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Segurança do Trabalho - Comunicação Oral e Escrita

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Prévia do material em texto

Série Segurança do Trabalho
comunicação 
oral e escrita
Série Segurança do Trabalho
COMUNICAÇÃO 
ORAL E ESCRITA
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente 
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
Série Segurança do Trabalho
COMUNICAÇÃO 
ORAL E ESCRITA
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
© 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por 
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de 
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por 
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina 
Núcleo de Educação – NED
FICHA CATALOGRÁFICA
S491c
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. 
Comunicação oral e escrita / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 
Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 
Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2012.
162 p. : il. ; (Série Segurança do Trabalho).
ISBN 978-85-7519-483-6
1. Língua portuguesa – Estudo e ensino. 2. Relatórios - Redação. 3. Fala em 
público. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional 
de Santa Catarina II. Título III. Série.
CDU: 811.134.3
lista de ilustrações 
Figura 1 - Escrita egípcia ................................................................................................................................................18
Figura 2 - Linguagem culta e linguagem coloquial ............................................................................................21
Figura 3 - Países que falam a língua portuguesa ..................................................................................................21
Figura 4 - Processo de comunicação humana .......................................................................................................26
Figura 5 - Coesão textual ...............................................................................................................................................37
Figura 6 - Etapas do parágrafo ....................................................................................................................................49
Figura 7 - Dados descritivos .........................................................................................................................................58
Figura 8 - Características dos textos argumentativos .........................................................................................65
Figura 9 - Tipos de argumento ....................................................................................................................................66
Figura 10 - Perguntas para elaboração de relatório ............................................................................................76
Figura 11 - Navegador Web Google Chrome. ........................................................................................................91
Figura 12 - Salvando uma imagem da internet .....................................................................................................92
Figura 13 - Pesquisa utilizando o Google ................................................................................................................93
Figura 14 - Barras e menus do Word ...................................................................................................................... 100
Figura 15 - Ferramentas de tabela .......................................................................................................................... 101
Figura 16 - Guia dinâmica design ...........................................................................................................................102
Figura 17 - Guia layout (tabela) ................................................................................................................................ 102
Figura 18 - Guia formatar ........................................................................................................................................... 103
Figura 19 - Guia cabeçalho e rodapé ..................................................................................................................... 103
Figura 20 - Adicionar legenda .................................................................................................................................. 105
Figura 21 - Índice de ilustrações .............................................................................................................................. 106
Figura 22 - Exemplo de formatação de parágrafo ............................................................................................. 107
Figura 23 - Barra de status com a opção seção ativa ....................................................................................... 108
Figura 24 - Grupo fonte ............................................................................................................................................... 109
Figura 25 - Grupo páginas ......................................................................................................................................... 110
Figura 26 - Grupo estilos ............................................................................................................................................ 111
Figura 27 - Modificar estilo. ....................................................................................................................................... 111
Figura 28 - Zoom da janela ....................................................................................................................................... 113
Figura 29 - Botão Office, opção imprimir .............................................................................................................. 113
Figura 30 - Tela principal do MS Power Point ......................................................................................................128
Figura 31 - Definindo layout da apresentação .................................................................................................. 129
Figura 32 - Escolhendo um Design apropriado ................................................................................................. 129
Figura 33 - Salvando um Design apropriado ...................................................................................................... 129
Figura 34 - Inserindo caixas de texto na apresentação .................................................................................. 130
Figura 35 - Inserindo imagens na apresentação ................................................................................................ 131
Figura 36 - Alterando propriedades de uma imagem ..................................................................................... 131
Figura 37 - Inserir som como elemento de apresentação .............................................................................. 132
Figura 38 - Definindo sequência e configuração dos itens............................................................................ 132
Figura 39 - Configurando propriedades do som na apresentação ............................................................. 133
Figura 40 - Trabalhando com filmes na apresentação ..................................................................................... 133
Figura 41 - Alterando plano de fundo .................................................................................................................. 134
Figura 42 - Alterando estilo de plano de fundo ................................................................................................ 134
Figura 43 - Configurando transição de slides ..................................................................................................... 136
Figura 44 - Escolhendo opções de animação de slides ...................................................................................136
Figura 45 - Ampliando opções de animação de slides ....................................................................................136
Figura 46 - Personalizando uma animação .......................................................................................................... 138
Figura 47 - Opções de animação ............................................................................................................................. 139
Figura 48 - Inserindo sons nas animações ........................................................................................................... 140
Figura 49 - Exemplo de efeitos de animação ..................................................................................................... 140
Figura 50 - Mapa Conceitual ....................................................................................................................................... 159
Quadro 1 - Matriz curricular ..........................................................................................................................................14
Quadro 2 - Vocábulos aportuguesados .....................................................................................................................22
Quadro 3 - Neologismos .................................................................................................................................................22
Quadro 4 - Neologismos da informática ...................................................................................................................23
Quadro 5 - Libras, código morse, alfabeto latino e alfabeto árabe .................................................................29
Quadro 6 - Características de um texto .....................................................................................................................36
Quadro 7 - Recursos linguísticos para um texto ....................................................................................................37
Quadro 8 - Características dos textos.........................................................................................................................48
Sumário 
1 Introdução ........................................................................................................................................................................13
2 Comunicação...................................................................................................................................................................17
2.1 Níveis de fala .................................................................................................................................................18
2.1.1 Estrangeirismos .........................................................................................................................22
2.1.2 Neologismos ...............................................................................................................................22
2.1.3 Gírias ..............................................................................................................................................23
2.1.4 Regionalismo ..............................................................................................................................24
2.2 Processo .........................................................................................................................................................26
3 Técnica de Intelecção de Texto .................................................................................................................................33
3.1 Análise textual ..............................................................................................................................................34
3.1.1 Coerência textual .....................................................................................................................35
3.2 Análise temática .........................................................................................................................................38
3.3 Análise interpretativa ................................................................................................................................41
4 Parágrafo ...........................................................................................................................................................................45
4.1 Estrutura interna e tipos de parágrafos ...............................................................................................46
4.2 Unidade interna ...........................................................................................................................................49
5 Descrição ..........................................................................................................................................................................53
5.1 Conceituação ................................................................................................................................................54
5.2 Descrição de objeto, processo e ambiente .......................................................................................59
6 Dissertação .......................................................................................................................................................................63
6.1 Estrutura .........................................................................................................................................................64
6.2 Argumentação ..............................................................................................................................................66
7 Relatório Técnico ............................................................................................................................................................73
7.1 Estrutura .........................................................................................................................................................74
7.2 Tipos de relatórios .......................................................................................................................................78
7.2.1 Relatório de pesquisas científicas .......................................................................................78
7.2.2 Relatório de atividades escolares ........................................................................................79
7.2.3 Relatório comercial ...................................................................................................................79
7.2.4 Relatório administrativo .........................................................................................................81
7.2.5 Relatório de prestação de contas ........................................................................................81
8 Internet ..............................................................................................................................................................................858.1 Pesquisa ..........................................................................................................................................................86
8.2 Comunicação ................................................................................................................................................89
9 Editor de Textos ..............................................................................................................................................................99
9.1 Digitação de textos .................................................................................................................................. 100
9.2 Inserções ...................................................................................................................................................... 103
9.3 Parágrafos ................................................................................................................................................... 106
9.4 Formatação ................................................................................................................................................. 109
9.5 Impressão de arquivo ............................................................................................................................. 113
10 Técnicas de Apresentação ..................................................................................................................................... 117
10.1 Estruturação ............................................................................................................................................. 118
10.2 Ferramentas de multimídia ................................................................................................................ 120
10.3 Gerenciamento de tempo .................................................................................................................. 121
11 Slides .............................................................................................................................................................................. 127
11.1 Regras de estruturação ........................................................................................................................ 128
11.2 Inserção de figuras e arquivos ........................................................................................................... 130
11.3 Formatação .............................................................................................................................................. 135
11.3.1 Movimento de entrada ...................................................................................................... 137
11.3.2 Movimento de saída ........................................................................................................... 138
11.3.3 Movimento de ênfase ........................................................................................................ 139
11.3.4 Trajetórias de animação .................................................................................................... 139
11.3.5 Inserindo sons nas animações ........................................................................................ 140
12 Oratória ........................................................................................................................................................................ 143
12.1 Falar em público ..................................................................................................................................... 144
12.2 A apresentação ....................................................................................................................................... 146
Referências ........................................................................................................................................................................ 153
Minicurrículo dos Autores ........................................................................................................................................... 155
Índice .................................................................................................................................................................................. 157
Anexo .................................................................................................................................................................................. 159
1
introdução
Este livro didático, tem como objetivo proporcionar a aquisição dos fundamentos técnicos 
e científicos com vistas ao desenvolvimento da comunicação oral e escrita e o desenvolvimen-
to das capacidades sociais, organizativas e metodológicas adequadas a diferentes situações 
profissionais.
Escrever de forma correta exige dedicação, principalmente, para quem não está acostu-
mando a fazê-lo diariamente. Você precisa aprender e saber aplicar as principais regras da nos-
sa língua, para comunicar-se de forma eficiente e eficaz tanto no mercado corporativo quanto 
no seu cotidiano.
Aquele que deseja construir uma carreira sólida e de sucesso precisa se comunicar adequa-
damente, utilizando a escrita e a fala. É sabido que tem mais chances de crescer, aquele que 
sabe se comunicar. Desenvolva essa capacidade e aproveite as oportunidades de aprendiza-
gem aqui disponibilizadas. 
A seguir são descritos, na matriz curricular, os módulos e as unidades curriculares previstos 
e suas respectivas cargas horárias.
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa14
Técnico Segurança do Trabalho
MóDULOS DENOMINAÇÃO UNIDADES CURRICULARES
CARGA 
hORáRIA
CARGA hORáRIA 
DO MóDULO
Básico Básico
• Comunicação Oral e 
Escrita 
60h
300h
• Fundamentos de 
Saúde e Segurança do 
Trabalho 
120h
• Cálculos aplicados em 
Saúde e Segurança do 
Trabalho 
60h
• Gestão de pessoas 60h
Específico I
Realização de 
ações de saúde 
e segurança do 
trabalho
• Ações Educativas em 
Saúde e Segurança do 
Trabalho 
• Saúde e Segurança do 
Trabalho 
90h 
360h
450h
Específico II
Coordenação de 
ações de saúde 
e segurança do 
trabalho
• Coordenação de Ações 
em Saúde e Segurança 
do Trabalho
150h 150h
Específico III
Planejamento de 
ações de saúde 
e segurança do 
trabalho
• Planejamento de Ações 
em Saúde e Segurança 
do Trabalho 
300h 300h
Quadro 1 - Matriz curricular
Fonte: SENAI DN
Agora você é convidado a trilhar os caminhos do conhecimento. Faça deste 
processo um momento de construção de novos saberes, onde teoria e prática 
devem estar alinhadas para o seu desenvolvimento profissional. Bons estudos!
1 inTroduçÃo 15
Anotações:
2
Comunicação
O ser humano se diferenciou das demais espécies porque desenvolveu a capacidade de ex-
pressar suas ideias. Para expressá-las, criou a linguagem e por meio dela transmite o que pensa, 
deseja fazer ou modificar. O grande desafio do ser humano é ser efetivo em sua comunicação. 
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) conhecer o processo de comunicação humana e os aspectos que interferem ou impactam 
na língua;
b) comunicar-se oralmente em diversos níveis hierárquicos.
Esta primeira etapa de estudo permitirá a você, explorar o processo da comunicação para 
melhorar as relações profissionais e pessoais.
As oportunidades de aprendizagem serão muitas. Faça deste processo uma construção sig-
nificativa e prazerosa.
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa18
2.1 nÍVeiS de Fala
No início da história da evolução do homem não havia muita diferença entre 
as espécies que habitavam o planeta terra, porém o ser humano desenvolveu a 
capacidade de expressar suas ideias, fruto da análise e reflexão sobre as coisas. 
Então, o que diferenciou o homem das demais espécies foi a comunicação?
Isso mesmo! Para que a comunicação ocorresse, fez-se necessário desenvolver 
a linguagem oral e escrita. 
Os primeiros sinais de comunicação feitos pelos homens pré-históricos são as 
pinturas rupestres,que podem ser encontradas ainda hoje nas paredes das ca-
vernas. 
 VOCÊ 
 SABIA?
Pinturas rupestres são desenhos nas paredes das ca-
vernas, representando cenas do cotidiano dos homens 
pré-históricos. As pinturas eram feitas com sangue de 
animais, carvão, rochas e até com extrato de plantas.
Essas pinturas tinham o objetivo de reforçar as histórias contadas oralmente 
pelos homens pré-históricos. Após essa fase, o ser humano passou a combinar 
elementos a fim de comunicar suas ideias. 
iS
to
ck
ph
ot
o 
(2
0-
-?
)
Figura 1 - Escrita egípcia
O homem desenvolveu um sistema de sinais que representavam sons e que 
construíram as palavras, nomeando os seres e tudo o que nos cerca. Dessa forma, 
pode-se dizer que o homem criou a linguagem e, por meio dela, passou a sua 
cultura para as gerações posteriores.
1 PARTITuRA
É uma representação escrita 
de música padronizada 
mundialmente.
2 SIGNIFICANTE
Parte material ou objeto
3 SIGNIFICADO
Ideia que desejamos 
representar
2 CoMuniCaçÃo 19
Segundo Ferreira (1986, p. 508) cultura é “complexo dos padrões de compor-
tamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais 
transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade.” 
A comunicação humana tem o objetivo de transferir algum tipo de conheci-
mento para outrem. 
A transmissão do conhecimento ocorre porque o homem tem a capacidade de 
criar formas de linguagem. É a linguagem falada e escrita que possibilita a comu-
nicação, portanto, “[...] o homem é um ser que se criou ao criar uma linguagem” 
(PAZ, 1982, p. 42).
A comunicação humana pode ser realizada de inúmeras formas. Não se dá 
apenas por meio das palavras, mas também pelos símbolos. Um exemplo é a par-
titura1, que assim como qualquer outro sistema de escrita, possui seu próprio con-
junto de símbolos, que estão associados a sons. 
Desta forma, um conjunto de notas musicais transmite a informação para um 
músico e este pode executá-la com presteza, apenas lendo tais símbolos.
St
oc
kb
yt
e 
(2
0-
-?
)
Para comunicar uma ideia, o homem usa a língua, que é um sistema de signos 
“[...] é o elemento utilizado para representar o objeto. É composto de duas partes: 
o significante2 e o significado3 ” (GRIFFI, 1991, p. 9). 
A língua é “[...] o conjunto de palavras e expressões usadas por um povo” (FER-
REIRA, 1986, p.1034) ou “[...] é um conjunto de signos e de regras de combinação 
desses signos, que constituem a linguagem oral ou escrita de uma coletividade” 
(MAIA, 2005, p. 22). 
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa20
A língua é dinâmica e está sempre se modificando, pois algumas palavras são 
inseridas, outras caem em desuso, ou ainda podem sofrer modificações estrutu-
rais devido à unificação do idioma.
A escrita tem a função de relatar fatos históricos e manifestações culturais ao 
longo da história. Ao relatar, o homem cria e produz a cultura. Portanto, a lingua-
gem é a base da cultura. 
Cr
ea
ta
s 
(2
0-
-?
)
 VOCÊ 
 SABIA?
Manifestações culturais são as formas encontradas pelo 
homem para expressar o que ele pensa, deseja fazer ou 
modificar. Ex.: pinturas, esculturas, música, teatro, dan-
ça, literatura etc.
A língua portuguesa tem sua origem no latim, que era a língua falada no esta-
do Lácio, região onde, atualmente, fica a cidade de Roma na Itália. Em função da 
expansão do Império Romano, o latim se espalhou por grande parte da Europa, 
dando origem ao português, espanhol, catalão, francês, italiano e ao romeno. 
Naquela época, havia dois níveis de expressão do latim: 
a) latim clássico4; 
b) latim vulgar5.
Atualmente, existem duas formas de expressão: linguagem culta e a lingua-
gem coloquial. Conheça as particularidades de cada expressão.
4 LATIM CLáSSICO
Que era falado pela elite 
dominante e escritores;
5 LATIM VULGAR
Que era usado pelo povo. 
2 CoMuniCaçÃo 21
Lu
iz
 M
en
eg
he
l (
20
11
)
Figura 2 - Linguagem culta e linguagem coloquial
Outras culturas também exercem influência sobre a nossa e podem ser perce-
bidas tanto no vestuário, quanto na culinária, na música, no comportamento e na 
própria língua.
Você já percebeu como a música sertaneja brasileira sofre influência da música 
country americana?
O Brasil não é o único país que fala a língua portuguesa. Segundo o site Mun-
do Educação, a língua portuguesa é a quinta mais falada e a terceira do mundo 
ocidental, superada apenas pelo inglês e o castelhano. Atualmente, aproximada-
mente 250 milhões de pessoas no mundo falam português, o Brasil responde por 
cerca de 80% desse total.
Cr
is
pa
ss
in
at
o 
(2
0-
-?
)
Figura 3 - Países que falam a língua portuguesa
Fonte: Map of Lusophone World (2006) 
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa22
A língua sofre influência de outras línguas, de grupos sociais, de regionalismos 
e na criação de novas palavras (neologismos).
O assunto não para por aqui. Vamos em frente? Aproveite todos os caminhos 
que levam ao conhecimento.
2.1.1 ESTRANGEIRISMOS
Existem palavras que foram incorporadas à língua portuguesa sem modificar 
a forma original ou a pronúncia da palavra e outros vocábulos foram aportugue-
sados.
DO FRANCêS omelete, vitrine, toalete.
DO AFRICANO acarajé, jiboia, pajé.
DO INGLêS recorde, hambúrguer, uísque.
DO ESPANhOL pepita, cavalheiro.
DO áRAbE álgebra, arroz, alecrim.
DO jAPONêS quimono, samurai, gueixa.
DO ITALIANO lasanha, piano, maestro.
DO RUSSO czar, vodca.
Quadro 2 - Vocábulos aportuguesados
2.1.2 NEOLOGISMOS
Os neologismos são usados quando aquele que emite a mensagem não en-
contra uma palavra com significado similar na língua ou quando esse usa uma 
palavra com sentido novo, diferente do original, e após algum tempo, é incorpo-
rado ao dicionário.
LARANjA fruta cítrica ou falso proprietário.
GATO animal felino ou ligação clandestina.
Quadro 3 - Neologismos
2 CoMuniCaçÃo 23
Já a informática está repleta de exemplos de novas palavras, que estão inseri-
das na nossa língua.
DELETAR eliminar, apagar.
LINCAR acessar documento de hipertexto por meio de link.
LOGAR
fornecer nome do usuário e senha, permitindo acesso ao computa-
dor.
Quadro 4 - Neologismos da informática
2.1.3 GÍRIAS
As gírias nascem em um determinado grupo social e passam a fazer parte da 
linguagem, revelando, inclusive, a idade do falante. 
Você deve conhecer muitas, não é mesmo?
Anos 50
H
em
er
a 
Te
ch
no
lo
gi
es
 (2
0-
-?
)
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa24
Atualmente
Ci
ar
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 G
riffi
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(2
0-
-?
)
2.1.4 REGIONALISMO
A influência de várias culturas deixou, no Brasil, muitas marcas que acentua-
ram a riqueza do vocabulário. O regionalismo linguístico também apresenta dife-
renças no sotaque e na pronúncia das palavras, sem necessariamente, constituir-
-se num erro. Um objeto pode receber um nome numa região e, em outra, um 
completamente diferente.
Para compreender melhor o assunto, veja os exemplos. Ah, qual deles é mais 
usado na sua região?
Ph
ot
od
is
c 
(2
0-
-?
)
2 CoMuniCaçÃo 25
a) Pipa
b) Papagaio
c) Pandorga
H
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er
a 
(2
0-
-?
)
a) Semáforo
b) Farol
c) Sinaleira
H
em
er
a 
(2
0-
-?
)
a) Mandioca
b) Aipim
c) Macaxeira
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa26
Você pôde perceber que a comunicação se dá por diversas formas de lingua-
gem. A cultura de um povo é um fator que contribui muito para as transforma-
ções da língua.
Agora, prepare-se para um novo percurso de aprendizagem.
2.2 ProCeSSo 
Na etapa anterior, você viu que a comunicação humana foi o que diferenciou o 
homem das demais espécies. Em função da capacidade de analisar e expressar os 
pensamentos de forma oral ou escrita, o homem conseguiu, ao longo da história, 
repassar às outras pessoas aquilo que aprendeu e viveu.
A comunicação é fundamental para o ser humano e confunde-se com a própria 
vida. Ao ler um texto, assistir TV, conversar com alguém ou interpretar os sinais de 
trânsito, realizam-se atos comunicativos. Em cada um desses atos, encontram-se 
os elementos: emissor, receptor, mensagem, canal, código e contexto.
 
O
ffice
 (2
0-
-?
)
Figura 4 - Processo de comunicação humana
Vamos conhecer cada um desses elementos?
a) Emissor: emite a mensagem.
b) Receptor: recebe a mensagem.
c) Mensagem: conteúdo transmitido.
2 CoMuniCaçÃo 27
d) Canal: meio usado para transmitir a mensagem.
e) Código: conjunto de signos usados para elaborar a mensagem.
f) Contexto: objeto, fato/situação, imagem, juízo ou raciocínio a que a mensa-
gem se refere.
O emissor é quem elabora e transmite uma mensagem e, por isso, deve procu-
rar ser claro e objetivo. 
 FIQUE 
 ALERTA
Toda a comunicação deve ter um objetivo claro: informar, 
provocar, encantar, cativar, educar ou persuadir.
O receptor é quem ouve a mensagem. Para ser efetivo na comunicação é ne-
cessário que o emissor conheça o receptor. Quanto mais informações o emissor 
tiver sobre o receptor, mais chances ele terá para alcançar seu objetivo. Se o emis-
sor souber qual é a idade, qual é o nível de conhecimento sobre o assunto e a 
cultura do receptor é mais fácil escolher as palavras certas para transmitir a men-
sagem e ser efetivo. 
A mensagem é a ideia, intenção ou informação que se pretende comunicar, 
e o maior desafio é transmiti-las com clareza. A mensagem pode usar diversos 
signos. Lembre-se que você estudou esse assunto anteriormente.
O signo é composto por dois elementos inseparáveis: o significante que é a 
parte material ou o objeto e o significado que é a ideia que desejamos represen-
tar, ou seja, a palavra mais o seu significado.
Os signos podem ser verbais, não verbais, escritos, audiovisuais etc. Todas as 
línguas são compostas por um sistema de signos e um conjunto de regras que 
determinam como esses signos deverão ser utilizados. 
Provavelmente, quando criança, você e seus amigos criaram algum sistema de 
comunicação secreto para transmitir mensagens que deveriam ficar restritas a um 
pequeno grupo de pessoas, certo? Vocês criaram um código para se comunicar.
As pessoas ao redor do planeta também criaram códigos para se comunicar. 
O código é a linguagem escolhida para transmitir uma determinada mensagem. 
Existem vários códigos que foram desenvolvidos para que as pessoas pudessem 
se entender. 
Conheça alguns deles.
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa28
LIbRAS
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CóDIGO 
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ALFAbETO 
LATINO
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2 CoMuniCaçÃo 29
ALFAbETO 
áRAbE 
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11
)
Quadro 5 - Libras, código morse, alfabeto latino e alfabeto árabe
A mensagem precisa ser transmitida em um determinado formato para que 
possa ser interpretada pelo receptor. O emissor deve escolher um código conhe-
cido pelo receptor, caso contrário, a comunicação não se dará. Outro aspecto im-
portante no processo de comunicação humana é o canal utilizado para transmitir 
a mensagem. O canal é o instrumento utilizado para levar a mensagem do emis-
sor ao receptor. 
 SAIBA 
 MAIS
Conheça a história do cometa Halley. Você vai achar diverti-
do e interessante, perceber como as comunicações entre os 
vários personagens sofrem alterações que comprometem a 
mensagem. 
Pesquise em site de busca pelas palavras-chave: cometa Hal-
ley, comunicação, cellphones, educational, educação, come-
ta, Halley, língua, portuguesa.
Acompanhe a seguir, os principais canais de comunicação utilizados pelos se-
res humanos: 
a) ar;
b) telefone;
c) rádio;
d) televisão;
e) Internet. 
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa30
 FIQUE 
 ALERTA
É preciso compreender esse processo, porque ao saber 
qual é a mensagem, para quem ela se destina, que tipo de 
canal será usado, qual é o contexto em que a mensagem 
se dará e qual o código a ser usado, tem-se mais chances 
de ser efetivo na comunicação. 
Você percebeu que existem diversas formas de comunicação, facilitando assim 
o envio da mensagem. Todos os dias, todos os momentos, estamos nos comuni-
cando por diversos canais. Muitas vezes, há erros na comunicação que nos levam 
a situações desagradáveis. Mas podemos evitar alguns problemas, conhecendo 
melhor como acontece o processo de comunicação. Confira a seguir um exemplo 
de falhas na comunicação, e perceba como estas falhas podem ocasionar diver-
sos transtornos na vida pessoal, profissional e social de uma pessoa.
CaSoS e relaToS
Erro por defasagem no universo vivencial
um dentista recém formado decidiu iniciar sua carreira numa cidade do 
interior do Amazonas, movido pelo idealismo de ajudar uma população 
carente.  Ciente de suas responsabilidades, procurava dar orientações e 
exemplos práticos a fim de orientar seus pacientes sobre os cuidados que 
deveriam ser tomados para evitar hemorragia após a extração de den-
tes. Assim, entre outros conselhos, invariavelmente citava: “nada de café 
quente na boca”. 
Qual não foi sua surpresa quando um de seus pacientes apareceu no dia 
seguinte à extração com a boca toda inchada. Ao lhe perguntar o que 
tinha acontecido, ele respondeu que não sabia, pois tinha feito direitinho 
tudo o que o doutor havia mandado: “tomei café quente e fui nadar”...
Antes de se comunicar com pessoas de ambientes culturais diferentes do 
seu, procure se familiarizar com os usos costumes da localidade, a fim de 
evitar termos que podem ter conotações distintas.
Fonte: Peres (2010)
2 CoMuniCaçÃo 31
Comunicar-se bem é também um desafio. Você será desafiado, constante-
mente, para vivenciar ótimos momentos de aprendizagem que enriquecerá sua 
prática pessoal e profissional de comunicação.
 SAIBA 
 MAIS
Quer aprofundar os seus conhecimentos sobre os assuntos 
abordados? Leia: CENARO, Katia Flores; LAMÔNICA, Dionísia 
Aparecida Cusin; BEVILACQUA, Maria Cecília. O Processo de 
Comunicação. São José dos Campos, SP: Pulso, 2007.
reCaPiTulando
Neste capítulo, você descobriu que a comunicação foi o que diferenciou 
o homem das demais espécies, e para que ela ocorresse, fez-se necessário 
desenvolver a linguagem oral e a escrita. Os primeiros sinais de comu-
nicação humana são desenhos encontrados nas paredes das cavernas 
feitos pelos homens pré-históricos. Para transferir algum tipo de conhe-
cimento para outra pessoa, o homem desenvolveu um sistema de signos 
formando a língua, que é um conjunto de palavras usadas por um deter-
minado povo.
Você também conheceu a origem da língua portuguesa, que foi do latim, 
língua falada no estado Lácio, na Itália, e que é a quinta língua mais fala-
da no mundo. Você identificou que existem duas formas de expressão: a 
linguagem culta e a coloquial. A língua é dinâmica e está sempre se mo-
dificando porque sofre influência de outras culturas, línguas. 
Para que o processo de comunicação ocorra, alguns elementos são ne-
cessários: emissor, receptor, mensagem, canal, código e o contexto. O 
grande desafio do ser humano é ser efetivo na transmissão de suas in-
tenções.
Na próxima etapa, você terá a oportunidade de conhecer as técnicas de 
intelecção de texto para ler, compreender e interpretar textos adequada-
mente.
3
Técnica de intelecção de Texto
Você já teve dificuldades para compreender um texto? 
A grande maioria dos estudantes sente essa dificuldade, mas para compreender um texto, 
você deve seguir algumas dicas preciosas. 
Um texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem construída que 
forma um todo significativo. Um bom texto deve ter coerência e coesão textual, sem ambigui-
dades ou redundâncias. Além de compreender um texto, é necessário interpretá-lo, ou seja, for-
mar uma ideia própria para posteriormente desenvolver o próprio texto. Descubra como você 
pode fazer isso com o estudo das seções desta unidade com as quais você terá subsídios para:
a) ler, compreender e interpretar textos adequadamente;
b) interpretar textos, inclusive técnicos.
A partir de agora você está convidado a explorar todas as informações disponíveis sobre o 
assunto, fazendo do seu aprendizado um processo de construção do conhecimento.
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa34
3.1 anÁliSe TeXTual
O objetivo da análise textualé permitir ao leitor fazer um levantamento dos 
elementos do texto, que permitem a sua compreensão, para depois se fazer o 
julgamento crítico do mesmo.
Existe alguma diferença entre compreender e interpretar um texto?
Existe uma grande diferença entre compreender e interpretar um texto. Para 
compreender um texto, o leitor deve identificar qual é a regência verbal empre-
gada - compreendendo, então, o significado exato das palavras - identificar as 
referências históricas, políticas, ou geográficas usadas pelo autor para situar o tex-
to. Por outro lado, interpretar é concluir ou deduzir o que o autor do texto quis 
transmitir, julgando ou opinando sobre o seu conteúdo.
A grande maioria das pessoas acredita que é muito difícil ler e interpretar um 
texto, pois cada um interpreta o que lê, segundo as suas crenças, valores e filtros.
Porém, cabe destacar que isso não é bem verdade, porque o que está dito, está 
dito e não pode ser modificado.
 VOCÊ 
 SABIA?
Que numa prova de um concurso ou processo seletivo o 
que deve ser levado em consideração, na hora de fazer a 
intelecção de um texto, é o que o autor diz e nada mais!
Ju
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ag
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)
1 COERêNCIA
Refere-se à unidade do 
tema. 
3 TéCniCa de inTeleCçÃo de TeXTo 35
Para que você interprete adequadamente um texto, siga algumas regras.
a) Fazer uma leitura prévia, procurando ter uma visão geral do assunto.
b) Identificar as palavras desconhecidas e descobrir seu significado no dicio-
nário.
c) Reler o texto várias vezes, procurando compreender o que o autor está ten-
tando transmitir.
d) Identificar aquilo que não está explícito no texto, as ironias, as sutilezas e 
eventuais malícias.
e) Não criticar as ideias do autor.
f) Ler cada parágrafo separadamente e identificar a ideia central.
g) Quando o autor apresentar suas ideias, procure fundamentos lógicos.
Então, você já tinha utilizado alguma dessas regras? É muito importante apli-
cá-las no seu momento de leitura, certamente você terá muitos benefícios.
3.1.1 COERÊNCIA TEXTUAL 
O texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem cons-
truída que forma um todo significativo. “A palavra texto origina-se do verbo tecer: 
trata-se de um particípio – o mesmo que tecido. Assim, um texto é um tecido de 
palavras.” (CAMPEDELLI e SOUZA, 1999, p. 13).
Um texto claro e conciso contém palavras selecionadas e frases bem constru-
ídas, sem ambiguidades, redundâncias, modismos e emprego excessivo da voz 
passiva.
 VOCÊ 
 SABIA?
A coerência é também resultante da adequação do que 
se diz ao contexto extraverbal, ou seja, àquilo o que o 
texto faz referência, que precisa ser conhecido pelo re-
ceptor.
A coerência1 textual ocorre quando há uma relação harmoniosa entre as ideias 
apresentadas no texto. 
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa36
Um texto coerente deve apresentar seu conteúdo de forma ordenada e lógi-
ca, com início, meio e fim. Seus fatos também devem ser apresentados de forma 
coerente e sem contradições, e a linguagem deve ser adequada ao tipo de texto.
É comum encontrar textos confusos e difíceis de serem entendidos. Isso ocor-
re porque tanto a coerência quanto a coesão não estão sendo aplicadas.
Observe a frase a seguir: Fazendo sucesso com seu novo restaurante que 
oferece pratos típicos, o Empresário josé da Silva, localizado na Rua dos An-
dradas, 265. Quem está localizado? O empresário ou o restaurante?
A clareza de um texto é resultado do uso adequado de palavras e a construção 
das ideias de maneira bem elaborada.
“A maneira como são articuladas as ideias por meio das palavras e das frases é 
que determina se há uma unidade de sentido ou apenas um amontoado de frases 
desconexas.” (SARMENTO e TUFANO, 2004, p. 371). 
Segundo Cegalla (2000, p. 590) um bom texto deve ter:
CORREÇÃO GRAMATICAL respeito às normas linguísticas.
CONCISÃO dizer muito em poucas palavras.
CLAREZA
PRECISÃO empregar o termo adequado e de forma acertada.
NATURALIDADE
evitar empregar termos rebuscados e desconhecidos 
ao leitor.
ORIGINALIDADE evitar a vulgaridade e a imitação.
NObREZA evitar o uso de termos chulos.
hARMONIA
ser colorido e elegante (uso criterioso de figuras de 
linguagem).
Quadro 6 - Características de um texto
COESÃO TEXTUAL
A coesão textual exige que sejam empregados vários elementos de forma ade-
quada:
3 TéCniCa de inTeleCçÃo de TeXTo 37
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11
)
Figura 5 - Coesão textual
Há também vários fatores que podem contribuir para que um texto perca a 
sua coesão textual: 
a) regências incorretas;
b) concordâncias incorretas;
c) frases inacabadas;
d) inadequação ou ambiguidade no emprego de pronomes.
Para um texto ter unidade textual, faz-se necessário lançar mão de vários re-
cursos linguísticos para unir orações e parágrafos. 
Os mais conhecidos são:
CONjUNÇÃO
e, nem, mas, também, porém, entretanto, ou, logo, portanto, pois, 
como, embora, desde que, se, conforme, de modo que etc.
PREPOSIÇõES a, ante, após, até, com, em, entre, para, perante, segundo etc.
PRONOMES eu, nós, me, mim, comigo, consigo, te, lhe etc.
ADVéRbIOS
sim, certamente, realmente, talvez, muito pouco, abaixo, além, 
não, agora, hoje, cedo, antes, ora, afinal etc.
Quadro 7 - Recursos linguísticos para um texto
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa38
Além desses fatores, também deve-se evitar os períodos muito longos, voca-
bulário rebuscado, pontuação inadequada, a ambiguidade e a redundância para 
que o texto tenha coesão2 e clareza textual.
Se esses recursos forem mal empregados, o texto se tornará ambíguo e incoe-
rente. Mas como um texto se torna ambíguo e incoerente?
A ambiguidade é causada pelo uso inadequado da pontuação, com o emprego 
de palavras de duplo sentido e por problemas de construção das frases. A redun-
dância é o emprego de palavras ou ideias de maneira repetida ou desnecessária.
Lembre-se, você é capaz de construir e reconstruir o significado de um texto 
por meio da integração das novas informações com os conhecimentos prévios. 
Portanto, a compreensão textual depende também do conhecimento do mundo. 
Assunto que você estudará a seguir.
3.2 anÁliSe TeMÁTiCa 
A primeira leitura que o ser humano faz, é a leitura do mundo que o rodeia.
Lu
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20
11
)
O homem aprende a interpretar as diversas reações das pessoas, com as quais 
convive, e diferencia as receptivas das agressivas, por exemplo. Com o desenvol-
vimento e aprimoramento, ao longo dos anos, o ser humano chega até a leitura 
de textos escritos. 
2 COESãO
É a conexão entre os 
elementos ou as partes do 
texto.
3 TéCniCa de inTeleCçÃo de TeXTo 39
A primeira leitura que se faz de qualquer texto é sensorial. O 
leitor, ao tomar em suas mãos uma publicação, trata-a como 
um objeto em si, observando-a, apalpando-a, avaliando seu 
aspecto físico e a sensação tátil que desperta. (INFANTE, 1998, 
p. 49).
Se a leitura é algo sensorial e tátil, é preciso que o leitor esteja verdadeiramen-
te interessado e busque prazer nessa atividade, assim o processo se torna mais 
fácil e produtivo. Muitas vezes a compreensão de um texto vai além do que está 
escrito, é preciso buscar, não só o que o autor disse, mas também a mensagem 
que se teve a intenção de passar.
Um texto, dependendo da sua finalidade, apresenta um tipo de linguagem, 
que pode ser formal ou informal. 
O texto escrito, na maioria das vezes, segue regras mais rígidas, aplicadas es-
pecificamente à escrita, enquanto a linguagem falada é mais flexível e se adapta 
livremente às diversas situações. 
Após a leitura de um texto, cabe ao leitor verificar se compreendeu a mensa-
gem do autor. 
Por exemplo, você terminou de ler um texto importante e deve ser capaz de 
responder algumas questões como:
a) Qual é o assunto tratado? O texto trata do quê?
b) Que levou o autor a escrever esse texto? Que ele está procurando respon-
der? 
c) Qual é o tipo de texto: jornalístico, acadêmico, técnico?
d) Qual é a ideia central do texto? Qual é a tese apresentada? Qual é a resposta 
do autorà questão abordada no texto?
e) Quais são as ideias secundárias ou argumentos que auxiliam a fundamentá-
-las? Os argumentos são convincentes?
Respondendo a esses questionamentos, você está fazendo uma análise te-
mática, que permite elaborar esquemas coerentes e que refletem claramente as 
ideias do autor. Os esquemas facilitam a elaboração de resumos que sintetizam 
as ideias do autor.
Para tornar mais claro todo esse assunto acompanhe um exemplo onde a co-
municação foi mal interpretada gerando um grande problema.
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa40
CaSoS e relaToS
Má interpretação da comunicação
A empresa Oliveira, líder no mercado de produtos de beleza, tem suas ven-
das calçadas apenas em suas promotoras de vendas que fazem o atendi-
mento aos clientes de porta em porta. Semanalmente, os pedidos são en-
caminhados para o depósito central que está localizado na cidade de São 
Paulo. O seu sistema de distribuição de produtos precisa ser eficiente e ágil 
para que os produtos cheguem rapidamente nas mãos de suas promotoras 
de vendas para serem entregues aos clientes. 
Recentemente, a empresa implantou um sistema de controle de estoque 
informatizado e os resultados foram alarmantes. De acordo com os rela-
tórios do primeiro trimestre, pelo menos 130 mil reais em mercadorias ha-
viam desaparecido. Curiosamente há alguns dias atrás o gerente do depó-
sito central, Pedro Paulo, encontrou no lixo vários produtos embrulhados 
como se ali tivessem sido colocados para serem retirados mais tarde.
Pedro Paulo resolveu fazer uma carta para ser entregue a todos os funcio-
nários do depósito central. A carta dizia:
“O novo sistema de controle de estoque implantado em nossa empresa identi-
ficou que sumiram 130 mil reais em mercadorias. A partir de hoje, pessoas não 
autorizadas não poderão entrar no depósito central e todos os funcionários 
não poderão mais levar embrulhos para fora do depósito ao final do expedien-
te. De forma nenhuma os leais e fiéis empregados devem interpretar isso como 
insinuação de que são ladrões. Estamos tomando estas medidas para evitar 
que novos desaparecimentos aconteçam. Apreciamos a sua cooperação e 
agradecemos a sua ajuda no passado.”
Essa comunicação mal feita provocou uma série de problemas porque os 
funcionários se sentiram ofendidos e muitos levaram a carta ao sindicato 
da categoria que entrou com um processo contra a empresa por injuria e 
difamação. Em vez de solucionar o problema, o clima no armazém central 
ficou insustentável. O gerente foi demitido e o problema não foi soluciona-
do. Comunicações mal feitas podem ter resultados inusitados.
Viu? Este fato nos permite uma boa reflexão para compreender o assunto 
estudado até o momento
3 TéCniCa de inTeleCçÃo de TeXTo 41
Lembre-se de que, por meio da análise temática, você poderá avaliar o grau 
de compreensão e apreensão do texto. Porém, você também precisa fazer sua 
própria interpretação. Quer saber como proceder? Confira o próximo assunto.
3.3 anÁliSe inTerPreTaTiVa 
Após a análise temática de um texto, faz-se necessário interpretá-lo, ou seja, é 
preciso formar uma ideia própria sobre o texto lido, ler nas entrelinhas, explorar 
toda riqueza dos argumentos expostos.
 VOCÊ 
 SABIA?
A análise interpretativa objetiva apresentar uma posição 
própria a respeito das ideias do texto. 
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 (2
0-
-?
)
Neste momento, o leitor deve refletir criticamente sobre as ideias apresenta-
das no texto, posicionando-se frente a ele. Nessa fase, é importante identificar 
claramente o pensamento do autor e o comparar com as ideias de outros autores 
que escreveram sobre o mesmo tema. 
Para fazer isso, é importante situar o texto no contexto da vida e da obra do 
autor, bem como no contexto de outros textos. 
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa42
 FIQUE 
 ALERTA
Um texto escrito em 1800 tem um contexto bem diferente 
de hoje e, por isso, não pode ser interpretado da mesma 
maneira, pois a cultura, os valores e a própria realidade 
eram outros.
Também é necessário identificar as teorias, correntes, validade, originalidade, 
profundidade e amplitude do tema. Para fazer a análise interpretativa de um tex-
to, o leitor deve ter lido outras obras sobre o mesmo tema em questão.
Uma vez tendo realizado todas as etapas, você como leitor terá condições de 
produzir conhecimento, fazendo novas proposições.
 SAIBA 
 MAIS
 Para explorar o assunto estudado neste capítulo, leia CERE-
JA, William Roberto; MAGALHãES, Thereza Cochar; CLETO, 
Ciley. Interpretação de Textos: Construindo Competências 
e Habilidades em Leitura. Atual, 2009. E conheça questões de 
vestibular para testar a interpretação.
reCaPiTulando
Como você viu neste capítulo, a intelecção de texto envolve uma série de 
aspectos que precisam ser observados. 
Para compreender um texto, o leitor deve identificar qual foi a regência ver-
bal empregada - compreendendo o significado exato das palavras - e iden-
tificar as referências históricas, políticas, ou geográficas, usadas pelo autor 
para situar o texto. Por outro lado, interpretar é concluir ou deduzir o que o 
autor do texto quis transmitir, julgando ou opinando sobre o seu conteúdo. 
O texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem 
construída que forma um todo significativo. Por isso, um texto claro e con-
ciso contém palavras selecionadas e frases bem construídas, sem ambigui-
dades, redundâncias, modismos e emprego excessivo da voz passiva. Um 
texto coerente deve apresentar seu conteúdo de forma ordenada e lógica, 
com início, meio e fim.
3 TéCniCa de inTeleCçÃo de TeXTo 43
A análise temática permite ao leitor elaborar esquemas coerentes e que 
refletem claramente as ideias do autor. Os esquemas facilitam a elaboração 
de resumos que sintetizam as ideias do autor.
Após a análise temática de um texto, faz-se necessário interpretá-lo, ou 
seja, formar uma ideia própria sobre o texto lido, ler nas entrelinhas, explo-
rar toda riqueza dos argumentos expostos.
Para fazer a análise interpretativa de um texto, o leitor já deve ter lido ou-
tras obras sobre o mesmo tema em questão.
O próximo tema de estudo será o parágrafo, sua estrutura, unidade interna 
e tipos existentes. 
4
Parágrafo
O parágrafo é composto por vários períodos que apresentam uma única ideia. Ele é uma 
unidade de discurso autossuficiente, composto por uma sequência de frases organizadas em 
um ou mais períodos, que apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. 
Os parágrafos podem ser narrativos, descritivos ou dissertativos, pois acompanham o tipo 
de texto que se está elaborando. Os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal, 
um desenvolvimento e uma conclusão com unidade, coerência, concisão e clareza.
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) identificar a estrutura interna de parágrafo;
b) diferenciar os tipos de parágrafos;
c) identificar quais são os aspectos necessários para que um parágrafo tenha uma boa uni-
dade interna.
Vamos entrar no assunto com muita dedicação e autonomia? Lembre-se de que a sua apren-
dizagem depende da sua participação no processo. 
 
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa46
4.1 eSTruTura inTerna e TiPoS de ParÁgraFoS
Antes de iniciar o estudo do parágrafo, é necessário que você compreenda 
alguns termos que costumam causar confusão. Todo o parágrafo é composto por 
vários períodos que apresentam uma única ideia. 
O período é composto por uma ou mais orações com sentido completo e ter-
mina com um sinal de pontuação - ponto final, exclamação ou outro equivalente.
Você sabe qual a diferença entre frase e oração?
 A oração é a frase que contém um ou mais verbos. A frase é um enunciado 
com sentido completo, que pode ou não conter um verbo.
 FIQUE 
 ALERTA
O parágrafo é unidade de discurso autossuficiente, com-
posto por uma sequência de frases organizadas em um ou 
mais períodos, que apresentam um ponto de vista ou uma 
ideia básica. 
Quer conhecer um exemplo de parágrafo mal elaborado? Confira a seguir
CaSoS e relaToSProblemas na construção de parágrafos
Professora Maria dava aula de comunicação oral escrita para a turma do 
1º ano do ensino médio da Escola Estadual Professor Soares e como sem-
pre, gostava de ler as produções de seus alunos. Certo dia, a professora 
pediu para que eles elaborassem um parágrafo sobre o tema que foi tra-
tado na palestra que assistiram na semana do meio ambiente.
Todos estavam empolgados para escrever um pequeno parágrafo sobre 
aquele assunto que havia despertado tanto interesse. Na palestra eles 
ouviram falar que o planeta estava sofrendo com o aquecimento global 
e, que em alguns lugares os efeitos da radiação solar podiam ser sentidos 
na pele, visto que a quantidade de câncer de pele, naquelas regiões, era 
enorme. Também ouviram que o clima do planeta está bastante instável 
e que as estações do ano não são mais tão claras como eram antigamen-
te.
4 ParÁgraFo 47
Quando a professora começou a ler as produções se deparou com o se-
guinte texto de João:
“Com o aquecimento global o planeta não tem mais segurança da 
radiação do Sol, o tempo não se entende mais um dia ta frio outro ta 
calor e isso prejudica muito a saúde da nossa população.”
A professora não entendeu nada e compreendeu que João tinha proble-
mas para estruturar um parágrafo e que sem unidade interna qualquer 
produção perde seu sentido. Ela retomou o conteúdo e orientou nova-
mente o aluno para que esse desenvolvesse essa competência.
A partir do exemplo citado anteriormente podemos considerar o parágrafo 
como um pequeno texto e que deve ter um tema delimitado (o quê?) e um obje-
tivo claro (para quê?). Como todo o texto, o parágrafo pode ser curto ou longo e 
deve apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão.
 VOCÊ 
 SABIA?
Não se deve usar parágrafos demasiadamente longos, 
pois dificultam a transmissão de uma ideia de forma cla-
ra e objetiva. Os parágrafos longos podem confundir ou 
dispersar a atenção do leitor.
Como o parágrafo é um microtexto, estes podem ser narrativos, descritivos ou 
dissertativos, pois acompanham o tipo de texto que se está elaborando. Confira 
no quadro a seguir características que podem auxiliar você na identificação de 
cada tipo de texto.
NARRAÇÃO
• Relato de fatos.
• Presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo.
• Apresentação de um conflito.
• Uso de verbos de ação.
• Geralmente, é mesclada de descrições.
• O diálogo direto e o indireto são frequentes.
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa48
DESCRIÇÃO
• Relato de pessoas, ambientes, objetos.
• Predomínio de atributos.
• Uso de verbos de ligação.
• Emprego frequente de metáforas, comparações e outras figuras de linguagem.
• Resulta em uma imagem física ou psicológica.
DISSERTAÇÃO
• Defesa de um argumento.
a) Apresentação de uma tese que será defendida.
b) Desenvolvimento ou argumentação.
c) Fechamento.
• Predomínio da linguagem objetiva.
• Prevalece a denotação.
Quadro 8 - Características dos textos
Fonte: Campelli e Souza (2000)
Na narração, o narrador conta uma história vivida por algum personagem, or-
ganizada numa determinada sequência de tempo e lugar. Na narração o principal 
elemento é a história, que deve ter começo, meio e fim.
Observe que quem conta a história é alguém de fora, que apenas narra os fa-
tos, sem emitir opiniões.
Na descrição, são expostas características de pessoas, objetos, situações, lu-
gares etc. A descrição normalmente ocorre dentro de um texto narrativo ou dis-
sertativo, pois auxilia o leitor a imaginar a cena ou o local.
Observe que o texto descritivo não tem um narrador, somente um observador. 
A descrição é utilizada, principalmente, em relatórios de experimentos que você 
realiza nos laboratórios.
Na dissertação, o autor expõe uma ideia sobre um determinado assunto, que 
ele defende ou questiona, apresentando argumentos que embasam seu ponto 
de vista. 
Observe que na dissertação, o autor tenta convencer o leitor sobre o seu ponto 
de vista. 
 VOCÊ 
 SABIA?
Que os escritos antigos não tinham pontuação, parágra-
fos, capítulos, versículos, divisões, títulos. Eram escritos 
mais ou menos assim: 
Portantoidefazeidiscipulosdetodasasnacoesbatizan-
doosemnomedopaiedofilhoedoespiritosanto
4 ParÁgraFo 49
Seja qual for o tipo de texto, você precisa saber usar o parágrafo corretamente, 
para deixar sua ideia clara e objetiva.
4.2 unidade inTerna
Ao elaborar um texto, o autor precisa ter claro qual o tema a ser desenvolvido. 
Como o tema do texto não muda, quando se faz um novo parágrafo não se muda 
de assunto. O que muda é a abordagem e os argumentos apresentados em cada 
parágrafo para explicar, esclarecer ou transmitir as ideias do autor, de tal forma 
que o leitor compreenda o texto.
Os parágrafos devem ter unidade, coerência, concisão e clareza. Essas defini-
ções, você já estudou no capítulo anterior, certo?
Normalmente, os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal, um 
desenvolvimento e uma conclusão. 
Conheça um pouco mais sobre cada uma dessas etapas.
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Figura 6 - Etapas do parágrafo
 FIQUE 
 ALERTA
Nos parágrafos mais curtos a conclusão sempre está pre-
sente.
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa50
Passar de um parágrafo carece de uma atenção especial por parte do autor do 
texto. Não se deve passar de um parágrafo para o outro de maneira abrupta, pois 
é necessário fazer um encadeamento lógico e natural dos mesmos. Em alguns 
casos, é necessário acrescentar um parágrafo de transição, para que a sucessão 
de ideias seja apresentada de maneira harmoniosa.
O texto deve conter parágrafos que apresentem assuntos diferentes sobre o 
tema, para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo. Outro aspecto 
que precisa ser observado na elaboração de um texto, e principalmente dentro do 
parágrafo, é a repetição desnecessária de palavras, termos chulos ou rebuscados. 
 SAIBA 
 MAIS
Que tal fazer um teste para verificar como anda a sua comu-
nicação? 
Acesse: <http://vocesa.abril.com.br/testes/carreira/Como-
-vai-sua-comunicacao.shtml> 
Termo chave: Como vai sua comunicação
Você percebeu a importância do parágrafo bem elaborado em um texto? Para 
fortalecer seus conhecimentos, você tem como tarefa efetivar sua aprendizagem, 
por meio da prática. Pois unindo à teoria, o resultado será recompensador. 
reCaPiTulando
Você estudou que todos os parágrafos são compostos por vários períodos 
e apresentam uma única ideia. São unidades de discurso autossuficientes 
compostos por uma sequência de frases organizadas em um ou mais perí-
odos e apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. Um parágrafo 
tem introdução, desenvolvimento e conclusão, mantendo unidade, coe-
rência, concisão e clareza e podem ser curtos ou longos.
Os parágrafos são microtextos e podem ser narrativos, descritivos ou dis-
sertativos, pois acompanham o tipo de texto que está sendo elaborado. O 
texto deve apresentar parágrafos com assuntos diferentes sobre o tema, 
para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo.
Agora que você já sabe como elaborar um parágrafo, aprenda a seguir 
como desenvolver uma descrição. 
4 ParÁgraFo 51
Anotações:
5
descrição
A descrição é um tipo de texto onde se relata, enumera e detalha as características, quali-
dades ou especificações de seres animados ou inanimados, a partir de um determinado ponto 
de vista. Ela procura desenhar em palavras uma determinada imagem, de tal forma que o leitor 
possa visualizar em sua mente o que o autor está querendo transmitir.
Os três tipos de descrição são de objeto, processo e de ambiente.
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) produzir uma descrição;
b) identificar seus fundamentos;
c) identificar as características desse tipo de texto;
d) elaborar descrições técnicas por meio de textos e imagens;
e) elaborar textos, inclusive técnicos;
A partir de agora, você está convidado a percorrer uma nova trajetória de aprendizagem, 
explorando todo o assunto com autonomia e sua habitual dedicação.
CoMuniCaçÃooral e eSCriTa54
5.1 ConCeiTuaçÃo
 VOCÊ 
 SABIA?
Conceito é aquilo que a mente concebe ou entende: 
uma ideia ou noção, representação geral e abstrata de 
uma realidade. 
A descrição é um tipo de texto onde se relata, enumera e detalha as caracte-
rísticas, qualidades ou especificações de seres animados ou inanimados (pessoas, 
impressões, coisas, locais, cenários, odores, ruídos ou processos) a partir de um 
determinado ponto de vista. 
Murilo Mendes (1968, p. 88) ilustra muito bem o texto descritivo. 
[...] Prima Julieta, jovem viúva, aparecia de vez em quando na 
casa de meus pais ou na de minhas tias. O marido, que lhe dei-
xara uma fortuna substancial, pertencia ao ramo rico da família 
Monteiro de Barros. Nós éramos do ramo pobre. Prima Julieta 
possuía uma casa no Rio e outra em Juiz de Fora. Morava em 
companhia de uma filha adotiva. E já fora três vezes à Europa.
Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade 
em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e já sensibi-
líssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois 
anos de idade.
Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Vir-
gílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, 
agitando a cabeça para trás, remando os cabelos brancos. A 
cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os 
olhos de um verde azulado borboletavam. A voz rouca e ácida, 
em dois planos, voz de pessoa da alta sociedade. [...] 
A descrição procura desenhar em palavras uma determinada imagem de tal 
forma que o leitor possa visualizar em sua mente, o que o autor está querendo 
transmitir. 
5 deSCriçÃo 55
A intenção do autor desse tipo de texto é permitir que o leitor possa visualizar 
mentalmente a cena descrita, a fim de localizá-la, identificá-la ou qualificá-la, se-
gundo os objetivos do texto. 
Diante de duas estantes diferentes, pode-se identificá-las por meio do subs-
tantivo: estante. Essa palavra identifica o objeto, mas não o descreve. A estante 
pode ser pequena, grande, antiga, moderna, quebrada.
Ju
pi
te
rim
ag
es
 (
20
--
?)
O objetivo da descrição é transmitir ao leitor a imagem, percebida pelo autor 
do texto e, por isso, os adjetivos e atributos são elementos importantes na cons-
trução desse tipo de texto.
Um texto descritivo utiliza verbos de ligação. 
Os verbos de ligação não indicam ação, fazem a ligação entre o sujeito (ser de 
quem se fala) e suas características (predicativos do sujeito). 
O texto descritivo também deve ser figurativo, relatando propriedades e as-
pectos simultâneos dos elementos não existindo relação de anterioridade e pos-
terioridade entre os enunciados, ou seja, não existe progressão temporal. 
Vamos explorar melhor o assunto, analisando um exemplo real de descrição 
textual. 
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa56
CaSoS e relaToS
Aula de comunicação
Durante uma aula de comunicação oral e escrita, em um curso técnico, a 
professora Maria Aparecida propôs uma atividade de produção de texto 
aos alunos. Esta produção fazia parte do conteúdo programático: gênero 
textual – descrição. 
Então, deu-se o início da aula, e a professora Maria Aparecida começou a 
explicar mais sobre o gênero em questão, e os alunos estavam cada vez 
mais atentos. Após toda a abordagem, foi passada a proposta para o de-
senvolvimento do texto descritivo. A sugestão para elaboração do texto 
era para cada aluno descrever a sua cidade natal, tornando, assim, esta 
atividade mais real para todos. 
Assim, cada aluno começou a pesquisar sobre a sua cidade natal e se en-
volver com a atividade, porém um aluno que estava um pouco disperso 
fez vários questionamentos para a professora durante o desenvolvimen-
to do texto. Dentre os questionamentos que Paulo fez, destacam-se: “se 
em um texto descritivo ele poderia inserir características da cidade, como 
por exemplo: números de habitantes, localização, nível de escolaridade 
dos habitantes, arquitetura, área urbana e rural”, enfim, fez várias pergun-
tas relacionadas às características deste tipo de texto. 
A professora ficou surpresa, porque a falta de atenção do aluno era so-
mente aparente, pois ele estava bem envolvido com a atividade. Enten-
deu que em um texto descritivo é necessário levantar todos os dados que 
se considera relevante ao tema, porque é a partir das informações con-
tidas nas descrições que o leitor pode visualizar o que foi dito no texto. 
Neste caso, todos puderam viajar um pouco pelo Brasil e conhecer mais 
sobre a cidade natal de seus colegas. 
Então, o que é preciso para que um texto descritivo tenha qualidade?
Para que um texto descritivo tenha qualidade deve-se:
a) utilizar linguagem clara e direta;
b) escrever o texto com riqueza de detalhes;
c) separar os detalhes físicos dos psicológicos.
5 deSCriçÃo 57
Todo o texto descritivo apresenta um observador, um tema (objeto, ser ou 
processo) e um conjunto de dados pertinentes ao tema.
 VOCÊ 
 SABIA?
Que quanto mais o leitor se sentir parte integrante do 
ambiente, que está sendo descrito, mais qualificado seu 
texto descritivo será!
Segundo Infante (1998) para escrever um texto descritivo é necessário fazer 
um plano de trabalho respondendo questões como:
a) Quais são os dados que serão usados?
b) Como apresentar ao leitor os detalhes do que se está descrevendo?
c) Qual a melhor ordem a ser seguida?
d) Que tipo de impressão geral deve ser transmitido?
e) Qual a finalidade do texto? (informar, convencer, transmitir impressões ou 
comunicar emoções ao leitor?
Vale lembrar que a seleção dos dados pode ser limitada pela falta de conheci-
mento do assunto por parte do observador, pelo local onde ele se encontra, bem 
como, por fatores psicológicos. 
 FIQUE 
 ALERTA
Seu estado de espírito, seu ponto de vista sobre o tema 
abordado e os objetivos que se pretende atingir, influen-
ciarão na seleção dos dados e na organização do texto. 
Apenas a descrição técnica tem objetividade absoluta e 
não pode ser influenciada pelo pensamento do autor. 
Segundo Infante (1998) os textos descritivos normalmente estão incorporados 
aos narrativos (os personagens e ambiente são caracterizados a partir do ponto 
de vista do narrador) ou ao processo argumentativo (fornecendo dados para o 
desenvolvimento da argumentação).
Segundo Cestari (2011) todos os seres existentes no mundo físico, psicológico 
ou imaginário podem ser descritos. 
Para compreender melhor veja alguns exemplos:
a) Mundo físico: Kika era uma simpática dash-hound, de olhos castanhos e 
pelo brilhante.
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa58
b) Mundo psicológico: “A bondade era morna e leve, cheirava a carne crua 
guardada há muito tempo.” (Clarice Lispector).
c) Mundo imaginário: Eu sou a Moça Fantasma que espera na rua do Chumbo 
o carro da madrugada.
Da mesma forma, segundo Cestari (2011) pode-se descrever física e psicologi-
camente tanto pessoas quanto personagens.
a) Física: fornece características exteriores como altura, cor dos olhos, cabelo, 
forma do rosto, do nariz, da boca, porte, trajes.
Sua pele era muito branca, os olhos azuis, bochechas rosadas. Estatura media-
na, magra. Parecia um anjo. 
a) Psicológica - apresenta o modo de ser da pessoa ou personagem, seus há-
bitos, atitudes e personalidade, características interiores.  
Era sonhadora. Desejava sempre o impossível e recusava-se a ver a realidade. 
Os dados descritivos sobre uma realidade qualquer são o resultado de uma 
seleção de dados feita pelo autor, que se apoia nos seus sentidos físicos (audição, 
visão, olfato, paladar e tato) e podem sofrer limitações, conforme você viu ante-
riormente.
Lu
iz
 M
en
eg
he
l (
20
11
)
Figura 7 - Dados descritivos
5 deSCriçÃo 59
A descrição pode ser de duas formas. Confira!
a) Subjetiva: quando o texto apresenta-se com uma visão pessoal do autor. 
b) Objetiva: quando o texto apresenta-se de forma concreta, sem juízo de va-
lor. Exemplo: a descrição técnica.
Todo o assunto abordado anteriormente oferece a você condições para elabo-
rar umtexto descritivo de maneira adequada. 
5.2 deSCriçÃo de obJeTo, ProCeSSo e aMbienTe 
Quer saber qual a diferença entre descrição de objeto, processo e ambiente? 
Acompanhe atentamente a seguir.
A descrição de objeto, normalmente, é estática e tem a finalidade de identifi-
car. As qualidades fundamentais desse tipo de descrição são:
a) objetividade; 
b) simplicidade;
c) precisão. 
Na descrição de objeto podem ser empregadas a linguagem denotativa e a 
conotativa.
 FIQUE 
 ALERTA
Ao escrever um texto, você pode usar tanto o significado 
real da palavra (denotação), quanto o sentido figurado 
(conotação). Quando duas ou mais palavras tem signifi-
cados diferentes e as grafias idênticas, são chamadas de 
homônimos.
A descrição de processo, normalmente técnica, utiliza a linguagem precisa e 
científica para descrever:
a) processos;
b) aparelhos; 
c) experiências; 
d) mecanismos; 
e) relatórios; 
f) receitas culinárias;
g) fórmulas de remédios. 
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa60
Nesse tipo de texto, as informações devem ser apresentadas com palavras e 
frases claras e objetivas, de forma que o leitor compreenda o texto de forma ine-
quívoca. Ela também exige que o autor do texto tenha um conhecimento profun-
do do assunto ou da observação feita. 
Esse tipo de texto pode vir acompanhado de mapas, desenhos, fotos, diagra-
mas ou fluxogramas para auxiliar o leitor a compreender a mensagem do autor. 
O relatório técnico você estudará detalhadamente na unidade 6.
A descrição do ambiente ou paisagem tem o objetivo de identificar ou lo-
calizar o leitor, tanto pela necessidade de precisão informativa, quanto para dar 
verossimilhança1. 
Nesse tipo de descrição, as informações fornecidas caracterizam o objeto do 
texto e não apresentam a opinião do leitor sobre a paisagem.
Conhecendo cada um dos tipos de descrição, você poderá elaborar um texto 
de acordo com a necessidade e objetivos. Explore todas as informações disponí-
veis até o momento. Lembre-se de que a construção do conhecimento acontece 
por diversas formas de aprendizagem. 
 SAIBA 
 MAIS
Para compreender melhor como produzir descrições ade-
quadamente consulte o livro SERAFINI, Maria Teresa. Como 
escrever textos. Rio de Janeiro: Globo, 1985.
reCaPiTulando
A descrição é um tipo de texto que relata, enumera e detalha as caracterís-
ticas, qualidades ou especificações de seres animados ou inanimados, sob 
um determinado ponto de vista. 
A descrição procura desenhar em palavras uma determinada imagem, de 
forma que o leitor possa visualizar, em sua mente, o que o autor está que-
rendo transmitir. 
Para que um texto descritivo tenha qualidade, deve-se utilizar linguagem 
clara e direta, com riqueza de detalhes, separando-os dos físicos e psicoló-
gicos.
1 VEROSSIMILHANçA
Que tem aparência de 
verdade. Semelhante 
à verdade = plausível, 
provável.
5 deSCriçÃo 61
Todo o texto descritivo apresenta um observador, um tema (objeto, ser ou 
processo) e um conjunto de dados pertinentes ao tema.
Os textos descritivos normalmente estão incorporados:
a) aos narrativos (os personagens e ambiente são caracterizados a partir do 
ponto de vista do narrador); 
b) ao processo argumentativo (fornecendo dados para o desenvolvimento 
da argumentação).
Os dados descritivos sobre uma realidade qualquer são o resultado de uma 
seleção de dados feita pelo autor, que se apoia nos seus sentidos físicos 
(audição, visão, olfato, paladar e tato) e que podem sofrer limitações.
Os três tipos de descrição são de objeto, processo e de ambiente. Dessa 
forma a descrição de objeto normalmente é estática e tem a finalidade 
de identificar. Já a descrição de processo, normalmente técnica, utiliza a 
linguagem precisa e científica para descrever processos, aparelhos, expe-
riências, mecanismos, relatórios, receitas culinárias, fórmulas de remédios 
etc. A descrição do ambiente ou paisagem tem o objetivo de identificar ou 
localizar o leitor, tanto pela necessidade de precisão informativa, quanto 
para dar verossimilhança. 
A seguir, você aprenderá a fazer uma dissertação e identificar as diferenças 
que existem entre alguns textos. Vamos em frente!
6
dissertação
Diariamente somos chamados a dar opiniões, tomar decisões e expor nossos pontos de vis-
ta, para isso, utilizamos nosso poder de persuasão e argumentação. Para expor nossas ideias, 
normalmente, utilizamos a dissertação, que é o tipo de texto mais utilizado nos meios acadêmi-
co e empresarial, pois exige um posicionamento frente a alguma ideia ou tese. 
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) compreender a estrutura de uma dissertação;
b) identificar os tipos de argumentação para produzir textos dissertativos com qualidade;
c) elaborar textos.
Explore todo o conteúdo apresentado, investigue as condições de aprendizagem para efe-
tivamente conduzir seu processo educacional. Abuse da autonomia e entusiasmo para que o 
conhecimento adquirido seja de forma criativa e dinâmica.
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa64
6.1 eSTruTura
No cotidiano o ser humano é chamado a dar opiniões, tomar decisões e expor 
pontos de vista, para isso, utiliza seu poder de persuasão e argumentação.
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0-
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É a atitude linguística da dissertação que permite fazer uso da 
linguagem a fim de expor ideias, desenvolver raciocínios, en-
cadear argumentos, atingir conclusões. Os textos dissertativos 
são produtos dessa atitude e participam ativamente do nosso 
cotidiano falado e escrito. (INFANTE, 2000, p. 159). 
A dissertação é o tipo de texto mais utilizado nos meios acadêmico e empresa-
rial, pois exige do autor um posicionamento frente a alguma ideia ou tese. 
O texto dissertativo tem como base a argumentação, já que seu objetivo é, por 
meio da exposição de fatos, ideias e conceitos, exprimir uma ou várias opiniões e/
ou chegar a conclusões.
Segundo Campedelli e Souza (2000, p. 187) um texto dissertativo possui as 
seguintes características:
6 diSSerTaçÃo 65
Lu
iz
 M
en
eg
he
l (
20
11
) 
Figura 8 - Características dos textos argumentativos
Fonte: Campedelli e Souza (2000)
Uma dissertação se divide em três partes. Vamos conhecer cada uma delas?
Introdução 
a) Definir a questão, situando o problema, descrevendo a tese que será defen-
dida no desenvolvimento. 
b) Indicar o caminho a seguir.
Desenvolvimento
a) Apresentar os argumentos para defender e justificar a tese ou ideia propos-
ta na introdução, apontando semelhanças de ideias, divergências, compara-
ções e ligações a fim de comprovar a tese.
Conclusão
a) Deve ser breve e marcante.
b) Retomar a tese.
c) Recapitular as ideias apresentadas no desenvolvimento, dando um fecha-
mento ao texto.
Conhecendo a estrutura da dissertação, você já pode elaborar um texto disser-
tativo com qualidade. Se achar necessário, retome a leitura do conteúdo quantas 
vezes desejar. 
CoMuniCaçÃo oral e eSCriTa66
6.2 arguMenTaçÃo
O texto dissertativo apresenta argumentos, ou seja, defende uma ideia. Para 
defender um ponto de vista é preciso saber argumentar.
 VOCÊ 
 SABIA?
Na lógica, um argumento é um conjunto de uma ou 
mais sentenças declarativas, também conhecidas como 
proposições, ou ainda, premissas, acompanhadas de 
uma outra frase declarativa conhecida como conclusão.
Segundo Sarmento (2004, p. 412) existem quatro tipos de argumentos.
Tipos de
Argumentos
com base no
raciocínio
lógico
com base em
citação
com base no
senso
comum
com base em
evidências
 
Lu
iz
 M
en
eg
he
l (
20
11
) 
Figura 9 - Tipos de argumento
Como saber onde usar cada tipo de argumentação?
Boa pergunta! Então vamos à resposta!
Argumentação com base em citação: o autor usa uma frase de alguém con-
ceituado no assunto para amparar a sua argumentação. Ou seja, cita-se a frase de 
outro autor para fundamentar a argumentação e dar credibilidade e prestígio ao 
novo texto que está sendo produzido.
Argumentação com base no senso comum: apoia-se nos conceitos reconhe-
cidos pela sociedade como um todo.
Argumentação

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