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Projeto de Paisagismo Residencial 6

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Prévia do material em texto

Projeto de 
Paisagismo Residencial
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª M.ª Ana Cristina Gentile Ferreira
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Projetos de Paisagismo
Projetos de Paisagismo
 
 
• Apresentar projetos de paisagismo como referências para elaboração de projeto de paisagismo. 
Atenção às questões que devem ser consideradas, como: perfil de usuários, tipo de atividade na 
área a ser executado o exercício, demandas do cliente, projeto e informações técnicas;
• Utilizar os conhecimentos adquiridos nas Unidades anteriores para desenvolver o projeto 
final da disciplina.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Tipos de Projetos de Paisagismo;
• Plano de Massas;
• Projeto Executivo;
• Projetos de Paisagismo Residencial;
• Varandas;
• Estudos de Casos.
UNIDADE Projetos de Paisagismo
Tipos de Projetos de Paisagismo
Os projetos de paisagismo podem ser divididos pelo tipo de atividade que deverá 
acontecer no espaço. São vários os tipos que encontramos no dia a dia, como Paisagis-
mo Corporativo e Comercial, Paisagismo Institucional, Parques Urbanos, entre outros. 
Nesta Unidade, veremos exemplos de Projetos de Paisagismo Residencial.
Para todos os projetos, é importante que o profissional de paisagismo compreenda 
as expectativas do cliente e tenha conhecimento do espaço objeto de intervenção. Co-
nhecer o tipo de solo, clima, a estrutura para iluminação e pontos de rede de água para 
irrigação é importante para desenvolver o projeto de maneira adequada.
O paisagismo é sempre bem-vindo e a inserção do verde nos espaços resultará na 
melhoria da qualidade de vida, lembrando que a escolha das espécies e dos elementos 
deve ser apropriada para o uso, além de que se deve considerar as questões técnicas 
citadas acima.
A melhora na qualidade de vida é um dos principais pontos a ser abordado e sua 
importância pode ser observada nos exemplos a seguir; o site Ambiente Brasil, portal 
com foco nas questões do Meio Ambiente, descreve algumas das razões pelas quais o 
paisagismo é aplicado:
• Nas entradas das casas ou clubes, uma composição de cores como tapete de 
boas-vindas.
• Plantas que emoldurem, contornem algum aspecto, como sacadas, estátuas, mirantes, 
fontes e piscinas.
• Plantas que delimitem espaços, como, por exemplo, em áreas reservadas para re-
laxamento e estudos.
• Para valorizar a propriedade.
• Para áreas de recreação e educação ambiental.
• Para encobrir algum defeito ou algum objeto visualmente estranho na propriedade.
• Como quebra-ventos, cortinas de árvores ou trepadeiras, para proporcionar maior 
privacidade.
• Para atrair pássaros.
• Para cultivar temperos, ervas ou flores para corte.
Paisagismo urbano. Disponível em: https://bit.ly/3rbu6RH
Considerando as questões aqui apontadas, somadas ao conhecimento adquirido nas 
Unidades anteriores, iremos observar o desenvolvimento do projeto de paisagismo. 
É importante que o estudante e o profissional busquem aprimorar seu conhecimento; 
pesquisas e atualizações devem ser constantes. O conhecimento teórico referente aos 
estilos, elementos compositivos, clima, solo, espécies e todas as variáveis é importante 
para o profissional desenvolver seu trabalho de maneira coerente e correta.
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9
Perfil do cliente
Ao desenvolver um projeto de paisagismo, deve-se considerar as expectativas e so-
nhos dos usuários; montar um briefing como na elaboração de qualquer projeto é 
etapa essencial ao Paisagismo.
O Perfil do Cliente é uma ferramenta importante em qualquer projeto de arquitetura 
e paisagismo. É responsável por auxiliar o profissional a identificar as necessidades e 
anseios do cliente e traçar as principais metas do projeto, compreender a relação do 
espaço a ser projetado com o desejo do cliente.
O jardim deve atender às necessidades dos moradores ou usuários daquele 
espaço. Por isto é fundamental conhecer o perfil destes usuários, buscan-
do-se atender às diferentes necessidades de crianças, idosos ou pessoas 
com necessidades especiais. A preferência dos usuários por espécies vege-
tais, estilo paisagístico ou aspecto estético é fundamental para que o jardim 
tenha personalidade e significado, diferenciando-se dos projetos massifica-
dos que normalmente são encontrados nas cidades. (BELLÉ, 2013)
Quando falamos de uma residência, devemos buscar informações do perfil dos mora-
dores, como: quais são seus hábitos, idade, rotina, frequência de manutenção do jardim, 
enfim, todas as informações necessárias para iniciar o projeto. Caso existam crianças, 
considerar como o projeto irá incluir o lazer e o brincar; para adolescentes, como fun-
cionarão as áreas de entretenimento e encontro, e assim por diante.
Além das necessidades apontadas, somam-se o estilo do jardim e tipos de espécies 
desejadas e possíveis, considerando-se as questões técnicas, como condições climáticas, 
de solo, iluminação natural, enfim, informações necessárias à manutenção do jardim.
Segundo o significado em dicionário de briefing, temos: 
Briefing: Noções prévias dadas a alguém antes que essa pessoa faça algo, contendo exata-
mente as informações e instruções sobre a tarefa a ser realizada por ela. Conjunto dessas 
informações que visam instruir alguém na realização de algo ou breve reunião em que elas 
são apresentadas. 
Fonte: https://bit.ly/3rbuIqt
Sem o conjunto de informações, realizado de forma detalhada, o profissional não 
atenderá às necessidades do usuário; preencher tal etapa de trabalho requer do paisagis-
ta momentos de escuta, onde todos os pontos abordados devem ser registrados.
Realizada a primeira etapa, o paisagista deverá elaborar um estudo preliminar que 
deverá ser apresentado e aprovado pelo cliente, para então dar continuidade ao desen-
volvimento do projeto, até a fase do Projeto Executivo e sua execução.
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UNIDADE Projetos de Paisagismo
Plano de Massas
Para realizar o projeto, iniciando pelo estudo preliminar e com o perfil do cliente já 
definido, um plano de massas, definindo a setorização e estilo a ser incorporado, irá 
auxiliar no projeto final.
O plano de massa é o estudo preliminar da paisagem, quando se define 
a estrutura básica dos espaços a serem produzidos, suas características 
de uso, forma, cor, textura, os caminhos, etc. Nesta etapa do processo 
de projetar o espaço se configura pela primeira vez o “desenho” da pai-
sagem desejada, em um tempo/espaço definidos, baseado nos estudos 
efetuados anteriormente sobre a área em questão e que resultaram em 
um plano geral – o zoneamento. (MACEDO, 1989)
Na Figura 1, podemos observar a primeira etapa do projeto. Na forma de esboço, as 
atividades (lazer), circulação (caminho beira água e eixo de circulação), maciços de vegetação 
(área de bosque) e presença de outros elementos (água) são definidos a partir da setorização.
Figura 1 – Exemplo de Plano de Zoneamento
Fonte: MACEDO, 1989, p. 25
Nas Figuras 2 e 3, vemos exemplos de planos de massas; o desenho já apresenta 
detalhes de formatos. Também é possível observar as formas das vegetações e uma 
pré-definição das espécies, que acontece nesse momento de elaboração. Na Figura 2, 
Macedo (1989) define a circulação e os formatos das espécies e seus maciços, enquanto 
na Figura 3, Reid (1987) define as espécies e os espaçamentos entre elas, criando a 
paisagem conceitual do projeto.
Figura 2 – Exemplo de Plano de Massas 
Fonte: MACEDO, 1989, p. 25
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Figura 3 – Exemplo de Plano de Massas 
Fonte: R EID, 1987, p. 31
Através dos links a seguir você poderá assistir a um exemplo de como um Plano de Zonea-
mento e Plano de Massas são elaborados e suas etapas de desenvolvimento. 
• Plano de massas 1: do sítio ao zoneamento e esboço do projeto. 
Disponível em: https://youtu.be/Q55jKAI94gw
• Plano de massas 2: do zoneamento ao projeto. 
Disponível em: https://youtu.be/rvBXreSKGBY
Projeto Executivo
Após a definição do conceito do jardim e de seus espaços e a aprovação do projeto 
preliminar, realizado a partir dos planos citados acima, o profissional deverá detalharo 
projeto. Nesse momento, todos os conceitos que vimos nas Unidades anteriores, como 
Representação Gráfica, Elementos de Composição e Guia Prático de Paisagismo, de-
vem ser incorporados ao trabalho.
Nas Figuras 4 e 5, temos exemplos de projetos executivos; enquanto a Figura 4 faz a 
definição das espécies e demais elementos compositivos através de linhas de chamada, 
na Figura 5 podemos observar no canto direito da folha um quadro com as especifica-
ções necessárias. Em ambos os casos, devemos reforçar que a especificação correta das 
vegetações e dados técnicos dos demais elementos compositivos serão os responsáveis 
pela correta execução do projeto.
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UNIDADE Projetos de Paisagismo
Figura 4 – Exemplo de Projeto de Paisagismo
Fonte: REID, 1987, p. 32
Figura 5 – Exemplo de Projeto de Paisagismo
Fonte: REID, 1987, p. 33
Para finalizar os exemplos de representações do projeto de paisagismo, as figuras a 
seguir registram as etapas de desenvolvimento do projeto, já com a inclusão de cores 
e uso de software na realização do trabalho. No primeiro caso, podemos observar o 
projeto definido já organizado na folha de apresentação; e no segundo caso, o mesmo 
projeto já com a presença do quadro descritivo, que deverá ser preenchido com as es-
pecificações corretas.
Quando não utilizadas as linhas de chamadas, em cada espécie e elementos de com-
posição, devemos incluir um número, que permitirá fazer a relação (legenda) no quadro 
de especificações. Além da legenda a partir da numeração, representações gráficas com 
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diferentes texturas também irão auxiliar no entendimento do projeto, assim como fotos 
e imagens.
Figura 6 – Exemplos de organização de prancha do Projeto Executivo de Paisagismo
Fonte: Adaptada de Getty Images
Projetos de Paisagismo Residencial
Por Projetos de Paisagismo Residencial entende-se criar espaços acolhedores para con-
vivência e contemplação. O uso de mobiliários apropriados para uso externo deve ser 
pensado pelo paisagista, assim como iluminação e outros elementos compositivos. A ideia 
do paisagismo residencial é também proporcionar tranquilidade e contato com a natureza.
Um lar também se faz de natureza, e é aí que entram em cena os projetos 
paisagísticos. Usando como artifício jardins verticais, jardineiras ou va-
sos, eles conseguem deixar o ambiente ainda mais acolhedor e relaxante. 
Plantas que necessitam de menos luz são as ideais para ficar na parte 
interna da casa. (VALLE, 2015)
O conhecimento das espécies e tipos de solo é essencial para a escolha apropriada. 
A produção do Guia Prático de Paisagismo, registrado na Unidade anterior, traz as 
principais informações que devemos buscar. Atualmente, informações com sugestões de 
espécies em diferentes climas e nos diversos ambientes residenciais são facilmente en-
contradas. Os itens a seguir, elaborados pelo blog Homify, sugerem de maneira bastante 
simplista algumas vegetações a serem aplicadas no paisagismo residencial:
É preciso escolher as espécies de plantas de acordo com o tipo de solo. Algumas 
plantas se dão super bem em qualquer jardim, como:
• Espécies ornamentais, como a calêndula, as begônias, rosas e outras flores coloridas;
• Antúrio, babosa e até a bromélia – se você não tem tempo para cuidar do jardim;
• Cactos e suculentas são perfeitas para quem tem pouco espaço dentro ou fora de casa;
• Ervas para quem deseja preparar as refeições com temperos frescos (HOMIFY, 2018).
Para completar as informações citadas acima, leia o artigo de Gabriel Pedrotti, com suges-
tões de “12 espécies para ambientes internos”, disponível em: https://bit.ly/2QxvX6R
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UNIDADE Projetos de Paisagismo
O conceito a ser aplicado também deverá ser considerado no momento de elabora-
ção de um projeto de paisagismo, ele será responsável pelo estilo de jardim que será 
desenvolvido. Vimos vários exemplos de paisagismo em diferentes épocas – na Antigui-
dade; os diversos estilos do Renascimento; e o Jardim Contemporâneo –, enfim, tais co-
nhecimentos devem estar atrelados ao desejo do cliente e estilo arquitetônico do edifício.
Nos exemplos a seguir, foram apontados alguns dos elementos compositivos uti-
lizados no projeto. Na Figura 7, é possível notar a setorização dos espaços externos. 
A paginação do piso na entrada lateral tem desenho e material diferentes dos da área do 
fundo da casa, que contém duas funções, lazer e convivência, com presença de piscina 
e mesas; no canto direito, a área de descanso apresenta o elemento de ênfase quando 
se escolhe um “pergolado” para delimitar a área.
A área de brincar possui desenho de piso diferente das demais áreas, a escolha do 
piso deve considerar o uso do espaço e deve-se ter cuidado com materiais escorrega-
dios, que possam causar algum acidente. A diversidade da vegetação é apontada pelas 
representações em diferentes tamanhos e cores e foi trabalhada, tanto na entrada 
como na lateral direita, de forma simétrica e repetitiva. Por fim, as espécies escolhidas 
e os detalhes de projeto estão nomeados diretamente no desenho a partir de linhas 
de chamada.
Figura 7 – Análise de elementos compositivos no Projeto de Paisagismo 
Fonte: Adaptada de snohomishcountywa.gov
Na Figura 8, também é possível ver a setorização dos usos, a área de convivência com 
a presença de mobiliário (mesa e cadeiras) e o lazer com a presença de piscina. Um dos 
elementos compositivos destacados no projeto é o deck de madeira, que integra a piscina 
e forma um solarium. O piso desenhado de forma geométrica e linhas retas possui dois 
modelos distintos, um com dimensões maiores, onde está localizada a área da garagem, e 
um com dimensões menores, que está distribuído no restante da área externa.
As diferentes espécies de vegetação podem ser notadas na própria representação 
gráfica, árvores de dimensões, formas e cores distintas – diferentes tons de verde, roxo e 
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laranja –, além de canteiros e gramas próximos à edificação, auxiliando na organização 
da circulação.
Figura 8 – Análise de elementos compositivos no Projeto de Paisagismo 
Fonte: Adaptada de snohomishcountywa.gov
Em relação ao próximo projeto (Figura 9), segundo a arquiteta Lilian Casa Grande, o 
jardim foi pensado de forma que a família pudesse aproveitá-lo em todas as estações do 
ano, recebendo muitos convidados.
P odemos observar tais conceitos quando observamos as circulações amplas e a seto-
rização dos diferentes usos, o uso de elementos compositivos, como piso, ênfase, linhas, 
luz e outros, que foram aplicados de maneira equilibrada e tendo as solicitações da dinâ-
mica dos usuários respeitadas. Espaços de lazer, como piscina e área gourmet, espaço 
de descanso e meditação na área zen, existência de vegetações frutíferas e horta, enfim, 
espaços delimitados de acordo com seus usos.
Figura 9 – Análise de elementos compositivos no 
Projeto de Paisagismo | Lilian Casa Grande
Fonte: Reprodução
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UNIDADE Projetos de Paisagismo
Os tipos de espécies, pisos e demais elementos devem ser detalhados em todos os 
projetos; portanto, organizar tais informações é essencial para o profissional desenvol-
ver o projeto. As especificações podem ser registradas a partir de linhas de chamada ou 
tabelas, mas vale ressaltar que quanto maior o detalhamento das informações, melhor 
será o entendimento do projeto.
Enfim, podemos perceber que o detalhamento dos projetos e a apresentação da pro-
posta devem acontecer de maneira clara e de fácil entendimento, o que ajudará não ape-
nas na execução do projeto, mas no entendimento do cliente em relação aos elementos 
propostos, circulação, setorização de usos e espécies de vegetação escolhidas.
Varandas
O novo formato das residências em edifícios verticais, com a inclusão de varandas 
nos projetos arquitetônicos, faz com que o paisagismo nas varandas aconteça com maior 
frequência. As varandas passaram a exercer diferentes funções; quando se trata de va-
randa gourmet, essa passa a ser, normalmente, o principal local de convivência entre 
as pessoas.
Assimcomo nos demais projetos de paisagismo, a função da varanda será definida 
pelos seus usuários e caberá ao profissional articular as soluções e alternativas de mer-
cado para permitir ao contratante usar o espaço como desejado.
As varandas e terraços em edifícios têm se mostrado como uma im-
portante extensão do apartamento. Em função da busca constante por 
uma melhor qualidade de vida, os moradores passaram a cultivar jardins 
nestes espaços, que além de embelezar, valorizam ainda mais o imóvel. 
(COSIGNANI, 2018)
Na Figura 10, temos o projeto de Caterina Poli apresentado em uma reportagem na 
Revista Minha Casa, com objetivo de mostrar um projeto de paisagismo para varandas 
de tamanho reduzido e bastante comuns em cidades como São Paulo.
A varanda possui uma pequena área gourmet, espaço de convivência e pequeno 
paisagismo. Podemos observar o trabalho de circulação com diferenciação de pisos. En-
quanto no espaço da churrasqueira e pia o piso cerâmico foi a opção mais apropriada, 
decks de madeira no formato de placas e pedrisco completam a área.
A mesa para quatro pessoas, um aparador e um banco foram escolhidos para com-
por o mobiliário da varanda. A vegetação na varanda deve ser prioritariamente implan-
tada em vasos, facilitando sua manutenção e não prejudicando questões estruturais. 
No caso do exemplo escolhido, a arquiteta destaca a escolha de espécies que dispensam 
insolação direta e que devem ser regadas apenas uma ou duas vezes por semana. “A dica 
é manter a terra sempre úmida”.
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Figura 10 – Projeto de varanda | Caterina Poli
Fonte: Reprodução
Nas figuras a seguir, é possível observar a presença da vegetação a partir de vasos, 
mobiliário, revestimentos e pisos. Detalhes de decoração e presença de objetos dão os 
toques finais ao projeto.
Figura 11 
Fonte: Reprodução
Importante!
Vale ressaltar que um projeto de Varanda deverá respeitar as regras do condomínio. 
Muitos edifícios proíbem elementos que possam alterar as configurações das fachadas; 
além disso, há questões técnicas, como capacidade estrutural e padrões pré-definidos 
de cores e tipos de acabamentos.
Devemos ficar atentos também aos espaços para circulação, tamanhos dos mobi-
liários e dimensões máximas das vegetações escolhidas, uma vez que os espaços de 
varanda são normalmente reduzidos e limitados.
17
UNIDADE Projetos de Paisagismo
Vale lembrar que atualmente muitos projetos arquitetônicos incorporam o paisagismo 
na varanda no momento de concepção, ou seja, diferentemente dos exemplos citados, 
com o uso de espécies em vasos para respeitar critérios estruturais dos edifícios, tal 
questão já faz parte dos cálculos e as espécies também são pré-definidas.
O artigo “Varandas com vegetação: detalhes e cortes de jardins em altura”, de Belén 
Maiztegui, disponível na revista eletrônica ArchDaily, traz diversos projetos onde o pai-
sagismo na fachada através de varandas é incorporado à arquitetura.
Figura 12 – Paisagismo nas fachadas | Bosco Verticale e Stefano Boeri Architetti
Fonte: Reprodução
Veja mais imagens e plantas de projetos de paisagismo com varanda incorporados ao pro-
jeto de arquitetura. Além de imagens, esta matéria mostra plantas técnicas para execução 
dos projetos. Disponível em: https://bit.ly/3cfqsSs
Estudos de Casos
Serão apresentados aqui alguns estudos de casos, com exemplos de alguns apontamen-
tos no projeto. O objetivo é trazer como devemos observar o paisagismo aplicado a partir 
dos conceitos apresentados na disciplina, desde características técnicas do terreno, perfil 
do cliente, até materiais e elementos compositivos aplicados no projeto de paisagismo.
O projeto de paisagismo assinado por Gilda Meirelles Arquitetura foi elaborado para 
uma família com filhos pequenos, que buscava na arquitetura e no paisagismo a integra-
ção dos ambientes internos e externos, além do aproveitamento das características do 
terreno e de vegetações existentes.
O paisagismo complementa o projeto, ajudando na integração com o ter-
reno e com a mata. A iluminação do jardim fornece um efeito muito bo-
nito na construção e na implantação. São Paulo, 2020 – Localizada em 
Bragança Paulista (SP), no condomínio Fazenda Dona Carolina, a Casa 
DAC, assinada pelo escritório Gilda Meirelles Arquitetura, teve como par-
tido arquitetônico o desenvolvimento de um projeto que acompanhasse a 
inclinação do terreno, sem que a casa tivesse muitas escadas e tendo a vista 
da mata presente na maior parte dos ambientes. (ARCHDAILY, 2020)
18
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Na sequência de imagens a seguir, são apresentados exemplos de destaques de al-
guns dos elementos utilizados no projeto – nas plantas, a definição dos usos e espaços; 
paginação de piso; materiais utilizados, como pedra e deck de madeira; e vegetações.
Figura 13 – Projeto de paisagismo em Residência Unifamiliar | Gilda Meirelles Arquitetura 
Fonte: Reprodução
Figura 14 – Projeto de paisagismo em Residência Unifamiliar | Gilda Meirelles Arquitetura 
Fonte: Reprodução
Nas imagens, podemos observar como a setorização e a definição dos espaços acon-
tecem de maneira harmoniosa. O aproveitamento do terreno e de vegetações locais 
também está presente nas imagens. A utilização de maciços com diversidade de espécies 
e definição de arbustos vão completando o projeto. Nas imagens, podemos observar 
ainda os diferentes tipos de pisos e paginações aplicados, assim como mobiliários apro-
priados para uso externo.
19
UNIDADE Projetos de Paisagismo
Figura 15 – Projeto de paisagismo em Residência Unifamiliar | Gilda Meirelles Arquitetura 
Fonte: Reprodução
Figura 16 – Análise do paisagismo em Residência Unifamiliar | Gilda Meirelles Arquitetura 
Fonte: Reprodução
Na Figura 17, a área da piscina como Centro de Interesse está em destaque, assim 
como a vegetação sendo aplicada para organizar os espaços, além do aproveitamento 
da topografia do terreno, incorporada ao projeto.
Figura 17 – Análise do paisagismo em Residência Unifamiliar | Gilda Meirelles Arquitetura 
Fonte: Reprodução
20
21
Por fim, a imagem a seguir traz a importância do projeto de iluminação artificial atrelado 
ao paisagismo.
Figura 18 – Iluminação artifi cial | Gilda Meirelles Arquitetura 
Fonte: Reprodução
Figura 19 – Paisagismo Residencial | Gilda Meirelles Arquitetura 
Fonte: Reprodução
Outro exemplo aqui analisado é o Conjunto Residencial Gardenhouse, localizado na 
Califórnia. O principal conceito pode ser observado nas paredes verdes, com texturas e 
cores, que tentam resgatar a sensação de proximidade com o meio ambiente e o verde.
O projeto de paisagismo está totalmente atrelado ao desenho arquitetônico e se des-
taca na paisagem da cidade. Além disso, o projeto de paisagismo das áreas comuns do 
edifício trabalha com diferentes níveis e cotas, permitindo uma sensação de dinamismo 
aos espaços, além de pequenos jardins individuais nos apartamentos. A utilização de 
espécies nativas completa o conceito do projeto.
O projeto abriga uma das maiores paredes verdes com plantas naturais 
dos Estados Unidos, a qual é coberta por plantações exuberantes de su-
culentas e outras espécies nativas, tolerantes à seca, cuja familiaridade 
com o clima local nega a necessidade de irrigação e manutenção extra. 
O resultado é uma textura única formando uma adição orgânica, natural 
e sazonal à paisagem urbana do bairro. (ARCHDAILY, 2020)
21
UNIDADE Projetos de Paisagismo
Nas imagens a seguir, podemos ver as diferentes cores e texturas, resultado do pro-
jeto de paisagismo na parede verde; os desenhos orgânicos dão ainda mais dinamismo 
à fachada.
Figura 20 – Parede verde | MAD Architects 
Fonte: Reprodução
Na imagem a seguir, podemos ver a varanda individual de uma das unidades. Os pro-
jetos dos pequenos jardins foram pensados de maneira integrada ao paisagismo do edifí-
cio, permitindo total integração das unidades e áreas comuns.
Figura 21 – Varanda | MAD Architects 
Fonte: Reprodução
22
23
Cercado por este aglomerado de apartamentos em um volume branco com 
telhados inclinadose irregulares, encontra-se o pátio interno que conforma 
um espaço central destacado pelo seu projeto de paisagismo, com vege-
tação e alternância de níveis. Considerando cuidadosamente a distância, 
orientação e disposição das varandas com vistas para o pátio, o resultado é 
uma interação discreta, privativa, tranquila e conveniente entre os residen-
tes e seu “jardim secreto” compartilhado. (ARCHDAILY, 2020)
Figura 22 – Área comum | MAD Architects
Fonte: Reprodução
São muitos os projetos de paisagismo, é importante que o estudante e o profissional se 
mantenham atualizados, sem deixar as referências históricas e técnicas de lado. No link su-
gerido, temos uma lista de paisagistas brasileiros contemporâneos. A partir do artigo, é 
possível acessar a página dos profissionais, com portifólios repletos de plantas e imagens 
com informações ricas para referências. Disponível em: https://bit.ly/3d1EgiK
Para finalizar a disciplina de Paisagismo, devemos lembrar a importância do paisa-
gismo no cotidiano das pessoas. O paisagista deverá participar de todo o processo que 
envolve o projeto: conversas com os clientes para traçar o perfil dos usuários e o uso dos 
espaços; definição do estilo de jardim a ser adotado; questões técnicas, como presença 
de infraestrutura para iluminação e drenagem; conhecimentos quanto à topografia e 
clima; e, por fim, tipos de vegetações apropriadas para cada projeto, considerando todas 
as questões anteriores.
As representações gráficas e o Guia Prático de Paisagismo, que vimos em Unidades 
anteriores, deverão dar suporte para o aluno desenvolver seus primeiros projetos. É im-
portante que você desenvolva a prática de pesquisar, desenhar e projetar de maneira 
constante e frequente, permitindo o aprimoramento do tema e desenvolvendo cada vez 
mais o projeto de paisagismo como parte integrante da profissão.
“O jardim é uma natureza organizada pelo homem e para o homem.” (Roberto 
Burle Marx).
23
UNIDADE Projetos de Paisagismo
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
A arquitetura de um jardim / Alex Hanazaki – Rolê # 3
https://youtu.be/bG1cKjZiM5U
Landscape Concept Design
Projetos de paisagismo – Concepção, desenhos e projeto.
https://youtu.be/ramtY76-NQc
The landscape design process
https://youtu.be/eSgexDQDnc8
 Leitura
Decoração de varanda
https://glo.bo/3vQQu6s
Paisagismo urbano
https://bit.ly/3rbu6RH
Biofília: trazendo a natureza para dentro de casa
https://bit.ly/3cU2jAc
Paisagismo: O mais recente de arquitetura e notícia
https://bit.ly/3tSfSXP
24
25
Referências
ALENCAR, L. D.; CARDOSO, J. C. Paisagismo funcional: o uso de projetos que integram mais 
que ornamentação. Revista Ciência, Tecnologia & Ambiente. Sem data. Disponível em: 
<http://www.academia.edu/23542612/Paisagismo_funcional_o_uso_de_projetos_que
_integram_mais_que_ornamenta%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 505/10/2018.
BARBER, M. Tradução de Maria Paula Cardenas. Conheça 8 parques lineares que 
transformaram cidades. Revista Eletrônica AuE Paisagismo. 19 de outubro de 2017. 
Disponível em: <http://auepaisagismo.com/?id=conheca-8-parques-lineares-que-trans-
formaram-cidades&in=1817>. Acesso em: 05/10/2018.
BELLÉ, S. Apostila de paisagismo. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnolo-
gia do Rio Grande do Sul – IFRS. Campus Bento Gonçalves, 2013.
MACEDO, S. M. Plano de massas: um instrumento para o desenho da paisagem. Paisa-
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