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Unidade 7 Bactérias como agentes de doenças de plantas resumo

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Unidade 7 – Bactérias como agentes de doenças de plantas
Fundamentos de fitopatologia.
Acadêmica: Tainá Scariot
Disciplina: Microbiologia Agrícola
1. INTRODUÇÃO
Mais de 1600 espécies bacterianas são conhecidas, mas apenas cerca de 100 espécies causam doenças em plantas. Bactérias são importantes patógenos de plantas, não somente pela alta incidência e severidade em culturas de valor econômico, mas também pela facilidade com que se disseminam e pelas dificuldades encontradas para o controle das enfermidades por elas incitadas.
2. POSIÇÃO TAXONÔMICA
A condição procariota da célula bacteriana pode ser caracterizada pela natureza do ginóforo, tipo de ribossomos e ausência de membrana envolvendo organelas citoplasmáticas. Na primeira edição do Bergey’s Manual of Sistematic Bacteriology, em 1984, o Reino Procarotae foi dividido em quatro grandes divisões, sendo duas envolvendo bactérias de importância fitopatológica: Gracilicutes e Firmicutes.
O termo patovar (pv.) é uma nomenclatura infra-específica para designar dentro de uma espécie, bactérias que são patogênicas a um grupo de hospedeiros. Xhantomonas campestris pv. campestris é uma bactéria patogênica às crucíferas, causando a podridão negra.
3. CARACTERÍSTICAS DA CÉLULA BACTERIANA
Dimensões: a célula bacteriana mede de 1 a 3,5 µm de comprimento por 0,5 a 0,7 µm de diâmetro
Formas: bactérias fitopatogênicas tem normalmente a forma de bastonetes ou bacilos, podendo apresentar outras formas. Bactérias filamentosas ou miceliais possuem micélio rudimentar formado por hifas muito finas.
Motilidade: podem ser imóveis ou móveis. O movimento pode ser: ondulatório, rotatório ou através de flagelos (mais comum). Os flagelos são filamentos contrácteis visíveis apenas com colorações especiais no microscópio ótico. 
As bactérias podem ser classificadas de acordo com a quantidade e disposição de flagelos:
· Átricas: sem flagelos
· Monótricas: um flagelo lateral ou polar
· Lofótricas: tufo de flagelos
· Perítricas: flagelos em toda a superfície
Estrutura e função da célula bacteriana: externamente pode ser revestida pela cápsula/camada mucilaginosa, que tem a função de proteger e facilitar a sobrevivência. Em seguida, há a parede celular que envolve a região citoplasmática que é delimitada pela membrana celular/citoplasmática. Citoplasma uniforme composto por muitos ribossomos (sedes da síntese proteica). Genóforo (região nuclear) evidente, porém difusa. Não há membrana nuclear. O citoplasma pode apresentar invaginações da membrana celular, chamadas mesossomos, além de inclusões ou grânulos, que abrigam substâncias de reserva. Os gêneros Bacillus e Clostridium são os únicos a produzirem endosporos (estruturas de resistência). Apêndices celulares: flagelos (motilidade), fimbrias (aderência ao substrato), pílus (processo de recombinação genética/conjugação).
Taxonomia de acordo com a coloração Gram:
· Gram-positivas: parede celular com mais substância mucocomplexa, mais impermeável, o álcool não consegue descolorí-las
· Gram-negativas: parede celular com menos substância mucocomplexa e grande quantidade de proteínas, lipídios e polissacarídeos, sendo a parede celular mais permeável, permitindo que o álcool utilizado na coloração remova o complexo criado entre o cristal-violeta e o iodo.
4. REPRODUÇÃO E CRESCIMENTO
Reprodução: 
· Bactérias fitopatogênicas: através de fissão binária ou cissiparidade, um processo assexuado onde a célula mãe cresce e se divide em duas células filhas idênticas.
· Bactérias miceliais: esporulação ou segmentação do micélio e formação de conídios ou esporângios no ápice das hifas.
· As bactérias são capazes de trocar material genético entre si, gerando variabilidade genética.
Crescimento: 
· Fissão binária: origina células em progressão geométrica. 
· Bactérias fitopatogênicas crescem mais lentamente (48h) do que bactérias saprófitas (24h). Isso pode auxiliar na diferenciação de ambas.
· Fitobactérias são organismos bastante versáteis e com alta capacidade de adaptação a diferentes ambientes. 25°C a 30°C é a temperatura ideal para o seu crescimento e multiplicação. pH ideal em torno de 7,0. Em sua maioria, as bactérias fitopatogênicas são aeróbicas estritas (com exceção do gênero Erwinia e Bacillus – podem ser anaeróbicas facultativas. Gênero Clostridium – anaeróbica estrita). São heterotróficas.
5. PENETRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO E SINTOMAS
As bactérias penetram na planta através das aberturas naturais presentes, e também através de ferimentos. Quando estão no interior da planta podem se reproduzir no espaço intercelular ou no tecido vascular, dependendo do sintoma que irão produzir. Quando o tecido vascular é colonizado, há o aparecimento de murcha, morte dos ponteiros e cancro. No caso dos espaços intercelulares colonizados, irão produzir os sintomas de manchas, crestamentos, galhas, fasciação e podridão mole.
· Principais sintomas causados por bactérias fitopatogênicas: anasarca/encharcamento, mancha, podridão mole, murcha, hipertrofia, cancro, morte das pontas, talo-ôco e canela preta.
· Sinais aparentes de colonização de bactérias fitopatogênicas: exsudato, pús ou fluxo bacteriano, tanto nas lesões como nas doenças vasculares, principalmente em condições de alta umidade.
6. SOBREVIVÊNCIA E DISSEMINAÇÃO
A maioria das bactérias fitopatogênicas não formam endosporo, o que reduz a capacidade de sobrevivência. Por isso a cápsula é importante, já que possibilita uma certa resistência ao dessecamento, radiações e produtos químicos.
Ciclo de vida típico das fitobactérias:
· Fase patogênica: a bactéria em ativa associação com o hospedeiro, infecta e coloniza seus tecidos, gera os sintomas típicos da enfermidade
· Fase residente: as bactérias são denominadas populações residentes, onde tem capacidade de se multiplicar na superfície em plantas sadias sem infectá-las.
· Fase latente: encontram-se as bactérias internamente posicionadas no tecido suscetível, com a multiplicação parada, em baixas populações, sem sintomas evidentes.
· Fase hipobiótica: as bactérias possuem mecanismos que permitem viver em hipobiose, multiplicando-se normalmente.
· Fase saprofítica: o patógeno se multiplica em material vegetal morto e em decomposição. As fitobactérias se comportam como parasitas facultativos, tendo capacidade saprofítica. 
7. PRINCIPAIS GÊNEROS DE BACTÉRIAS FITOPATOGÊNICAS
8. CONTROLE DE FITOBACTERIOSES
As doenças fitobacterianas normalmente são difíceis de controlar. Geralmente é necessário a combinação de diversos métodos de controle para combate-las. Infestações de campos/culturas podem ser evitados com o uso de material de propagação sadio. Práticas sanitárias durante e após o manejo de culturas infestadas, Rotação de culturas no caso de bactérias com gama limitada de hospedeiros. Uso de variedades resistentes, suplementando com práticas culturais apropriadas e aplicação de químicos. Antibióticos possuem resultados variáveis no controle.

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