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DISCIPLINA QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO AULA 03 A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA AUTOR MOYSÉS DE SOUZA FILHO TECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL DISCIPLINA QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO AULA 03 A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA AUTOR MOYSÉS DE SOUZA FILHO TECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL GOVERNO DO BRASIL Presidente da República DILMA VANA ROUSSEFF Ministro da Educação JOSÉ HENRIQUE PAIM FERNANDES Diretor de Educação a Distância da CAPES JOÃO CARLOS TEATINI Reitor do IFRN BELCHIOR DE OLIVEIRA ROCHA Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação JOSÉ YVAN PEREIRA LEITE Coordenador da Editora do IFRN PAULO PEREIRA DA SILVA Diretor do Campus EaD/IFRN ERIVALDO CABRAL Diretora Acadêmica do Campus EaD/IFRN ANA LÚCIA SARMENTO HENRIQUE Coordenadora Geral da UAB /IFRN ILANE FERREIRA CAVALCANTE Coordenadora Adjunta da UAB/IFRN MARLI TACCONI Coordenadora do Curso de Tecnologia em Gestão Ambiental MARIA DO SOCORRO DIÓGENES PAIVA QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO AULA 03 A relação entre trabalho, saúde e qualidade de vida Professora Pesquisadora/Conteudista MOYSÉS DE SOUZA FILHO Direcão da Produção de Material Didático (em substituição eventual) LEONARDO DOS SANTOS FEITOZA Coordenação de Produção de Mídia Impressa (em substituição eventual) WAGNER RAMOS CAMPOS Coordenação de Revisão WAGNER RAMOS CAMPOS Revisão ABNT FRANCISCO NOBERTO Revisão Linguística ELIZETH HERLEIN Revisão Pedagógica KALINA PAIVA Projeto Gráfico BRENO XAVIER Diagramação RÔMULO FRANÇA Ficha Catalográfica S729t Souza Filho, Moysés de. Tecnólogo em Gestão Ambiental : Qualidade de Vida e Trabalho - Aula 03 : A relação entre trabalho, saúde e qualidade de vida / Moysés de Souza Filho. – Natal : IFRN Editora, 2014. 19 f. : il. color. 1. Qualidade de Vida e Trabalho - EaD. 2. Saúde do trabalhador. 4. Produtividade no ambiente de trabalho. I. Título. RN/IFRN/EaD CDU 658.3 Ficha elaborada pela bibliotecária Edineide da Silva Marques, CRB 15/488 5 A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA APRESENTANDO A AULA Na aula de hoje, estudaremos as questões relacionadas entre o trabalho, a saúde e a qualidade de vida. Vamos conhecer as estruturas do trabalho moderno e seus principais idealizadores e os determinantes sociais, políticos e econômicos do trabalho. Na sequência temática, abordaremos os conceitos atuais que dimensionam a qualidade de vida no trabalho com implicações para a motivação, a satisfação e a saúde no ambiente de trabalho. Concluiremos apresentando um quadro com os fatores que contribuem para a QVT com implicações positivas para a saúde do trabalhador. Um homem se humilha / Se castram seu sonho Seu sonho é sua vida / E vida é trabalho E sem o seu trabalho / O homem não tem honra E sem a sua honra / Se morre, se mata Não dá pra ser feliz / Não dá pra ser feliz Gonzaguinha DEFININDO OBJETIVOS Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: • compreender as relações sociais, políticas e econômicas entre os princípios do trabalho como determinantes para os aspectos da saúde dos trabalhadores e a produtividade no ambiente de trabalho; • analisar os processos e desafios atuais das instituições publicas e privadas para alcançar níveis de QVT com implicações positivas para a saúde . 6 QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO DESENVOLVENDO O CONTEÚDO Conhecendo as estruturas do trabalho moderno Os padrões de produção industrial comuns ao sistema capitalista são considerados como os principais focos de questionamentos acerca dos problemas que afetam a saúde do trabalhador. Os objetivos empresariais e institucionais, focados na produtividade e no lucro, têm provocado uma série de questionamentos sobre a função sociocultural do trabalho e das relações humanas. Para melhor entendermos como esses processos se estabeleceram no mundo do trabalho, vamos conhecer um pouco dos seus princípios e características. Os modelos Taylorista e Fordista revolucionaram o processo de produção industrial no início do século XX. O Taylorismo aperfeiçoou o processo de divisão técnica do trabalho, sendo que o conhecimento do processo produtivo era de responsabilidade única do gerente, que também fiscalizava o tempo destinado a cada etapa da produção. Outra característica foi a padronização e a realização de atividades simples e repetitivas. Outro ícone da revolução industrial do sistema de produção capitalista foi Henry Ford, fundador das empresas automobilísticas FORD. Figura 01. Ícones do capitalismo: Frederick W. Taylor (1856-1915) e Henry Ford (1863- 1947) Fo nt e: h tt p: // w w w .b ra si le sc ol a. co m /g eo gr afi a/ ta yl or is - m o- fo rd is m o. ht m 7 A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA As características desses sistemas de produção possuem uma estrutura rígida, forças roteirizadas e pouco desafiantes, um alto grau de especialização, uma estrutura hierarquizada (relação de autoridade) e um controle explícito das atividades. As implicações desse sistema de trabalho e produção em série automatizada são as mais negativas possíveis para o ser humano em todas as dimensões existenciais. Na procura da superação dos estágios escravizantes do trabalho, vamos buscar novas fontes e referências de compreensão dos significados do trabalho para o ser humano no mundo contemporâneo. Determinantes sociais, políticos e econômicos do trabalho De acordo com Rizotti (2013, p. 161), as funções sociais e políticas do estado contemporâneo se associam aos objetivos globais da economia neoliberal. Figura 02. Sistema de produção em série Fo nt e: h tt p: // bl og .c he ck ad va nt ag e. co m / he nr y- fo rd -e co no m y/ 8 QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO Como podemos perceber, tanto os mecanismos políticos do Estado quanto os do sistema econômico capitalista estão focados para que as condições macroestruturais do trabalho atendam aos objetivos dos mecanismos de controle do poder. Ao ser humano, cabe a adaptação aos processos estabelecidos. A sua função deve ser a de apoiar as demandas e atingir as metas do sistema de produção do trabalho nas empresas e instituições. Em primeiro lugar, o Estado desempenha a função de capitalista coletivo ideal, segundo a qual atua na criação de condições materiais genéricas para a produção (isto é, a infraestrutura necessária ao desenvolvimento do capital em seus diferentes ramos – energia, transporte, comunicações, etc.). Essa função inicial do Estado pode ser constatada desde o período da acumulação primitiva do capital e, após a existência de um curto período de capitalismo concorrencial, ganha ênfase novamente com o surgimento das condições monopolistas de produção. Em segundo lugar, o Estado contemporâneo desempenha na produção a função de árbitro, através da criação e sustentação do sistema geral de leis, destinado a regulamentar as relações sociais fundadas na e destinadas à produção de mercadorias. Subsidiariamente, uma terceira função agrega-se a esta última: o Estado regulamenta as relações entre capital e trabalho assalariado, intervindo desde um ponto exterior no conflito de classes e completando o conjunto de condições internas para a produção. Finalmente, uma última, mas não menos importante função consiste na política comercial externa desempenhada pelos Estados contemporâneos, através da qual logram prover as condições necessárias à expansão do capital nacional total no mercado internacional. 9 A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA Nesse processo, surgem as grandes questões dos problemas de saúde, alteração na autoestima do trabalhador, desmotivação para o trabalho, distanciamento das relações afetivo-familiares entre outras que são focos de estudos e questionamentos sobre a relação entre o trabalho, a saúde e a qualidade de vidatais como os que Leal (2007, p. 1), lança para a discussão. Como anda a sua relação com o trabalho, com sua saúde e sua quali- dade de vida? Você está entre os milhões de pessoas que vivem numa correria tão grande que não têm tempo para pensar nessas coisas? Sua realidade atual corresponde ao que você sonhou e planejou, ou em algum momento você perdeu o controle e passou a ser escravo do tempo, do trabalho e de uma rotina estressante? Na busca de respostas e soluções para as questões entre o trabalho, a saúde e a qualidade de vida, tem sido necessário abordar a temática no próprio ambiente de trabalho, pois apesar de ser uma categoria central da vida humana, o trabalho tem características diferenciadas de acordo com a natureza e os objetivos de cada ambiente e, por isso, as ações e programas voltados para a QVT têm as suas particularidades de acordo com o coletivo de trabalhadores de cada empresa/instituição. Dando um salto de qualidade no mundo do trabalho No mundo atual, o cenário das novas organizações do mundo globalizado é cada vez mais competitivo e requer uma valorização dos recursos humanos nas diversas formas de trabalho. Algumas premissas devem ser consideradas para que as empresas/instituições possam atualizar seus processos de trabalho e produtividade, tais como: VALOR AGREGADO AO PRODUTO FINAL; REDUÇÃO DOS NÍVEIS HIERÁRQUICOS; MENOR CUSTO X MAIOR QUALIDADE; SIMPLIFICAÇÃO DOS PROCESSOS; USO INTENSO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO. 10 QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO Essas novas demandas do mundo do trabalho se impõem como necessidades ao considerarmos que o ser humano e as formas de trabalho são as instâncias maiores do desenvolvimento da sociedade. No entanto, alguns aspectos devem ser levados em consideração para que possamos compreender os fatores que intervêm no processo de trabalho. Outros elementos de natureza biogenética e psicossociais se integram aos fatores que podem influenciar nos processos de motivação e satisfação no ambiente de trabalho com implicações para a saúde e a qualidade de vida. De acordo com Alves (2011, p. 11) As organizações e o trabalho estão incluídos na vida dos seres huma- nos desde a sua criação. Lidar com pessoas nas organizações tem sido uma responsabilidade que, atualmente, se reveste de uma complexi- dade muito maior do que há poucos anos atrás. De alguma forma to- dos estamos ligados a uma organização de forma direta ou indireta. E se por algum motivo não estão desempenhando o seu trabalho da melhor maneira possível cabe aos profissionais da área observar o que está acontecendo e buscar soluções adequadas para resolver. O que nos motiva para o trabalho? A remuneração salarial? A satisfação de nos sentirmos úteis à sociedade? A realização pessoal? Muitas questões podem ser analisadas e avaliadas com relação a esses aspectos. De acordo com Murray (1986, p. 12), “a motivação pode ser entendida como um impulso para a satisfação, em geral, visando o[sic] crescimento e o[sic] desenvolvimento pessoal e, como consequência, o organizacional”. Para que uma pessoa se realize no trabalho, é fundamental que duas dimensões relacionais estejam presentes no cotidiano das ações laborais, que são: o sentido de pertencimento ao grupo de trabalho ou aceitação e o processo de autorrealização (MASLOW, 1986). Desse modo, é necessário que as empresas/instituições passem a ver o trabalhador como alguém que busca se integrar ao processo produtivo de forma plena e satisfatória, pois de acordo com Andrade (2012, p. 12). Dentro das organizações, as pessoas são consideradas recursos, isto é, como portadores de habilidades e conhecimentos, que auxiliam no processo produtivo e crescimento empresarial, porém, é de ex- trema importância não esquecer de que essas pessoas são humanas, 11 A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA formadas de personalidade, expectativas, objetivos pessoais, e pos- suem necessidades. Assim sendo, cabe ao mundo do trabalho, através das suas empresas e instituições, valorizar a pessoa humana procurando incentivar cada vez mais o desenvolvimento do seu potencial criativo e produtivo promovendo ações de QVT que busquem compreender e preservar a saúde e os níveis de satisfação no ambiente de trabalho. Nesse sentido, vamos abordar alguns fatores motivacionais que se relacionam com o trabalho e os processos de satisfação com implicações para a QVT. Fatores Emocionais Carvalho et al. (2013) relacionam três fatores que podem intervir de modo positivo ou de modo negativo no processo de motivação dos trabalhadores. Vamos conhecer quais são esses fatores e relacionar com nossas experiências no campo de trabalho. Remuneração salarial e benefícios sociais No mundo atual, os salários têm se tornado um grande atrativo para que as pessoas se submetam a processos seletivos para ocupar cargos e funções em instituições/empresas. No entanto, não significa dizer que isso seja um fator determinante de satisfação e bem-estar do trabalhador. O sentido mais importante é poder incorporar a satisfação com o tipo de trabalho e a remuneração salarial. Outro fator de complementação são os benefícios sociais que ampliam para o trabalhador o alcance da função social do trabalho. Esses benefícios podem ser acoplados a programas de qualidade de vida permanente, assistências sociais, incentivos à qualificação profissional, auxílios financeiros, planos de saúde, entre outros. 12 QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO Condições físicas e psicológicas para o trabalho A exposição a condições de risco ou de insalubridade no ambiente de trabalho devem ser minimizadas pelo planejamento estrutural das ações do trabalho que preservem a integridade da saúde integral dos trabalhadores. As pessoas passam a maior parte do tempo diário no ambiente de trabalho e, por executar funções repetitivas, sempre assimilam processos de desmotivação por força da rotina laboral. Essa condição comum do trabalho acarreta estresse físico e psicológico que interfere na motivação dos trabalhadores. Para ilustrar as afirmações acima citadas, trazemos o exemplo da cena da fábrica do filme ‘TEMPOS MODERNOS’. Disponível em: <http://www.youtube.com/ watch?v=KPgxcat-zYo>. Acesso em: 22 out. 2014. O filme retrata o personagem de Chaplin que tenta sobreviver em um mundo confuso, moderno e industrializado, em que o trabalhador é quase um escravo da atividade que tem de desenvolver. O personagem trabalha em uma fábrica apertando parafusos e essa atividade repetitiva faz com que ele tenha um colapso de estresse e, de forma eloquente, aperta tudo que vê pela frente como se tudo que visse em sua frente fossem apenas parafusos. Nesse contexto, é importante que o ambiente de trabalho seja dotado de condições que priorizem o bem-estar, a satisfação, o bom relacionamento e o companheirismo no intuito de melhorar tanto a produtividade do trabalho quanto a Figura 03. Cena do filme Tempos Modernos Fo nt e: <h tt p: // w w w .m un do ed uc ac ao .c om /g eo gr afi a/ ta yl or is m o- fo rd is m o. ht m >. 13 A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA qualidade de vida dos trabalhadores. Segurança no ambiente de trabalho. No que se refere aos fatores da segurança para a qualidade de vida no trabalho, o gerenciamento dos aspectos relacionados com a higiene, a medicina do trabalho, o serviço de alimentação, a prevenção de acidentes de trabalho, a ergonomia do trabalho e a própria segurança física dos bens materiais e da integridade humana são essenciais e imprescindíveis para que os trabalhadores se sintam seguros no ambiente de trabalho. Como podemos ver, as empresas/instituições que pretendem ocupar um espaço de relevância e de reconhecimento social devem, além de consolidar a sua produtividade e lucro pelo trabalho desenvolvido, promover ações concretas que contribuam para a satisfação no ambiente de trabalho e envolvam estímulosna remuneração salarial com planos de cargos e carreiras, interação nas ações coletivas do trabalho e condições materiais de segurança que preservem a saúde e a qualidade de vida no trabalho. Desafios atuais das empresas para a QVT e a saúde As questões que se relacionam com o alcance da qualidade de vida e saúde dos trabalhadores e a permanência dos interesses corporativos pelas empresas públicas e privadas precisam ser contextualizadas pelos interesses coletivos que estão presentes no ambiente de trabalho. Uma das questões que precisam ser desmistificadas é a de que apenas os elementos gerenciais imediatos das empresas podem abordar e apontar soluções para a qualidade de vida no trabalho. De acordo com Lacaz (2003, p. 417), “falar de QVT é, em última instância, buscar a humanização do trabalho, um dos pressupostos do campo de práticas e saberes informado das formulações emanadas da saúde coletiva”. Assim, é importante compreender que a qualidade de vida no trabalho se torna uma responsabilidade tanto do indivíduo quanto da empresa/instituição e que os dois segmentos devem 14 QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO Restaurante Empréstimos subsidiados Assistência médica Complementação de aposentadoria Festas para empregados Gratificações salariais Transporte Viagens de recreio Cesta Básica Convênios com farmácias e mercados Seguro de acidentes pessoais Cooperativa de crédito Veículo designado Estacionamento para automóvel Clube para empregados Banco de horas Pagamento de quilometragem Horário móvel Assistência odontológica Creche e escola para filhos dos funcionários Restaurante Subsídio à educação Quadro 1: Fatores de investimento na QVT Marras (2005, p. 128). buscar negociar sobre as formas de melhorias que ampliem a qualidade de vida no trabalho com implicações para a saúde de todos dentro e fora do ambiente de trabalho. Para Andrade (2012), qualidade de vida no trabalho é um conjunto de boas práticas que deve suprir todas as áreas, seja ambiental, ética e moral, profissional e humana e, a partir dessa concepção, as empresas devem adotar novas posturas e medidas a fim de preservar a saúde no ambiente de trabalho. Como sugestão de modelos de QVT, trazemos algumas possibilidades de implantação de ações no ambiente de trabalho com base no estudo de Marras (2005), que elenca alguns fatores dimensionais sobre os tipos de benefícios que podem ser fatores que contribuem positivamente para os níveis de satisfação e saúde dos trabalhadores. Nesse sentido, cabe às instituições públicas e às empresas privadas realizar investimentos concretos para que o corpo de trabalhadores possa desenvolver suas ações laborais de modo satisfatório e que possam manter níveis de saúde satisfatórios no plano pessoal com reflexos positivos no plano sociofamiliar de modo a integrar 15 A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA LEMBRE-SE! Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915) engenheiro mecânico, desenvolveu um conjunto de métodos para a produção industrial conhecido como taylorismo. De acordo com Taylor, o funcionário deveria apenas exercer sua função/tarefa em um menor tempo possível durante o processo produtivo, não havendo necessidade de conhecimento da forma como se chegava ao resultado final. http://www.brasilescola.com/geografi a/taylorismo-fordismo.htm trabalho/ser humano/instituições visando à dignidade do trabalho e à valorização do ambiente de trabalho assim como a representatividade da instituição/empresa para a sociedade. Henry Ford (1863 – 1947) desenvolveu o sistema de organização do trabalho industrial denominado fordismo. A principal característica do fordismo foi a introdução das linhas de montagem, na qual cada operário ficava em um determinado local realizando uma tarefa específica, enquanto o produto fabricado se deslocava pelo interior da fábrica em uma espécie de esteira. Com isso, as máquinas ditavam o ritmo do trabalho. O funcionário da fábrica se especializava em apenas uma etapa do processo produtivo e repetia a mesma atividade durante toda a jornada de trabalho, fato que provocava uma alienação física e psicológica. http://www.brasilescola.com/geografi a/taylorismo-fordismo.htm 16 QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO ATIVIDADE 1. Analise os princípios do trabalho fundamentado no Fordismo/Taylorismo e os relacione com as demandas atuais de produção do trabalho. 2. Relacione e comente quais fatores você considera como essenciais para a relação entre a QVT e saúde. 3. Você considera que as empresas/instituições públicas e privadas investem na QVT com foco na saúde do trabalhador? Argumente. RESUMINDO Na aula de hoje, conhecemos os idealizadores do sistema de produção em série do trabalho moderno e como os determinantes políticos, econômicos e sociais influenciam as suas características. Estudamos os conceitos que dimensionam uma nova perspectiva para a qualidade de vida e trabalho e analisamos os desafios que se apresentam para as instituições públicas e privadas em relação ao investimento e à ampliação dos direitos dos trabalhadores com implicações positivas para a saúde dos trabalhadores. LEITURAS COMPLEMENTARES AMÂNCIO FILHO, Antenor; MOREIRA, M. Cecilia G. B. (Orgs.). Saúde, trabalho e formação profissional. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1997. Disponível em: <http://static. 17 A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA scielo. org/scielobooks/9tc7r/pdf/amancio-9788575412787. pdf>. Acesso em: 22 out. 2014. Essa obra discute a dimensão e o desafio da renovação das práticas educativas em saúde pública e como aprofundar tecnicamente o tema do cuidado de saúde e incorporar a temática ecológica analisando os possíveis danos à qualidade de vida no meio ambiente. ASSISTA: Palestra sobre a qualidade vida no trabalho de Mario Persona. Discute as questões que indicam os padrões de QVT e como as empresas podem investir e implantar um programa educacional de qualidade de vida de modo consistente e relevante para a saúde do trabalhador (Duração 06h50min). PERSONA, Mario. Qualidade de vida no trabalho. 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=v6TOJpKl1Zc>. Acesso em: 22 out. 2014. AVALIANDO SEUS CONHECIMENTOS Prezado aluno, levando em consideração o que estudamos na aula sobre a relação entre trabalho, saúde e qualidade de vida e a partir da sua experiência laboral, caso você fosse um gerente/diretor de alguma empresa/ insitituição, quais ações implantaria para a QVT com implicações positivas para a saúde dos trabalhadores? 18 QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO CONHECENDO AS REFERÊNCIAS ALVES, Nicolau Edilielson de Sá. A Importância dos Fatores Motivacionais na Organiza- ção Cooperativa de Caju de Picos - PI. 2011. 60 f. TCC (Graduação) – Curso de Bacharelado em Administração, Universidade Federal do Piauí, Picos, 2011. Disponível em: <http://www. ufpi. br/subsiteFiles/admpicos/arquivos/fi les/zTCCn .pdf>. Acesso em: 22 out. 2014. ANDRADE, Rubia Manarim. Qualidade de Vida no Trabalho dos Colaboradores da Em- presa Farben S.A Indústria Química. 2012. 52 f. Monografia (Especialização) – Curso de Pós-graduação em Gestão Empresarial, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciú- ma, 2012. Disponível em: <http://repositorio.unesc.net/bitstream/handle/1/1077/Rubia Manarim Andrade.pdf?sequence=1>. Acesso em: 22 out. 2014. CARVALHO, Jéssica Faria de et al. Qualidade de vida no trabalho e fatores motivacionais dos colaboradores nas organizações. Educação em Foco, São Paulo, n. 07, p. 21-31, set. 2013 Disponível em: <http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/gestao_foco/artigos/ ano2013/setembro/qualidade_motivacao.pdf>. Acesso em: 13 set. 2014. CERQUEIRA, Wagner de. Taylorismo e Fordismo: Sistema e formas de organização indus- trial. [2014]. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/taylorismo-fordismo. htm>. Acesso em: 10 set. 2014. LACAZ, Francisco Antônio de Castro. Qualidadede Vida no Trabalho e Saúde do Trabalha- dor: uma visão crítica. In: GOLDENBERG, Paulete; MARSIGLIA, Regina Maria Giffoni; GOMES, Maria Helena de Andréa (Orgs.). O Clássico e o Novo: tendências, objetos e abordagens em ciências sociais e saúde. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2003. p. 414-431. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/d5t55/pdf/goldenberg-9788575412510.pdf>. Acesso em: 22 out. 2014. LEAL, Nelson. Trabalho, saúde e qualidade de vida. Boletim de Informações Gerenciais da Justiça Federal (BIGJUS), Brasília, n. 17, p. 01-03, jul. 2007. Disponível em: <http://www2. cjf.jus.br/jspui/bitstream/handle/1234/5442/N_17_11072007.pdf?sequence=1>. Acesso em: 20 set. 2014. MASLOW, Abraham M. Motivation and Personality. Nova York: Harper e Row Ed., 1987. MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estraté- gico. 3. ed. São Paulo: Futura 2005. MURRAY, Edward J. Motivação e emoção. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1986. RIZOTTI, Maria Luiza Amaral. Aspectos econômicos e políticos determinantes da política social brasileira. Argumentum, Vitória, v. 5, n. 01, p. 165- 179, jan.-jun. 2013. 19 A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA LISTA DE FIGURAS Fig. 01 - http://www.brasilescola.com/geografia/taylorismo-fordismo.htm Fig. 02 -http://www.mundoeducacao.com/geografia/taylorismo-fordismo.htm Fig. 03 - http://www.mundoeducacao.com/geografia/taylorismo-fordismo.htm
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