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APOSTILA Prescricao Atualizada (1)

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PRESCRIÇÃO APLICADA A ESTÉTICA 
 
 
 
 
PROFESSORA MICHELLY EGGERT PASCHUINO 
 
 
Michelly Eggert Paschuino é graduada em Naturologia pela Universidade Anhembi 
Morumbi – UAM, especialista em Acupuntura pela Faculdade de Ciências da Saúde – 
FACIS IBEHE e mestre em Semiótica, Tecnologias da Informação e Educação pela 
Universidade de Braz Cubas – UBC. Para complementar sua abordagem profissional, se 
formou como Master em Programação Neurolinguística pela Sociedade Brasileira de 
Programação Neurolinguística – SBPNL, como Master Coach, pelo MBA em Gestão 
Empresarial e Coaching da Sociedade Latino Americana de Coaching – SLAC e Fundação 
Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP, e em 2018 concluiu a 
especialização em MBA em Estética e Cosmética pelo CEFAI – IBRAMED/UNIFIA em 
Amparo – SP. 
Atualmente está cursando graduação tecnológica em Estética e Cosmética na 
modalidade EaD e a quarta especialização em Cannabis Medicinal pela UNYLEYA, ambos 
os cursos com previsão de término em 2024. 
Atua há 15 anos como docente, lecionando em cursos de graduação e pós-graduação da 
área da saúde. Tem experiência na área clínica e de pesquisa sobre qualidade de vida, 
bem-estar, recuperação e manutenção da saúde, com ênfase em terapias naturais, 
complementares e integrativas propostas pela Naturologia. 
 
E-MAIL: natu.coach@tregge.com.br 
SITE: www.tregge.com.br 
TELEFONE: (11)99498-2223 
LATTES: http://lattes.cnpq.br/9462964112505534 
 
http://lattes.cnpq.br/9462964112505534
Olá, 
 
Seja Bem vindo ao Módulo de Prescrição Aplicada a Estética, neste módulo 
vamos debater sobre os assuntos mais atuais sobre os Dermocosméticos, 
Endocosméticos (Nutricosméticos), Fitoterápicos e Aromaterápicos como 
potencializadores dos tratamentos de estética, orientados principalmente no homecare 
para que o paciente faça a manutenção do tratamento, ou mesmo atendendo ao 
profissional que tem a necessidade de produtos personalizados que não são vendidos 
pelas empresas de Dermocosméticos da contemporaneidade. 
Hoje prescrever cosméticos manipulados virou tendência e realmente diferencia o 
trabalho do profissional de Estética, uma vez que ele pode oferecer um tratamento 
diferenciado aos pacientes, com o que há de mais avançado em parceria com uma 
farmácia de manipulação. 
 
PARADIGMAS SOBRE O TERMO PRESCRIÇÃO 
 
O termo prescrição divide opiniões principalmente por se tratar de um termo usual na 
medicina, vamos compreender na base, afinal de contas existem dois tipos de 
prescrição: 
 
Prescrição médica: também é conhecida como receita médica, onde medicamentos e 
orientações médicas são registradas, visando orientar a conduta a ser adotada pelo 
paciente. 
 
Prescrição não-médica: se aplica aos outros profissionais no auxílio de grandes áreas: 
nutricionistas, educadores físicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas, veterinários. 
 
Basicamente as prescrições não-médicas referem-se à medicamentos de venda livre ou 
MIP’s que são os medicamentos isentos de prescrição. Entre eles estão analgésicos, 
vitaminas, os antiácidos, os laxantes, os descongestionantes nasais, etc. 
As principais normas que versam sobre a prescrição de medicamentos são a Lei Federal 
n° 5991, de 17 de dezembro de 1973 e o decreto n°3181, de 23 de setembro de 1999 
que regulamenta a Lei n°9787 de 10 de fevereiro de 1999, bem como a Resolução – CFF 
n°357 de 20 de abril de 2001 do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que descrevem e 
orientam sobre boas práticas em farmácia. 
No caso dos biomédicos, observe o Artigo 5 da RESOLUÇÃO No - 241, DE 29 DE MAIO DE 
2014, onde cita: 
 
Art. 5º - O biomédico que possuir habilitação em Biomedicina 
Estética poderá realizar a prescrição de substâncias e outros 
produtos para fins estéticos incluindo substâncias biológicas 
(toxina botulínica tipo A), substâncias utilizadas na 
intradermoterapia (incluindo substâncias eutróficas, 
venotróficas e lipolíticas), substâncias classificadas como 
correlatos de uso injetável conforme ANVISA, preenchimentos 
dérmicos, subcutâneos e supraperiostal (excetuandose o 
Polimetilmetacrilato/PMMA), fitoterápicos, nutrientes 
(vitaminas, minerais, aminoácidos, bioflavonóides, enzimas e 
lactobacilos), seguindo normatizações da ANVISA. 
 
Cabendo aos médicos prescrever medicamentos controlados (tarja preta e vermelha), 
antibióticos, etc. No Brasil, a prescrição só é permitida a: 
 
QUEM PODE PRESCREVER? 
 
Observe que a relação de profissões abaixo, possuem seus respectivos Conselhos 
Profissionais, bem como leis específicas sobre o ato de prescrever. 
 
Médicos: Somente para uso humano e poder de prescrição ilimitado. 
Cirurgiões dentistas: somente para uso odontológico – Lei 5081/66. 
Médicos veterinários: Somente para uso veterinário – Lei 5517/68. 
Enfermeiros: medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina 
aprovada pela instituição de saúde, ou medicamentos fitoterápicos após conclusão de 
curso com carga horária de 360 horas – Lei 7498/86; Parecer COREN – BA nº 030/2014. 
Farmacêuticos: Medicamentos fitoterápicos, não tarjados e, desde que haja diagnóstico 
médico prévio, apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou 
normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da 
formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de 
saúde, os medicamentos com tarja – RE 586/2013. 
Nutricionistas: Somente fitoterápicos, isentos de prescrição médica e relacionados à 
prática do nutricionista – RE 402/2007 do Conselho Federal de Nutricionistas. 
Biomédicos: produtos não considerados medicamentos. (Resolução nº 204/2.001 do 
Conselho Federal de Biomedicina) 
Enfermeiros: medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e de acordo 
com rotinas aprovadas pela instituição de saúde em que trabalham ou outras 
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal. (Lei 7.498/86) 
 
PRECISA MESMO SER PRESCRIÇÃO? 
 
Por uma questão de entendimento profissional, sugere-se que profissionais que 
trabalhem com orientações de homecare utilizem o termo: INDICAÇÃO 
TERAPÊUTICA, conferindo uma recomendação e uma sugestão, e não uma 
orientação médica como o termo prescrição socialmente e historicamente sugere. 
Vamos entender as palavras do ponto de vista linguístico, observe as definições do 
dicionário: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enfim... 
Para prescrever medicamentos, sugerir produtos e tratamentos, independente da 
profissão e das permissões legais é necessário ter formação acadêmica adequada na 
área da saúde. Portanto, não é qualquer profissional que está habilitado para 
prescrição/indicação terapêutica estética, já que durante a formação 
adquirem o conhecimento necessário sobre o corpo humano, fisiologia, fisiopatologia e 
métodos de tratamento e as reações do mesmo em contato com certas substâncias. 
Receitar tratamentos e/ou produtos sem a devida formação e habilitação pode levar o 
profissional a responder processo ético. Conselhos profissionais fiscalizam a atuação 
irregular e têm o poder de penalizar os seus inscritos quando identificam má conduta 
ou recebem denúncia. 
Importante salientar que na área da estética há procedimentos invasivos e não 
invasivos. Neste módulo abordaremos a formação para aqueles que não submetem o 
paciente a processos injetáveis, ou seja, tratamentos não invasivos. Pelo motivo de que 
o procedimento invasivo é recomendado, e não sugerido ou prescrito como algo que o 
paciente possa comprar mediante a apresentação de um receituário. 
Ou seja, técnicos e graduados na área da saúde desde que habilitados podem indicar 
produtos como filtro solar, goma de efeito lifting, shake termogênico, cápsulas proage, 
bombom da beleza, suco verde detox, e etc, com o objetivo de complementar as 
estratégias terapêuticas do que ele realizou em consultório, mediante a uma 
capacitação para que o conhecimentotécnico necessário seja adquirido para estruturar 
um receituário/indicação estética. 
A partir dessa formação, o profissional apresentará um diferencial em seu campo de 
atuação, potencializando os seus resultados no atendimento de estética facial e também 
corporal. 
Isso tudo atrelado ao conhecimento de princípios ativos modernos e de dosagens 
adequadas, na base cosmética correspondente ao estado cutâneo, de acordo com cada 
caso. Oferecendo um atendimento personalizado, seja em consultório ou na 
modalidade homecare, essa estratégia gera fidelização do paciente, uma vez que a 
oportunidade de ter um produto personalizado, cujos ativos foram pensados visando 
atender as necessidades específicas da sua pele, é um fator motivacional que melhora a 
adesão do paciente ao tratamento e o fideliza. 
 
A PRESCRIÇÃO/INDICAÇÃO ESTÉTICA PELO PROFISSIONAL ESTETACOSMETÓLOGO 
 
No que se refere a atuação do profissional estetacosmetólogo, a lei n°13.643 que 
regulamenta a profissão de técnico, graduação tecnológica e bacharelado em Estética, 
aprovada em senado em Abril de 2018; não observamos especificações, orientações 
claras e definidas sobre indicações terapêuticas manipuladas, porém os cosméticos 
fazem parte da sua atuação profissional como podemos ver no trecho da lei a seguir: 
 
Art. 4º Considera-se Esteticista e Cosmetólogo o 
profissional: 
I - graduado em curso de nível superior com concentração 
em Estética e Cosmética, ou equivalente, oferecido por 
instituição regular de ensino no Brasil, devidamente 
reconhecida pelo Ministério da Educação; 
II - graduado em curso de nível superior com concentração 
em Estética e Cosmética, ou equivalente, oferecido por 
escola estrangeira, com diploma revalidado no Brasil, por 
instituição de ensino devidamente reconhecida pelo 
Ministério da Educação. 
Art. 5º Compete ao Técnico em Estética: 
I - executar procedimentos estéticos faciais, corporais e 
capilares, utilizando como recursos de trabalho produtos 
cosméticos, técnicas e equipamentos com registro na 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); 
II - solicitar, quando julgar necessário, parecer de outro 
profissional que complemente a avaliação estética; 
III - observar a prescrição médica ou fisioterápica 
apresentada pelo cliente, ou solicitar, após exame da 
situação, avaliação médica ou fisioterápica. 
Art. 6º Compete ao Esteticista e Cosmetólogo, além das 
atividades descritas no Art. 5º desta Lei: 
I - a responsabilidade técnica pelos centros de estética que 
executam e aplicam recursos estéticos, observado o 
disposto nesta Lei; 
II - a direção, a coordenação, a supervisão e o ensino de 
disciplinas relativas a cursos que compreendam estudos 
com concentração em Estética ou Cosmetologia, desde que 
observadas as leis e as normas regulamentadoras da 
atividade docente; 
III - a auditoria, a consultoria e a assessoria sobre 
cosméticos e equipamentos específicos de estética com 
registro na Anvisa; 
IV - a elaboração de informes, pareceres técnico-
científicos, estudos, trabalhos e pesquisas mercadológicas 
ou experimentais relativos à Estética e à Cosmetologia, em 
sua área de atuação; 
V - a elaboração do programa de atendimento, com base 
no quadro do cliente, estabelecendo as técnicas a serem 
empregadas e a quantidade de aplicações necessárias; 
VI - observar a prescrição médica apresentada pelo cliente, 
ou solicitar, após avaliação da situação, prévia prescrição 
médica ou fisioterápica. 
Art. 7º O Esteticista, no exercício das suas atividades e 
atribuições, deve zelar: 
I - pela observância a princípios éticos; 
II - pela relação de transparência com o cliente, prestando-
lhe o atendimento adequado e informando-o sobre 
técnicas, produtos utilizados e orçamento dos serviços; 
III - pela segurança dos clientes e das demais pessoas 
envolvidas no atendimento, evitando exposição a riscos e 
potenciais danos. 
Art. 8º O Esteticista deve cumprir e fazer cumprir as normas 
relativas à biossegurança e à legislação sanitária. 
Art. 9º Regulamento disporá sobre a fiscalização do 
exercício da profissão de Esteticista e sobre as adequações 
necessárias à observância do disposto nesta Lei. 
 
Fica claro que esse profissional deve seguir as orientações da ANVISA sobre o uso de 
cosméticos, aparelhos de eletroterapia e qualquer outro recurso terapêutico. 
Ou seja, desde que o profissional tenha formação na área da saúde, e tenha o 
conhecimento específico para a indicação de nutricosméticos, cosméticos, fitoterápicos 
e aromaterápicos. Este conhecimento específico exige domínio da forma de 
aplicação, dosagem correta, bases de cosméticos, indicação e 
contraindicação, frequência de aplicação e tempo de 
tratamento. 
 
Outra informação importante que o profissional de estética não deve esquecer é sobre 
suas competências profissionais, como consta na CBO 3221-30. Veja um trecho 
específico: 
 
Também é função do Esteticista: 
[...] 
11 - Prescrever cosméticos, cosmecêuticos e óleos essenciais. 
 
Além disso a Lei n°5991/73 prevê que a prescrição médica é obrigatória apenas para 
manipulação de medicamentos controlados (antibióticos, psicotrópicos, corticoides, 
etc...). Geralmente são os insumos com registro na ANVISA começando com 1. E 
segundo a CFF n°467/07 isentando os farmacêuticos a guardar a prescrição médica para 
manipular e comercializar cosméticos. 
Ou seja, o profissional de estética além de ter autonomia para solicitar essas 
manipulações, deve buscar parcerias com farmácias de manipulação, cujo profissional 
se mantêm atualizado e atende as suas demandas... E não um que aceite, como se 
estivesse fazendo uma boa ação, caridade. 
Questione, respalde-se nas leis, na CBO e o mais importante de tudo, seja criterioso em 
fazer parceria com uma farmácia que atenda as suas necessidades, e não o contrário. 
 
CONCEITOS BÁSICOS, MAS FUNDAMENTAIS NA COSMETOLOGIA 
 
Eu sei que você já viu essa definição nas aulas de Cosmetologia, mas vamos ampliar os 
conceitos. As informações a seguir foram extraídas do site da ANVISA 
(http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos/conceitos-e-definicoes) onde as informações 
regulamentarias dos cosméticos são definidas: 
Vamos compreender: 
 
Os cosméticos são basicamente classificados em 2 graus. Os critérios para esta 
classificação foram definidos em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não 
desejados devido ao uso inadequado do produto, sua formulação, finalidade de uso, 
áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados quando de sua 
utilização. 
 
http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos/conceitos-e-definicoes
Definição de Produtos Grau 1: são produtos de higiene pessoal cosméticos e perfumes 
cuja formulação cumpre com a definição adotada no item 1 do Anexo I desta Resolução 
e que se caracterizam por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja 
comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas 
quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso. 
 
Definição de Produtos Grau 2: são produtos de higiene pessoal cosméticos e perfumes 
cuja formulação cumpre com a definição adotada no item 1 do Anexo I desta Resolução 
e que possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação de 
segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso. 
 
EXEMPLOS DE COSMÉTICOS GRAU 1 
 
1. Água de colônia, Água Perfumada, 
Perfume e Extrato Aromático 
2. Amolecedor de cutícula (não cáustico) 
3. Aromatizante bucal 
4. Base facial/corporal (sem finalidade 
fotoprotetora) 
5. Batom labial e brilho labial (sem 
finalidade fotoprotetora) 
6. Blush/Rouge (sem finalidade 
fotoprotetora) 
7. Condicionador/Creme 
rinse/Enxaguatório capilar (exceto os 
com ação antiqueda, anticaspa e/ou 
outros benefícios específicos que 
justifiquem comprovação prévia) 
8. Corretivo facial (sem finalidadefotoprotetora) 
9. Creme, loção e gel para o rosto (sem 
ação fotoprotetora da pele e com 
finalidade exclusiva de hidratação) 
10. Creme, loção, gel e óleo esfoliante 
("peeling") mecânico, corporal e/ou 
facial 
11. Creme, loção, gel e óleo para as 
mãos (sem ação fotoprotetora, sem 
indicação de ação protetora individual 
para o trabalho, como equipamento de 
proteção individual - EPI - e com 
finalidade exclusiva de hidratação e/ou 
refrescância) 
12. Creme, loção, gel e óleos para as 
pernas (com finalidade exclusiva de 
hidratação e/ou refrescância) 
1.3 Creme, loção, gel e óleo para 
limpeza facial (exceto para pele acnéica) 
14. Creme, loção, gel e óleo para o corpo 
(exceto os com finalidade específica de 
ação antiestrias, ou anticelulite, sem 
ação fotoprotetora da pele e com 
finalidade exclusiva de hidratação e/ou 
refrescância) 
15. Creme, loção, gel e óleo para os pés 
(com finalidade exclusiva de hidratação 
e/ou refrescância) 
16. Delineador para lábios, olhos e 
sobrancelhas 
17. Demaquilante 
18. Dentifrício (exceto os com flúor, os 
com ação antiplaca, anticárie, 
antitártaro, com indicação para dentes 
sensíveis e os clareadores químicos) 
19. Depilatório mecânico/epilatório 
20. Desodorante axilar (exceto os com 
ação antitranspirante) 
21. Desodorante colônia 
22. Desodorante corporal (exceto 
desodorante íntimo) 
23. Desodorante pédico (exceto os com 
ação antitranspirante) 
24. Enxaguatório bucal aromatizante 
(exceto os com flúor, ação anti-séptica e 
antiplaca) 
25. Esmalte, verniz, brilho para unhas 
26. Fitas para remoção mecânica de 
impureza da pele 
27. Fortalecedor de unhas 
28. Kajal 
29. Lápis para lábios, olhos e 
sobrancelhas 
30. Lenço umedecido (exceto os com 
ação anti-séptica e/ou outros benefícios 
específicos que justifiquem a 
comprovação prévia) 
31. Loção tônica facial (exceto para pele 
acneica) 
32. Máscara para cílios 
33. Máscara corporal (com finalidade 
exclusiva de limpeza e/ou hidratação) 
34. Máscara facial (exceto para pele 
acneica, peeling químico e/ou outros 
benefícios específicos que justifiquem a 
comprovação prévia) 
35. Modelador/fixador para 
sombrancelhas 
36. Neutralizante para permanente e 
alisante 
37. Pó facial (sem finalidade 
fotoprotetora) 
38. Produtos para banho/imersão: sais, 
óleos, cápsulas gelatinosas e banho de 
espuma 
39. Produtos para barbear (exceto os 
com ação anti-séptica) 
40. Produtos para fixar, modelar e/ou 
embelezar os cabelos: fixadores, laquês, 
reparadores de pontas, óleo capilar, 
brilhantinas, mousses, cremes e géis 
para modelar e assentar os cabelos, 
restaurador capilar, máscara capilar e 
umidificador capilar 
41. Produtos para pré-barbear (exceto 
os com ação anti-séptica) 
42. Produtos pós-barbear (exceto os 
com ação anti-séptica) 
43. Protetor labial sem fotoprotetor 
44. Removedor de esmalte 
45. Sabonete abrasivo/esfoliante 
mecânico (exceto os com ação anti-
séptica ou esfoliante químico) 
46. Sabonete facial e/ou corporal 
(exceto os com ação anti-séptica ou 
esfoliante químico) 
47. Sabonete desodorante (exceto os 
com ação anti-séptica) 
48. Secante de esmalte 
49. Sombra para as pálpebras 
50. Talco/pó (exceto os com ação anti-
séptica) 
51. Xampu (exceto os com ação 
antiqueda, anticaspa e/ou outros 
benefícios específicos que justifiquem a 
comprovação prévia) 
52. Xampu condicionador (exceto os 
com ação antiqueda, anticaspa e/ou 
outros benefícios específicos que 
justifiquem comprovação prévia) 
 
Observação: As exceções mencionadas 
no item "I) Lista de Tipo de Produtos de 
Grau 1" caracterizam os produtos de 
Grau 2. 
Fonte: Anexo II da RDC 211/05 
 
EXEMPLOS DE COSMÉTICOS GRAU 2 
 
1. Água oxigenada 10 a 40 volumes 
(incluídas as cremosas exceto os 
produtos de uso medicinal) 
2. Antitranspirante axilar 
3. Antitranspirante pédico 
4. Ativador/ acelerador de bronzeado 
5. Batom labial e brilho labial infantil 
6. Bloqueador Solar/anti-solar 
7. Blush/ rouge infantil 
8 Bronzeador 
9. Bronzeador simulatório 
10. Clareador da pele 
11. Clareador para as unhas químico 
12. Clareador para cabelos e pêlos do 
corpo 
13. Colônia infantil 
14. Condicionador anticaspa/antiqueda 
15. Condicionador infantil 
16. Dentifrício anticárie 
17. Dentifrício antiplaca 
18. Dentifrício antitártaro 
19. Dentifrício clareador/ clareador 
dental químico 
20. Dentrifrício para dentes sensíveis 
21. Dentifrício infantil 
22. Depilatório químico 
23. Descolorante capilar 
24. Desodorante antitranspirante axilar 
25. Desodorante antitranspirante 
pédico 
26. Desodorante de uso íntimo 
27. Enxaguatório bucal antiplaca 
28. Enxaguatório bucal anti-séptico 
29. Enxaguatório bucal infantil 
30. Enxaguatório capilar 
anticaspa/antiqueda 
31. Enxaguatório capilar infantil 
32. Enxaguatório capilar colorante / 
tonalizante 
33. Esfoliante "peeling" químico 
34. Esmalte para unhas infantil 
35. Fixador de cabelo infantil 
36. Lenços Umedecidos para Higiene 
infantil 
37. Maquiagem com fotoprotetor 
38. Produto de limpeza/ higienização 
infantil 
39. Produto para alisar e/ ou tingir os 
cabelos 
40. Produto para área dos olhos (exceto 
os de maquiagem e/ou ação hidratante 
e/ou demaquilante) 
41. Produto para evitar roer unhas 
42. Produto para ondular os cabelos 
43. Produto para pele acneica 
44. Produto para rugas 
45. Produto protetor da pele infantil 
46. Protetor labial com fotoprotetor 
47. Protetor solar 
48. Protetor solar infantil 
49. Removedor de cutícula 
50. Removedor de mancha de nicotina 
químico 
51. Repelente de insetos 
52. Sabonete anti-séptico 
53. Sabonete infantil 
54. Sabonete de uso íntimo 
55. Talco/amido infantil 
56. Talco/pó anti-séptico 
57. Tintura capilar 
temporária/progressiva/permanente 
58. Tônico/loção Capilar 
59. Xampu anticaspa/antiqueda 
60. Xampu colorante 
61. Xampu condicionador 
anticaspa/antiqueda 
62. Xampu condicionador infantil 
63. Xampu infantil 
 
Fonte: Anexo II da RDC 211/05
 
 
Toda relação de cosméticos aprovados pela ANVISA está disponível no site: 
http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-autorizacoes/cosmeticos. Com informações 
sobre as empresas e seus respectivos produtos. 
Vale reforçar que poderá ser observado que não se faz diferença nesta classificação 
sobre cosméticos, dermocosméticos, nutracêuticos e cosmecêuticos. Muito menos para 
cosméticos orgânicos, veganos, naturais e biocompatíveis. 
Independente da profissão é fundamental que o profissional siga algumas orientações 
fundamentais antes de começar a prescrever. Então podemos concluir que: 
- Deve seguir as diretrizes da ANVISA. 
- Indicar os MIPS (Medicamentos Isentos de Prescrição). 
- Ter objetivos Estéticos e Cosméticos na sua prescrição. 
- Ter conhecimento prévio e especializado dos recursos (bases, ativos, concentrações, 
combinação entre eles de acordo com a pele e a realidade do paciente). 
- Suas indicações e contraindicações, frequência de aplicação e tempo de tratamento. 
 
http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-autorizacoes/cosmeticos
FORMA FARMACÊUTICA 
 
Antes de iniciarmos a nossa jornada rumo ao conhecimento das formulações magistrais 
faz-se necessário que você compreenda alguns conhecimentos fundamentais. 
 
A forma farmacêutica é o estado final que as substâncias ativas se apresentam depois 
de serem submetidas às operações farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar a sua 
administração e obter o maior efeito terapêutico desejado, respeitando a área de 
aplicação, dosagem de cada ativo, no veículo adequado, para um tratamento específico. 
 
As formas farmacêuticas são classificadas em: 
 
Sólidas – Cápsulas, Sachets, Sachet caps, Supositórios, óvulos. 
Semisólidas – Uso tópico - Cremes, pomada, gloss, sérum transdérmico. 
Líquidas – xarope, tônicos, florais, óleos, tinturas. 
 
Importante! 
 
A forma farmacêutica, bem comoa concentração e a composição dos ativos é de 
responsabilidade do prescritor. 
 
A escolha da forma farmacêutica depende principalmente: 
• da natureza físico-química do fármaco; 
• do mecanismo de ação; 
• do local de ação do medicamento; 
• da dosagem – quantidade de fármaco na forma farmacêutica. 
 
Cada base cosmética tem um limite para a adição de ativos (%), assim como os ativos 
possuem particularidades que exigem domínio do profissional que a indica, como por 
exemplo: se o ativo é lipo ou hidrossolúvel, colocá-lo em uma formulação cuja base é 
incompatível vai fazer com que o farmacêutico entre em contato com o profissional para 
sugerir adaptações, ou simplesmente a farmácia recusa a manipulação. 
 
E as bases biocompatíveis na manipulação? 
 
Pois bem é fundamental você saber que, se você não especificar detalhamente o que 
você quer naquela manipulação a farmácia seguirá um padrão. 
Quando você indica “Creme neutro” provavelmente eles usarão uma base creme neutra 
com petrolatos e parabenos na composição. Base pra shampoo e sabonetes com 
sulfatos. Gel de carbopol (base água) que é incompatível com óleos essenciais por 
exemplo, e assim vai. 
Por esse motivo é fundamental conhecer fornecedores qualificados e atendam as suas 
necessidades magistrais. Fornecedores como (ex.) Galena, Biotec, Organic e Florien são 
empresas que se dedicam a trazer para o universo magistral bases cosméticas que estão 
alinhadas com os dermocosméticos e nutricosméticos biocompatíveis, sem xenobióticos 
e disruptores endócrinos. 
Para manter-se atualizado, sugiro que você sempre atualize seu menu de ativos 
solicitando aos fornecedores o envio do portifólio atualizado, bem como participando 
de feiras, webinar e congressos. 
Estou deixando pra você alguns fornecedores qualificados no mercado, busque-os nos 
sites e nas redes sociais, essa também é uma forma de você se manter atualizado. 
 
 
Para escolher as bases dos seus cosméticos, muito mais do que conhecer a base e a sua 
indicação de acordo com o biotipo cutâneo, é fundamental conhecer seu pH, quantidade 
de ativos permitidos e assim fica fácil de você definir quais ativos e qual a proporção na 
formulação de acordo com a base. 
Veja os exemplos de algumas bases do fornecedor Biotec, no quadro abaixo você 
encontra todas essas informações que te permite adicionar de 10 a 50% de ativos na 
formulação. Comece pela base e depois pelos ativos indicados para a disfunção que o 
paciente apresenta: 
 
BASES FUNCIONAIS – BIOTEC 
BASE Características pH Qtde de ativo 
Second Skin Creme aniônico/ não iônico. 
Eudérmica, alípica 
4,5 a 7 Até 20% 
Ômega Gold Não iônico Eudérmica, mista e lipídica 3 a 8 Até 25% 
Adimax Não iônico, todos os tipos de pele 3 a 8 Até 50% 
Aquabomb Gel opaco, todos os tipos de pele 4,5 a 7 Até 20% 
Lecigel Gel incompatível com ácidos 4 a 8 Variável a 
partir de 0,5% 
Biosérum Aniônico, líquido límpido 4,5 a 6,5 10% 
 
Veja abaixo algumas bases biocompatíveis que você pode usar nas suas formulações, 
sua composição e indicação: 
 
Base Acqua Bomb (Biotec) – veículo funcional que contêm aloe vera, chá verde, extrato 
de canela, cálamo, mirra, óleo vegetal de oliva e de argan. Base creme leve, indicada 
para todos os tipos de pele, incompatível com ácidos cuja pH seja menor que 4,5. 
 
Espuma de Limpeza Vegetal – Sodium Cocoyl Isethionate SCI 
 
Eco Base Gel-Creme Facial (Organic) – veículo funcional vegano que contêm 
ingredientes e ativos biomiméticos à função barreira da pele. Óleo vegetal de rosa 
mosqueta, rico em vitamina C, óleo de oliva, hidrolato de gerânio 
 
Phyto Poma (Biotec) – Pomada vegetal com associação de óleos oclusivos e lipídios 
funcionais, rico em vitamina E, fitoesteróis e anti-inflamatórios. Incorpora ativos 
hidrossolúveis até 10%, melhor com ativos lipossolúveis. 
 
Vital Vegan Clear Micelar (Biovital) – Base transparente micelar e multifuncional para 
higienização e boa espumabilidade, com componentes biodegradáveis. 
 
Vegepharma (Pharmaspecial) – Manteiga vegetal rica em ácido graxo linoleico, o mais 
compatível com os ácidos graxos da pele. Emoliente e regeneradora, excelente para 
incorporar óleos essenciais e extratos vegetais. 
 
Vital Vegan Creme (Biovital) – veículo funcional formuladoo com emulsionantes de 
cristais líquidos derivados da oliva, rico em ômegas 3, 6, 7 e 9. Biomimético potencializa 
a ação carreadora de ativos. 
 
Vital Vegan Espuma Micelar (Biovital) – Espuma micelar com tensoativos naturais e 
derivados do ácido glutâmico e do ácido graxo derivado do coco, que potencializa a 
cremosidade da espuma. 
 
Vital Vegan Sérum Leitoso (Biovital) – viscosidade de sérum leitoso, de sensorial fresco. 
Rico em ômegas, nutrição e regeneração dérmica, emoliência, favorecendo a proteção 
da pele da desidratação e do envelhecimento. 
 
Estou deixando pra você algumas particularidades sobre alguns ativos comumente 
utilizados na estética, observe as particularidades sobre Concentração e Propriedades. 
Mas aproveito para ressaltar que além das novidades que são lançadas a todo momento 
precisamos alinhar a realidade do paciente no que se refere ao tratamento (como a 
disponibilidade financeira para investir), além disso fazer parceria com um farmacêutico 
especialista em tecnologias cosméticas é fundamental para alavancar o tratamento de 
acordo com as novidades que a todo momento são apresentadas. 
 
ATIVOS INDICADOS PARA REPARO DA FUNÇÃO BARREIRA 
 
MELHORADORES DE BARREIRA CUTÃNEA 
ATIVO Características pH Concentração 
Alantoína Queratolítico, cicatrizante de 
feridas 
4 a 9 0,1 a 5,0 
Alfa bisabolol Antséptico, bactericida, 
antimicótico, cicatrizante. 
Inflamações leves e queimaduras 
3 a 11 0,1 a 1,0 
Aveia coloidal Filme de retenção hídrica, 
antioxidante, calmante e 
antiinflamatório 
4 a 7 3 a 10 
Bioecolia Restaura a população microbiana 
benéfica da pele. 
4 a 10 1 a 5% 
Cerasomosides Regenerador, antioxidante, inibe 
em 80% leucócito elastase 
(inflamação). 
3,5 a 6,5 2 a 3 
 
ATIVOS INDICADOS PARA PROTEÇÃO DA LUZ AZUL COM AÇÃO ANTIOXIDANTE 
 
PROTETORES DA LUZ VISÍVEL 
ATIVO Características pH Concentração 
Physavie Corticoide like - 0,5 a 2% 
Pepha Age Scenedesmus rubescens (alga) - 3% 
Lumicease Aumenta a sobrevida de células 
expostas a radiação, repara DNA 
- 2% 
Dragosine Booster, antiglicante, antipoluição - 0,05 a 0,20% 
 
 
ATIVOS INDICADOS PARA ENVELHECIMENTO CUTÂNEO: 
 
Ativo INCI Propriedades e 
concentração [ ] de aplicação 
Ácido glicólico • Glycolic acid Renovação celular, hidratação e 
vasodilatação dermoepidérmica, com 
estímulo fibroblástico. [ ] 1 a 10% em 
dermocosméticos, o pH depende do 
objetivo. 
Ácido pirúvico • Pyruvic acid Epidermólise (30 a 60 s). Pode alcançar 
a derme papilar pelo baixo peso 
molecular em até 2 min. Possui forte 
abrasão sem toxicidade sistêmica, 
porém arde e é doloroso. Aumenta a 
oxigenação, nutrição, neocolagênese, 
neoelastogênese e a deposição de 
ácido hialurônico. [ ] 40 a 50% (quanto 
menor o pH, mais abrasivo). 
Ácido Retinóico • Tretinoina Aumenta a espessura epidérmica, 
incrementa colaneogênese e reduz 
metaloproteinase. [ ] 5 a 10% em 
cosméticos profissionais (até 8% no 
peeling superficial). 
Ácido Tricloroacético 
(TCA) 
• Tricholoracetic acid Hidrofílico, lipofílico, estável, de baixa 
toxicidade, queratolítico, 
despigmentante e vasodilatador. 
Cuidado com frost (desnaturação de 
proteínas da pele), aplicar 
pontualmente. Atua na derme papilar. 
A [ ] 35% é considerada segura, 
dependendo do tempo e do volume. 
Vederine • Water 
• Cichorium intybus 
(Chicory) Root Extract 
Vitamina D-like aumenta os seus 
receptores na pele. Em [ ] 3%, há 
diminuição da perda transepidermal e 
recuperação da pele. 
Amiporine • Glycerin 
• Punica Granatum Fruit 
Extract 
Proteção contra a radiação ultravioleta 
(UVA e UVB) e quimiopreventivas em 
fibroblastos dérmicos, inibição de 
metaloproteinasede matriz. [ ] 2 a 5%. 
Perfection Peptide P3 • Hexanoyl Dipeptide-3 
• Norleucine Acetate 
• Lecithin 
• Glycerin 
• Phenoxyethanol 
• Water 
Restaura o processo de descamação na 
pele jovem, ideal para peles sensíveis 
aos ácidos. [ ] 0,5 a 3%. 
Lime Pearl
 
• Glycerin 
• Water 
• Microcitrus 
Australasica Fruit 
Extract 
Alfa-hidroxiácido (AHA) estimula a 
renovação celular sem irritação 
cutânea. [ ] 2% e pH 5,7. 
Ácido hialurônico
 
• Sodium hyaluronate 
• Water 
Polímero de alto peso molecular, 
principal glicosaminoglicana da derme, 
promove viscoelasticidade, tem ação 
anti-inflamatória e antiedematosa, 
promovendo renovação de 
queratinócitos, regenerando e 
hidratando a pele. [ ] 1 a 5%, pH 5,0 a 
7,0. 
 
Ácido lático
 
• Lactic acid Hidratante e antisséptico suave, faz 
parte do NMF. Tem ação 
antimicrobiana em bases cosméticas e 
é usado também para ajustar o pH. [ ] 
0,5 a 15%. 
 
Adenin
 
• Adenin Hormônio vegetal que estimula o 
crescimento celular e retarda a 
senescência, portanto, atrasa e reverte 
as mudanças celulares relativas à 
idade. Antioxidante, protetor do DNA 
dos danos oxidativos e glioxidativos. [ ] 
0,005 a 0,1%, pH 7,0 a 7,5. 
 
Alistin
 
- Recupera a epiderme exposta à 
radiação ultravioleta e preserva a 
capacidade de autodefesa da pele. 
Antioxidante de ação prolongada, 
antiglicante. Prevenção do 
envelhecimento, pode ser associado 
ao FPS. [ ] 0,5 a 1,5%, pH 3,0 e 7,0. 
 
Ceramidas
 
Ceramid Hidratação, redução da aspereza da 
pele. Ideal para pós-peeling, reparando 
a barreira lipídica da epiderme. [ ] 0,05 
a 0,5%, pH 3,0. 
 
Coenzima Q10
 
Ubiquinone Captador de radicais livres, 
antioxidante e estabilizador de 
membrana. Previne o envelhecimento 
cutâneo. [ ] 0,5 a 10% 
 
Coffeeskin
 
• Coffea arabica (coffee) 
seed extract 
• Succinil Rutin 
• Siloxanetriol alginate 
caffeine 
• Butylene glycol 
• Decarboxy carnosine 
Dcl 
 
Antioxidante que restaura o equilíbrio 
celular, oferecendo proteção contra o 
envelhecimento. Inibe reações 
inflamatórias na pele, é vasoconstritor, 
reduz o fluxo sanguíneo da pele 
reativa. Descongestiona a região, 
reduzindo edema e a vermelhidão. [ ] 3 
a 8%. 
 
DMAE Dimethyl MEA Atua na liberação de acetilcolina, 
estimulando os músculos da face, 
causando um efeito tensor, 
amenizando linhas de expressão. 
Antioxidante, com ação firmante, 
tensora e de efeito lifting, estabiliza a 
membrana plasmática. [ ] 3 a 10%, pH 
3,5 a 7,0. 
 
Pro Xylane - Estimula a síntese de 
mucopolissacarídeos na derme e na 
epiderme, o que ajuda na elasticidade 
e na tonicidade da pele. Favorece a 
síntese de glicosaminoglicanas, 
colágeno tipo IV e VII, aumentando a 
coesão dermoepidérmica. [ ] 3 a 5%. 
 
Idebenona Hydroxydecyl 
ubiquinone 
Antioxidante potente que inibe a 
peroxidação lipídica, atua nas rugas e 
no clareamento da pele. [ ] 0,1 a 1,0%, 
pH 6,0 e 7,0. 
 
Iris Iso • Butylene glycol 
• IIris florentina root 
extract 
Isoflavonas fitoestrogênicas que 
reforçam a barreira cutânea, 
assegurando a hidratação e 
diminuindo a profundidade das rugas. 
Evita a degradação das proteínas da 
matriz extracelular, inibindo 
colagenase e elastase. Atua na junção 
dermoepidérmica, diminui a perda de 
água transepidermal, reduzindo a 
profundidade das rugas. 
[ ] 3 a 5%, pH 5,0 a 10,0. 
 
Kinetin N6-furfuriladenina Antioxidante, anti-inflamatório, 
clareador, faz a síntese de colágeno. 
Reduz as rugas e as manchas. Melhora 
a aspereza, o brilho e a hidratação da 
pele. Retarda o envelhecimento no 
fibroblasto, inibe o crescimento dos 
queratinócitos, estimula os reparos do 
DNA. [ ] 0,001 a 10%, pH 4,8 a 8,0 
 
Leuphasyl Pentapeptide-18 Pentapeptídeo que inibe a contração 
da musculatura, mimetiza o 
mecanismo de ação das encefalinas, 
inibindo a acetilcolina. [ ] 3 a 5%, pH 
abaixo de 8,0. 
 
Matrixyl • Glycerin, Butylene • 
Glycol 
• Aqua 
• Carbomer, 
Estimula a síntese de colágeno IV e a 
síntese de glicosaminoglicanas, 
suavizando rugas e hidratando a pele. [ 
] 3 a 8%, pH 5,5 a 7,0. 
• Polysorbate 20 
•Palmitoyl-
Pentapeptide 3 
 
Raffermine Hydrolyzed soy flour Agente firmador, ação biomimética 
para glicoproteínas dérmicas, 
preservando o fibroblasto, efeito 
inibitório da elastase. [ ] 2,0 a 5,0% e 
pH 5,0 a 6,5. 
 
Resveratrol 3, 4, 5 -
trihidroxiestilbeno 
Antioxidante de efeito antiproliferati-
vo e fotoprotetor: protege a pele de 
danos causados pela exposição UVB, 
inibe a metaloproteinase e reduz 
eritema. [ ] 2 a 99% 
 
Syn-Coll • Palmitoyl tripetide-3 
• Glycerine 
Repara rugas e marcas de expressão, 
mimetiza a sequência de tripeptídeo 
da trombospondina-I para ativar o 
TGFB, promovendo a formação de 
colágeno. [ ] 1 a 3%. 
 
Snap 8 Solution • Acetyl octapeptide-3 Derivado do Argireline, tem atividade 
miorrelaxante, minimizando as rítides. 
[ ] 3 a 10%, pH 5,0 a 7,0. 
Tensine • Triticum vulgare 
(wheat) protein 
Tensor vegetal instantâneo, perdura 
por até 6 horas. [ ] 3 a 10%, pH acima 
de 6,5. 
Argireline • Water 
• Acetyl hexapeptide-8 
Botulinum toxin-like menos potente. 
Reduz a profundidade das rugas e 
sulcos faciais. [ ] até 10%, pH acima de 
6,5. 
 
Ureia Urea Constituinte do NMF, desnaturalizante 
proteico, promove a hidratação da 
queratina e leve queratólise na pele 
seca. Ação antimicrobiana e anti-
inflamatória. [ ] 3% para hidratação de 
peles sensíveis e [ ] 10% para todos os 
demais tipos de pele. Não deve ser 
usada por mulheres grávidas (mas, se 
usar, [ ] máxima 3%). O pH não deve 
ultrapassar 7,0. 
 
Aquaporine Active • Glutamylamidoethyl 
indole 
• Silanetriol Trehalose 
Ether 
• Glycerin 
Derivado do ácido glutâmico que em 
associação atua nos canais de 
aquaporina, aumentando seus genes. 
Favorece a hidratação da pele em um 
equilíbrio dinâmico da epiderme e da 
derme. [ ] 2 a 5%. 
 
 
 
ATIVOS INDICADOS PARA CLAREAMENTO CUTÂNEO: 
 
Ativo INCI Propriedades e concentração [ ] de 
aplicação 
Ácido azeláico Azelaic acid Inibidor competitivo das enzimas de 
oxi-redução; antioxidante. Indicado em 
hiperpigmentação pós-inflamatória. [ ] 
de 10 a 20%. 
Azeloglicina Potassium Azeloyl 
Diglycine 
Clareador, sebonormalizante e 
antisséptico. [ ] de 5 a 10%. 
Ácido fítico Hexafosfato de inositol Antioxidante, quelante de cátions 
bivalentes (Cu e Fe); inibidor de 
tirosinase. [ ] de 0,5 a 2%. 
Ácido glicólico Glicolic acid Ação queratolítica, inibe a coesão de 
queratinócitos, gerando esfoliação e 
clareamento da pele. [ ] de 2 a 12% 
(esfoliação) e [ ] de 50 a 70% (peeling). 
Ácido glicirrízico Glicyrrizic acid Anti-inflamatório, anti-irritante, anti- 
histamínico. [ ] de 0,1 a 0,2%. 
Ácido kójico Kojic acid Quelante de cobre (substrato da 
tirosinase). Reduz a eumelanina e 
precursores. [ ] de 0,5 a 2%. 
Ácido retinóico 
(Tretinoína) 
Retinoic acid Ação queratolítica potente, acelera o 
turnover celular, gerando esfoliação 
efetiva e clareamento da pele. [ ] de 
0,01 a 0,1% (esfoliação) e [ ] de 1 a 6% 
(peeling). 
Antipollon HT Silicato de alumínio 
sintético + Glycyrrhiza 
inflata 
Adsorção da melanina depositada na 
pele. Pouco irritativo. [ ] de 0,5 a 5%. 
Acqua licorice PT Glycyrrhiza glabra 
extract 
Inibição da tirosinase; efeito 
antioxidante similar ao do superóxido 
dismutase. [ ] de 0,5 a 1,5%. 
Arbutin 4-hydroxyphenyl-b-D- 
glycopyronoside 
Inibidor competitivo da tirosinase e de 
PAR-2. Glicosídeo derivado da 
hidroquinona, sem efeitos citotóxicos. 
[ ] de 1 a 3%. 
Biowhite Saxifraga sarmentosa 
extract and Vitis vinifera 
(grape) fruit extract and 
Butylene glycol and 
Water and Morus nigra 
root extract and 
Scutellaria baicalensis 
root extract and 
Disodium EDTA 
Adsorção da melanina depositada na 
pele. Pouco irritativo. [ ] de 0,1 a 10%. 
 
Hidroquinona Hidroquinona Inibição potente e irreversível de 
tirosinase, induz modificações 
estruturais e a degradação de 
melanossomas. É citotóxico, fototóxico 
e sensibilizante.[ ] de 2 a 10%. 
Melawhite Leukocyte extract Inibição de tirosinase e degradação da 
melanina formada. [ ] de 2 a 5%. 
Melfade J Water and 
Arctostaphylos Uva-Ursi 
Leaf Extract and Glycerin 
and Magnesium Ascorbyl 
Phosphate 
Inibição de tirosinase e degradação da 
melanina formada. [ ] de 2,5 a 8%. 
Mequinol EH Monobenzil éter de 
hidroquinona 
Inibição potente da tirosinase, induz 
modificações estruturais e a 
degradação de melanossomas. É 
menos citotóxico que a hidroquinona. [ 
] de 2 a 15%. 
 
Nanowhite 4-hydroxyphenyl-b-D- 
glycopyronoside + vit. C, 
E, F, glutationa e lecitina 
Ação antioxidante potente e inibição 
da tirosinase. [ ] de 2 a 5%. 
Skin Whitening 
Complex 
Extrato de Uva-Ursi 
biofermentado de 
Aspergillus, Extrato de 
Grape Fruit e Arroz 
Degradação da melanina, esfoliação e 
quelação do cobre e inibição da 
tirosinase. [ ] de 2 a 5%. 
Adenin N-6-furfuriladenina Renovação celular, despigmentante 
por inibição suave de tirosinase. Reduz 
perda de água transepidérmica 
(TEWL). 
[ ] de 0,005 a 0,1%. 
Dermawhite Ácido kójico + ácido 
cítrico + EDTA dissódico + 
polissacarídeos e 
aminoácidos 
Esfoliação moderada da pele. [ ] de 0,5 
a 2%. 
Glycosan 
Hidroquinona 
Ciclodextrin and 
hydroquinone 
Liberação gradual de hidroquinona, 
evitando problemas de sensibilização. 
Efeito despigmentante prolongado. 
[ ] de 1 a 2,5%. 
 
Faz-se necessário que o profissional que visa prescrever cosméticos manipulados, 
estude constantemente, pois a cada semestre, novidades são lançadas, ativos são 
tirados do mercado... É crucial manter-se atualizado. 
Além disso o profissional em parceria com a farmácia de manipulação pode criar 
formulações diferenciadas que visem melhor adesão do paciente ao tratamento, como: 
Gomas (colágeno), Tabletes efervescentes, Shake ou suco detox, Sopa, Sorvete, 
Chocolates, Capuccinos, Strip Orais (até 50mg), etc... 
 
É POSSÍVEL MANIPULAR ÁCIDOS? 
 
Sim, é possível. Porém é fundamental saber a performance do ácido, seu pH, pKa, peso 
molecular, base cosmética de afinidade (lipo ou hidrofílica). Além disso o profissional 
precisa ter bem definido quais são seus objetivos terapêuticos com o ácido, a ação 
esperada é como queratolítico ou queratoplástico? Hidratante ou despigmentante? 
Além disso a forma de aplicação desse ácido é de responsabilidade do profissional. 
Abaixo você confere um quadro com essas informações: 
 
 
E para que possamos concluir a linha de raciocínio é de extrema importância reforçar 
que qualquer produto manipulado deve ser de uso exclusivo do paciente, até mesmo 
aquele que o profissional for usar nos tratamentos personalizados. 
Ou seja, o profissional não pode solicitar uma manipulação, de um ácido por exemplo, 
em seu nome e usar em diversos pacientes. Ficando ele responsável por solicitar 
manipulações em volumes menores ou monodoses para uso exclusivo e durante a 
terapêutica escolhida de forma personalizada. 
O mesmo se aplica para os nutricosméticos ou polivitamínicos, que apesar da prescrição 
focada na estética, também devem ser personalizados desde a sua forma de 
apresentação (Cápsulas, cápsulas vegetais, pó, sachets, etc...) até a composição dos seus 
ativos. 
 
MEDICAMENTO OU REMÉDIO, VOCÊ SABE A DIFERENÇA? 
 
Provavelmente você já deve ter usado ambas as palavras como se fossem sinônimos, 
porém elas possuem significados e abordagens terapêuticas diferentes. 
A ideia de remédio está associada a todo e qualquer tipo de cuidado utilizado para curar 
ou aliviar doenças, sintomas, desconforto e mal-estar. 
Alguns exemplos de remédio são: banho quente ou massagem para diminuir as tensões; 
um chá e repouso em caso de resfriado; hábitos alimentares saudáveis e prática de 
atividades físicas para evitar o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis; 
medicamentos para curar doenças, entre outros. 
Já os medicamentos são substâncias ou preparações elaboradas em farmácias 
(medicamentos manipulados) ou indústrias (medicamentos industriais), que devem 
seguir determinações legais de segurança, eficácia e qualidade. 
Assim, um preparado caseiro com plantas medicinais pode ser um remédio, mas ainda 
não é um medicamento; para isso, deve atender uma série de exigências do Ministério 
da Saúde, visando garantir a segurança dos consumidores. 
 
“Todo medicamento é um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento.” 
 
Referência: 
BRASIL. O que devemos saber sobre medicamentos? Cartilha da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa). São Paulo: 2010, 104p. 
 
Agora podemos entrar no universo das formulações magistrais, para que você agregar 
cada forma farmacêutica, no seu tratamento com consciência e objetivos terapêuticos 
bem definidos. 
 
Pra começar... 
 
Você sabe a diferença entre Nutricosméticos, Nutracêuticos, Cosmecêuticos, 
Dermocosméticos, Cosméticos e etc? 
NUTRICOSMÉTICOS, NUTRACÊUTICOS, COSMECÊUTICOS, 
DERMOCOSMÉTICOS, COSMÉTICOS E AFINS 
 
Para entendermos a diferença entre eles é preciso saber que essas definições não são 
claras do ponto de vista da Vigilância Sanitária (ANVISA) que os classifica em 2 graus 
apenas. 
A primeira diferença é entender o conceito in & out em estética, que preconiza que os 
tratamentos podem ser feitos via oral (in) e via tópica (out). 
 
IN OUT 
Alimentação 
Nutricosméticos 
Polivitamínicos 
Nutracêuticos 
Cosméticos 
Dermocosméticos 
Cosmecêuticos 
Via Oral Uso tópico 
 
Dentro do conceito IN, os nutricosméticos, como são mais habitualmente conhecidos 
são suplementos alimentares que são administrados com objetivo estético. Este termo 
remete ao conceito alimento (nutrientes + fármaco (cápsula/dosagem) + cosmético 
(efeitos esperados na pele) visando potencializar os tratamentos de estética cuidando 
do cliente de dentro pra fora, nutrindo o corpo e a pele. 
Sua aplicação se deve a necessidade de repor os nutrientes essenciais para a saúde, uma 
vez que o comportamento alimentar é insatisfatório em função do crescimento 
expansivo dos fast-foods e alimentos rápidos, ricos em carboidratos e açúcares. 
Em suma os nutricosméticos são antioxidantes, minerais, aminoácidos, nutrientes, 
fitoterápicos e vitaminas. Cada um deles com uma função específica de desacelerar o 
envelhecimento, favorecer o emagrecimento, hidratar a pele, fortalecer unhas, cabelos, 
tratar a acne, etc. 
Muitas vezes os nutricosméticos possuem doses elevadas comparadas com as 
necessidades diárias. Faz-se necessário o conhecimento específico visando evitar 
superdoses, hipervitaminoses ou ativos que inibem ou são contrários aos efeitos do 
tratamento que está sendo realizado. 
Veja algumas hipervitaminoses: 
HIPERVITAMINOSE 
VITAMINA E Aumento no sangramento, diminuição na 
produção dos hormônios tireoidianos e 
aumento nos níveis de triglicerídeos. 
VITAMINA D Desidratação, náuseas, queda de apetite, 
constipação, fadiga e fraquezas musculares, 
leva também a hiper-concentração de cálcio 
no sangue o que pode levar a hiper-calcificação 
de ossos e mesmo de tecidos moles como 
coração e rins. 
VITAMINA A Visão turva, confusão mental, sonolência, 
aumento da pressão intracraniana, dor de 
cabeça, palidez, maior sensibilidade à luz solar, 
entre outros. 
 
Ou seja, para o sucesso de sua aplicação faz necessário o conhecimento dos nutrientes 
e a sua combinação, alinhadas ao planejamento terapêutico, para definir doses e tempo 
de aplicação. 
Como a sua classificação é suplemento alimentar e não como medicamento, a 
sua indicação está autorizada para todos os profissionais, assim como para o consumo 
próprio do cliente, visto que o acesso a estes produtos é fácil em farmácias. 
Vamos ao conceito OUT, que se refere ao uso tópico de cosméticos. Tem-se observado 
que o termo cosmético se aplica a um produto simples que pode ser adquirido em 
perfumarias, farmácias e supermercados (o que seriam os cosméticos grau 1), na 
maioria das vezes ricos emóleo mineral, essências e corantes sintéticos, eles alteram 
apenas aparência da pele, limpam, perfumam, hidratam e protegem, agem 
superficialmente, mas não tratam o problema, como já explanamos nas bases galênicas 
que contêm xenobióticos e petrolatos. 
Já os dermocosméticos, também conhecidos por cosmecêuticos, agem mais 
profundamente na pele que um cosmético comum, mas com um efeito menor que o de 
um medicamento. Ou seja, unimos a alta tecnologia cosmética com ativos concentrados 
e produzem efeitos específicos, sendo classificados como cosméticos grau 2 pela 
ANVISA, o que faz com quem eles não necessitem de receita médica. 
Nestes produtos temos os ativos cosméticos nanoencapsulados, ativos que oxidam 
rapidamente são estabilizados, visando melhor desempenho de permeação cutânea e 
de atuação em tecidos específicos. Considerados cosméticos de tratamento e não de 
embelezamento apenas, atuando na causa do problema por meio de muitos estudos 
científicos da sua eficácia. 
Existem duas diferenças básicas entre cosméticos e dermocosméticos quanto aos seus 
princípios ativos, os princípios ativos dos dermocosméticos são fruto de estudos 
científicos, criados em laboratório e suas fórmulas são na maioria das vezes patenteadas 
pelo fabricante. 
 
PARTICULARIDADES DOS TRATAMENTOS ESTÉTICO DE USO VIA ORAL 
 
Hoje graças a tecnologia temos a possibilidade de ampliar os tratamentos dos nossos 
pacientes recorrendo a formas farmacêuticas diferenciadas que vão além das cápsulas 
e sachets, podemos também pensar em: 
 
• Gomas (precursores de colágeno) 
• Tabletes efervescentes 
• Shake ou suco detox 
• Sopa 
• Sorvete 
• Chocolates 
• Strip (até 50mg de ativos) 
 
Essas formas farmacêuticas nos limitam com relação a quantidade de ativos, porém elas 
podem favorecer a adesão do paciente ao tratamento por serem diferenciadas, visto 
que nem todos os pacientes se adequam ao uso de cápsulas, apresentando algum grau 
de dificuldade na sua deglutição. 
Isso sem falar nos pacientes veganos que possuem restrição específicas com relação ao 
uso de produtos de origem animal, muitas vezes mascarados de vegetal, como é o caso 
das capsulas de clorofila. 
Para esses casos específicos podemos recorrer às capsulas vegetais, ou de tapioca, 
conhecidas como Tapiocaps®. É importante avisar o paciente a ter em mãos o copo com 
água no ato de colocar a capsula na boca, pois elas se dissolvem mais rapidamente. 
Abaixo estou deixando algumas sugestões de Nutricosméticos que também podem ser 
usados como polivitamínicos ou suplemento alimentar, como vimos previamente: 
 
NUTRICOSMÉTICO AÇÕES ALIMENTOS 
Flavonoides ou 
Bioflavonoides 
Antioxidante, anti-
inflamatória, antialérgica, 
antiviral e anticancerígena. 
Uvas, Cerejas, Ameixas 
Isoflavonas – 40mg dia Antioxidante, melhora 
linhas finas em mulheres 
de meia idade. 
Soja 
Resveratrol Antioxidante, anti-
obesidade, aumenta a 
sensação de saciedade, 
taxa metabólica, 
antienvelhecimento, anti-
inflamatório. 
Casca de uva e vinho tinto 
Vitamina A (Retinol e 
Carotenóides) 
Antioxidante, estimula a 
produção de colágeno e 
elastina, 
Proteína animal, ovos e 
derivados do leite. 
Alimentos de cores 
vermelhas (cenoura, 
beterraba, tomate) 
Vitamina C (Ácido 
ascórbico) - 100 à 300 mg 
dia 
Antioxidante, hidroxilação 
da prolina e lisina, que são 
aminoácidos necessários 
para estrutura e função do 
colágeno, acelera a 
cicatrização. 
Cítricos, morango, kiwi, 
folhosos verde escuro. 
Vitamina E (Tocoferóis) - 
100 à 400 ui 
Antioxidante, anti-
envelhecimento, 
cicatrizante, estimula o 
sistema imune, diminui os 
efeitos nocivos do LDL, 
alivia as dores nas mamas 
no período menstrual 
Alimentos ricos em 
gordura, óleos vegetais 
(Óleo de Prímula) 
Ácido elágico – 200mg Inibe a enzima tirosinase, 
efeito despigmentante, 
inibição tanto da 
proliferação de 
melanócitos como da 
síntese de melanina. 
Romã 
Pycogenol - 75 à 150mg dia Despigmentante, reduz 
outros sintomas como 
fadiga, constipação, dor no 
corpo e ansiedade. 
Extrato da casca do pinho 
francês marítimo (Pinus 
pinaster) 
 
Assim como os Dermocosméticos a área de suplementos alimentares cresce em 
exponencial, a todo momento surgem novos ativos, cabendo a você profissional manter-
se atualizado com relação ao que associar ao tratamento dos seus pacientes. 
Consulte o material científico e ao catálogo dos fornecedores com os testes clínicos. 
 
QUEBRA DE DOSE E CAPACIDADE DAS CÁPSULAS 
 
Como muitas vezes a dosagem do tratamento estético exige maiores concentrações de 
ativos, isso pode fazer com que as cápsulas excedam sua capacidade total e faça com 
que o que era pra ser 1 cápsula se transforme em 2 ou mais. É arriscado oferecer um 
tratamento com quebra de dose, pois o paciente pode tomar menos do que o 
recomendado para ter tratamento por mais tempo, correndo-se o risco de não ter os 
resultados almejados e traçados pelo seu tratamento. 
Veja abaixo o volume e a quantidade de ativos que cada tamanho de cápsula suporta 
para estabelecer limites para os seus tratamentos e evitar quebra de dose. Coloque 
todas as observações com relação a possível quebra de dose ou tipo de cápsula no ítem 
f.s.a. da sua prescrição/indicação. 
 
 
CAPACIDADE DAS CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS 
Tamanho da 
cápsula 
Volume (mL) Peso (mg) Qtde de princípio 
ativo usualmente 
empregada 
000 1,37 mL Acima de 1000mg 
(750mg) * 
Acima de 750mg 
00 0,95 mL (500) * a 1000mg Entre 351 a 500mg 
0 0,68mL (400) * a 500mg 251 a 350mg 
1 0,50mL (350) * a 400mg 151 a 250mg 
2 0,37mL (250) * a 300mg 50 a 150mg 
3 0,30mL (200) * a 300mg Até 50mg 
4 0,21mL (126) * a 252mg Até 5mg 
 
A NOVA ERA DOS COSMÉTICOS ECOLÓGICOS E BIOCOMPÁTIVEIS 
 
A proposta desses produtos vem alinhada com as mudanças socioeconômicas e culturais 
do nosso país e do mundo. Além de serem mais seguros e sustentáveis, preocupam-se 
com a saúde, o bem-estar das pessoas e do meio ambiente. 
Segundo o projeto de Lei 2906/08, o termo Biocosmético aplica-se a cosméticos com 
alta concentração de ativos naturais (fitoterápicos e óleos essenciais), além de não 
possuírem derivados do petróleo, bem como não fazer testes em animais, esses 
produtos não possuem corantes sintéticos e parabenos, pois se preocupam até com o 
momento em que você vai tirar esse produto do corpo e tomar banho, pois há risco de 
contaminação dos lençóis freáticos. Em 2019 essa lei foi atualizada e apenas cosméticos 
ou ativos cosméticos oriundos da Amazônia podem ser considerados como 
Biocosmético. 
A marca de um cosmético é importante? 
Não tenha dúvidas, mais importante do que isso é saber ler o rótulo, entender a 
informação que a empresa disponibiliza no item chamado Composição, sabe as letras 
miúdas que ninguém lê? Então, lá está a verdade do seu cosmético. 
Os cosméticos habituais não utilizam tal concentração de ativos, algumas até mascaram 
que fazem teste em animais, oferecem em seus rótulos extratos naturais, mas a dose de 
óleo mineral é tão alta que mesmos se tivessem óleo essencial (p.ex.) na formulação, 
sua pele não absorveria, pois ele faz tamponamento dos poros. 
Então se depois da composição vem às palavras: Mineral oil ou óleo mineral, paraben 
ou parabeno, paraffinum liquidum ou parafina líquida, BHT e EDTA ftalato e petrolatos; 
você está passando na pele um cosmético que é ineficaz, além de poluir o meio 
ambiente e trazer uma série de prejuízos a pele. A médio e longo prazo, o acúmulo 
desses produtos fazem o rosto perder o viço, os cabelos ficarem pesados, sem balanço 
e dificulta a absorção de outras substâncias. E esses vilões estão presentes desde 
cosméticos faciais, corporais e capilares até em maquiagens como bases, sombras, 
batons. 
O que eu também quero que você preste muita atenção é que, não é suficiente a 
empresa dizer que é ecologicamente correta, faz-se necessário uma certificação. No 
Brasil temosdois órgãos que fiscalizam os produtos e sua produção o IBD (Instituto 
Biodinâmico) e o Ecocert. Para um cosmético orgânico, é necessário que 95% dos seus 
ingredientes sejam orgânicos, gerando o mínimo impacto ambiental possível, desde a 
sua produção (agricultura), comercialização (embalagens e sacolas) e descarte de 
resíduos. 
Vale um alerta, os cosméticos orgânicos não podem ser confundidos com os cosméticos 
naturais. A principal diferença está na sua composição durante a produção. Os naturais 
são produzidos da maneira convencional, mas apresentam na sua composição 
ingredientes extraídos da natureza. Para isso é preciso que o cosmético tenha, pelo 
menos um ingrediente derivado de uma substância natural (5%). O restante (95%) é 
composto de ingredientes convencionais como água, glicerina, lanolina, manteiga de 
cacau, óleo de semente de uva, e etc. 
Independentemente de ser orgânico ou natural, o importante são suas escolhas, leia os 
rótulos, verifique se os seus cosméticos possuem selos de credibilidade. Se essas 
empresas não se preocupam com a sua saúde, pouco devem se preocupar com a do 
meio ambiente. 
Você sabe a diferença do óleo mineral e do óleo vegetal? Abaixo seguem algumas 
diferenças, que vão fazer você olhar o rótulo antes de comprar o seu cosmético. 
 
ÓLEO MINERAL 
O óleo mineral é um derivado do petróleo incolor e inodoro, com o poder de formar 
uma barreira protetora para a pele, por isso ele é utilizado em sessões de clareamento 
dos pelos com produtos químicos, como é o caso do “Banho de Lua” que utiliza pó 
descolorante e água oxigenada. Essa combinação é extremamente irritativa para a pele 
e o óleo mineral ajuda a fazer essa barreira evitando que essa combinação entre em 
contato direto, amenizando a coceira e as reações alérgicas. 
Porém ele tem mais malefícios do que benefícios, o óleo mineral pode causar danos a 
pele, como o tamponamento dos poros que desencadeia ações comedogênicas e 
acneica (traduzindo, cravos e espinhas). Também obstrui as glândulas de excreção da 
pele, favorecendo disfunções da camada ácida do tecido. Estas substâncias repelem a 
água e impedem a absorção de outros ativos de base hídrica. 
Além de só melhorar a aparência da pele superficialmente, o óleo mineral é tóxico, pois 
não é biodegradável. Segundo o website da empresa LUBECO, 1 litro de óleo mineral 
contamina 100.000 litros de água. Isto significa que por não ser bem absorvido pela pele, 
o óleo mineral é eliminado no banho e na lavagem das roupas, contaminando lençóis 
freáticos e contribuindo para um ambiente mais poluído. 
 
ÓLEO VEGETAL 
Por sua semelhança estrutural ao manto hidro lipídico da pele, os óleos vegetais reagem 
melhor com o tecido e permitem que tanto a água, como outros princípios ativos 
existentes nos cosméticos aplicados sejam bem absorvidos. 
Extraídos principalmente das sementes de plantas, os óleos vegetais aumentam a 
proteção da pele contra a perda excessiva de líquidos, permitem a respiração cutânea e 
assimilam a luz solar. 
Também auxiliam o restabelecimento de peles rachadas e ressecadas, normalizando e 
reforçando a estrutura do tecido, por meio da hidratação verdadeira. Ao contrário dos 
óleos minerais, os de origem vegetal causam menos reações citotóxicas e alérgicas. 
Finalmente, possuem outra característica também muito importante: são 
biodegradáveis, não poluem e nem agridem o meio ambiente. Todos os óleos vegetais 
são biodegradáveis e podem levar até 28 dias para se decompor, sem agredir a natureza. 
Quando aplicado na pele, grande parte do óleo é absorvida pelo tecido e processada 
pelas enzimas. O óleo na formulação de cremes serve de base para a diluição de outras 
substâncias, são conhecidos como carreadores por levar os produtos ativos, como os 
óleos essenciais. 
 
Veja algumas propriedades dos óleos vegetais: 
 
Óleo Vegetal de Amêndoa Doce - Prunus armygdalus 
Indicado para peles secas, sensíveis e que expostas ao sol e vento. Ajuda a diminuir 
irritações e inflamações, pode ser usado como demaquilante para retirar a maquiagem 
e limpar a pele. Muito utilizado por gestantes e pessoas com peles sensíveis por seu 
poder de hidratação profunda, protegendo a pele e prevenindo estrias. 
 
Óleo Vegetal de Gergelim - Sesamum indicum 
Contém 32% de proteína Natural, vitaminas, minerais e lecitina. Excelente para todos os 
tipos de pele, especialmente com problemas de eczema, psoríases e envelhecimento 
prematuro da pele. Nos cabelos devolve a vida e o brilho perdido aos fios secos e 
quebradiços.Terapeuticamente é lubrificante, emoliente, anti-inflamatório e 
restaurador da camada lipídica. É um dos óleos vegetais mais usado na Índia dentro da 
Medicina Ayurvédica. 
 
Óleo Vegetal de Semente de Uva - Vitis vinífera 
É um óleo leve que é absorvido rapidamente tornando-o excelente para a pele facial e 
corporal, sendo indicado para todos os tipos de pele, adstringente leve ajuda a tonificar 
a pele, emoliente, hidratante, regenerador celular, revitalizante. 
Previne estrias devido a sua elevada concentração de alfa-tocoferol. É um excelente óleo 
de massagem, caracterizado como o óleo vegetal mais utilizado pela sua baixa incidência 
de reações alérgicas. 
 
Muitas empresas divulgam que utilizam o óleo vegetal na composição de seus 
cosméticos, mas omitem a utilização do óleo mineral no mesmo. Se você encontrar na 
rotulagem do seu produto as palavras como Paraffinum Liquidum ou Mineral Oil, saiba 
que este produto contém óleo mineral na composição. O motivo pelo qual essas 
empresas recorrem ao óleo mineral é pelo alto poder de conservação. 
Desconfie de óleos bifásicos, trifásicos, envasados em embalagens transparentes, 
coloridos, com aromas de frutas e/ou chocolate. 
Um consumidor consciente verifica se o cosmético é livre de óleo mineral, parafina e 
parabenos. Não esquecendo a importância de utilizar produtos ecologicamente 
corretos, e escolher fabricantes que desenvolvam cosméticos científicos preocupados 
com o meio-ambiente. Se hoje não nos preocupamos com estes valores, esgotaremos 
ainda mais os recursos naturais para suas próximas gerações. 
Assim como os óleos essenciais os óleos vegetais são envasados em vidros de cor âmbar, 
possuem no rótulo o nome científico e o nome popular de qual planta ele foi extraído, 
algumas empresas especificam até o método de extração. Desconfie de empresas que 
vendem óleo vegetal em recipientes de plástico branco e mesmo os de cor âmbar, que 
não oferecem essas informações importantes no rótulo, como o prazo de validade, e a 
afirmação de que são 100% puros. 
 
 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS FITOBOTÂNICOS 
 
Para falarmos dos ativos cosméticos que potencializam os cosméticos ecologicamente 
corretos, precisamos falar de ativos fitobotânicos. Nestes casos estamos falando de duas 
grandes ciências que possuem a botânica em sua origem e aprofundam os 
conhecimentos por meio dos seus efeitos terapêuticos seja por meio da sua composição 
química (farmacognosia) ou pela sua composição aromática e interação com o nosso 
sistema olfativo (osmologia). 
Vamos especificar 2 ciências neste caso: a Fitoterapia e a Aromaterapia. 
 
FITOTERAPIA 
 
Faz parte da nossa cultura, enraizada nos saberes populares, a conduta de tomar um 
“chazinho” de vez em quando. É um chá de boldo para quando exageramos em comidas 
pesadas, para aliviar os sintomas da ressaca, é um chá de camomila para acalmar e 
auxiliar na digestão, e tantas outras opções... 
Escuto muito no consultório os pacientes falarem: “Ah é natural, não vai fazer mal...” 
Engana-se quem pensa assim.... Das terapias naturais, a fitoterapia é uma das terapias 
integrativas, que mais produz estudos científicos sobre os efeitos terapêuticos, adversos 
e os resultados das interações medicamentosas (fitoterápico X fármaco). 
No Brasil o CONBRAFITO (Conselho Brasileiro de Fitoterapia), vem desenvolvendo um 
trabalho bacana desde 2009 com o intuitode instruir, gerar e atualizar os 
conhecimentos sobre as plantas medicinais, promovendo anualmente o Congresso e 
cursos de formação em fitoterapia. 
Embora sua fonte sejam as plantas medicinais, os fitoterápicos são medicamentos, 
utilizados para reestabelecer a homeostase do corpo nos níveis fisiológico e psicológico. 
Sua eficácia e margem de segurança de indicação terapêutica e utilização, são validadas 
pela etnofarmacologia, documentações científicas publicadas e devidamente 
fiscalizadas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 
É vital pontuarmos o conceito: a planta medicinal é a forma como ela é 
encontrada na natureza, para beneficiar-se dos seus efeitos terapêuticos, é preciso 
conhecê-la, saber onde, como e quando colhê-la, e o fundamental, prepará-la. Quando 
a planta medicinal passa pelo processo de industrialização (visando evitar 
contaminações por microorganismos, agrotóxicos, padronizar quantidade e a forma 
correta de utilização, proporcionando maior segurança) estamos falando dos 
fitoterápicos, que devem ser registrados antes de serem comercializados. 
 
Algumas dicas importantes sugeridas pela própria ANVISA 
- Buscar informações com os profissionais de saúde; 
- Informar ao profissional da saúde qualquer reação desagradável que aconteça 
enquanto estiver usando plantas medicinais ou fitoterápicos; 
- Observar cuidados especiais com gestantes, lactantes, crianças e idosos; 
- Informar ao profissional da saúde que está acompanhando seu caso, se está utilizando 
plantas medicinais ou fitoterápicos, principalmente antes de cirurgias; 
- Adquirir fitoterápicos apenas em farmácias e drogarias autorizadas pela Vigilância 
Sanitária; 
- Seguir as orientações da bula e rotulagem; 
- Observar a data de validade – Nunca tomar medicamentos vencidos; 
- Seguir corretamente os cuidados de armazenamento; 
- Ter cuidado ao associar medicamentos, o que pode promover a diminuição dos efeitos 
ou provocar reações indesejadas. 
- Desconfiar de produtos que prometem curas milagrosas. 
 
EVITE: 
Comprar plantas medicinais secas em feiras livres ou em lojas, cuja armazenagem é 
desconhecida, elas podem ser foco de fungos e bactérias, além de muitas folhas serem 
confundidas quando estão secas. 
Desconfie de tinturas, ou extratos que estejam armazenados em recipientes plásticos, 
sem o devido registro nos órgãos regulamentadores, bem como o farmacêutico 
responsável por aquele lote. 
 
Observe a relação NR5 de 2008 da ANVISA, que versa sobre os fitoterápicos que são 
considerados de prescrição médica e os que são classificados como MIPS, assim como 
os de uso exclusivamente externo. 
Faz-se importante ressaltar que as farmácias de manipulação não possuem uma conduta 
padrão com relação ao acesso aos fitoterápicos de uso médico, ou seja, pode ser que 
você se depare com farmácias que se recusam a manipular o fitoterápico visto que você 
não está habilitado para tal, assim como terá acesso facilitado aos mesmos em outras 
farmácias. 
 
NR5-2008 
 
 
FITOTERÁPICOS E INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA 
 
É importante ressaltar que os usuários de fitoterápicos são em sua maioria adultos e 
idosos, é comum que utilizem medicamentos alopáticos associados, e como vimos os 
fitoterápicos também são medicamentos, por isso precisam do acompanhamento de 
um profissional que possa orientar o paciente, principalmente na hora de indicar uma 
tintura, cápsula, pomada, ou até mesmo o chá com as plantas escolhidas. 
Associá-los pode até não gerar efeito nenhum em alguns casos, mas pode ser que um 
anule o efeito do outro ou até mesmo potencialize-os. Observe alguns exemplos abaixo: 
 
Fitoterápicos com efeito laxante (p.ex. Sene, Cáscara Sagrada, Ruibarbo, etc...) 
Como o sene é um laxante forte, por diminuir o tempo do trânsito intestinal, pode 
interferir diretamente na absorção dos medicamentos que são absorvidos via oral 
(cálcio, ferro lítio, digoxina e anticoagulantes orais). 
 
Fitoterápicos com efeito diurético (p.ex. Carqueja, Alcachofra, Cavalinha, etc...) 
A Alcachofra potencializa os efeitos diuréticos, diminuindo o volume sanguíneo, 
provocando quedas de pressão arterial por hipovolemia, baixos níveis de potássio na 
corrente sanguínea. 
A Cavalinha é outra planta que precisa ser administrada com cautela em pacientes com 
cálculo renal, ou redução da atividade dos rins, ela é rica em silício, o que pode piorar 
ou agravar o quadro clínico. 
As interações mais graves envolvem os diuréticos como: furosemida e tiazídicos 
(Clortalidona, Hidroclorotiazida, Indapamida). 
 
Fitoterápicos com efeito hipoglicemiante (p.ex. Gymena, Ginseng, Gengibre, etc...) 
Podem ter um efeito sinérgico com outros agentes hipoglicemiantes. Em um paciente 
pouco desinformado, um agente hipoglicemiante de origem vegetal pode provocar 
níveis perigosamente reduzidos de glicose no sangue. 
 
O Ginseng (p.ex.) quando administrado com anticoncepcional, pode provocar efeitos 
adversos, pois aumenta a atividade estrogênica, tais como dor nas mamas e 
sangramento menstrual excessivo. 
 
Fitoterápicos com efeito anticoagulante (p.ex. Ginkgo Biloba, Angélica, Alho, etc...) 
Podem aumentar o risco de sangramento em pacientes que utilizam medicamentos 
como varfarina, AAS ou outros inibidores da agregação plaquetária. Fitoterápicos que 
possuem cumarinas também podem contribuir para a ocorrência de transtornos 
hemorrágicos. 
Segundo a farmacologista Elizabeth Prado, pacientes que associaram varfarina ou 
aspirina com Ginkgo Biloba tiveram hemorragia, mesmo usando doses recomendadas. 
O Ginko Biloba também pode reduzir a concentração plasmática do Omeprazol, 
medicamento utilizado para o tratamento de úlcera e refluxo. 
 
Fitoterápicos com efeitos sedativos, calmantes e depressores de sistema nervoso 
central (Kawa Kawa, Valeriana, Passiflora, etc...) 
Podem potencializar os efeitos sedativos de outras drogas utilizadas em associação. A 
Passiflora pode interagir com hipnóticos, ansiolíticos, inibidores da MAO, anti-
histamínicos e o álcool, intensificando a sua ação. Já a Valeriana possui ação depressora 
do SNC, potencializa o efeito depressor de outros medicamentos alopáticos com a 
mesma ação (benzodiazepínicos, barbitúricos, alguns antidepressivos e o álcool). 
Alguns estudos observam a administração do óleo essencial de eucalipto com sintomas 
de dificuldade de concentração e raciocínio, além de alterações no sistema nervoso, que 
podem ser intensificados quando esse tipo de medicamento for associado. Além disso 
o óleo também diminui os níveis de açúcar no sangue, e deve ser usado com precaução 
em pacientes diabéticos. 
 
Os fitoterápicos podem ser associados aos protocolos estéticos como princípios ativos, 
que podem ser apresentados de maneira concentrada (extrato vegetal), em pó ou 
isoladamente como pode ser observado abaixo: 
 
FITOFÁRMACO: Substância isolada de vegetal da qual se conhece a característica 
química e que desencadeia determinado efeito sobre o sistema biológico. Quando 
presente em ma formulação, caracteriza um produto alopático comum, não se tratando 
de fitoterápico. Exemplo: papaína 3% em creme base q.s.p. 30g. 
 
MARCADOR FARMACOLÓGICO: Substância contida no vegetal, ou parte deste, 
responsável pela atividade farmacológica. Às vezes, pode-se encontrar um grupo de 
marcadores e não apenas uma única substância. 
 
MARCADOR FITOQUÍMICO: Substância contida no vegetal, ou parte deste, que o 
caracteriza fitoquimicamente. Nem sempre o marcador fitoquímico é também o 
marcador farmacológico. Exemplo: Cáscara sagrada = Marcador Fitoquímico e 
Farmacológico pertencem a mesma classe = antraquinonas. Peumus boldus = o 
Marcador Fitoquímico é a boldina (alcalóide) e os Marcadores farmacológicos para as 
atividades colerética e colagoga = Terpenos. 
 
FITOTERÁPICOS COMO ATIVOS COSMÉTICOS - FITOCOSMÉTICA 
 
Dependendo da planta o seu % na formulação pode variar de 2,5 a 5%e pra melhor 
permeação os ativos fitoterápicos (também conhecido como extrato vegetal) são 
melhores assimilados pela pele quando diluídos em base oleosa (creme, pomada ou óleo 
vegetal), porém podem ser aplicados em outras bases (shampoo, gel, sérum e fluídos – 
dependendo do objetivo). Na maioria das farmácias de manipulação os fitoterápicos são 
adicionados à formulação por meio de extratos alcoólicos ou tinturas como são 
conhecidos. 
A base de sua formulação deve ser biocompatível e livre de ativos sintéticos ou corantes 
artificiais. Além de terem conservantes específicos para esse tipo de produto. 
A indicação dos fitoterápicos como chá ou como ativo cosmético em formulações 
manipuladas exige que o profissional faça uma especialização na área, ou uma formação 
em órgãos validados como o CONBRAFITO. 
 
Veja alguns extratos vegetais que são usados na fitocosmética: 
Arnica (Arnica montana) – Anti-inflamatória, antisséptica, descongestionante e 
estimulante celular. 
Cavalina (Equisetum arvensi) – Ação cicatrizante e tensora da circulação periférica e 
superficial. 
Calêndula (Calendula officinalis) – anti-inflamatória, antisséptica, adstringente, 
emoliente e ativadora da circulação. 
Camomila (Matricaria camomila) – anti-inflamatória, antialérgica, descongestionante e 
refrescante. 
Copaíba (Copaiba sp) – bactericida, fungicida, cicatrizante, antisséptica, anti-
inflamatória e emoliente. 
 
Ao indicar fitoterápicos na forma de infusão ou decocção é fundamental que você 
oriente corretamente como o paciente deve preparar esses produtos. 
 
Referência de erva para 1 xícara de chá de 350ml: 
1 colher de sopa do fitoterápico escolhido 
1 xicara 
1 pires para abafar 
E a água na temperatura ideal como pode ser observado nas duas descrições abaixo: 
 
INFUSÃO: Para ervas aromáticas e outras plantas ou partes de estrutura frágil, como 
flores e folhas. 
A água quente (desligar quando começar a fazer pequenas bolhas no fundo) é despejada 
sobre 1 colher de sobremesa da erva e em seguida abafada, por dez minutos. Não é 
aconselhável ferver a água juntamente com tais ervas, para que não oxidem ou percam 
suas propriedades. 
 
DECOCÇÃO: Para raízes, cascas e sementes. 
Na cocção, a planta é fervida por pelo menos 5 minutos e abafada por 10 minutos (1 
colher de chá para cada xícara de água). 
 
DICAS IMPORTANTES: 
Nunca tome um chá mais de 24 horas depois de seu preparo, pois será iniciado o 
processo de fermentação. 
Recomendamos variar o chá, evitando-se consumir o mesmo chá por mais de trinta dias, 
pois o nosso organismo tende a responder cada vez menos. 
 
SOMENTE NUTRICIONISTA PODE INDICAR FITOTERÁPICOS? 
No que se refere ao Conselho de Nutrição a Resolução CFN nº 402/2007 que 
“Regulamenta a Prescrição Fitoterápica pelos Nutricionistas de Plantas in natura, 
Frescas ou como Droga Vegetal, nas suas Diferentes Formas Farmacêuticas e dá outras 
providências.” Estabelece no artigo 3 que a prescrição fitoterápica é parte do 
procedimento realizado pelo nutricionista na prescrição dietética e, em seu parágrafo 
único, estabelece que “As formas farmacêuticas permitidas para o uso pelo profissional 
nutricionista são exclusivamente de uso oral, tais como: I – Infuso, II – Decoto, III- 
Tintura, IV- Alcoolatura, V- extrato”. 
Como foi citado no início deste tópico, não consta na ANVISA orientações que impeçam 
o profissional de estética a indicar fitoterápicos, desde que estes sejam de venda livre 
ou MIP (medicamentos isentos de prescrição). Em 2016 a ANVISA publicou o Memento 
Fitoterápico que auxilia os profissionais a compreenderam informações como dose, 
frequência, formas de administração, toxicidade, além de especificar quais são os 
fitoterápicos exclusivos de indicação médica ou de venda livre. 
Abaixo segue uma lista mais detalhada de alguns fitoterápicos e suas indicações nas 
formulações. Para visualizar as informações de maneira ampla consulte os slides. 
 
INCI NOME 
POPULAR 
PARTE 
UTILIZADA 
INDICAÇÕES 
TÓPICAS 
MARCADOR CONCENTRAÇÃO 
FORMULAÇÃO 
OBSERVAÇÂO 
Aloe Vera Babosa Gel no 
interior da 
folha 
Cicatrizante, 
anti-
inflamatório, 
regenerador, 
calmante. 
Polissacarídeos totais 1 a 5% Pode ser 
usado como 
base para 
formulações 
mais fluídas. 
Arnica 
Montana 
Arnica Flores Equimoses, 
hematomas e 
contusões 
Lactonas 
sesquiterpênicas totais 
expressas em 
helenalina 
1 a 10% Pomada ou 
Gel-creme. 
Não usar em 
feridas 
abertas. 
Calendula 
officinales 
Calêndula Flores Cicatrizante, 
anti-
inflamatório 
para 
ferimentos e 
mucosas 
Flavonóides totais 
expressos em 
hiperosídeos; 
1 a 10% In-out 
Centella 
asiática 
Centella 
asiatica 
Folhas Insuficiência 
venosa dos 
membros 
inferiores 
Derivados 
triterpênicos totais 
expressos em 
asiaticosídeo 
1 a 10% In-out 
Hamamelis 
virginiana 
Hamamélis Folhas Hemorróidas 
externas, 
equimoses 
Taninos 1 a 5% In-out 
Matricaria 
recutita 
Camomila Flores Anti-
inflamatório 
Apigenina -7- 
glicosídeo 
05 a 5% In-out 
Serenoa repens Saw 
palmetto 
Frutos Impede a 
produção do 
hormônio 
DHT 
Ácidos Graxos 3% Prescrição 
médica 
Symphytum 
officinale 
Confrei Raízes Cicatrizante 
em lesões 
abertas 
Alantoína 1% Utilizar por no 
máximo 4-6 
semanas/ano. 
Camellia 
sinensis 
Chá verde Folhas Antioxidante, 
proliferação 
celular e a 
redução da 
apoptose nas 
células da 
papila 
dérmica do 
folículo 
piloso 
Epigalocatequinagalato 1 a 10% 2,5% em 
estudos 
mostrou 
melhor 
estímulo do 
crescimento 
capilar 
quando 
comparada ao 
minoxidil na 
mesma 
concentração 
Alfa bisabolol - Quimiotipo 
de o.e. de 
Camomila, 
Rosas, 
Candeia 
Antiséptico, 
antimicótico 
e 
cicatrizante. 
Queimaduras 
e peles 
sensibilizadas 
Alfa bisabolol 0,1 a 1% Pode-se usar o 
o.e. com o 
propósito de 
agregar 
aroma e o 
componente 
na 
formulação. 
Avena Sativa Aveia 
Coloidal 
Cereal antioxidante, 
calmante 
e anti-
inflamatória, 
na acne 
(hipercromia 
pós 
inflamatória). 
Hidratante 
Ácidos avênicos A e B, 
ácido pantotênico, 
ácido salicílico, 
vitaminas B1 e B2, 
beta-glucanas e 
aminoácidos 
3 a 10% 7 a 15g 
adicionado ao 
banho do 
bebê 
Apis mellífera Própolis Resina cicatrizante, 
anti-
inflamatória, 
bactericida, 
protetora e 
regeneradora 
de tecidos, 
calmante de 
irritações da 
pele. 
Resinas vegetais e 
bálsamos: 50%; cera de 
abelha: 30%; 
óleos essenciais: 10%; 
grãos de pólen: 5%. 
Além disso, 
flavonóides, vitaminas, 
enzimas e minerais 
(alumínio, cálcio, 
estrôncio, ferro, 
magnésio, silício, 
titânio, bromo 
e zinco). 
Até 10% Cremes, 
loções 
cremosas, 
hidro 
alcóolicas ou 
tônicas, em 
shampoos, 
géis, loção de 
limpeza, 
produtos pós-
barba, pós-
depilação, 
para picadas 
de inseto, 
máscaras 
faciais, 
sabonetes e 
outros 
produtos 
cosméticos. 
Hippocastanum 
vulgare 
Castanha 
da índia 
Castanha Fragilidade 
capilar, 
varizes, 
hemorroidas 
e edemas por 
má 
circulação, 
flebites, 
insuficiência 
crônica 
venal, pele 
(dermatite, 
eczema, 
inflamações 
gerais), peso 
e dor nas 
pernas. 
30% de Escina; outras 
saponinas 
(afrodescina, 
argirescina, 
criptoescina); taninos 
(ácido esculitânico, 
epicatequina, 
leucocianidina, 
leucodelfinina) 
Até 10% In & out 
 
 
AROMATERAPIA 
 
O termo de origem grega, refere-se ao tratamento por meio dos aromas/fragrâncias, 
para equilibrar mente e corpo. Em 1928 René Gattefossé após se queimar, por impulso 
mergulhou a mão em um recipiente cheio de óleo de lavanda, e descobrindo as 
propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias do óleo essencial mais famoso na 
aromaterapia. 
Os óleos essenciais são extratos voláteis, que evaporam em contato com o ar, altamente 
concentrados encontrados em parte das plantas aromáticas (flores, folhas, raízes, cascas 
de frutas), são usados como complemento e como potencializadores terapêuticos,

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