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PRESCRIÇÃO APLICADA A ESTÉTICA PROFESSORA MICHELLY EGGERT PASCHUINO Michelly Eggert Paschuino é graduada em Naturologia pela Universidade Anhembi Morumbi – UAM, especialista em Acupuntura pela Faculdade de Ciências da Saúde – FACIS IBEHE e mestre em Semiótica, Tecnologias da Informação e Educação pela Universidade de Braz Cubas – UBC. Para complementar sua abordagem profissional, se formou como Master em Programação Neurolinguística pela Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística – SBPNL, como Master Coach, pelo MBA em Gestão Empresarial e Coaching da Sociedade Latino Americana de Coaching – SLAC e Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP, e em 2018 concluiu a especialização em MBA em Estética e Cosmética pelo CEFAI – IBRAMED/UNIFIA em Amparo – SP. Atualmente está cursando graduação tecnológica em Estética e Cosmética na modalidade EaD e a quarta especialização em Cannabis Medicinal pela UNYLEYA, ambos os cursos com previsão de término em 2024. Atua há 15 anos como docente, lecionando em cursos de graduação e pós-graduação da área da saúde. Tem experiência na área clínica e de pesquisa sobre qualidade de vida, bem-estar, recuperação e manutenção da saúde, com ênfase em terapias naturais, complementares e integrativas propostas pela Naturologia. E-MAIL: natu.coach@tregge.com.br SITE: www.tregge.com.br TELEFONE: (11)99498-2223 LATTES: http://lattes.cnpq.br/9462964112505534 http://lattes.cnpq.br/9462964112505534 Olá, Seja Bem vindo ao Módulo de Prescrição Aplicada a Estética, neste módulo vamos debater sobre os assuntos mais atuais sobre os Dermocosméticos, Endocosméticos (Nutricosméticos), Fitoterápicos e Aromaterápicos como potencializadores dos tratamentos de estética, orientados principalmente no homecare para que o paciente faça a manutenção do tratamento, ou mesmo atendendo ao profissional que tem a necessidade de produtos personalizados que não são vendidos pelas empresas de Dermocosméticos da contemporaneidade. Hoje prescrever cosméticos manipulados virou tendência e realmente diferencia o trabalho do profissional de Estética, uma vez que ele pode oferecer um tratamento diferenciado aos pacientes, com o que há de mais avançado em parceria com uma farmácia de manipulação. PARADIGMAS SOBRE O TERMO PRESCRIÇÃO O termo prescrição divide opiniões principalmente por se tratar de um termo usual na medicina, vamos compreender na base, afinal de contas existem dois tipos de prescrição: Prescrição médica: também é conhecida como receita médica, onde medicamentos e orientações médicas são registradas, visando orientar a conduta a ser adotada pelo paciente. Prescrição não-médica: se aplica aos outros profissionais no auxílio de grandes áreas: nutricionistas, educadores físicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas, veterinários. Basicamente as prescrições não-médicas referem-se à medicamentos de venda livre ou MIP’s que são os medicamentos isentos de prescrição. Entre eles estão analgésicos, vitaminas, os antiácidos, os laxantes, os descongestionantes nasais, etc. As principais normas que versam sobre a prescrição de medicamentos são a Lei Federal n° 5991, de 17 de dezembro de 1973 e o decreto n°3181, de 23 de setembro de 1999 que regulamenta a Lei n°9787 de 10 de fevereiro de 1999, bem como a Resolução – CFF n°357 de 20 de abril de 2001 do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que descrevem e orientam sobre boas práticas em farmácia. No caso dos biomédicos, observe o Artigo 5 da RESOLUÇÃO No - 241, DE 29 DE MAIO DE 2014, onde cita: Art. 5º - O biomédico que possuir habilitação em Biomedicina Estética poderá realizar a prescrição de substâncias e outros produtos para fins estéticos incluindo substâncias biológicas (toxina botulínica tipo A), substâncias utilizadas na intradermoterapia (incluindo substâncias eutróficas, venotróficas e lipolíticas), substâncias classificadas como correlatos de uso injetável conforme ANVISA, preenchimentos dérmicos, subcutâneos e supraperiostal (excetuandose o Polimetilmetacrilato/PMMA), fitoterápicos, nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos, bioflavonóides, enzimas e lactobacilos), seguindo normatizações da ANVISA. Cabendo aos médicos prescrever medicamentos controlados (tarja preta e vermelha), antibióticos, etc. No Brasil, a prescrição só é permitida a: QUEM PODE PRESCREVER? Observe que a relação de profissões abaixo, possuem seus respectivos Conselhos Profissionais, bem como leis específicas sobre o ato de prescrever. Médicos: Somente para uso humano e poder de prescrição ilimitado. Cirurgiões dentistas: somente para uso odontológico – Lei 5081/66. Médicos veterinários: Somente para uso veterinário – Lei 5517/68. Enfermeiros: medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde, ou medicamentos fitoterápicos após conclusão de curso com carga horária de 360 horas – Lei 7498/86; Parecer COREN – BA nº 030/2014. Farmacêuticos: Medicamentos fitoterápicos, não tarjados e, desde que haja diagnóstico médico prévio, apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde, os medicamentos com tarja – RE 586/2013. Nutricionistas: Somente fitoterápicos, isentos de prescrição médica e relacionados à prática do nutricionista – RE 402/2007 do Conselho Federal de Nutricionistas. Biomédicos: produtos não considerados medicamentos. (Resolução nº 204/2.001 do Conselho Federal de Biomedicina) Enfermeiros: medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e de acordo com rotinas aprovadas pela instituição de saúde em que trabalham ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal. (Lei 7.498/86) PRECISA MESMO SER PRESCRIÇÃO? Por uma questão de entendimento profissional, sugere-se que profissionais que trabalhem com orientações de homecare utilizem o termo: INDICAÇÃO TERAPÊUTICA, conferindo uma recomendação e uma sugestão, e não uma orientação médica como o termo prescrição socialmente e historicamente sugere. Vamos entender as palavras do ponto de vista linguístico, observe as definições do dicionário: Enfim... Para prescrever medicamentos, sugerir produtos e tratamentos, independente da profissão e das permissões legais é necessário ter formação acadêmica adequada na área da saúde. Portanto, não é qualquer profissional que está habilitado para prescrição/indicação terapêutica estética, já que durante a formação adquirem o conhecimento necessário sobre o corpo humano, fisiologia, fisiopatologia e métodos de tratamento e as reações do mesmo em contato com certas substâncias. Receitar tratamentos e/ou produtos sem a devida formação e habilitação pode levar o profissional a responder processo ético. Conselhos profissionais fiscalizam a atuação irregular e têm o poder de penalizar os seus inscritos quando identificam má conduta ou recebem denúncia. Importante salientar que na área da estética há procedimentos invasivos e não invasivos. Neste módulo abordaremos a formação para aqueles que não submetem o paciente a processos injetáveis, ou seja, tratamentos não invasivos. Pelo motivo de que o procedimento invasivo é recomendado, e não sugerido ou prescrito como algo que o paciente possa comprar mediante a apresentação de um receituário. Ou seja, técnicos e graduados na área da saúde desde que habilitados podem indicar produtos como filtro solar, goma de efeito lifting, shake termogênico, cápsulas proage, bombom da beleza, suco verde detox, e etc, com o objetivo de complementar as estratégias terapêuticas do que ele realizou em consultório, mediante a uma capacitação para que o conhecimentotécnico necessário seja adquirido para estruturar um receituário/indicação estética. A partir dessa formação, o profissional apresentará um diferencial em seu campo de atuação, potencializando os seus resultados no atendimento de estética facial e também corporal. Isso tudo atrelado ao conhecimento de princípios ativos modernos e de dosagens adequadas, na base cosmética correspondente ao estado cutâneo, de acordo com cada caso. Oferecendo um atendimento personalizado, seja em consultório ou na modalidade homecare, essa estratégia gera fidelização do paciente, uma vez que a oportunidade de ter um produto personalizado, cujos ativos foram pensados visando atender as necessidades específicas da sua pele, é um fator motivacional que melhora a adesão do paciente ao tratamento e o fideliza. A PRESCRIÇÃO/INDICAÇÃO ESTÉTICA PELO PROFISSIONAL ESTETACOSMETÓLOGO No que se refere a atuação do profissional estetacosmetólogo, a lei n°13.643 que regulamenta a profissão de técnico, graduação tecnológica e bacharelado em Estética, aprovada em senado em Abril de 2018; não observamos especificações, orientações claras e definidas sobre indicações terapêuticas manipuladas, porém os cosméticos fazem parte da sua atuação profissional como podemos ver no trecho da lei a seguir: Art. 4º Considera-se Esteticista e Cosmetólogo o profissional: I - graduado em curso de nível superior com concentração em Estética e Cosmética, ou equivalente, oferecido por instituição regular de ensino no Brasil, devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação; II - graduado em curso de nível superior com concentração em Estética e Cosmética, ou equivalente, oferecido por escola estrangeira, com diploma revalidado no Brasil, por instituição de ensino devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação. Art. 5º Compete ao Técnico em Estética: I - executar procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, utilizando como recursos de trabalho produtos cosméticos, técnicas e equipamentos com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); II - solicitar, quando julgar necessário, parecer de outro profissional que complemente a avaliação estética; III - observar a prescrição médica ou fisioterápica apresentada pelo cliente, ou solicitar, após exame da situação, avaliação médica ou fisioterápica. Art. 6º Compete ao Esteticista e Cosmetólogo, além das atividades descritas no Art. 5º desta Lei: I - a responsabilidade técnica pelos centros de estética que executam e aplicam recursos estéticos, observado o disposto nesta Lei; II - a direção, a coordenação, a supervisão e o ensino de disciplinas relativas a cursos que compreendam estudos com concentração em Estética ou Cosmetologia, desde que observadas as leis e as normas regulamentadoras da atividade docente; III - a auditoria, a consultoria e a assessoria sobre cosméticos e equipamentos específicos de estética com registro na Anvisa; IV - a elaboração de informes, pareceres técnico- científicos, estudos, trabalhos e pesquisas mercadológicas ou experimentais relativos à Estética e à Cosmetologia, em sua área de atuação; V - a elaboração do programa de atendimento, com base no quadro do cliente, estabelecendo as técnicas a serem empregadas e a quantidade de aplicações necessárias; VI - observar a prescrição médica apresentada pelo cliente, ou solicitar, após avaliação da situação, prévia prescrição médica ou fisioterápica. Art. 7º O Esteticista, no exercício das suas atividades e atribuições, deve zelar: I - pela observância a princípios éticos; II - pela relação de transparência com o cliente, prestando- lhe o atendimento adequado e informando-o sobre técnicas, produtos utilizados e orçamento dos serviços; III - pela segurança dos clientes e das demais pessoas envolvidas no atendimento, evitando exposição a riscos e potenciais danos. Art. 8º O Esteticista deve cumprir e fazer cumprir as normas relativas à biossegurança e à legislação sanitária. Art. 9º Regulamento disporá sobre a fiscalização do exercício da profissão de Esteticista e sobre as adequações necessárias à observância do disposto nesta Lei. Fica claro que esse profissional deve seguir as orientações da ANVISA sobre o uso de cosméticos, aparelhos de eletroterapia e qualquer outro recurso terapêutico. Ou seja, desde que o profissional tenha formação na área da saúde, e tenha o conhecimento específico para a indicação de nutricosméticos, cosméticos, fitoterápicos e aromaterápicos. Este conhecimento específico exige domínio da forma de aplicação, dosagem correta, bases de cosméticos, indicação e contraindicação, frequência de aplicação e tempo de tratamento. Outra informação importante que o profissional de estética não deve esquecer é sobre suas competências profissionais, como consta na CBO 3221-30. Veja um trecho específico: Também é função do Esteticista: [...] 11 - Prescrever cosméticos, cosmecêuticos e óleos essenciais. Além disso a Lei n°5991/73 prevê que a prescrição médica é obrigatória apenas para manipulação de medicamentos controlados (antibióticos, psicotrópicos, corticoides, etc...). Geralmente são os insumos com registro na ANVISA começando com 1. E segundo a CFF n°467/07 isentando os farmacêuticos a guardar a prescrição médica para manipular e comercializar cosméticos. Ou seja, o profissional de estética além de ter autonomia para solicitar essas manipulações, deve buscar parcerias com farmácias de manipulação, cujo profissional se mantêm atualizado e atende as suas demandas... E não um que aceite, como se estivesse fazendo uma boa ação, caridade. Questione, respalde-se nas leis, na CBO e o mais importante de tudo, seja criterioso em fazer parceria com uma farmácia que atenda as suas necessidades, e não o contrário. CONCEITOS BÁSICOS, MAS FUNDAMENTAIS NA COSMETOLOGIA Eu sei que você já viu essa definição nas aulas de Cosmetologia, mas vamos ampliar os conceitos. As informações a seguir foram extraídas do site da ANVISA (http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos/conceitos-e-definicoes) onde as informações regulamentarias dos cosméticos são definidas: Vamos compreender: Os cosméticos são basicamente classificados em 2 graus. Os critérios para esta classificação foram definidos em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, sua formulação, finalidade de uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados quando de sua utilização. http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos/conceitos-e-definicoes Definição de Produtos Grau 1: são produtos de higiene pessoal cosméticos e perfumes cuja formulação cumpre com a definição adotada no item 1 do Anexo I desta Resolução e que se caracterizam por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso. Definição de Produtos Grau 2: são produtos de higiene pessoal cosméticos e perfumes cuja formulação cumpre com a definição adotada no item 1 do Anexo I desta Resolução e que possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso. EXEMPLOS DE COSMÉTICOS GRAU 1 1. Água de colônia, Água Perfumada, Perfume e Extrato Aromático 2. Amolecedor de cutícula (não cáustico) 3. Aromatizante bucal 4. Base facial/corporal (sem finalidade fotoprotetora) 5. Batom labial e brilho labial (sem finalidade fotoprotetora) 6. Blush/Rouge (sem finalidade fotoprotetora) 7. Condicionador/Creme rinse/Enxaguatório capilar (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem comprovação prévia) 8. Corretivo facial (sem finalidadefotoprotetora) 9. Creme, loção e gel para o rosto (sem ação fotoprotetora da pele e com finalidade exclusiva de hidratação) 10. Creme, loção, gel e óleo esfoliante ("peeling") mecânico, corporal e/ou facial 11. Creme, loção, gel e óleo para as mãos (sem ação fotoprotetora, sem indicação de ação protetora individual para o trabalho, como equipamento de proteção individual - EPI - e com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância) 12. Creme, loção, gel e óleos para as pernas (com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância) 1.3 Creme, loção, gel e óleo para limpeza facial (exceto para pele acnéica) 14. Creme, loção, gel e óleo para o corpo (exceto os com finalidade específica de ação antiestrias, ou anticelulite, sem ação fotoprotetora da pele e com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância) 15. Creme, loção, gel e óleo para os pés (com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância) 16. Delineador para lábios, olhos e sobrancelhas 17. Demaquilante 18. Dentifrício (exceto os com flúor, os com ação antiplaca, anticárie, antitártaro, com indicação para dentes sensíveis e os clareadores químicos) 19. Depilatório mecânico/epilatório 20. Desodorante axilar (exceto os com ação antitranspirante) 21. Desodorante colônia 22. Desodorante corporal (exceto desodorante íntimo) 23. Desodorante pédico (exceto os com ação antitranspirante) 24. Enxaguatório bucal aromatizante (exceto os com flúor, ação anti-séptica e antiplaca) 25. Esmalte, verniz, brilho para unhas 26. Fitas para remoção mecânica de impureza da pele 27. Fortalecedor de unhas 28. Kajal 29. Lápis para lábios, olhos e sobrancelhas 30. Lenço umedecido (exceto os com ação anti-séptica e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia) 31. Loção tônica facial (exceto para pele acneica) 32. Máscara para cílios 33. Máscara corporal (com finalidade exclusiva de limpeza e/ou hidratação) 34. Máscara facial (exceto para pele acneica, peeling químico e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia) 35. Modelador/fixador para sombrancelhas 36. Neutralizante para permanente e alisante 37. Pó facial (sem finalidade fotoprotetora) 38. Produtos para banho/imersão: sais, óleos, cápsulas gelatinosas e banho de espuma 39. Produtos para barbear (exceto os com ação anti-séptica) 40. Produtos para fixar, modelar e/ou embelezar os cabelos: fixadores, laquês, reparadores de pontas, óleo capilar, brilhantinas, mousses, cremes e géis para modelar e assentar os cabelos, restaurador capilar, máscara capilar e umidificador capilar 41. Produtos para pré-barbear (exceto os com ação anti-séptica) 42. Produtos pós-barbear (exceto os com ação anti-séptica) 43. Protetor labial sem fotoprotetor 44. Removedor de esmalte 45. Sabonete abrasivo/esfoliante mecânico (exceto os com ação anti- séptica ou esfoliante químico) 46. Sabonete facial e/ou corporal (exceto os com ação anti-séptica ou esfoliante químico) 47. Sabonete desodorante (exceto os com ação anti-séptica) 48. Secante de esmalte 49. Sombra para as pálpebras 50. Talco/pó (exceto os com ação anti- séptica) 51. Xampu (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia) 52. Xampu condicionador (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem comprovação prévia) Observação: As exceções mencionadas no item "I) Lista de Tipo de Produtos de Grau 1" caracterizam os produtos de Grau 2. Fonte: Anexo II da RDC 211/05 EXEMPLOS DE COSMÉTICOS GRAU 2 1. Água oxigenada 10 a 40 volumes (incluídas as cremosas exceto os produtos de uso medicinal) 2. Antitranspirante axilar 3. Antitranspirante pédico 4. Ativador/ acelerador de bronzeado 5. Batom labial e brilho labial infantil 6. Bloqueador Solar/anti-solar 7. Blush/ rouge infantil 8 Bronzeador 9. Bronzeador simulatório 10. Clareador da pele 11. Clareador para as unhas químico 12. Clareador para cabelos e pêlos do corpo 13. Colônia infantil 14. Condicionador anticaspa/antiqueda 15. Condicionador infantil 16. Dentifrício anticárie 17. Dentifrício antiplaca 18. Dentifrício antitártaro 19. Dentifrício clareador/ clareador dental químico 20. Dentrifrício para dentes sensíveis 21. Dentifrício infantil 22. Depilatório químico 23. Descolorante capilar 24. Desodorante antitranspirante axilar 25. Desodorante antitranspirante pédico 26. Desodorante de uso íntimo 27. Enxaguatório bucal antiplaca 28. Enxaguatório bucal anti-séptico 29. Enxaguatório bucal infantil 30. Enxaguatório capilar anticaspa/antiqueda 31. Enxaguatório capilar infantil 32. Enxaguatório capilar colorante / tonalizante 33. Esfoliante "peeling" químico 34. Esmalte para unhas infantil 35. Fixador de cabelo infantil 36. Lenços Umedecidos para Higiene infantil 37. Maquiagem com fotoprotetor 38. Produto de limpeza/ higienização infantil 39. Produto para alisar e/ ou tingir os cabelos 40. Produto para área dos olhos (exceto os de maquiagem e/ou ação hidratante e/ou demaquilante) 41. Produto para evitar roer unhas 42. Produto para ondular os cabelos 43. Produto para pele acneica 44. Produto para rugas 45. Produto protetor da pele infantil 46. Protetor labial com fotoprotetor 47. Protetor solar 48. Protetor solar infantil 49. Removedor de cutícula 50. Removedor de mancha de nicotina químico 51. Repelente de insetos 52. Sabonete anti-séptico 53. Sabonete infantil 54. Sabonete de uso íntimo 55. Talco/amido infantil 56. Talco/pó anti-séptico 57. Tintura capilar temporária/progressiva/permanente 58. Tônico/loção Capilar 59. Xampu anticaspa/antiqueda 60. Xampu colorante 61. Xampu condicionador anticaspa/antiqueda 62. Xampu condicionador infantil 63. Xampu infantil Fonte: Anexo II da RDC 211/05 Toda relação de cosméticos aprovados pela ANVISA está disponível no site: http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-autorizacoes/cosmeticos. Com informações sobre as empresas e seus respectivos produtos. Vale reforçar que poderá ser observado que não se faz diferença nesta classificação sobre cosméticos, dermocosméticos, nutracêuticos e cosmecêuticos. Muito menos para cosméticos orgânicos, veganos, naturais e biocompatíveis. Independente da profissão é fundamental que o profissional siga algumas orientações fundamentais antes de começar a prescrever. Então podemos concluir que: - Deve seguir as diretrizes da ANVISA. - Indicar os MIPS (Medicamentos Isentos de Prescrição). - Ter objetivos Estéticos e Cosméticos na sua prescrição. - Ter conhecimento prévio e especializado dos recursos (bases, ativos, concentrações, combinação entre eles de acordo com a pele e a realidade do paciente). - Suas indicações e contraindicações, frequência de aplicação e tempo de tratamento. http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-autorizacoes/cosmeticos FORMA FARMACÊUTICA Antes de iniciarmos a nossa jornada rumo ao conhecimento das formulações magistrais faz-se necessário que você compreenda alguns conhecimentos fundamentais. A forma farmacêutica é o estado final que as substâncias ativas se apresentam depois de serem submetidas às operações farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar a sua administração e obter o maior efeito terapêutico desejado, respeitando a área de aplicação, dosagem de cada ativo, no veículo adequado, para um tratamento específico. As formas farmacêuticas são classificadas em: Sólidas – Cápsulas, Sachets, Sachet caps, Supositórios, óvulos. Semisólidas – Uso tópico - Cremes, pomada, gloss, sérum transdérmico. Líquidas – xarope, tônicos, florais, óleos, tinturas. Importante! A forma farmacêutica, bem comoa concentração e a composição dos ativos é de responsabilidade do prescritor. A escolha da forma farmacêutica depende principalmente: • da natureza físico-química do fármaco; • do mecanismo de ação; • do local de ação do medicamento; • da dosagem – quantidade de fármaco na forma farmacêutica. Cada base cosmética tem um limite para a adição de ativos (%), assim como os ativos possuem particularidades que exigem domínio do profissional que a indica, como por exemplo: se o ativo é lipo ou hidrossolúvel, colocá-lo em uma formulação cuja base é incompatível vai fazer com que o farmacêutico entre em contato com o profissional para sugerir adaptações, ou simplesmente a farmácia recusa a manipulação. E as bases biocompatíveis na manipulação? Pois bem é fundamental você saber que, se você não especificar detalhamente o que você quer naquela manipulação a farmácia seguirá um padrão. Quando você indica “Creme neutro” provavelmente eles usarão uma base creme neutra com petrolatos e parabenos na composição. Base pra shampoo e sabonetes com sulfatos. Gel de carbopol (base água) que é incompatível com óleos essenciais por exemplo, e assim vai. Por esse motivo é fundamental conhecer fornecedores qualificados e atendam as suas necessidades magistrais. Fornecedores como (ex.) Galena, Biotec, Organic e Florien são empresas que se dedicam a trazer para o universo magistral bases cosméticas que estão alinhadas com os dermocosméticos e nutricosméticos biocompatíveis, sem xenobióticos e disruptores endócrinos. Para manter-se atualizado, sugiro que você sempre atualize seu menu de ativos solicitando aos fornecedores o envio do portifólio atualizado, bem como participando de feiras, webinar e congressos. Estou deixando pra você alguns fornecedores qualificados no mercado, busque-os nos sites e nas redes sociais, essa também é uma forma de você se manter atualizado. Para escolher as bases dos seus cosméticos, muito mais do que conhecer a base e a sua indicação de acordo com o biotipo cutâneo, é fundamental conhecer seu pH, quantidade de ativos permitidos e assim fica fácil de você definir quais ativos e qual a proporção na formulação de acordo com a base. Veja os exemplos de algumas bases do fornecedor Biotec, no quadro abaixo você encontra todas essas informações que te permite adicionar de 10 a 50% de ativos na formulação. Comece pela base e depois pelos ativos indicados para a disfunção que o paciente apresenta: BASES FUNCIONAIS – BIOTEC BASE Características pH Qtde de ativo Second Skin Creme aniônico/ não iônico. Eudérmica, alípica 4,5 a 7 Até 20% Ômega Gold Não iônico Eudérmica, mista e lipídica 3 a 8 Até 25% Adimax Não iônico, todos os tipos de pele 3 a 8 Até 50% Aquabomb Gel opaco, todos os tipos de pele 4,5 a 7 Até 20% Lecigel Gel incompatível com ácidos 4 a 8 Variável a partir de 0,5% Biosérum Aniônico, líquido límpido 4,5 a 6,5 10% Veja abaixo algumas bases biocompatíveis que você pode usar nas suas formulações, sua composição e indicação: Base Acqua Bomb (Biotec) – veículo funcional que contêm aloe vera, chá verde, extrato de canela, cálamo, mirra, óleo vegetal de oliva e de argan. Base creme leve, indicada para todos os tipos de pele, incompatível com ácidos cuja pH seja menor que 4,5. Espuma de Limpeza Vegetal – Sodium Cocoyl Isethionate SCI Eco Base Gel-Creme Facial (Organic) – veículo funcional vegano que contêm ingredientes e ativos biomiméticos à função barreira da pele. Óleo vegetal de rosa mosqueta, rico em vitamina C, óleo de oliva, hidrolato de gerânio Phyto Poma (Biotec) – Pomada vegetal com associação de óleos oclusivos e lipídios funcionais, rico em vitamina E, fitoesteróis e anti-inflamatórios. Incorpora ativos hidrossolúveis até 10%, melhor com ativos lipossolúveis. Vital Vegan Clear Micelar (Biovital) – Base transparente micelar e multifuncional para higienização e boa espumabilidade, com componentes biodegradáveis. Vegepharma (Pharmaspecial) – Manteiga vegetal rica em ácido graxo linoleico, o mais compatível com os ácidos graxos da pele. Emoliente e regeneradora, excelente para incorporar óleos essenciais e extratos vegetais. Vital Vegan Creme (Biovital) – veículo funcional formuladoo com emulsionantes de cristais líquidos derivados da oliva, rico em ômegas 3, 6, 7 e 9. Biomimético potencializa a ação carreadora de ativos. Vital Vegan Espuma Micelar (Biovital) – Espuma micelar com tensoativos naturais e derivados do ácido glutâmico e do ácido graxo derivado do coco, que potencializa a cremosidade da espuma. Vital Vegan Sérum Leitoso (Biovital) – viscosidade de sérum leitoso, de sensorial fresco. Rico em ômegas, nutrição e regeneração dérmica, emoliência, favorecendo a proteção da pele da desidratação e do envelhecimento. Estou deixando pra você algumas particularidades sobre alguns ativos comumente utilizados na estética, observe as particularidades sobre Concentração e Propriedades. Mas aproveito para ressaltar que além das novidades que são lançadas a todo momento precisamos alinhar a realidade do paciente no que se refere ao tratamento (como a disponibilidade financeira para investir), além disso fazer parceria com um farmacêutico especialista em tecnologias cosméticas é fundamental para alavancar o tratamento de acordo com as novidades que a todo momento são apresentadas. ATIVOS INDICADOS PARA REPARO DA FUNÇÃO BARREIRA MELHORADORES DE BARREIRA CUTÃNEA ATIVO Características pH Concentração Alantoína Queratolítico, cicatrizante de feridas 4 a 9 0,1 a 5,0 Alfa bisabolol Antséptico, bactericida, antimicótico, cicatrizante. Inflamações leves e queimaduras 3 a 11 0,1 a 1,0 Aveia coloidal Filme de retenção hídrica, antioxidante, calmante e antiinflamatório 4 a 7 3 a 10 Bioecolia Restaura a população microbiana benéfica da pele. 4 a 10 1 a 5% Cerasomosides Regenerador, antioxidante, inibe em 80% leucócito elastase (inflamação). 3,5 a 6,5 2 a 3 ATIVOS INDICADOS PARA PROTEÇÃO DA LUZ AZUL COM AÇÃO ANTIOXIDANTE PROTETORES DA LUZ VISÍVEL ATIVO Características pH Concentração Physavie Corticoide like - 0,5 a 2% Pepha Age Scenedesmus rubescens (alga) - 3% Lumicease Aumenta a sobrevida de células expostas a radiação, repara DNA - 2% Dragosine Booster, antiglicante, antipoluição - 0,05 a 0,20% ATIVOS INDICADOS PARA ENVELHECIMENTO CUTÂNEO: Ativo INCI Propriedades e concentração [ ] de aplicação Ácido glicólico • Glycolic acid Renovação celular, hidratação e vasodilatação dermoepidérmica, com estímulo fibroblástico. [ ] 1 a 10% em dermocosméticos, o pH depende do objetivo. Ácido pirúvico • Pyruvic acid Epidermólise (30 a 60 s). Pode alcançar a derme papilar pelo baixo peso molecular em até 2 min. Possui forte abrasão sem toxicidade sistêmica, porém arde e é doloroso. Aumenta a oxigenação, nutrição, neocolagênese, neoelastogênese e a deposição de ácido hialurônico. [ ] 40 a 50% (quanto menor o pH, mais abrasivo). Ácido Retinóico • Tretinoina Aumenta a espessura epidérmica, incrementa colaneogênese e reduz metaloproteinase. [ ] 5 a 10% em cosméticos profissionais (até 8% no peeling superficial). Ácido Tricloroacético (TCA) • Tricholoracetic acid Hidrofílico, lipofílico, estável, de baixa toxicidade, queratolítico, despigmentante e vasodilatador. Cuidado com frost (desnaturação de proteínas da pele), aplicar pontualmente. Atua na derme papilar. A [ ] 35% é considerada segura, dependendo do tempo e do volume. Vederine • Water • Cichorium intybus (Chicory) Root Extract Vitamina D-like aumenta os seus receptores na pele. Em [ ] 3%, há diminuição da perda transepidermal e recuperação da pele. Amiporine • Glycerin • Punica Granatum Fruit Extract Proteção contra a radiação ultravioleta (UVA e UVB) e quimiopreventivas em fibroblastos dérmicos, inibição de metaloproteinasede matriz. [ ] 2 a 5%. Perfection Peptide P3 • Hexanoyl Dipeptide-3 • Norleucine Acetate • Lecithin • Glycerin • Phenoxyethanol • Water Restaura o processo de descamação na pele jovem, ideal para peles sensíveis aos ácidos. [ ] 0,5 a 3%. Lime Pearl • Glycerin • Water • Microcitrus Australasica Fruit Extract Alfa-hidroxiácido (AHA) estimula a renovação celular sem irritação cutânea. [ ] 2% e pH 5,7. Ácido hialurônico • Sodium hyaluronate • Water Polímero de alto peso molecular, principal glicosaminoglicana da derme, promove viscoelasticidade, tem ação anti-inflamatória e antiedematosa, promovendo renovação de queratinócitos, regenerando e hidratando a pele. [ ] 1 a 5%, pH 5,0 a 7,0. Ácido lático • Lactic acid Hidratante e antisséptico suave, faz parte do NMF. Tem ação antimicrobiana em bases cosméticas e é usado também para ajustar o pH. [ ] 0,5 a 15%. Adenin • Adenin Hormônio vegetal que estimula o crescimento celular e retarda a senescência, portanto, atrasa e reverte as mudanças celulares relativas à idade. Antioxidante, protetor do DNA dos danos oxidativos e glioxidativos. [ ] 0,005 a 0,1%, pH 7,0 a 7,5. Alistin - Recupera a epiderme exposta à radiação ultravioleta e preserva a capacidade de autodefesa da pele. Antioxidante de ação prolongada, antiglicante. Prevenção do envelhecimento, pode ser associado ao FPS. [ ] 0,5 a 1,5%, pH 3,0 e 7,0. Ceramidas Ceramid Hidratação, redução da aspereza da pele. Ideal para pós-peeling, reparando a barreira lipídica da epiderme. [ ] 0,05 a 0,5%, pH 3,0. Coenzima Q10 Ubiquinone Captador de radicais livres, antioxidante e estabilizador de membrana. Previne o envelhecimento cutâneo. [ ] 0,5 a 10% Coffeeskin • Coffea arabica (coffee) seed extract • Succinil Rutin • Siloxanetriol alginate caffeine • Butylene glycol • Decarboxy carnosine Dcl Antioxidante que restaura o equilíbrio celular, oferecendo proteção contra o envelhecimento. Inibe reações inflamatórias na pele, é vasoconstritor, reduz o fluxo sanguíneo da pele reativa. Descongestiona a região, reduzindo edema e a vermelhidão. [ ] 3 a 8%. DMAE Dimethyl MEA Atua na liberação de acetilcolina, estimulando os músculos da face, causando um efeito tensor, amenizando linhas de expressão. Antioxidante, com ação firmante, tensora e de efeito lifting, estabiliza a membrana plasmática. [ ] 3 a 10%, pH 3,5 a 7,0. Pro Xylane - Estimula a síntese de mucopolissacarídeos na derme e na epiderme, o que ajuda na elasticidade e na tonicidade da pele. Favorece a síntese de glicosaminoglicanas, colágeno tipo IV e VII, aumentando a coesão dermoepidérmica. [ ] 3 a 5%. Idebenona Hydroxydecyl ubiquinone Antioxidante potente que inibe a peroxidação lipídica, atua nas rugas e no clareamento da pele. [ ] 0,1 a 1,0%, pH 6,0 e 7,0. Iris Iso • Butylene glycol • IIris florentina root extract Isoflavonas fitoestrogênicas que reforçam a barreira cutânea, assegurando a hidratação e diminuindo a profundidade das rugas. Evita a degradação das proteínas da matriz extracelular, inibindo colagenase e elastase. Atua na junção dermoepidérmica, diminui a perda de água transepidermal, reduzindo a profundidade das rugas. [ ] 3 a 5%, pH 5,0 a 10,0. Kinetin N6-furfuriladenina Antioxidante, anti-inflamatório, clareador, faz a síntese de colágeno. Reduz as rugas e as manchas. Melhora a aspereza, o brilho e a hidratação da pele. Retarda o envelhecimento no fibroblasto, inibe o crescimento dos queratinócitos, estimula os reparos do DNA. [ ] 0,001 a 10%, pH 4,8 a 8,0 Leuphasyl Pentapeptide-18 Pentapeptídeo que inibe a contração da musculatura, mimetiza o mecanismo de ação das encefalinas, inibindo a acetilcolina. [ ] 3 a 5%, pH abaixo de 8,0. Matrixyl • Glycerin, Butylene • Glycol • Aqua • Carbomer, Estimula a síntese de colágeno IV e a síntese de glicosaminoglicanas, suavizando rugas e hidratando a pele. [ ] 3 a 8%, pH 5,5 a 7,0. • Polysorbate 20 •Palmitoyl- Pentapeptide 3 Raffermine Hydrolyzed soy flour Agente firmador, ação biomimética para glicoproteínas dérmicas, preservando o fibroblasto, efeito inibitório da elastase. [ ] 2,0 a 5,0% e pH 5,0 a 6,5. Resveratrol 3, 4, 5 - trihidroxiestilbeno Antioxidante de efeito antiproliferati- vo e fotoprotetor: protege a pele de danos causados pela exposição UVB, inibe a metaloproteinase e reduz eritema. [ ] 2 a 99% Syn-Coll • Palmitoyl tripetide-3 • Glycerine Repara rugas e marcas de expressão, mimetiza a sequência de tripeptídeo da trombospondina-I para ativar o TGFB, promovendo a formação de colágeno. [ ] 1 a 3%. Snap 8 Solution • Acetyl octapeptide-3 Derivado do Argireline, tem atividade miorrelaxante, minimizando as rítides. [ ] 3 a 10%, pH 5,0 a 7,0. Tensine • Triticum vulgare (wheat) protein Tensor vegetal instantâneo, perdura por até 6 horas. [ ] 3 a 10%, pH acima de 6,5. Argireline • Water • Acetyl hexapeptide-8 Botulinum toxin-like menos potente. Reduz a profundidade das rugas e sulcos faciais. [ ] até 10%, pH acima de 6,5. Ureia Urea Constituinte do NMF, desnaturalizante proteico, promove a hidratação da queratina e leve queratólise na pele seca. Ação antimicrobiana e anti- inflamatória. [ ] 3% para hidratação de peles sensíveis e [ ] 10% para todos os demais tipos de pele. Não deve ser usada por mulheres grávidas (mas, se usar, [ ] máxima 3%). O pH não deve ultrapassar 7,0. Aquaporine Active • Glutamylamidoethyl indole • Silanetriol Trehalose Ether • Glycerin Derivado do ácido glutâmico que em associação atua nos canais de aquaporina, aumentando seus genes. Favorece a hidratação da pele em um equilíbrio dinâmico da epiderme e da derme. [ ] 2 a 5%. ATIVOS INDICADOS PARA CLAREAMENTO CUTÂNEO: Ativo INCI Propriedades e concentração [ ] de aplicação Ácido azeláico Azelaic acid Inibidor competitivo das enzimas de oxi-redução; antioxidante. Indicado em hiperpigmentação pós-inflamatória. [ ] de 10 a 20%. Azeloglicina Potassium Azeloyl Diglycine Clareador, sebonormalizante e antisséptico. [ ] de 5 a 10%. Ácido fítico Hexafosfato de inositol Antioxidante, quelante de cátions bivalentes (Cu e Fe); inibidor de tirosinase. [ ] de 0,5 a 2%. Ácido glicólico Glicolic acid Ação queratolítica, inibe a coesão de queratinócitos, gerando esfoliação e clareamento da pele. [ ] de 2 a 12% (esfoliação) e [ ] de 50 a 70% (peeling). Ácido glicirrízico Glicyrrizic acid Anti-inflamatório, anti-irritante, anti- histamínico. [ ] de 0,1 a 0,2%. Ácido kójico Kojic acid Quelante de cobre (substrato da tirosinase). Reduz a eumelanina e precursores. [ ] de 0,5 a 2%. Ácido retinóico (Tretinoína) Retinoic acid Ação queratolítica potente, acelera o turnover celular, gerando esfoliação efetiva e clareamento da pele. [ ] de 0,01 a 0,1% (esfoliação) e [ ] de 1 a 6% (peeling). Antipollon HT Silicato de alumínio sintético + Glycyrrhiza inflata Adsorção da melanina depositada na pele. Pouco irritativo. [ ] de 0,5 a 5%. Acqua licorice PT Glycyrrhiza glabra extract Inibição da tirosinase; efeito antioxidante similar ao do superóxido dismutase. [ ] de 0,5 a 1,5%. Arbutin 4-hydroxyphenyl-b-D- glycopyronoside Inibidor competitivo da tirosinase e de PAR-2. Glicosídeo derivado da hidroquinona, sem efeitos citotóxicos. [ ] de 1 a 3%. Biowhite Saxifraga sarmentosa extract and Vitis vinifera (grape) fruit extract and Butylene glycol and Water and Morus nigra root extract and Scutellaria baicalensis root extract and Disodium EDTA Adsorção da melanina depositada na pele. Pouco irritativo. [ ] de 0,1 a 10%. Hidroquinona Hidroquinona Inibição potente e irreversível de tirosinase, induz modificações estruturais e a degradação de melanossomas. É citotóxico, fototóxico e sensibilizante.[ ] de 2 a 10%. Melawhite Leukocyte extract Inibição de tirosinase e degradação da melanina formada. [ ] de 2 a 5%. Melfade J Water and Arctostaphylos Uva-Ursi Leaf Extract and Glycerin and Magnesium Ascorbyl Phosphate Inibição de tirosinase e degradação da melanina formada. [ ] de 2,5 a 8%. Mequinol EH Monobenzil éter de hidroquinona Inibição potente da tirosinase, induz modificações estruturais e a degradação de melanossomas. É menos citotóxico que a hidroquinona. [ ] de 2 a 15%. Nanowhite 4-hydroxyphenyl-b-D- glycopyronoside + vit. C, E, F, glutationa e lecitina Ação antioxidante potente e inibição da tirosinase. [ ] de 2 a 5%. Skin Whitening Complex Extrato de Uva-Ursi biofermentado de Aspergillus, Extrato de Grape Fruit e Arroz Degradação da melanina, esfoliação e quelação do cobre e inibição da tirosinase. [ ] de 2 a 5%. Adenin N-6-furfuriladenina Renovação celular, despigmentante por inibição suave de tirosinase. Reduz perda de água transepidérmica (TEWL). [ ] de 0,005 a 0,1%. Dermawhite Ácido kójico + ácido cítrico + EDTA dissódico + polissacarídeos e aminoácidos Esfoliação moderada da pele. [ ] de 0,5 a 2%. Glycosan Hidroquinona Ciclodextrin and hydroquinone Liberação gradual de hidroquinona, evitando problemas de sensibilização. Efeito despigmentante prolongado. [ ] de 1 a 2,5%. Faz-se necessário que o profissional que visa prescrever cosméticos manipulados, estude constantemente, pois a cada semestre, novidades são lançadas, ativos são tirados do mercado... É crucial manter-se atualizado. Além disso o profissional em parceria com a farmácia de manipulação pode criar formulações diferenciadas que visem melhor adesão do paciente ao tratamento, como: Gomas (colágeno), Tabletes efervescentes, Shake ou suco detox, Sopa, Sorvete, Chocolates, Capuccinos, Strip Orais (até 50mg), etc... É POSSÍVEL MANIPULAR ÁCIDOS? Sim, é possível. Porém é fundamental saber a performance do ácido, seu pH, pKa, peso molecular, base cosmética de afinidade (lipo ou hidrofílica). Além disso o profissional precisa ter bem definido quais são seus objetivos terapêuticos com o ácido, a ação esperada é como queratolítico ou queratoplástico? Hidratante ou despigmentante? Além disso a forma de aplicação desse ácido é de responsabilidade do profissional. Abaixo você confere um quadro com essas informações: E para que possamos concluir a linha de raciocínio é de extrema importância reforçar que qualquer produto manipulado deve ser de uso exclusivo do paciente, até mesmo aquele que o profissional for usar nos tratamentos personalizados. Ou seja, o profissional não pode solicitar uma manipulação, de um ácido por exemplo, em seu nome e usar em diversos pacientes. Ficando ele responsável por solicitar manipulações em volumes menores ou monodoses para uso exclusivo e durante a terapêutica escolhida de forma personalizada. O mesmo se aplica para os nutricosméticos ou polivitamínicos, que apesar da prescrição focada na estética, também devem ser personalizados desde a sua forma de apresentação (Cápsulas, cápsulas vegetais, pó, sachets, etc...) até a composição dos seus ativos. MEDICAMENTO OU REMÉDIO, VOCÊ SABE A DIFERENÇA? Provavelmente você já deve ter usado ambas as palavras como se fossem sinônimos, porém elas possuem significados e abordagens terapêuticas diferentes. A ideia de remédio está associada a todo e qualquer tipo de cuidado utilizado para curar ou aliviar doenças, sintomas, desconforto e mal-estar. Alguns exemplos de remédio são: banho quente ou massagem para diminuir as tensões; um chá e repouso em caso de resfriado; hábitos alimentares saudáveis e prática de atividades físicas para evitar o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis; medicamentos para curar doenças, entre outros. Já os medicamentos são substâncias ou preparações elaboradas em farmácias (medicamentos manipulados) ou indústrias (medicamentos industriais), que devem seguir determinações legais de segurança, eficácia e qualidade. Assim, um preparado caseiro com plantas medicinais pode ser um remédio, mas ainda não é um medicamento; para isso, deve atender uma série de exigências do Ministério da Saúde, visando garantir a segurança dos consumidores. “Todo medicamento é um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento.” Referência: BRASIL. O que devemos saber sobre medicamentos? Cartilha da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São Paulo: 2010, 104p. Agora podemos entrar no universo das formulações magistrais, para que você agregar cada forma farmacêutica, no seu tratamento com consciência e objetivos terapêuticos bem definidos. Pra começar... Você sabe a diferença entre Nutricosméticos, Nutracêuticos, Cosmecêuticos, Dermocosméticos, Cosméticos e etc? NUTRICOSMÉTICOS, NUTRACÊUTICOS, COSMECÊUTICOS, DERMOCOSMÉTICOS, COSMÉTICOS E AFINS Para entendermos a diferença entre eles é preciso saber que essas definições não são claras do ponto de vista da Vigilância Sanitária (ANVISA) que os classifica em 2 graus apenas. A primeira diferença é entender o conceito in & out em estética, que preconiza que os tratamentos podem ser feitos via oral (in) e via tópica (out). IN OUT Alimentação Nutricosméticos Polivitamínicos Nutracêuticos Cosméticos Dermocosméticos Cosmecêuticos Via Oral Uso tópico Dentro do conceito IN, os nutricosméticos, como são mais habitualmente conhecidos são suplementos alimentares que são administrados com objetivo estético. Este termo remete ao conceito alimento (nutrientes + fármaco (cápsula/dosagem) + cosmético (efeitos esperados na pele) visando potencializar os tratamentos de estética cuidando do cliente de dentro pra fora, nutrindo o corpo e a pele. Sua aplicação se deve a necessidade de repor os nutrientes essenciais para a saúde, uma vez que o comportamento alimentar é insatisfatório em função do crescimento expansivo dos fast-foods e alimentos rápidos, ricos em carboidratos e açúcares. Em suma os nutricosméticos são antioxidantes, minerais, aminoácidos, nutrientes, fitoterápicos e vitaminas. Cada um deles com uma função específica de desacelerar o envelhecimento, favorecer o emagrecimento, hidratar a pele, fortalecer unhas, cabelos, tratar a acne, etc. Muitas vezes os nutricosméticos possuem doses elevadas comparadas com as necessidades diárias. Faz-se necessário o conhecimento específico visando evitar superdoses, hipervitaminoses ou ativos que inibem ou são contrários aos efeitos do tratamento que está sendo realizado. Veja algumas hipervitaminoses: HIPERVITAMINOSE VITAMINA E Aumento no sangramento, diminuição na produção dos hormônios tireoidianos e aumento nos níveis de triglicerídeos. VITAMINA D Desidratação, náuseas, queda de apetite, constipação, fadiga e fraquezas musculares, leva também a hiper-concentração de cálcio no sangue o que pode levar a hiper-calcificação de ossos e mesmo de tecidos moles como coração e rins. VITAMINA A Visão turva, confusão mental, sonolência, aumento da pressão intracraniana, dor de cabeça, palidez, maior sensibilidade à luz solar, entre outros. Ou seja, para o sucesso de sua aplicação faz necessário o conhecimento dos nutrientes e a sua combinação, alinhadas ao planejamento terapêutico, para definir doses e tempo de aplicação. Como a sua classificação é suplemento alimentar e não como medicamento, a sua indicação está autorizada para todos os profissionais, assim como para o consumo próprio do cliente, visto que o acesso a estes produtos é fácil em farmácias. Vamos ao conceito OUT, que se refere ao uso tópico de cosméticos. Tem-se observado que o termo cosmético se aplica a um produto simples que pode ser adquirido em perfumarias, farmácias e supermercados (o que seriam os cosméticos grau 1), na maioria das vezes ricos emóleo mineral, essências e corantes sintéticos, eles alteram apenas aparência da pele, limpam, perfumam, hidratam e protegem, agem superficialmente, mas não tratam o problema, como já explanamos nas bases galênicas que contêm xenobióticos e petrolatos. Já os dermocosméticos, também conhecidos por cosmecêuticos, agem mais profundamente na pele que um cosmético comum, mas com um efeito menor que o de um medicamento. Ou seja, unimos a alta tecnologia cosmética com ativos concentrados e produzem efeitos específicos, sendo classificados como cosméticos grau 2 pela ANVISA, o que faz com quem eles não necessitem de receita médica. Nestes produtos temos os ativos cosméticos nanoencapsulados, ativos que oxidam rapidamente são estabilizados, visando melhor desempenho de permeação cutânea e de atuação em tecidos específicos. Considerados cosméticos de tratamento e não de embelezamento apenas, atuando na causa do problema por meio de muitos estudos científicos da sua eficácia. Existem duas diferenças básicas entre cosméticos e dermocosméticos quanto aos seus princípios ativos, os princípios ativos dos dermocosméticos são fruto de estudos científicos, criados em laboratório e suas fórmulas são na maioria das vezes patenteadas pelo fabricante. PARTICULARIDADES DOS TRATAMENTOS ESTÉTICO DE USO VIA ORAL Hoje graças a tecnologia temos a possibilidade de ampliar os tratamentos dos nossos pacientes recorrendo a formas farmacêuticas diferenciadas que vão além das cápsulas e sachets, podemos também pensar em: • Gomas (precursores de colágeno) • Tabletes efervescentes • Shake ou suco detox • Sopa • Sorvete • Chocolates • Strip (até 50mg de ativos) Essas formas farmacêuticas nos limitam com relação a quantidade de ativos, porém elas podem favorecer a adesão do paciente ao tratamento por serem diferenciadas, visto que nem todos os pacientes se adequam ao uso de cápsulas, apresentando algum grau de dificuldade na sua deglutição. Isso sem falar nos pacientes veganos que possuem restrição específicas com relação ao uso de produtos de origem animal, muitas vezes mascarados de vegetal, como é o caso das capsulas de clorofila. Para esses casos específicos podemos recorrer às capsulas vegetais, ou de tapioca, conhecidas como Tapiocaps®. É importante avisar o paciente a ter em mãos o copo com água no ato de colocar a capsula na boca, pois elas se dissolvem mais rapidamente. Abaixo estou deixando algumas sugestões de Nutricosméticos que também podem ser usados como polivitamínicos ou suplemento alimentar, como vimos previamente: NUTRICOSMÉTICO AÇÕES ALIMENTOS Flavonoides ou Bioflavonoides Antioxidante, anti- inflamatória, antialérgica, antiviral e anticancerígena. Uvas, Cerejas, Ameixas Isoflavonas – 40mg dia Antioxidante, melhora linhas finas em mulheres de meia idade. Soja Resveratrol Antioxidante, anti- obesidade, aumenta a sensação de saciedade, taxa metabólica, antienvelhecimento, anti- inflamatório. Casca de uva e vinho tinto Vitamina A (Retinol e Carotenóides) Antioxidante, estimula a produção de colágeno e elastina, Proteína animal, ovos e derivados do leite. Alimentos de cores vermelhas (cenoura, beterraba, tomate) Vitamina C (Ácido ascórbico) - 100 à 300 mg dia Antioxidante, hidroxilação da prolina e lisina, que são aminoácidos necessários para estrutura e função do colágeno, acelera a cicatrização. Cítricos, morango, kiwi, folhosos verde escuro. Vitamina E (Tocoferóis) - 100 à 400 ui Antioxidante, anti- envelhecimento, cicatrizante, estimula o sistema imune, diminui os efeitos nocivos do LDL, alivia as dores nas mamas no período menstrual Alimentos ricos em gordura, óleos vegetais (Óleo de Prímula) Ácido elágico – 200mg Inibe a enzima tirosinase, efeito despigmentante, inibição tanto da proliferação de melanócitos como da síntese de melanina. Romã Pycogenol - 75 à 150mg dia Despigmentante, reduz outros sintomas como fadiga, constipação, dor no corpo e ansiedade. Extrato da casca do pinho francês marítimo (Pinus pinaster) Assim como os Dermocosméticos a área de suplementos alimentares cresce em exponencial, a todo momento surgem novos ativos, cabendo a você profissional manter- se atualizado com relação ao que associar ao tratamento dos seus pacientes. Consulte o material científico e ao catálogo dos fornecedores com os testes clínicos. QUEBRA DE DOSE E CAPACIDADE DAS CÁPSULAS Como muitas vezes a dosagem do tratamento estético exige maiores concentrações de ativos, isso pode fazer com que as cápsulas excedam sua capacidade total e faça com que o que era pra ser 1 cápsula se transforme em 2 ou mais. É arriscado oferecer um tratamento com quebra de dose, pois o paciente pode tomar menos do que o recomendado para ter tratamento por mais tempo, correndo-se o risco de não ter os resultados almejados e traçados pelo seu tratamento. Veja abaixo o volume e a quantidade de ativos que cada tamanho de cápsula suporta para estabelecer limites para os seus tratamentos e evitar quebra de dose. Coloque todas as observações com relação a possível quebra de dose ou tipo de cápsula no ítem f.s.a. da sua prescrição/indicação. CAPACIDADE DAS CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS Tamanho da cápsula Volume (mL) Peso (mg) Qtde de princípio ativo usualmente empregada 000 1,37 mL Acima de 1000mg (750mg) * Acima de 750mg 00 0,95 mL (500) * a 1000mg Entre 351 a 500mg 0 0,68mL (400) * a 500mg 251 a 350mg 1 0,50mL (350) * a 400mg 151 a 250mg 2 0,37mL (250) * a 300mg 50 a 150mg 3 0,30mL (200) * a 300mg Até 50mg 4 0,21mL (126) * a 252mg Até 5mg A NOVA ERA DOS COSMÉTICOS ECOLÓGICOS E BIOCOMPÁTIVEIS A proposta desses produtos vem alinhada com as mudanças socioeconômicas e culturais do nosso país e do mundo. Além de serem mais seguros e sustentáveis, preocupam-se com a saúde, o bem-estar das pessoas e do meio ambiente. Segundo o projeto de Lei 2906/08, o termo Biocosmético aplica-se a cosméticos com alta concentração de ativos naturais (fitoterápicos e óleos essenciais), além de não possuírem derivados do petróleo, bem como não fazer testes em animais, esses produtos não possuem corantes sintéticos e parabenos, pois se preocupam até com o momento em que você vai tirar esse produto do corpo e tomar banho, pois há risco de contaminação dos lençóis freáticos. Em 2019 essa lei foi atualizada e apenas cosméticos ou ativos cosméticos oriundos da Amazônia podem ser considerados como Biocosmético. A marca de um cosmético é importante? Não tenha dúvidas, mais importante do que isso é saber ler o rótulo, entender a informação que a empresa disponibiliza no item chamado Composição, sabe as letras miúdas que ninguém lê? Então, lá está a verdade do seu cosmético. Os cosméticos habituais não utilizam tal concentração de ativos, algumas até mascaram que fazem teste em animais, oferecem em seus rótulos extratos naturais, mas a dose de óleo mineral é tão alta que mesmos se tivessem óleo essencial (p.ex.) na formulação, sua pele não absorveria, pois ele faz tamponamento dos poros. Então se depois da composição vem às palavras: Mineral oil ou óleo mineral, paraben ou parabeno, paraffinum liquidum ou parafina líquida, BHT e EDTA ftalato e petrolatos; você está passando na pele um cosmético que é ineficaz, além de poluir o meio ambiente e trazer uma série de prejuízos a pele. A médio e longo prazo, o acúmulo desses produtos fazem o rosto perder o viço, os cabelos ficarem pesados, sem balanço e dificulta a absorção de outras substâncias. E esses vilões estão presentes desde cosméticos faciais, corporais e capilares até em maquiagens como bases, sombras, batons. O que eu também quero que você preste muita atenção é que, não é suficiente a empresa dizer que é ecologicamente correta, faz-se necessário uma certificação. No Brasil temosdois órgãos que fiscalizam os produtos e sua produção o IBD (Instituto Biodinâmico) e o Ecocert. Para um cosmético orgânico, é necessário que 95% dos seus ingredientes sejam orgânicos, gerando o mínimo impacto ambiental possível, desde a sua produção (agricultura), comercialização (embalagens e sacolas) e descarte de resíduos. Vale um alerta, os cosméticos orgânicos não podem ser confundidos com os cosméticos naturais. A principal diferença está na sua composição durante a produção. Os naturais são produzidos da maneira convencional, mas apresentam na sua composição ingredientes extraídos da natureza. Para isso é preciso que o cosmético tenha, pelo menos um ingrediente derivado de uma substância natural (5%). O restante (95%) é composto de ingredientes convencionais como água, glicerina, lanolina, manteiga de cacau, óleo de semente de uva, e etc. Independentemente de ser orgânico ou natural, o importante são suas escolhas, leia os rótulos, verifique se os seus cosméticos possuem selos de credibilidade. Se essas empresas não se preocupam com a sua saúde, pouco devem se preocupar com a do meio ambiente. Você sabe a diferença do óleo mineral e do óleo vegetal? Abaixo seguem algumas diferenças, que vão fazer você olhar o rótulo antes de comprar o seu cosmético. ÓLEO MINERAL O óleo mineral é um derivado do petróleo incolor e inodoro, com o poder de formar uma barreira protetora para a pele, por isso ele é utilizado em sessões de clareamento dos pelos com produtos químicos, como é o caso do “Banho de Lua” que utiliza pó descolorante e água oxigenada. Essa combinação é extremamente irritativa para a pele e o óleo mineral ajuda a fazer essa barreira evitando que essa combinação entre em contato direto, amenizando a coceira e as reações alérgicas. Porém ele tem mais malefícios do que benefícios, o óleo mineral pode causar danos a pele, como o tamponamento dos poros que desencadeia ações comedogênicas e acneica (traduzindo, cravos e espinhas). Também obstrui as glândulas de excreção da pele, favorecendo disfunções da camada ácida do tecido. Estas substâncias repelem a água e impedem a absorção de outros ativos de base hídrica. Além de só melhorar a aparência da pele superficialmente, o óleo mineral é tóxico, pois não é biodegradável. Segundo o website da empresa LUBECO, 1 litro de óleo mineral contamina 100.000 litros de água. Isto significa que por não ser bem absorvido pela pele, o óleo mineral é eliminado no banho e na lavagem das roupas, contaminando lençóis freáticos e contribuindo para um ambiente mais poluído. ÓLEO VEGETAL Por sua semelhança estrutural ao manto hidro lipídico da pele, os óleos vegetais reagem melhor com o tecido e permitem que tanto a água, como outros princípios ativos existentes nos cosméticos aplicados sejam bem absorvidos. Extraídos principalmente das sementes de plantas, os óleos vegetais aumentam a proteção da pele contra a perda excessiva de líquidos, permitem a respiração cutânea e assimilam a luz solar. Também auxiliam o restabelecimento de peles rachadas e ressecadas, normalizando e reforçando a estrutura do tecido, por meio da hidratação verdadeira. Ao contrário dos óleos minerais, os de origem vegetal causam menos reações citotóxicas e alérgicas. Finalmente, possuem outra característica também muito importante: são biodegradáveis, não poluem e nem agridem o meio ambiente. Todos os óleos vegetais são biodegradáveis e podem levar até 28 dias para se decompor, sem agredir a natureza. Quando aplicado na pele, grande parte do óleo é absorvida pelo tecido e processada pelas enzimas. O óleo na formulação de cremes serve de base para a diluição de outras substâncias, são conhecidos como carreadores por levar os produtos ativos, como os óleos essenciais. Veja algumas propriedades dos óleos vegetais: Óleo Vegetal de Amêndoa Doce - Prunus armygdalus Indicado para peles secas, sensíveis e que expostas ao sol e vento. Ajuda a diminuir irritações e inflamações, pode ser usado como demaquilante para retirar a maquiagem e limpar a pele. Muito utilizado por gestantes e pessoas com peles sensíveis por seu poder de hidratação profunda, protegendo a pele e prevenindo estrias. Óleo Vegetal de Gergelim - Sesamum indicum Contém 32% de proteína Natural, vitaminas, minerais e lecitina. Excelente para todos os tipos de pele, especialmente com problemas de eczema, psoríases e envelhecimento prematuro da pele. Nos cabelos devolve a vida e o brilho perdido aos fios secos e quebradiços.Terapeuticamente é lubrificante, emoliente, anti-inflamatório e restaurador da camada lipídica. É um dos óleos vegetais mais usado na Índia dentro da Medicina Ayurvédica. Óleo Vegetal de Semente de Uva - Vitis vinífera É um óleo leve que é absorvido rapidamente tornando-o excelente para a pele facial e corporal, sendo indicado para todos os tipos de pele, adstringente leve ajuda a tonificar a pele, emoliente, hidratante, regenerador celular, revitalizante. Previne estrias devido a sua elevada concentração de alfa-tocoferol. É um excelente óleo de massagem, caracterizado como o óleo vegetal mais utilizado pela sua baixa incidência de reações alérgicas. Muitas empresas divulgam que utilizam o óleo vegetal na composição de seus cosméticos, mas omitem a utilização do óleo mineral no mesmo. Se você encontrar na rotulagem do seu produto as palavras como Paraffinum Liquidum ou Mineral Oil, saiba que este produto contém óleo mineral na composição. O motivo pelo qual essas empresas recorrem ao óleo mineral é pelo alto poder de conservação. Desconfie de óleos bifásicos, trifásicos, envasados em embalagens transparentes, coloridos, com aromas de frutas e/ou chocolate. Um consumidor consciente verifica se o cosmético é livre de óleo mineral, parafina e parabenos. Não esquecendo a importância de utilizar produtos ecologicamente corretos, e escolher fabricantes que desenvolvam cosméticos científicos preocupados com o meio-ambiente. Se hoje não nos preocupamos com estes valores, esgotaremos ainda mais os recursos naturais para suas próximas gerações. Assim como os óleos essenciais os óleos vegetais são envasados em vidros de cor âmbar, possuem no rótulo o nome científico e o nome popular de qual planta ele foi extraído, algumas empresas especificam até o método de extração. Desconfie de empresas que vendem óleo vegetal em recipientes de plástico branco e mesmo os de cor âmbar, que não oferecem essas informações importantes no rótulo, como o prazo de validade, e a afirmação de que são 100% puros. PRINCÍPIOS ATIVOS FITOBOTÂNICOS Para falarmos dos ativos cosméticos que potencializam os cosméticos ecologicamente corretos, precisamos falar de ativos fitobotânicos. Nestes casos estamos falando de duas grandes ciências que possuem a botânica em sua origem e aprofundam os conhecimentos por meio dos seus efeitos terapêuticos seja por meio da sua composição química (farmacognosia) ou pela sua composição aromática e interação com o nosso sistema olfativo (osmologia). Vamos especificar 2 ciências neste caso: a Fitoterapia e a Aromaterapia. FITOTERAPIA Faz parte da nossa cultura, enraizada nos saberes populares, a conduta de tomar um “chazinho” de vez em quando. É um chá de boldo para quando exageramos em comidas pesadas, para aliviar os sintomas da ressaca, é um chá de camomila para acalmar e auxiliar na digestão, e tantas outras opções... Escuto muito no consultório os pacientes falarem: “Ah é natural, não vai fazer mal...” Engana-se quem pensa assim.... Das terapias naturais, a fitoterapia é uma das terapias integrativas, que mais produz estudos científicos sobre os efeitos terapêuticos, adversos e os resultados das interações medicamentosas (fitoterápico X fármaco). No Brasil o CONBRAFITO (Conselho Brasileiro de Fitoterapia), vem desenvolvendo um trabalho bacana desde 2009 com o intuitode instruir, gerar e atualizar os conhecimentos sobre as plantas medicinais, promovendo anualmente o Congresso e cursos de formação em fitoterapia. Embora sua fonte sejam as plantas medicinais, os fitoterápicos são medicamentos, utilizados para reestabelecer a homeostase do corpo nos níveis fisiológico e psicológico. Sua eficácia e margem de segurança de indicação terapêutica e utilização, são validadas pela etnofarmacologia, documentações científicas publicadas e devidamente fiscalizadas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). É vital pontuarmos o conceito: a planta medicinal é a forma como ela é encontrada na natureza, para beneficiar-se dos seus efeitos terapêuticos, é preciso conhecê-la, saber onde, como e quando colhê-la, e o fundamental, prepará-la. Quando a planta medicinal passa pelo processo de industrialização (visando evitar contaminações por microorganismos, agrotóxicos, padronizar quantidade e a forma correta de utilização, proporcionando maior segurança) estamos falando dos fitoterápicos, que devem ser registrados antes de serem comercializados. Algumas dicas importantes sugeridas pela própria ANVISA - Buscar informações com os profissionais de saúde; - Informar ao profissional da saúde qualquer reação desagradável que aconteça enquanto estiver usando plantas medicinais ou fitoterápicos; - Observar cuidados especiais com gestantes, lactantes, crianças e idosos; - Informar ao profissional da saúde que está acompanhando seu caso, se está utilizando plantas medicinais ou fitoterápicos, principalmente antes de cirurgias; - Adquirir fitoterápicos apenas em farmácias e drogarias autorizadas pela Vigilância Sanitária; - Seguir as orientações da bula e rotulagem; - Observar a data de validade – Nunca tomar medicamentos vencidos; - Seguir corretamente os cuidados de armazenamento; - Ter cuidado ao associar medicamentos, o que pode promover a diminuição dos efeitos ou provocar reações indesejadas. - Desconfiar de produtos que prometem curas milagrosas. EVITE: Comprar plantas medicinais secas em feiras livres ou em lojas, cuja armazenagem é desconhecida, elas podem ser foco de fungos e bactérias, além de muitas folhas serem confundidas quando estão secas. Desconfie de tinturas, ou extratos que estejam armazenados em recipientes plásticos, sem o devido registro nos órgãos regulamentadores, bem como o farmacêutico responsável por aquele lote. Observe a relação NR5 de 2008 da ANVISA, que versa sobre os fitoterápicos que são considerados de prescrição médica e os que são classificados como MIPS, assim como os de uso exclusivamente externo. Faz-se importante ressaltar que as farmácias de manipulação não possuem uma conduta padrão com relação ao acesso aos fitoterápicos de uso médico, ou seja, pode ser que você se depare com farmácias que se recusam a manipular o fitoterápico visto que você não está habilitado para tal, assim como terá acesso facilitado aos mesmos em outras farmácias. NR5-2008 FITOTERÁPICOS E INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA É importante ressaltar que os usuários de fitoterápicos são em sua maioria adultos e idosos, é comum que utilizem medicamentos alopáticos associados, e como vimos os fitoterápicos também são medicamentos, por isso precisam do acompanhamento de um profissional que possa orientar o paciente, principalmente na hora de indicar uma tintura, cápsula, pomada, ou até mesmo o chá com as plantas escolhidas. Associá-los pode até não gerar efeito nenhum em alguns casos, mas pode ser que um anule o efeito do outro ou até mesmo potencialize-os. Observe alguns exemplos abaixo: Fitoterápicos com efeito laxante (p.ex. Sene, Cáscara Sagrada, Ruibarbo, etc...) Como o sene é um laxante forte, por diminuir o tempo do trânsito intestinal, pode interferir diretamente na absorção dos medicamentos que são absorvidos via oral (cálcio, ferro lítio, digoxina e anticoagulantes orais). Fitoterápicos com efeito diurético (p.ex. Carqueja, Alcachofra, Cavalinha, etc...) A Alcachofra potencializa os efeitos diuréticos, diminuindo o volume sanguíneo, provocando quedas de pressão arterial por hipovolemia, baixos níveis de potássio na corrente sanguínea. A Cavalinha é outra planta que precisa ser administrada com cautela em pacientes com cálculo renal, ou redução da atividade dos rins, ela é rica em silício, o que pode piorar ou agravar o quadro clínico. As interações mais graves envolvem os diuréticos como: furosemida e tiazídicos (Clortalidona, Hidroclorotiazida, Indapamida). Fitoterápicos com efeito hipoglicemiante (p.ex. Gymena, Ginseng, Gengibre, etc...) Podem ter um efeito sinérgico com outros agentes hipoglicemiantes. Em um paciente pouco desinformado, um agente hipoglicemiante de origem vegetal pode provocar níveis perigosamente reduzidos de glicose no sangue. O Ginseng (p.ex.) quando administrado com anticoncepcional, pode provocar efeitos adversos, pois aumenta a atividade estrogênica, tais como dor nas mamas e sangramento menstrual excessivo. Fitoterápicos com efeito anticoagulante (p.ex. Ginkgo Biloba, Angélica, Alho, etc...) Podem aumentar o risco de sangramento em pacientes que utilizam medicamentos como varfarina, AAS ou outros inibidores da agregação plaquetária. Fitoterápicos que possuem cumarinas também podem contribuir para a ocorrência de transtornos hemorrágicos. Segundo a farmacologista Elizabeth Prado, pacientes que associaram varfarina ou aspirina com Ginkgo Biloba tiveram hemorragia, mesmo usando doses recomendadas. O Ginko Biloba também pode reduzir a concentração plasmática do Omeprazol, medicamento utilizado para o tratamento de úlcera e refluxo. Fitoterápicos com efeitos sedativos, calmantes e depressores de sistema nervoso central (Kawa Kawa, Valeriana, Passiflora, etc...) Podem potencializar os efeitos sedativos de outras drogas utilizadas em associação. A Passiflora pode interagir com hipnóticos, ansiolíticos, inibidores da MAO, anti- histamínicos e o álcool, intensificando a sua ação. Já a Valeriana possui ação depressora do SNC, potencializa o efeito depressor de outros medicamentos alopáticos com a mesma ação (benzodiazepínicos, barbitúricos, alguns antidepressivos e o álcool). Alguns estudos observam a administração do óleo essencial de eucalipto com sintomas de dificuldade de concentração e raciocínio, além de alterações no sistema nervoso, que podem ser intensificados quando esse tipo de medicamento for associado. Além disso o óleo também diminui os níveis de açúcar no sangue, e deve ser usado com precaução em pacientes diabéticos. Os fitoterápicos podem ser associados aos protocolos estéticos como princípios ativos, que podem ser apresentados de maneira concentrada (extrato vegetal), em pó ou isoladamente como pode ser observado abaixo: FITOFÁRMACO: Substância isolada de vegetal da qual se conhece a característica química e que desencadeia determinado efeito sobre o sistema biológico. Quando presente em ma formulação, caracteriza um produto alopático comum, não se tratando de fitoterápico. Exemplo: papaína 3% em creme base q.s.p. 30g. MARCADOR FARMACOLÓGICO: Substância contida no vegetal, ou parte deste, responsável pela atividade farmacológica. Às vezes, pode-se encontrar um grupo de marcadores e não apenas uma única substância. MARCADOR FITOQUÍMICO: Substância contida no vegetal, ou parte deste, que o caracteriza fitoquimicamente. Nem sempre o marcador fitoquímico é também o marcador farmacológico. Exemplo: Cáscara sagrada = Marcador Fitoquímico e Farmacológico pertencem a mesma classe = antraquinonas. Peumus boldus = o Marcador Fitoquímico é a boldina (alcalóide) e os Marcadores farmacológicos para as atividades colerética e colagoga = Terpenos. FITOTERÁPICOS COMO ATIVOS COSMÉTICOS - FITOCOSMÉTICA Dependendo da planta o seu % na formulação pode variar de 2,5 a 5%e pra melhor permeação os ativos fitoterápicos (também conhecido como extrato vegetal) são melhores assimilados pela pele quando diluídos em base oleosa (creme, pomada ou óleo vegetal), porém podem ser aplicados em outras bases (shampoo, gel, sérum e fluídos – dependendo do objetivo). Na maioria das farmácias de manipulação os fitoterápicos são adicionados à formulação por meio de extratos alcoólicos ou tinturas como são conhecidos. A base de sua formulação deve ser biocompatível e livre de ativos sintéticos ou corantes artificiais. Além de terem conservantes específicos para esse tipo de produto. A indicação dos fitoterápicos como chá ou como ativo cosmético em formulações manipuladas exige que o profissional faça uma especialização na área, ou uma formação em órgãos validados como o CONBRAFITO. Veja alguns extratos vegetais que são usados na fitocosmética: Arnica (Arnica montana) – Anti-inflamatória, antisséptica, descongestionante e estimulante celular. Cavalina (Equisetum arvensi) – Ação cicatrizante e tensora da circulação periférica e superficial. Calêndula (Calendula officinalis) – anti-inflamatória, antisséptica, adstringente, emoliente e ativadora da circulação. Camomila (Matricaria camomila) – anti-inflamatória, antialérgica, descongestionante e refrescante. Copaíba (Copaiba sp) – bactericida, fungicida, cicatrizante, antisséptica, anti- inflamatória e emoliente. Ao indicar fitoterápicos na forma de infusão ou decocção é fundamental que você oriente corretamente como o paciente deve preparar esses produtos. Referência de erva para 1 xícara de chá de 350ml: 1 colher de sopa do fitoterápico escolhido 1 xicara 1 pires para abafar E a água na temperatura ideal como pode ser observado nas duas descrições abaixo: INFUSÃO: Para ervas aromáticas e outras plantas ou partes de estrutura frágil, como flores e folhas. A água quente (desligar quando começar a fazer pequenas bolhas no fundo) é despejada sobre 1 colher de sobremesa da erva e em seguida abafada, por dez minutos. Não é aconselhável ferver a água juntamente com tais ervas, para que não oxidem ou percam suas propriedades. DECOCÇÃO: Para raízes, cascas e sementes. Na cocção, a planta é fervida por pelo menos 5 minutos e abafada por 10 minutos (1 colher de chá para cada xícara de água). DICAS IMPORTANTES: Nunca tome um chá mais de 24 horas depois de seu preparo, pois será iniciado o processo de fermentação. Recomendamos variar o chá, evitando-se consumir o mesmo chá por mais de trinta dias, pois o nosso organismo tende a responder cada vez menos. SOMENTE NUTRICIONISTA PODE INDICAR FITOTERÁPICOS? No que se refere ao Conselho de Nutrição a Resolução CFN nº 402/2007 que “Regulamenta a Prescrição Fitoterápica pelos Nutricionistas de Plantas in natura, Frescas ou como Droga Vegetal, nas suas Diferentes Formas Farmacêuticas e dá outras providências.” Estabelece no artigo 3 que a prescrição fitoterápica é parte do procedimento realizado pelo nutricionista na prescrição dietética e, em seu parágrafo único, estabelece que “As formas farmacêuticas permitidas para o uso pelo profissional nutricionista são exclusivamente de uso oral, tais como: I – Infuso, II – Decoto, III- Tintura, IV- Alcoolatura, V- extrato”. Como foi citado no início deste tópico, não consta na ANVISA orientações que impeçam o profissional de estética a indicar fitoterápicos, desde que estes sejam de venda livre ou MIP (medicamentos isentos de prescrição). Em 2016 a ANVISA publicou o Memento Fitoterápico que auxilia os profissionais a compreenderam informações como dose, frequência, formas de administração, toxicidade, além de especificar quais são os fitoterápicos exclusivos de indicação médica ou de venda livre. Abaixo segue uma lista mais detalhada de alguns fitoterápicos e suas indicações nas formulações. Para visualizar as informações de maneira ampla consulte os slides. INCI NOME POPULAR PARTE UTILIZADA INDICAÇÕES TÓPICAS MARCADOR CONCENTRAÇÃO FORMULAÇÃO OBSERVAÇÂO Aloe Vera Babosa Gel no interior da folha Cicatrizante, anti- inflamatório, regenerador, calmante. Polissacarídeos totais 1 a 5% Pode ser usado como base para formulações mais fluídas. Arnica Montana Arnica Flores Equimoses, hematomas e contusões Lactonas sesquiterpênicas totais expressas em helenalina 1 a 10% Pomada ou Gel-creme. Não usar em feridas abertas. Calendula officinales Calêndula Flores Cicatrizante, anti- inflamatório para ferimentos e mucosas Flavonóides totais expressos em hiperosídeos; 1 a 10% In-out Centella asiática Centella asiatica Folhas Insuficiência venosa dos membros inferiores Derivados triterpênicos totais expressos em asiaticosídeo 1 a 10% In-out Hamamelis virginiana Hamamélis Folhas Hemorróidas externas, equimoses Taninos 1 a 5% In-out Matricaria recutita Camomila Flores Anti- inflamatório Apigenina -7- glicosídeo 05 a 5% In-out Serenoa repens Saw palmetto Frutos Impede a produção do hormônio DHT Ácidos Graxos 3% Prescrição médica Symphytum officinale Confrei Raízes Cicatrizante em lesões abertas Alantoína 1% Utilizar por no máximo 4-6 semanas/ano. Camellia sinensis Chá verde Folhas Antioxidante, proliferação celular e a redução da apoptose nas células da papila dérmica do folículo piloso Epigalocatequinagalato 1 a 10% 2,5% em estudos mostrou melhor estímulo do crescimento capilar quando comparada ao minoxidil na mesma concentração Alfa bisabolol - Quimiotipo de o.e. de Camomila, Rosas, Candeia Antiséptico, antimicótico e cicatrizante. Queimaduras e peles sensibilizadas Alfa bisabolol 0,1 a 1% Pode-se usar o o.e. com o propósito de agregar aroma e o componente na formulação. Avena Sativa Aveia Coloidal Cereal antioxidante, calmante e anti- inflamatória, na acne (hipercromia pós inflamatória). Hidratante Ácidos avênicos A e B, ácido pantotênico, ácido salicílico, vitaminas B1 e B2, beta-glucanas e aminoácidos 3 a 10% 7 a 15g adicionado ao banho do bebê Apis mellífera Própolis Resina cicatrizante, anti- inflamatória, bactericida, protetora e regeneradora de tecidos, calmante de irritações da pele. Resinas vegetais e bálsamos: 50%; cera de abelha: 30%; óleos essenciais: 10%; grãos de pólen: 5%. Além disso, flavonóides, vitaminas, enzimas e minerais (alumínio, cálcio, estrôncio, ferro, magnésio, silício, titânio, bromo e zinco). Até 10% Cremes, loções cremosas, hidro alcóolicas ou tônicas, em shampoos, géis, loção de limpeza, produtos pós- barba, pós- depilação, para picadas de inseto, máscaras faciais, sabonetes e outros produtos cosméticos. Hippocastanum vulgare Castanha da índia Castanha Fragilidade capilar, varizes, hemorroidas e edemas por má circulação, flebites, insuficiência crônica venal, pele (dermatite, eczema, inflamações gerais), peso e dor nas pernas. 30% de Escina; outras saponinas (afrodescina, argirescina, criptoescina); taninos (ácido esculitânico, epicatequina, leucocianidina, leucodelfinina) Até 10% In & out AROMATERAPIA O termo de origem grega, refere-se ao tratamento por meio dos aromas/fragrâncias, para equilibrar mente e corpo. Em 1928 René Gattefossé após se queimar, por impulso mergulhou a mão em um recipiente cheio de óleo de lavanda, e descobrindo as propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias do óleo essencial mais famoso na aromaterapia. Os óleos essenciais são extratos voláteis, que evaporam em contato com o ar, altamente concentrados encontrados em parte das plantas aromáticas (flores, folhas, raízes, cascas de frutas), são usados como complemento e como potencializadores terapêuticos,
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