem características alcalinizantes, uma vez que o lactato sofre 
biotransformação hepática em bicarbonato, sendo indicado para 
acidoses metabólicas.
→
Ringer simples: características semelhantes ao ringer lactato, 
porém não contém lactato, é utilizado para reposição. Contém mais 
cloreto e cálcio que outras soluções, tornando-a levemente 
acidificante (pH 5,5), é uma solução de emprego ideal nas alcaloses 
metabólicas. É uma solução cristaloide e isotônica.
→
Solução NaCl a 0,9%: solução cristaloide, isotônica, utilizada para 
reposição, não é uma solução balanceada pois contém apenas sódio, 
cloro e água. É acidificadora, sendo indicada para pacientes com 
alcalose, hipoadrenocorticismo, insuficiência renal, oligúria ou anúria e 
hipercalcemia.
→
concentrações eletrolíticas normais do plasma.
Fluído isotônico: osmolalidade semelhante à do plasma, promove 
expansão do compartimento intravascular. Soluções de NaCl 0,9% e 
ringer lactato.
→
Fluído hipotônico: osmolalidade menor que a do plasma, dilui o plasma 
por redução da osmolalidade, a água passa do compartimento 
vascular para o intersticial. Se o fluído intersticial ficar diluído, a água 
passará para as células adjacentes. Soluções de NaCl 0,45%.
→
Fluído hipertônico: osmolalidade maior que a do plasma, atrai os 
fluídos e eletrólitos do compartimento intersticial e celular para 
vascular, auxilia na estabilização da pressão arterial, fluxo urinário e 
redução de edema. Coloides e cristaloides.
→
2. SOLUÇÕES DE MANUTENÇÃO: definem-se como soluções de manutenção 
aquelas utilizadas nos pacientes ainda enfermos, após a recuperação do 
déficit hídrico. As soluções de manutenção são formuladas visando à 
reposição das perdas diárias normais de líquido hipotônico e eletrólitos. 
Essas soluções são também elaboradas para satisfazer as necessidades de 
potássio em animais saudáveis. Assim, as soluções de reposição deverão ser 
acrescidas com cloreto de potássio de modo que a concentração final deste 
eletrólito seja 30 mEq/L ou 30 mmol/L.
Repõe as proteínas plasmáticas, o volume de dentro do vaso sanguíneo, 
molécula grande com alta osmolalidade para colocar a água dentro do vaso 
sanguíneo.
Contém substâncias de alto peso molecular restritas ao compartimento 
plasmático. Os coloides sintéticos disponíveis no mercado são derivados de )
dextranos (Dextran 40 e 70), polímeros de gelatina (Haemacel e Polisocel), 
amido de hidroxitila (Hitastarch) ou fluídos carreadores de oxigênio à base 
de hemoglobina (Oxyglobin®, Biopure Corporation, Cambridge, MA).
Cálculos de fluidoterapia
A quantidade de fluído a ser administrada em 24 horas deve ser suficiente 
para corrigir a desidratação inicial, suprir as necessidades de manutenção e 
compensar as perdas concomitantes. 
5 a 7% = 7,0% 50 ml/kg/dia
8 a 9% = 100 a 150 ml/kg/dia
10 a 12% = 150 ml/kg/dia
VOLUME DE REIDRATAÇÃO (litros/dia) = % de desidratação X peso corporal 
(kg)
VIA ENTERAL: indicada para hidratação de pacientes estáveis, 
supondo que não há perda de fluído. Podem-se administrar soluções 
de manutenção por esta via, através de seringa ou tubo 
→
Vias de administração
VIA INTRAVENOSA: mais comum via de administração de fluídos. 
Os cateteres são introduzidos nas vias periféricas ou na veia 
jugular. É necessária técnica de assepsia e realização de 
tricotomia local. É uma das vias de acesso mais caras, porém 
mais efetivas e com efeito imediato.
→
VIA SUBCUTÂNEA: muito utilizada, entretanto não é indicada para 
pacientes com desidratação moderada a grave ou para aqueles 
que apresentam comprometimento circulatório. A circulação 
cutânea está diminuída em animais com depleção de volume, 
resultando em absorção lenta.
→
VIA INTRA-ÓSSEA: em pequenos animais pediátricos e neonatos, 
a medula óssea do fêmur e do úmero, ocasionalmente, é 
acessada com mais facilidade do que as veias de pequeno calibre 
colapsadas. É necessário rigorosa técnica de assepsia para evitar 
infecção e, por conseguinte, formação de abscesso e sepse.
→
 nasoesofagiano. É um método barato, porém com absorção lenta.
Cálculos
MANUTENÇÃO: não teve vômito nem diarreia, são as perdas diárias, 
reposição de 50 ml/kg/24 horas. Acontece em casos que ficou 24 
horas sem beber água.
REPOSIÇÃO: vômito ou diarreia, 100 ml/kg/24 horas (50 ml perdas 
diárias + 50 ml no que ele perdeu no vômito ou diarreia). Vômito e 
diarreia -> 150 ml/kg/24 horas (o máximo que pode fazer, 60 ml 
perdas diárias + 50 ml do vômito + 50 ml da diarreia).
EMERGENCIAL: 150 ml/kg/24 horas, coloide -> repõe o volume 
circulante para o vaso não colabar. 
macrogota: 1 ml tem 20 gotas (ou 16). Pacientes acima de 5 kg.→
microgota: 1 ml tem 60 gotas.→
O controle é feito pelo equipo que tem um pingador que dá:
Cão, 17 kg, volume de 10 horas, gotas por minuto, vômito.1)
EXERCÍCIOS:
100 ml X 17 kg = 1700 ml/24 horas. 
1700 ml - 24 horas
 x - 1 hora 
X = 70,83 ml/hora ~71 ml/hora -: 71 ml X 10 horas = 710 ml/10 horas.
71 ml - 60 min
 x - 1 min
X = 1,18 ml/min -> 1 ml - 20 gotas
 1,18 ml - x 
Bovino, 200 kg, vômito + diarreia, volume em 15 horas, gotas por 
segundo.
2)
 X = 24 gotas/min
150 ml/kg/24 horas.
150 ml X 200 kg = 30.000 ml/24 horas.
30.000 ml - 24 horas
 x - 1 hora
X = 1250 ml/hora -> 1250 ml X 15 horas -> 18.750 ml/15horas.
1250 ml - 60 min
 x - 1 min
X = 21 ml/min
21 ml - 60 s
 x - 1 s
X = 0,35 ml/s
 1 ml - 20 gotas 
0,35 ml - x 
Gato, 700 g, diarreia, gotas/15 segundos.3)
X = 7 gotas/seg.
100 ml - 1000g
 x - 700 g
 Página 10 
X = 70 ml/24 horas.
70 ml - 24 horas
 x - 1 hora
X = 2,91 ml/hora ~3ml/hora.
3 ml - 60 min
 x - 1 min
X = 0,05 ml/min.
0,05 ml - 60 s
 x - 1 s
X = 0,0008 ml/s
60 gotas - 1 ml
 x - 0,0008 ml
Cão, 23 kg, vômito + diarreia, antibióticos IV (3%) 10 mg/kg.3)
X = 0,05 gotas/s -> 0,05 gotas X 15 s = 1 gota/15 s.
Quantos ml de fluído 24 horas? 3450 ml/24 horas.a)
Quantas gotas por segundo? 1 gota/s.b)
Quantos ml de antibiótico por minuto? 0,005 ml/min.c)
150 ml/kg/24 horas
150ml X 23kg = 3450ml/24hrs + 8ml de ATB = 3458ml/24 hrs.a)
IV 3% = 3% 30 mg/ml
10 mg - 1 kg
 x - 23 kg 
X = 230 mg 
230 mg - x
 30 mg - 1 ml 
X = 8 ml.
3458 ml - 24 horasb)
 x - 1 hora 
X = 144,1 ml/hora
144,1 ml - 60 min
 x - 1 min
X = 2,4 ml/min
2,4 ml - 60 s
 x - 1 s
X = 0,04 ml/s
20 gotas - 1ml
 x - 0,04 ml 
X = 0,8 gota/s ~1 gota/s. 
8 ml - 24 horas c)
 x - 1 hora
X = 0,3 ml/hora
0,3 ml - 60 min
 x - 1 min
X = 0,005 ml/min de ATB.
O sistema nervoso tem importância tem importância para o organismo, pois 
coordena as funções do corpo. O tecido nervoso é o principal constituinte 
do sistema nervoso.
O sistema nervoso tem a capacidade de captar, transmitir e integrar 
informações de todas as regiões do corpo. Os neurônios são células 
excitáveis capazes de captar informações do meio interno e externo e 
responder a elas por meio de sinais elétricos chamados de impulsos 
nervosos. O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central
(encéfalo + medula espinhal) e sistema nervoso periférico (gânglios + 
nervos).
10% do sistema nervoso são neurônios (unidade funcional) e 90% são 
células da glia/gliócitos (células auxiliares). Maior parte do oxigênio vai 
para o sistema nervoso.
Ficam desligados na maior parte do tempo (em repouso), quando 
acontece a chegada da informação, eleentra no seu estado de 
excitação e depolarização, respondem rápido ao estímulo e depois 
da resposta eles entram no estado de repouso.
→
NEURÔNIOS: são células modificadas, que captam informações externas 
e internas, ocorre a tradução da informação e a resposta, sendo uma 
célula excitável.
Definição
Rede de comunicação que capacita o animal a se ajustar ou ajustar suas 
partes às alterações nos ambientes externos e interno. Detecta as 
modificações ambientais, processando as informações sensoriais junto 
com as informações armazenadas na memória, fornecendo uma 
resposta à informação processada.
FUNÇÃO INTEGRADORA: coordenação das funções dos vários 
órgãos.
→
FUNÇÃO SENSORIAL: sensações gerais e específicas (especiais).→
FUNÇÃO MOTORA: contrações voluntárias ou involuntárias, são 
contrações musculares.
→
FUNÇÃO ADAPTATIVA: adaptação do animal ao meio ambiente.→
Funções básicas
Divisão anatômica do sistema nervoso
O sistema nervoso central é dividido em encéfalo e medula espinhal. O 
encéfalo é subdividido em cérebro, cerebelo e tronco encefálico, o 
tronco encefálico por sua vez, se divide em mesencéfalo, ponte e bulbo.
O sistema nervoso periférico é dividido em nervos (que são subdivididos 
em espinhais e cranianos), gânglios e terminações nervosas.
O sistema nervoso dos vertebrados é subdivido em duas partes: o 
sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP).
O sistema nervoso central é dividido em encéfalo e medula espinhal (faz 
a condução dos impulsos nervosos para o cérebro, coordenação das 
atividades reflexas) e o sistema nervoso periférico que é dividido em 
nervos e gânglios, esses nervos e gânglios podem fazer parte do 
sistema nervoso somático (regula as funções motoras, os movimentos 
do corpo está relacionado com os movimentos dos músculos 
esqueléticos) ou do sistema nervoso autônomo (controla os processos 
vitais do organismo).
O sistema nervoso central tem a função de integrar e processar as 
informações que o restante do organismo envia e recebe. O sistema 
nervoso central conduz informações entre o sistema nervoso central e 
o resto do corpo.
Não é o sistema mais importante, mas faz com que todos os órgãos 
trabalhem em um ritmo. 
Sistema nervoso central: recebe todas as informações do corpo e 
traduz elas, propondo uma resposta. Traduz a informação gerando uma 
determinada ação.
 Página 11 
Células do tecido nervoso
10% neurônios.→
90% gliócitos.→
Tecido nervoso formado por:
DENDRITOS: processo da célula que conduz o impulso para o corpo 
celular, são ramificações que saem do corpo celular. Eles recebem 
informações vindas de outros neurônios ou de células sensoriais, e 
as transmitem para o corpo celular.
1.
CORPO CELULAR: núcleo da célula, região onde encontra-se o núcleo 
e as organelas citoplasmáticas.
2.
AXÔNIO: processo da célula que conduz o impulso para longe do 
corpo celular, ou seja, conduz informações do corpo celular a outros 
neurônios.
3.
Células especializadas na condução de impulsos nervosos que são alterações 
elétricas que se propagam pela membrana plasmática. São células 
especializadas em receber e transmitir estímulos. É dividido em 3 regiões 
específicas:
São as unidades funcionais do sistema nervoso central, são responsáveis 
por gerar impulsos nervosos e liberar os neurotransmissores.
Pode ser dividido em corpo celular, dendrito, axônio e terminal pré-sináptico.
MIELINA: substância branca lipídica, localizada ao redor dos axônios, 
formando as fibras nervosas, tem função de isolante elétrico.
NÓDULOS DE RANVIER: são intervalos circunferenciais que ocorrem 
intermitentemente na bainha de mielina que garantem a condução saltatória 
do impulso nervoso. 
Os neurônios conduzem os estímulos sob a forma de impulsos nervosos, 
pelas cadeias neuronais.
O axônio gera uma eletricidade chamada de potencial de ação. A bainha de 
mielina é um isolante elétrico, impedindo que o potencial de ação passe para 
outros neurônios, fazendo com que a resposta chegue no seu local de 
origem.
NÓDULOS DE RANVIER: sem bainha de mielina, onde o potencial de ação tem 
um impulso saltatório, quando chega no final do axônio tem as vesículas 
contendo neurotransmissores que são liberados na fenda sináptica onde se 
ligam nos receptores dos dendritos seguintes, transmitindo informação, 
o neurônio que recebe essa informação sai do seu estado de repouso.
Tipos de neurônios
QUANTO À MORFOLOGIA: bipolar, multipolar e pseudo-unipolar.1.
neurônio aferente ou sensitivo: responsável por levar 
informações da superfície do corpo para o interior, relaciona o 
meio interno com o meio externo. Recebem informações vindas 
do ambiente ou do próprio organismo e as transmitem para o 
sistema nervoso central.
→
neurônio eferente ou motor: conduz o impulso do sistema 
nervoso central ao efetuador (músculo ou glândula). Transmitem 
informações do sistema nervoso central para as estruturas 
efetoras ou motoras que realizarão uma determinada ação.
→
neurônio associativo ou interneurônio: presentes no encéfalo e 
na medula espinhal, fazem conexão entre os neurônios.
→
QUANTO À POSIÇÃO: 2.
REGIÃO DORSAL DO SISTEMA NERVOSO: neurônio sensitivo (raiz dorsal).
O neurônio sensitivo leva para o interneurônio que leva para o sistema 
nervoso central, quando chega no sistema nervoso central pega a 
mensagem e traduz, o interneurônio leva para o neurônio motor que 
leva a informação até o órgão efetor.
RAIZ VENTRAL: neurônio motor.
CÉLULAS DA GLIA: células auxiliares que dão suporte ao funcionamento 
do sistema nervoso. Diferem em função e forma, pois cada uma 
desempenha um papel diferente na estrutura e no funcionamento do 
tecido nervoso. Não geram impulsos nervosos.
ASTRÓCITOS: suporte mecânico e fornecem alimento à complexa e 
delicada rede de circuitos nervosos.
OLIGODENDRÓCITOS: desempenham função equivalente à das células de 
Schwann, formando bainhas protetoras sobre os neurônios que ficam 
no encéfalo e na medula espinhal.
MICRÓGLIAS: tipo especializado de macrófago cuja função é fagocitar 
detritos e restos celulares presentes no tecido nervoso. 
Impulso nervoso
Um impulso nervoso é a transmissão de uma alteração elétrica ao longo 
da membrana do neurônio a partir do ponto em que ele foi estimulado.
essa transmissão ocorre em grande velocidade e em um curto 
espaço de tempo.
→
Estímulos nos dendritos dos axônios -> geram um impulso nervoso -> o 
impulso nervoso é transmitido para o corpo celular e segue pelo axônio 
do neurônio. 
Os impulsos elétricos são gerados no corpo celular e dendritos e depois 
propagados para o axônio.
Os axônios, dependendo de sua função, podem ou não se apresentar 
revestidos pela bainha de mielina.
No sistema nervoso central, a bainha de mielina tem origem pelos 
oligodendrócitos.
 Página 12 
No sistema nervoso periférico, a bainha de mielina tem origem pelas células 
de Schwann.
Apresenta funções como: isolante elétrico e aumento da velocidade do 
impulso.
Os axônios mielinizados apresentam interrupções chamadas de nódulos de 
Ranvier.
axônio + bainha de mielina = fibra nervosa.
Organização dos neurônios
NÚCLEO: grupo de corpos celulares localizados no cérebro ou na medula 
espinal.
GÂNGLIO: grupo de corpos celulares localizados fora do cérebro ou da 
medula espinal.
TRATO: fibras nervosas paralelas localizadas no cérebro ou na medula 
espinal.
NERVO: ramo de fibras nervosas fora do cérebro ou da medula espinal.
No sistema nervoso central há regiões com alta concentração de corpos 
celulares de neurônios. Estas regiões têm uma coloração acinzentada, sendo 
por isso denominadas de substância cinzenta. Por outro lado, há regiões 
com uma grande quantidade de prolongamentos de neurônios de axônios, 
estas regiões têm coloração esbranquiçada e em conjunto formam a 
substância branca.
Nervos
Feixe de axônios que tem uma determinada função.
Conjunto de feixes de fibras nervosas que funcionam como via de 
comunicação entre sistema nervoso central e as estruturas sensoriais e 
efetoras.
1 nervo = muitosaxônios.
Gânglios
1 gânglio = muitos corpos celulares.
Nervo sensitivo.1.
Nervo motor.2.
Nervo misto.3.
Conjunto de corpos celulares de neurônios sensitivos e motores. Os nervos 
podem ser classificados em:
NERVO MISTO: tem neurônios sensitivos e motores dentro do seu feixe.
Localização dos nervos
NERVOS CRANIANOS: emergem do encéfalo (12 pares), saem da cabeça e 
do pescoço.
NERVOS ESPINHAIS: emergem da medula espinhal (depende do número de 
vértebras do animal). O nome deles é conforme da onde saem, variam o 
número de nervos pois varia o número de vértebras.
Sinapse
Continuidade de um neurônio para o seguinte, pois não há contato físico 
entre os neurônios, mas sim um espaço chamado de fenda sináptica, e 
os impulsos de um neurônio para o outro são transmitidos através deste 
espaço.
As sinapses são regiões em que o impulso nervoso é conduzido de um 
neurônio para outra célula. Há dois tipos de sinapse: química e elétrica.
Características notáveis da sinapse: condução em uma direção, 
facilitação, maior esgotamento que o neurônio.
IMPULSO NERVOSO: um impulso nervoso é a transmissão de uma 
alteração elétrica ao longo da membrana do neurônio a partir do ponto 
em que ele foi estimulado.
POTENCIAL DE REPOUSO: potencial de repouso é a diferença de 
potencial elétrico que as faces internas e externas na 
membrana de um neurônio que não está transmitindo impulsos 
nervosos. O valor do potencial de repouso é da ordem de -70mV 
(milivolts). O sinal negativo indica que o interior da célula é negativo 
em relação ao exterior. A existência do potencial de repouso 
deve-se principalmente a diferença de concentrações de íons de 
sódio (Na+) e de potássio (K+) dentro e fora da célula. Essa 
diferença é mantida por meio de um mecanismo de 
bombeamento ativo de íons pelas membranas celulares, em que o 
sódio é forçado a sair da célula e o potássio a entrar.
→
DESPOLARIZAÇÃO: a membrana celular possui estruturas 
proteicas que permitem a passagem de íons de sódio e potássio. 
Essas portas ficam normalmente fechadas em um neurônio em 
repouso, abrindo-se quando ele é estimulado. Quando um estímulo 
atinge o neurônio, as portas de passagem de sódio abrem-se na 
área da membrana que foi estimulada: o íon sódio, por estar em 
maior concentração no meio celular externo, penetra 
rapidamente através dessas aberturas na membrana. O influxo 
de cargas positivas faz com que o potencial da membrana, que 
era de -70mV (potencial de repouso), passe a aproximadamente 
+35mV. Essa mudança de potencial denomina-se despolarização..
→
REPOLARIZAÇÃO: após a onda de despolarização ter se 
propagado, a membrana volta a ser impermeável ao sódio, e 
devido à saída de potássio, cria-se novamente uma 
eletronegatividade no interior da célula e uma positividade no 
exterior. Após a repolarização, a bomba de sódio e potássio 
bombeia os íons de sódio para o exterior, e os íons potássio para 
o interior, restabelecendo a condição inicial.
→
POTENCIAL DE AÇÃO:
TIPO DE POTENCIAIS DE AÇÃO: se o neurotransmissor causar 
despolarização na membrana pós-sináptica, o neurotransmissor e a 
sinapse são chamados de excitatórios. Se causarem hiperpolarização 
 Página 13 
são chamados de inibitórios. Há vários tipos de neurotransmissores 
excitatórios e inibitórios. O potencial pós-sináptico despolarizante é 
denominado pós-sináptico excitatórios (PEPS) e o hiperpolarizante, potencial 
pós-sináptico inibitório (PIPS). Os PEPS e PIPS são, portanto, alterações 
localizadas no potencial de membrana causadas por aberturas de canais 
iônicos dependentes de neurotransmissores. 
COMUNICAÇÃO NERVOSA QUE DISPENSA MEDIADORES QUÍMICOS.
A neurotransmissão é estabelecida através da passagem direta de íons por 
meio das junções abertas ou comunicantes. Os canais iônicos ficam 
acoplados e formam unidades funcionais denominadas conexinas. A 
transmissão da informação é muito rápida, mas oferece quase nenhuma 
versatilidade quanto ao controle da neurotransmissão. São úteis na nas vias 
reflexas rápidas e nas respostas sincrônicas de alguns neurônios do 
sistema nervoso central.
A sinapse química é a mais comum, ocorrendo a liberação de uma 
substância química chamada de neurotransmissores. Os 
neurotransmissores são liberados na fenda sináptica e se ligam em 
estruturas chamadas de receptores. Após a sua liberação, os 
neurotransmissores são degradas por enzimas.
LIBERAÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES: com a chegada do potencial de 
ação no terminal, os canais de Ca++ voltagem dependentes abrem-se e 
ocorre a difusão de Ca++ para o interior da fenda sináptica. Os 
neurotransmissores ligam-se a receptores da membrana pós-sináptica e 
causam mudanças de permeabilidade iônica. O fluxo resultante de íons muda 
o potencial de membrana pós-sináptica transitoriamente, causando uma 
resposta pós-sináptica. Os neurotransmissores por outro lado, são 
inativados por enzimas específicas. 
Os neurônios se comunicam através do potencial de ação, os estímulos 
nervosos podem acontecer através da eletricidade (sinapse elétrica) e se 
for através de substâncias químicas como os neurotransmissores (sinapse 
química).
A sinapse (comunicação entre neurônios) é o estímulo gerado por um 
neurônio e passado para outro. Quando o pré-sináptico recebe um estímulo, 
ele sai do seu estado de repouso e fica excitado, gerando uma eletricidade 
que é o potencial de ação, quando chega no final do axônio ele faz com que 
as vesículas sinápticas se abram liberando os neurotransmissores na fenda 
sináptica.
O neurônio pós-sináptico será estimulado pelos neurotransmissores, 
fazendo com que no final também libere neurotransmissores.
No neurônio pré-sináptico, a chegada de um potencial de ação à 
extremidade do axônio provoca uma alteração em proteínas sensíveis à 
voltagem da membrana celular. Isso leva à entrada de cálcio no terminal 
pré-sináptico, o que sua vez faz com que as vesículas contendo 
substâncias químicas fusionem com a membrana da célula, liberando seu 
conteúdo do lado de fora do terminal - ou seja, na fenda sináptica.
Essas substâncias liberadas são os neurotransmissores.
proteínas que detectam a presença de neurotransmissores e 
mudam sua forma como resultado, disparando assim mudança 
químicas e/ou elétricas no neurônio pós-sináptico.
→
A célula pós-sináptica possui receptores em sua membrana:
A ligação do neurotransmissor ao receptor faz com que este se abra, 
formando um canal do neurônio pós-sináptico.
A abertura de vários canais ao mesmo tempo provoca uma modificação 
na voltagem do neurônio pós-sináptico que é propagada até o corpo da 
célula, onde fica o núcleo.
Se um número suficiente de sinapses de um só neurônio pré-sináptico, 
ou de vários neurônios pré-sinápticos ao mesmo tempo forem acionados 
e produzirem uma mudança grande o suficiente na voltagem da célula 
pós-sináptica, esta pode chegar a disparar potenciais de ação e, assim, 
passar o sinal adiante para outros neurônios.
Ao mesmo tempo que a transmissão sináptica segue adiante do neurônio 
pós-sináptico, o neurônio pré-sináptico reconstrói suas vesículas e as 
enche de novo, com novos neurotransmissores e também, com as 
moléculas recolhidas do espaço sináptico.
da transmissão constante de sinais elétricos e químicos de um 
lado para outro.
→
Disso é feito o funcionamento do sistema nervoso:
O que você faz, pensa ou sente a cada instante, depende de quais 
neurônios estão mais ou menos ativos a cada instante.
Para cada tipo de neurotransmissor tem um receptor, onde eles se 
ligam, depois de exercer sua função o neurônio libera uma substância 
enzimática que quebra os neurotransmissores para ele voltar para a 
vesícula. Na vesícula, eles são reconstituídos, acontece a reciclagem dos 
neurotransmissores.
Enzimas que quebram acetilcolina = acetilcolinesterase.
Enzimas que quebram as catecolaminas (adrenalina, dopamina e 
noradrenalina) = MAO e COMT.
Neurotransmissores e neuromoduladores
Ser sintetizado pelos neurônios pré-sinápticos.→
Ser armazenado dentro de vesículas e armazenadosnos 
terminais axônicos.
→
Ser exocitado para a fenda sináptica com a chegada do potencial 
de ação.
→
Possuir receptores pós-sinápticos cuja ativação causa potenciais 
pós-sinápticos (excitatórios ou inibitórios).
→
Uma vez purificado, mimetizar os efeitos fisiológicos. →
Um neurotransmissor tem como características típicas:
Tipos de neurotransmissores
Os neurotransmissores são dos seguintes tipos químicos: aminoácidos, 
aminas, purinas, peptídeos e gases. 
São sintetizados a partir dos sistemas enzimáticos presentes nos 
terminais axônicos ou no corpo celular. Os aminoácidos são sintetizados 
em todas as células a partir da glicose ou de proteínas decompostas.
A única exceção é o GABA que é sintetizado a partir do glutamato por 
determinados neurônios.
As aminas são todas sintetizadas no terminal sendo que a acetilcolina é 
sintetizada a partir da colina, a serotonina a partir do triptofano e as 
 Página 14 
catecolaminas (dopamina, adrenalina e noradrenalina) a partir da tirosina.
A acetilcolina é um neurotransmissor clássico e o primeiro a ser 
descoberto. Atua como mediador de várias sinapses nervosas centrais e 
periféricas.
Os neurônios colinérgicos possuem a enzima-chave, a acetilcolina 
transferase que transfere um grupo acetil do acetil-CoA à colina. O 
neurônio também sintetiza a enzima acetilcolinesterase (AchE) que é 
secretada para a fenda sináptica e degrada o neurotransmissor em colina 
e ácido acético. A colina é recaptada e reutilizada para a síntese de novos 
neurotransmissores.
Venenos como o gás dos nervos e os inseticidas organofosforados inibem a 
ação da acetilcolinesterase. Esse efeito leva a uma exacerbação da 
atividade parassimpática e da atividade colinérgica sobre a musculatura 
esquelética.
O aminoácido tirosina é o precursor de três neurotransmissores que 
possuem o grupo catecol: noradrenalina, adrenalina e dopamina conhecidas 
como catecolaminas. Sofrem recaptação na membrana pré-sináptica e são 
enzimaticamente degradadas pela MAO (monoaminaoxidase) no terminal 
pré-sináptico. Muitas drogas interferem com a sua recaptação prolongando 
a presença do neurotransmissor na fenda como a anfetamina e cocaína.
Não é uma catecolamina, pois é uma amina sem o grupo catecol. É 
sintetizada a partir do aminoácido essencial triptofano. 
Os neurônios serotonérgicos centrais parecem estar envolvidos na 
regulação da temperatura, percepção sensorial, na indução do sono e na 
regulação dos níveis de humor.
Como as catecolaminas, são recaptadas pela membrana pré-sináptica e 
degradadas pela MAO.
Drogas que atuam bloqueando a sua recaptação como fluoxetina (Prozac) 
são utilizados nos tratamentos antidepressivos. 
o glutamato apresenta quatro tipos de receptores, sendo três deles 
inotrópicos:
→
AMPA: canal iônico para cátions (Na) produzindo despolarização 
rápida.
1.
KAINATO: parecido com o AMPA.2.
NMDA: canais para dois cátions (Na e Ca) produzindo despolarização 
lenta e persistente.
3.
GLUTAMATO E ASPARTATO: mais da metade dos neurônios do sistema 
nervoso central utiliza o glutamato (Glu) e aspartato (Asp), principais 
neurotransmissores excitatórios do sistema nervoso central sendo que o 
glutamato responde por 75% da atividade despolarizante. Os receptores 
para o glutamato são do tipo: 
GABAa: ionotópicos que abrem os canais de Cl- e hiperpolarizam a 
membrana.
1.
GABAb: metabotópicos que estão acoplados a proteína G e 
aumentam a condutância para os íons K+, hiperpolarizando a 
membrana.
2.
GABA E GLICINA: o ácido ƴ-aminobutírico (GABA) é um aminoácido que não 
entra na síntese de proteínas e só está presente nos neurônios 
gabaérgicos. É o principal neurotransmissor inibitório do sistema nervoso 
central. Os receptores são de dois subtipos:
As drogas conhecidas como tranquilizantes benzodiazepínicos 
(ansiolíticos) estimulam estes receptores, aumentando o nível de 
inibição do sistema nervoso central e são utilizados nos 
tratamentos de ansiedade e convulsão.
→
Já os barbitúricos têm o mesmo efeito, agindo em outro sítio de 
ligação, são tão potentes que são utilizados como anestésicos 
gerais.
→
A glicina é um neurotransmissor inibitório que aumenta a 
condutância para o Cl- na membrana pós-sináptica dos neurônios 
espinhais. A sua presença é essencial para que os receptores 
NMDA funcionem.
→
Como desativar a neurotransmissão?
Difusão local.→
Degradação enzimática.→
Recaptação pela membrana pré-sináptica.→
Os neurotransmissores (ou os neuromoduladores) excitados não podem 
permanecer ligados aos receptores permanentemente. O sistema de 
recepção precisa voltar rapidamente ao seu estado de repouso, 
prontificando-se para receber novas mensagens.
A acetilcolina é o único neurotransmissor que não sofre recaptação.
O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central e sistema 
nervoso periférico.
Entre aas funções executadas pelo sistema nervoso central estão a 
recepção e a interpretação dos estímulos que chegam dos meios 
externos.
O sistema nervoso central, anatomicamente, é dividido em encéfalo e 
medula espinhal. Ele é protegido por um conjunto de ossos e meninges, 
que são a pia-máter, aracnóide e dura-máter. Entre a pia-máter e a 
aracnóide, acumula-se um líquido chamado de líquido cerebro-espinhal 
(líquido cefalorraquidiano - LCR) responsável por proteger 
mecanicamente, realizar trocas entre o encéfalo e o sangue e regulação 
da pressão no sistema nervoso. O líquido cefalorraquidiano protege o 
sistema nervoso central, tem a presença de anticorpos, glicose, o LCR 
se movimenta mantendo a pressão.
SUBSTÂNCIA CINZENTA: é feita de corpos de neurônios e por dendritos. 
Forma no encéfalo o córtex, a camada mais externa do cérebro. Na 
medula espinhal, a massa cinzenta forma um núcleo em forma de "H", no 
qual ocorre uma comunicação entre os neurônios.
SUBSTÃNCIA BRANCA: atua como uma rede de comunicação, interligando 
partes do encéfalo e ligando-as à medula espinhal, é formada na sua 
maior parte por axônios.
Proteção do encéfalo
estruturas esqueléticas: caixa craniana no encéfalo e coluna 
vertebral na medula.
→
membranas sobre as estruturas esqueléticas: dura-máter
(externa), aracnóide (mediana) e a pia-máter (interna).
→
entre as meninges aracnóide e pia-máter: líquido 
cefalorraquidiano. 
→
O sistema nervoso central é protegido por:
Principal dentro da integração e coordenação do sistema nervoso. O 
encéfalo é formado por: cérebro, cerebelo e tronco encefálico.
 Página 15 
Cérebro→
Ocupa 70% do volume encefálico
TELENCÉFALO
LOBO FRONTAL: contém a área motora, área relacionada ao 
comportamento e memória de trabalho. Responsável por atividades 
intelectuais e planejamento de movimentos complexos.
1.
LOBO TEMPORAL: contém o centro cortical da audição, estruturas 
emocionais, centros relacionados à memória, áreas relacionadas ao 
circuito do "eu', área relacionada à crença religiosa. Responsável pela 
audição.
2.
LOBO PARIETAL: contém a área da sensibilidade, de noções 
espaciais, de memória. Integração de informações e memória.
3.
LOBO OCCIPITAL: contém a área visual cortical. Responsável pela 
visão.
4.
Responsável por várias funções cerebrais. É dividido em quatro lobos:
Dividido em hemisfério direito e esquerdo. Os lobos têm sulcos e girus que 
servem para aumentar a área de superfície cerebral, os lobos são 
responsáveis pelos comportamentos.
NÚCLEOS BASAIS: o córtex recobre um grande centro medular branco, 
formado por fibras axonais. Em meio a este centro branco, há 
agrupamentos de corpos celulares neuronais que formam os núcleos da 
base ou núcleos basais: caudato, pútamen, globo pálido e núcleo subtalâmico.
NÚCLEO CAUUDATO: controla movimentos intencionais grosseiros do 
corpo e auxilia no controle do corpo.
→
PÚTAMEN: funciona em conjunto com o núcleo caudato no controle 
de movimentos intencionais grosseiros.
→
GLOBO PÁLIDO: controla a posição das principais partes do corpo.→
NÚCLEO SUBTALÂMICO: controla possivelmente os movimentos da 
marcha e talvez outros tipos de motilidadesgrosseiras do corpo.
→
Função dos núcleos basais:
DIENCÉFALO
TÁLAMO: região de substância cinzenta localizada entre o tronco 
encefálico e o cérebro. Atua na retransmissão de impulsos nervoso 
para o córtex cerebral e responsável pela condução dos impulsos às 
regiões apropriadas do cérebro, onde eles devem ser processados. 
Recebe e envia informações dos órgãos dos sentidos.
1.
HIPOTÁLAMO: controle das funções vegetativas do corpo, 
expressão que define o conjunto das funções orgânicas internas 
subconscientes:
2.
Regulação do sistema cardiovascular, em especial da frequência 
cardíaca e da pressão arterial.
→
Regulação da temperatura corporal.→
Regulação da água corporal, pelo controle da sede e do mecanismo 
de ingestão de água e secreção do hormônio ADH.
→
Regulação da alimentação pela excitação do centro da fome no 
hipotálamo. 
→
Controle da excitação e da raiva.→
Controle da secreção de quase todos os hormônios pituitários. →
Sensação somestésica e interpretação dos sinais sensoriais.→
É o mais importante centro organizador das emoções (amor, ódio, 
fome), regula a pressão arterial, temperatura e hormônios. Nessa 
região, encontramos a hipófise (não controla apenas a insulina e o 
glucagon pois são glicose dependente). O hipotálamo produz e libera 
hormônios hipotalâmicos, o hipotálamo manda informação para a 
hipófise para que a hipófise libere hormônios.
→
EPITÁLAMO: contém a glândula pineal, responsável pelo sono e vigília 
(acordar).
3.
O diencéfalo é dividido em três regiões: tálamo, epitálamo e hipotálamo.
Cerebelo→
Relaciona-se com os ajustes dos movimentos, equilíbrio, postura e tônus 
muscular. Ao contrário do cérebro, cada hemisfério está mais 
relacionado com o mesmo lado do corpo.
Lesões do cerebelo produzem movimentos musculares convulsivos, 
andar cambaleante e dificuldade em manter o equilíbrio.
O cerebelo é uma região importante, pois controla o equilíbrio e a 
coordenação motora. Ele também mantém o tônus muscular e controla 
movimentos complexos, como: andar, escrever e nadar, também 
controla a musculatura estriada esquelética.
Junto com o sistema vestibular dá o equilíbrio.
Tronco encefálico→
Contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula 
espinhal até outras regiões encefálicas e do encéfalo para a medula 
espinhal (lado esquerdo do cérebro controla os movimentos do lado 
direito do corpo e o lado direito do cérebro controla os movimentos do 
lado esquerdo do corpo).
Regula a atenção, função mediada pela formação reticular (agregação 
mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, 
separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central 
do tronco encefálico).
MESENCÉFALO: importante para o movimento ocular e o controle 
postural subconsciente, além de conter a formação reticular, que 
regula a consciência. Dispõe de um sistema de conexões dos 
sistemas auditivos e visual.
1.
Responsável por controlar as funções motoras, sensoriais e 
viscerais.
→
PONTE: contém grande quantidade de neurônios que 
retransmitem informações dos hemisférios cerebrais para o 
cerebelo, garantindo a coordenação dos movimentos e a 
aprendizagem motora, ou seja, serve de elo entre as 
informações do córtex que vão para o cerebelo para que este 
coordene os movimentos pretendidos e os reais. Participa da 
regulação da respiração.
2.
BULBO: contém vários núcleos motores de nervos cranianos e 
centros autônomos que controlam o coração, a respiração, 
pressão sanguínea, reflexo da tosse, da deglutição e do vômito.
3.
Controla a frequência cardíaca, transpiração, respiração e 
movimentos involuntários.
→
É dividido em três regiões:
CÉREBRO -> TELENCÉFALO E DIENCÉFALO.
CEREBELO.
TRONCO ENCEFÁLICO -> MESENCÉFALO, PONTE E BULBO.
O tronco encefálico controla as funções viscerais, todos os órgãos 
constituídos por músculo liso ou músculo estriado cardíaco, órgãos 
involuntários, promovendo a contração dessas musculaturas.
 Página 16 
O lado direito controla o lado esquerdo do corpo e vice-versa, porém não 
serve para tudo. Quando a informação sobe para o encéfalo e passa pela 
ponte, pode inverter de lado. Em lesões cerebrais do lado direito, pode 
comprometer o lado esquerdo e vice-versa, áreas cerebrais que tem o 
comando do lado direito exercem suas funções no lado esquerdo (em 
algumas situações).
Comunicações que não invertem de lado se chama sistema extrapiramidal.
HIPOCAMPO: região de memória 
recente.
Dentro da substância branca temos 
alguns núcleos de neurônios/corpos 
celulares, são os núcleos basais, 
responsáveis pelas movimentações
grosseiras, também dá o equilíbrio de
eixo.
Região de substância negra, mal de
Parkson -> morte da região de núcleos, região de movimentos finos.
Medula espinhal
A medula espinhal está localizada dentro do canal vertebral e é contínua ao 
bulbo superiormente. Ela se inicia na altura do forame magno e no seu 
crescimento embrionário se desenvolve mais lentamente que a coluna 
vertebral. Como resultado, a medula no adulto termina na altura da segunda 
vértebra lombar. Sua extremidade inferior é denominada cone medular. 
Após o cone medular a medula ramifica-se dando origem a cauda equina.
Da medula partem 31 pares de nervos raquidianos que se ramificam.
SISTEMA DESCENDENTE: controla funções motoras dos músculos, 
regula funções como pressão e temperatura e transporta sinais 
originados no cérebro até seu destino.
1.
SISTEMA ASCENDENTE: transporta sinais sensoriais das 
extremidades do corpo até a medula e de lá para o cérebro.
2.
Por meio dessa rede de nervos, a medula se conecta com as várias partes 
do corpo, recebendo mensagens do cérebro e transmitindo-as para as 
várias partes do corpo. A medula possui dois sistemas de neurônios.
Os corpos celulares de neurônios se concentram na massa cinzenta. Os 
axônios ascendentes e descendentes, na massa branca.
As duas regiões também abrigam gliócitos. Dessa forma, na medula 
espinhal, a massa cinzenta localiza-se internamente e a massa branca, 
externamente.
Medula espinhal leva e traz informações para o encéfalo, substância 
cinzenta está interna e a branca externa. Os nervos espinhais emergem da 
medula espinhal. Via de comunicação entre o SNP (nervos) e SNC (encéfalo), 
qualquer lesão na medula espinhal para a comunicação do SNP com o 
encéfalo.
O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos e pelos gânglios 
nervosos, e sua função é conectar o sistema nervoso central às diversas 
partes do corpo do animal.
SISTEMA NERVOSO: sistema central (encéfalo e medula) e sistema 
nervoso periférico - vias sensoriais e vias motoras - SNP somático e 
SNP autônomo (simpático e parassimpático).

Faz a integração do resto do corpo com o sistema nervoso central.
Dentro do SNP precisa atender os músculos estriados cardíacos, músculo 
estriado esquelético e músculo liso, dentro dos tipos de músculos, temos o 
SNP somático, que atende os músculos estriados esqueléticos, que 
funcionam através do comando dos indivíduos.
Sistema nervoso simpático: de modo geral é excitatório. →
Sistema nervoso parassimpático: de modo geral é inibitório.→
SNP autônomo não depende do seu desejo, é independente/involuntário, 
dividido em simpático e parassimpático. Têm dois comandos pois os 
órgãos internos não param de funcionar, eles ficam de um modo rítmico.
Órgãos internos são inervados pelo simpático e parassimpático, são 
antagonistas.
Os nervos levam informações da periferia do corpo para o SNC: nervos 
aferentes ou sensitivos.
Os nervos que transmitem impulsos do SNC para os músculos ou 
glândulas: nervos motores ou eferentes
Existem ainda nervos mistos, formados por axônios de neurônios 
sensoriais e por neurônios motores.
Nervos espinhais
Conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do 
tronco, membros e parte da cabeça. Saem aos pares da medula pelo 
espaço intervertebral.
Homem = 8C, 12T, 5L, 5S, (2 Coc)
Bovinos = C7, T13, L6, S5, Co 18-20
Equino = C7, T18, L6, S5, Co 15-21
Cães = C7, T13, L7, S3, Co 20-23São formados pela união das raízes dorsais e ventrais, saem pelo 
forame intervertebral e logo em seguida formam os ramos anteriores e 
posteriores.
EXTEROCEPTIVAS: temperatura, dor, pressão e tato.→
PROPRIOCEPTIVAS: conscientes (sensação de posição e 
movimento de uma parte do corpo) e inconscientes (regulação 
reflexa da atividade do cerebelo -> reflexo miotático).
→
FIBRAS AFERENTES SOMÁTICAS:
FIBRAS AFERENTES VISCERAIS: impulsos sensitivos das vísceras.
FIBRAS EFERENTES SOMÁTICAS: para musculatura estriada esquelética. 
FIBRAS EFERENTES VISCERAIS: fibras autônomas para musculatura 
cardíaca, lisa e glândulas.
Nervos que partem do encéfalo. →
Doze pares de nervos cranianos.→
Três deles sensoriais.→
Cinco são motores.→
Quatro mistos.→
OLFATÓRIO: sensitiva -> percepção do olfato.1.
ÓPTICO: sensitiva -> percepção visual.2.
OCULOMOTOR: motora -> controle da movimentação do globo 
ocular, da pupila e do cristalino.
3.
TROCLEAR: motora -> controle da movimentação do globo ocular.4.
TRIGÊMEO: mista -> controle dos movimentos da mastigação 
(ramo motor), percepções sensoriais da face, seios da face e 
5.
Nervos cranianos
 Página 17 
dentes (ramo sensorial).
ABDUCENTE: motora -> controle da movimentação do globo ocular.6.
FACIAL: mista -> controle dos músculos faciais - mímica facial (ramo 
motor), percepção gustativa no terço anterior da língua (ramo 
sensorial).
7.
VESTÍBULO-COCLEAR: sensitiva -> percepção postural originária do 
labirinto (ramo vestibular) e percepção auditiva (ramo coclear).
8.
GLOSSOFARÍNGEO: mista -> percepção gustativa no terço posterior da 
língua, percepções sensoriais da faringe, laringe e palato.
9.
VAGO: mista -> percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax 
e vísceras. Inervação das vísceras torácicas e abdominais.
10.
ACESSÓRIO: motora -> controle motor da faringe, laringe, palato, dos 
músculos esternocleidomastóideo e trapézio.
11.
HIPOGLOSSO: motora -> controle dos músculos da faringe, da laringe e 
da língua.
12.
GERAIS: fibras de dor, pressão e frio.→
ESPECIAIS: visão e audição. →
FIBRAS AFERENTES SOMÁTICAS:
GERAIS: sensibilidade visceral.→
ESPECIAIS: gustação e olfação.→
FIBRAS AFERENTES VISCERAIS:
FIBRAS EFERENTES SOMÁTICAS: para fibras musculares em geral.
GERAIS: SNA (músculo liso e glândulas).→
ESPECIAIS: musculatura da laringe e faringe.→
FIBRAS EFERENTES VISCERAIS:
Como funciona o sistema nervoso 
periférico?
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: controla as funções básicas e 
involuntárias do organismo. Subdivide-se em dois sistemas -> sistema 
parassimpático e sistema simpático.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: estabelece a comunicação entre o 
sistema nervoso central e o resto do corpo.
SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO: recebe e processa informações da 
pele, músculos, olhos... transmite ordens do SNC aos músculos..
Sistema nervoso somático
O sistema nervoso somático é responsável pela contração dos 
músculos estriados esqueléticos. A sinapse do neurônio motor ocorre 
com a musculatura em uma região chamada de placa motora. O 
neurotransmissor do sistema é a ACETILCOLINA, que se liga nos 
receptores específicos, chamados de NICOTÍNICOS. A enzima 
degradadora específica é a ACETILCOLINESTERASE. 
Na via motora só tem neurônio motor, que faz a comunicação com o 
músculo estriado esquelético. 
PLACA MOTORA ou JUNÇÃO NEUROMUSCULAR: fenda sináptica + 
receptor + músculo.
Quanto mais acetilcolina é liberada na fenda sináptica mais insensível se 
torna a ela, os receptores sofrem uma dessensibilização. 
A acetilcolinesterase quebra a acetilcolina e faz com que ela volte para 
as vesículas armazenadoras de acetilcolina. 
Todos os neurônios da medula espinhal são os interneurônios ou 
associativos.
Sistema nervoso autônomo
O sistema nervoso autônomo está relacionado ao controle e comunicação 
interna do organismo, a vida vegetativa, baseado no controle de vasos 
sanguíneos, vísceras, glândulas, respiração, regulação da temperatura e 
digestão.
É constituído por um conjunto de neurônios que se encontram na medula 
e no tronco encefálico.
A organização estrutural do ramo eferente do SNA consiste num afluxo 
constituído de dois neurônios, em que os axônios pré-ganglionares que 
surgem dos corpos celulares no eixo cerebroespinhal fazem sinapses 
com fibras pós-ganglionares que se originam nos gânglios autônomos, 
fora do SNC.
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO: sai da região toracolombar.1.
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO: sai da região 
craniossacral.
2.
É dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático, tem uma 
terceira divisão em que é o sistema nervoso entérico (recebe a 
informação do simpático e parassimpático), executando no sistema 
entérico (trato gastrintestinal) a função.
SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO
Corpo celular - neurônio 
pré-ganglionar.
torácico ou segmento 
lombar
medula ou sacral
Axônio pré-ganglionar axônio curto axônio longo 
Transmissor ganglionar acetilcolina acetilcolina
Receptor ganglionar nicotínico nicotínico
Axônio do neurônio pós-
ganglionar
axônio longo axônio curto 
Transmissor - junção 
neuroefetora
noradrenalina acetilcolina
Receptor da junção 
neuroefetora
alfa ou beta 
adrenérgico
muscarínico
Quanto a posição do neurônio pré-ganglionar→
SIMPÁTICO: toracolombar -> os axônios pré-ganglionares deixam a coluna 
lateral da medula entre T1 e L2.
PARASSIMPÁTICO: crânio-sacral -> os axônios pré-ganglionares eixam o 
tronco encefálico pelos nervos cranianos III, VII, IX e X e através da 
medula sacral.
 Página 18 
Quanto a posição do neurônio pós-ganglionar→
SIMPÁTICO: em gânglios próximos a medula.
Quanto ao comprimento das fibras→
PARASSIMPÁTICO: em gânglios da parede visceral ou muito próximos a esta.
SIMPÁTICO: pré-ganglionares curtas, pós-ganglionares longas.
PARASSIMPÁTICO: pré-ganglionares longas e pós-ganglionares curtas.
SIMPÁTICO: utilizado em estímulos de LUTA e FUGA, as respostas são 
massivas e em cadeia.
PARASSIMPÁTICO: produz respostas viscerais localizadas importantes para 
a homeostase.
IMPORTANTE: a maioria dos órgãos recebem inervação do simpático 
e parassimpático.

Receptores pós-ganglionares
RECEPTORES ADRENÉRGICOS
alfa 1a, alfa 1b e alfa 1d.→
alfa1 -> aumenta Ca2+. 
alfa 2a, alfa 2b e alfa 2c.→
alfa 2 -> inibe adenil ciclase.
beta 1, beta 2. e beta 3.→
beta -> estimula adenil ciclase.
Biossíntese das catecolaminas
Transmissão adrenérgica
MEDIADORES QUÍMICOS
EPINEFRINA = ADRENALINA
NOREPRINEFRINA = NORADRENALINA
ÓRGÃO OU FUNÇÃO SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO
arteríola em geral vasoconstrição vasodilatação
frequência cardíaca aumenta diminui
pressão sanguínea aumenta diminui
amplitude (potência) 
cardíaca
aumenta diminui
metabolismo basal aumenta diminui
atividade mental aumenta diminui
brônquios dilata contrai
pupila dilata contrai
 Página 19 
concentração de glicose no 
sangue ( glicemia)
aumenta -
glicogenólise (fígado) aumenta -
glândulas sudoríparas aumenta sudorese -
coronárias vasodilatação vasoconstrição
peristaltismo diminui aumenta
secreção gastrintestinal diminui aumenta
glândulas salivares - aumenta salivação
masculino orgasmo, ejaculação ereção do pênis
feminino orgasmo ereção do clitóris
bexiga urinária relaxa a musculatura 
da parede e contrai 
o esfíncter da 
uretra
contrai a musculatura 
da parede e relaxa o 
esfíncter da uretra.
Sistema nervoso entérico
O sistema nervoso entérico é um sistema pertencente ao sistema nervoso 
autônomo. Ele é corresponsável pelo funcionamento do sistema nervoso 
entérico. Seus neurônios estão agrupados em plexos chamados de plexo 
submucoso e plexo mioentérico. Ele faz conexão com o sistema nervoso 
simpático e parassimpático. Seus corpos celulares estão localizados nas 
camadas musculares e na camada mucosa doo trato gastrintestinal.
Se não houvesse essa rede, os nervos teriam que ser muito grossos.
É um conjunto de neurônios distribuídos ao longo do trato gastrintestinal.
VÁRIOS CORPOS CELULARES JUNTOS SÃO GÂNGLIOS.
VÁRIOS GÂNGLIOS JUNTOS SÃO CHAMADOS DE PLEXOS.
A informação é distribuídapara o sistema nervoso entérico, a partir do 
momento que chega ocorre uma sinapse.
NEURÔNIO SENSITIVO -> SNC -> PARASSIMPÁTICO + SIMPÁTICO -> chega no 
SNE que executa as funções.
Outros sistemas: nervo sensitivo -> SNC -> SNC ou SNP -> órgãos
O parassimpático faz a contração da musculatura das alças.
O simpático faz a contração e relaxamento dos esfíncteres.
O sistema nervoso simpático só faz a sinapse com os neurônios do 
entérico para a liberação de enzimas digestivas, sendo uma sinapse 
glandular. Também faz sinapse com o gânglio mesentérico que leva para 
o sistema nervoso entérico.
Tipos de tecido muscular
ESTRIADO ESQUELÉTICO1.
LISO2.
ESTRIADO CARDÍACO3.
Os músculos podem ser formados por três tipos básicos de tecido 
muscular:
O músculo estriado esquelético recebe o comando do sistema nervoso 
somático. É um tecido multinucleado, sua contração é forte, rápida, 
descontínua e voluntária (mexe a partir do desejo do animal).
O músculo liso recebe o comando do sistema nervoso autônomo, sua 
contração é fraca, lenta e involuntária (não é controlado pelo animal, 
contrai e relaxa sem o desejo do indivíduo). 
O músculo estriado cardíaco recebe o comando do sistema nervoso 
autônomo e entre as suas fibras apresenta o disco intercalar (realiza a 
propagação de maneira harmoniosa do impulso nervoso). Sua contração é 
forte, rápida, contínua e involuntária
Propriedades do músculo
.CONTRATILIDADE: designa a capacidade que o músculo tem de se 
contrair, produzindo uma determinada força. Encurtamento e 
alongamento, ou seja, é a capacidade de contrair e relaxar.
EXCITABILIDADE: capacidade de responder a um estímulo, seja essa 
resposta ao estímulo do sistema nervoso somático ou autônomo.
EXTENSIBILIDADE: estiramento até ao seu normal comprimento em 
repouso ou para além dele, é a sua capacidade de se estirar.
ELASTICIDADE: depois de serem estirados, os músculos retornam ao seu 
comprimento original em repouso, ou seja, é o retorno ao seu local de 
origem após o estiramento.
Características gerais dos tecidos 
musculares
Células alongadas que compõem a fibra muscular, no músculo liso essas 
células são fusiformes. Presença de miofibrilas, proteínas contráteis 
dentro das fibras.
Dentro das fibras musculares têm as miofibrilas que são guardadas nos 
sarcômeros.
ENDOMÍSIO: recobre uma fibra muscular.→
PERIMÍSIO: recobre o feixe muscular (conjunto de fibras 
musculares).
→
EPIMÍSIO: recobre o conjunto de feixes musculares.→
Revestimento por tecido conjuntivo:
Por que o músculo não tem células, mas 
sim fibras?
A sua origem embrionária é a partir do mesoderma, no mesoderma 
ocorre a diferenciação celular. A célula embrionária do músculo é o 
mioblasto, esses mioblastos começaram a se juntar, formando um 
sincício (agrupamento de células para ter uma determinada função), 
 Página 20 
MIÓCITO: sinônimo de fibras musculares.→
através desse sincício, ocorre a formação das fibras musculares (conjunto 
de mioblastos), não tem células separadas.
Diferenças entre as células musculares
Características Lisa Estriada Cardíaca
Forma fusiforme filamentar filamentar ramificada 
(anastosomada)
Tamanho 
(valores médios)
diâmetro: 7mm.
Comprimento: 
100 mm.
30 mm 
centímetros
15 mm 
100 mm
Estrias 
transversais
não há há há
Núcleo um central muitos 
periféricos 
(sincício)
um central
Discos 
intercalares
não há não há há
Contração lenta e 
involuntária
rápida e 
voluntária
rápida e involuntária
Apresentação formam 
camadas 
envolvendo 
órgãos
formam 
pacotes bem 
definidos, os 
músculos 
esqueléticos
formam as paredes 
do coração 
(miocárdio).
Musculatura estriada esquelética
Recebe esse nome por estar preso a um osso, sua origem e inserção é em 
um osso. É estriado pois as proteínas contráteis presentes nos sarcômeros 
(actina e miosina) estão distribuídas de forma própria.
PROTEÍNAS CONTRÁTEIS -> actina e miosina.
Já o músculo liso, recebe esse nome pelo fato de não estar organizado em 
sarcômeros dispostos paralelamente, seus sarcômeros estão 
desorganizados, não formando estrias.
Células do tecido muscular esquelético: fibras com presença de miofibrilas.
Miócito - constituído por inúmeras células musculares.
Durante o desenvolvimento embrionário, produzem grande quantidade de 
proteínas que se fundem, formando filamentos contráteis chamados
de miofibrilas.
Histologicamente, a fibra muscular apresenta padrão definido de estrias 
transversais claras e escuras alternadas, decorrente do arranjo das
proteínas actina e miosina.
As fibras musculares estriadas esqueléticas recebem essa denominação 
devido ao seu formato alongado, cada fibra é um aglomerado de células 
formadas embriologicamente.
Nas fibras musculares, podemos encontrar as proteínas contráteis, 
chamadas de actina e miosina, dispostas em unidades chamadas de 
SARCÔMEROS.
Fibra muscular estriada esquelética revestida por um envoltório: 
endomísio.
Feixe de fibras revestida por um envoltório: perimísio.
Conjunto de feixes de fibra revestida por um envoltório: epimísio
ENDOMÍSIO + MEMBRANA PLASMÁTICA = SARCOLEMA
DOBRAMENTOS DA MEMBRANA PLASMÁTICA = TÚBULOS T
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO = RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO
CITOPLASMA = SARCOPLASMA
Difícil separar o endomísio da membrana plasmática.
O retículo endoplasmático rugoso faz a produção de proteínas, enquanto 
que o retículo endoplasmático liso faz o armazenamento e produção de 
enzimas, as enzimas microssomais.
RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO: armazenamento de cálcio, pois só tem a 
contração muscular por causa do cálcio.
As invaginações são os túbulos T, para cada fibra muscular tem um 
neurônio do sistema nervoso somático. Faz o transporte do potencial de 
ação, corre pela membrana plasmática para transportar o potencial de 
ação, quando tem a sinapse os retículos liberam o cálcio, o retículo foi 
colocado nesse ponto para receber o potencial de ação.
Também tem núcleos, multinucleados e na periferia.
Organização dos sarcômeros
As miofibrilas apresentam um padrão de faixas transversais, cada 
unidade de repetição denomina-se sarcômero.
DELIMITAÇÃO DO SARCÔMERO -> linha Z.
Para que a contração muscular aconteça, é necessário íons de cálcio e 
de energia armazenada nas moléculas de ATP. O estímulo nervoso chega 
até as células musculares esqueléticas através dos neurônios 
musculares. Na placa motora, o impulso nervoso que chega, provoca 
liberação de acetilcolina, que torna o sarcolema permeável ao sódio.
Dentro das fibras musculares têm unidades contráteis chamadas de 
sarcômeros, que contém proteínas contráteis (actina e miosina), a linha 
Z delimita o sarcômero, a actina está presa na linha Z e no meio a 
miosina. Durante a contração, a miosina fica parada, quem se movimenta 
é a actina, indo de encontro com a miosina, se contraindo. A miosina tem 
estruturas ligantes para a actina, durante a contração temos o 
deslizamento da actina sobre a miosina.
O neurônio dispara o potencial de ação, o neurônio do sistema nervoso 
somático, fazendo a liberação de cálcio e ATP (energia) para a 
contração.
 Página 21 
FAIXAS CLARAS: região onde não há sobreposição de actina e 
miosina.
→
FAIXAS ESCURAS: região onde há sobreposição de actina e miosina.→
Constituído por 3 faixas claras e 2 faixas escuras:
BANDA I: apenas filamentos de actina.
BANDA A: apenas filamentos de miosina.
O sarcômero é o espaço delimitado que contém filamentos contráteis, que 
é a actina e a miosina. Através da movimentação da actina e da miosina 
temos a contração e relaxamento.
A actina é constituída de 4 estruturas, sendo formada por 2 filamentos de 
actina, 1 filamento de tropomiosina e várias troponinas. A tropomiosina e as 
troponinas não são contráteis, mas auxiliam no processo de contração 
muscular (proteínas não contráteis) e a actina são contráteis.
Mecanismo da contração muscular
Na contração das fibras musculares esqueléticas, ocorre o encurtamento 
dos sarcômeros: filamentos de actina deslizam sobre a miosina em pontos 
de união que se formam entre esses dois filamentos, levandoà formação 
da actomiosina.
Para esse deslizamento acontecer, há a participação de grande quantidade 
de dois elementos importantes:
íons cálcio e ATP
Nesse caso, cabe à molécula de miosina o papel de hidrolisar o ATP, 
liberando a energia necessária para a ocorrência de contração.
Um neurônio do sistema nervoso somático chega na fibra muscular, o 
neurônio vai estimular fazendo uma sinapse com a fibra muscular, libera 
acetilcolina na fenda sináptica que se liga nos receptores nicotínicos
presente na fibra muscular, proporciona que as organelas citoplasmáticas 
armazenadoras de cálcio (retículo sarcoplasmático) se abram e liberem o 
cálcio no momento da neurotransmissão, sendo liberado no citoplasma 
(espaço onde fica as organelas), esse cálcio se liga na troponina, toda vez 
que o cálcio liga-se na troponina, acontece dois efeitos fisiológicos. O ponto 
de ativação é um canal com um flap que abre e fecha, sendo um espaço 
presente na actina, o canal fica tampado pelo filamento de tropomiosina, 
sendo o flap, deixando o ponto de ativação disponível ou fechando-o.
A tropomiosina é o filamento que disponibiliza o ponto de ativação ou não, 
quando a tropomiosina está sofrendo a contração a contração o ponto 
de ativação fica aberto, quando ela está relaxada, ocorre a oclusão do 
ponto.
Toda vez que contrai o músculo, a cabeça da miosina se encaixa no 
ponto de ativação e movimenta a actina, se o ponto está fechado, a 
miosina não consegue se encaixar e movimentar o músculo.
O cálcio ligado na troponina expõe o ponto de ativação, fazendo com que 
a actina se movimente.
CABEÇA DA MIOSINA OU BRAÇO DA MIOSINA.
Para que o cálcio seja liberado no citoplasma, precisa de um potencial de 
ação.
ENQUANTO TEM ACETILCOLINA TEM A CONTRAÇÃO MUSCULAR, É 
CESSADA QUANDO A ACETILCOLINA É CLIVADA PELA 
ACETILCOLINESTERASE.
A miosina fica parada no processo de contração muscular.
Anexo as pás de miosina têm as moléculas de ATP (forma de energia 
inativa), toda vez que o cálcio se liga na troponina, vai sofrer um 
processo chamado de FOSFORILAÇÃO, transformando o ATP em ADP +
P, enquanto tiver ATP a cabeça da miosina estará abaixada. Quando o 
cálcio se liga, o ATP é quebrado em sua forma ativa, formando o ADP +
P, o P solto é a forma de energia, fazendo a pá se levantar e se 
encaixar na actina e acontece a contração.
Quando some a acetilcolina da fenda, o cálcio volta para o retículo 
sarcoplasmático, a tropomiosina oclui o ponto de ativação e o ATP se 
forma, dessa forma, o músculo volta na sua forma de relaxamento.
Para a contração cessar, a acetilcolinesterase começa a degradar a 
acetilcolina, fazendo o estímulo parar.
JUNÇÃO NEUROMUSCULAR: acetilcolina é o neurotransmissor.
ATP.1.
FOSFATO DE CREATINA: doa fosfato.2.
GLICOGÊNIO: glicose + glicose + glicose + glicose...3.
NEOGLICOGÊNIO.4.
Metabolismo celular
 Página 22 
O carboidrato é o alimento que mais fornece ATP, o carboidrato é 
transformado em glicose. O ATP preso na miosina veio da transformação 
da glicose em ATP na mitocôndria, dentro das fibras musculares tem muita 
mitocôndria. O ATP sai dessa mitocôndria e vai para a miosina, sendo 
rapidamente degradado e reposto, para ser reposto tem uma sequência 
para a sua produção.
Outra forma de colocar ATP é usando o fosfato de creatina, presente na 
mitocôndria, doando fosfato para energia.
O ATP é transformado em ADP + P, o P fica sendo reposto pelo fosfato 
de creatina, resulta em ATP que volta para miosina e é quebrado formando 
ADP + P.
A primeira fonte de energia que é utilizada para reconstituir o ATP é o 
composto fosfocreatina, que contém uma ligação fosfato de alta energia 
semelhante à do ATP. Essa ligação fosfato de alta energia da fosfocreatina 
contém quantidade pouco maior de energia livre que a do ATP. Como 
resultado, a fosfocreatina é clivada de imediato e a energia liberada 
provoca a ligação de novo íon fosfato ao ADP, para reconstituir o ATP.
O fosfato de creatina é quebrado para a doação de um fosfato, que irá 
para o ADP formando ATP que será clivado para a liberação de ADP + P, 
como produto final dessa reação irreversível é a liberação da creatinina que 
é excretada na urina.
Chega uma hora que o fosfato de creatina ou fosfocreatina acaba, 
durante a ingestão de carboidratos, o organismo armazena um pouco de 
glicose na fibra muscular e no fígado, onde ocorre a sua junção para a 
formação do glicogênio. Quando acaba o fosfato de creatina ocorre a 
quebra do glicogênio em glicose, sendo a glicose utilizada como fonte de 
energia. Essa glicose entra na mitocôndria sendo fonte para a produção de 
ATP.
Quando falta carboidrato e tem um estresse muscular, a adrenalina 
é liberada junto com o glucagon.
→
Proteínas também podem ser utilizadas na produção de ATP.→
O produto da quebra da glicose gera ácido lático (em excesso causa 
intoxicação nas fibras musculares, resultando em cãibras), ácido 
pirúvico e ATP.
→
O ácido lático e o ácido pirúvico também podem formar ATP.→
Libera subprodutos chamados de corpos cetônicos, são tóxicos para 
os neurônios.
→
Na neoglicogênese, temos a obtenção de ATP através de outras fontes 
não-glicídicas, como os lipídios, proteínas, ácido pirúvico e ácido lático. 
Nutrientes que não são carboidratos, quando excede a quantidade de 
carboidrato o corpo o armazena na forma de lipídio, sendo encaminhado 
para dentro do adipócito e formando ácido graxo + glicerol. Quando não tem 
carboidrato e precisa de energia, o glucagon retira o açúcar/lipídio que foi 
armazenado e joga na corrente sanguínea, a insulina encaminha para a 
célula como fonte energética para a produção de ATP.
Energia para a contração muscular
A energia para a contração muscular é suprida por moléculas de ATP 
produzidas durante a respiração celular.
O ATP atua tanto na ligação da miosina à actina quanto em sua separação, 
que ocorre durante o relaxamento muscular.
A quantidade de ATP presente na célula muscular é suficiente para suprir 
apenas alguns segundos de atividade muscular intensa.
A principal reserva de energia nas células musculares é uma substância 
denominada fosfato de creatina.
A energia é inicialmente fornecida pela respiração celular e armazenada 
como fosfocreatina e na forma de ATP.
Quando a fibra muscular necessita de energia para manter a contração, 
grupos fosfatos ricos em energia são transferidos da fosfocreatina para o
ADP, que se transforma em ATP.
Quando o trabalho muscular é intenso, as células musculares repõem 
seus estoques de ATP e de fosfocreatina pela intensificação da 
respiração celular.
Para isso utilizam o glicogênio armazenado no citoplasma das fibras 
musculares como combustível.
Músculo esquelético cardíaco
Fibras cardíacas são interconectadas umas com as outras. Estão 
organizadas paralelamente, e fisicamente conectadas por junções que 
permitem a condução de um estímulo de uma fibra para a outra.
Entre as fibras, há a interposição de um disco intercalar, apresenta 
túbulos T e retículo sarcoplasmático menos desenvolvido que no estriado 
esquelético.
O cálcio para contração provém principalmente do meio extracelular. 
Controle involuntário, com contração rítmica e espontânea. Responsável 
pelo batimento do coração, que impulsiona o sangue na circulação.
O estímulo que inicia a contração é gerado por um conjunto de células 
musculares cardíacas especializadas localizadas no nódulo sinoatrial e
conduzido por outras células especializadas denominadas: células de 
Purkinje
O estímulo é passado entre células adjacentes através de junções GAP 
que estabelecem uma continuidade entre fibras musculares cardíacas e
que permite que elas trabalhem juntas.
Músculo liso
As fibras nervosas autonômicas que inervam o músculo liso se ramificam 
por sobre uma lâmina de fibras musculares. Substâncias transmissoras 
excitatórias e inibitórias na junção neuromuscular são responsáveis pelo 
estímulo da contração muscular.
Acetilcolina e Norepinefrina
Quando a acetilcolina excita uma fibra muscular, a norepinefrina em 
geral a inibe, inversamente, quandoa acetilcolina inibe uma fibra, a 
norepinefrina em geral a excita.
Despolarização da membrana (estímulo).→
Cavéolas do sarcolema contém cálcio (meio extracelular).→
Migração dos íons cálcio para o sarcoplasma (passivo).→
Cálcio se combina com a calmodulina.→
Complexo calmodulina-Ca2+ ativa a enzima cinase da cadeia leve 
de miosina II, fosforilando-a.
→
Miosina II fosforilada assume forma de filamento, descobrindo os 
sítios com atividade de ATPase e se combina com actina.
→
Liberação de energia do ATP para deformação da cabeça da 
miosina II e o deslizamento dos filamentos de actina e miosina II 
uns sobre os outros.
→
FIBRAS LENTAS: muito oxidativas, músculo vermelho.1.
FIBRAS RÁPIDAS: não precisam de oxigênio, músculo branco.2.
O sistema muscular apresenta 2 tipos de fibras:
Definição
Conjunto de órgãos que produzem secreções denominadas hormônios, 
que são lançados na corrente sanguínea e irão atuar em outra parte do 
organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função.
Os órgãos que tem sua função controlada ou regulada pelos hormônios 
 Página 23 
são denominados órgãos-alvo.
É um sistema de controle paralelo do organismo animal, sendo um controle 
via hormonal, se soma ao sistema nervoso central. A substância liberada 
são os hormônios, sendo que, uma vez que caem na corrente sanguínea 
irão para as células-alvo (células específicas), faz o controle das funções 
corporais. As células-alvo faz com que as células desempenhem uma função 
específica.
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS: cai na corrente sanguínea.1.
GLÂNDULAS EXÓCRINAS: liberadas fora do corpo, consegue 
visualizar.
2.
Tem dois tipos de glândulas:
Ação hormonal
Os hormônios são os primeiros mensageiros do sistema endócrino.
hormônio -> célula-alvo -> modificações
HORMÔNIOS ESTERÓIDES: cortisol, aldosterona, estradiol, progesterona e 
testosterona.
HORMÔNIOS PEPTÍDICOS: insulina e glucagon. 
CATECOLAMINAS: epinefrina e norepinefrina (adrenalina e noradrenalina).
Realizando uma comparação do sistema nervoso com o sistema endócrino, 
é visto que, o sistema nervoso para efetuar a sua ação libera os 
neurotransmissores, enquanto que o sistema endócrino libera os hormônios.
O funcionamento dos órgãos são influenciados por reguladores neurais, 
parácrinos e endócrinos. Cada tipo de regulador químico se liga de uma 
maneira específica a um receptor proteico na superfície ou dentro da 
célula do órgão-alvo.
O neurônio sensitivo é o neurônio aferente, que leva a informação. Quando 
a informação chega no tálamo e ponte, são transferidas para as outras 
regiões do sistema nervoso central. Esse sistema nervoso central tem que 
responder com algo líquido (ex. urina, sangue, saliva, hormônios e etc), 
quando a resposta tem que ser hormonal, ela vai para o diencéfalo, onde se 
localiza o tálamo, epitálamo, hipotálamo e hipófise. Dentro do diencéfalo tem 
o hipotálamo, sendo uma região NEURO-ENDÓCRINA, essa região só não 
controla a liberação de insulina e glucagon, mas, os outros hormônios ele 
controla. Também faz o controle da hipófise, que manda nos outros 
hormônios.
Dentro do sistema endócrino tem uma hierarquia, sendo o hipotálamo que 
controla a hipófise, a hipófise que pega a informação do hipotálamo e faz a 
liberação doo hormônio para ser encaminhado até a célula-alvo.
O hipotálamo libera hormônios hipotalâmicos que irão atuar na hipófise, a 
hipófise libera os hormônios hipofisários que irão atuar na tireoide, ovários, 
testículos, adrenais, ossos, glândulas mamárias (atua em todas as glândulas 
endócrinas do corpo animal).
O hipotálamo tem vários hormônios, conforme o tipo de hormônio 
hipotalâmico (um hormônio específico) a hipófise terá uma resposta.
Transdução do sinal
Mecanismos pelo qual os hormônios interagem com a células para efetuar 
mudanças nos processos intracelulares.
Inicia-se com a ligação do hormônio a seu receptor e prossegue com o 
acoplamento do complexo formado a uma proteína G, o que leva a 
produção de um segundo mensageiro.
PROTEÍNA G: transforma o sinal molecular externo em sinal intracelular.
Glândulas
Os hormônios são normalmente produzidos pelas glândulas.
EX: hipotálamo, hipófise, tireoide, paratireoide, adrenal, pineal, gônadas, 
pâncreas...
Manutenção do meio interno.→
Integração e regulação do crescimento e desenvolvimento.→
Controle e manutenção dos diferentes aspectos da reprodução.→
Funções principais do sistema endócrino
Hormônios
Substâncias químicas produzidas por glândulas especializadas sem ductos, 
liberadas no sangue e carreadas para produzir efeitos reguladores 
específicos. Agem especificamente em células-alvo.
São mediadores de funções, produzidos pelas glândulas endócrinas, 
liberam a substância na corrente sanguínea, produz hormônios.
GLÂNDULAS EXÓCRINAS: lacrimal, salivar, mamária, sudoríparas, 
sebáceas. Substâncias liberadas para fora do corpo, em um lúmen.
Os hormônios são mediadores de funções, onde ao se ligar em 
receptores específicos em uma célula, essa célula irá executar uma 
determinada função.
Os hormônios podem ter base proteica, amina e esteroidal, conforme a 
sua estrutura química.
PEPTÍDEOS/PROTEÍNAS: compreende a maioria dos hormônios.→
AMINAS: derivados da tirosina, incluem epinefrina, norepinefrina 
e hormônios da tireoide.
→
ESTERÓIDES: derivados do colesterol, incluem hormônios sexuais e 
vitamina D.
→
Mecanismo de controle de 
retroalimentação
O controle de retroalimentação mais importante para os hormônios é o 
feedback negativo, no qual a concentração aumentada de um hormônio 
resulta em menor produção desse hormônio, geralmente por uma 
interação com o hipotálamo ou hipófise.
Seu mecanismo de funcionamento, na maioria das vezes, para que 
 Página 24 
EXEMPLO: insulina/glucagon controla os níveis de açúcar no sangue, 
quando o animal come a quantidade de açúcar aumenta, ou seja, a 
glicose. A glicose entra na mitocôndria e é transformada em ATP, a 
glicose consegue adentrar a mitocôndria pela ação da INSULINA, que 
facilita a sua entrada. A glicose que sobra é armazenada no tecido 
adiposo, quando o organismo precisa de energia novamente, o 
GLUCAGON retira o triglicerídeo para que ele seja quebrado em 
ácido graxo mais glicerol para que ocorra a formação de ATP, esses 
dois hormônios são inversamente proporcionais, ou seja, quando a 
concentração de insulina está alta a de glucagon está baixa, quando 
a concentração de glucagon está alta a de insulina está baixa. Isso 
recebe o nome de feedback negativo.
→
ocorra uma determinada função é necessários dois comandos.
Quando tem bastante glicose a insulina está alta, quando diminui a 
glicose o glucagon irá aumentar e começar a retirar a glicose 
armazenada (glicogênio e triglicerídeos) aumentando-a, e com isso, 
aumenta a insulina e diminui glucagon.
→
INSULINA: leva a glicose para dentro da célula, seja para a formação 
de ATP ou para o seu armazenamento na forma de triglicerídeo 
(tecido adiposo) e glicogênio (tecido muscular e hepático).
→
GLUCAGON: quebra o triglicerídeo ou glicogênio para a liberação de 
glicose, após a liberação, retira a glicose da célula e a deposita na 
corrente sanguínea.
→
Hipotálamo
Pequena área no SNC responsabilizada por fenômenos vitais dentro do 
organismo animal.
Exerce ação direta sobre a hipófise e indireta sobre outras glândulas, 
tais como: adrenal, gônadas, tireoide, mamárias e ainda sobre vários 
tecidos orgânicos.
Age sobre a regulação do metabolismo em geral, através dos vários 
centros que influenciam no sono/vigília, fome, sede e entre outras, a 
partir da sensibilização dos diferentes receptores que despolarizam 
quando a composição do sangue é alterada, a temperatura...
hormônio 
hipotalâmico
nome hormônio 
hipofisário
ação
GnRH Hormônio Liberador 
de Gonadotrofina
FSH/LH ação sobre 
testículos e ovários
TRH Hormônio Liberador 
de Tireotrofina
TSH ação sobre a 
tireoide
CRH Hormônio Liberador 
de Corticotrofina
ACTH ação sobre o 
córtex da adrenal
GHRH Hormônio Liberador 
de GH
SOMATOTRO
FINA
ação sobreo 
metabolismo em 
geral
GHRIH Hormônio Inibidor da 
Liberação do GH
PRF Fator Liberador de 
Prolactina
PROLACTINA ação sobre 
glândulas mamárias
PIF Fator Inibidor da 
Prolactina
MSHRF Fator Liberador de 
MSH
MSH ação sobre os 
melanóforos 
Neurotransmissor
MSHIF Fator Inibidor de 
MSH
Age na hipófise, os hormônios hipotalâmicos que irão agir na hipófise. O 
hipotálamo tem dois hormônios que não agem na hipófise, sendo eles: 
hormônio antidiurético (ADH) e ocitocina, são hormônios hipotalâmicos que 
irão ser armazenados na hipófise posterior, a hipófise anterior produz 
hormônios. 
A adrenalina é produzida na medula da glândula adrenal.
Hipófise
Localizada na base do cérebro e envolvida pela dura-máter, exceto onde 
está ligada ao assoalho do diencéfalo pelo infundíbulo. 
ADENOHIPÓFISE: responsável pela secreção de ACTH, TSH, FSH, 
LH, GH, PRL. É a parte da frente da hipófise, sendo a hipófise 
anterior, formada por tecido conjuntivo.
1.
ACHT -> adrenocorticotrófico. →
TSH -> tireotrófico.→
GH -> somatotrópico.→
FSH e LH -> gonadotróficos. O LH é o hormônio luteinizante e o 
FSH o hormônio folículo estimulante.
→
PRL -> prolactina.→
NEUROHIPÓFISE: responsável pelo e liberação de ADH e 
OCITOCINA/OXITOCINA. É a hipófise posterior, localizada na parte 
detrás da hipófise, constituída de neurônios por ter uma conexão 
direta com o hipotálamo.
2.
É dividida em ADENOHIPÓFISE e NEUROHIPÓFISE.
 Página 25 
CÉLULAS SOMATOTRÓPICAS: secretam o hormônio do crescimento.1.
CÉLULAS CORTICOTRÓPICAS: secretam hormônios 
adrenocorticotrópicos e beta-lipotropina).
2.
CÉLULAS MAMOTRÓPICAS: secretam prolactina.3.
CÉLULAS TIREOTRÓPICAS: secretam o hormônio estimulante da 
tireoide.
4.
CÉLULAS GONADOTRÓPICAS: secretam os hormônios folículo 
estimulante e luteinizante).
5.
Cinco diferentes tipos de células secretoras:
Hormônio do crescimento (GH)
Produzido pela hipófise através de um controle hipotalâmico, atuam nos 
ossos e músculos (músculo estriado esquelético), estimulam a mitose óssea 
e estiramento do músculo. Enquanto estiver na fase de filhote e pré-
puberdade, tem uma alta concentração de GH e quando chega na 
puberdade, a quantidade de GH diminui até chegar em quantidades basais.
O GH estimula a mitose. OS HORMÔNIOS TRABALHAM EM FEEDBACK 
NEGATIVO.
Age no crescimento de vários tecidos e órgãos, particularmente ossos, 
como resultado da estimulação da síntese proteica.
Na infância, sua deficiência leva a um quadro de nanismo hipofisário, 
provocando baixa estatura, e seu excesso leva a um quadro de gigantismo, 
caracterizado por crescimento exagerado de todo o organismo.
O excesso, no adulto, provoca aumento das extremidades, conhecido como 
acromegalia.
Mobiliza ácidos graxos e promove melhor aproveitamento deste para o 
consumo de energia.
Melhora a eficiência do uso da glicose no organismo, reduzindo o consumo 
da mesma. 
EFEITO ESTIMULANTE NAS CÉLULAS SOMÁTICAS (corpos celulares).
Associado ao aumento do tamanho corpóreo. Promove o crescimento dos 
tecidos no corpo. Aumenta o tamanho das células e estimula mitose (divisão 
celular).
Estimula o fígado a formar várias e pequenas proteínas (somatomedinas) 
que atuam na cartilagem e nos ossos - promotores de crescimento.
Hormônio necessário durante a vida toda e não somente durante a fase de 
crescimento, pois: aumenta a síntese proteica em todas as células 
corpóreas.
Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)
Age na região cortical da glândula suprarrenal (adrenal), estimulando-a a 
produzir os hormônios cortisol e aldosterona. 
É um hormônio hipofisário que age na glândula adrenal ou suprarrenal, a 
adrenal se divide em medular e cortical, esse hormônio atua na porção 
cortical, não atua na porção medular pois lá é produzido adrenalina que 
tem o comando de produção através do sistema nervoso simpático. O 
córtex produz os hormônios cortisol, glicocorticoides e aldosterona.
Prolactina (PRL)
Atua estimulando a produção de leite pelas glândulas mamárias durante a 
lactação.
Faz feedback negativo com o GnRH (exceção: égua e porca).
Hormônio responsável pela produção de leite, apenas pela produção, não 
realiza a ejeção, a ejeção é controlada pela ocitocina. A prolactina é 
produzida pelo comando hipofisário e também pode ser liberada pelo ato 
de sugar.
Hormônio folículo estimulante (FSH) -
gonadotrofina
Age nos ovários, estimulando o desenvolvimento dos folículos ovarianos, 
no interior dos quais ocorre a maturação dos óvulos.
Nos machos, estimula a formação dos espermatozoides.
Hormônio produzido pela hipófise, responsável por induzir o crescimento 
dos folículos ovarianos, que passam a produzir estrogênio. O aumento 
dos níveis de FSH induz o espessamento da parede interna do útero, 
aumentando a sua vascularização.
Hormônio luteinizante (LH) -
gonadotrofina
Age na ruptura dos folículos ovarianos, o que resulta na liberação do 
óvulo..
Após a ruptura, o folículo transforma-se no corpo lúteo. Nos machos, 
age nos testículos, estimulando a síntese de testosterona.
Presente em altas taxas desde a ovulação, formando o corpo lúteo que 
é responsável junto com a placenta pela produção de progesterona. 
O hipotálamo libera na corrente sanguínea o GnRH que controla toda a 
cascata de hormônios sexuais), o GnRH atua na hipófise para a produção 
do FSH e LH, ambos hormônios atuam nos ovários e testículos 
 Página 26 
para a produção dos gametas e hormônios sexuais, que posteriormente, 
irão secretar progesterona, testosterona e estrogênio. O LH e o FSH 
comandam a produção de hormônios sexuais secundários e gametas.
Para o hipotálamo começar a produzir o GnRH, o animal tem que entrar na 
puberdade, que é a maturidade sexual, isso dependerá dos níveis de GH, que 
sofre uma regressão no final da adolescência e início da puberdade, peso
(sendo que, quanto mais pesado o indivíduo mais rápido ele entra na 
puberdade) e a luminosidade do ambiente (quanto maior a luminosidade mais 
rápido entra na puberdade).
O FSH é o primeiro hormônio a ser liberado, produz os gametas. Nas 
fêmeas durante o desenvolvimento embrionário já nasce com um número 
pré-determinado de ovócitos, esses ovócitos ficam estacionados em uma 
fase específica da meiose (fase I), quando a fêmea entra na puberdade 
produz o FSH que estimula o ovócito I a continuar a gametogênese e 
formar o ovócito II. Nos machos, os testículos são responsáveis pela 
produção dos espermatozoides (a fêmea não produz óvulos, os ovários são 
responsáveis apenas pelo armazenamento e maturação dos mesmos), o 
início da espermatogênese se dá pelo FSH, o FSH em fêmeas também 
estimula a liberação de outro hormônio, que é o estrogênio.
Quando o óvulo está prestes a ser liberado, o corpo produz o LH que 
estimula a liberação de progesterona, induzindo a ovulação e também sendo 
o hormônio da gestação.
A progesterona faz feedback negativo com o GnRH. O anticoncepcional tem 
como princípio ativo aa progesterona.
GnRH -> hormônio liberador do GH (gonadotrofina).
Hormônio estimulante da glândula 
tireoide (TSH)
Age estimulando a síntese os hormônios tireoidianos, os quais atuarão na 
regulação do metabolismo celular.
O TSH é um hormônio hipofisário, faz a tireoide produzir T3, T4 e 
calcitonina. 
O hipotálamo libera o TRH que irá agir na hipófise. A hipófise irá produzir o 
TSH que atuará na tireoide, que por fim, liberará o T3, T4 e calcitonina (pela 
ausência dos hormônios da tireoide no sangue, o hipotálamo entende que é 
necessário começar a liberação do TRH).
Hormônio melanotrófico (MSH)
Relacionado à coloração da pele em anfíbios e répteis, principalmente em 
ocasiões de camuflagem ou de corte nupcial -> mudança de cor para atrair 
a fêmea.
O hipotálamo libera o MSHRF que vai na hipófise e libera o MSH que atuará 
nos melanócitos.
Ocitocina (OT) e antidiurético (ADH)
Porção posterior libera dois hormônios que são produzidos pelo hipotálamo: 
a ocitocina e o hormônio antidiurético.
A ocitocina estimula a contração uterina durante o trabalho de parto e a 
contração dos músculos lisosdas glândulas mamárias na expulsão do leite.
O hormônio antidiurético, cuja sigla é ADH, atua nos túbulos renais, 
promovendo a reabsorção de água.
A ocitocina e o antidiurético são produzidos pelo hipotálamo e armazenados 
na neurohipófise, a ocitocina atua na musculatura lisa das glândulas 
mamárias e na contração uterina. O antidiurético, quando cai a 
porcentagem de água no organismo, ou seja, a volemia (volume hídrico) cai, 
o hipotálamo libera o ADH (que é armazenado na neurohipófise) para atuar 
nos túbulos renais, aumentando a reabsorção de água e fazendo com que 
ela volte a circular e reestabeleça o volume hídrico do corpo.
VOLEMIA -> volume circulante.
Tireoide
Localiza-se no pescoço, logo abaixo das cartilagens da glote, sobre a 
porção inicial da traqueia.
Hormônios tiroxina e triiodotironina, que contêm respectivamente, quatro 
e três átomos de iodo em suas moléculas.
Entre as espécies com glândulas com istmo temos o homem, o cavalo, o 
cão, o bovino e o carneiro.
Nas aves, os lobos são ovoides e completamente separados, não 
justapostos à traqueia muito próximos das veias jugulares.
Os hormônios tireoidianos também são lipofílicos, pertencem ao grupo 
das aminas (são derivados de aminoácidos).
Característica adicional: hormônios sintetizados com aminoácidos e iodo.
TETRAIODOTIRONINA -> tiroxina T4
TRIIODOTIRONINA -> tiroxina T3
TSH (hormônio estimulante da tireoide): responsável pela ligação do iodo.
T3 e T4: combinam-se com proteínas plasmáticas no sangue.
FUNÇÃO PRINCIPAL: capacidade de aumentar o calor interno do corpo 
elevando a taxa de consumo de oxigênio.
HORMÔNIOS DA TIREOIDE: estimulam as atividades metabólicas da 
maioria dos tecidos do corpo. A calcitonina é um hormônio produzido pela 
tireoide e é responsável pelo controle da hipercalcemia (excesso de 
cálcio no organismo), inibe a reabsorção óssea osteoclástica de cálcio, 
diminuindo a concentração do mesmo no plasma sanguíneo, é antagônico 
ao paratormônio (hormônio da paratireoide). 
feedback, estímulos neurais vindos de dentro ou de fora do 
corpo. 
→
Início do processo secretor se deve a diversos fatores, tais como:
A ativação do hipotálamo promove a liberação do hormônio liberador de 
TSH.
 Página 27 
O controle da tireoide é exercido pelo hipotálamo. O hipotálamo consegue 
perceber a diminuição dos hormônios tireoidianos pela corrente sanguínea.
O hipotálamo começa a produzir TRH (hormônio hipotalâmico) pela queda ou 
ausência de T3 e T4 na corrente sanguínea, essa queda é percebida pelos 
osmorreceptores. Após a secreção do TRH, ele irá agir na hipófise 
estimulando-a a produzir o TSH, por sua vez, o TSH agirá na tireoide 
estimulando a liberação de T3 e T4 (principalmente, as baixas 
concentrações de T4 que faz o hipotálamo liberar o TRH), com a liberação 
desses hormônios, aumenta a concentração de T3 e T4 na corrente 
sanguínea, quando chega nos seus níveis ideais, o hipotálamo cessa a 
liberação de TRH.
T3 e T4 faz feedback negativo com o TRH. 
Altos níveis de T3 e T4 -> baixa concentração de TRH
Baixos níveis de T3 e T4 -> alta concentração de TRH
A calcitonina não é por controle hipotalâmico, o cálcio que realiza esse 
controle.
Transcrição nuclear de grande número de genes, agindo 
principalmente nas mitocôndrias;
→
Aumento generalizado do metabolismo corporal como carboidratos e 
lipídios; Produzem calor;
→
Transporte ativo nas membranas por serem lipofílicos;→
O T3 e T4 fazem as células trabalharem mais depressa, auxiliam na 
produção de ATP, toda vez que tem esses hormônios é para o metabolismo 
celular manter um certo nível. As duas doenças endócrinas envolvendo 
esses hormônios, são: hipotireoidismo (baixas concentrações dos hormônios 
tireoidianos) e hipertireoidismo (altas concentrações dos hormônios 
tireoidianos).
Aumentam a absorção de glicose intestinal e facilitam o transporte 
de glicose para o tecido adiposo e o músculo.
→
Facilitam a absorção, nas células, de glicose medicada pela insulina.→
Facilita a formação de glicogênio pelo fígado.→
Aumentam a absorção de aminoácidos por tecidos e sistemas 
enzimáticos envolvidos na síntese proteica.
→
Os hormônios da tireoide (T3 e T4, sendo o T4 o carro chefe dos 
hormônios tireoidianos) auxiliam na quebra de nutrientes geradores de ATP 
(carboidratos, lipídios e proteínas). Aumentam o metabolismo celular numa 
quantidade ideal.
O T3 e T4 trabalham com a insulina, fazem com que a glicose entre na 
mitocôndria para ser transformada em ATP, a glicose é o principal 
monossacarídeo.
carboidrato -> quebra -> glicose -> mitocôndria -> ATP
Aumentam a quebra das gorduras, disponibilizando os ácidos graxos.→
Reduzem o colesterol plasmático.→
Aumentam a absorção celular de lipoproteínas de baixa densidade.→
Quando se esgota a glicose circulante, é usado os polissacarídeos 
armazenados no fígado e no músculo, que é o glicogênio, o glicogênio é 
quebrado e libera a glicose, o T3 e o T4 que realiza essa quebra do 
glicogênio, a glicose resultante entra na mitocôndria e é transformada em 
ATP. Auxiliam a quebra do glicogênio em glicose. Auxiliam a quebra do ácido 
graxo, é um substrato para utilização da célula, o ácido graxo é quebrado 
em acetil-CoA que entra na célula e é transformado em ATP. Auxiliam na 
quebra da proteína, liberando os aminoácidos que entram na célula 
formando ATP.
Aumentam a sensibilidade dos receptores adrenérgicos.→
Diminui a letargia no sistema nervoso central.→
Aumento fluxo sanguíneo.→
Aumento da frequência cardíaca e a força de contração.→
Agem no sistema cardiovascular, toda vez que libera T3 e T4 aumenta a 
sensibilidade do coração a adrenalina. A adrenalina quando liberada atua nos 
receptores adrenérgicos causando uma taquicardia (100 - 120 bpm), 
quando ocorre a liberação de hormônios tireoidianos e caem na corrente 
sanguínea, eles passam pelo coração causando um aumento da sensibilidade 
miocárdica pelas catecolaminas, fazendo o coração bater mais rápido.
p
HIPERTIREOIDISMO: taquicardia →
HIPOTIREOIDISMO: bradicardia→
Aumenta a sensibilidade do receptor pela adrenalina aumentando a sua ação 
(180 - 200 bpm, potencializa), o coração trabalha na presença de 
neurotransmissores e T3 e T4 (sensibilidade para adrenalina -> efeitos 
sinápticos).
Problemas comuns
Deficiência dos hormônios produzidos pela glândula tireoide: a triiodotironina
(T3) e a tiroxina (T4).
Essa condição provoca fadiga, sonolência, lentidão muscular, aumento do 
peso corporal, diminuição da frequência cardíaca e o desenvolvimento de
aspecto edematoso em todo o corpo.
A glândula para de funcionar e o organismo aumenta o tamanho, tentando 
fazer com que ele produza hormônios. O indivíduo tem acúmulo de gordura 
corporal, osteoporose e etc. Tratamento: T3 e T4.
receptor
 Página 28 
Doença da glândula tireoide, que se caracteriza pela hiperfunção da glândula
tireoide com consequente tirotoxicose.
Tirotoxicose é o resultado clinico, fisiológico e bioquímico resultante do 
excesso de hormônio tireoidiano.
Consome muita energia por causa do metabolismo acelerado. 
.
DIABETE MELITOS: alta ingestão de água e urina.
Calcitonina
Outro hormônio secretado pela tireoide, participa do controle da 
concentração sanguínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos 
e a saída dele para o plasma sanguíneo, estimulando sua incorporação 
pelos ossos.
Outro hormônio secretado pela tireoide é a calcitonina, que participa do 
controle da concentração sanguínea de cálcio, inibindo a remoção do 
cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sanguíneo, estimulando sua 
incorporação pelos ossos. 
Controle pela concentração de cálcio no sangue, quando tem altos níveis 
de cálcio no sangue, o cálcio em excesso vai para a cartilagem, rim, 
ureter, tecidos moles e etc. A calcitonina pega quase todo o cálcio 
circulante e coloca no osso, só que o esqueleto armazena apenas uma 
certa quantidade de cálcio, o cálcio que não é guardado tem que ser 
eliminado, seja pelo intestino ou rim, toda vez que come algo que tem 
cálcio, o cálcio vaipara a corrente sanguínea, quando tem a calcitonina o 
cálcio não é absorvido, ele passa para o intestino e é eliminado na forma 
de fezes. O cálcio circulante passa pelo rim e é eliminado na forma de 
urina, é eliminado para baixar os níveis de cálcio, acontece tudo ao 
mesmo tempo. 
depósito de cálcio nos ossos.→
diminui a absorção de cálcio via intestino.→
diminui a reabsorção de cálcio pelos rins, excreta cálcio via urina.→
Retira o cálcio da circulação sanguínea, é um hormônio para diminuir o 
cálcio circulante promovendo 3 efeitos:
Faz com que tenha uma hipocalcemia, é importante ter uma redução de 
cálcio, pois em altos níveis começa a ser depositado em tecidos moles, 
cartilagem e rim. Se aumenta o nível de cálcio, aumenta a contração 
muscular, no músculo estriado cardíaco pode levar a uma taquicardia. A 
calcitonina promove uma hipocalcemia severa, nesse momento, o 
organismo libera o paratormônio fazendo uma ação contrária, o 
paratormônio estimula a produção de osteoclasto que quebra a matriz 
óssea e libera o cálcio através da remodelagem do osso, aumenta a 
absorção de cálcio no intestino e aumenta a sua reabsorção pelo rim.
 Página 29 
A calcitonina faz feedback negativo com o paratormônio, não possuem 
correlação com a hipófise, o que fazem ser liberados é o cálcio circulante.
Hormônio Local de 
produção
Função
aldosterona adrenais ajuda na regulação do equilíbrio do sal e 
da água através de sua retenção e da 
excreção de potássio
ADH 
(vasopressina)
hipófise faz com que os rins retenham água e, 
juntamente com a aldosteronas, ajuda 
no controle da pressão arterial
corticosteroides adrenais produz efeitos disseminados por todo o 
organismo: em especial, tem uma ação 
anti-inflamatória, mantém a 
concentração sérica de açúcar, a 
pressão arterial e a força muscular, 
auxilia no controle do equilíbrio do sal e 
da água
corticotropina hipófise controla a produção e a secreção de 
hormônios do córtex adrenal
eritropoietina rins estimula a produção de eritrócitos
estrogênios ovários controla o desenvolvimento das 
características sexuais e do sistema 
reprodutivo feminino
glucagon pâncreas aumenta a concentração sérica de 
açúcar
hormônio do 
crescimento
hipófise controla o crescimento e o 
desenvolvimento, promove a produção 
de proteínas
insulina pâncreas reduz a concentração sérica de açúcar, 
afeta o metabolismo da glicose, das 
proteínas e das gorduras em todo 
corpo
LH e FSH hipófise controlam as funções reprodutoras, 
como a produção de espermatozoides e 
de sêmen, a maturação dos óvulos e os 
ciclos menstruais, controlam as 
características sexuais masculinas e 
femininas (ex. distribuição dos pelos, 
formação dos músculos, a textura e a 
espessura da pele, a voz e talvez, os 
traços da personalidade)
ocitocina hipófise produz contração da musculatura 
uterina e dos condutos das glândulas 
mamárias
paratormônio paratireoide
s
controla a formação óssea e a 
excreção do cálcio e do fósforo
prolactina hipófise inicia e mantém a produção e leite das 
glândulas mamárias
progesterona ovários prepara o revestimento do útero para 
a implantação de um ovo fertilizado e 
prepara as glândulas mamárias para a 
secreção de leite
renina e 
angiotensina
rins controlam a pressão arterial
hormônio 
tireoidiano
tireoide regula o crescimento, a maturação e a 
velocidade do metabolismo
hormônio 
estimulante da 
tireoide
hipófise estimula a produção e a secreção de 
hormônios pela tireoide
Paratireoide
1 par: suínos.→
2 pares: cães, gatos, ruminantes, equinos.→
Ficam sobre a tireoide, estão localizadas próximo às glândulas tireoides 
ou nelas embutidas. Em animais domésticos, elas consistem em:
Produzir o paratormônio.→
Elevar a concentração de cálcio e reduzir de fosfato nos líquidos 
extracelulares.
→
Atua no metabolismo ósseo e renal de cálcio e no metabolismo 
gastrintestinal do cálcio.
→
No osso, há transferência do cálcio pelo aumento da atividade 
osteoclástica e inibição osteoblástica.
→
Nos rins, aumenta a absorção de cálcio pelo túbulo contorcido 
proximal e ativa a vitamina D.
→
Importante: na absorção de cálcio no intestino.→
Química: similar a um esteroide→
Local de síntese: toda vitamina D é produzida na pele.→
O paratormônio tem o auxílio de uma vitamina, que é a VITAMINA D. A 
pele junto com os raios solares produz a vitamina D3 inativa (vitamina 
pró-D3), ao passar pelo fígado e pelo rim, forma a vitamina D ativa, 
atuando no intestino para a absorção de cálcio e nos ossos para a 
mobilização do cálcio armazenado.
 Página 30 
CAUSAS: escoamento lactacional e formação óssea fetal, as causas 
são pacientes gestantes e amamentando, sendo conduções 
hipocalcemiantes.
→
Faz com que o indivíduo fique com sequelas neurológicas e etc.→
CONSEQUÊNCIAS: distúrbios nervosos, tetania, deficiência de 
mineralização óssea -> raquitismo e osteomalácia (deformidade)
→
Osteoporose: morte dos osteoblastos aumentando o espaço 
intraósseo e deixando-o fraco.
→
CAUSAS: IRC, tumor de paratireoide, iatrogênica.→
CONSEQUÊNCIAS: calcificação de tecidos moles e parada cardíaca 
em sístole.
→
Osso de vidro: os ossos absorvem o impacto, a hipercalcemia deixa o 
osso muito duro, facilitando a sua quebra.
→
Realizada através das concentrações de cálcio livre no sangue. 
Redução dos níveis de cálcio e aumento do PTH
Aumento dos níveis de cálcio e redução do PTH
Epinefrina estimula a secreção, magnésio influencia similarmente ao cálcio, 
mas em menor impacto, e, o sono afeta a secreção.
Glândulas adrenais ou suprarrenais
São estruturas pequenas e pareadas localizadas sobre os rins e estão 
próximas da junção da veia renal e veia cava caudal.
MEDULAR1.
CORTICAL2.
A única correlação com o rim é a aldosterona. É dividida em duas regiões:
ZONA GLOMERULOSA/GLOMERULAR: produção da aldosterona 
(mineralocorticoides).
1.
ZONA FASCICULATA: produção dos glicocorticoides.2.
ZONA RETICULAR: produção de andrógenos e estrógenos.3.
Na cortical possui 3 divisões:
A medula da adrenal produz adrenalina e noradrenalina. O córtex produz 
aldosterona, glicocorticoides e esteroides sexuais (andrógenos e 
estrógenos). 5% dos hormônios sexuais são pelas glândulas adrenais, quem 
mais produz é o aparelho reprodutor.
CÓRTEX
Os hormônios do córtex da adrenal são esteroides formados principalmente 
corticosteronaa.
cortisolb.
cortisonac.
11-desidrocorticosteronad.
Glicocorticoides:1.
11-deoxicorticosteronaa.
17-hidroxideoxicorticosteronab.
aldosteronac.
Mineralocorticoides2.
do colesterol, com um total de 7 hormônios:
quando ocorre a diminuição da pressão arterial, o rim libera a 
RENINA que atua sobre o ANGIOTENSINOGÊNIO, transformando-o 
em ANGIOTENSA I. A angiotensina I é transformada em 
ANGIOTENSINA II pela ação da ENZIMA CONVERSORA DE 
ANGIOTENSINA (ECA). 
→
a renina não é produzida normalmente no corpo, pois sempre 
que tem renina ocorre o aumento da pressão arterial.
→
a presença da ANGIOTENSINA II faz com que a glândula adrenal 
libere a ALDOSTERONA, que realiza a reabsorção de sódio e 
aumenta a pressão arterial. Reabsorvendo o sódio e junto a água, 
o aumento do volume hídrico aumenta a pressão arterial.
→
ALDOSTERONA: hormônio responsável pelo aumento da pressão arterial 
através da reabsorção de sódio. Reabsorve apenas sódio. O hormônio 
antidiurético que reabsorve água, ele quem faz o controle hídrico. 
Quando ocorre a reabsorção de sódio ocorre a reabsorção de água, o 
sódio faz co-transporte de água.
os GLICOCRTICOIDES mudam a ordem energética, inibem o 
processo inflamatório (impedem a produção de prostaglandina via 
ácido hialurônico), interrompem o transporte das células de 
defesa até o ponto da inflamação, ocorrendo uma 
imunossupressão.
→
invertem o metabolismo energético, ou seja, passa a usar outras 
fontes energéticas para que a glicose seja guardada para o 
instante final, quando o animal precisar de uma energia pronta e 
rápida.
→
está correlacionado com o sistema nervoso simpático.→
o excesso causa a Síndromede Cushing.→
a escassez de glicocorticoides irá causar a Síndrome de Addison.→
GLICOCORTICOIDES: são anti-inflamatórios que altera o metabolismo 
celular. Produzido pelo córtex adrenal, o principal hormônio é o cortisol
(hormônio do estresse, pois está interligado com o sistema nervoso 
simpático), toda vez que libera ADRENALINA libera junto os 
GLICOCORTICOIDES. É liberado junto, pois no momento que libera 
ADRENALINA o animal está preparado para lutar ou fugir (sistema 
nervoso simpático -> luta ou fuga), irá liberar glicocorticoides pois ao 
lutar ou fugir o animal pode acabar se machucando e com isso, não pode 
sentir dor e precisa de energia para executar essas ações, a principal 
fonte energética é a glicose. Os glicocorticoides fazem o metabolismo 
celular ficar invertido, primeiro irá gastar ácidos graxos, depois 
proteínas e por fim, a glicose. 
SOBRE OS CARBOIDRATOS: os glicocorticoides produzem redução 
da captação e utilização da glicose e aumento da gliconeogênese, 
resultando em hiperglicemia.
→
SOBRE AS PROTEÍNAS: produzem aumento do catabolismo e 
redução do anabolismo com perda de massa muscular.
→
SOBRE AS GORDURAS: causam efeito permissivo sobre os 
hormônios lipolíticos e redistribuição da gordura.
→
SOBRE OS MEDIADORES INFLAMATÓRIOS: diminuição na →
AÇÕES METABÓLICAS DOS GLICOCORTICOIDES:
 Página 31 
produção e ação das citocinas, diminuição da produção de eicosanoide 
(prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos), diminuição da 
produção de IgG, diminuição dos componentes do complemento no 
sangue. Menor produção de histamina.
SOBRE OS ÍONS: reduzem a absorção de Ca+ e aumentam a 
excreção de Ca+ ocasionando um balanço negativo de cálcio com 
perda desses íons nos ossos – osteoporose.
→
O aumento de glicocorticoides produz ação mineralocorticoide o que 
significa retenção de sódio e excreção de K+ resultando em 
hipertensão e edema periférico.
→
AÇÕES REGULADORAS DOS GLICOCRTICOIDES: 
SOBRE O HIPOTÁLAMO: ação de retroalimentação negativa, 
resultando em diminuição da liberação dos glicocorticoides endógenos.
→
SOBRE OS EVENTOS MUSCULARES: vasodilatação reduzida e 
diminuição de exsudação de líquidos.
→
SOBRE OS EVENTOS CELULARES: redução do influxo e da atividade 
dos leucócitos, redução da atividade das células mononucleares.
→
SÍNDROME DE CUSHING
Enfermidade resultante de uma superprodução crônica de glicocorticoides 
pelo organismo.
SINAIS CLÍNICOS: aumento do consumo de água e do volume urinário, 
aumento de apetite, aumento abdominal e queda de pelos e afinamento da 
pele.
SÍNDROME DE ADDISON
Resultado da diminuição da produção de hormônios esteroides pelas 
glândulas adrenais.
SINAIS CLÍNICOS: letargia, fraqueza, distúrbios gastrointestinais e
ausência de apetite.
MEDULA
Os hormônios da medula adrenal pertencem à classe química amina e 
são: noradrenalina e adrenalina.
A cascata da produção da adrenalina e noradrenalina, tem início com a 
tirosina se transformando em DOPA. 
A neurotransmissão na medula adrenal, faz a biossíntese da tirosina e 
forma adrenalina e noradrenalina. A noradrenalina também é produzida 
nos neurônios.
Pâncreas
O pâncreas é dividido em duas porções, na anatomia microscópica 
conseguimos visualizar o pâncreas exócrino (apresenta funções 
digestivas, ácinos que secretam sucos digestivos para o duodeno) e 
pâncreas endócrino (insulina e glucagon, ilhotas de Langerhans que 
secretam insulina e glucagon para o sangue).
Célula alfa: 20% secreta glucagon.→
Célula beta: 75% secreta insulina e amilina (insulina -> 
hipoglicemiante)
→
Célula delta: 3-5% secreta somatostatina (inibe os outros 
hormônios).
→
O pâncreas endócrino tem cerca de 1 milhão de ilhotas e nestas tem 
pelo menos quatro tipos de células diferentes:
É uma glândula mista, tem sua parte exócrina e uma endócrina, 
produzindo três hormônios principais: insulina, glucagon e somatostatina, 
que irão controlar a glicemia circulante, essas células produtoras desses 
hormônios são as Ilhotas de Langerhans.
A INSULINA retira o açúcar no sangue e o GLUCAGON deposita o açúcar 
no sangue (efeito hiperglicemiante), ambos fazem feedback negativo 
entre eles.
O pâncreas tem um formato de V, sendo que uma de suas bordas está 
localizado lateral a primeira porção do duodeno, irá liberar o bicarbonato 
para diminuir a acidez do quimo proveniente do estômago.
Afeta todo o metabolismo de carboidratos, dos ácidos graxos e das 
proteínas. A insulina, sempre que houver excesso de carboidratos,
estará presente., desempenha papel importante no armazenamento de
aumento de glicose originará formação de glicogênio no→
substâncias energéticas:
fígado.
 Página 32 
formação de ácidos graxos e seu armazenamento nos tecidos 
adiposos, além de inibição da proteólise.
→
Após a ingestão alimentar ocorre a liberação de insulina que terá um efeito 
hipoglicemiante, a liberação de insulina irá permitir a entrada de glicose na 
célula, formação de glicogênio hepático e depósito de triglicerídeos. Uma 
hiperglicemia poderá acarretar em sobrecarga renal.
A insulina é liberada através da ingesta de carboidratos (principalmente) e 
ácidos graxos. A glicose é o start para a produção de insulina.
O hipotálamo não controla as ilhotas de Langerhans para a produção de 
insulina, glucagon e somatostatina. 
A ingesta de carboidratos liberará glicose, pela ingesta de carboidratos 
teremos um efeito hiperglicemiante no organismo, a hiperglicemia faz com 
que comece a secreção de insulina para encaminhar a glicose até a célula, 
após a entrada da glicose, será transformada em ATP. A glicose que sobra 
na corrente sanguínea sofrerá a ação da insulina (efeito hipoglicemiante) 
sendo transformado em glicogênio (armazenado no fígado e no músculo) e 
triglicerídeo (armazenado no tecido adiposo), nesse momento, a 
hiperglicemia do início se transforma em hipoglicemia.
Na hipoglicemia teremos a liberação do glucagon (efeito hiperglicemiante) 
para retirar a glicose armazenada pela insulina, promove a quebra do 
glicogênio hepático e do triglicerídeo para a liberação de glicose na corrente 
sanguínea, causando uma hiperglicemia.
DIABETE TIPO 1: pâncreas não produz insulina.→
DIABETE TIPO II: para o açúcar entrar na célula é necessário ter um 
receptor para insulina, em alguns casos ocorre uma 
dessensibilização dos receptores ou têm poucos receptores, sendo 
assim, a insulina não consegue se ligar e fazer a glicose entrar na 
célula, é uma diabetes adquirida.
→
Os glicocorticoides fazem naturalmente uma hipoglicemia.
Secretado pelas células alfa do pâncreas endócrino. Possui funções opostas 
à insulina – é hiperglicêmico.
Efeito sobre a glicose: quebra o glicogênio hepático (glicogenólise).
Regulação da Secreção do Glucagon
Glicemia aumentada inibe a secreção do glucagon.
Exercício exaustivo = aumento do glucagon.
Sistema cardiovascular
"A fisiologia cardiovascular é o estudo da função do coração, dos vasos 
sanguíneos e do sangue. A função primária do sistema cardiovascular 
pode ser resumida em uma palavra: transporte. A corrente sanguínea 
transporta numerosas substâncias que são essenciais para a vida e 
para a saúde, incluindo o oxigênio e os nutrientes necessários para cada 
célula no corpo. O sangue também transporta dióxido de carbono e 
outros produtos metabólicos não aproveitáveis para longe das células 
metabolicamente ativas, encaminhando-os para o pulmão, para os rins e 
para o fígado, onde serão excretados".
"Em cada tecido do corpo, a função normal depende da chegada de fluxo 
sanguíneo adequado. Quanto maior a taxa de metabolismo em um tecido, 
maior a necessidade de fluxo sanguíneo. A condição em que há 
inadequado fluxo sanguíneo para qualquer tecido é denominada isquemia.
Mesmo uma isquemia transitória pode levar à disfunção. A isquemia 
persistente leva à lesão tecidual permanente (infarto) e, por fim, morte 
celular (necrose)."
É fundamental para a manutenção do equilíbrio homeostático: transporte 
de nutrientes, transporte de metabólitos, transporte hormonal etransferência térmica.
 Página 33 
Não é apenas constituído pelo sistema cardíaco, tem o sistema cardíaco e 
linfático, os dois juntos formam o sistema circulatório, esse sistema faz o 
transporte de substâncias no corpo, algumas substâncias são 
transportadas pelo sistema sanguíneo - sangue - (metabólitos, nutrientes, 
hormônios), lipídeos, células de defesa, água e algumas proteínas podem ser 
transportadas pelo sistema linfático - linfa -.
SISTEMA CARDÍACO: coração, vasos e sangue. A bomba é o coração, o 
coração é o motor que transporta e pega o sangue de todo o corpo. Os 
vasos sanguíneos são as artérias, veias, capilares, arteríolas e vênulas.
PEQUENA CIRCULAÇÃO: pulmão (microcirculação).1.
GRANDE CIRCULAÇÃO: corpo (macrocirculação).2.
O coração encaminha e traz o sangue para duas regiões do corpo:
SISTEMA CARDIOVASCULAR: transporte de sangue <-> tecidos. Sangue, 
coração e vasos (bidirecional).
SISTEMA VASCULAR LINFÁTICO: transporte de linfa, tecidos -> coração. 
Linfa e vasos linfáticos (unidirecional).
MEMBRANA PLASMÁTICA (excitabilidade e condutibilidade).1.
RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO (armazena cálcio).2.
MIOFIBRILAS (aparelho contrátil).3.
A organização funcional da fibra 
muscular cardíaca
átrios: desenvolvem baixa pressão -> parede fina.→
ventrículos: alta pressão -> parede mais espessa (obs: o ventrículo 
esquerdo tem a parede mais espessa).
→
Parede cardíaca é composta por fibrócitos, células musculares estriadas 
cardíacas e matriz extracelular. A espessura da parede de cada câmara 
cardíaca está relacionada diretamente com a sua função:
A parede do coração é constituída por três camadas: pericárdio (tecido que 
protege o coração), miocárdio (tecido muscular estriado cardíaco) e 
endocárdio (reveste a parede interna do coração).
Origem embrionária: mesoderma.
O coração é um órgão tubular, em uma gestação de 9 meses começa a 
funcionar com 21 dias.
Células marcapasso e de condução
Células nodais dos nodos sinoatriais (AS) e AV (atrioventricular) são 
responsáveis pela atividade de marcapasso e pelo retardo da condução do 
nodo AV. 
Células de Purkinje são células especializadas na condução rápida do impulso 
(feixe de His e rede de Purkinje).
O baço é um órgão linfoide do sistema 
cardíaco, dentro do baço passa grande 
quantidade de sangue, que passa devagar 
para que seja realizado a reciclagem das 
hemácias e presenciar microrganismos 
invasores. Dentro do baço temos a morte de 
hemácias velhas, presença de células de 
defesa e, também é um órgão armazenador 
de sangue por entrar um grande volume 
sanguíneo.
Sistema cardíaco
O coração é cavitário e dividido em quatro câmaras, serve para que o 
sangue circulante chegue no pulmão e retorne ao coração. É no pulmão 
que ocorre a hematose.
O coração é constituído por 2 átrios e 2 ventrículos, o que separa o 
átrio do ventrículo são as valvas atrioventriculares, no lado direito temos 
a valva tricúspide e no lado esquerdo a valva bicúspide ou mitral. Tudo 
que chega no coração é veia e o que sai é artéria. 
O sangue venoso é rico em gás carbônico e pode ser transportado por 
veia ou artéria, o sangue arterial é rico em gás oxigênio e pode ser 
transportado por veia ou artéria.
No átrio direito tem um conjunto de veias que chegam no coração, sendo 
um sangue venoso (esse sangue veio do corpo), o conjunto de veias 
recebe o nome de veia cava cranial (superior) e caudal (inferior). No 
ventrículo direito sai a artéria pulmonar que carrega um sangue venoso, 
leva o sangue para o pulmão, no pulmão é dividida em arteríolas e depois 
em capilares que encontram os alvéolos pulmonares e ocorre a 
hematose (o gás carbônico - CO2 - sai do meio mais concentrado, ou 
seja, do vaso, e vai para o menos concentrado, ou seja, vai para o 
 Página 34 
alvéolo). O gás carbônico sai do sangue e vai para o alvéolo, saindo pela 
traqueia e sendo expelido pelo corpo, o gás oxigênio que está no alvéolo vai 
para os capilares, vênulas e depois se fundem formando as veias 
pulmonares (sangue oxigenado) que chega no átrio esquerdo e passa para o 
ventrículo esquerdo saindo pela artéria aorta. (sangue arterial), por 
diferença de gradiente de concentração, oxigena os tecidos e pega o gás 
carbônico (produto final da respiração celular).
Anatomia do sistema cardiovascular
ÁTRIO DIREITO: nele desembocam as veias cavas caudal e cranial, 
trazendo sangue dos tecidos para o coração.
VENTRÍCULO DIREITO: se comunica com o átrio direito e dele parte o tronco 
pulmonar, que se dividirá em artérias pulmonar direita e esquerda, levando o 
sangue que chegou do átrio direito para os pulmões.
ÁTRIO ESQUERDO: as veias pulmonares trazem a ele o sangue que já foi 
oxigenado nos pulmões.
VENTRÍCULO ESQUERDO: se comunica com o átrio esquerdo, propele o 
sangue para a artéria aorta, e daí ele o distribui a todo o organismo.
VALVA ATRIOVENTRICULAR DIREITA (TRICÚSPIDE): localiza entre o átrio 
direito e o ventrículo direito, evita o refluxo de sangue do ventrículo para o 
átrio.
VALVA ATRIOVENTRICULAR ESQUERDA (BICÚSPIDE/MITRAL): localizada 
entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo, impede o refluxo para o 
átrio.
VALVA SEMILUNAR PULMONAR: encontra-se no tronco pulmonar e se 
fecham, evitando o refluxo de sangue deste vaso para o ventrículo direito.
VAALVA SEMILUNAR AÓRTICA: encontra-se na artéria aorta e impede o 
refluxo de sangue desta artéria para o ventrículo esquerdo.
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO (coração, artérias e arteríolas).1.
SISTEMA DE PERFUSÃO (artérias, arteríolas e capilares)2.
SISTEMA DE COLETA (vênulas, veias e coração).3.
Apresenta três divisões principais:
No trato gastrointestinal tem uma rede de vasos linfáticos para levar os 
ácidos graxos.
Nó sinoatrial emite potencial de ação para a contração. Valvas semilunares
na subida da artéria pulmonar e artéria aorta, o fechamento delas são as 
bulhas cardíacas. As células de Purkinje transporta o potencial de ação 
para os ventrículos.
CIRCUITO PULMONAR: coração -> pulmões -> coração.
CIRCUITO SISTÊMICO: coração -> tecidos -> coração.
VASOS SANGUÍNEOS: artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias.
2 grandes vasos: artérias e veias.
O sangue circula por um vaso maior, as artérias levam o oxigênio para 
as células (na maioria das vezes), as artérias sofrem ramificações para 
chegar oxigênio nas células, a primeira ramificação é a arteríola, que 
depois se ramifica para capilar, o capilar que passa ao redor das células. 
Depois da troca gasosa, o sangue fica venoso e volta para o coração, a 
partir da troca gasosa o que volta é pelas veias, os capilares fazem uma 
anastomose e se juntam formando as vênulas, que depois vira a veia e 
volta para o coração.
REDE DE TUBOS = 50.000 km total de sangue transportado por 
dia - 10.000 L.
→
As artérias e as veias seguem um modelo estrutural histológico 
comum, diferenciando-se uma das outras por características 
próprias destes componentes.
→
 Página 35 
Apresentam 3 camadas (túnicas):→
Camada mais externa (ADVENTÍCIA) - fibras colágenas.1.
Camada intermediária (MÉDIA) - músculo liso e elastina.2.
Camada mais interna (ÍNTIMA) - endotélio.3.
No sistema cardiovascular encontramos dois tipos de transporte, sendo 
eles: fluxo em massa e difusão.
O sangue move-se através do coração e dos vasos sanguíneos por fluxo 
em massa. A característica mais importante do fluxo em massa é ser 
rápido por longas distâncias. O sangue que é bombeado para fora do 
coração viaja rapidamente através da aorta e de seus vários ramos, dentro 
de 10 segundos ele alcança partes distantes do corpo, incluindo a cabeça e 
membros. O transporte requer energia, e a fonte de energia para o fluxo 
em massa é a diferença de pressão hidrostática, a menos que a pressão 
em uma extremidade do vaso sanguíneo seja maior do que na outra, o fluxo 
não ocorrerá. A diferença de pressão entre dois pontos em um vaso 
sanguíneo é chamada de diferença de pressão de perfusão ou, mais 
frequentemente, de pressão de perfusão simplesmente. Perfusão significa, 
literalmente,“fluxo através”, e pressão de perfusão é a diferença de 
pressão responsável pela movimentação do sangue através dos vasos 
sanguíneos. O efeito de bomba muscular produzido pelo coração gera a 
pressão de perfusão, que constitui a força motriz para o fluxo em massa 
do sangue através da circulação.
É importante distinguir diferença de pressão de perfusão de diferença de 
pressão transmural (geralmente abreviada como pressão transmural). 
Transmural significa “através da parede”, e pressão transmural é a 
diferença entre a pressão do sangue dentro de um vaso sanguíneo e a 
pressão do fluido no tecido imediatamente adjacente ao vaso (a pressão 
transmural é igual à pressão interna menos a pressão externa). A pressão 
transmural é a diferença de pressão que causaria o extravasamento de 
sangue do vaso, se existisse uma ruptura na parede desse vaso. A pressão 
transmural é chamada, também, de pressão de distensão, porque 
corresponde ao “empurrão” do líquido externo na parede de um vaso 
sanguíneo.
Difusão é o segundo tipo de transporte no sistema cardiovascular. 
Difusão é o mecanismo primário pelo qual substâncias dissolvidas movem-
se através das paredes dos vasos sanguíneos, da corrente sanguínea 
para o líquido intersticial, ou vice-versa. Líquido intersticial é o líquido 
extracelular fora dos capilares. É o líquido que envolve cada célula de um 
tecido. A maior parte do movimento de substâncias entre o sangue e o 
líquido intersticial ocorre através das paredes dos capilares, os menores 
vasos sanguíneos.
A fonte de energia para a difusão é a diferença de concentração. Uma 
substância difunde-se da corrente sanguínea, através da parede de um 
capilar para o líquido intersticial, apenas se a concentração da substância 
for maior no sangue do que no líquido intersticial (e se a parede do 
capilar for permeável à substância). Se a concentração da substância 
for maior no líquido intersticial do que no sangue, a substância vai 
difundir-se do líquido intersticial para o sangue do capilar. É importante 
diferenciar difusão, em que a substância se move passivamente de uma 
área de alta concentração para uma área de baixa concentração, de 
transporte ativo, em que substâncias são forçadas a se mover em uma 
direção oposta ao seu gradiente de concentração. Geralmente, as 
substâncias não são transportadas ativamente através das paredes dos 
capilares. O movimento de substâncias entre a corrente sanguínea e o 
líquido intersticial ocorre por difusão passiva.
Artérias
As diferenças histológicas e anatômicas das veias e artérias são as 
VÁLVULAS que estão presentes nas veias, as artérias têm contração 
muscular, por conta disso, não apresentam as válvulas. A camada 
muscular das artérias é bem desenvolvida (túnica média), as veias não 
têm esse conjunto de músculos, para voltar para o coração sem refluxo
 Página 36 
ELÁSTICOS OU DE CONDUÇÃO: lúmen amplo -> baixa resistência ao 
fluxo.
1.
MUSCULARES (DISTRIBUIÇÃO): distribuem sangue para os órgãos 
específicos.
2.
ARTERÍOLAS: 1 a 2 camadas de músculo liso, poucas fibras 3.
foi necessário a presença das válvulas. Na hora que o sangue passa por 
elas, elas se fecham impedindo o retorno sanguíneo.
METARTERÍOLAS: pequenos vasos entre arteríolas e capilares.4.
elásticas..
Capilares
Apenas túnica íntima (endotélio), organizados em leitos capilares -> 10 - 100 
capilares suprimidos por uma arteríola.
Troca de gás oxigênio, nutrientes e eletrólitos, grande área de superfície, 
paredes finas e poros.
Os capilares não têm massa muscular, o sangue é encaminhado através da 
contração dos músculos e vasos próximos.
VASOS LINFÁTICOS NÃO TEM MASSA MUSCULAR.
CONTÍNUOS: maioria dos tecidos, principalmente pele e músculos, 
células adjacentes unidas por junções intercelulares, principalmente 
do sistema nervoso central, não apresentam frestas.
1.
FENESTRADOS: locais de absorção ativa ou formação de filtrado 
(intestino delgado, glândulas endócrinas e rins), maior permeabilidade 
a soluções e fluídos.
2.
SINUSÓIDES: fígado, medula óssea e tecido linfoide.3.
Veias/vasos de capacitância
Parede mais fina que as artérias, maior diâmetro e menor pressão. 
Reservatório de sangue: 65% do suprimento sanguíneo.
Vênulas
As vênulas coletam sangue dos capilares, tecido fibroso, muscular e elástico 
e valvas.
VÊNULAS MAIORES X VÊNULAS PÓS-CAPILARES: uma ou mais camadas de 
músculo liso.
O retorno venoso é realizado pela bomba respiratória e bomba muscular.
Contratilidade cardíaca
O coração apresenta o nó sinoatrial, no miocárdio tem células 
especializadas em gerar e transportar o potencial de ação porque o 
músculo só contrai se tiver o potencial de ação. Para o coração bater se 
faz necessário o potencial de ação para que ocorra a liberação de cálcio 
para a contração muscular.
O coração tem as regiões de marcapasso ou nó sinoatrial que gera 
potencial de ação, que segue uma homeostase, o potencial de ação é 
gerado no nó sinoatrial, que não pode ficar parado no átrio direito, sendo 
necessário à sua redistribuição.
O coração tem um sistema que faz com que o potencial de ação seja 
transportado para os ventrículos, o feixe de His distribui o potencial de 
ação que sofre uma bifurcação e o distribui através das fibras de 
Purkinje para os ventrículos. 
entrada de um volume sanguíneo e a saída de um determinado 
ventrículo.
→
quantifica o volume sanguíneo em um período de tempo é 
chamado de débito cardíaco.
→
CICLO CARDÍACO: movimento do sangue dentro do coração, é uma 
sequência de sístoles (contração do músculo cardíaco) e diástoles 
(relaxamento do músculo cardíaco), passa uma quantidade determinada 
de sangue em um determinado período.
Mede a velocidade que passa em cada câmara cardíaca, traduz em 
imagens a eletricidade gerada em cada câmara cardíaca, se está 
contraindo e relaxando adequadamente. 
A outra forma de analisar é avaliando a pressão arterial.
Onda P: despolarização/contração dos átrios.→
Complexo QRS: contração ventricular.→
 Página 37 
Onda T: relaxamento ventricular.→
A velocidade do batimento sofre influência do sistema nervoso autônomo. O 
potencial e ação é medido pela contração e relaxamento das câmaras 
cardíacas. 
LEI DE STARLING: fala sobre o volume circulante.
RVP - resistência vascular periférica.
No momento da auscultação, notamos as bulhas cardíacas.
A pressão do sangue nas paredes do átrio direito dispara o nó sinoatrial 
(eletricidade).
O fechamento das valvas atrioventriculares dá o som das bulhas cardíacas, 
sendo o primeiro som o mais audível. O segundo som das bulhas cardíacas 
(menos audível) é do fechamento das valvas semilunares.
Circulação
O sangue é bombeado do ventrículo esquerdo até a aorta. A aorta divide-se 
e subdivide-se para formar várias artérias, que levam sangue fresco e 
oxigenado para cada órgão do corpo, com exceção do pulmão. É chamado de 
paralelo o padrão de ramificação arterial que leva o sangue, com a mesma 
composição, a cada órgão. Depois que o sangue passa pelos capilares dos 
órgãos individualmente, ele entra nas veias. Pequenas veias se juntam para 
formar progressivamente veias maiores até que o fluxo sanguíneo inteiro é 
levado ao átrio direito através da veia cava. Os vasos sanguíneos presentes 
entre a aorta e a veia cava (incluindo os vasos sanguíneos de todos os 
órgãos do corpo, exceto do pulmão) são coletivamente chamados de 
circulação sistêmica. Do átrio direito, o sangue passa ao ventrículo direito, 
que o bombeia para a artéria pulmonar. A artéria pulmonar ramifica-se, 
progressivamente, em artérias menores, que levam o sangue para cada 
capilar alveolar (pulmonar). O sangue dos capilares pulmonares é recolhido 
pelas veias pulmonares e levado ao átrio esquerdo. O sangue, então, passa 
ao ventrículo esquerdo, completando o circuito. Os vasos sanguíneos do 
pulmão, incluindo as artérias pulmonares e veias, constituem a circulação 
pulmonar. A circulação pulmonar e o coração são coletivamente chamados 
de circulação central. A circulação pulmonar ea circulação sistêmica são 
arranjadas em séries; isto é, o sangue precisa passar pelos vasos 
pulmonares entre cada passagem pelo circuito sistêmico. 
O sangue que sai dos capilares gástricos, esplênicos ou mesentéricos 
entram na veia porta. A veia porta leva o sangue venoso esplâncnico até o 
fígado, onde ele passa através de outra rede de capilares antes de voltar 
ao coração. Esse arranjo de dois leitos capilares em série é chamado de 
sistema porta. O sistema portal esplâncnico permite que os nutrientes que 
foram absorvidos pelo trato gastrointestinal sejam levados diretamente ao 
fígado. Lá, os nutrientes são transformados para armazenamento ou 
permitidos passar para a circulação geral. O fígado também recebe sangue 
diretamente da aorta pela artéria hepática. 
Os rins também possuem um sistema porta. O sangue entra no rim pela 
artéria renal e passa através de duas redes de capilares (chamadas de 
glomerular e tubular), antes de retornar ao lado venoso da circulação 
sistêmica. Grandes quantidades de água, eletrólitos e outros solutos são 
filtrados para fora do sangue, conforme ele passa pelos capilares 
glomerulares. A maior parte desse material filtrado é, subsequentemente, 
reabsorvida pela circulação sanguínea, à medida que ele passa pelos 
capilares peritubulares. O restante forma a urina. Os rins usam o sistema 
porta renal para ajustar as quantidades de água, eletrólitos e outros 
solutos críticos no sangue. 
Um terceiro sistema porta é encontrado no cérebro e é importante para 
controlar a secreção hormonal pela glândula hipófise. Após atravessar os 
capilares do hipotálamo, o sangue entra nos vasos porta, que o levam para 
a glândula hipófise anterior (adenohipófise) e para outra rede de capilares. 
Ao atravessar os capilares hipotalâmicos, o sangue recebe várias 
substâncias químicas sinalizadoras que controlam a liberação de hormônios 
hipofisários. Quando esse sangue atinge os capilares da glândula hipófise 
anterior, as substâncias se difundem da corrente sanguínea para o 
líquido intersticial hipofisário, e agem nas células hipofisárias para 
aumentar ou diminuir sua secreção de hormônios específicos. Este 
sistema é chamado de sistema porta hipotalâmico-hipofisário. 
Débito cardíaco
Devido às circulações sistêmica e pulmonar estarem dispostas em série, 
o volume de sangue ejetado pelo lado direito deve ser igual ao volume de 
sangue ejetado pelo lado esquerdo do coração a cada minuto. O volume 
de sangue ejetado por minuto, tanto pelo ventrículo direito quanto pelo 
ventrículo esquerdo, é chamado de débito cardíaco.
Sangue
O sangue pode ser separado em seus componentes líquido e celular por 
centrifugação. A fase líquida do sangue é mais leve em peso do que as 
células, e, portanto, sobe ao topo de um tubo de centrifugação. Esse 
líquido acelular ou extracelular no sangue é chamado de plasma. A água 
constitui 93% do volume do plasma. Cerca de 5% a 7% do volume do 
plasma é constituído de moléculas de proteína. A presença de proteínas 
dá ao plasma a cor típica amarelo-pálido. As proteínas plasmáticas são 
sintetizadas no fígado e adicionadas à corrente sanguínea conforme ela 
passa pelos capilares hepáticos. Globulina, albumina e fibrinogênio são as 
proteínas primárias do plasma. A globulina e a albumina são importantes 
nas respostas imunes do corpo. O fibrinogênio é importante no processo 
de coagulação do sangue. Se o sangue é removido do corpo e deixado em 
um frasco por alguns momentos, as moléculas solúveis de fibrinogênio 
polimerizam-se para formar uma matriz insolúvel de fibrina. Isso 
promove a solidificação do sangue, isto é, a coagulação do sangue. A 
coagulação pode ser prevenida adicionando-se um anticoagulante ao 
 Página 38 
sangue; os anticoagulantes mais comuns são a heparina e o citrato. Deve 
ser adicionado um anticoagulante nas preparações para separação do 
sangue em suas frações celular e plasmática por centrifugação.
Atividade elétrica do coração
Os átrios direito e esquerdo começam a se contrair.1.
Após um retardo de 50 a 150 milissegundos (ms), os ventrículos 
direito e esquerdo começam a se contrair. 
2.
O coração é uma bomba muscular que propele o sangue através dos vasos 
sanguíneos por relaxamento e contração alternados. Conforme o músculo 
cardíaco relaxa, os átrios e os ventrículos são preenchidos com sangue 
venoso. Durante a contração cardíaca, uma parte deste sangue é ejetada 
para dentro das artérias. A contração cardíaca acontece em dois estágios:
A contração atrial ajuda a terminar o preenchimento de sangue dos 
ventrículos. O retardo permite um tempo para este preenchimento 
completo do volume ventricular. A contração ventricular ejeta o sangue 
para fora do ventrículo esquerdo em direção à aorta e para fora do 
ventrículo direito em direção à artéria pulmonar. Depois de os átrios e 
ventrículos se contraírem, eles relaxam e começam a se preencher. A 
sequência contrátil completa é iniciada e organizada por um sinal elétrico, 
um potencial de ação, que se propaga de célula muscular para célula 
muscular, através do coração. 
O músculo cardíaco, assim como o músculo esquelético, tem uma aparência 
estriada ao microscópio de luz. Essas estrias cruzadas têm a mesma base 
estrutural nos músculos cardíaco e esquelético. Cada célula muscular 
cardíaca estriada (fibra muscular) é constituída de algumas centenas de 
miofibrilas. Cada miofibrila tem um padrão repetitivo de faixas claras e 
escuras. As diversas faixas no interior de uma miofibrila recebem 
denominações por letras (faixa A, faixa I, disco Z). O alinhamento destas 
faixas em miofibrilas adjacentes é responsável pela aparência estriada da 
fibra muscular inteira. Cada unidade repetida de faixas miofibrilares é 
chamada de sarcômero.
Como no músculo esquelético, cada sarcômero do músculo cardíaco é 
composto por um arranjo de filamentos espessos e finos. Os filamentos 
finos estão ancorados nos discos Z; eles se interdigitam com os filamentos 
espessos. Os filamentos finos são compostos por moléculas de actina. Os 
filamentos espessos são compostos por moléculas de miosina. Na 
presença de trifosfato de adenosina (ATP) e de íons cálcio (Ca 2+ ), a 
miosina interage com a actina em uma série de etapas denominada ciclo 
da ponte cruzada, que resulta em contração e geração de força em 
cada sarcômero e, portanto, na célula muscular inteira.
As células musculares cardíacas estão eletricamente ligadas umas às 
outras. Quando um potencial de ação é iniciado em uma única célula 
muscular cardíaca, este se propaga ao longo de toda a extensão daquela 
célula. Em pontos especializados de contato com as células vizinhas, 
correntes iônicas criadas pelo potencial de ação fluem para as células 
vizinhas e iniciam potenciais de ação nestas células. Como os potenciais 
de ação propagam-se de célula para célula através do tecido cardíaco, 
todas as células musculares cardíacas vizinhas contraem-se em 
sincronia, como uma unidade, e depois relaxam. Isto posto, o tecido 
muscular cardíaco comporta-se como se fosse uma única célula. 
Portanto, costuma-se dizer que o músculo cardíaco forma um sincício 
funcional.
O músculo cardíaco aparece como um arranjo de fibras (células 
musculares cardíacas individuais) que estão dispostas quase em paralelo, 
mas com algumas ramificações. Células adjacentes estão unidas entre si 
por estruturas escuras, conhecidas como discos intercalados. A 
microscopia eletrônica revelou que dentro desses discos há minúsculos 
canais abertos entre as células vizinhas. Estes nexos, ou junções em 
fenda, fornecem pontos de contato entre o líquido intracelular de células 
adjacentes. Quando um potencial de ação despolariza a célula em uma 
extremidade de um disco intercalado, íons positivos fluem através das 
junções em fenda e entram nas células vizinhas. Esta corrente iônica 
local despolariza as células vizinhas até o limiar para a formação de um 
potencial de ação. Na realidade, um potencial de ação propaga-se de 
célulapara célula através das junções em fenda, que estão localizadas 
no interior dos discos intercalados. 
O fato de o tecido muscular cardíaco formar um sincício funcional e o 
potencial de ação cardíaco levar à contração, qualquer célula do músculo 
cardíaco pode iniciar um batimento cardíaco. A maioria das células 
musculares cardíacas tem a propriedade de se manter estável durante 
o potencial de repouso da membrana; elas nunca geram potenciais de 
ação por si próprias. Entretanto, algumas poucas células musculares 
cardíacas especializadas têm a capacidade de despolarizar-se 
espontaneamente, aproximando-se do limiar para a formação do 
potencial de ação. Quando qualquer uma destas células especializadas 
atinge o limiar e gera o potencial de ação, um batimento cardíaco 
acontece. As células cardíacas que se despolarizam espontaneamente 
são chamadas de células marca-passo, pois iniciam os batimentos 
cardíacos e, por conseguinte, determinam a frequência, ou ritmo, do 
coração.
No coração normal, as células marca-passo que se despolarizam mais 
rapidamente até o limiar estão localizadas dentro do nó sinoatrial (SA). O 
nó SA localiza-se na parede atrial direita, no ponto onde a veia cava 
entra no átrio direito.
Os neurônios motores (simpáticos e parassimpáticos) influem na 
frequência cardíaca, influenciando a rapidez com que as células marca-
passo despolarizam-se até o limiar, mas as células marca-passo iniciam 
os potenciais de ação e, portanto, os batimentos cardíacos ocorrem, 
mesmo sem qualquer influência simpática ou parassimpática. Desta 
 Página 39 
maneira, um coração denervado ainda bate, enquanto um músculo 
esquelético denervado permanece relaxado (na verdade, paralisado). A 
capacidade de o coração bater sem estímulo nervoso permite que corações 
transplantados funcionem. Quando um coração do doador é conectado à 
circulação receptora durante o transplante cardíaco, nenhum nervo é 
ligado ao coração transplantado. As células marca-passo do coração 
transplantado iniciam seus potenciais de ação e suas contrações. O único 
fator ausente é o controle da frequência cardíaca por meio de nervos 
simpáticos e parassimpáticos.
Quando formado, o potencial de ação é propagado rapidamente de célula 
para célula através dos átrios direito e esquerdo, causando a contração de 
ambos os átrios. Em seguida, o potencial de ação se propaga lentamente, de 
célula para célula, através de uma via especial de células musculares 
cardíacas que se localizam entre os átrios e os ventrículos. Esta via é 
constituída pelo nó atrioventricular (AV) e pela primeira parte do feixe AV, 
também denominado feixe de His. O nó AV e o feixe AV representam a 
única via para a propagação dos potenciais de ação dos átrios para os 
ventrículos. Nas outras regiões, os átrios e ventrículos são separados por 
uma camada de tecido conjuntivo, que não pode formar e nem propagar 
potenciais de ação. Além de representarem a única via condutora entre os 
átrios e os ventrículos, o nó AV e a primeira parte do feixe AV têm a 
propriedade especial de conduzir o potencial de ação muito lentamente. A 
condução lenta através da junção AV cria o retardo entre as contrações 
atrial e ventricular.
Ao passar pelas células de condução lenta da junção AV, o potencial de ação 
cardíaco entra em uma rede de ramos de células cardíacas especializadas, 
que tem a propriedade de propagação extremamente rápida do potencial 
de ação. A zona de transição de células de condução lenta a células de 
condução rápida situa-se no interior do feixe AV, o qual apresenta células 
de condução lenta em sua primeira porção (conectada ao nó AV) e células 
de condução rápida mais além. A porção de condução rápida do feixe AV 
dividese para formar os ramos de feixes esquerdo e direito. No ápice 
ventricular, os ramos de feixes dividem-se em uma dispersa rede de fibras 
de Purkinje, que transportam o potencial de ação rapidamente ao longo das 
paredes internas de ambos os ventrículos. As fibras de Purkinje propagam 
os potenciais de ação para dentro das fibras musculares ventriculares 
normais, por dentro das paredes internas (camadas subendocárdicas) de 
ambos os ventrículos. Deste ponto, os potenciais de ação são propagados 
muito rapidamente para fora, de célula para célula, através das paredes 
ventriculares. Conforme o potencial de ação atinge cada fibra muscular 
ventricular, esta fibra se contrai. A condução extremamente rápida, de 
célula para célula, através da porção final do feixe AV, dos ramos de feixes 
e do sistema de Purkinje resulta em uma contração quase sincrônica de 
todas as fibras em ambos os ventrículos. 
Os nós SA e AV, o feixe AV, os ramos de feixes e as fibras de Purkinje 
são, em conjunto, denominados sistema especializado de condução do 
coração. Este sistema é composto por células musculares cardíacas 
especializadas, e não por nervos. As características particulares dos 
componentes do sistema especializado de condução fazem com que cada 
batimento cardíaco siga uma sequência padronizada e específica. Em um 
batimento normal, ambos os átrios contraem-se quase simultaneamente. Na 
sequência, há uma breve pausa (causada pela propagação lenta do 
potencial de ação através do nó AV). Os dois ventrículos, então, 
contraem-se, quase simultaneamente. Por fim, o coração inteiro relaxa e 
novamente se enche de sangue. 
O prolongamento do potencial de ação cardíaco é ocasionado por 
mudanças prolongadas na permeabilidade da membrana muscular 
cardíaca aos íons sódio, potássio e cálcio (Na + , K+ e Ca 2+ ). As 
membranas das células musculares cardíacas têm canais de Na + e K+ 
semelhantes àqueles encontrados no músculo esquelético, mas o 
momento de suas aberturas e de seus fechamentos é diferente no 
músculo cardíaco. Além disso, as membranas das células cardíacas 
também têm canais de Ca 2+ especiais, que não estão presentes no 
músculo esquelético. O movimento do Ca 2+ extracelular através dos 
canais de Ca 2+ cardíacos tem um papel especialmente importante no 
prolongamento do potencial de ação cardíaco. A presença dos canais de 
Ca 2+ e o importante papel do Ca 2+ extracelular no potencial de ação 
são a quarta maior diferença entre os músculos cardíaco e esquelético.
A norepinefrina exerce seu efeito pela ativação de receptores β-
adrenérgicos na membrana celular das células marca-passo. A ativação 
 Página 40 
destes receptores acelera as mudanças no canal iônico que é responsável 
pela despolarização espontânea das células marca-passo. Como as células 
marca-passo atingem o limiar mais rapidamente na presença de 
norepinefrina, há um intervalo mais curto entre os batimentos cardíacos. 
Portanto, a frequência cardíaca é elevada acima do seu nível intrínseco ou 
espontâneo.
A acetilcolina tem o efeito oposto. Ela ativa receptores colinérgicos 
muscarínicos na membrana celular das células marca-passo, o que retarda 
as mudanças no canal iônico que são responsáveis pela despolarização 
espontânea das células marca-passo. Como as células marca-passo levam 
mais tempo para atingir o limiar na presença de acetilcolina, há um intervalo 
mais longo entre os batimentos cardíacos. Portanto, a frequência cardíaca 
é reduzida abaixo do seu nível intrínseco ou espontâneo. Os neurônios 
simpáticos liberam norepinefrina nas células do nó SA e, desta maneira, a 
atividade nervosa simpática aumenta a frequência cardíaca. A epinefrina e 
a norepinefrina, liberadas das glândulas suprarrenais e que circulam na 
corrente sanguínea, têm o mesmo efeito. Os neurônios parassimpáticos 
liberam acetilcolina nas células do nó SA e, assim, a atividade parassimpática 
diminui a frequência cardíaca.
Eletrocardiograma
Sistema Linfático
Constituído por rede de vasos linfáticos distribuídos por todo corpo animal.
Os vasos linfáticos localizam-se entre as células dos tecidos, de onde 
captam os restos do líquido tissular extravasados dos capilares sanguíneos.
Capilares linfáticos originam vasos linfáticos, convergindopara região 
torácica. Anastomose com as veias subclávias.
→
Capilares.→
Vasos.→
Ductos.→
Linfonodos.→
Sistema coloidal polifásico, heterogêneo, com dispersão em água. Apresenta 
Celular: leucócitos→
Micelar: proteínas e lipídios→
Molecular: uréia, ácido úrico→
Iônica: sais minerais dissociados em íons→
as seguintes fases:
Drenagem dos metabólitos, catabólitos e água dos espaços 
intersticiais;
→
Reintegrar as proteínas ao sangue;→
Conduzir ao sangue os elementos que atravessam a mucosa 
intestinal no processo de digestão;
→
Defender o organismo das agressões de microrganismos e agentes 
tóxicos do interstício conduzindo-os para linfonodos onde sensibilizam 
o organismo ou são destruídos;
→
Maior órgão linfoide, especializado em filtrar o sangue, destruição de 
eritrócitos velhos e anormais, depósito de ferro.
Funções
troca gasosa no pulmão onde ocorre a troca gasosa nos alvéolos 
pulmonares, no processo de inspiração o alvéolo fica carregado de 
oxigênio. O sangue oxigenado vai para as células e ocorre uma troca 
gasosa onde a célula dá o gás carbônico e recebe o gás oxigênio.
1.
Troca gasosa nas células: as células precisam de oxigênio porque é 
um produto utilizado no ciclo de Krebs para formar ATP, gás 
carbônico e água (a água fica na célula e o gás carbônico vai para i 
sangue).
2.
Sua função básica é em realizar as trocas gasosas, atuam nas células. É 
dividido em dois conjuntos:
Fisiologicamente, a divisão do trato respiratório superior e inferior é feito 
com base nas trocas gasosas no alvéolo.
Ao redor de cada alvéolo passa um capilar alveolar (presença de gás 
carbônico que vai para o alvéolo e recebe o gás oxigênio que se funde ao 
sangue).
ZONA DE TRANSPORTE GASOSO: não faz troca gasosa, é o trato 
superior (filtra, umedece e aquece o ar inspirado para não ocorrer 
choque térmico e expansão dos gases).
1.
ZONA RESPIRATÓRIA: ocorre as trocas gasosas, nos alvéolos.2.
ZONA DE TRANSIÇÃO: tem gases circulantes, gás carbônico e 
oxigênio, mas não faz trocas gasosas, é uma transição entre a zona 
de transporte gasoso com a zona respiratória. 
3.
O sistema respiratório na fisiologia é dividido em três áreas:
VENTILAÇÃO: entrada de gás oxigênio e saída de gás carbônico.
RESPIRAÇÃO: troca gasosa entre o alvéolo e o capilar e, o capilar e as 
células.
ESPAÇO MORTO RESPIRATÓRIO: sistema respiratório superior, os cães 
fazem resfriamento corporal pelo espaço morto.
Ventilação pulmonar
por movimentos de subida e descida do diafragma para aumentar ou 1.
Os pulmões podem ser expandidos e contraídos por duas maneiras: 
 Página 41 
diminuir a cavidade torácica.
pela elevação e depressão das costelas para aumentar e diminuir o 
diâmetro anteroposterior da cavidade torácica.
2.
A respiração tranquila normal é realizada quase inteiramente pelos 
movimentos do diafragma.
PRESSÃO PLEURAL: é a pressão do líquido no estreito espaço entre 
a pleura visceral e a pleura parietal. Normalmente ocorre leve 
sucção entre os folhetos pleurais, o que significa discreta pressão 
negativa.
1.
PRESSÃO ALVEOLAR: a pressão do ar dentro dos alvéolos 
pulmonares. Quando a glote está aberta e não existe fluxo de ar 
para dentro ou para fora dos pulmões, as pressões em todas as 
partes da árvore respiratória, até os alvéolos, são iguais à pressão 
atmosférica, que é considerada a pressão de referência zero nas 
vias aéreas.
2.
PRESSÃO TRANSPULMONAR: a diferença entre a pressão alveolar 
e a pressão pleural. É chamada pressão transpulmonar. .É a 
diferença de pressão entre os alvéolos e as superfícies externas 
dos pulmões, sendo medida das forças elásticas nos pulmões que 
tendem a colapsá-los a cada instante da respiração, a chamada 
pressão de retração.
3.
Os pulmões são estruturas elásticas que colapsam, como um balão, e expele 
todo o ar pela traqueia, toda vez que não existe força para mantê-lo 
inflado. Também não existem conexões entre os pulmões e as paredes da 
caixa torácica, exceto onde ele está suspenso no hilo a partir do mediastino, 
região situada no meio da caixa torácica. Em vez disso, o pulmão “flutua” na 
cavidade torácica, cercado por fina camada de líquido pleural que lubrifica o 
movimento dos pulmões dentro da cavidade. 
PRINCÍPOS DA TENSÃO SUPERFICIAL: quando a água forma uma superfície 
de contato com o ar, as moléculas da água na superfície têm atração 
especialmente forte umas pelas outras. Como resultado, a superfície da 
água está sempre tentando se contrair. Isto é o que mantém as gotas de 
chuva unidas. Na superfície interna do alvéolo, a superfície da água também 
está tentando se contrair. Isso resulta em tentativa de forçar o ar para 
fora do alvéolo, pelo brônquio, e, ao fazer isso, induz o colapso do alvéolo. O 
efeito global é o de causar força contrátil elástica de todo o pulmão que é 
referida como força elástica da tensão superficial.
SURFACTANTE E SEUS EFEITOS NA TENSÃO SUPERFICIAL: o surfactante é 
um agente ativo da superfície da água, o que significa que ele reduz 
bastante a tensão superficial da água. É secretado por células epiteliais 
especiais secretoras de surfactante chamadas células epiteliais alveolares 
tipo II, que constituem cerca de 10% da área de superfície alveolar. Essas 
células são granulares, contêm inclusões lipídicas que são secretadas no 
surfactante dentro dos alvéolos. O surfactante é mistura complexa de 
vários fosfolipídios, proteínas e íons.
PRESSÃO EM ALVÉOLOS OCLUÍDOS CAUSADA PELA TENSÃO SUPERFICIAL:
caso as vias aéreas que levam aos alvéolos pulmonares estejam bloqueadas, 
a tensão superficial, no alvéolo, tende a colapsá-lo. Isso cria pressão positiva 
alveolar, tentando empurrar o ar para fora.
EFEITO DO RAIO ALVEOLAR NA PRESSÃO CAUSADA PELA TENSÃO 
SUPERFICIAL: quanto menor o alvéolo, maior a pressão alveolar causada pela 
tensão superficial. duplicadas. Isto é especialmente significativo em recém-
nascidos prematuros, muitos dos quais têm o raio alveolar menor que um 
quarto dos encontrados em adultos. Além disso, o surfactante não 
começa a ser secretado nos alvéolos até o sexto ou sétimo mês de 
gestação e, em alguns casos, até mesmo mais tardiamente. Assim, 
muitos recém-nascidos prematuros têm pouco ou nenhum surfactante 
nos alvéolos quando nascem, e os seus pulmões têm tendência extrema 
ao colapso, algumas vezes de seis a oito vezes maior que a de pessoa 
adulta. Isso causa a condição chamada síndrome de angústia respiratória 
do recém-nascido. Ela é fatal, caso não seja tratada com medidas 
enérgicas, especialmente, respiração assistida por pressão positiva 
contínua.
REGISTRO DAS MUDANÇAS NO VOLUME PULMONAR - ESPIROMETRIA: a 
ventilação pulmonar pode ser estudada por meio do registro do 
movimento do volume de ar para dentro e para fora dos pulmões, o 
método chamado espirometria.
O volume corrente é o volume de ar inspirado ou expirado, em 
cada respiração normal.
1.
O volume de reserva inspiratório é o volume extra de ar que 
pode ser inspirado, além do volume corrente normal, quando a 
pessoa inspira com força total.
2.
O volume de reserva expiratório é o máximo volume extra de ar 
que pode ser expirado na expiração forçada, após o final de 
expiração corrente normal.
3.
O volume residual é o volume de ar que fica nos pulmões, após a 
expiração mais forçada.
4.
VOLUMES PULMONARES:
A importância fundamental da ventilação pulmonar é a de renovar 
continuamente o ar nas áreas de trocas gasosas dos pulmões, onde o ar 
está próximo à circulação sanguínea pulmonar. Essas áreas incluem os 
alvéolos, sacos alveolares, duetos alveolares e bronquíolos respiratórios. 
A velocidade/intensidade com que o ar novo alcança essas áreas é 
chamada ventilação alveolar.
Parte do ar que a pessoa respira nunca alcança as áreas de trocas 
gasosas, por simplesmente preencher as vias respiratórias onde essas 
trocas nunca ocorrem, tais como o nariz, a faringe e a traqueia. Esse ar 
é chamado ar do espaço morto, por não ser útil para as trocas gasosas.
Na expiração, o ar do espaço morto é expirado primeiro,antes de 
qualquer ar dos alvéolos alcançar a atmosfera. Portanto, o espaço morto 
é muito desvantajoso para remover os gases expiratórios dos pulmões.
ESPAÇO MORTO ANATÔMICO VERSUS FISIOLÓGICO: o método descrito 
para medida do espaço morto mede o volume de todos os espaços, 
excetuando-se os alvéolos e outras áreas de trocas gasosas 
intimamente relacionadas; esse espaço é chamado espaço morto 
anatômico. Ocasionalmente, alguns dos próprios alvéolos podem ser não 
funcionantes ou parcialmente funcionantes por causa da ausência ou 
redução do fluxo sanguíneo pelos capilares pulmonares adjacentes. 
Assim, do ponto de vista funcional, esses alvéolos também devem ser 
considerados como parte do espaço morto. Quando o espaço morto 
alveolar é incluído na medida total do espaço morto, ele é chamado 
espaço morto fisiológico, em contraposição ao espaço morto anatômico
O ar é distribuído, nos pulmões, pela traqueia, brônquios e bronquíolos.
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Para evitar o colapso da traqueia, múltiplos anéis cartilaginosos existem por 
cinco sextos do diâmetro traqueal. Nas paredes brônquicas, placas 
cartilaginosas encurvadas menos extensas mantêm a rigidez de forma 
razoável, embora permitam mobilidade suficiente para a expansão e 
contração dos pulmões. Essas placas ficam progressivamente menos 
extensas nas últimas gerações de brônquios, e não estão presentes nos 
bronquíolos. Os bronquíolos não estão livres de colapso pela rigidez de suas 
paredes. Em vez disso, eles são mantidos expandidos pelas mesmas 
pressões transpulmonares que expandem os alvéolos. Isto é, conforme os 
alvéolos aumentam, os bronquíolos também aumentam, mas não na mesma 
intensidade.
PAREDE MUSCULAR DOS BRÔNQUIOS E BRONQUÍOLOS E SEUS 
CONTROLES: Em todas as áreas da traqueia e brônquios não ocupadas por 
placas cartilaginosas as paredes são compostas principalmente por músculo 
liso. As paredes dos bronquíolos também são quase de modo completo 
formadas por músculo liso, com a exceção do bronquíolo mais terminal, 
denominado bronquíolo respiratório, que é constituído, em sua maior parte, 
de epitélio pulmonar e tecido fibroso subjacente, mais algumas fibras 
musculares lisas.
Dilatação “simpática" dos bronquíolos: o controle direto dos 
bronquíolos pelas fibras nervosas simpáticas é relativamente fraco 
porque poucas dessas fibras penetram nas porções centrais do 
pulmão. Entretanto, a árvore brônquica é muito mais exposta à 
norepinefrina e epinefrina, liberadas na corrente sanguínea pela 
estimulação simpática da medula da glândula adrenal. Ambos os 
hormônios, especialmente a epinefrina, por causa de sua maior 
estimulação dos receptores betadrenérgicos, causam dilatação da 
árvore brônquica.
1.
Constrição parassimpática dos bronquíolos:. umas poucas fibras 
parassimpáticas, derivadas do nervo vago, penetram no parênquima 
pulmonar. Esses nervos secretam acetilcolina e, quando ativados, 
causam constrição leve a moderada dos bronquíolos.
2.
CONTROLE NEURAL E LOCAL DA MUSCULATURA BRONQUIOLAR:
FATORES SECRETORES LOCAIS FREQUENTEMENTE CAUSAM CONSTRIÇÃO 
BRONQUILAR: Diversas substâncias, formadas nos próprios pulmões, são 
com frequência muito ativas em produzir a constrição bronquiolar. Duas das 
mais importantes dessas são a histamina e a substância de reação lenta da 
anafdaxia. Ambas são liberadas pelos mastócitos dos tecidos pulmonares, 
durante reações alérgicas, especialmente as causadas pelo pólen no ar. 
REVESTIMENTO MUCOSO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS E AÇÃO DOS CÍLIOS 
NA LIMPEZA DESSAS VIAS: todas as vias respiratórias, do nariz aos 
bronquíolos terminais, são mantidas úmidas por camada de muco que 
recobre toda a superfície. O muco é secretado, em parte, por células 
mucosas caliciformes individuais do revestimento epitelial das vias aéreas e, 
em parte por pequenas glândulas submucosas. Além de manter as 
superfícies úmidas, o muco aprisiona pequenas partículas do ar inspirado e 
evita que a maior parte delas alcance os alvéolos. O próprio muco é 
removido das vias respiratórias da seguinte maneira. Toda a superfície das 
vias respiratórias, tanto no nariz quanto nas vias inferiores tão distantes 
quanto os bronquíolos terminais, é revestida com epitélio ciliado. A direção 
desse “movimento ciliar de força” é sempre para a faringe. Isto é, os cílios 
pulmonares vibram em direção superior, enquanto os no nariz vibram em 
direção inferior.
REFLEXO DA TOSSE: os brônquios e a traqueia são tão sensíveis a leve 
toque que quantidades mínimas de material estranho ou outras causas de 
irritação iniciam o reflexo da tosse. A laringe e a carina (o ponto onde a 
traqueia se divide nos brônquios) são especialmente sensíveis, e os 
bronquíolos terminais e mesmo os alvéolos também são sensíveis a 
estímulos químicos corrosivos. Impulsos neurais aferentes passam das vias 
respiratórias, principalmente pelo nervo vago, até o bulbo, onde sequência 
até 2,5 litros de ar são rapidamente inspirados.1.
a epiglote se fecha e as cordas vocais são fechadas com 
firmeza para aprisionar o ar no interior dos pulmões.
2.
os músculos abdominais se contraem com força, empurrando o 
diafragma, enquanto outros músculos expiratórios, tais como os 
intercostais internos, também se contraem com força.
3.
as cordas vocais e a epiglote subitamente se abrem de forma 
ampla, e o ar sob alta pressão nos pulmões explode em direção 
ao exterior. 
4.
Fundamentalmente, a forte compressão dos pulmões colapsa os 
brônquios e a traqueia, ao fazer com que as partes não 
cartilaginosas se invaginem, de forma que o ar explosivo, na 
realidade, passa pelas fendas brônquica e traqueal. O ar que se 
move rapidamente, carrega em geral consigo qualquer material 
estranho que esteja presente nos brônquios e na traqueia.
→
automática de eventos é desencadeada por circuitos neuronais locais, 
causando o seguinte efeito.
REFLEXO DO ESPIRRO: o estímulo que inicia o reflexo do espirro é a 
irritação das vias nasais; impulsos aferentes passam pelo quinto par 
craniano para o bulbo, onde o reflexo é desencadeado.
o ar é aquecido nas extensas superfícies das conchas e septo.1.
o ar é quase completamente umidificado, até mesmo antes de 
ultrapassar por completo as cavidades nasais.
2.
o ar é parcialmente, furtado.3.
Conforme o ar passa pelo nariz, três funções respiratórias distintas são 
realizadas pelas cavidades nasais: 
Essas funções em conjunto são chamadas de função de 
condicionamento do ardas vias respiratórias superiores.
FUNÇÃO DE FILTRAÇÃO DO NARIZ: os pelos, na entrada das narinas, são 
importantes para a filtração de grandes partículas. Muito mais 
importante, entretanto, é a remoção de partículas por precipitação 
turbulenta. Isto é, o ar, passando pelas vias nasais, choca-se com 
anteparos obstrutivos: as conchas, o septo e a parede da faringe. 
Sempre que o ar se choca com uma dessas estruturas obstrutivas, ele 
deve mudar a direção de seu movimento.
O mecanismo de turbulência nasal para remoção das partículas do ar é 
tão efetivo que quase nenhuma partícula maior que 6 micrômetros de 
diâmetro entra no pulmão pelo nariz. Esse tamanho é menor que o de 
uma hemácia.
Circulação pulmonar, edema pulmonar 
e líquido pleural
VASOS PULMONARES: a artéria pulmonar é fina, com espessura de sua 
parede com um terço da espessura da aorta. Os ramos da artéria 
pulmonar são muito curtos, e todas as artérias pulmonares, mesmo as 
menores artérias e arteríolas, têm diâmetros maiores do que suas 
correspondentes na circulação sistêmica. Isso, combinado ao fato de que 
os vasos são finos e distensíveis, dá à árvore pulmonar grande 
complacência. Essa grande complacência permite que as artérias 
 Página 43 
pulmonares acomodem o volume sistólico do ventrículo direito.
As veias pulmonares, como as artérias pulmonares, também são curtas. 
Elas drenam imediatamente seu sangue efluente no átrio esquerdo, sangue 
este que é bombeado pelo lado esquerdo do coração para toda a circulação 
sistêmica.
VASOS BRÔNQUICOS: o sangue também flui para os pulmõespelas 
pequenas artérias brônquicas originárias na circulação sistêmica, sendo 
responsável por, aproximadamente, 1% a 2% do débito cardíaco total. Esse 
sangue da artéria brônquica é sangue oxigenado, em contraste com o 
sangue parcialmente desoxigenado encontrado nas artérias pulmonares. Ele 
supre os tecidos de suporte dos pulmões, incluindo o tecido conjuntivo, os 
septos e os grandes e pequenos brônquios. Depois que esse sangue 
brônquico e arterial passa pelos tecidos de suporte, ele é drenado para as 
veias pulmonares e entra no átrio esquerdo, em vez de voltar para o átrio 
direito. Portanto, o fluxo para o átrio esquerdo e o débito do ventrículo 
esquerdo são cerca de 1% a 2% maiores do que o débito do ventrículo 
direito.
VASOS LINFÁTICOS: os vasos linfáticos estão presentes em todo o tecido 
de suporte do pulmão, começando nos espaços de tecido conjuntivo que 
circundam os bronquíolos terminais, cursando para o hilo do pulmão e, desse 
ponto, principalmente para o dueto linfático torácico direito. Partículas que 
chegam aos alvéolos são parcialmente removidas por meio desses canais, e 
a proteína plasmática que escapa dos capilares pulmonares também é 
removida dos tecidos pulmonares, ajudando a prevenir um edema pulmonar.
Durante a sístole, a pressão na artéria pulmonar é essencialmente igual à 
pressão no ventrículo direito. Entretanto, depois que a válvula pulmonar se 
fecha, ao final da sístole, a pressão ventricular cai vertiginosamente, 
enquanto a pressão arterial pulmonar cai mais lentamente à medida que o 
sangue flui pelos capilares dos pulmões.
O volume sanguíneo dos pulmões é de cerca de 450 mililitros, cerca de 9% 
do volume total de sangue em todo o sistema circulatório. Aproximadamente 
70 mililitros desse volume sanguíneo ficam localizados nos capilares 
pulmonares, e o restante é dividido igualmente entre as artérias e veias 
pulmonares.
OS PULMÕES SERVEM COMO RESERVATÓRIO DE SANGUE: sob várias 
condições fisiológicas e patológicas, a quantidade de sangue nos pulmões 
pode variar desde a metade do normal até duas vezes o volume normal.
A insuficiência do lado esquerdo do coração ou aumento da resistência ao 
fluxo sanguíneo pela válvula mitral, resultante de estenose ou regurgitação 
mitral, faz com que o sangue se acumule na circulação pulmonar, algumas 
vezes aumentando o volume pulmonar por até 100% e causando grandes 
elevações nas pressões vasculares pulmonares. Como o volume da 
circulação sistêmica é aproximadamente nove vezes o da circulação 
pulmonar, o desvio de sangue de um sistema para o outro afeta 
enormemente o sistema pulmonar, mas geralmente tem somente leves 
efeitos na circulação sistêmica.
O fluxo de sangue pelos pulmões é essencialmente igual ao débito cardíaco. 
Na maioria das condições, os vasos pulmonares atuam como tubos 
distensíveis passivos que se dilatam com o aumento da pressão e se 
estreitam com a diminuição da pressão. Para que ocorra a aeração 
adequada do sangue, é importante que ele seja distribuído para os 
segmentos pulmonares onde os alvéolos estejam melhor oxigenados.
O edema pulmonar ocorre da mesma forma que os edemas de outros 
locais do organismo. Qualquer fator que aumente a filtração de líquidos 
para fora dos capilares pulmonares ou que impeça o funcionamento dos 
linfáticos pulmonares provocando o aumento da pressão do líquido 
intersticial pulmonar, que passe da faixa negativa para a positiva, 
causará o rápido enchimento dos espaços intersticiais pulmonares e dos 
alvéolos, com grande quantidade de líquido livre.
Insuficiência cardíaca esquerda ou doença da válvula mitral, com 
grandes elevações da pressão venosa pulmonar e alagamento 
dos espaços intersticiais e dos alvéolos.
1.
Lesão das membranas dos capilares pulmonares, causada por 
infecções, como a pneumonia, ou pela inalação de substâncias 
tóxicas, como o cloro gasoso ou o gás dióxido de enxofre. Cada 
um desses gases causa rápido vazamento tanto de proteínas 
plasmáticas quanto de líquido dos capilares para os espaços 
intersticiais dos pulmões e para os alvéolos.
2.
As causas mais comuns de edema pulmonar são as seguintes:
Quando os pulmões se expandem e se contraem, durante a respiração 
normal, eles deslizam para frente e para trás, dentro da cavidade 
pleural. Para facilitar esse deslizamento, fina camada de líquido mucoide 
existe entre as pleuras parietal e visceral.
Sistema respiratório
RESPIRAÇÃO é o meio pelo qual os animais obtêm e usam o oxigênio e 
eliminam o dióxido de carbono. Os aspectos físicos da respiração estão 
relacionados com o abastecimento de oxigênio para as células, onde ele é 
recebido pelas mitocôndrias ao final da cadeia de transferência de 
elétrons. Ali, os co-fatores reduzidos do metabolismo são novamente 
oxidados e, nesse processo de transferência de elétrons, o hidrogênio 
combina-se com o oxigênio para formar água. Essa água é referida 
como água metabólica
Aparelho respiratório 
O aparelho respiratório consiste em pulmões e pleura e passagens de ar 
conduzindo a eles, incluindo narinas, cavidades nasais, faringe, laringe, 
traqueia, brônquios e bronquíolos. 
Narinas são aberturas externas pareadas para passagem de ar. São 
mais flexíveis e dilatáveis em equinos e mais rígidas em suínos. A 
dilatação das narinas é vantajosa quando se requer mais ar, como em 
corridas e em situações nas quais a respiração não é feita pela boca. 
As narinas oferecem as aberturas externas para as cavidades nasais
pareadas. As cavidades nasais são separadas entre si pelo septo nasal e 
da boca por palato duro e palato mole. Além disso, cada cavidade nasal 
contém ossos turbinados cobertos por mucosa (conchas) que se 
projetam para o interior a partir das paredes dorsal e lateral, 
separando a cavidade em passagens conhecidas como meatos: comum, 
dorsal, médio e ventral. A mucosa dos turbinados é bem vascularizado e 
serve para aquecer e umidificar o ar inalado. Outra função é o 
resfriamento do sangue que supre o cérebro. As artérias que suprem 
sangue para o cérebro dividem-se em várias artérias menores na sua 
base e daí juntam-se novamente antes de entrar. Essas artérias 
menores banham-se numa "poça" de sangue venoso que vem das 
paredes das passagens nasais, onde foi resfriado. O cérebro é o órgão 
 Página 44 
mais sensível do corpo, então esse método de resfriamento é 
particularmente importante durante momentos de extrema atividade. A 
respiração pela boca quando o ar ambiente está extremamente frio 
parece ser reflexo, o que evitaria o super-resfriamento do cérebro, 
passível de ocorrer se todo o ar inalado atravessasse o meato e entrasse 
em contato com as conchas. O epitélio olfatório está localizado na porção 
caudal da cavidade nasal e a maior percepção dos odores (uma função não 
respiratória) é conseguida pelo ato de fungar (inspirações e expirações 
rápidas alternadas e superficiais).
A faringe está caudal às cavidades nasais e é uma passagem comum para 
ar e comida. As aberturas para a faringe abrangem as duas narinas 
posteriores, duas tubas de Eustáquio, boca (cavidade oral), glote e esôfago. 
A abertura da faringe levando à continuação da passagem respiratória é a 
laringe, o órgão da fonação (produção de som) nos mamíferos. O som é 
produzido pela passagem controlada de ar, que provoca a vibração das 
cordas vocais na laringe. O órgão da fonação em pássaros é chamado de 
siringe, localizada onde a traqueia se divide para formar os brônquios.
Glote é a abertura semelhante a uma fenda entre as cordas vocais e o 
local de inserção de um tubo endotraqueal (dentro da traqueia) quando este 
é usado para proporcionar ventilação, assistida e para administração de 
anestésicos inalatórios. Estendendo-se cranialmente a partir da laringe está 
a epiglote, uma placa cartilaginosa em formato de folha coberta por 
membrana mucosa. Está localizada na raiz da língua, que passivamente se 
inclina sobre a laringe durante o ato de deglutição, evitando a entrada na 
traqueia de um bolo sendo deglutido. 
A traqueia é aprimeira via de acesso do ar para os pulmões. Continua-se a 
partir da laringe, cranialmente e divide-se caudalmente para formar os 
brônquios direito e esquerdo. A parede traqueal contém anéis cartilaginosos 
que evitam o colapso da via aérea. Cada anel traqueal é incompleto (não 
unido dorsalmente), o que permite variações em diâmetro reguladas pelo 
músculo liso traqueal. Esse diâmetro aumenta em momentos de maior 
necessidade ventilatória. 
BRÔNQUIOS.→
BRONQUÍOLOS.→
BRONQUÍOLOS TERMINAIS.→
BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS.→
DUCTOS ALVEOLARES.→
SACO ALVEOLAR.→
ALVÉOLOS.→
Os brônquios direito e esquerdo e suas subdivisões continuam-se em toda 
via até os alvéolos, subdivisões menores e finais das passagens aéreas. As 
subdivisões da traqueia para os alvéolos, de maior para menor, são:
Alvéolos pulmonares
Os alvéolos pulmonares são os principais pontos de difusão de gases entre 
o ar e o sangue. A separação do ar e sangue, e assim a distância de 
difusão, é mínima no nível alveolar. O epitélio alveolar e o endotélio capilar 
estão intimamente associados. O sangue venoso das artérias pulmonares 
transforma-se em sangue arterial e retorna ao átrio pelas veias 
pulmonares. A cor arroxeada do sangue torna-se vermelha brilhante no 
sangue arterial durante a restauração da hemoglobina com novo oxigênio 
que se difundiu pelos alvéolos. 
Pulmões e pleura
Os pulmões são as principais estruturas do sistema respiratório, estruturas 
pareadas que ocupam todo o espaço no tórax não preenchido. Quando o 
tórax se expande em volume, os pulmões também se expandem, permitindo 
a entrada do ar. 
Os pulmões têm movimentos quase livres de fricção dentro do tórax, em 
razão da pleura, uma membrana serosa lis, constituída de uma única 
camada de células fundidas na superfície de uma camada de tecido 
conjuntivo. Ela envolve ambos os pulmões (pleura visceral). A pleura para 
os pulmões direito e esquerdo encontra-se próxima da linha média e ali é 
refletida para cima (dorsalmente), retorna pela parede torácica interna 
e a reveste (pleura parietal). O espaço entre as respectivas camadas de 
pleura visceral conforme ascendem para a parede dorsal é conhecido 
como espaço mediastínico. Dentro do espaço mediastínico, estão veias 
cavas, ducto linfático, torácico, esôfago, aorta e traqueia. O espaço 
mediastínico está intimamente associado ao espaço intrapleural (espaço 
entre as pleuras visceral e parietal), assim, as alterações da pressão no 
espaço intrapleural são acompanhadas por alterações similares no 
espaço mediastínico. Além disso, as alterações de pressão no espaço 
mediastínico são acompanhadas por alterações internas das estruturas 
mediastínicas, produzidas porque suas paredes são suscetíveis de 
dilatação por uma pressão relativamente baixa.
Fatores associados à respiração
Vários fatores da terminologia respiratória precisam ser entendidos 
para observação, descrição e mensuração do comportamento individual 
animal relacionado à respiração.
Um ciclo respiratório consiste numa fase inspiratória seguida de uma 
fase expiratória. A inspiração compreende o aumento de tamanho de 
tórax e pulmões, com entrada conjunta de ar. O tórax aumenta de 
tamanho por contração do diafragma (separação musculotendínea entre 
o tórax e o abdome) e pela contração dos músculos intercostais
apropriados (músculos localizados entre as costelas). A contração 
diafragmática aumenta o tórax em direção caudal e a contração do 
músculo intercostal, em direção cranial e para fora. Em condições de 
respiração normal, a inspiração requer maior esforço do que a 
expiração e, às vezes, a expiração parece ser passiva. A expiração pode 
se tornar um processo bem ativo, particularmente durante períodos de 
respiração acelerada e quando existem impedimentos à saída do ar. Os 
músculos intercostais apropriados contraem-se para ajudar na 
expiração. Outros músculos esqueléticos podem auxiliar tanto na 
inspiração como na expiração, como os músculos abdominais. Quando 
contraídos, esses músculos forçam as vísceras abdominais para frente, 
para pressionar o diafragma, o que por sua vez diminui o volume 
torácico.
RESPIRAÇÃO ABDOMINAL: é caracterizada por movimentos 
visíveis do abdome, quando este se projeta durante a expiração. 
Normalmente, predomina o tipo abdominal de respiração.
1.
RESPIRAÇÃO COSTAL: caracterizada por movimentos 
pronunciado das costelas. Durante condições dolorosas do 
abdome, como a peritonite, na qual o movimento das vísceras 
agrava a dor, a respiração costal pode predominar. Semelhante, 
em condições dolorosas do tórax, tais como pleurite, a respiração 
abdominal pode ficar mais aparente. A retenção do tórax para 
minimizar sua expansão para fora e cranialmente requer maior 
esforço diafragmático, e o subsequente movimento das vísceras 
abdominais acentua o tipo abdominal de respiração.
2.
Existem dois tipos de respiração:
Além dos tipos de respiração, existem variações relacionadas com a 
frequência dos ciclos respiratórios, profundidade da inspiração, ou 
ambas. 
 Página 45 
EUPNÉIA: termo usado para descrever a respiração normal, sem 
desvios em frequência ou profundidade.
a.
DISPNÉIA: respiração dificultosa, na qual é visível o esforço 
requerido para respirar. O animal usualmente está ciente desse 
estágio de respiração.
b.
HIPERPNÉIA: respiração caracterizada por aumento de profundida, 
frequência ou ambas e é notada após esforço físico. O animal não 
está consciente desse estágio.
c.
POLIPNÉIA: respiração rápida e superficial, de certa forma similar 
ao arfar. Assemelha-se a hiperpnéia quanto à frequência, mas é 
diferente em relação a profundidade. 
d.
APNÉIA: refere-se à interrupção da respiração. Porém, como usado 
clinicamente, em geral se aplica a um estágio transitório de 
cessação de respiração. 
e.
TAQUIPNÉIA: é a rapidez excessiva da respiração. f.
BRADIPNÉIA: é uma lentidão anormal da respiração. g.
As descrições convencionais para os volumes pulmonares são associadas à 
quantidade de ar dentro deles num período de tempo ou à quantidade numa 
respiração. 
Volume corrente é a quantidade de ar respirada para dentro ou para fora 
durante um ciclo respiratório. Pode aumentar ou diminuir em relação ao 
normal, dependendo das necessidades ventilatórias. 
Volume de reserva inspiratório é a quantidade de ar que pode ainda ser 
inspirada após a inalação do volume corrente.
Volume de reserva expiratório é a quantidade de ar que pode ainda ser 
expirada após se exalar o volume corrente.
Volume residual é a quantidade de ar remanescente nos pulmões depois de 
expiração mais forçada. Além disso, uma parte do volume residual 
permanece nos pulmões após estes terem sido removidos durante o abate 
ou exame pós-morte. Devido ao volume residual remanescente, os cortes 
do pulmão flutuam na água. A consolidação do tecido pulmonar, como corre 
em pneumonia, faz com que afundem.
Às vezes, é útil combinar dois ou mais desses volumes. Tais combinações 
são chamadas de capacidades.
Capacidade pulmonar total é a soma de todos os valores. 
Capacidade vital é a soma de todos os volumes além do volume residual, é a 
quantidade máxima de ar que pode ser respirada depois do maior esforço 
respiratório.
Capacidade inspiratória é a soma dos volumes de reserva inspiratória e a 
corrente.
Capacidade residual funcional é a soma do volume de reserva expiratório e 
do volume residual.
Tamanho corpóreo.→
Idade.→
Exercício.→
Excitação.→
Temperatura ambiente.→
Gestação.→
Grau de preenchimento do trato digestório.→
Estado de saúde→
Frequência respiratória refere-se ao número de ciclos respiratórios a cada 
minuto. A frequência respiratória pode ser afetada pelos seguintes 
fatores: 
A gestação e o preenchimento do trato digestório aumentam a frequência 
porque limitam o movimento do diafragma durante a inspiração. Quando a 
expansão dos pulmões fica restrita, a ventilação adequada é mantida 
pela elevação da frequência, por exemplo, quando os bovinos se deitam, 
o grande rúmen empurra o diafragma e restringe seu movimentoe a 
frequência respiratória parece aumentar.
A frequência respiratória costuma aumentar durante doenças. Então, 
ela é determinante no estado de saúde, mas a frequência para as 
espécies sob condições variadas precisa ser conhecida, para que esse 
parâmetro possa ser interpretado adequadamente. Valores são 
significativos somente quando obtidos oportunamente dos animais em 
repouso.
A velocidade do fluxo de ar diminui progressivamente da traqueia em 
direção aos bronquíolos. Escutar os sons pulmonares com a ajuda de um 
estetoscópio denomina-se ausculta. O fluxo de ar de alta velocidade e 
turbulento na traqueia e nos bronquíolos produz sons pulmonares que 
podem ser ouvidos através do estetoscópio num animal normal. O fluxo 
laminar de baixa velocidade nos bronquíolos não produz som. Para 
amplificar os sons, esforços respiratórios profundos podem ser 
produzidos colocando-se um saco plástico frouxamente sobre o focinho 
do animal. 
O termo som respiratório aplica-se a qualquer som que acompanhe o 
movimento do ar através da árvore traqueobrônquica. Os sons 
respiratórios variam aleatória e amplamente em intensidade, dependendo 
de serem produzidos nas vias aéreas maiores ou no parênquima 
pulmonar remanescente. 
Os sons adventícios são extrínsecos ao mecanismo normal de produção 
de som do trato respiratório e são sons anormais sobrepostos aos sons 
respiratórios. Os sons adventícios são ainda classificados como 
crepitação e sibilo. Doenças que provocam edema ou exsudato nas vias 
aéreas podem resultar em crepitação. Os sibilos sugerem vias aéreas 
estreitas (por exemplo, broncoconstrição, espessamento da parede 
brônquica, compressão externa das vias aéreas).
Com exceção do fluxo laminar e de baixa velocidade nos bronquíolos, a 
ausência de sons respiratórios implica em não haver nenhum tecido 
pulmonar funcional abaixo do estetoscópio. 
Pressões respiratórias
Solutos e solventes difundem-se de uma área cuja concentração é maior 
para uma em que ela é menor, assim também os gases. As 
concentrações de gases em geral são expressas como pressões. Isso às 
vezes ajuda a pensar em termos de concentração, ao invés da pressão 
quando se determina a difusão de um único gás numa mistura de gases.
Usualmente, a pressão do gás é considerada em termos de pressão 
total, independentemente de ser um único gás ou mistura de gases. 
Quando se considera o equilíbrio de duas misturas de gases separadas 
por uma membrana permeável, porém, é necessário ter em conta cada 
gás na mistura separadamente em termos de contribuição À pressão 
total. Portanto, usa-se o termo pressão parcial, definido como a pressão 
exercida por um gás em particular numa mistura de gases. A soma das 
pressões parciais dos gases numa mistura iguala-se à pressão total. A 
notação fisiológica para pressão parcial é P. Gases específicos são 
registrados com seus símbolos químicos. Assim, a pressão parcial do 
oxigênio numa mistura de gases é registrada como PO2. A pressão 
parcial de oxigênio no sangue arterial e no sangue venoso é fornecida, 
respectivamente, como PaO2 e PvO2, onde a particularidade dos sangues 
arterial e venoso é expressa pelas letras a e v.
 Página 46 
Como o oxigênio é consumido e o dióxido de carbono é produzido pelas 
células, espera-se que o sangue venoso (sangue que retorna aos pulmões 
após servir as células) tenha maior PCO2 e menor PO2 do que o sangue 
arterial (sangue que foi reabastecido pelos pulmões e está no trajeto para 
as células). O sangue arterial obtido de uma parte do corpo tem 
aproximadamente o mesmo conteúdo de gases do que o obtido de outra 
parte porque nenhum atingiu os sistemas capilares onde ocorrem as 
trocas (perda de oxigênio e ganho de gás carbônico). O sangue venoso de 
diferentes partes do corpo pode variar, porém, devido ao metabolismo 
diferente associado à função da parte do corpo. Um local mais ativo 
consome mais oxigênio e produz mais gás carbônico do que um pouco 
menos ativo. Devido a essas diferenças, o sangue da veia jugular pode não 
ser representativo de todo o sangue venoso corpóreo (sangue do átrio 
direito).
A pressão total de uma atmosfera (1 atm) de ar sob condições de 
temperatura e pressão padrão é de 760mmHg. A composição apropriada 
do ar atmosférico seco (e pressões parciais correspondentes) é: 21% de 
O2 (PO2 cerca de 159mmHg), 0,03% de CO2 (PCO2 cerca de 0,23mmHg), 
79% de N2 (PN2 cerca de 600mmHg). A pressão total é de 
aproximadamente 760mmHg. O CO2 está quase ausente no ar 
atmosférico, o que explica o gradiente de difusão eficiente para o CO2 do 
corpo (onde é produzido) para o ar ao redor de nós. Qualquer quantidade 
de umidificação é representada por um valor de pressão parcial do valor 
de água (PH2O). Sua presença causaria diluição de outros gases e assim 
suas pressões parciais ficariam reduzidas para manter a pressão total de 
760mmHg. 
Supõe-se que a composição do ar alveolar seja a mesma do ar atmosférico 
porque simplesmente ele representa a transferência de ar de um local 
para outro. O processo de ventilação não evacua completamente os 
alvéolos a cada respiração, mas antes é reabastecimento e evacuação 
gradativos. A composição aproximada do ar alveolar, medido em pressão 
parcial, é como se segue (pressões parciais do ar atmosférico seco estão 
entre parênteses): PO2 - 104mmHg (159); PCO2 - 40mmHg (0,23); PN2 -
569mmHg (600); PH2O - 47mmHg (0,00). As diferenças em relação ao ar 
atmosférico são evidentes. A pressão total do ar alveolar é igual a 
760mmHg e todos os seus componentes estão diluídos pelo vapor de água, 
que é igual a 47mmHg. A PH2O de 47mmHg representa 100% da 
umidificação do ar alveolar na temperatura corpórea (37ºC para humanos). 
Além disso, a PO2 é menor e a PCO2 é maior do que as respectivas 
pressões atmosféricas porque o oxigênio é continuamente difundido do ar 
alveolar para os tecidos (onde é usado) e o CO2 é continuamente difundido 
dos tecidos (onde é produzido) para o ar alveolar (onde é expelido). A PN2 
do ar alveolar é menor do que seu valor no ar atmosférico principalmente 
por sua diluição pelo vapor de água.
Ventilação pulmonar
A ventilação em geral se relaciona como o processo pelo qual o gás em 
locais fechados é renovado ou trocado. Quando se aplica aos pulmões, é um 
processo de troca entre gases nas vias aéreas e alvéolos e gases do 
ambiente. A principal função da respiração é prover a ventilação. Quando 
bovinos são atordoados no momento do abete, observou-se que a 
respiração frequentemente para. O coração continua aa bater por 4a 10 
minutos mais, mas também para quando o oxigênio disponível da capacidade 
funcional residual foi depletado. Por isso, um animal sem respirar ainda 
pode ter potencial de ressuscitação se o coração continuar a bater.
O volume corrente é usado para ventilar não somente os alvéolos, mas 
também as vias aéreas que levam a eles. Devido a pouca ou nenhuma 
difusão de oxigênio e dióxido de carbono através das membranas da 
maior parte das vias, eles formam parte do que é chamado de 
ventilação do espaço morto. A outra parte da ventilação do espaço 
morto é feita dos alvéolos com reduzida perfusão capilar. A ventilação 
desses alvéolos é ineficiente nas trocas produtivas de gases sanguíneos. 
A ventilação dos alvéolos e vias aéreas não perfundidos, graças a 
nenhuma troca dos gases respiratórios, é referida como espaço morto 
fisiológico. O espaço morto fisiológico é definido como o volume de gás 
que é inspirado, mas não participa das trocas de gases nas vias aéreas 
e alvéolos. Por isso, o volume corrente (Vc) tem um componente de 
espaço morto (VM) e um componente alveolar (VA) ou Vc = VM + VA. 
A ventilação do espaço morto é uma parte necessária do processo de 
ventilação dos alvéolos e não é totalmente desperdiçada. Ela ajuda no 
aquecimento e umidificação do ar inalado e no resfriamento do corpo 
sob certas condições, tais como quando é preciso arfar. Durante o ato 
de arfar, a frequência respiratória aumenta e o volume corrente 
diminui, de forma que a ventilaçãoalveolar permanece aproximadamente 
constante.
A pressão dentro dos pulmões é chamada de pressão intrapulmonar e a 
pressão fora dos pulmões, mas dentro da cavidade torácica (entre as 
pleuras visceral e parietal) é a pressão intrapleural. O ar flui para dentro 
dos pulmões durante a inspiração porque a pressão do interior dos 
pulmões, pressão intrapulmonar, torna-se menor do que a pressão 
atmosférica. Semelhante, o ar flui para fora dos pulmões durante a 
expiração porque a pressão intrapulmonar excede a pressão 
atmosférica messe momento. 
A pressão intrapulmonar diminui durante a inspiração porque o volume 
dos pulmões aumenta. Os pulmões podem aumentar em volume porque 
são estruturas elásticas que podem esticar. Além disso, a pressão ao 
redor deles, a intrapleural, vai sendo reduzida porque o volume do 
espaço intrapleural, aumenta em resposta à contração do diafragma e 
dos músculos intercostais. Quando a contração dos músculos 
respiratórios cessa, começa a expiração.
Para permitir que o ar flua para fora dos pulmões durante a expiração, 
a pressão intrapulmonar precisa se tornar positiva. A pressão positiva é 
principalmente gerada pela tendência de retração dos pulmões, que 
foram previamente esticados durante a inspiração. A tendência de 
retração é produzida não somente pelas fibras elásticas dentro do 
pulmão, mas também pela tensão de superfície do líquido que guarnece 
os alvéolos. A retração dos pulmões pode também ser auxiliada pelos 
músculos expiratórios. O diafragma é um músculo inspiratório e sua 
contração ajuda somente a inspiração, inversamente, seu relaxamento 
permite a expiração. Durante a eupneia, a pressão intrapulmonar pode 
ser cerca de -1mmHg (abaixo da atmosférica) durante inspiração, e de +
1mmHg durante a expiração. 
A pressão intrapleural (pressão num espaço fechado) normalmente é 
menor do que a atmosférica, mesmo ao final da expiração e antes da 
inspiração, como resultado da tendência constante de retração dos 
pulmões e da absorção de gases dos espaços fechados causado pela 
existência de um gradiente de difusão entre o espaço fechado e o 
sangue venoso. A pressão total no espaço intrapleural está em equilíbrio 
com o sangue venoso. É menor do que a pressão atmosférica em 
virtude da redução de PO2. A pressão total reduzida do espaço 
intrapleural é comparável com a existente num pequeno vácuo.
 Página 47 
Se o espaço intrapleural for aberto para a atmosfera (por exemplo, 
durante certos procedimentos cirúrgicos), não é possível a contração do 
diafragma gerar maior vácuo no espaço intrapleural, e os pulmões não 
inflam. Essa condição é conhecida como pneumotórax. Pode-se necessitar de 
um respirador para ventilar os pulmões ou o animal morrerá. A correção do 
pneumotórax implica no fechamento final eficiente da abertura não natural 
simultaneamente com a completa inflação pulmonar. A retração pulmonar 
normal poderia, então, restabelecer a pressão intrapleural negativa normal. 
A inspiração seguinte gera pressão negativa no espaço intrapleural e os 
pulmões se expandem porque a traqueia passa a ser a única passagem 
disponível para a entrada de ar.
Durante a inspiração, quando a pressão intrapleural está reduzida, a 
pressão no espaço mediastínico também fica reduzida. A redução da 
pressão do espaço mediastínico é seguida pela expansão do volume e a 
redução da pressão dentro das estruturas passíveis de distensão do espaço 
mediastínico (veias cavas, ducto linfático torácico, esôfago). Essa redução na 
pressão ajuda no retorno de sangue e linfa para o coração. Durante a 
regurgitação em ruminantes, menor pressão no esôfago associada à 
inspiração exagerada com a glote fechada também ajuda nesse processo.
Difusão dos gases respiratórios
Os gases respiratórios difundem-se prontamente através dos tecidos 
corpóreos. Decido a sua grande solubilidade lipídica, o dióxido de carbono 
difunde-se cerca e 20 vezes mais prontamente do que o oxigênio. Além 
disso, conforme aumenta a distância da difusão, como em edema intersticial 
pulmonar, diminui a taxa de difusão. Sob esta condição, pode-se observar 
maior esforço ventilatório na tentativa de compensar a hipoxemia
(concentração reduzida de oxigênio no sangue arterial) que se desenvolve 
devido à menor velocidade de difusão. 
A ventilação leva oxigênio para os alvéolos e remove gás carbônico. Como o 
oxigênio está sendo consumido tecidos, existe uma diferença de pressão 
para sua difusão dos alvéolos para o sangue venoso (que se torna arterial) e 
do sangue arterial para os tecidos. Como o gás carbônico está sendo 
produzido nos tecidos, existe uma diferença de pressão para sua difusão 
dos tecidos para o sangue arterial (que daí se torna venoso) e do sangue 
venoso para os alvéolos. 
A PCO2 adicionada é menor que a PO2 subtraída. Isso também é verdadeiro 
para O2 e CO2 nos tecidos, mas somente é verdadeiro num certo grau em 
sangue arterial, pois nem todo sangue que vai aos pulmões se torna arterial 
(alvéolos não perfundidos). 
Transporte de oxigênio
O processamento de oxigênio durante sua absorção pela hemoglobina 
(Hb) é do ar nos alvéolos para sucessivas soluções no líquido intersticial, 
no plasma e no líquido eritrocitário e, finalmente para se combinar com a 
hemoglobina. Para o oxigênio fornecido para as células, o processamento 
do oxigênio vem do líquido intersticial, seguido por aquele do plasma e do 
líquido eritrocitário, o qual retorna pleno de oxigênio e se combina com a 
hemoglobina.
Transporte de dióxido de carbono
O transporte de dióxido de carbono é facilitado por várias reações que 
efetivamente oferecem outras formas de CO2 além de que encontra 
em solução. Mesmo que o CO2 seja mais solúvel que o O2, a quantidade 
produzida excede aquela que pode ser carreada em solução.
Cerca de 80% do transporte de dióxido de carbono ocorrem na forma 
de bicarbonato (HCO3-). Essa forma resulta da reação de hidratação:
CO2 + H2O <-> H2CO3 <-> H+ + HCO3-
A reação é favorecida dentro dos eritrócitos, graças à enzima anidrase 
carbônica e ela atua com facilidade, formando H+ e HCO3-. Porém, a 
reação seria numa limitada velocidade, se os produtos da reação não 
fossem removidos. A remoção é feita por tamponamento químico do H+ 
e pela difusão do HCO3- dos eritrócitos em direção ao plasma. Nem todos 
os íons de hidrogênio são tamponados, então o sangue venoso tem pH 
menor do que o sangue arterial. Também, pela difusão do HCO3- dos 
eritrócitos para o plasma, o sangue venoso tem maior concentração de 
HCO3- do que o sangue arterial.
O componente mais abundante disponível para tamponamento do 
hidrogênio formado durante a reação de hidratação é a hemoglobina. 
Quando há deficiência de hemoglobina, como em anemia, o 
tamponamento do hidrogênio oriundo de todas as fontes ficam 
comprometido e resulta em acidemia (maior concentração de H+ no 
sangue) nos períodos de maior produção de H+, como em esforços 
físicos.
 Página 48 
Outra reação responsável pelo transporte de CO2 é a combinação do CO2
com os agrupamentos amino terminais nas proteínas de plasma e 
hemoglobina para formar os compostos carbamino. 
A quantidade produzida com a hemoglobina excede a produzida com as 
proteínas plasmáticas porque nestas existem menos agrupamentos amino 
terminais.
Quando o sangue venoso atinge os alvéolos e a diferença de pressão de 
CO2 favorece a difusão do CO2 do plasma para os alvéolos, existe uma 
pronta reversão da reação de hidratação e da reação que forma 
compostos carbamino (retorno do CO2 para a solução). O efeito é perda de 
CO2 que foi transportado dos tecidos.
Regulação da ventilação
CENTRO PNEUMOTORÁCICO: acredita-se que modele a sensibilidade 
do centro respiratório às chegadas que ativam o término da 
inspiração e facilitam a expiração.
1.
CENTRO APNÊUSTICO: acredita-se que esteja associado às 
inspirações profundas, tais como o suspirar.
2.
GRUPOS RESPIRATÓRIO DORSAL: grupo de neurônios 
predominantemente associados à atividade inspiratória 
(particularmente envolvida no términoda inspiração induzida pela 
inflação do pulmão).
3.
GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL: grupo de neurônios contendo 
neurônios inspiratórios e expiratórios (ajudam a inspiração iniciada 
por aqueles no grupo respiratório dorsal e também provêm a 
expiração assistida).
4.
A ventilação pulmonar é rigorosamente regulada para manter as 
concentrações de H+, CO2 e O2 em níveis relativamente constantes 
enquanto satisfazem às necessidades corpóreas sob várias condições. Se 
as concentrações de H+ ou de CO2 aumentarem ou se a concentração de 
O2 diminuir, seus níveis retornarão ao normal por meio do aumento da 
ventilação. Inversamente, se as concentrações de H+ ou CO2 diminuírem ou 
a de O2 aumentar, a ventilação pulmonar também se reduzirá. Esse 
mecanismo regulador é controlado por modificações no volume corrente, na 
frequência dos ciclos respiratórios ou ambos. O mediador central de tais 
alterações é o centro respiratório no tronco encefálico, que tem quatro 
regiões específicas:
Formulou-se a hipótese de um gerador de padrão central, acredita-se que 
o aparelho central seja responsável pela ritmicidade. Também se acredita 
que esse gerador de padrão central esteja no tronco encefálico, sendo 
influenciado pelas chegadas dos nervos vago e glossofaríngeo e por 
quimiorreceptores.
Identificaram-se impulsos para o centro respiratório (impulsos aferentes) 
das várias fontes receptoras. Os reflexos de Hering-Breuer provavelmente 
sejam os mais notáveis. Os receptores para esses reflexos estão 
localizados nos pulmões, particularmente nos brônquios e bronquíolos. Os 
impulsos nervosos gerados pelos receptores dos reflexos de Hering-Breuer 
são transmitidos por fibras aos nervos vagos para o centro respiratório. O 
efeito do estímulo do receptor de inflação é inibir mais inspiração 
(estimulação dos neurônios no grupo respiratório dorsal) e estimular os 
neurônios expiratórios no grupo respiratório ventral. O volume corrente 
pode ser aumentado, porém, pela modulação do centro pneumotorácico. 
Outro componente do reflexo de Hering-Breuer é ativado em algum ponto 
particular de deflação. Os receptores de deflação podem não ser ativados 
para causar a inspiração seguinte durante a eupneia, mas 
podem ser ativados quando a deflação é mais completa.
Além dos receptores pulmonares, existem outros perifericamente 
localizados que modificam o ritmo básico. A estimulação dos receptores 
na pele excita o centro respiratório e pode ser observada durante uma 
inspiração mais profunda do que o usual. A excitação da área inspiratória 
pode ser pela área apnêustica, porque são ocasionalmente notadas 
dificuldades inspiratórias. Obtém-se vantagem desses receptores 
quando se deseja o estímulo da respiração em animais neonatos. 
Esfregar a pele com um pano áspero frequentemente inicia os ciclos 
respiratórios. Também se acredita que, quando os impulsos descem do 
córtex cerebral para os músculos esqueléticos, uma ramificação possa 
migrar para o centro respiratório para aumentar a ventilação. Esse 
mecanismo poderia explicar as alterações durante o exercício, quando 
existem aumentos na ventilação não são explicados, meramente pelas 
modificações nas concentrações sanguíneas de CO2, O2 e H+.
Vários reflexos respiratórios originam-se de receptores nas passagens 
aéreas anteriores. O estímulo das membranas mucosas nessas regiões 
provoca o reflexo de inibição da respiração. Um exemplo notável desse 
reflexo é a inibição da respiração durante a deglutição: além disso, em 
pássaros e mamíferos mergulhadores, existe um reflexo de inibição da 
respiração quando eles submergem. O estímulo da membrana mucosa 
laríngea em animais não anestesiados não somente inibe a respiração, 
mas também promove esforços expiratórios poderosos (tosse). 
Semelhantemente, o ato de espirrar pode ser observado após 
estimulação da membrana mucosa nasal por vários mecanismos. A 
função de todos esses últimos reflexos é proteger a delicada passagem 
respiratória e os alvéolos pulmonares de substâncias perigosas (por 
exemplo, gases irritantes, poeira, fumaça, partículas de comida) que 
poderiam ser inspirados. Para garantir proteção, a glote fecha-se e os 
brônquios podem se constringir.
Respirações comuns ocorrem involuntariamente. É verdade, porém, que 
elas podem ser alteradas voluntariamente dentro de amplos limites -
podem ser aceleradas, desaceleradas ou completamente interrompidas, 
por um tempo. A fonação e o uso de pressão abdominal nos atos 
expulsivos de defecar, urinar e de parto, são exemplos do (mais ou 
menos) completo controle voluntário dos movimentos respiratórios. 
Esses atos, porém, não estão relacionados com as trocas gasosas entre 
o organismo e o ambiente, mas representam funções secundárias do 
aparelho respiratório. 
Os impulsos aferentes dos receptores de pressão nos seios carotídeos
e aórtico têm como função principal uma participação na regulação da 
circulação, mas os impulsos desses receptores também vão ao centro 
respiratório. Os impulsos são inibtórios por natureza - quanto maior a 
pressão sanguínea, maior a inibição à respiração. Devido à influência da 
inspiração no retorno de sangue para o coração, pode ser visto que a 
redução nas inspirações reduziria o fluxo de retorno de sangue para 
esse e assim ajudariam a reduzir a pressão sanguínea. 
O aumento do dióxido de carbono faz com que a ventilação 
alveolar também aumente, sua redução leva à diminuição da 
ventilação alveolar.
1.
O aumento do íon hidrogênio também acarreta aumento da 
ventilação alveolar, sua redução provoca diminuição da ventilação 
2.
Controle humoral refere-se àqueles fatores nos líquidos corpóreos que 
influenciam a ventilação: dióxido de carbono, íons hidrogênio e oxigênio. 
Como eles são constituintes dos líquidos corpóreos, parece natural que 
devem exercem maior influência na ventilação mantendo sua constância. 
Suas concentrações no sangue afetam a ventilação alveolar de várias 
formas:
 Página 49 
alveolar.
A redução de oxigênio promove aumento da ventilação alveolar, seu 
aumento causa redução na ventilação alveolar.
3.
Os efeitos do dióxido de carbono e íons hidrogênio são mediados por áreas 
quimiossensíveis bilaterais sob a superfície ventral da medula. Devido a 
maior capacidade de difusão do dióxido de carbono, quando comparado com 
o H+, ele é distribuído mais rapidamente do sangue para o líquido intersticial 
da medula e para o líquido cerebroespinhal do que os íons hidrogênio. 
Acredita-se, porém, que a concentração de H+ no líquido intersticial do 
tronco encefálico seja o estímulo decisivo para o curso respiratório. A 
influência de CO2 é exercida por sua conversão em H+ por meio da reação 
de hidratação.
A influência do oxigênio é transmitida dos corpos carotídeo e aórtico para o 
centro respiratório. Os receptores dos corpos carotídeo e aórtico também 
respondem às concentrações de dióxido de carbono e íons hidrogênio, mas 
a eficiência dessa resposta é muito menor do que a resposta do tronco 
encefálico. Assim, os corpos carotídeo e aórtico são considerados os mais 
influentes para a regulação do oxigênio. Esses corpos são estruturas 
distintas com um abundante suprimento 
sanguíneo localizado imediatamente fora do arco aórtico, na divisão das 
artérias carotídeas. Eles respondem às alterações na PaO2 do sangue. O 
sangue com reduzida quantidade de hemoglobina (Hb), e consequentemente 
menos oxigênio, tem a mesmo PAO2 que o sangue com hemoglobina e 
oxigênio normais, e assim nenhuma resposta ventilatória seria evocada por 
não haver alteração de PAO2. Além disso, o sangue no qual o oxigênio foi 
deslocado da hemoglobina pelo monóxido de carbono tem a mesma PAO2 que 
o sangue normal. A PAO2 deverá permanecer a mesma porque é uma 
expressão da PO2 alveolar (a qual não se altera) e representa a PO2 de 
oxigênio na solução. No caso de Hb reduzida (por exemplo, anemia), a 
ventilação pode estar aumentada, não por menos oxigênio, mas por maior 
concentração de íon hidrogênio causada pelo tamponamento reduzidoassociado à Hb reduzida. Em envenenamento por monóxido de carbono e 
falta de oxigênio carreado pela Hb, a ventilação não aumenta apenas 
porque PAO2 está normal, mas também porque existe adequada 
hemoglobina presente para o tamponamento dos íons hidrogênio.
Clearance respiratório
A superfície dos aspectos mais internos dos pulmões é cerca de 125 vezes 
maior do que a do corpo e, por isso, os pulmões representam uma 
importante via de exposição para várias substâncias ambientais. A inalação 
de certos químicos usados na agricultura representa um perigo significativo 
para a saúde, para o qual foram desenvolvidas medidas de precaução. A 
remoção de partículas inaladas para os pulmões é chamada de clearance 
respiratório. Existem dois tipos, o clearance respiratório anterior e 
clearance alveolar, cada um dependente da profundidade atingida pelas 
partículas. As partículas que se assentaram na membrana do trato 
respiratório são conhecidas como depositadas.
As forças físicas que afetam a deposição são gravitacional, inércia e 
movimentos brownianos.
O assentamento gravitacional (sedimentação) causa a deposição das 
partículas simplesmente pela força de gravidade e da massa da partícula. 
As partículas de massa maior se assentam mais rapidamente do que 
aquelas com menos massa.
Inércia está relacionada com deposição de partículas quando, devido a 
sua massa, elas continuam para frente à medida que o ar no qual estão 
suspensas faz uma curva. Considerando as ramificações dos bronquíolos, 
existe considerável oportunidade para deposição por inércia. 
A movimentação browniana está relacionada com a deposição das 
partículas submicrônicas, o que mostra uma movimentação aleatória 
conferida pelo bombardeamento de moléculas de ar. A deposição por 
movimentação browniana é mais significativa em vias aéreas 
extremamente pequenas, onde a superfície é grande em relação ao 
diâmetro.
A remoção das partículas depositadas cranialmente aos ductos 
alveolares é realizada pela cobertura mucosa em movimento. Essa 
cobertura de líquido mucinóide está localizada na superfície das células 
epiteliais que repousam nas vias aéreas e é derivada do líquido alveolar e 
células secretoras de muco ao longo das vias aéreas. A cobertura 
mucosa contém as partículas depositadas e movimenta-se em direção à 
faringe.
Após sua deposição nos alvéolos, eles podem ser fagocitados por 
um macrófago ou continuar como partículas livres. O macrófago 
carreado de "poeira" ou as partículas livres podem ser 
direcionados pela cobertura mucosa em movimento junto com o 
filme de líquido alveolar.
1.
As partículas podem entrar no espaço intersticial dos alvéolos e 
ser transportadas para os linfonodos ao longo dos pulmões.
2.
As partículas podem ser dissolvidas e transferidas em solução, 
para a linfa ou para o sangue.
3.
Algumas partículas podem não ser fagocitadas ou podem ser 
insolúveis. Em vez disso, elas poderiam estimular uma reação local 
do tecido conjuntivo e ser sequestradas (isoladas) dentro do 
pulmão. Exemplos incluem as condições conhecidas como abestose 
e silicose. Cães e gatos vivendo em áreas ricamente 
industrializadas podem mostrar sinais de antracose causada pela 
inalação de poeira carvão. 
4.
As partículas podem escapar das forças gravitacionais e de inércia e 
ser depositadas nos alvéolos. Em geral elas têm menos de 1 um de 
diâmetro. Os mecanismos de clearance alveolar dessas partículas podem 
ser resumidos:
A importância do clearance respiratório é óbvia quando se considera a 
exposição do gado aos aerossóis que emanam na poeira do pasto ou de 
outras fontes de confinamento. Os aerossóis podem estar combinados 
com bactérias e vírus, então sua pronta remoção pode ajudar a 
prevenir doenças causadas por esses agentes. Semelhantemente, a 
remoção de substâncias irritantes evita doença pulmonar e protege a 
eficiência dos pulmões.
Funções não respiratórias do sistema 
respiratório
O sistema respiratório tem outras funções além de prover ventilação 
alveolar e isto foi observado em clearance respiratório, cuja função é a 
de remover as partículas inaladas. Também de interesse particular entre 
os animais estão o arfar e ronronar. Arfar produz o resfriamento 
corpóreo e a razão do ronronar não é conhecida.
 Página 50 
ARFAR é prevalente entre várias espécies animais e foi bem descrito em 
cães. 
O centro respiratório do cão responde não somente aos estímulos usuais, 
mas também à temperatura central do corpo. Quando esses estímulos de 
entrada estão integrados, o corpo do cão responde às necessidades 
metabólicas com regulação da ventilação do espaço morto. Esta aumenta 
com o ato de arfar, o que permite o resfriamento corpóreo por 
evaporação da água das membranas mucosas dos tecidos implicados.
Inalação e exalação pelas narinas: menor resfriamento é obtido, 
porque o calor e a água adicionados ao ar durante a inalação são 
parcialmente readquiridos durante a exalação. 
1.
Inalação pelas narinas e exalação por narinas e boca: mais eficiente 
porque o ar, entrado pelas narinas, é exposto a uma grande área 
(conchas nasais) quando comparada com a boca, e a água é 
adicionada pelas mucosas nasais e glândulas nasais. Essa combinação 
capta uma quantidade considerável de calor, que é então dissipada 
principalmente pela exalação pela boca.
2.
Inalação e exalação por narinas e boca: é similar ao padrão dois, 
exceto que a inalação por boca e narinas permite maior volume 
corrente, o que pode ser necessário em momentos de esforço. 
3.
Estudos mostram que os três padrões de arfar são:
A vantagem de modificar a quantidade relativa de ar exalado tanto pelas 
narinas quanto pela boca é que o cão pode modular a quantidade de calor 
dissipado sem modificar a frequência ou o volume corrente associados ao 
ato de arfar.
O ronronar é notado em alguns membros da família felina e é tanto audível 
quanto palpável na maioria dos gatos domésticos. Estudos com gatos 
domésticos demonstram que o ronronar resulta de uma ativação altamente 
regular e alternada do diafragma e dos músculos laríngeos intrínsecos 
(aqueles dentro da laringe) numa frequência de 25 vezes/segundo durante 
inspiração e expiração. A contração dos músculos laríngeos fecha as 
cordas vocais. Os músculos laríngeos, então, relaxam enquanto o diafragma 
se contrai. A contração do diafragma promove a entrada do fluxo de ar, o 
que vibra as cordas vocais e resulta no som de ronronar enquanto estão 
abertas (não mais fechadas pela contração laríngea) e também contribui 
para uma fração da fase inspiratória do ciclo respiratório. O diafragma, 
então, relaxa e os músculos laríngeos se contraem, isso é novamente 
seguido pelo seu relaxamento e contração diafragmática. Todo o processo 
se repete 25 vezes/segundo até se completar a inspiração. O acúmulo de 
pequenos sons produzidos a cada abertura das cordas vocais faz o som de 
ronronar. A mesma sequência ocorre durante a expiração, porém o 
diafragma não se contrai e o fluxo de ar, e assim a vibração das cordas 
vocais, se dá pela retração pulmonar.
A razão para os gatos ronronar não é conhecida. Gatos ronronam 
quando estão satisfeitos, doentes ou dormindo. O ronronar pode 
fornecer uma ventilação mais eficiente em períodos de respiração 
superficial, em virtude de inspiração e expiração intermitentes.
ANÓXIA: sem oxigênio. a.
HIPÓXIA: redução do oxigênio.b.
HIPERCAPNIA e HIPOCAPNIA: quantidades excessivas e reduzidas, 
respectivamente, de dióxido de carbono no sangue.
c.
CIANOSE: coloração azulada ou arroxeada de pele e membranas 
mucosas. A intensidade da cor resulta do grau de desoxigenação 
da hemoglobina. Como observada sistematicamente, está 
relacionada à inadequada oxigenação do sangue. Quando notada 
localmente, talvez seja causada pela obstrução do fluxo de 
sangue.
d.
ASFIXIA: é uma condição de hipóxia combinada com hipercapnia. A 
hipóxia e a hipercapnia podem ocorrer como entidades 
separadas, mas somente sua combinação promove asfixia. A 
respiração num espaço fechado é umexemplo, resultando no 
que é comumente chamado de sufocamento.
e.
ENFISEMA: é uma condição na qual houve destruição das 
membranas alveolares, acarretando menor área disponível para 
a difusão de gás. Costuma-se somar a outras condições, como 
bronquite crônica, que aumenta a pressão positiva dos alvéolos, 
necessária para a fase expiratória do ciclo respiratório.
f.
PNEUMONIA: condição inflamatória dos pulmões em que alvéolos 
se preenchem com líquidos e debris celulares.
g.
ATELECTASIA: é um colapso alveolar, pode decorrer da obstrução 
das vias aéreas e da falta de surfactante. Surfactante pulmonar
é uma substância redutora da tensão de superfície produzida 
pelas células epiteliais alveolares. A superfície alveolar fica 
comprimida durante a expiração, o que concentra o surfactante. 
A concentração de surfactante reduz a tensão de superfície e 
torna o início da inspiração mais fácil. Ao final da inspiração, ele 
se espalha devido ao aumento de tamanho dos alvéolos e tensão 
de superfície aumenta, o que ajuda na expiração.
h.
Termos descritivos e condições 
patológicas
Respiração aviária
Exceto por diferenças sutis, várias características básicas da 
respiração em mamíferos aplicam-se aos pássaros (por exemplo, 
pressões respiratórias, transporte de oxigênio, transporte de dióxido de 
carbono, regulação da respiração).
 Página 51 
O aparelho respiratório dos pássaros decididamente é diferente do 
observado em mamíferos. Foi mencionado que o órgão da fonação, a siringe, 
está localizada na bifurcação da traqueia, próximo aos pulmões, ao invés de 
próximo à faringe. Além disso, os anéis traqueais são completos, e não 
incompletos como nos mamíferos. Além da traqueia, existem diferenças 
mais óbvias. Os pulmões continuam a ser as estruturas de troca de gás, 
mas eles não se expandem e contraem durante os ciclos respiratórios, são 
relativamente pequenos e fixos por suas inserções às costelas. Sua 
ventilação depende de extensões semelhantes a foles, conhecidas como 
sacos aéreos, os quais se expandem e contraem durante os ciclos 
respiratórios. Os pulmões e os sacos aéreos são providos por divisões das 
vias aéreas a partir da traqueia, conhecidas como brônquios primários, 
secundários e terciários. Os brônquios terciários são também conhecidos 
como parabrônquios. Os sacos aéreos ocupam espaço entre as cavidades 
torácica e abdominal e muitos têm divertículos (extensões) dentro de 
inúmeros ossos, tornando-os pneumáticos. Nas espécies domésticas, o osso 
pneumático mais proeminente é o úmero. Não se conhece a função dos 
ossos pneumáticos.
Os parabrônquios ascendem para bolsas externas (átrias), para extensões 
das átrias (infundíbulos) e finalmente para extensões dos infundiíbulos 
conhecidas como capilares aéreos. As estruturas que se originam dos 
parabrônquios são conhecidas como manta. Os capilares sanguíneos têm 
íntimo contato com os capilares aéreos e sustentam as trocas gasosas que 
ocorrem na manta do pulmão. Na maioria das espécies aviárias, existem dois 
grupos de parabrônquios, conhecidos como parabrônquios paleopulmonares 
e parabrônquios neopulmonares. Esse último é caudal ao anterior e está 
imediatamente cranial aos sacos aéreos caudais.
Os sacos aéreos são sacos seromucosos tidos como continuação dos 
brônquios secundários além dos pulmões. Suas paredes são delgadas e têm 
parco suprimento sanguíneo, por isso, os sacos aéreos são vulneráveis a 
infecções e a uma condição conhecida como saculite aérea. Não existe 
troca gasosa significativa nos sacos aéreos. Eles alteram seu volume 
durante os ciclos respiratórios e por isso funcionam para aumentar a 
ventilação pulmonar.
Os pássaros não têm diafragma, então não há separação entre as 
cavidades torácica e abdominal. Assim, todo o volume corpóreo altera-se em 
cada ciclo respiratório. A energia para tal alteração origina-se dos músculos 
esqueléticos na parede corpórea.
Durante a expiração, os músculos da parede corpórea contraem-se, 
causando redução do volume corpóreo. Essa redução aumenta a pressão 
dos sacos aéreos, forçando o ar de dentro a refluir através dos pulmões e 
para o ambiente. 
Segue-se a inspiração, quando os músculos da parede corpórea se relaxam 
e o volume corpóreo aumenta. Esse aumento é seguido por redução de 
pressão, depois pela expansão dos sacos aéreos e diminuição em suas 
pressões. Menor pressão permite que o ar flua através dos pulmões e 
para dentro dos sacos aéreos.
Durante a inspiração, o ar movimenta-se para os sacos craniais através de 
um grande grupo de parabrônquios (paleopulmonares) antes de atingir os 
sacos. O ar em movimento para os sacos aéreos caudais prossegue 
através de um grupo menor de parabrônquios (neopulmonares) antes da 
atingir os sacos. 
Durante a expiração, o gás dos sacos aéreos caudais passa novamente 
pelos parabrônquios neopulmonares e, então, através dos parabrônquios 
paleopulmonares (direcionados para os sacos aéreos craniais). O gás dos 
sacos aéreos craniais movimenta-se para o interior dos brônquios 
secundários e para fora dos pulmões através de brônquios primários e 
traqueia, sem passar pelas superfícies de troca de gases (mantas 
parabrônquicas). Um bolus de ar é seguido por dois ciclos respiratórios, de 
sua entrada durante a inspiração do primeiro ciclo para a saída durante a 
expiração do segundo ciclo. Observe que o ar entrando nos sacos aéreos 
caudais, na inspiração, já foram sujeitos a trocas gasosas e novamente 
aeram os pulmões durante a expiração. Os sacos aéreos craniais recebem 
gases que passaram através das mantas parabrônquicas, na inspiração e 
expelem os gases para o ambiente, na expiração, sem enviá-los para as 
mantas parabrônquicas. 
O ar movimenta-se através dos parabrônquios por convecção e para 
dentro dos capilares aéreos, por difusão. O sangue perfundindo uma manta 
parabrônquica é dividido de modo que cada incremento perfunde capilares 
aéreos separados ao longo do parabrônquio. Essa disposição, por onde o gás 
flui através de um parabrônquio em ângulos retos ao fluxo de sangue, é 
conhecida como fluxo de corrente cruzada.
À medida que o gás flui pelo parabrônquio, o CO2 continuamente se difunde 
do sangue e o O2 continuamente se difunde para o sangue. Apesar de os 
capilares aéreos que avançam para o fluxo parabrônquico terem PCO2
elevada e PO2 reduzida, o potencial para a difusão de gases é mantido 
porque cada incremento de sangue perfundindo os capilares aéreos têm a 
mesma PCO2 elevada e a PO2 baixa. Devido a essa disposição, a contínua 
perda de CO2 e o ganho de O2 faz com que a PACO2 que deixa o pulmão 
seja menor e a PAO2 maior do que o gás que deixa os parabrônquios . Não é 
o caso do sangue venoso exposto ao gás alveolar em mamíferos, nos quais 
o sangue que deixa a exposição alveolar (sangue arterial) tem PACO2 igual ou 
maior e PAO2 igual ou menor do gás alveolar. A disposição de corrente 
cruzada é mais eficiente do que as trocas gasosas no pulmão de mamíferos 
e é mais evidente quando há maior ventilação em resposta ao oxigênio baixo 
(altitude alta). Sob essas condições a PO2 arterial pode ser somente alguns 
milímetros de mercúrio menor do que a dor ar que entra nos parabrônquios. 
 Página 52 
Introdução
O sistema urinário, está localizado no espaço retroperitoneal, de cada lado 
da coluna dorsolombar (vertebral). É constituído pelos: rins, ureter, bexiga e 
uretra -> serve para os mamíferos.
RIM: a função urinária se dá através dos rins, mas o processo de excreção 
se dá pelos ureteres, bexiga e uretra. Dentro da fisiologia urinária, o 
principal objeto de estudo são os rins, que fazem a filtração do sangue 
para a formação da urina, o ureter encaminha a urina até a bexiga, local 
onde é armazenado. Logo após a uretra encaminha a urina para o meio 
externo, no macho tem a função de encaminhar o sêmen para o meio 
externo, associando o sistema reprodutor e urinário.
Os rins são fundamentais na regulação do meio externo, em que estão 
imersas as células de todos os órgãos. Os principais mecanismosatravés 
dos quais os rins exercem as suas funções, são: filtração glomerular, 
reabsorção tubular, secreção tubular e excreção renal.
FUNÇÃO RENAL: eliminação de produtos terminais do metabolismo orgânico, 
como ureia, creatinina e ácido úrico. Controle das concentrações de água e 
da maioria dos constituintes dos líquidos do organismo, tais como: sódio, 
potássio, cloro, bicarbonato e fosfato.
Anatomia do rim
rim do bovino: lobulado.→
rim do equino: formato de coração.→
rim do cachorro: formato de feijão com superfície lisa.→
O rim direito é mais baixo pois precisa acomodar o fígado. O formato do rim 
varia nas espécies e a diferença do número e tamanho dos néfrons 
também. 
Tecido embrionário que forma o rim: mesoderma. 
Sistema nervoso: ectoderma.
Digestório: endoderma. 
PRÓ-NÉFRON: faz parte do cordão nefrogênico, ele demarca o 
posicionamento dos rins.
1.
MESONÉFRON: substitui o pró-néfron, ele é funcional e também é 
um cordão (rim intermediário).
2.
METANÉFRON: rim definitivo.3.
Os rins são de origem mesodérmica e sua formação passa por três fases, 
ou seja, três tipos de rins embrionários: 
córtex renal1.
medula renal2.
pelve renal3.
Também vê a cápsula (junção dos ductos coletores para formar o 
ureter).

Estrutura interna dos rins é composta por três distintas regiões:
HILO RENAL: encontro da artéria renal, veia renal e pelve renal.
CÁPSULA: membrana mais externa que envolve, suporta e protege os rins.
CÓRTEX: camada mais externa dos rins que contém a maior parte dos 
néfrons.
MEDULA: contém as pirâmides, colunas e papilas.
PÉLVIS RENAL: coleta a urina de todos os cálices.
a nutrição é feita pela artéria renal que emerge diretamente da 
aorta e a drenagem é feita pela veia renal que drenam diretamente 
na cava.
→
apresenta forma variável entre as espécies. Na maioria das 
espécies têm formato de feijão, no cavalo tem formato de coração 
e no bovino é lobulado.
→
URETER: transporta a urina da pélvis renal até a bexiga.
O rim é um aglomerado de unidades funcionais que são os néfrons, os 
filtrar o sangue.1.
reabsorção de água.2.
formar a urina (não é uma função do rim, mas é um resultado).3.
controle da pressão arterial (sistema renina-angiotensina-
aldosterona).
4.
equilíbrio hidroeletrolítico (o rim avalia a osmolalidade do plasma, a 
osmolalidade - concentração de solvente e soluto - são avaliados 
no néfron, para que ocorra a eliminação e reabsorção, então 
mantém a concentração constante).
5.
elimina produtos do metabolismo celular, resultante da quebra da 
proteína, a partir da quebra liberamos a amônia que é tóxica, 
sendo então, excretada pelo rim.
6.
néfrons são as unidades funcionais que dá ao rim a possibilidade de 
exercer seis funções:
manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico.1.
manutenção da pressão arterial.2.
eliminação de produtos nitrogenados -> principalmente ! a partir 
da quebra das proteínas.
3.
A junção da filtração, reabsorção, excreção e secreção dá ao 
rim essas três características funcionais a partir do néfron, que 
faz a função básica (filtrar, excretar, reabsorver e secretar).
→
Na região do córtex é encontrado o néfron cortical (possui toda a 
estrutura no córtex).
Na região medular encontramos o néfron justaglomerular, também 
encontra-se a pelve renal (faz o encontro de todos os ductos coletores 
que sofreram uma anastomose e irão originar o ureter após 
desembocarem na pelve).
Unidade funcional do rim
COMPOSIÇÃO: glomérulo, cápsula renal, túbulo contorcido proximal, alça 
de Henle (ramo descendente delgado, ramo ascendente delgado e ramo 
ascendente espesso), túbulo contorcido distal e ducto coletor.
bovinos -> 4 milhões.→
suínos -> 1,25 milhões.→
humanos -> 1 milhão.→
cão -> 500 mil.→
gato -> 250 mil.→
Número de néfrons entre as espécies:
Dentro das espécies, quando ocorre variação do tamanho do animal, não 
ocorre variação no número de néfrons, ocorre um aumento do tamanho 
do néfron.
Néfron
Também faz a produção de renina, prostaglandina e detecta a 
 Página 53 
osmolalidade do fluído glomerular para avaliar se está muito ou pouco 
concentrado de soluto.
Para o rim exercer a sua função, temos a ação do aparelho 
justaglomerular, sendo uma região do néfron que há o encontro da arteríola 
eferente, arteríola aferente e porção ascendente da alça de Henle, toda 
vez que há o encontro tem a produção da renina que dispara o aumento da 
pressão arterial.
Produção de renina.1.
Mede a osmolalidade do fluído glomerular (se o fluído tem uma taxa 
de osmolalidade alta, significa que tem pouca água, então, o rim irá 
aumentar a reabsorção de água. Baixa osmolalidade ocorre um 
aumento na excreção de água e o soluto começa a voltar -Cl, Na, 
Mg, Ca- para a corrente sanguínea para que aumente a 
osmolalidade). 
2.
Produção de prostaglandina (atua em processos inflamatórios, lise 
do corpo lúteo e na produção de muco no tubo digestivo)
3.
Três funções do APARELHO JUSTAGLOMERULAR PELAS CÉLULAS 
DIFERENCIAIS:
Glomérulo
Tufo capilar onde ocorre a filtração do plasma e inicia a formação da 
urina. Apresenta uma arteríola aferente e uma arteríola eferente. A 
arteríola eferente dá origem a uma estrutura vascular (capilares 
peritubulares ou Vasa Recta) que penetra na medula renal e envolve a alça 
de Henle.
Cápsula renal
Camada de células epiteliais que envolve o glomérulo e recebe o filtrado 
glomerular conduzindo-o do espaço de Bowman para o túbulo contorcido 
proximal.
Túbulo contorcido proximal
Membrana luminal ou apical→
Membrana peritubular ou basolateral.→
Possui uma porção convoluta e outra reta. Revestido por um epitélio cúbico 
simples, cujas células apresentam duas membranas com diferentes 
permeabilidades e características de transporte.
Suas células apresentam núcleo redondo, citoplasma rico em mitocôndrias e 
a membrana apical apresenta a chama borda em escova.
Ocorre reabsorção do Na+ , glicose e aminoácidos para o meio intersticial e 
daí para os capilares peritubulares.
A glicose e os aminoácidos utilizam o mesmo carreador do Na+ para entrar 
na célula tubular.
No interior da célula tubular ocorre o desacoplamento e difusão simples 
para o meio intersticial e de lá para os capilares peritubulares.
O aumento do gradiente osmótico no meio intersticial favorece a 
reabsorção da água do túbulo para o meio intersticial e daí para os 
capilares.
A remoção de água do lume tubular leva a ureia por difusão simples para o 
meio intersticial e daí para o capilar.
O TCP absorve 65% da água, Na+, Cl- e HCO3- e 100% da
glicose e aminoácidos.
Região de maior reabsorção de água, Na, C, bicarbonato (substância 
tampão) e 100% da reabsorção de glicose e aminoácidos. Por ter alta taxa 
de reabsorção de sódio, a glicose e aminoácidos são reabsorvidos juntos, 
ureia também é reabsorvida (toda vez que quebra a proteína e é utilizado 
os aminoácidos para energia, gera amônia - tóxica -, no fígado a água se 
junta com a amônia e forma a ureia).
A amônia não causa intoxicação nos peixes pois ela é liberada na água, 
sendo então, diluída e não causa intoxicação.
Se movimentam pelo gradiente de concentração. alta taxa de 
reabsorção pois tem alta concentração de substâncias por ser o início 
do filtrado glomerular, no decorrer do néfron tem uma seletividade 
maior, 99% da água que entra no filtrado é reabsorvida ao longo do 
néfron. Não eliminamos 100% da ureia por ter o nitrogênio e por ser 
utilizado, posteriormente, para a formação das proteínas não 
estruturais.
A ureia também pode ser reabsorvida no ducto coletor, água 
absorvida -> 65%, absorção ativa de soluto.
Substâncias exógenas nos capilares peritubulares pela secreção, migra 
para dentro do túbulo contorcido proximal, onde permanecem até serem 
excretadas, estando ionizadas e hidrossolúveis, a creatinina também faz 
isso, a creatinina é o produto da quebra da fibra muscular.
Quando o sangue passa pelo túbulo contorcido proximal, recebe um 
aporte grande de solutos, com isso, os capilares ficam com muito soluto 
e uma alta osmolaridade, por isso, tem um altoaporte de água para 
diminuir a osmolaridade com o solvente, com isso, vai ureia junto.
OSMOLARIDADE: diferença na concentração de soluto da relação com a 
concentração de solvente, resultando no volume de soluto sendo a 
unidade mol (6x1024 -> constante de Avogadro). 
A osmolaridade do túbulo contorcido proximal fica alta por conta dos 
solutos (glicose e aminoácidos), com isso, a água sai do meio mais 
concentrado e vai para o meio menos concentrado, diminuindo a 
osmolaridade, para equilibrar, aumentando a osmolaridade a ureia é 
reabsorvida.
CO-TRANSPORTE: sódio faz co-transporte com aminoácidos, 
glicose e água, fazendo eles serem reabsorvidos. O co-
transporte acontece através do sódio, que volta para os 
capilares levando os aminoácidos, glicose e água, a enzima que 
carreia o sódio é a Na+/K+/ATPase (sódio-potássio-ATPase)
carreando também outras estas outras substâncias, com isso, a 
osmolaridade aumenta (meio hipertônico). A água sai do filtrado e 
vai para dentro do capilar peritubular e leva junto a ureia para 
controlar a osmolaridade (não é um mecanismo de co-
transporte), faz isso pois os capilares peritubulares estão em um 
meio hipertônico e o túbulo contorcido proximal está hipotônico, 
por isso faz esse processo, para deixar os capilares 
peritubulares hipotônicos, como o túbulo contorcido proximal 
estará hipertônico por conta desse processo, a ureia volta para 
equilibrar a osmolaridade no túbulo contorcido proximal.
1.
CONTRATRANSPORTE: água + gás carbônico = H2CO3 (ácido 
carbônico), a enzima ANIDRASE CARBÔNICA quebra o ácido 
carbônico em íons H+ + HCO3-, o H+ deixa o sangue ácido e o 
HCO3- (bicarbonato) básico. O sangue prefere o bicarbonato pois 
ele tem características básicas, altas quantidades de hidrogênio 
torna o sangue ácido. O rim faz a reabsorção de sódio e o 
hidrogênio é secretado, realizando essa troca iônica, com isso, 
diminui a acidez do sangue, mantendo o equilíbrio ácido-básico.
2.
Local onde ocorre o processo de co-transporte, a glicose e os 
aminoácidos precisam ser reabsorvidos no túbulo contorcido proximal 
pois, em nenhuma outra região do néfron eles conseguem ser 
reabsorvidos.
A maioria dos medicamentos que excretamos, eles são secretados no 
túbulo contorcido proximal, esse medicamento fica preso a uma 
proteína, passa pelo glomérulo e no capilar peritubular se desprende da 
albumina (proteína, principalmente ela) e consegue ir para o túbulo 
contorcido proximal, eles são serão reabsorvidos por estarem nas suas 
características ionizadas e hidrossolúveis, só são reabsorvidos quando é 
o mecanismo da droga.
 Página 54 
Transporte ativo de sódio e co-transporte de potássio e cloreto da 
porção ascendente espessa da alça de Henle para o interstício 
medular
→
Transporte ativo de íons dos ductos coletores para o interstício 
medular
→
Difusão passiva de ureia dos ductos coletores para o interstício 
medular
→
Difusão de pequenas quantidades de água→
Gera a hiperosmolaridade medular através:
Aprisionamento de solutos na medula, multiplicando o gradiente de 
concentração estabelecido pelo transporte ativo de íons da porção 
ascendente espessa da alça de Henle.
Alça de Henle
Apresenta 3 segmentos: ramo descendente delgado, ascendente delgado e
ascendente espesso.
Membranas são permeáveis a água, mas não ao NaCl (reabsorção de água 
e secreção de sais e ureia). Poucas proteínas de membranas funcionam 
como canais.
Aumenta a osmolaridade do fluído tubular. Neste segmento o transporte 
ativo de solutos é virtualmente inexistente. A função ramo fino é 
determinada por suas propriedades de permeabilidade passiva e sua 
orientação espacial dentro da medula interna. Estas características são 
essenciais para seu papel na absorção hídrica.
Permite apenas a reabsorção de água, apenas reabsorve o solvente (água), 
permeável apenas a água. A osmolaridade é alta pois só tem reabsorção de 
água, ficando com uma alta concentração de soluto
IMPERMEÁVEL AOS SOLUTOS e PERMEÁVEL A ÁGUA, é o ramo 
concentrador de urina por fazer reabsorção de água, a osmolalidade é alta.
Reabsorção de sais, impermeável à água. Regulação da excreção de Mg2+.
Possui pouca e pequenas microvilosidades, muitos canais de íons e 
carreadores de transporte ativo secundário.
Impermeabilidade a água, só deixa passar soluto (basicamente sódio e 
cloro), a osmolaridade é baixa pois só tem permeabilidade ao soluto, que 
sai e vai para os capilares peritubulares.
Mecanismo na membrana luminal: co-transportador Na+, K+, 2Cl-, canais 
de potássio.
IMPERMEÁVEL A ÁGUA, REABSORVE APENAS SOLUTOS (Na e Cl), 
osmolalidade baixa.
Movimentação de sódio, cloro e uma certa movimentação de água, fica 
uma osmolaridade baixa pois ainda é bastante reabsorvido o soluto, é 
permeável a água em baixas concentrações.
Dependendo da concentração de ureia no filtrado glomerular 
(retorna, pois é um dos componentes que contorna a reabsorção 
de água), ao chegar no ducto coletor pode voltar para o néfron, 
isso acontece, pois é necessário manter uma certa quantidade 
de ureia no néfron e na corrente sanguínea.

Baixa quantidade de ureia no filtrado, ela sofre uma SECREÇÃO, 
sai do ducto coletor e vai para o líquido intersticial, após isso, 
retorna para a alça de Henle, mantendo a osmolalidade do 
filtrado -> RECIRCULAÇÃO DA UREIA.

Alta quantidade de ureia, a água permanece.
A ureia foi reabsorvida no túbulo contorcido proximal e aumenta 
a osmolalidade.

Um dos sinais de insuficiência renal é a urina mais ESCURA.
OSMOLALIDADE CONTINUA CAINDO PELA REABSORÇÃO DE SOLUTO, 
BAIXA REABSORÇÃO DE ÁGUA (próximo ao túbulo contorcido distal).
Túbulo contorcido distal
O Ramo ascendente da alça de Henle retorna até o glomérulo e passa 
entre a arteríola aferente e eferente e prossegue dali como túbulo 
contorcido distal (TCD).
A junção do TCD com o glomérulo é chamada de aparelho 
justaglomerular.
O TCD se une ao túbulo coletor cortical que está ligado ao duto coletor e 
finalmente à pelve renal.
 Página 55 
Reabsorção de pequena fração do NaCl, bicarbonato e cálcio. Regulação da 
excreção de Ca2+, secreta hidrogênio e amônio, tanto reabsorve como 
secreta K+.
Capazes de reabsorver solutos contra um alto gradiente. Obs: porção inicial 
é relativamente impermeável a água.
Mecanismo na membrana basolateral: Na+, K+, -ATPase, canais de cloro, 
canais de potássio.
Mecanismo na membrana luminal: co-transportador de NaCl e canal de 
sódio.
REABSORVER ÁGUA (função primária).1.
REABSORÇÃO DE Na E Cl.2.
PROMOVE A EXCREÇÃO DE K E SECREÇÃO DE H+.3.
Tem três funções básicas:
Tem uma alta reabsorção de água pois o ramo ascendente da alça de Henle 
reabsorve mais soluto, com isso, o filtrado fica com uma baixa 
concentração de soluto quando chega no túbulo contorcido distal (os 
capilares têm uma alta osmolaridade), por osmose, a água sai do túbulo 
contorcido distal e passa para os capilares.
ocorre pela ação da aldosterona a excreção de potássio, reabsorção 
de sódio e no contratransporte, ocorre a secreção de hidrogênio.
→
A aldosterona está envolvida na manutenção da concentração de potássio. 
Primeiramente, promove uma excreção de potássio, permanecendo no 
filtrado glomerular. Toda vez que o potássio fica no filtrado glomerular (um 
potássio), o sódio é reabsorvido (um sódio), para o sódio ser reabsorvido 
tem que sair da corrente sanguínea o hidrogênio (um hidrogênio) e ser 
secretado no túbulo contorcido distal.
A reabsorção de água no túbulo contorcido distal e no ducto coletor vai ser 
alta quando tiver a presença dos hormônios antidiurético e aldosterona, 
sendo que, o antidiurético aumenta a permeabilidade da água no ducto 
coletor e a aldosterona no túbulo contorcido distal. A aldosterona aumenta a 
reabsorção de sódio e por co-transporte a reabsorção de água.
A movimentação de cálcio se dá pelo túbulo contorcido distal através dos 
hormônios que controlam (calcitonina e paratormônio).
Ducto coletor
Reabsorção de Na+ -> ação da aldosterona.
Reabsorção de água e ureia -> ação doADH.
Aumento da permeabilidade a água e ureia. Saída de Na+ e água dos TCC e 
DCME para o interstício. Saída de Na+, água e ureia do DCMI para o 
interstício.
Área de maior reabsorção de água e ureia pela recirculação da ureia. Tem 
grandes áreas permeáveis a água , tem áreas de reabsorção de sódio. O 
hormônio que promove a reabsorção de água é o ANTIDIURÉTICO no ducto 
coletor, e a ALDOSTERONA reabsorve o sódio fazendo a secreção de 
hidrogênio.
ALDOSTERONA1.
ANTIDIURÉTICO (ADH)2.
Tem a ação de dois hormônios:
Também tem reabsorção de ureia.→
O que sai do ducto coletor é a urina.→
Para a ação do antidiurético, o ducto coletor precisa ter essa 
permeabilidade à água. Para a ação da aldosterona tem o envolvimento de 
potássio e sódio, sendo o potássio excretado e o sódio reabsorvido, pela 
reabsorção de sódio, terá áreas com secreção de hidrogênio.
AÇÃO DO ADH LIBERADO ATRAVÉS DA HIPOVOLEMIA, se o sódio está muito 
elevado na corrente sanguínea ocorre a liberação do ADH, essa reabsorção 
promove a queda da osmolalidade sanguínea. É liberado pelo aumento da 
concentração de sódio circulante (ou seja, o plasma fica com uma alta 
concentração de soluto e baixa de solvente), o objetivo é diminuir a 
concentração de sódio circulante, que realizará o co-transporte de vários 
elementos químicos e faz contratransporte com o hidrogênio. 
O sódio altera a liberação de hormônios e o equilíbrio ácido-base. →
A reabsorção de sódio faz com que ele seja trocado pelo hidrogênio, 
toda vez que ocorre essa troca, o sangue começa a se tornar 
BÁSICO/ALCALINO, já que os íons hidrogênio tendem a manter o sangue 
ÁCIDO, para manter o pH em torno de 7,5, aumenta a concentração de 
sódio (alcalose).
Quando a aldosterona age na porção final do néfron, ocorre a excreção 
de potássio, pois esse potássio faz contratransporte com o sódio, ou 
seja, toda vez que o sódio é reabsorvido ocorre a excreção de um 
potássio e a secreção de um hidrogênio.
A angiotensina II promove a liberação do hormônio antidiurético que está 
armazenado na neurohipófise, e o sódio também.
Aparelho justaglomerular
Função: auxiliam na regulação do fluxo renal e da taxa de filtração 
glomerular.
CÉLULAS GRANULARES OU JUSTAGLOMERULARES: citoplasma 
rico em grânulos com renina.
→
CÉLULAS DA MÁCULA DENSA: detectam a variação de volume e 
composição do fluído tubular distal. Detecta a quantidade de sódio 
que entra no filtrado.
→
CÉLULAS MESANGIAIS EXTRAGLOMERULARES: suporte 
estrutural, atividade fagocítica e secretam prostaglandinas. 
Secreta prostaglandina (a prostaglandina tem duas funções no 
→
A porção inicial do túbulo contorcido distal de cada néfron entra em 
contato com seu correspondente glomérulo e suas respectivas 
arteríolas aferentes e eferentes -> unidade vasotubular chamada de 
aparelho justaglomerular -> apresentam:
 Página 56 
rim: vasodilatação - se contrapõe com a angiotensina II, impede a 
vasoconstrição intensa - permite a movimentação de macrófagos 
na região pela vasodilatação).
Vascularização renal
Os rins possuem rico suprimento sanguíneo que permite continuamente 
filtrar e limpar o sangue.
aorta abdominal -> artérias interlobares -> artérias arqueadas -> artérias 
interlobulares -> artérias aferentes -> artérias eferentes
O sangue sai do coração pelo ventrículo esquerdo através da artéria aorta
que sofre ramificações e origina artérias menores, onde uma das 
bifurcações é a artéria renal que entra no rim. No rim, ela é ramificada 
para que cada um dos néfrons receba aporte sanguíneo, o que chega no 
néfron é a arteríola aferente, a arteríola aferente entra no glomérulo que 
tem os capilares glomerulares (surgem das ramificações da arteríola 
aferente), dentro do glomérulo é ramificada originando os capilares 
glomerulares (onde faz a saída de substâncias do sangue encaminhando 
para o túbulo contorcido proximal, esse sangue filtrado sai pela arteríola 
eferente.
ARTERÍOLA AFERENTE -> CAPILARES GLOMERULARES -> ARTERÍOLA 
EFERENTE (os capilares se juntam formando a arteríola eferente, volta 
para a corrente sanguínea através da veia renal saindo rim).
artéria aorta -> artéria renal -> arteríola aferente -> capilares 
glomerulares -> arteríola eferente -> veia renal -> veia cava caudal
Toda vez que o néfron faz reabsorção ou excreção precisa dos vasos 
sanguíneos.
REABSORÇÃO: aquilo que volta para o local de origem.
SECREÇÃO: o que é eliminado para outro meio, toda vez que uma substância 
sai da corrente sanguínea e volta para o néfron é a secreção, os capilares 
peritubulares é uma ramificação, esses capilares são formados através de 
uma arteríola.
O sangue entra pela arteríola aferente -> capilar glomerular -> sofrem 
anastomose -> arteríola eferente -> parte se ramifica e origina os 
capilares peritubulares (recebem ramificações de outros vasos).
CAPILARES PERITUBULARES: substâncias que estão dentro, estão por 
diferença de gradiente de concentração, enquanto que no glomérulo são 
substâncias de baixo peso molecular (pega substância do néfron ou do 
sangue).
Quando os capilares peritubulares passam ao redor da alça de Henle 
sofrem uma nova ramificação para abranger toda a alça de Henle, esses 
capilares se chamam de vasa recta (conjunto de capilares oriundos dos 
capilares peritubulares, exclusivo da alça de Henle), os capilares 
peritubulares se juntam e formam a veia renal.
Sistema portal -> de um vaso sofre ramificação e depois sofrem a junção 
formando apenas um vaso.
Fisiologia renal
FILTRAÇÃO GLOMERULAR1.
REABSORÇÃO TUBULAR2.
SECREÇÃO TUBULAR3.
EXCREÇÃO RENAL4.
Envolve 4 processos:
Toda a estrutura do néfron é responsável por esses quatro processos, que 
são as funções do néfron..
TRIÂNGULO DA ALÇA ASCENDENTE ESPESSA E VASOS SANGUÍNEOS É O 
APARELHO JUSTAGLOMERULAR, ONDE PRODUZ RENINA.
Três principais produtos nitrogenados: amônia (muito tóxica), ácido úrico (as 
aves eliminam ácido úrico, com baixa concentração de água) e ureia (a ureia 
é a amônia diluída em água).
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no 
interior do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde 
cada uma ramifica-se no interior da cápsula do néfron, formando um 
enovelado de capilares denominado glomérulo.
.
 Página 57 
O sangue arterial é conduzido sob alta pressão nos capilares do glomérulo 
com intensidade suficiente para que parte do plasma passe para a cápsula 
do néfron, processo denominado filtração.
Essas substâncias extravasadas para a cápsula do néfron constituem o 
filtrado glomerular, que é semelhante, em composição química, ao plasma 
sanguíneo, com a diferença de que não possui proteínas, incapazes de
atravessar os capilares glomerulares.
PLASMA: água, proteína, sódio, glicose, aminoácidos, cálcio, cloro, 
magnésio, bicarbonato, ureia e entre outros.
1
ELEMENTOS FIGURADOS: células da linha branca (células de defesa) 
e células da linha vermelha (hemácias).
2
Passagem de substâncias do plasma sanguíneo para o filtrado glomerular. 
Toda substância que entra pela arteríola aferente chega nos capilares 
glomerulares, para passar para o túbulo contorcido proximal é necessário 
ter uma pressão no glomérulo para que as substâncias saiam. Os capilares 
possuem fenestras para que substâncias dentro do sangue possam vir 
para o túbulo contorcido proximal. O sangue chega no néfron e dentro dela 
encontramos o sangue dividido em duas partes:
A filtração é a saída de substâncias do plasma sanguíneo através das três 
pressões, alcançando o túbulo contorcido proximal. A filtração não 
"seleciona", ela só faz passar substâncias com baixo peso molecular, a 
seleção ocorre no decorrer do néfron.
O processo de seleção de substâncias se dá pela diferença de gradiente de 
concentração, alta quantidade de uma substância dentro do sangue (capilar 
peritubular) e alta quantidade no néfron também, ela é EXCRETADA. Baixa 
quantidade de uma substância no capilar peritubular e alta no néfron é 
REABSORVIDA para o capilar peritubular (onde tem mais vai para ondetem 
menos, ou seja, do néfron para a corrente sanguínea, e alta quantidade no 
néfron com alta quantidade no sangue, será excretado).
Os capilares peritubulares recolhem essas substâncias reabsorvidas, 
também estão ligados com outras redes de vasos, nesses capilares podem 
conter outras substâncias que não passaram pelo néfron, nesse capilar, se 
tem alta quantidade de uma substância no capilar e baixa no néfron, ela 
migra para o néfron, sendo a SECREÇÃO, essa substância está em alta 
quantidade por não ter passado ainda pela filtração glomerular e ela ainda 
tem baixo peso molecular.
REABSORÇÃO: saída da substância do néfron para dentro do capilar 
peritubular.
SECREÇÃO: saída da substância do capilar peritubular para dentro do 
néfron.
Glicose e aminoácidos já são reabsorvidos no túbulo contorcido 
proximal, encaminhando-os para os capilares peritubulares.

Dos capilares peritubulares volta para a circulação sistêmica.
Capilares peritubulares sofrem ramificações de outros vasos, os 
capilares peritubulares não passam no glomérulo -> AVES.

FILTRAÇÃO: saída da substância do plasma sanguíneo que forma o filtrado 
glomerular, a movimentação ao longo do néfron poderá ter a reabsorção de 
substâncias e secreção de substâncias pelos capilares peritubulares..
MAMÍFEROS: sangue arterial renal -> arteríola aferente que quando 
entra no néfron se divide em capilares peritubulares e sofrem 
anastomose formando a vênula e depois a veia renal, o sangue dos 
capilares peritubulares passam pelo glomérulo, quando faz a 
reabsorção de substâncias, essas substâncias voltam para os 
capilares peritubulares, a secreção acontece quando a substância 
não consegue ser totalmente absorvida no glomérulo, ela vai para o 
capilar onde consegue ser secretada para dentro do néfron. 

sangue: dividido em plasma (vai para o túbulo contorcido proximal -
tirando a proteína -, é formado por água, glicose, proteínas, sais 
minerais, ureia e aminoácidos) e elementos figurados (linha vermelha 
e linha branca).

FILTRAÇÃO: retirada de componentes presentes no plasma sanguíneo e a 
ida destes componentes para o túbulo contorcido proximal.
Forças envolvidas→
Pressão hidrostática capilar glomerular -> 60 mmHg = favorece a 
filtração.
–
Pressão hidrostática espaço de Bowman -> 18 mmHg = opõe-se a 
filtração.
–
Pressão coloidosmótica capilar glomerular -> 32 mmHg = opõe-se a 
filtração.
–
CADA GRUPO DE ANIMAIS TEM UM NÚMERO DIFERENTE DE NÉFRONS.
A DIFERENÇA DE 10 mmHg É A PRESSÃO DE FILTRAÇÃO
A membrana glomerular é porosa e permite a passagem de pequenas 
moléculas (menores que albumina < 4nm) e solutos em geral, além de líquido 
plasmático
O sangue entra no néfron e sofre três tipos de pressão: a do glomérulo 
sobre a cápsula e vice-versa. Após isso, o sangue progride para o túbulo 
contorcido proximal apenas aquilo que é pequeno, o néfron seleciona 
primeiro pelo tamanho das moléculas. O néfron tem diversas diferenças 
pois determinadas substâncias só podem ser excretadas ou secretadas 
numa determinada região.
Aminoácidos e glicose são absorvidos exclusivamente no túbulo contorcido 
proximal, água (porção ascendente da alça de Henle é impermeável a água).
PRESSÃO ONCÓTICAa.
PRESSÃO HIDROSTÁTICA DA CÁPSULA DE BOWMANb.
PRESSÃO HIDROSTÁTICA GLOMERULARc.
Quando o sangue chega no capilar passa por três forças de pressões que 
são responsáveis pelo processo de filtração, sendo elas:
Essa pressão faz com que as substâncias dentro do plasma passem 
através das fenestrações para a cápsula indo para o túbulo contorcido 
proximal. Todas as substâncias encontradas no plasma sanguíneo estarão 
no túbulo contorcido proximal, esse líquido no túbulo contorcido proximal é 
chamado de filtrado glomerular (mesma constituição do plasma, só quem 
sem proteínas, do tipo, albumina e sem elementos figurados), no líquido é 
 Página 58 
encontrado substâncias de baixo peso molecular.
SUBSTÂNCIAS ENCONTRADAS NO FILTRADO: água, Na (elemento químico 
mais filtrado), glicose, mioglobina (baixo peso molecular, a albumina não passa 
por ter um alto peso molecular), os aminoácidos e glicose são reabsorvidos.
Para que ocorra o filtrado glomerular é necessário:
FLUXO SANGUÍNEO RENAL.
PRESSÕES GLOMERULARES: para que as substâncias passem pelas 
fenestras glomerulares e pela cápsula de Bowman é importante passar 
por essas pressões, que apertam o glomérulo
pressão hidrostática glomerular: pressão da água (vence porque sua 
pressão é maior que a pressão oncótica), é a pressão do capilar 
para dentro da cápsula, é maior, faz com que a água leve os solutos 
de menor tamanho para o filtrado glomerular. 
a.
pressão oncótica: pressão do capilar, se dá pela pressão da 
proteína, ou seja, pela presença das proteínas que impedem que os 
solutos de menor tamanho vão para dentro do néfron, "tampa" as 
fenestras para que os solutos não saiam. PRESSÃO NEGATIVA.
b.
pressão hidrostática capsular: pressão da água dentro da cápsula 
que fazem nos capilares, impedem quem as substâncias saiam do 
capilar para o glomérulo.
c.
para sair o filtrado.
Características da substância a ser filtrada→
A PRESSÃO HIDROSTÁTICA GLOMERULAR É MAIOR DO QUE A SOMATÓRIA 
DAS PRESSÃO ONCÓTICA E DA PRESSÃO HIDROSTÁTICA GLOMERULAR.
Tamanho - peso molecular
Substância Peso Molecular Filtrabilidade
água 18 100%
sódio 23 100%
glicose 180 100%
mioglobina 17000 75%
albumina 69000 0,5%
A reabsorção tubular é um processo que pode ser ativo ou passivo e 
permite a transferência de substâncias do lúmen do túbulo renal para os
capilares peritubulares.
REABSORÇÃO TUBULAR: substâncias que estavam em um lugar foram para 
outro e depois, voltaram para o seu lugar de origem.
substância no sangue -> néfron -: sangue.
É o processo de retorno de substâncias que estão no filtrado glomerular e 
que retornarão para o sangue. São reabsorvidas pelo gradiente de 
concentração, substâncias muito concentradas no néfron passam para 
onde tem menos (capilares).
As plaquetas fazem tamponamento de fenestras, tipo em casos de 
erliquiose que diminui as plaquetas e as hemácias conseguem sair.
Através da pressão exercida também são reabsorvidas (gradiente de 
pressão), a substância se movimenta em regiões de alta pressão para 
regiões de baixa pressão, sendo que a substância que faz essa pressão.
GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO: substâncias migram do meio mais 
concentrado para o menos concentrado. Quanto maior o gradiente 
de concentração maior será a pressão exercida dessas substâncias 
(na maioria dos casos).
1.
PRESSÃO EXERCIDA DAS SUBSTÂNCIAS: pressão hidrostática
(pressão da água onde as partículas de baixo peso molecular 
passam), pressão oncóticas/osmóticas (pressão da proteína onde 
as substâncias de baixo peso molecular não passam), a região de 
maior pressão leva as substâncias para a região de menor pressão 
(entre a alça de Henle e túbulo contorcido distal para os capilares 
peritubulares).
2.
O filtrado glomerular tem partículas de baixo peso molecular que não podem 
ser eliminadas em sua totalidade, essas substâncias voltam para a corrente 
sanguínea através da reabsorção por dois motivos:
EX: sódio tem em quase todo segmento do néfron a capacidade de 
ser reabsorvido, cloro e potássio só são reabsorvidas em algumas 
regiões.
→
Substâncias resultantes da quebra da proteína e exógenas são 
excretadas.
→
Medicamento: ionizado e hidrossolúvel.→
Para cada região do néfron temos diferentes substâncias sendo 
reabsorvidas, para cada região tem uma concentração e seletividade 
diferente, onde algumas regiões são mais permeáveis.
ALTA QUANTIDADE DE SUBSTÂNCIA NO CAPILAR E ALTA QUANTIDADE NO 
NÉFRON NÃO SÃO REABSORVIDAS.
VIA TRANSCELULAR: passam por canais iônicos da parede do túbulo 
renal, passam dentro da célula.
1.
VIA PARACELULAR: passam por regiões de GAP entre as células, no 
meio de duas células
2.
CO-TRANSPORTE: ocorre no túbulo contorcido proximal. Ex: quando o 
sódio volta para a corrente sanguínea, ele possui um canal iônico 
específico para a sua movimentação,levando-o para o capilar 
peritubular. Quando o sódio se movimenta, outras substâncias como 
glicose e aminoácidos se aproveitam do mesmo canal iônico do sódio. 
São substâncias específicas que utilizam o mesmo canal iônico ou 
carreador. O sódio faz co-transporte com a glicose e os 
aminoácidos.
→
CONTRATRANSPORTE: movimento de substâncias em sentidos 
opostos. Ex: sódio e hidrogênio, quando um sódio retorna para a 
corrente sanguínea (ou seja, é reabsorvido) um hidrogênio da 
→
A reabsorção de substâncias pode se dar pelo gasto de energia (processo 
ativo ou passivo), quando saem do néfron, podem passar pela parede do 
túbulo por dois caminhos:
 Página 59 
corrente sanguínea é secretado no néfron. Se o sódio está no 
capilar peritubular e precisa ir para o néfron, o hidrogênio vai para 
o capilar. O hidrogênio (forma o ácido carbônico quando encontra o 
gás carbônico) é importante para o pH, altas concentrações de 
hidrogênio na corrente sanguínea o pH cai (entra em acidose), então 
o hidrogênio precisa ser excretado para manter o pH do sangue 
pois o sódio volta para a corrente sanguínea aumentando o pH, o 
sódio pode ser reabsorvido em qualquer parte do néfron, precisa 
ser excretado.
O rim também mantém o pH sanguíneo.→
A secreção tubular atua em direção oposta à reabsorção. As substâncias 
são transportadas do interior dos capilares para a luz dos túbulos, de onde 
são eliminadas pela urina.
Os mecanismos de secreção tubular, à semelhança dos mecanismos
de reabsorção, podem ser ativos ou passivos, quando incluem a utilização de 
energia pela célula para a sua execução .
Eliminação da urina formada, contendo as substâncias que permaneceram 
no néfron através da filtração e outras que entraram no néfron através 
do processo de secreção.
CO-TRANSPORTE: transporte simultâneo de dois ou mais compostos no 
mesmo transportador na mesma direção (ex: Na+ - glicose e Na+ -
aminoácido).
CONTRATRANSPORTE: movimento de um composto em uma direção, dirigido 
pelo movimento de um segundo composto na direção oposta (ex: 
contratransporte Na+ - H+).
VIA TRANSCELULAR: passa através das membranas basolaterais e luminal.
VIA PARACELULAR: passa através das tight junction.
Auto-regulação
Com vários níveis de atividades, fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração 
glomerular permanecem relativamente constantes em uma pressão 
sistêmica média.
Feedback túbulo-glomerular1.
Produção de angiotensina II2.
Existem 2 mecanismos de auto-regulação:
Os anti-inflamatórios (inibem prostaglandina) tem ação direta na produção 
de prostaglandina, onde sua função é ser VASODILATADORA, quando toma 
anti-inflamatórios ocorre uma VASOCONSTRIÇÃO do corpo inteiro, também 
das arteríolas e artérias. A vasoconstrição não deixa ir muito sangue, com 
isso, o glomérulo faz muita força para formar o filtrado glomerular, toda 
vez que faz isso, causa uma lesão renal que leva ao quadro de insuficiência 
renal. 
AUMENTA O FLUXO SANGUÍNEO RENAL E AUMENTA A TAXA DE 
FILTRAÇÃO GLOMERULAR
A auto-regulação é a tentativa dos rins de manter o filtrado glomerular (a 
prostaglandina não entra diretamente no mecanismo de auto-regulação).
Com vários níveis de atividade, o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração 
glomerular permanecem relativamente constantes em uma pressão 
sistêmica média. 
Como já dito, existem dois mecanismos de auto-regulação, sendo eles: 
feedback túbulo-glomerular e produção de angiotensina II.
A prostaglandina não entra diretamente no processo de auto-regulação, 
porém, toda vez que tem vasoconstrição, o rim libera prostaglandina.
A auto-regulação tem relação com o fluxo sanguíneo renal e a taxa de 
filtração glomerular, o rim tenta manter constante a taxa de filtração 
glomerular, para isso, precisa ser constante o fluxo de sangue que entra 
muito filtrado (mais sangue igual a mais filtrado) tem alta perda de 
água e soluto, e temos uma taxa de perda. Não é bom retirar muitas 
substâncias pois permite a perda de muita água, sódio, potássio e 
entre outros que serão excretados. 
→
baixa quantidade de sangue não terá pouco filtrado glomerular, pois 
o rim mantém uma taxa, com isso, vai ter uma alta pressão para 
formar o filtrado glomerular.
→
no glomérulo, pois é a partir disso que forma o filtrado glomerular, esse 
filtrado possui componentes iguais ao do plasma sanguíneo, o filtrado tem 
total dependência da quantidade de sangue que passa no glomérulo.
O RIM GOSTA DE MANTER UMA TAXA DE FILTRAÇÃO CONSTANTE, para 
isso, precisa da auto-regulação, para manter constante o fluxo sanguíneo 
renal (FSR) e a taxa de filtração glomerular (TFG).
Toda vez que o fluxo sanguíneo renal estiver muito alto, teremos uma alta 
taxa de filtração glomerular, a longo prazo é perceptível que a excreção de 
muitas substâncias via urina não sendo bom para o organismo, como por ex: 
o hidrogênio faz a acidez do sangue se manter equilibrado com a alcalose, 
caso perca uma alta quantidade de hidrogênio, o sangue que era neutro 
come a ficar alcalino, se perde potássio, altera a composição da 
musculatura, da bomba de sódio e potássio. Se proporcionamos esse fluxo 
maior, também resulta na saída de substâncias necessárias, além de 
provocar uma sobrecarga renal.
A queda do fluxo sanguíneo renal e da taxa de filtração glomerular, o 
néfron tenta manter a taxa normal, então exerce uma força de pressão 
maior para a retirada do filtrado, isso leva a uma insuficiência renal.
VASOCONSTRIÇÃO DA ARTERÍOLA AFERENTE: quando tem um 
aumento do fluxo sanguíneo renal, para manter o fluxo normal, não 
resultando em uma alta quantidade de filtrado.
→
VASOCONSTRIÇÃO DA ARTERÍOLA EFERENTE: quando tem uma 
queda do fluxo sanguíneo renal, fazendo o sangue permanecer mais 
tempo no glomérulo.
→
VASOCONSTRIÇÃO DA ARTERÍOLA AFERENTE E EFERENTE (fenômeno 
fisiológico).
Quando temos o fluxo sanguíneo renal aumentado, teremos o mecanismo de 
vasoconstrição da ARTERÍOLA AFERENTE para diminuir o fluxo sanguíneo 
renal, diminuindo a entrada de sangue e controlando o volume, sendo uma 
das formas de fazer feedback.
Outra forma de fazer feedback é quando temos uma queda do fluxo 
sanguíneo renal e da taxa de filtração glomerular, o rim faz uma 
vasoconstrição da ARTERÍOLA EFERENTE, fazendo o sangue passar mais 
devagar, aumentando dessa forma, a taxa de filtração glomerular, esse 
mecanismo possui relação com a secreção da renina.
Células justaglomerulares da parede da arteríola aferente, em face da 
diminuição da pressão de perfusão e da pressão sistêmica, secretam o
hormônio renina, que leva a formação de angiotensina II.
ANGIOTENSINOGÊNIO -> RENINA -> ANGIOTENSINA I -> ECA -> 
ANGIOTENSINA II.
Libera angiotensina II pela queda da PRESSÃO ARTERIAL por hipovolemia 
(diminui a quantidade de plasma circulante), temos receptores ou 
marcadores de volume no ventrículo esquerdo e artérias. No ventrículo 
esquerdo os receptores detectam que a parede do miocárdio não está 
estirando numa normalidade, isso implica na dificuldade de chegada do 
oxigênio nas células, sendo que, sem esse aporte, as células entram em 
hipóxia, se isso ocorre, temos uma queda do débito cardíaco, sendo o rim 
 Página 60 
um dos principais órgãos afetado por essa queda.
HIPOVOLEMIA -> DIMINUIÇÃO DO PLASMA CIRCULANTE -> VENTRÍCULO 
ESQUERDO -> INIBIÇÃO DA INERVAÇÃO VAGA (diminui o estímulo do nervo 
vago, sendo um dos controladores do ritmo cardíaco, junto com o sistema 
nervoso autônomo) -> APARELHO JUSTAGLOMERULAR -> LIBERAÇÃO DE 
RENINA.
O vago tem uma comunicação direta com o aparelho justaglomerular, é 
importante essa inibição pois estimula o aparelho justaglomerular a liberar 
renina. A renina cai na corrente sanguínea e encontra o angiotensinogênio, 
com isso, forma a angiotensina I, a angiotensina I sofre a ação da ECA
(enzima conversora de angiotensina) e forma a angiotensina II, na presença 
da angiotensina II ocorre a liberação da aldosterona pela glândula adrenal, 
que irá atuar na reabsorção de sódio com um co-transporte de água, 
restabelecendo avolemia e mantendo o débito cardíaco. 
O nervo vago faz parte do sistema nervoso parassimpático, a sua inibição 
promove uma taquicardia, o nervo vago percebe que o estiramento está 
menor que o habitual, o nervo vago promove uma bradicardia e a sua 
inibição uma taquicardia, esse estiramento ocorre por causa da pressão 
exercida do sangue na parede ventricular, quanto mais sangue fica no 
ventrículo esquerdo maior será o estiramento e o estímulo dos receptores 
vagais, com isso, o nervo vago entende que o organismo não está em 
hipovolemia. 
Pouco volume sanguíneo no ventrículo esquerdo, não irá estimular os 
receptores vagais, através disso, o sistema nervoso central entende que 
tem pouco plasma circulante (hipovolemia), quanto maior a hipovolemia mais 
o rim sofrerá (é um dos órgãos que mais recebe sangue), o vago inerva o 
rim também, o vago faz uma neurotransmissão com o aparelho 
justaglomerular para a liberação de renina, a angiotensina II faz liberar 
aldosterona, promove a reabsorção de sódio junto com ele, a água.
LIBERAR RENINA PELA INIBIÇÃO DO VAGO.1.
MEDIR A CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO NO FILTRADO GLOMERULAR.2.
O aparelho justaglomerular tem duas funções:
VASOCONSTRIÇÃO GERAL, tem a intenção de agir na arteríola 
eferente, para deixar o sangue passando mais tempo no glomérulo, 
tendo a chance de produzir uma taxa maior de filtrado glomerular.
i.
chega no sistema nervoso central para alcançar a hipófise, passa 
pela neurohipófise fazendo a liberação do hormônio antidiurético que 
estava armazenado, o ADH circulante aumentará a reabsorção de 
água, age no ducto coletor aumentando a volemia.
ii.
passa pelas adrenais, estimula o córtex a liberar aldosterona que 
corrige o volume de sódio, promovendo a reabsorção de sódio e com 
isso, corrige a hipovolemia pelo co-transporte da água.
iii.
age no córtex cerebral para estimular o centro da sede, fazendo o 
indivíduo beber água para corrigir a hipovolemia.
iv.
MEDIR A CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO NO FILTRADO GLOMERULAR: no 
glomérulo tem células que medem a quantidade de sódio que está circulando 
no filtrado glomerular, já que esse composto ajuda a controlar a água, se 
tem pouco sódio no filtrado a água é reabsorvida, alta quantidade no filtrado 
puxa a água para o filtrado. O sódio regula a absorção e excreção de água, 
a hipovolemia proporciona baixa quantidade de sódio no filtrado por ter 
menos plasma circulante (diminui todos os compostos), a baixa quantidade de 
sódio diz para o organismo que o animal está em hipovolemia, não diminui o 
sódio circulante, mas sim o plasma (a água do plasma), isso junto com a 
inibição do vago faz liberar renina. A medida que libera renina (enzima) que 
atua no angiotensinogênio (proteína liberado pelo fígado), a renina 
transforma esse angiotensinogênio em angiotensina I que ao encontra a 
ECA (produzida pelo pulmão, por ser um órgão extremamente vascularizado 
e ser um produto próprio da secreção vascular) e forma a angiotensina II, a 
angiotensina II antes de passar pelo córtex adrenal, ela tem quatro funções 
básicas:
Também temos outro fator causado pela hipovolemia, ocorre uma 
hemoconcentração. A hemoconcentração aumenta a quantidade dos 
elementos figurados e do plasma, aumenta a concentração dos solutos 
circulantes, esse sangue chega no hipotálamo ele causa uma reação 
hipotalâmica, lendo que a concentração de sódio está aumentada por não 
estar diluída na água, vê a osmolalidade de sódio e a queda de água 
circulante, ele corrige a hipovolemia imediatamente, realizando a liberação 
do hormônio antidiurético que age no ducto coletor e causa a reabsorção de 
água, com isso, diminui a osmolalidade de sódio e corrige a hipovolemia.
Promove a vasoconstrição tanto sistêmica quanto da arteríola 
eferente com consequente aumento da taxa de filtração. Esse 
processo de auto-regulação permite que a taxa de filtração seja 
mantida mesmo quando o fluxo sanguíneo renal e baixo.
→
Impede a falência renal na hipotensão arterial.→
Estimula a liberação da aldosterona que promove a reabsorção do 
Na+ que carreia água para o leito capilar auxiliando no aumento da 
pressão arterial.
→
Induz a liberação de ADH que aumenta a reabsorção de água e ureia.→
A arteríola aferente sofre dilatação pelo aumento do fluxo 
sanguíneo renal, sempre que aumenta ocorre uma vasocontração da 
arteríola aferente, acionando receptores de dilatação que promove 
uma vasoconstrição rebote. A vasodilatação aciona a liberação de 
cálcio, como consequência temos a contração da arteríola aferente. 
1.
FEEDBACK TÚBULO-GLOMERULAR = aparelho justaglomerular. 
Sempre que aumenta o fluxo sanguíneo renal, na arteríola aferente, 
o aparelho justaglomerular irá perceber o aumento na entrada de 
sódio, fazendo uma vasoconstrição da arteríola aferente, a mácula 
densa promove essa vasoconstrição (mácula 
2.
 Página 61 
densa dentro do aparelho justaglomerular). A mácula densa tem 
células quimiorreceptoras que percebem a entrada de sódio. 
APARELHO JUSTAGLOMERULAR = libera prostaglandina, renina e 
media a quantidade de sódio.
O baixo fluxo sanguíneo renal passa pouco sangue pela arteríola 
aferente, a arteríola aferente faz vasodilatação para tentar fazer 
com que entre mais sangue, aumentando dessa forma, a taxa de 
filtração glomerular, isso acontece pelo MECANISMO MIOGÊNICO.
1.
VASOCONSTRIÇÃO DA ARTERÍOLA EFERENTE, para evitar 
que o sangue saia, aumentando a quantidade de sangue no 
capilar glomerular e aumenta a taxa de filtração glomerular, 
quando diminui sódio, a mácula densa libera renina que age 
sobre o angiotensinogênio e o transforma em angiotensina I, 
logo após, encontra a ECA e na sua presença se transforma 
em angiotensina II. A angiotensina II faz a vasoconstrição da 
arteríola eferente, também age no córtex da glândula 
adrenal para liberar a aldosterona, que promoverá a 
reabsorção de sódio no ducto coletor e junto com ele, vem a 
água, com isso, aumenta o fluxo sanguíneo renal e a taxa de 
filtração glomerular, através disso, reestabelece a 
osmolalidade do glomérulo.
→
O segundo mecanismo é com o feedback justaglomerular -> mácula 
densa. A diminuição do fluxo sanguíneo renal vai diminuir a quantidade 
de sódio que promove os seguintes mecanismos:
2.
REFLEXO MIOGÊNICO: vasodilatação da arteríola aferente e vasoconstrição 
da arteríola eferente (a angiotensina II tem mais receptores na arteríola 
eferente).
HIPOVOLEMIA: baixa concentração de sódio.
SOLUTOS: meio mais concentrado para o meio menos concentrado.→
SOLVENTE: é por osmose, sai do meio menos concentrado para o 
mais concentrado. 
→
REABSORÇÃO TUBULAR: retirada de substâncias do filtrado glomerular e o 
encaminhamento das mesmas para os capilares peritubulares, se dá pela 
diferença do gradiente de concentração.
REABSORÇÃO: filtração glomerular -> capilar peritubular.
SECREÇÃO: capilar peritubular -> filtrado glomerular.
Hormônios da função renal
Aumenta a permeabilidade das células do túbulo coletor cortical e ductos 
coletores a água.
Os osmoreceptores hipotalâmicos percebem variações de na osmolaridade 
plasmática e regulam a liberação de ADH. 
Na ausência de ADH não haverá reabsorção de água e ureia, mas haverá 
reabsorção de NaCl por ação da aldosterona.
Hipovolemia estimula a liberação de ADH.
Baixas temperaturas e álcool etílico inibem a liberação de ADH.
Mais envolvida com a regulação da concentração de K+ no liquido 
extracelular.
Secretada quando há aumento da concentração de K+ no liquido extracelular 
(hipercalemia).
Promove a secreção de K+ e consequentemente a reabsorção de Na+.
Age na porção final do TCD, túbulo coletor cortical e ductos coletores.
Contração da bexiga
Funciona a partir do segmento do sistema nervoso periférico, na bexiga 
temos a ação direta do sistema nervoso periférico, pois sua musculatura é 
lisa, possuindo inervação com o sistema nervoso autônomo e no primeiro 
esfíncter ou esfíncter interno (inervação do sistema nervoso periférico 
pelo ramo autônomo, pois essas duas estruturas têm musculaturalisa.
A bexiga possui um segundo esfíncter que promove a contração e o seu 
fechamento, relaxamento e a sua abertura. Esse segundo esfíncter é feito 
de musculatura estriada esquelética possuindo inervação do sistema 
nervoso periférico do ramo somático.
Na parte do sistema nervoso autônomo temos a ação do sistema nervoso 
simpático (mantém o esfíncter interno fechado e a musculatura lisa 
relaxada), o parassimpático mantém o esfíncter interno relaxo e a parede 
da bexiga contraída. 
PREENCHIMENTO DA BEXIGA -> sistema nervoso simpático mantém 
a bexiga relaxada e o esfíncter interno, na micção age o sistema 
nervoso parassimpático, relaxando o esfíncter interno e contraindo 
a bexiga.
→
Toda vez que aciona o SIMPÁTICO, temos o enchimento da bexiga com a 
urina, assim que a bexiga se encontra repleta, onde toda a parede da 
bexiga está em contato com a urina, ocorre a micção, que diminui o 
simpático e aciona o parassimpático, ocorrendo assim, a micção.
O esfíncter externo funciona sobre pressão, é um controle voluntário, a 
contração promove um aumento da pressão da urina sobre o esfíncter 
externo, fazendo ele relaxar. 
Quando o indivíduo não quer urinar, mas precisa, a pressão da contração 
exercida no esfíncter faz uma diminuição do sistema nervoso somático, que 
faz o relaxamento do esfíncter externo. Os animais só seguram a urina até 
um determinado ponto.
CONTRAÇÃO MEDIADA PELA ACETILCOLINA.
Regiões específicas no sistema nervoso central percebem o enchimento da 
bexiga. 
A partir do momento que enche a bexiga, nessa fase, temos a contração 
dos dois esfíncteres e relaxamento do músculo deutrusor, através da urina 
encaminhada pelo rim ela chega na bexiga e é percebida pelos receptores 
de volume e de pressão, enviando a informação do estiramento da bexiga. 
Seu preenchimento aciona a liberação do sistema nervoso parassimpático 
para contrair a bexiga e relaxar os esfíncteres.
Micção
Termo fisiológico para o esvaziamento da bexiga
Ureteres – tubos musculares que transportam a urina por 
peristalse da pelve até a bexiga.
→
Bexiga – é um órgão oco, muscular, que varia de tamanho conforme 
a quantidade de urina.
→
Uretra – continuação caudal do colo da bexiga e transporta a urina 
da bexiga para o exterior.
→
Estruturas associadas e suas funções:
Inervação parassimpática – inervação motora para o músculo no corpo e 
no colo da bexiga.
A micção é controlada por um centro de controle localizado no segundo, 
terceiro e quarto níveis sacrais da medula espinal.
O enchimento da bexiga urinária ativa receptores de estiramento 
(mecanorreceptores) que enviam impulsos a esse centro de controle, o qual 
promove a ativação parassimpática e a inibição simpática. Assim, as 
contrações do músculo detrusor da bexiga urinária são estimuladas e o 
esfíncter interno da uretra relaxa.
 Página 62 
Continência urinária – condição normal de estocagem de urina na 
bexiga.
→
Poliúria.→
Oligúria.→
Anúria..→
Disúria.→
Estrangúria (síndrome urológica felina).→
COMPOSIÇÃO: maior parte das substâncias presentes do fluido extracelular 
também está presente na urina.
COR: geralmente amarela - urobilinogênio.
ODOR: característico da espécie - dieta.
CONSISTÊNCIA: aquosa na maioria das espécies, exceção o equino (muco).
COMPONENTE NITROGENADO: o principal é a ureia (formada a partir da 
amônia).
QUANTIDADE E DENSIDADE: varia de acordo com a dieta, atividade, 
temperatura externa, consumo de água, estação e outros fatores.
Por que os mamíferos eliminam ureia?1.
Porque é uma forma de eliminar a amônia diluída em água. Através 
da quebra das proteínas no metabolismo celular, teremos como um 
dos mecanismos para evitar a toxicidade, a amônia diluída na água e 
formando a ureia, que não é tóxica, com isso, no rim a ureia é 
excretada. Parte da ureia é eliminada e o que fica irá para a 
Questões sobre função renal
O que é creatinina e qual é a sua importância na função renal? 2
corrente sanguínea, sendo encaminhada ao fígado e pode ser utilizada para 
a formação dos aminoácidos.
Como a bilirrubina é eliminada pela urina?3
Através da quebra do grupo M das hemácias teremos a liberação 
da bilirrubina que é direcionada para o fígado. No fígado, parte será 
destinada para o intestino, sendo a bilirrubina direta que fará a 
emulsificação da gordura e a sua quebra, essa bilirrubina recebe o 
nome de urobilinogênio e dá a coloração das fezes. A bilirrubina que 
não é direcionada para o intestino é a bilirrubina indireta, que cai na 
corrente sanguínea e é excretada pelo rim. A bilirrubina é o 
pigmento amarelo na urina, produzida pela quebra das hemácias 
pelos macrófagos no baço ou fígado, quando ocorre a quebra do 
grupo M libera a biliverdina, por ação enzimática se transforma em 
bilirrubina indo para o plasma, no plasma ela se agrega com 
proteínas (como a albumina), a bilirrubina liga a albumina (bilirrubina 
indireta) vai para o fígado e nos hepatócitos se separa e se junta 
com o ácido glicurônico e vira a bilirrubina direta ou conjugada, vai 
para a bile e se encaminha para o duodeno, uma parte dá coloração 
para as fezes, outra parte volta para a corrente sanguínea e é 
excretada pela urina.
BILIRRUBINA INDIRETA OU NÃO CONJUGADA, LIGADA A ALBUMINA.
BILIRRUBINA CONJUGADA -> BILE ---LIBERADA---> INTESTINO 
DELGADO SOFRE UMA AÇÃO MICROBIANA -> UROBILINOGÊNIO -> 
PODE SEGUIR 3 CAMINHOS:
i - excretado com as fezes, sofre um processo de oxidação e 
forma a estercolina e dá coloração para as fezes.
ii - volta para a corrente sanguínea (95% que voltam) e volta para o 
fígado, faz o mesmo ciclo (CICLO ENTEROHEPÁTICO).
iii - corrente sanguínea vai para o rim, é excretado junto com a 
urina (5%).
Problemas com a bilirrubina em pacientes hepáticos e por 
insuficiência renal (não excreta a bilirrubina, dando a icterícia). O rim 
libera eritropoetina. 
O que é azotemia/uremia?4
A manifestação clínica da azotemia é a uremia. AZOTEMIA: 
presença no sangue de produtos de excreção nitrogenados; 
UREMIA: condição em que os constituintes da urina são encontrados 
no sangue, anomalia que ocorre na insuficiência renal, caracteriza-se 
por azotemia, acidose crônica, anemia e diversos sintomas e sinais 
sistêmicos e neurológicos.
Poliúria: aumento da produção de urina.a.
Disúria: dificuldade para urinar, em geral provocada por uma 
infecção urinária.
b.
Anúria: falta de produção ou emissão de urina.c.
Estrangúria: micção, emissão lenta e dolorosa da urina.d.
Conceitue:5
A creatinina é derivada do metabolismo da creatinina muscular e a sua 
produção é diretamente proporcional à massa muscular. Ela é importante 
por ser 100% excretada pelo rim. Pois é 100% excretada no rim e é um 
produto não nitrogenado proteico. Excreção de 100% da creatinina, toda 
vez que faz contração muscular e usa o fosfato de creatinina para repor 
o ATP, o ATP ao ser quebrado libera energia, toda vez que o fosfato de 
creatinina é utilizado, sua clivagem libera a creatinina que é 100% 
excretada.
 Página 63 
Para o sistema funcionar é importante ter um equilíbrio entre ácido e base. 
Um desequilíbrio causa perda de íons positivos e íons negativos (cátion é 
positivo e ânion é negativo).
SUBSTÂNCIA ÁCIDA: é aquela capaz de doar elétrons, a substância básica 
recebe elétrons, o sinal do elétron é negativo, quem ganha elétrons fica 
com sinal ou carga negativo, e quem doa elétrons fica com carga positivo, a 
substância básica fica com sinal negativo, substância ácida com sinal 
positivo.
pH: potencial hidrogeniônico
O íon hidrogênio diminui o pH sanguíneo, quando mede o pH é para relacionar 
a quantidade de ácido e base numa solução.
0 ---- ÁCIDA ---- 7 ---- BÁSICA ---- 14 
|______ 
H+: pH ácido.1.
HCO3-: pH básico.2.
2 íons extremamente importantes:
O íon hidrogênio (H+) surge pelo encontro do H2O mais CO2, formando H2CO3
(ácido carbônico), dentro do organismo ele encontra a enzima anidrase 
carbônica que dissocia os íons H+ mais íons HCO3-, esses dois íons são as 
principais medidaspara o equilíbrio ácido-base.
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA.1.
FUNÇÃO RENAL.2.
SISTEMA TAMPÃO: reabsorção de bicarbonato e produção de 
amônia. Fosfato, bicarbonato, hemoglobina e etc.
3.
Extremamente importante para o funcionamento do corpo, para manter o 
pH do sangue aproximadamente em 7,4 a 7,6, utiliza três mecanismos:
Função respiratória
Todo o processo ocorre através das trocas gasosas, ocorre a troca de 
oxigênio por gás carbônico e gás carbônico por oxigênio. Toda vez que 
inspira ocorre a entrada de oxigênio no alvéolo, por diferença de gradiente 
de concentração. 
O oxigênio entra no sangue e a hemácia prende o oxigênio na hemoglobina, 
saindo do pulmão e indo para o coração, as trocas gasosas do sangue para 
as células ocorre no capilar, a hemácia chega através do capilar que passa 
ao redor de uma célula, ocorrendo a troca gasosa entre a hemácia e a 
célula por diferença de gradiente de concentração, o oxigênio sai e vai para 
a célula sendo trocado pelo gás carbônico (produzido na respiração celular), 
sai do meio mais concentrado de gás carbônico e indo para o meio menos 
concentrado.
O oxigênio é movimentado pelo fato dele estar ligado na hemoglobina que se 
encontra dentro da hemácia. O gás carbônico pode ser transportado de 
outras maneiras, o gás carbônico é um óxido ácido, então na presença de 
gás carbônico o pH do sangue cai, quanto mais elimina o gás carbônico, mais 
altera o pH (aumentando o pH).
DISSOLVIDO NO PLASMA1.
LIGADO A HEMOGLOBINA: entra na hemácia e se prende na 
hemoglobina.
2.
AO ENTRAR NA HEMÁCIA ENCONTRA A ÁGUA (forma mais comum) 
FORMANDO O H2CO3 (ácido carbônico) E ATRAVÉS DA AÇÃO DA 
ANIDRASE CARBÕNICA ELE É DISSOCIADO EM H+ MAIS HCO3- (tudo 
dentro das hemácias). O hidrogênio permanece preso a hemoglobina, 
os íons HCO3- (bicarbonato, é uma forma indireta de carregar o 
CO2) é liberado na corrente sanguínea (plasma).
3.
Ao redor da hemácia encontra o ácido carbônico (H2CO3) e o gás 
carbônico (CO2), dentro da hemácia temos preso na hemoglobina o 
CO2 e o H+.
→
Quando produz CO2 e ele vai para o capilar, ele pode se movimentar em 
três formatos:
Outra forma de regulação é manter o hidrogênio preso a 
hemoglobina, pois caso ele saia da hemácia e vá para o plasma, ele 
irá tornar esse plasma ácido, indivíduos com anemia ferropriva 
entram em acidose respiratória (não conseguem levar o oxigênio 
para dentro da célula, não liberando o gás carbônico, a queda das 
hemácias diminui as hemoglobinas, então o hidrogênio preso cai na 
corrente sanguínea tornando-a ácida).
→
O íon bicarbonato atua como solução tampão, na corrente sanguínea 
encontramos íons hidrogênio circulante, o encontro do hidrogênio 
com o bicarbonato faz a ligação do H+ com HCO3- pela anidrase 
carbônica, formando o H2CO3 e pela ação da anidrase carbônica, 
ocorre a dissociação de água e gás carbônico, sendo o gás carbônico 
expelido no corpo ao chegar nos alvéolos.
→
Íon hidrogênio pode ser eliminado com a troca do íon sódio ou 
associado ao HCO3- para formar o H2CO3.
→
Esse sangue ao chegar no capilar alveolar, o gás 
carbônico por diferença de gradiente de 
concentração, sai do sangue e vai para o alvéolo. O 
gás carbônico dissolvido no plasma sai sozinho do 
sangue e migra para o alvéolo, a solução tampão ao 
liberar o gás carbônico também faz ele ser eliminado. 
O gás carbônico ligado a hemoglobina se desprende 
da hemoglobina e vai para dentro do alvéolo. No caso 
do gás carbônico que é transportado na forma de 
bicarbonato, o HCO3- volta para dentro da hemácia, 
encontrando o hidrogênio preso na hemoglobina, esse 
encontro através da anidrase carbônica transforma-o 
em ácido carbônico (H2CO3), novamente, pela ação da 
anidrase carbônica haverá a dissociação que resulta 
em H2O mais CO2,, por diferença de gradiente de 
concentração, o gás carbônico na hemácia cai na 
corrente sanguínea e é eliminado, com isso também 
some com o íon H+ por ele ter formado a água.
Função renal
No túbulo contorcido proximal tem reabsorção de água, glicose e 
ureia pelo mecanismo simples de reabsorção de bicarbonato (HCO3-), 
quando entra no filtrado ele é reabsorvido e encaminhado para o 
capilar peritubular para a manutenção do pH.
1.
Mecanismo de contratransporte no túbulo contorcido proximal: 
troca de íons de sódio pelos íons de hidrogênio, o sódio é reabsorvido 
e o hidrogênio é secretado, todo o hidrogênio que está presente nas 
células é encaminhado para o néfron pela troca com o sódio. Ocorre 
no túbulo contorcido proximal, alça de Henle ascendente, túbulo 
contorcido distal e ducto coletor, em todos os lugares que 
reabsorvem sódio, junto é secretado o hidrogênio. O íon hidrogênio 
dá a característica ácida para o sangue, ou seja, altera o pH pela 
secreção do hidrogênio.
2.
Faz o controle por dois mecanismos:
O rim também contribui excretando a amônia (não é a produzida pelo 
fígado, pois essa é eliminada na forma de ureia), é uma solução tampão via 
produção de amônia (é uma amônia produzida dentro do rim, que serve de 
troca com o bicarbonato, ela é secretada para o néfron, por isso, o 
bicarbonato tem que voltar para o capilar peritubular.
NEUTRO
 Página 64 
Este sistema tampão compreende a eliminação do íon amônio (NH4+) a partir 
do metabolismo da glutamina.
O aminoácido glutamina entra nas células da parede (células epiteliais) do 
túbulo contorcido proximal e do ramo ascendente da alça de Henle e 
também, dos túbulos distais. Dentro dessas células, a glutamina é 
metabolizada em NH4+ (amônio) e bicarbonato (HCO3-). Para que ocorra a 
secreção do amônio, há a reabsorção de sódio e bicarbonato para os 
capilares peritubulares.
Troca iônica por processos renais (falhas) é ACIDOSE METABÓLICA.→
ACIDOSE RESPIRATÓRIA: problemas nas trocas gasosas, pacientes 
com taquipneia (por exemplo).
→
Excreção grande de hidrogênio -> alcalose metabólica.→
HIPERVENTILAÇÃO: alcalose respiratória (exemplo).→
A amônia que vai ser uma solução que faz o controle do pH. Ao mesmo 
tempo, o sódio volta para o capilar peritubular para a amônia ser eliminada, 
também retorna bicarbonato. O bicarbonato promove o aumento do pH 
sanguíneo.
Sistema tampão
É uma solução onde encontra ácidos e bases conjugadas que impedem 
alterações bruscas do pH quando adicionado na solução os ácidos ou bases. 
Essa solução não permite alterações do pH (dissociação da base ou ácido, 
que fariam a doação ou recebimento de elétrons). O H2CO3 em uma solução 
tampão não é dissociado, em soluções normais ele é dissociado em H+ mais 
HCO2.
Elimina ácido úrico (proveniente da quebra das proteínas, não tem a mesma 
toxicidade que a amônia).
A ave não tem bexiga e uretra, a comunicação é direta de RIM para 
URETER e depois CLOACA (região que tinha o alantoide), a cloaca é o ponto 
de encontro do sistema urinário, sistema digestivo e sistema reprodutor.
Ela não tem bexiga para não ficar pesada para o voo. 
O rim das aves é lobulado, dividido em três lobos: cranial, médio e caudal, se 
localiza na parte alta do abdome e está colada aos testículos no macho e os 
ovários na fêmea estão próximos aos rins, encontra-se no fundo da 
cavidade abdominal.
NÉFRON REPTILIANO: divisão anatômica não tem a alça de Henle. 1.
Possui dois tipos de néfrons:
Faz com que a água seja excretada por não ter a ala de Henle.
NÉFRON MAMÍFERO: apresenta a alça de Henle.2.
Quando a osmolaridade de água está muito alta ela usa o néfron 
mamífero, quando quer excretar o excesso de água ela usa o néfron 
reptiliano, perdendo o peso extra da água.
Os néfrons possuem o aparelho justaglomerular (presença da renina, 
controle da liberação de aldosterona). O funcionamento é diferente do 
de mamíferos.
A ave usa mais o néfron reptiliano (70%) e 30% o néfron mamífero.
As aves que se alimentam de produtos de origem marinha terão uma 
concentração maior de sal (NaCl) ingerida, por conta disso, possuem uma 
estrutura que promove a excreção de sal pela glândula de sal. Esse sal 
precisa ser excretado para controlar a osmolalidade, a falta da glândula 
desal, acarreta na vida das aves, pois se esse sódio não for eliminado, 
irá atuar na reabsorção de água. Os líquidos corporais teriam uma alta 
concentração de sal, com isso, a corrente sanguínea ficaria com um 
plasma rico em sódio, isso gera para as células um aumento no consumo 
de água para que esse sal fique diluído. A água do meio intracelular 
começa a ir para o plasma com o intuito de diluir o sal, os dois 
mecanismos para a diluição, são: aumento na sede e desidratação 
intracelular.
A glândula de sal fica próxima aos olhos das aves, próximo do canal 
lagrimal, o sangue passa por esse canal e o sódio migra por diferença de 
concentração para a glândula de sal, pois a glândula é um meio hipotônico 
e o sangue hipertônico, com isso, a glândula mistura o sódio com água e 
libera no canal lagrimal.
VASCULARIZAÇÃO SANGUÍNEA NOS RINS DAS AVES: o sangue que 
chega no néfron vem da artéria renal que vai para a arteríola aferente
sendo dividida em capilar glomerular, sai pela arteríola eferente que se 
dividem em capilares peritubulares.
A ave tem um sistema que aumenta a excreção de ácido úrico, só esses 
vasos não possibilitam isso, por isso, tem um sistema paralelo sanguíneo 
que chega ao rim sendo denominado sistema porta renal (esses vasos 
vêm do intestino delgado e dos membros posteriores).
Além da artéria renal, os rins recebem o sangue proveniente do 
intestino grosso e membros pélvicos através das veias ilíacas externa, 
interna e veia isquiática.
Quando a ave tem alta produção de ácido úrico, a taxa de filtração 
glomerular não dá conta de eliminar, com isso, aumenta o fluxo do rim 
para que consiga ser excretado, por conta disso, usa um sistema 
paralelo que entra no rim e não passa pelo filtrado, essas veias se 
comunicam com os capilares peritubulares, o ácido úrico passa para os 
capilares peritubulares sendo secretados no rim.
A excreção do ácido úrico ocorre pela chegada do sangue na arteríola 
aferente e capilares peritubulares.
 Página 65 
Essas veias não têm comunicação com a arteríola aferente, se esse 
sangue entra na arteríola aferente, a taxa de filtração glomerular iria 
aumentar e também, aumentaria a concentração de ácido úrico.
Essas veias não têm comunicação com os capilares peritubulares, e dos 
capilares peritubulares esse ácido úrico migra para o néfron.
DO GLOMÉRULO RENAL PELA ARTERÍOLA AFERENTE (alta 
concentração de ácido úrico).
1.
DOS CAPILARES PERITUBULARES.2.
O ácido úrico vem através de duas formas:
Através disso, o ácido úrico se condensa formando o halo branco na 
excreção.
Presença de dois tipos principais de néfrons.→
Presença do sistema porta renal.→
Ácido úrico é o principal produto final do metabolismo de nitrogênio.→
Modificação pós-renal da urina ureteral.→
Semelhanças com os mamíferos
Ocorrem os três processos: filtração glomerular, reabsorção 
tubular e secreção tubular.
→
A urina ureteral pode apresentar osmolalidade acima ou abaixo 
daquela do plasma.
→
Diferenças com os mamíferos
Rins são retroperitoneais.→
Cada rim é dividido em lobos cranial, médio e caudal.→
Cada lobo é composto de lóbulos.→
Apresenta área cortical e medular.→
Ureteres transportam a urina dos rins a cloaca (estocagem).→
Anatomia
Apresentam dois tipos de néfrons: dos répteis e dos mamíferos.→
NÉFRONS DO TIPO RÉPTIL estão localizados no córtex e não 
possuem alça de Henle. Não são capazes de concentrar urina.
→
NÉFRONS DO TIPO MAMÍFERO possuem alça de Henle bem definidas 
na medula e a presença dos vasos retos.
→
Tipos de néfrons
Sangue venoso que chega aos rins provenientes dos membros 
posteriores.
→
Fornece sangue aos capilares peritubulares, misturando com o 
sangue arteriolar eferente (glomérulo).
→
Fornece metade a dois terços do sangue para os rins.→
Válvula porta renal (esfíncter de músculo liso) -> veias renais direita 
e esquerda e veias ilíacas.
→
Inervação adrenérgica e colinérgica.→
Sistema porta renal
Em respostas as diferentes variações de pressões arteriais 
(resposta ao estiramento).
→
Variação entre o uso de néfrons tipo réptil e mamífero.→
Controle da taxa de filtração glomerular
EX 1: aves que recebem uma grande carga de sal, cerca de 80% dos 
néfrons tipo réptil suspendem a filtração.
EX 2: em situações de diurese normal, 25% do filtrado provém dos 
néfrons tipo mamífero e 75% dos néfrons tipo réptil.
Pelo menos 70% da água filtrada pode ser reabsorvida durante 
a diurese.
→
Até 99% da água filtrada pode ser reabsorvida durante a 
antidiurese. 
→
O túbulo proximal absorve cerca de 70% do volume de água 
filtrada, o qual depende da reabsorção ativa de sódio.
→
Regulação da reabsorção da água ocorre nos ductos coletores.→
Gradiente osmótico estabelecido pelas alças de Henle dos néfrons 
do tipo mamífero.
→
O hormônio antidiurético (arginina vasotocina) age aumentando a 
permeabilidade dos ductos coletores à água.
→
A ureia (1 a 10% do nitrogênio urinário total) não é responsável 
pela hipertonicidade do interstício.
→
Concentração da urina
Aves e répteis, o ácido úrico é formado no lugar da ureia, pois o 
seu desenvolvimento embrionário ocorre nos ovos (impermeável à 
água).
→
Ácido úrico se forma nos rins e fígado a partir da amônia.→
Ácido úrico é livremente filtrado no glomérulo e secretado pelos 
túbulos (secreção tubular = 90% da excreção total).
→
Presença do sistema porta renal fornece mais sangue para os 
túbulos e maiores quantidades de ácido úrico podem ser 
eliminadas.
→
Maiores quantidades de ácido úrico nos túbulos excedem a 
solubilidade e precipita.
→
Ácido úrico precipitado continua pelos túbulos e aparece na urina 
como coágulo esbranquiçado.
→
Particularidades
Ocorre modificação pós-renal da urina ureteral devido a 
exposição às membranas da cloaca, do cólon e do ceco (fluxo 
retrógrado).
→
Reabsorção ativa de sódio e de água no cólon.→
Urina das aves não misturadas com fezes = coloração creme 
(presença de muco espesso).
→
Ácido úrico precipitado fica misturado ao muco.→
Composição da urina (ácido úrico)
OBS: secreção de muco facilita transporte de solutos precipitados 
(semelhante ao papel do muco na urina do equino).
Todas as aves possuem glândulas na cabeça conhecidas como 
glândulas nasais (função incerta).
→
Nas espécies com habitat marinho são bem desenvolvidas e 
produzem secreções contendo concentrações elevadas.
→
Estrutura inteiramente diferente do rim e pode excretar solução 
salina de até duas vezes a concentração da água do mar.
→
Secretam excesso de sal, devido a ingestão de água do mar ou 
de alimento com alto teor de sal (funcionam apenas quando existe 
carga salina).
→
SECREÇÃO DA GLÂNDULA -> flui para cavidade nasal - escorre 
pelas narinas e goteja pela ponta do bico.
→
Glândula salina aviária
FUNÇÕES: quebra os nutrientes (digestão), absorção e eliminação daquilo 
que não possui mais funcionalidade.
 Página 66 
EX: monogástrico não tem a enzima celulase e não consegue 
degradar a celulose.
→
SUBSTÂNCIA ORGÂNICA: proteínas (unidade funcional -> 
aminoácidos), carboidratos (unidade funcional -> monossacarídeos), 
lipídios (clivado em ácido graxo mais glicerol) e vitaminas. Tem que 
serem quebrados nas unidades funcionais para serem absorvidos.
1.
SUBSTÂNCIA INORGÂNICA: água (absorvida de forma inalterada, ou 
seja, não sofre digestão) e sais minerais.
2.
O material orgânico eliminado é aquilo que não consegue mais ser quebrado 
ou absorvido, excreta nutrientes que o sistema digestório não consegue 
absorver.
INTESTINO GROSSO tem a função básica de reabsorver água.
Pâncreas produz a enzima lipase que quebra o lipídio, se o animal possui 
algum problema pancreático, ele não terá essa digestão, dessa forma, suas 
fezes irão sair VOLUMOSAS e com um ODOR FÉTIDO, além de 
GORDUROSAS.
Introdução
Digestão é o processo de transformação de moléculas de grande tamanho, 
por hidrólise enzimática, liberando unidades menores que possam ser 
absorvidas e utilizadas pelas células.
O trato gastrintestinal é a parte do organismo onde ocorrea ingestão, 
digestão e absorção. Toda parte da ingesta que não pode ser absorvido é 
eliminado com as fezes.
Promover a digestão e absorção de água, eletrólitos e nutrientes.→
Captura de alimentos.→
Redução mecânica (mastigação).→
Insalivação do bolo alimentar.→
Deglutição (passagem da faringe para o esôfago).→
Digestão proteica.→
Absorção do alimento.→
Absorção de água (intestino grosso).→
Eliminação de resíduos não absorvidos.→
Função do sistema digestório
Tipos de dietas
CARNÍVOROS: se alimentam de proteínas de origem animal (canídeos 
e felídeos).
a.
HERBÍVOROS: animais que se alimentam de produtos de origem 
vegetal, um herbívoro não é um poligástrico, mas um poligástrico é 
um herbívoro (bovídeos, caprinos, ovinos e equídeos).
b.
ONÍVOROS: não produz celulase, sendo assim, os vegetais são mais c.
O sistema digestório é adaptado ao tipo de nutrição que o animal tem:
fonte de água e carboidratos de cadeia curta e amido, não 
consegue quebrar a celulose, sendo um dos carboidratos mais 
energéticos (aves, suínos e humanos).
MONOGÁSTRICOS: carnívoros, onívoros e equídeos.1.
POLIGÁSTRICOS: ruminantes, como os bovídeos, caprinos e ovinos.2.
Tipos de sistema digestório
Os monogástricos se diferem dos poligástricos por conta do estômago, 
ambos possuem um estômago, porém, o que difere é que os 
poligástricos possuem um estômago com funções diferentes e dividido 
em compartimentos, isso ocorreu ao longo da evolução, os poligástricos 
necessitaram dividir o estômago para armazenarem a comida.
OS EQUINOS SÃO MONOGÁSTRICOS, MAS SEU CECO TEM UMA 
MICROBIOTA PARECIDA COM O DO RÚMEN.
Boca.1.
Dentes.2.
Língua.3.
Faringe.4.
Esôfago.5.
Estômago.6.
Intestino delgado.7.
Intestino grosso.8.
Ânus.9.
Componentes - anatomia
Trato digestivo: ENDODERMA.→
Sistema nervoso e pele: ECTODERMA.→
Todo o restante: MESODERMA.→
Órgãos acessórios: fígado, vesícula biliar (ausente 
nos cavalos e ratos), pâncreas e glândulas 
salivares.
As glândulas acessórias são as invaginações do trato digestivo.
SEROSA1.
CAMADA MUSCULAR LONGITUDINAL2.
CAMADA MUSCULAR CIRCULAR3.
SUBMUCOSA4.
MUCOSA5.
Histologia
 Página 67 
A camada muscular faz o peristaltismo e segmentação, o longitudinal 
permite que o alimento desça e o circular permite a segmentação (são 
ondas de contração).Comr
O intestino delgado apresenta as vilosidades que aumentam a taxa de 
absorção dos alimentos, é altamente vascularizado.
Controle nervoso
Com dois componentes: EXTRÍNSECO (inervação simpática e parassimpática) 
e INTRÍNSECO (sistema nervoso entérico, contido dentro dos plexos 
submucoso e mioentérico).
Sistema nervoso periférico é acionado para contração, fazendo 
comunicação com o sistema nervoso entérico, envolvido na 
musculatura lisa. Acionado com a contração dos esfíncteres que 
estão abertos. 
→
Sistema nervoso simpático envolvido na abertura e fechamento dos 
esfíncteres.
→
O pâncreas também recebe inervação do sistema nervoso entérico.→
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO: age conforme o sistema nervoso central, 
para que ocorra o controle muscular e produção de enzimas, temos o 
controle nervoso, mas não é um comando direto via sistema nervoso 
central, a via no trato gastrointestinal é sistema nervoso autônomo que se 
divide em simpático e parassimpático, que se comunicará com o sistema 
nervoso entérico. A neurocomunicação ocorre nos neurônios do sistema 
nervoso entérico, são encontrados nos plexos (conjunto de corpos 
celulares) submucoso e mioentérico. A partir da neurocomunicação que 
ocorre a motilidade do trato intestinal, o resultado final ocorre pelo sistema 
nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático, mas sua ação é pelo 
sistema nervoso entérico.
O controle neural da função gastrointestinal é predominantemente regido 
pelos neurônios intrínsecos do sistema nervoso entérico, embora possa 
haver modulação por parte de neurônios extrínsecos provenientes do 
sistema nervoso simpático, parassimpático e neurônios sensoriais. O 
sistema nervoso entérico controla a motilidade gastrointestinal, secreção, 
absorção de nutrientes, o fluxo sanguíneo e processos inflamatórios.
Diversos neurotransmissores estão envolvidos no funcionamento do sistema 
nervoso entérico: acetilcolina (Ach), colecistoquinina (CCK), serotonina (5-HT), 
neuropeptídeo Y (NPY), peptídeo intestinal vasoativo (VIP, etc).
Sistema nervoso entérico está localizado em gânglios nos plexos submucoso 
e mioentérico.
Controla as funções contrátil, secretora e endócrina.
A atividade do sistema nervoso autônomo modula a atividade do sistema 
nervoso entérico.
PARASSIMPÁTICA: facilita a digestão, ativando a produção de fluídos e a 
motilidade .
SIMPÁTICA: predomina na inibição da digestão. 
Substância Fonte Ações
Acetilcolina 
(ACh)
neurônios 
colinérgicos
Contração do músculo liso da parede, 
relaxamento dos esfíncteres, 
aumento da secreção salivar, da 
secreção gástrica e da secreção 
pancreática. 
Norepinefrina 
(NE)
neurônios 
adrenérgicos
Relaxamento do músculo liso da 
parede, contração de esfíncteres e 
aumento da secreção salivar.
Peptídeo 
intestinal 
vasoativo (VIP)
neurônios da 
mucosa e do 
músculo liso
relaxamento do músculo liso, aumento 
da secreção intestinal e da secreção 
pancreática.
Peptídeo 
liberador de 
gastrina (GRP) 
ou bombesina
neurônio da 
mucosa 
gástrica
aumento da secreção de gastrina.
Encefalinas 
(opiáceos)
neurônios da 
mucosa e do 
músculo liso
contração do músculo liso e diminuição 
da secreção intestinal.
Neuropeptídeo 
Y
neurônios da 
mucosa e do 
músculo liso
relaxamento do músculo liso e 
diminuição da secreção intestinal.
Substância P co-
secretados 
com ACh
contração do músculo liso e aumento 
da secreção salivar.
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PARÁCRINO: a regulação das funções é realizada por células 
especializadas (enterocromafins), presentes na mucosa (incluindo a 
lâmina própria) que secretam substâncias que difundem no 
interstício e atuam em células-alvo vizinhas a elas.
1.
Os três principais mecanismos de transmissão de sinais no trato 
gastrointestinal:
O sistema nervoso parassimpático (via vago, por exemplo) influencia as 
atividades do trato gastrointestinal através dos neurônios do sistema 
nervoso entérico.
A ativação vagal estimula múltiplas respostas celulares via 
neurotransmissores.
Os principais mecanismos de transmissão de sinais no trato gastrointestinal: 
exemplo de integração da regulação neurócrina, parácrina e endócrina.
A acetilcolina (A), a histamina (H), o GRP e a gastrina (G) estimulam a 
secreção ácida gástrica.
Hormônio 
GI
Fonte Estímulo 
para 
liberação
Via de 
ação
Alvos Efeito
gastrina antro do 
estômago 
(células G)
oligopeptí
deos
endócrina células 
CSCEC e 
células 
parietais 
do corpo 
do 
estômago
estimulação 
das células 
parietais para 
que secretem 
H+ e das 
células CSCEC 
para que 
secretam 
histamina
colecistoc
inina
duodeno 
(células I)
ácidos 
graxos, 
proteína 
hidrolisada
parácrina 
e 
endócrina
terminaçõ
es 
aferentes 
vagais e 
células 
acinares 
do 
pâncreas
inibição do 
esvaziamento 
gástrico e da 
secreção de 
H+, estimulação 
da secreção 
enzimática do 
pâncreas, 
contração da 
vesícula biliar, 
inibição da 
ingestão e 
alimentos
secretina duodeno 
(células S)
prótons parácrina 
e 
endócrina
terminaçõ
es 
aferentes 
vagais, 
célula do 
ducto 
pancreáti
co
estimulação da 
secreção das 
células do 
ducto 
pancreático 
(H2O e HCO3-)
GIP intestino 
(células K)
ácidos 
graxos e 
glicose
endócrina células 
beta do 
pâncreas
estimulação da 
secreção de 
insulina
PYY intestino 
(células L)
ácidos 
graxos, 
glicose e 
proteína 
hidrolisada
endócrina 
e 
parácrina
neurônios 
e músculo 
liso
inibição do 
esvaziamento 
gástrico, da 
secreção 
pancreática, 
da secreção 
ácida do 
estômago, da 
motilidade 
intestinal e da 
ingestão de 
alimentos
GLP-1 e 
GLP-2
intestino 
(células L)
ácidos 
graxos, 
glicose e 
proteína 
hidrolisada
endócrina 
e 
parácrina
neurônios 
e células 
epiteliais
homeostasiada glicose, 
proliferação 
das células 
epiteliais.
LEGENDA:
GIP: peptídeo insulinotrópico dependente de glicose.
PYY: peptídeo YY.
GLP-1 e GLP-2: peptídeos derivados do pró-glucagon 1 e 2.
Boca
Localizada na cavidade oral, é o local destinado para recepção do alimento, 
redução do tamanho das partículas de alimento, partículas são misturadas à 
saliva e formação do bolo alimentar.
FUNÇÃO de quebrar as partículas maiores em menores, apreensão do 
alimento e digestão mecânica.
Local que faz o armazenamento do alimento, através da estocagem do 
alimento forma o bolo alimentar (exceção das aves) para serem então, 
digeridos.
Compreende os dentes, língua e glândulas salivares.
Local onde se inicia a digestão química e física, revestida por mucosa e 
possui a atuação das glândulas salivares (amilase salivar), sendo elas as 
 Página 69 
parótidas, submandibulares e sublinguais.
Início da decomposição de alimentos ricos em amido.
O estímulo para secreção vem do sistema nervoso vegetativo 
parassimpático que aumenta o volume da saliva na cavidade bucal.
Volume salivar
Humano: 2 litros
Bovinos de médio para grande porte: 110 a 180 litros
Ovinos e caprinos: 10 a 20 litros
Equinos: 40 a 50 litros
Suinos: 15 litros
Aves: 7 a 25 mL
As aves se alimentam de fragmentos pois não formam o bolo alimentar, 
esse bolo alimentar é formado no papo.
Os dentes possibilitam a quebra dos alimentos em partículas menores.
O bolo alimentar é formado com a ajuda da mastigação e insalivação 
(produzidas pelas glândulas salivares parótidas, submandibulares e 
sublinguais), a saliva contém bicarbonato, serve para umidificar o alimento e 
contém a amilase salivar, sendo a primeira porção que digere os 
carboidratos do tipo amido, isso faz com que a absorção do carboidrato 
seja realizada rapidamente.
Importante na produção de bicarbonato que é uma solução tampão 
importante para os poligástricos.
Língua
Órgão muscular usado para movimentar o alimento dentro da boca. 
Superfície grossa da língua é repleta de papilas. Identificação do sabor pelos 
botões gustativos.
Quando o indivíduo mastiga aumenta a superfície de contato com os 
dentes, sendo mais rápido o processo de digestão.
Mistura a saliva com o alimento fazendo a amilase salivar agir nos 
carboidratos. Faz a homogeneização do bolo alimentar. 
papila para SALGADO.→
papila para DOCE.→
papila para AZEDO.→
papila para AMARGO.→
Presença das papilas gustativas: são órgãos do sentido, presente na 
superfície da língua, faz a transmissão do sabor para o sistema nervoso 
central.
No decorres do caminho do alimento, ele vai entrando em contato com 
os botões gustativos e ocorre uma neurocomunicação. Diretamente 
ligada ao sistema nervoso central, que faz a tradução do sabor. 
PARASSIMPÁTICO: acetilcolina.
SIMPÁTICO: noradrenalina.
O SABOR É ACENTUADO PELO OLFATO.
A papila gustativa que irá perceber o sabor do glutamato.
Dentes
Localizada na cavidade oral. Reduzem tamanho das partículas e 
promovem aumento da superfície de contato do alimento para a 
degradação química e microbiológica.
Função geral: proteger, captura de alimentos, triturar os alimentos 
(Incisivos I, caninos C, pré-molares PM e molares M).
Apreensão do alimento, rasga e tritura os alimentos para aumentar a 
superfície de contato com as enzimas.
BOVINOS: não possuem incisivos superiores.
Tipos de dentes: incisivos, caninos, pré-molares e molares. É um 
identificador de idade do animal, em alguns animais temos a mudança da 
dentição.
6 incisivos superiores e 6 incisivos inferiores.→
UM CÃO ADULTO POSSUI:
 Página 70 
2 caninos superiores e 2 caninos inferiores.→
8 pré-molares superiores e 8 inferiores.→
4 molares superiores e 6 inferiores, totalizando 42 dentes.→
A fórmula dentária indica o número de dentes incisivos, caninos, pré-
molares e molares em cada lado da boca.
O numerador da fração representa os dentes da arcada superior e o 
denominador, representa os dentes a arcada inferior.
CONSEGUE SABER QUANTOS DENTES TEM O ANIMAL.
Os equinos têm as seguintes fórmulas dentárias: primeira dentição, 
dentição decídua, temporária ou de leite = 24 dentes.
2ª dentição, dentição permanente, definitiva ou adulta = 36 a 44 
dentes.
→
Nesta espécie, a dentição definitiva pode diferir nos machos (40 a 
44 dentes) e nas fêmeas (36 a 44 dentes), o que se deve ao fato 
de nas éguas os caninos geralmente não existirem.
→
A dentição nos bovinos é formada da seguinte maneira, em pares:
Maxilar inferior:
4 incisivos, 0 caninos, 3 pré-molares e 3 molares, aos pares, totalizando 
20 dentes;
Maxilar superior:
0 incisivos, 0 caninos, 3 pré-molares e 3 molares, em cada lado, totalizando 
12 dentes.
Mastigação e dentição
Mistura do alimento com a saliva.1.
Reduz o tamanho das partículas alimentares.2.
Mistura os glicídios ingeridos com a amilase salivar.3.
A mastigação e a deglutição são as principais etapas no processamento do 
alimento ingerido. Mastigação tem três funções importantes:
O carboidrato é a primeira fonte energética do indivíduo. Grande área 
absortiva nos monogástricos é o intestino delgado.
FASE ORAL: entrada do alimento na cavidade oral, mastigação e 
deglutição do bolo alimentar. Estímulo da deglutição do alimento pela 
sua presença na cavidade oral.
1.
FASE OROFARÍNGEA: elevação e propulsão do bolo alimentar pela 
língua à faringe, elevação do palato para ocluir a laringe, 
movimentação da laringe e osso hioide para frente e para cima, 
movimentação da epiglote para baixo e para trás com oclusão da 
traqueia e interrupção da respiração.
2.
FASE ESOFÁGICA: relaxamento do esfíncter superior do esôfago, 
passagem do bolo alimentar para o esôfago, propulsão do bolo pelo 
peristaltismo, relaxamento do esfíncter inferior do esôfago e 
entrada do alimento no estômago. Musculatura lisa contraída pelo 
parassimpático, esfíncteres relaxados durante esse processo pelo 
simpático.
3.
Faringe
Via comum de alimentos e ar e tem localização posterior a boca. Abre-se 
para boca e para cavidade nasal, laringe e esôfago.
Durante a passagem pela faringe, o reflexo e fatores mecânicos 
associados com a deglutição evitam que o alimento entre na glote e nas 
cavidades nasais.
Se encontra a epiglote!!
Esôfago
Estende-se desde a faringe até o estômago, cruzando o tórax e 
perfurando o diafragma. Na maioria dos animais domésticos, toda 
extensão da musculatura esofágica é estriada. 
Em equídeos, primatas e gatos, a porção do esôfago distal é composta 
de músculo liso.
Constituído por um esfíncter superior, corpo e esfíncter inferior. A 
passagem do alimento ocorre devido ao peristaltismo.
Encaminha o alimento para o estômago, é um órgão muscular sem área 
absortiva. 
REGIÃO CERVICAL.1.
REGIÃO TORÁCICA.2.
REGIÃO ABDOMINAL: na sua entrada encontra-se o esfíncter da 
cárdia.
3.
Produz muco que possibilita a sua impermeabilização. Dividido em:
ESTENOSE DE ESÔFAGO: não ocorre o relaxamento. 
Esôfago só relaxado, pode ser por uma lesão nervosa que impossibilita a 
contração do esôfago.
Estômago
Órgão homogeneizador alimentar, sendo um reservatório temporário do 
alimento, realiza um retardo no tempo de trânsito gástrico, a 
degradação de proteínas e a dissolução física do alimento, sendo então 
chamado de QUIMO ao sair do estômago.
Quebra a proteína em aminoácidos ou polipeptídeos pela PEPSINA, já que 
possui as enzimas pancreáticas que continuam a sua digestão.
FÁRMACOS COM pH ÁCIDO SÃO ABSORVIDOS NO ESTÔMAGO (poucos).
FUNDO: está envolvido com a recepção, estocagem do conteúdo, 
e adaptação do volume.
1.
CORPO: funciona como reservatório para misturar a saliva e suco 
gástrico ao alimento.
2.
ANTRO: regula a propulsão do alimento que passa pelo piloro e vai 
para o duodeno.
3.
Pode ser dividido em três zonas:
CORPO.1.
CÁRDIA.2.
PILORO.3.
ANTRO.4.
FUNDO.5.
É dividido também, em:
 Página 71 
É um órgão considerado uma grande "glândula" por secretar PEPSINOGÊNIO
e o HORMÔNIO GASTRINA. Toda a mucosa é produtora de alguma 
substância: muco (faz a proteção do estômago contraa pepsina), 
pepsinogênio (enzima inativa, ativada pela presença de HCl), liberação de HCl 
e a gastrina.
O FUNDO tem como função a armazenagem de alimento, gradativamente 
se espalha no CORPO. O CORPO realiza a mistura do bolo alimentar com o 
suco gástrico, sendo então, homogeneizado. O ANTRO empurra o quimo 
para dentro do intestino delgado.
Os monogástricos possuem apenas um estômago, igual as aves, porém, as 
aves têm a moela que diminui as partículas, também apresenta o papo que 
umidifica o alimento e forma o bolo alimentar, ao chegar no estômago 
recebe o HCl e prossegue para a moela, sendo o local que é triturada e 
encaminhada para o intestino delgado. Os equinos também apresentam 
apenas um estômago.
Os ruminantes ou poligástricos, apresentam um estômago que é dividido em 
quatro cavidades, sendo elas: rúmen, retículo, omaso e abomaso, o abomaso 
é considerado o estômago verdadeiro.
A gastrina produz o HCl. Tem uma pequena produção de lipase que degrada 
os lipídios, a maior parte é via lipase pancreática.
Função do estômago é homogeneizar e processar quimicamente o alimento 
semi-sólido deglutido (preparar o quimo).
ABSORÇÃO: álcool e alguns fármacos.
Na maior parte do tempo, as contrações rítmicas do estômago são 
fracas e servem para misturar o alimento e as secreções gástricas.
As contrações peristálticas da parte distal do estômago misturam o 
suco gástrico, trituram os sólidos gástricos e efetuam a propulsão do
conteúdo pelo antro até o piloro.
Depois que o alimento é bem misturado com as secreções estomacais, a 
mistura que passa para o intestino é chamado quimo.
Motilidade gástrica: 3 componentes
o relaxamento de fundo gástrico receptivo pós-prandial, que 
permite a acomodação da comida sem aumento significativo da 
pressão gástrica;
→
as contrações antrais rítmicas para quebra das partículas de 
alimento em partículas menores e esvaziamento para dentro do 
duodeno;
→
o relaxamento do piloro, que permite a entrada no duodeno das 
partículas de alimento quebradas;
→
a retroalimentação neural ou hormonal do estômago a partir da 
presença dos nutrientes no intestino delgado.
→
Os eventos motores importantes relacionados ao esvaziamento gástrico 
normal incluem:
O esvaziamento gástrico normal é regulado pelas influências do sistema 
nervoso central (SNC), predominantemente por meio das vias vagais 
eferentes, e pelo sistema nervoso entérico (SNE), que atua sobre a 
musculatura lisa gástrica.
Quando uma refeição é ingerida, a porção proximal do estômago (fundo) 
relaxa para acomodar o alimento.
As contrações subsequentes da musculatura lisa do fundo e do antro 
resultam sobretudo das contrações de mediação colinérgica.
 Página 72 
O quimo chega ao duodeno: carboidratos e proteínas estão parcialmente 
digeridos, não há digestão considerável de gorduras no estômago.
Digestão continua no intestino delgado: quimo é liberado lentamente no 
duodeno, é necessário a liberação da bile e da secreção pancreática, 
absorção de todos nutrientes acontecem no intestino delgado.
Digestão
O bolo alimentar com a presença das proteínas estimula a produção de 
gastrina (produzido pelas células principais), a gastrina é um hormônio 
liberado na corrente sanguínea e retorna para o estômago, pois na parede 
do estômago temos células que produzem HCl. A função da gastrina é 
estimular a produção de ácido clorídrico (HCl), pois a enzima que quebra a 
proteína só é ativada na presença de HCl.
O HCl é produzido dentro da luz do estômago. 
Ao se ligar com a gastrina, as células parietais que contém água e gás 
carbônico, irão sofrer a ação da ANIDRASE CARBÔNICA, ocorrendo assim, 
uma reação química e formando o ácido carbônico (H2CO3), ao ser produzido 
é quebrado novamente pela ação da anidrase carbônica e libera o H+ e o 
bicarbonato (HCO3), o íon hidrogênio cai na luz do estômago e o bicarbonato 
é encaminhado para a corrente sanguínea (é uma solução tampão, ao 
chegar na corrente sanguínea é trocado, ou seja, ele continua na corrente 
sanguínea e o íon da corrente vai para a célula parietal, esse íon é o cloro, 
que logo após, cai na luz do estômago e ocorre uma ligação iônica, pegando 
o hidrogênio e o cloro e formando o ácido clorídrico.
A partir do HCl que ocorre a degradação das proteínas, o comando de start 
se dá pela GASTRINA, mas para a sua produção deve acontecer as 
seguintes ligações: gastrina ligada a célula parietal, acetilcolina ligada a célula 
parietal e histamina ligada a célula parietal, para a produção de ácido 
clorídrico precisa da gastrina, acetilcolina e histamina, precisa dos três 
comandos pois a ação da pepsina pode degradar o próprio estômago.
Mediante a presença de HCl as células irão produzir o PEPSINOGÊNIO que 
será liberado no lúmen estomacal, sofre a ação do HCl e forma a PEPSINA 
(enzima ativa), a pepsina é a enzima que promove a degradação da 
proteína.
A proteína no estômago faz a produção de gastrina, a motilidade estomacal 
tem relação com o sistema nervoso por conta da acetilcolina, a motilidade 
fala da função do estômago.
alimentação -> alcalose pós-prandial -> aumento de bicarbonato -> aumento 
do pH sanguíneo -> HCl.
CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO DOS ESFÍNCTERES: simpático.
MUSCULATURA LISA: parassimpático.
No esôfago e intestino o alimento se movimenta em formato de bolo.
Controle do esvaziamento gástrico
SECRETINA: quando o quimo ácido chega ao duodeno (pH básico), os 
quimiorreceptores estimulam a secreção de secretina que contrai o 
piloro e provoca a liberação do suco pancreático para tamponar a 
solução. O piloro permanece contraído até que todo HCl seja tamponado, 
ou seja, até que a secretina pare de ser ativada.
COLECISTOCININA: quando o quimo, rico em lipídeos, chega ao duodeno, é 
secretada a CCK que, além de contrair o piloro, estimula a produção do 
suco pancreático e a contração biliar (relaxamento do esfíncter de Oddi), 
que libera a bile, emulsificando as gorduras presentes no quimo, 
facilitando a ação das lipases.
GASTRINA: quando o quimo, rico em proteínas, chega ao duodeno, é 
estimulada a gastrina que promove a contração do piloro. No estômago, 
a gastrina é secretada para estimular a secreção de HCl.
O alimento no estômago já está pré-mastigado, o contato com a pepsina 
e HCl reduz o tamanho das partículas, esse alimento é misturado com o 
suco gástrico (rico em HCl), o conteúdo no estômago passa a ser 
chamado de QUIMO, no estômago só ocorre a digestão de proteínas, a 
contração do estômago e o HCl ajuda a diminuir e dissolver as partículas.
NEUTRALIZAÇÃO DO QUIMO.1.
AUMENTO DA SUPERFÍCIE DE AÇÃO DAS ENZIMAS DIGESTIVAS.2.
O quimo tem um pH ácido e só o estômago suporta esse pH ácido. Para 
não ocorrer lesão no intestino delgado, o alimento ao sair do estômago 
tem que ser neutralizado, na entrada do duodeno já temos a ação da bile 
e do suco pancreático. O conteúdo no estômago sofre um atraso na 
velocidade do trato fisiológico (retardo, motivos: alteração do pH, 
aumento da ação das enzimas digestivas), as justificativas do retardo, 
são:
Ocorre por dois grandes reflexos, sendo eles: REFLEXO 
ENTEROGÁSTRICO e REFLEXO ENTEROGASTRONA.
Ação do sistema nervoso sobre o duodeno, promovendo um relaxamento 
da musculatura lisa. Reflexo neuronal relaxa a musculatura circular e 
longitudinal (sistema nervoso parassimpático, não atua diretamente na 
musculatura do trato gastrointestinal, quem atua é o entérico). Para 
relaxar precisa de uma ação do sistema nervoso entérico sobre o 
sistema nervoso parassimpático, causando o relaxamento . O conteúdo 
alimentar, através da contração do fundo e corpo e relaxamento do 
piloro, porém, isso não acontece pela divergência do pH. O retardo 
acontece para não lesionar o intestino delgado.
OSMORRECEPTORES.1.
RECEPTOR DE HIDROGÊNIO.2.
Através de receptores específicos para osmolalidade e receptores de 
hidrogênio, aciona o sistema nervoso entérico, com isso, diminui a ação 
do sistema nervoso parassimpático, como consequência, ocorre um 
relaxamento, quando o quimo vai para o duodenotem dois receptores 
interligados com o sistema nervoso entérico:
Toda vez que os receptores são estimulados, diminui a neurotransmissão 
 Página 73 
do sistema nervoso parassimpático, relaxando o músculo, com isso, diminui o 
trânsito, fazendo a saída do quimo ser reduzida.
a água se movimenta do meio menos concentrado para o mais 
concentrado. O quimo no duodeno tem uma concentração osmótica 
alta, possuindo uma enorme quantidade de soluto e baixa de 
solvente, a água na parede do duodeno e dos vasos sanguíneos 
tendem a migrar, espera-se que a água deixe suas cavidades e vá 
para o quimo, sem esse controle do esvaziamento gástrico (pela 
mão nervosa) teríamos uma grande perda de água indo para o 
intestino grosso, se ela não é absorvida no intestino grosso ela se 
perde, com esse retardo, pequena porções de quimo são liberadas 
para que não ocorra a perda de água.
→
O OSMORRECEPTOR é acionado a partir do momento que as proteínas 
presentes no quimo passam pelo duodeno, a proteína e a sua quantidade é 
percebida pelos osmorreceptores, alta quantidade de proteína aumenta a 
pressão osmótica da proteína sobre o osmorreceptor, a resposta do 
parassimpático é o relaxamento da musculatura lisa.
Por causa do HCl temos a presença dos RECEPTORES DE HIDROGÊNIO, 
quanto maior a quantidade de HCl maior será o estímulo nos receptores de 
hidrogênio. Quando o ácido clorídrico passa e chega no duodeno também 
contribui para o retardo do esvaziamento gástrico. 
Temos dois comandos no sistema digestório, sendo eles o nervoso (reflexo 
enterogástrico) e hormonal (reflexo enterogastrona). 
ESTÔMAGO: inibe a produção de ácido clorídrico.1.
PÂNCREAS: se liga em células específicas do pâncreas, fazendo ele 
liberar no lúmen intestinal o bicarbonato (HCO3-), o pâncreas é uma 
glândula mista que produz INSULINA e GLUCAGON (parte endócrina) 
e sua parte exócrina que produz a lipase pancreática e bicarbonato, 
isso permite que o quimo não destrua a parede do intestino, 
neutralizando o quimo, a não produção de HCl faz parar o estômago.
2.
Realizado por hormônios que promovem o retardo do esvaziamento 
gástrico. O quimo que chega no duodeno está repleto de HCl, que estimulará 
as células presentes no intestino delgado a produzirem um hormônio 
chamado de SECRETINA, cai na corrente sanguínea e chega em dois locais 
específicos:
PÂNCREAS: faz liberar as enzimas digestivas, para liberar a lipase.1.
VESÍCULA BILIAR: promove a contração da vesícula, liberando a bile 
que emulsifica a gordura, facilitando a ação da lipase.
2.
A secretina chega em células do fígado fazendo ele produzir a bile. O quimo 
ao chegar no duodeno, faz as células duodenais produzirem a colecistocinina
pela presença dos lipídios, cai na corrente sanguínea e chega em dois 
órgãos:
Secreção de gastrina
QUAL É O ESTIMULO PARA A SECREÇÃO DE GASTRINA? Produtos da 
digestão (carne), distensão do estômago e estimulação vagal, fazendo as 
células G liberarem gastrina.
Em resposta à ingesta de uma refeição, a gastrina é liberada das células G 
do antro.
GASTRINA: estimula a secreção de ácido clorídrico pelas células parietais, a 
secreção de insulina pelas células B das ilhotas de Langerhans e a motilidade 
gástrica e o crescimento das células da mucosa.
pH estomacal abaixo de 2.→
presença de substâncias ácidas, gordurosas e hipertônicas no 
duodeno.
→
neurônios inibitórios liberadores de gastrina.→
Ácido clorídrico inibido por:
secreção de hormônios secretina e colecistocinina.→
liberação do polipeptídeo inibidor gástrico (PIG).→
Colecistocinina: é secretada pelas do duodeno e no jejuno, estimula a 
contração da vesícula biliar, CCK liberada atua sobre o pâncreas exócrino, 
resultando na liberação das enzimas pancreáticas na luz duodenal.
Secretina: é liberada pelas células do duodeno e no jejuno, estimulando a 
secreção de pepsinogênio pelas células principais e inibindo a de HCl pelas 
células parietais, inibe contrações nas regiões fúndica e pilórica ,estimula a
secreção de bicarbonato pelo pâncreas, a secreção intestinal e a liberação 
de insulina;
PIG: é liberado na corrente sanguínea pelas células do duodeno e jejuno, é 
um potente inibidor da secreção de ácido gástrico e de pepsina, assim como 
da motilidade e do esvaziamento gástricos.
Intestino delgado
Possui funções digestiva e absortiva Anatomia: dividido em 3 porções: 
duodeno, jejuno e íleo.
No intestino delgado, ocorre a maior parte da digestão dos nutrientes, bem 
como a sua absorção, ou seja, a assimilação das substâncias nutritivas.
No duodeno, são lançadas as secreções do fígado e do pâncreas.
Nessa primeira porção do intestino delgado, é realizada principalmente, a 
digestão química com a ação conjunta da bile, do suco pancreático e do suco 
entérico ou intestinal atuando sobre o quimo.
SEGMENTAÇÃO OU CONTRAÇÕES DE MISTURA: tipo de motilidade 
que faz com que o quimo proveniente do estômago se misture com 
as enzimas.
1.
PERISTALTISMO OU CONTRAÇÕES PROPULSIVAS: propulsão do quimo 
ao longo de todo o tubo digestório.
2.
Os movimentos do intestino delgado como em qualquer parte do trato 
gastrointestinal, podem ser divididos em dois tipos:
SEGMENTAÇÃO: quando o quimo chega ao duodeno, distende a parede do 
duodeno e promove contrações próximas a camada do músculo circular.
PERISTALTISMO: ondas propulsoras, envolvem pequenas extensões do 
intestino, contração progressiva de segmentos sucessivos do músculo 
circular liso..
 Página 74 
Ao término do processo digestório no intestino delgado, o conjunto de 
substâncias resultantes forma um líquido viscoso de cor branca denominado 
quimo. A digestão continua no jejuno e no íleo.
O quimo é composto pelos nutrientes transformados em moléculas muito 
pequenas, mais as vitaminas e sais minerais. As substâncias que formam o 
quimo podem ser absorvidas pelo organismo, atravessam as células do
intestino, por meio das vilosidades do intestino delgado.
Com isso, ocorre a passagem das substâncias nutritivas para os capilares 
sanguíneos.
O que não é absorvido, parte da água e massa alimentar, formada 
principalmente pelas fibras, passa para o intestino grosso.
BILE: secreção do fígado armazena na vesícula biliar. Ela é lançada 
no duodeno através de um canal e não contém enzimas digestivas, 
mas os sais biliares separam as gorduras em partículas 
microscópicas, funcionando de modo semelhante a um detergente. 
Isso facilita a ação das enzimas pancreáticas sobre os lipídios.
→
SUCO PANCREÁTICO: produzido pelo pâncreas. Possui várias enzimas 
que atuam na digestão das proteínas, carboidratos e lipídios.
→
SUCO ENTÉRICO: produzido pela mucosa intestinal. Possui enzimas 
que atuam na transformação, entre outras substâncias, proteínas e 
carboidratos.
→
Na digestão química, há a ação dessas secreções:
O alimento ao chegar no intestino delgado, sofre a ação de três grupos de 
substâncias: suco entérico (produzido pela parede do duodeno), suco 
pancreático e bile (não tem enzimas).
Esses três grupos são liberados no lúmen do intestino, o suco entérico é 
SUCO ENTÉRICO: as peptidases continuam a metabolização, ou 
seja, a digestão das proteínas, no caso, os peptídeos que são 
formados pela quebra das proteínas pela pepsina no estômago. 
Além disso, temos a tripsina e a quimotripsina advinda do 
pâncreas para formar os aminoácidos e serem absorvidos.
1.
SUCO PANCREÁTICO: o pâncreas tem duas porções, sendo elas: 
endócrina e exócrina. A endócrina secreta INSULINA e 
GLUCAGON, a exócrina é um conjunto de enzimas, como a lipase 
pancreática (90% da gordura é quebrada pela ação dessa 
enzima, liberando os ácidos graxos mais glicerol), tripsina e 
quimotripsina (são liberadas no lúmen intestinal nos formatos 
inativos, sendo eles: tripsinogênio e quimotripsinogênio). Ao serem 
liberadas no intestino e encontrarem as enzimas do suco 
entérico, como a ENTEROQUINASE, irão se transformar em 
tripsina, após isso, a tripsina atua sobre o quimotripsinogênio 
quebrando-o e o transformando em quimotripsina. 
2.
Entrando no duodenotem a ligação pancreática, chegando no 
pâncreas pelo ducto biliar comum (parte exócrina).
→
A parte endócrina do pâncreas (hormônios) são liberados na 
corrente sanguínea.
→
BILE: formada no fígado, atua nos mais diversos sistemas, atua 
no sistema renal (o fígado que transforma a amônia em ureia), 
sistema hematológico (promove a quebra das hemácias, liberando 
o ferro e armazenando-o), excreção de bilirrubina (produto da 
quebra das hemoglobinas) e liberação da bile que emulsifica a 
gordura, facilitando sua quebra pela lipase pancreática, armazena 
glicogênio também.
3.
A secretina estimula a produção de bile, mas a colecistocinina 
promove a contração da vesícula biliar.
→
produzido pelo próprio intestino.
Glicose pode se transformar em glicogênio.→
Medicamentos são metabolizados no fígado.→
Ao longo do intestino delgado, as enzimas vão agindo e quebrando os 
substratos para a sua absorção. Ao redor do intestino temos uma alta 
vascularização para a absorção de nutrientes (intestino delgado) e água 
(intestino grosso). Os nutrientes que são absorvidos pelo intestino 
delgado seguem através de um ramo de capilares e param na veia porta 
hepática, esse mecanismo é chamado de sistema porta hepático
(compreende os capilares do intestino delgado que fazem uma 
confluência, chegando na veia porta e depois, no fígado, que a partir 
disso, chega ao coração para serem distribuídos para todas as células).
No intestino grosso tem uma grande rede vascular, mas a absorção de 
ácidos graxos voláteis (nos herbívoros), água, eletrólitos e vitaminas não 
 Página 75 
vai para a veia porta e cai no sistema porta indo para o fígado.
Alguns tipos de gordura que é absorvida no intestino delgado não são 
transportados pela circulação sanguínea (pelo sistema porta-hepático, como 
os quilomícrons), sendo transportados pelo sistema linfático, chegando no 
coração via linfa.
Contração da vesícula biliar que ejeta a bile da vesícula biliar em 
direção a luz do intestino delgado.
1.
Secreção de enzimas pancreáticas, como lipases, amilases e 
proteases pancreáticas.
2.
Secreção de bicarbonato pelo pâncreas.3.
Crescimento do pâncreas exócrino e da vesícula biliar.4.
Inibição do esvaziamento gástrico que torna lenta a saída do quimo 
do estômago, essa etapa é crítica para o processo de digestão e 
absorção de lipídeos.
5.
Peptídeo de 27 aminoácidos estruturalmente homólogo ao glucagon.1.
Secretada pelas células S (células de secretina) do duodeno, em 
resposta ao hidrogênio e aos ácidos graxos na luz do intestino 
delgado.
2.
A secreção este hormônio se inicia quando os conteúdos gástricos ácidos 
chegam ao intestino delgado.
Promover a secreção pancreática e biliar de bicarbonato que neutraliza o 
hidrogênio na luz do intestino delgado. Essa neutralização é essencial para a 
digestão de lipídios.
Estimulação da secreção de insulina pelas células beta do pâncreas e inibição 
da secreção gástrica de hidrogênio.
Enzima Substrato Produtos
Peptidase peptídeos aminoácidos
Sacarase sacarose glicose e frutose
Maltase maltose glicose
Lactase lactose glicose e galactose
Nuclease nucleotídeos ácido fosfórico, pentose e base nitrogenada
Formação e secreção de bile;→
Armazenamento de glicogênio;→
Síntese de proteínas do plasma;→
Excreção de bilirrubina;→
Armazenamento de ferro;→
Inativação de várias substâncias exógenas e endógenas;→
Degradação de hormônios.→
Funções do fígado
animais com vesícula, pode ir para o duodeno ou ser armazenada 
na vesícula biliar nos intervalos entre as refeições.
1.
animais sem vesícula, como o cavalo, tem fluxo constante para o 
duodeno, mas aumenta quando ocorre ingestão de alimentos;
2.
A secreção biliar pode ter dois trajetos distintos:
BILE: ácidos biliares, pigmentos biliares; colesterol, fosfolipídios, íons e 
água.
Emulsifica os lipídios e solubiliza os produtos da digestão lipídica (digestão 
e absorção dos lipídios no intestino delgado).
Produzida e secretada pelo fígado, armazenada na vesícula biliar e 
liberada no lúmen do intestino delgado.
O fígado -> ácidos biliares mais aminoácidos (glicina e taurina) -> sais 
biliares (moléculas anfipáticas).
Os sais biliares se orientam em torno de pequenas gotículas de lipídios, 
mantendo-os dispersos na solução aquosa e aumentando sua área e 
superfície, para ação das enzimas.
Os sais biliares formam micelas com os produtos da digestão lipídica, 
tornando estes solúveis no meio aquoso e permitindo sua absorção pelas 
células epiteliais.
Armazena a bile, concentra a bile e ejeta a bile para o lúmen do intestino 
delgado (contração da vesícula).
ESTÍMULO: CCK (aminoácidos, pequenos peptídeos e ácidos graxos -> 
células I) -> dois efeitos = contração da vesícula biliar e relaxamento do 
esfíncter de Oddi.
Pâncreas é localizado sob o estômago e é composto de dois tipos 
 Página 76 
Pâncreas endócrino: secretam hormônios no sangue.1.
Pâncreas exócrino: secreção de enzimas no lúmen intestinal.2.
separados de tecido glandular:
Componente rico em bicarbonato -> neutralizar o hidrogênio que 
chega ao duodeno.
1.
Componente enzimático -> digerir carboidratos, lipídios e proteínas.2.
Secreção consiste em dois componentes:
PARASSIMPÁTICO: estimula secreção.→
SIMPÁTICO: inibe a secreção.→
Pâncreas exócrino possui inervação do sistema nervoso autônomo:
Secreção aquosa rica em bicarbonato (neutralizadora). Hidrogênio no 
duodeno estimula a secreção de secretina (células S) -> receptores no 
pâncreas -> secreção aquosa.
Os efeitos da secretina são potencializados tanto pela colecistocinina como 
pela acetilcolina. 
SECREÇÃO ENZIMÁTICA (DIGESTIVA): pequenos peptídeos, aminoácidos e 
ácidos graxos -> estimulam secreção de CCK (células I) -> receptores no 
pâncreas -> secreção enzimática. Estimulado por reflexos vago-vagais 
(acetilcolina).
Enzima Substrato Produtos
Amilase pancreática amido maltose, sacarose ou lactose
Lipase lipídios ácidos graxos e glicerol
Tripsina proteínas peptídeos
Quimotripsina proteínas peptídeos
Nuclease ácidos nucléicos nucleotídeos
Suco 
digestivo
Enzima pH ótimo Substrato Produtos
Saliva ptialina neutro polissacaríde
os
maltose
Suco 
gástrico
pepsina ácido proteínas oligoppetíd
eos
Suco 
pancreático
quimotripsina, 
tripsina, 
amilopepsina, 
rnase, 
dnase, 
lipase
alcalino proteínas, 
proteínas, 
polissacaríde
osRNA, 
DNA,
lipídeos
peptídeos
peptídeos 
maltose, 
ribonucleotí
deos, 
desoxirribo
nucleotideo 
glicerol e 
ácidos 
graxos.
Suco 
intestinal ou 
entérico
carboxipeptidase 
aminopeptidase, 
dipeptidase, 
maltase, 
sacarase, 
lactase
alcalino oligopeptídeo, 
oligopeptídeo, 
dipeptídeos, 
maltose, 
sacarose, 
lactose 
aa's 
aa's 
aa's 
glicose, 
glicose e 
frutose, 
glicose e 
galactose,
Intestino grosso
Local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções 
digestivas.
Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco que lubrifica as 
fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.
Divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon 
descendente, cólon sigmóide e reto.
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu 
trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, 
reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra 
bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.
O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, 
absorvendo água, em quantidade bastante consideráveis.
Última porção do trato digestivo, faz a formação das fezes e promove a 
sua eliminação, formação do bolo fecal.
FEZES: quando a massa fecal ganha um formato, não é só pela 
desidratação. 
 Página 77 
As bactérias no intestino não causam prejuízos, elas competem pelo 
mesmo sítio de ação que as bactérias patogênicas. Responsáveis pela 
produção de vitaminas do complexo B e K, principalmente nos indivíduos 
herbívoros, e produção de ácidos graxos voláteis (AGV's).
O cólon exibe padrões motores que incluem contrações fásicas de curta e 
longa duração,contrações tônicas e contrações migratórias gigantes 
(contrações propulsivas de alta amplitude - CPAA) com variações de 
frequência e amplitude.
A motilidade colônica é caracterizada por contrações fásicas não 
propulsivas de baixa amplitude ou quiescentes. Estas contrações misturam e 
compactam o conteúdo colônico. CPAAs ocorrem 1 ou 2 vezes ao dia e 
causam movimento propulsivo de massa.
O trânsito colônico normal dura 24 a 48 horas.
No cólon, o trânsito através do ascendente, transverso, descendente, 
sigmóide e reto tem duração variável e depende basicamente da ocorrência 
de CPAAs e da distância da propagação.
MOVIMENTO DE HASUTRAÇÃO: é a produção do bolo fecal, ou seja, 
o conteúdo líquido é absorvido, formando o bolo fecal. Numa 
determinada região do cólon temos os bolos fecais se juntando.
1.
MOVIMENTO PROPULSIVO DE MASSA: através da compactação das 
fezes, temos a propulsão e a sua eliminação.
2.
REFLEXO GASTROCÓLICO: quem faz com que as fezes sejam 
eliminadas, ocorre a contração da musculatura lisa, fazendo as 
fezes serem eliminadas e o relaxamento do esfíncter anal. É a 
contração da musculatura lisa e relaxamento dos esfíncteres.
→
Temos dois tipos de motilidade: 
MOVIMENTOS NO INTESTINO GROSSO/FUNÇÕES: absorção de água e 
eletrólitos, armazenamento de material fecal.
TIPOS DE MPVIMENTOS: movimentos de mistura/haustração, movimentos 
de massa/propulsivo.
HAUSTRAÇÕES
Combinação de contração do músculo circular e músculo longitudinal, 
formando protusões saculares, denominados haustrações. Como são 
movimentos lentos, o material fecal é lentamente empurrado e exposto a 
superfície do intestino grosso.
MOVIMENTOS DE MASSA OU PROPULSIVOS
A finalidade principal é a propulsão do alimento. Ocorre mais intensamente 
na porção final do intestino grosso (cólon armazenador) depois que já 
ocorreu toda absorção necessária (massa fecal mais sólida).
Pode se iniciar no cólon transverso e terminar no cólon sigmoide. 
Evacuação
Em indivíduos normais, a chegada do alimento ao estômago desencadeia 
contrações do cólon que se propagam movimentando o conteúdo 
intestinal.
A esse fenômeno chamamos de reflexo gastrocólico. Por esse motivo, 
frequentemente, o reflexo da evacuação se segue à alimentação.
Normalmente, as fezes progridem através do cólon reduzindo-se em 
volume pela absorção de água, até chegarem ao reto, produzindo sua 
distensão e, na dependência da capacidade de armazenamento do reto, 
desencadeiam o reflexo evacuatório.
Várias estruturas anatômicas são importantes no mecanismo da 
evacuação. Estas incluem o canal anal, a musculatura lisa circular do 
cólon, o reto, os esfíncteres anais e os nervos. O ato da evacuação é, 
portanto, um reflexo que se origina pela distensão brusca da 
musculatura retal.
Se inicia assim uma grande onda peristáltica e é a contração do reto 
junto com a dilatação do esfíncter anal, que provoca o esvaziamento de 
todo o intestino grosso desde o cólon transverso até adiante.
Favorecem a defecação, a contração do diafragma e dos músculos da 
parede abdominal.
Ingestão→
Regurgitação→
Remastigação→
Estômago dos ruminantes
Ruminantia: bovinos, ovinos, caprinos, girafa, alce.
Tylopoda: camelo, lhama, alpaca (não apresentam omaso).
Pré-estômago: rúmen, retículo e omaso.
Estômago verdadeiro: abomaso.
 Página 78 
Ruminantes são animais herbívoros.→
Obtenção de carboidratos através da digestão fermentativa.→
Digestão da celulose através da celulase bacteriana.→
Animais jovens não digerem por fermentação.→
Presença da goteira esofágica (ligação retículo-omaso).→
Rúmen permite embebição e fermentação de alimento fibroso e, 
devido sua motilidade, o conteúdo é continuamente misturado;
→
Retículo atua como bomba que estimula o fluxo de líquido para 
dentro e fora do rúmen, regula a passagem para o omaso;
→
Omaso promove a fermentação e absorção contínuas e a regulação 
da propulsão entre retículo e abomaso;
→
Abomaso, estômago verdadeiro.→
Processo de trazer o material alimentar de volta do estômago à boca para 
a mastigação adicional.
Regurgitação1.
Remastigação2.
Ressalivação3.
Redeglutição4.
Composto por 4 fases:
Fermentação: realizada por bactérias e protozoários anaeróbicos 
presentes no rúmen.
Produzem ácidos graxos voláteis de cadeia curta, glicose, gás carbônico e 
metano por fermentação de carboidratos.
AGV: ácido acético, ácido propiônico, ácido butírico encaminhados para o 
fígado
No rúmen também ocorre hidrólise das proteínas e desaminação dos 
aminoácidos.
Utilização da amônia como precursor de proteínas por bactérias ruminais.
A glicose produzida é utilizada como fonte de energia.
Bactérias ruminais sintetizam vitaminas do complexo B.
RÚMEN: local que possui uma microbiota capaz de produzir a enzima 
celulase, que atuará na quebra da celulose (extremamente 
energética). Função fermentativa, que disponibiliza glicose através da 
celulose. Transforma a glicose em ácidos graxos voláteis, sendo 
absorvidos no rúmen e caindo na corrente sanguínea, pH quase 
neutro. A segunda mastigação é a ruminação, o ato de voltar para a 
boca, ser novamente mastigado e engolido.
1.
As bactérias também quebram gordura em ácidos graxos, quebra a 
proteína e extrai amônia para posteriormente produzir a sua 
própria proteína microbiana. A microbiota que morre é reciclada 
para utilizar seus aminoácidos da membrana plasmática. 
→
RETÍCULO: o alimento caminha em formato de bolo, o retículo 
transforma o conteúdo do rúmen em bolo, o alimento é prensado e 
a água é retirada do meio das fibras, formando o bolo, volta para a 
boca, depois é engolido e vai para o rúmen, depois para o omaso e 
abomaso. O retículo forma o bolo vegetal e controla a propulsão do 
alimento do rúmen para o omaso e do omaso para o abomaso.
2.
OMASO: promove a absorção de água, a água é absorvida no omaso 
pois ele tem uma alta produção de saliva. O rúmen por produzir 
3.
O estômago poligástrico é adaptado ao tipo de alimento, nesse caso, se 
alimentam exclusivamente de vegetais. Seu estômago foi dividido em quatro 
ou três cavidades para o animar ter o máximo de aproveitamento dos 
vegetais.
 Página 79 
ácidos graxos voláteis têm que fazer com que diminua o pH, com 
isso, aumenta a sua produção de saliva por conter bicarbonato e 
neutralizar o pH. Absorve água para manter o equilíbrio 
hidroeletrolítico. 
ABOMASO: faz a quebra da proteína.4.
O rúmen, retículo e omaso são chamados de PRÉ-ESTÔMAGOS, e o rúmen 
é a maior cavidade.
O abomaso é o estômago verdadeiro e faz a quebra da proteína.
RUMINAÇÃO: retorno do alimento a boca para ser remastigado, 
ressalivado e redeglutido. Etapas da ruminação -> regurgitação 
(alimento volta para a boca), remastigação, ressalivação e 
redeglutição. O objetivo é aumentar a eficiência de extração dos 
nutrientes e manter o pH ruminal. Fazem com que as partículas do 
alimento fiquem menor, para que as enzimas consigam agir para 
serem absorvidos. A saliva é rica em bicarbonato e no rúmen temos 
uma microbiota com pH neutro e nesse rúmen temos a produção de 
ácidos graxos voláteis, diminuindo o pH e matando os 
microrganismos, com isso, a saliva neutraliza o pH. POLIGÁSTRICOS 
MORREM COMENDO APENAS RAÇÃO, POIS NA RAÇÃO NÃO TEM 
CELULOSE, OU SEJA, NÃO ESTIMULA A RUMINAÇÃO E COM ISSO 
NÃO TEM A PRODUÇÃO DE SALIVA PARA NEUTRALIZAR O pH.
→
ERUCTAÇÃO: ao utilizar o carboidrato no rúmen, os microrganismos 
liberam dois tipos de gases, sendo eles o gás carbônico e o metano, 
a eructação é a eliminação desses gases que ocupam espaço no 
rúmen, fazendo o animal ingerir menos alimentos e atrapalhando a 
sua movimentação, causando a estase/parada do alimento no 
rúmen. Eliminação de gases produzidos durante o processo 
fermentativo.
→
SISTEMAS AUXILIARES: ruminação e eructação, que auxiliam na digestão dos 
ruminantes.
boca -> rúmen -> retículo -> rúmen -> boca -> omaso -> abomaso.
Na primeira mastigação, o alimento da boca vai para o rúmen e depois 
prossegue para o retículo, formando um bolo fibroso que retorna para o 
rúmen,indo para a boca, após isso, é deglutido e encaminhado para o 
rúmen e depois para o omaso, nesse local, é desidratado e prossegue para 
o abomaso para sofrer a digestão mecânica. Na segunda vez que vai para a 
boca ocorre aquelas etapas.
ÁCIDO ACÉTICO →
ÁCIDO PROPIÔNICO→
ÁCIDO BUTÍRICO→
A fermentação no rúmen e no retículo é realizada por bactérias e 
microrganismos. Esses microrganismos fermentam a celulose e as 
proteínas em ácido graxo volátil. 
Esses ácidos conseguem ser absorvidos no rúmen pela sua alta necessidade 
energética.
Os triglicerídeos são transformados em ácidos graxos mais glicerol, sendo 
absorvidos pelo duodeno.
A celulase que quebra a celulose em glicose, que sofrerá o processo 
fermentativo formando os ácidos graxos voláteis. A proteína é quebrada 
em aminoácidos.
Para a produção de energia, ocorre a conversão dos ácidos graxos voláteis 
em acetil coenzima A (CoA), que após ser oxidado, entra no ciclo de Krebs 
para a obtenção de energia.
Após a fermentação e hidrólise, os ácidos graxos são utilizados como fonte 
de energia, dentro da mitocôndria é transformado em CoA, a partir da sua 
oxidação, entra no ciclo de Krebs para a obtenção de energia, sendo a 
neoglicogênese (através dos lipídios e proteínas).
FERMENTAÇÃO: é um processo que ocorre na mitocôndria para a produção 
FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA1.
FERMENTAÇÃO ACÉTICA2.
FERMENTAÇÃO LÁTICA3.
de energia, é pobre em ATP, é produzido só dois ATP's. processo de 
transformação de uma substância (glicose) em outra, e essa outra será 
usada para formação de ATP, temos três tipos de fermentação:
Os nutrientes ao chegarem no rúmen são transformados em AGV's, 
esses AGV's caem na corrente sanguínea e é encaminhado para a 
mitocôndria para a formação de energia.
Poligástricos fazem neoglicogênese para a produção de energia. São 
hipoglicêmicos pois a glicose que chega no rúmen é transformada em 
ácidos graxos voláteis.
Função
Eliminação do sêmen, produção de espermatozoides e armazenamento.
FORMAÇÃO DOS ESPERMATOZOIDES1.
DEPOSIÇÃO DO MATERIAL EJACULADO NA FÊMEA2.
As funções reprodutivas dos machos abrangem:
Resumindo, suas funções são a produção dos espermatozoides e 
possibilitar a chegada até o aparelho reprodutor feminino.
O sistema endócrino produz os hormônios sexuais pela glândula adrenal 
na região cortical, a medula produz catecolaminas (adrenalina e 
noradrenalina). Então, os hormônios sexuais não são exclusivos do 
aparelho reprodutor (alta porcentagem no sistema reprodutor), a 
adrenal deixa essas concentrações em níveis basais.
Constituição
ampolas (ausentes no cão e porco)→
próstata→
glândulas vesiculares (ausentes no cão)→
glândulas bulbouretrais (ausentes no cão)→
Na maioria das vezes constituído pelo pênis, bolsa escrotal, testículos, 
epidídimos, ductos deferentes e glândulas acessórias:
A uretra nos machos é um órgão que encaminha a urina e o ejaculado. 
As aves não têm pênis, eles têm uma evaginação da cloaca que é o 
FALO. A ave apresenta o testículo dentro da cavidade abdominal, sendo 
que a espermatogênese nessas aves não é atrapalhada pela 
temperatura.
FELXURA SIGMOIDE: bovinos, é o "S" peniano.
 Página 80 
Testículos
Gônada dupla, de forma ovoide, de localização extra-abdominal nos 
mamíferos. Na maioria das espécies, localiza-se no interior de uma bolsa 
cutânea na região inguinal, caracterizado por uma função celular e outra 
endócrina.
Nas aves e algumas espécies como os elefantes, tatus, baleias e golfinhos 
os testículos têm localização intracavitária.
Nos suínos, gatos e alguns cães a localização dos testículos é perineal.
FUNÇÕES: produção de espermatozoide e testosterona.
CÉLULAS DE SERTOLI: faz uma barreira, impedindo que a célula 
dentro do túbulo não caia na corrente sanguínea e a nutrição do 
espermatozoide. 
1.
CÉLULAS DE LEYDIG: produção de testosterona.2.
HISTOLÓGICO: temos os túbulos seminíferos que a espermatogônia se 
transforma em espermátide. Também encontramos as células de Sertoli e 
Leydig que recobre o túbulo seminífero. 
ANEXOS EMBRIONÁRIOS: saco vitelínico, córion, alantoide, placenta e saco 
amniótico. 
SACO VITELÍNICO: ovovivíparos e vivíparos nutrem o feto durante o 
processo embrionário, o vitelo vem da célula da mãe, a função secundária é 
que nessa estrutura encontra-se as células primordiais que são 2N (um 
número total de cromossomos, através dessa célula que ocorre a meiose e 
Mitoses e meioses ocorrem dentro do túbulo seminífero.→
Anexo embrionário com função nutritiva e formação das células 
primordiais.
→
a produção de espermatozoide e óvulo), essas células migram no macho 
para os testículos e são chamadas de ESPERMATOGÔNIA (tem a 
capacidade de fazer sucessivas mitoses).
É uma estrutura formada por túbulos seminíferos que se encontra 
todas as células da linhagem espermática, células de Leydig (produtoras 
de testosterona) e de Sertoli (proteção, nutrição e espermatogênese).
Túbulos seminíferos
Pequenos tubos, com luz interna contendo os espermatozoides. Formado 
por uma lâmina basal onde estão as células de Sertoli e as células da 
linhagem germinativa (espermatogônias, espermatócitos I e II, 
espermátides e espermatozoides).
As células de Leydig estão situadas fora do túbulo seminífero, no espaço 
intersticial, por esta razão são chamadas de células intersticiais do 
testículo.
CÉLULAS DE LEYDIG: produtoras de hormônios denominados de 
androgênios, fazem secreção de testosterona, androstediona e 
dehidroepiandrosterona (DHEA), quando sofrem ação (LH).]
1.
CÉLULAS DE SERTOLI: responsáveis pela estrutura do túbulo, 
além de servirem de proteção e fonte de nutrição para as 
células germinativas, constituem o principal elemento da chamada 
barreira hemato-testicular e participam da espermatogênese, 
quando são sofrem ação do (FSH).
2.
 Página 81 
Epidídimo
Túbulo coletor e armazenador presente nos testículos. Os espermatozoides 
movimentam-se para o epidídimo via fluxo de líquidos dos túbulos 
seminíferos.
O armazenamento do epidídimo permite que os espermatozoides adquiram 
maturidade e se tornem móveis
Faz a maturação do espermatozoide, deixando-o móvel, isso realiza-se pela 
aquisição do flagelo. É a confluência de todos os túbulos seminíferos, esse 
espermatozoide que chega não está viável para a reprodução, não tem a 
capacidade de se movimentar, sendo chamado de ESPERMÁTIDE. Para 
conseguir se locomover, se faz necessário o ganho do flagelo, a membrana 
plasmática da espermátide sofre um estiramento, o núcleo e as organelas 
citoplasmáticas se localizam em um dos polos, originando do outro lado, a 
cauda (flagelo).
O espermatozoide libera uma enzima para remover as barreiras e entrar 
no núcleo do óvulo, o acrossomo (localizado na superfície do núcleo) permite 
o pareamento de cromossomos.
Brucella abortus: causa orquite, é uma zoonose.
Dividido em cabeça, corpo e cauda (após a cauda inicia-se o ducto 
deferente). 
ESPERMATOGÊNESE: processo de transformação de células 
germinativas em espermatozoides. CÉLULAS GERMINATIVAS -> 
ESPERMÁTIDE.
1.
ESPERMIOGÊNESE: mutação da espermátide em espermatozoide 
propriamente dito.
2.
Espermatogênese X Espermiogênese
O espermatozoide precisa encontrar o óvulo na tuba uterina para que o 
zigoto consiga se fixar no endométrio. Na ampola encontra o óvulo com o 
espermatozoide, ocorrendo a fecundação e formando o zigoto que passa 
por sucessivas mitoses até a fase de mórula. O embrião vai descendo e vai 
se transformando em blástula, formando uma divisão, além disso, possibilita 
a entrada de água uterina e a remodulação.
Ao redor surge o SINCICIOTROFOBLASTO (produtor de enzimas), ao chegar 
na entrada do útero faz com que o embrião fique perto do útero, as 
enzimas causam uma lesão no endométrio para colocá-lo na parede do 
útero, realizando a niidação, a partir desse momento, passa para a fase de 
gástrula. Se for uma fecundação tardia, esse embrião se fixa perto da 
cérvix sendo de risco e podendo causar um aborto.
1º PROCESSO - ESPERMATOGÊNESE: produção de uma célula inviável,chamada de espermátide (não possui o flagelo nem o acrossomo).
2º PROCESSO - ESPERMIOGÊNESE: maturação da espermátide formando o 
espermatozoide viável.
As espermátides saem do testículo e se encaminham ao epidídimo (junção 
dos túbulos seminíferos), local que ocorre a maturação, a espermiogênese.
Onda espermática
Cada espermatogônia que substitui a célula- mãe começa a se dividir em
intervalos característicos de cada espécie:
 Página 82 
Porco: 8 dias→
Ovino: 10 dias→
Bovino: 14 dias;→
Rato: 12 dias;→
Cavalo: 12 dias;→
Cão: 14 dias;→
Nova mitose de células germinativas: 1 ciclo→
Meiose de espermatócitos: 2 ciclos→
Após a mitose das células germinativas, inicia-se a espermatogênese 
propriamente dita.
Onda espermática é a sequência de eventos que ocorrem dentro do túbulo 
seminífero.
Ducto deferente
Continuação do sistema de ductos da cauda do epidídimo para a uretra
pélvica.
Circundado por artéria, veia e nervo testiculares e vasos linfáticos.
Glândulas sexuais acessórias
Gatos: não possuem as seminais.→
Suínos: não possuem as ampolas.→
Cães: não possuem as ampolas, seminais e bulbouretrais.→
Fornecem as secreções que são esvaziadas na uretra pélvica. São 
formadas pelas ampolas, glândulas seminais, glândula prostática, e glândulas 
bulbouretrais.
SÊMEN = ESPERMATOZOIDE MAIS LÍQUIDO SEMINAL.
Constituído por uma parte líquida originada principalmente das secreções 
das glândulas sexuais acessórias e pelos espermatozoides. O pH é 
aproximadamente de 7,5.
Pênis
Principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos 
de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso.
Na extremidade do pênis encontra-se a glande onde pode-se visualizar a 
abertura da uretra. A uretra é comumente um canal destinado para a urina 
e sêmen.
Apresentam pênis fibroelástico e dispõem de uma flexura sigmoide que fica 
esticada durante a ereção e extensão do pênis.
Apresenta um apêndice filiforme que contém a uretra.
Pênis vascular e sua uretra faz protrusão de alguns centímetros desde a 
superfície da glande.
Apresentam um osso peniano. Gato apresenta espículas penianas e 
orientação posterior.
Fases da monta
EREÇÃO: vasodilatação por origem parassimpática.
EJACULAÇÃO: condução do sêmen para a uretra através de estímulos 
simpáticos
 Página 83 
Endocrinologia do sistema reprodutor 
masculino
Vigente mesmo com o indivíduo filhote, hormônios produzidos pelo 
aparelho reprodutor e pela glândula adrenal.
95%dos hormônios vêm à tona na puberdade (fase em que o indivíduo 
consegue produzir hormônios sexuais e gametas), nessa fase, o indivíduo 
está apto para a reprodução.
QUANTO MAIOR A CALORIA E INCIDÊNCIA DE LUZ, MAIS RÁPIDO ENTRA 
NA PUBERDADE.
O hipotálamo entende que o macho já está apto para reprodução, ele 
libera o GnRH que irá agir na hipófise, fazendo ela liberar o hormônio 
folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH). O FSH age sobre 
as células de Sertoli e o LH sobre as células de Leydig, a de Sertoli 
controla a espermatogênese e a de Leydig a produção de testosterona. 
O FSH e LH fazem feedback positivo, eles são liberados no mesmo 
momento no macho, liberados em conjunto pois a testosterona interfere 
na espermatogênese.
A espermatogênese é a divisão celular de uma célula 2N em quatro 
células do tipo N (meiose), para isso acontecer é necessário a presença 
de testosterona, permitindo a meiose.
A testosterona dá as características sexuais secundária, como massa 
muscular. bócio, força e etc. Importante manter os níveis de 
testosterona constantes.
Testosterona quebra os lipídios (lipólise). Para que ocorra a produção do 
espermatozoide são necessários os dois processos, a testosterona é 
liberada e absorvidas pelas células de Sertoli depois que cai na corrente 
sanguínea, após serem absorvidas irá liberar o estrogênio, a 
testosterona é biotransformada em estrogênio, que tem como função 
fazer espermiogênese. 
O espermatozoide tem um tempo para ser produzido, do dia 1 que pega 
a espermatogônia até a formação do espermatozoide temos a ONDA 
ESPERMÁTICA, sendo o ciclo de formação do espermatozoide. 
Diariamente tem espermatozoide sendo terminados e começando, 
mantendo quantidades niveladas, ou seja, realizando a manutenção dos 
espermatozoides produzidos.
A produção de testosterona não se mantém elevada sempre, quando 
tem muita testosterona circulante (extrapola os níveis permitidos) temos 
o feedback negativo.
Aumenta os níveis de testosterona circulante na corrente sanguínea, vai 
chegar no hipotálamo e reconhecer as altas concentrações de 
testosterona, o hipotálamo para de produzir o GnRH, parando toda a 
cascata hormonal. A testosterona também faz o feedback negativo na 
hipófise, parando a produção do LH. 
As células de Sertoli fazem feedback negativo também, as células de 
Sertoli que produzem pelas altas quantidades de testosterona, um 
hormônio inibitório que é a INIBINA, que age na hipófise fazendo um 
feedback negativo com o FSH, parando a linha do FSH e LH.
Baixos níveis de testosterona voltam a produzir o GnRH e toda a 
cascata. 
Desenvolvimento das glândulas mamárias pela administração exógena de 
testosterona, a testosterona foi biotransformada em estrogênio, 
fazendo com que as glândulas mamárias e células anteriormente inativas 
comecem a se desenvolver, o estrogênio faz feedback negativo com o 
hipotálamo, fazendo o hipotálamo entender que tem muita testosterona 
circulante, pois para ter estrogênio precisa ter testosterona. 
O sexo genotípico do animal é determinado na fecundação por um 
espermatozoide X ou Y. 
→
O sexo gonadal será estabelecido ao redor dos 35 dias de 
gestação nos fetos machos e mais ou menos 45 dias nas 
fêmeas, através da migração e colonização das células 
germinativas primordiais sobre a estrutura gonadal 
indiferenciada. 
→
A diferenciação inicia-se no bovino quando o embrião mede entre 
2,5 e 3,0 cm e no suíno entre 2,0 e 2.5 cm. 
→
As gónadas originam-se de um espessamento da região média do 
mesonéfron chamada de Crista Gonadal, logo é um espessamento 
mesenquimal coberto de mesotélio. 
→
As células Germinativas primordiais migram do endoderma do 
saco vitelínico para a crista gonadal e fazem o povoamento desta 
estrutura formando os cordões gonadais. Nas fêmeas haverá 
formação de cordões corticais na e nos machos cordões 
medulares.
→
O gen organizador testicular (TDF) localizado no braço curto do 
cromossomo Y é associado com a migração das células 
primordiais indiferenciadas originarias do saco vitelino próximo à 
alantóide. Além das células germinativas primordiais também 
migram as células mesenquimais e celulas germinativas epiteliais. 
Estas darão origem a novos tipos celulares no macho ou na 
fêmea.
→
Desenvolvimento genital
 Página 84 
Machos Fêmeas
Células germinativas 
primordiais
espermatogônia ovogônia
Células mesenquimais Leydig Teca e 
estroma
Células germinativas epiteliais túbulo seminífero e 
Sertoli
folículos I
Função
Receber os gametas masculinos durante o ato sexual. Propiciar as 
condições favoráveis à fecundação, isto é, a união de um espermatozoide 
com um óvulo formando um zigoto e, ocorrendo de fato uma fecundação.
Após o nascimento, durante vários meses, a alimentação básica do filhote 
depende de nutrientes produzidos pela mãe.
O desenvolvimento das mamas, para que a produção de leite seja possível, 
também depende de hormônios produzidos pelas gônadas femininas.
Sua função é mais complexa que a do masculino, é o local de 
armazenamento de ovócitos em desenvolvimento, local que ocorre a 
fecundação e desenvolvimento do indivíduo, facilita o encontro do 
espermatozoide com o óvulo e amamentação.
FUNÇÃO DE GESTAR.
Armazenagem de óvulos pois a fêmea já vem com um número pré-
determinado de gametas femininos.
Saco vitelínico manda as ovogônias que chegam do ovário, elas se 
desenvolvem e param no estágio de meiose I, quando cicla, o óvulo sai da 
fase de meiose I e vai para a meiose II, se transformando no óvulo.
Na puberdadeganha a possibilidade de continuar a meiose I, os altos níveis 
de estrogênio fazem um óvulo sair da meiose I.
A prolactina é produzida através do parto com a queda da progesterona e 
a produção de leite também é estimulada pelo ato de sugar.
Anatomia
OVÁRIOS, TUBAS UTERINAS, ÚTERO, VAGINA E TETOS.
Ovários
É um órgão duplo de forma variável encontrado dorsalmente na cavidade 
abdominal próximo ao bordo pélvico, apresentando função celular e 
endócrina.
MULTÍPARAS: cacho de uva -> porca, cadela e gata.
UNÍPARAS: ovoide -> vaca, ovelha e água.
A égua apresenta ovários riniformes com presença de uma fossa de 
ovulação. Nas aves apenas o ovário esquerdo é funcional, o direito muitas 
vezes é um ovostestis.
.Apresenta uma parte medular interna com vasos e nervos. Apresenta 
uma parte cortical externa com estruturas funcionais, tais como 
folículos, corpo lúteo e corpo hemorrágico e, estruturas vestigiais como 
o corpo fibrosum e corpo albicans. O revestimento é feito pelo epitélio 
germinativo e a falsa albugínea ovariana.
FUNÇÃO CELULAR: corresponde tão somente a produção de gametas 
femininos. -> oócito.
FUNÇÃO ENDÓCRINA: produção de estrogênio (responsável, 
principalmente, pelas características sexuais secundárias, sinais de cio e 
desenvolvimento da glândula mamária), produção de progesterona 
(responsável pela manutenção da gestação, lactação e ainda pelo 
comportamento materno), produção de inibina (importante para a 
regulação endócrina por feedback negativo), produção de ocitocina 
ovariana que parece influir no processo de involução do corpo lúteo e, 
além disso, já foram evidenciadas cerca de 25 substâncias diferentes 
no líquido folicular com funções ainda pouco esclarecidas..
Armazenamento dos óvulos em desenvolvimento, não armazena ovócito 
 Página 85 
viável, eles são liberados. 
Produz hormônios que dão características secundárias e mantém a 
gestação, como por exemplo, a progesterona. 
Altamente vascularizado pois é um local de produção de hormônios. Nas 
fêmeas mamíferas, a nutrição do feto ocorre pela placentação, o 
sinciciotrofoblasto tem tropismo pelos vasos sanguíneos, perfurando esses 
vasos e formando uma piscina de sangue (vilosidades coriônicas), o vaso do 
feto vai para a "piscina" de sangue e nesse local, os gases (gás carbônico e 
oxigênio) se encaminham para os vasos fetais e nutre o feto.
Dentro do ovário, encontramos os folículos primordiais (congelados na 
meiose I). Após a liberação do ovócito II temos o corpo lúteo, que é 
responsável pela produção de progesterona, se a fêmea fica prenha, ela 
fica produzindo progesterona até o final da gestação, caso não fique 
prenha, o corpo lúteo involui, indicando que a fêmea vai voltar a ciclar.
FOLÍCULOS PRIMORDIAIS OU PRIMÁRIOS.1.
FOLÍCULOS EM CRESCIMENTO.2.
FOLÍCULOS DE GRAAF.3.
Os ovários são glândulas parecidas que estipulam o desenvolvimento dos 
órgãos e a produção de hormônios. Os folículos dentro dos ovários são 
classificados em:
As fêmeas nascem com uma reserva dos folículos primordiais, conforme 
chega no estro, o folículo primordial passa para a fase do folículo em 
crescimento que, logo após, vira o folículo de Graaf, sendo o final do ciclo, o 
óvulo está localizado dentro do folículo de graaf.
FASES DO CICLO ESTRAL: proestro -> estro (ocorre a ovulação) -> 
metaestro -> diestro -> anestro.
FOLÍCULOS PRIMORDIAIS: após a migração das células germinativas 
primordiais para a crista gonadal, ocorre o envolvimento destas pelas 
células foliculares que se originam e passa a ser chamado de folículo 
primordial. Assim, o folículo primordial consta de um ovócito envolvido por 
uma camada única de células epiteliais achatadas. A vaca apresenta ao 
nascimento cerca de 150.000 folículos primordiais.
FOLÍCULOS SECUNDÁRIOS: são folículos com 2 ou 3 camadas de células 
epiteliais cuboidais. Nestes folículos já ocorrem a formação da membrana 
pelúcida. 
FOLÍCULOS TERCIÁRIOS: produzem estrogênio. A medida que ocorre 
processo de multiplicação das células foliculares, ocorre aumento no 
número de camadas e formação de lacunas repletas por líquido rico em 
estrogênio devido a coalescência dessas células. Também ocorre a 
diferenciação da parede do folículo que passa a ter duas camadas 
chamadas de Teca e Granulosa. A camada da Teca pode ainda ser 
dividida em duas camadas -> a teca externa de estrutura fibrosa e a 
 Página 86 
teca interna celular e produtora de hormônio esteroide.
Observa no final desse estágio uma grande lacuna (ou antro) repleta de 
líquido e com manutenção do oócito envolvido por células da granulosa que 
forma o cummulus oophorus (montículo ovárico ou eminência germinal). 
FOLÍCULOS ATRÉSICOS: correspondem a folículos em qualquer estágio (I, II 
ou III) em processo de degeneração que acabam desaparecendo e deixando 
apenas uma estrutura vestigial com aspecto hialino chamada de Corpus 
fibrosum.
CORPO LÚTEO: produzem progesterona. Também inexistente nas aves, 
corresponde a uma estrutura amarela (por isso também chamado de corpo 
amarelo) que substitui o corpo hemorrágico. Ocorre proliferação das células 
da Teca e granulosa que invade o corpo hemorrágico alterando-o 
completamente, seguindo-se a acumulação de grânulos de luteína que 
confere o aspecto já mencionado. Após a luteinização a estrutura é 
chamada de coro lúteo. O corpo lúteo pode ter duração variável, quando 
este é formado em ciclo estral sem ocorrência de gestação é chamado de 
corpo lúteo cíclico e tem vida curta (mais ou menos de 12 a 14 dias). Caso 
ocorra a gestação, o corpo lúteo é chamado de gestacional e se mantém 
até o final da gestação. Na égua, mesmo quando prenhe ocorre formação 
de corpos lúteos acessórios até mais ou menos 150 dias de gestação, pois 
estes são sempre de curta duração, mas nesta espécie a produção de 
progesterona é substituída pela placenta. Na cadela o corpo lúteo dura em 
média 30 a 60 dias, quando ultrapassa este período e ainda ocorre o 
aumento de prolactina, a cadela normalmente apresenta a pseudociese. 
Folículo primário
Quando a fêmea entra na puberdade, ela tem os folículos primários ou 
primordiais que possuem camadas produtoras de hormônios.
LÂMINA BASAL: mais externa.1.
CÉLULAS DA GRANULOSA: responsável pela produção de hormônios. 
A função hormonal do aparelho reprodutor feminino se dá por um 
grupo de células, sendo elas as células da granulosa e as células da 
Teca.
2.
Encontra-se no primeiro estágio do desenvolvimento, ainda não é capaz de 
ser fecundado. Possui duas grandes estruturas:
Folículo em crescimento
Ao redor da membrana plasmática encontramos a zona pelúcida, que faz a 
proteção do ovócito (o que se encaminha para dentro da tuba uterina é a 
zona pelúcida e o ovócito). O espermatozoide tem que produzir enzimas 
capazes de perfurar a coroa radiata e a zona pelúcida para fazer com que 
o núcleo do espermatozoide encontre o do óvulo, quem produz enzimas é o 
acrossomo do espermatozoide.
CÉLULAS DA GRANULOSA CONVERTEM ANDRÓGENOS EM ESTROGÊNIO.
Folículo de Graaf
Não é especificamente o ovócito II, é o ovócito II mais as células ao redor. 
As células granulares e da Teca produzem testosterona e estrogênio.
Quando o folículo está pronto, ele se rompe e as fímbrias pegam o óvulo 
e o leva para a tuba uterina, o lugar que tinha o ovócito II começa a ser 
chamado de CORPO LÚTEO, que possui as células da Teca e granulares, 
sendo importante para a gestação e para o próximo ciclo.
Se o corpo lúteo continua, significa que a fêmea está prenha, pois o 
corpo lúteo produz progesterona. Caso ele morra, ela volta a ciclar.
Para a fêmea ganhar o filhote, o corpo lúteo tem que involuir, então ela 
libera autacoides, sendo a prostaglandina que causa a lise do corpo lúteo. 
Fêmeas juntas no mesmo ambiente, através do feromônio fazem 
sincronização de cio. 
SINCRONIZAÇÃO DE CIO NO PLANTEL: quando administra prostaglandina, 
ela agirá no corpo lúteo, então, as fêmeas que já ovularam perdem o 
corpo lúteo, retomando o ciclo, e as fêmeas que não ciclaram terá um 
período curtode diferença, fazendo a sincronização de cio. 
Útero
Cavidade pélvica anterior à bexiga/posterior ao reto. Parede muscular
espessa miométrio.
Revestido de tecido vascularizado rico, em glândulas.
Colo, Corpo, Fundo.
ENDOMÉTRIO: camada mais interna, muito vascularizada. Ocorre 
a placentação e sofre uma vasodilatação, preparando o útero 
para a gestação, favorecendo a niidação. 
1.
MIOMÉTRIO: camada mediana, responsável por acomodar o feto 2.
Função reprodutiva, é um lugar específico para crescimento 
embrionário, é constituído de 2 camadas:
 Página 87 
pelo relaxamento da parede, também realiza a contração da 
musculatura e a expulsão fetal.
Tubas uterinas
Ligam ovário a útero. Epitélio de células ciliadas e secretoras (batimento + 
peristálticos).
Parte uterina, istmo, ampola
Acontece o processo de fecundação e a eliminação do óvulo que não foi 
fecundado. O óvulo é captado pelas fímbrias do infundíbulo, pelos 
movimentos de contração caminha pela tuba uterina e chega no útero.
Puberdade
A fêmea recém-nascida e até 3 meses de idade, apresenta folículos em 
crescimento com pouca concentração de esteroides, porém o 
hipotálamo é hipersensitivo a estes esteroides e mantém-se hipoativo 
por feedback negativo.
Na puberdade, o hipotálamo perde a hipersensitividade aos esteroides e 
passa a secretar o GnRH que atua na hipófise e leva a liberação de FSH 
e LH e ocorre a primeira ovulação normal, entretanto, sem sinais 
externos de cio.
AÇÃO DO FOTOPERÍODO: quanto maior a incidência de luz e maior o 
peso, o hipotálamo reconhece que essa fêmea está apta para entrar na 
puberdade. A maioria das fêmeas ovulam na primavera, para que a 
gestação se mantenha no verão, assim, não tem muito gasto energético 
com a temperatura para se manter e também, pela oferta da comida 
ser maior.
Libera o GnRH que age na hipófise, liberando o FSH e o LH, que age nas 
gônadas para a liberação de testosterona, progesterona e estrogênio. 
Vagina
A vagina é a porção do canal do parto, localizada dentro da pelve entre 
o útero e a vulva. Sua função é servir de base para o pênis durante a 
monta.
Hormônios do sistema reprodutor 
feminino
Preparação do corpo do corpo da fêmea para atividade 
reprodutiva. Gerar ovulação.
→
Possibilitar, manter e dar continuidade à gestação.→
Promover parto e lactação.→
Agentes da capacitação reprodutiva:
Principais: estrógenos (17-beta-estradiol, estrona, estriol) e 
progesterona.
Demais: andrógenos (androstenediona, testosterona e DHT).
Estrógenos derivados do colesterol.
A fêmea entra na puberdade ativando o hipotálamo que libera o GnRH 
que age na hipófise produzindo o FSH e o LH. O LH age nas células da 
Teca e o FSH nas células da granulosa. 
Quando o LH age nas células da Teca, o colesterol circulante entra na 
célula da Teca, sobre a ação do LH, transforma o colesterol em 
testosterona. A testosterona vai ser transformada em estrogênio. 
A testosterona entra na célula da granulosa e sob a ação do FSH, a 
testosterona é transformada em estrogênio.
ESTROGÊNIO NO APARELHO REPRODUTOR FEMININO: manifestação das 
características sexuais secundárias (oleosidade da pele, glândula 
mamária...), promove a maturação dos óvulos, aumenta a vascularização 
do endométrio.
 Página 88 
A testosterona é transformada em estrogênio, promovendo a maturação 
dos folículos, após a maturação dos folículos pela ação do FSH, já que é 
esse hormônio que facilita a biotransformação da testosterona em 
estrogênio, sendo assim, diminui o FSH pois não precisa mais de estrogênio 
por já ter maturado os folículos. 
Acontece a QUEDA DO FSH e AUMENTO DO LH após a maturação, o pico 
de LH é chamado de onda pré-ovulatória (pois é através do LH que o 
hormônio progesterona faz a ovulação, a progesterona faz com que os 
ovócitos II sejam maturados. 
A progesterona é produzida através do estrogênio em progesterona. 
Conforme o FSH vai diminuindo, também diminui os receptores de FSH na 
célula da granulosa e aumenta a capacidade de receptores de LH, pois 
quando a testosterona entra na célula da granulosa, ela será transformada 
em estrogênio, e pela ação do LH na célula da granulosa (pelo aumento de 
receptores de LH) será transformada em progesterona, a progesterona 
rompe o corpúsculo de Graaf, liberando o ovócito II. Quando o ovócito II foi 
liberado, não precisa mais de LH, a progesterona faz feedback negativo 
com o LH.
O óvulo é encaminhado para a tuba uterina, porém, mesmo sem o FSH e o 
LH, ainda tem muita progesterona, pois a progesterona após a ovulação vai 
depender do corpo lúteo, então, não vem da hipófise, o corpo lúteo fica 
vivo por um determinado tempo, se essa fêmea não está prenha ele irá 
involuir, com isso, o hipotálamo perceberá que não tem mais progesterona 
pois o corpo lúteo morreu, começando novamente o ciclo e liberando o 
GnRH. Em casos de prenhez, o corpo lúteo permanece vivo para manter a 
gestação.
O corpo lúteo fica produzindo progesterona, a progesterona tem funções 
de aumentar o tamanho da mama e manter a cérvix fechada durante a 
gestação. Caso haja uma fecundação, o embrião fica preso na parede do 
útero e libera a gonadotrofina coriônica mandando o sistema endócrino não 
fazer a lise do embrião.
Se a fêmea não ficou prenhe, o óvulo desce sem estimular a gonadotrofina 
coriônica, fazendo as células do endométrio liberarem prostaglandina, que 
terá ação na lise do corpo lúteo, fazendo acontecer uma queda de 
progesterona e o hipotálamo a secretar o GnRH.
Na prenhez libera a gonadotrofina coriônica, que não deixa o útero liberar a 
prostaglandina e fazer a lise do corpo lúteo.
TESTE DE GRAVIDEZ: observação de gonadotrofina coriônica. 
Não houve prenhez, o útero produz a prostaglandina (PGFα2). A 
prostaglandina promove lise do corpo lúteo e aumenta o GnRH.
O embrião ao redor das células chamadas de SINCICIOTROFOBLASTO, cava 
um espaço no endométrio para a niidação, através dessa ação, libera a 
gonadotrofina coriônica que impede que ocorra a liberação de 
prostaglandina, permanecendo viável o corpo lúteo. Além do corpo lúteo, 
tem a placenta que junto com o corpo lúteo faz a produção de 
progesterona, possuindo como função a mantença da gestação.
O corpo lúteo é degradado quando o feto entra em angústia 
respiratória, ou seja, começa a se estressar pela escassez de oxigênio, 
com isso, o feto libera corticosteroides, fazendo o útero liberar 
prostaglandina e lisar o corpo lúteo, além disso, também faz com que 
entre cálcio no útero e ocitocina para a expulsão fetal.
Ovulação
Corresponde a ação do LH sobre o folículo que passa a sintetizar 
enzimas hidrolíticas capazes de desintegrar a matriz de tecido conjuntivo 
fragilizando a parede do folículo e permitindo o seu rompimento.
A maioria dos animais apresenta cios naturais com ovulações 
espontâneas, mas alguns apresentam ovulações induzidas como as 
fêmeas de coelhos, gatos, camelos, furão.
Os ratos de laboratório, camundongos e hamster ficam a meio caminho, 
pois quando há coito a prolactina é liberada e o corpo lúteo se mantém, 
entretanto, na ausência do coito o corpo lúteo dura apenas 3 dias.
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Ciclo estral
Período compreendido entre dois estros, de duração variável, porém em 
torno de 20 dias, apresentando fases bastante evidentes e caracterizado 
por modificações da genitália tanto interna quanto externa, assim como no
comportamento da fêmea.
POLIÉSTRICOS ESTACIONAIS: éguas→
POLIÉSTRICOS NÃO ESTACIONAIS: vacas→
MONOÉSTRICOS: cadelas→
Os animais quanto ao desenvolvimento do ciclo estral são classificados em:
ESTRO: momento de receptividade do macho e ovulação.1.
METAESTRO: período pós-ovulatório e desenvolvimento do corpo 
lúteo.
2.
DIESTRO: período de regressão do corpo lúteo:3.
ANESTRO: período de inatividade hormonal.4.
PRÓ-ESTRO: início da produção de estrogênio.5.
PRÓ-ESTRO E ESTRO: fases estrogênicas ou proliferativas.
METAESTRO E DEISTRO: fases progesterônicas ou secretoras.
É o ciclo que comanda a vida reprodutiva da fêmea, é a alteração 
hormonal durante os processos

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