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hiv profilaxia pré e pós-exposição (preservativos, aids, tratamento, controle, circuncisão, prevenção e abstinência) - Saúde

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1 
 
 
 
 Quando o vírus da imunodeficiência humana 
(HIV) foi descoberto na década de 1980, as únicas 
formas de prevenção da infecção eram a abstinência 
sexual ou o uso de preservativos à base de látex 
(camisinhas). 
 Enquanto a abstinência era a única forma 100% 
eficaz, a camisinha ajudava a reduzir o risco, 
mas não era totalmente segura 
 A qualidade do produto naquela época ainda 
não era controlada de forma muito rigorosa 
 Também não havia campanhas de educação 
sobre como utilizar o preservativo. 
 As previsões de desenvolvimento de uma vacina 
eficaz até hoje não se concretizaram e os 
antirretrovirais, medicamentos usados no 
tratamento da AIDS, não eram eficazes o 
suficiente para evitar a transmissão do vírus para 
os parceiros ou parceiras dos pacientes 
soropositivos. 
 
2010 – NOVO TRATAMENTO 
Felizmente, a história começou a mudar 
partir de 2010. Com a advento de esquemas de 
tratamento antirretroviral cada vez mais eficazes, 
duas situações novas começaram a se tornar 
realidade. 
 O uso de medicamentos como forma de 
profilaxia contra a transmissão do HIV 
(profilaxia pré-exposição e pós-exposição); 
 E o número crescente de pacientes soropositivos 
que, ao conseguirem alcançar níveis 
indetectáveis de vírus no sangue, já não eram 
mais capazes de transmiti-lo para outras pessoas; 
 Os atuais esquemas de tratamento e prevenção 
do HIV estão se tornando tão eficazes, que a 
UNAIDS, programa da Organização das Nações 
Unidas criado em 1996 para ajudar no combate 
à AIDS, definiu como meta o fim da epidemia 
mundial de AIDS até 2030. 
PRESERVATIVOS 
 A camisinha é um preservativo que serve 
como método contraceptivo e como barreira para 
transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, 
incluindo o vírus HIV. 
 Presente no mercado desde a década de 1920, as 
camisinhas feitas de látex ganharam muita 
popularidade a partir da década de 1980, 
exatamente por conta da epidemia de AIDS; 
 A qualidade e a segurança do produto 
aumentaram bastante, em grande parte motivada 
por um maior controle das agências de vigilância 
sanitária. 
 
CONTROLE 
 Atualmente, todo preservativo é testado 
eletronicamente para furos e defeitos antes de ser 
embalado; 
 Após esse primeiro teste, algumas amostras de 
cada lote ainda são aleatoriamente selecionadas 
e testadas para avaliar: 
 a resistência 
 risco de vazamentos 
 integridade da embalagem. 
 Se alguma das amostras falhar no teste, o lote 
inteiro precisa ser descartado; 
hiv: profilaxia pré e pós-exposição 
RESUMO DE SAÚDE 
 prep e pep 
 
 2 
 
  Todo esse controle de qualidade permite que a 
camisinha seja um método bastante eficaz na 
prevenção da transmissão do HIV; 
 Quando utilizada corretamente, sua taxa de 
eficácia é muito próxima de 100%; 
 Nos poucos casos de falha, o problema costuma 
ser do indivíduo, que não soube utilizar o 
preservativo de forma correta, favorecendo o 
rompimento ou a saída da camisinha do pênis 
durante o ato sexual. 
 
PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO – 
PrEP 
 A profilaxia pré-exposição (PrEP) é uma 
forma de tratamento preventivo que envolve a 
administração diária de um comprimido do 
medicamento antirretroviral Truvada® 
(entricitabina + tenofovir) para os indivíduos 
soronegativos que apresentam elevado risco de 
contaminação. 
 Atualmente, a PrEP pode ser oferecida para os 
seguintes pacientes: 
 Homens e mulheres não infectados pelo 
HIV que tenham um parceiro sexual 
soropositivo com uma carga viral 
detectável (se em algum momento o 
parceiro contaminado conseguir manter a 
carga viral indetectável por 6 meses 
seguidos, a suspensão da profilaxia pré-
exposição pode ser considerada). 
 Homens homossexuais ou mulheres 
transexuais que fazem sexo com homens se, 
nos últimos seis meses, tiveram 
comportamentos sexuais de alto risco, 
como sexo anal sem preservativo com 
parceiros sexuais múltiplos ou 
desconhecidos. 
 Homens homossexuais ou mulheres 
transexuais que fazem sexo com homens se, 
nos últimos seis meses, tiveram uma doença 
sexualmente transmissível confirmada. 
 Homens heterossexuais que fazem sexo sem 
preservativo com mulheres de regiões 
com epidemia generalizada de HIV 
(prevalência do HIV na população maior 
que 2 a 3%). 
 Homens heterossexuais que fazem sexo sem 
preservativo com mulheres que estão sob 
alto risco de infecção pelo HIV, como 
profissionais do sexo ou usuárias de 
drogas injetáveis. 
 Mulheres heterossexuais que praticam sexo 
sem preservativo com homens com alto 
risco de infecção pelo HIV, como usuários 
de drogas injetáveis, parceiros bissexuais 
masculinos ou parceiros de áreas onde há 
alta prevalência de HIV. 
 Profissionais do sexo. 
 Usuários de drogas injetáveis que, nos 
últimos seis meses, relatam o 
compartilhamento de agulhas. 
 Indivíduos que fazem uso frequente da 
PEP (profilaxia pós-exposição). 
 Todos os candidatos à PrEP devem fazer uma 
sorologia para HIV antes do início do tratamento 
e a cada 3 meses para confirmar a não 
contaminação; 
 Se alguma das sorologias vier positiva, a 
PrEP deve ser suspensa e o paciente 
referenciado para iniciar o tratamento para o 
HIV. 
 
 A profilaxia pré-exposição, se tomada de forma 
correta, reduz o risco de transmissão do HIV em 
90%, uma taxa maior que a do preservativo; 
 Entre as pessoas que usam drogas injetáveis, a 
PrEP é um pouco menos eficaz, reduzindo o 
risco em pouco mais de 70%; 
 Mesmo fazendo uso da PrEP, os pacientes são 
aconselhados a usar a camisinha como forma de 
potencializar a prevenção. Se o objetivo for 
engravidar, a camisinha pode ser abandonado 
após 20 dias do início da profilaxia, que é o 
 
 3 
 
 
tempo mínimo necessário para que o tratamento 
faça efeito nas mulheres; 
 Pacientes com insuficiência renal crônica ou 
portadores de hepatite B crônica não são 
candidatos à PrEP, devido ao risco de 
agravamento das suas doenças. 
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇAÕ- 
PEP 
 A profilaxia pós-exposição (PEP) é uma 
forma de prevenção do HIV semelhante à PrEP, 
com a diferença de ser iniciada após o paciente ter 
sido potencialmente exposto ao vírus, como nos 
casos de estupro, rompimento da camisinha durante 
relação com alguém sabidamente soropositivo, 
usuários de drogas que compartilharam agulhas ou 
profissionais de saúde que se acidentaram com 
agulhas ou material biológico potencialmente 
contaminado. 
 A PEP também é feita com a administração de 
medicamentos antirretrovirais, que devem ser 
iniciados o mais rápido possível 
 De preferência nas duas primeiras horas 
após a exposição ao vírus e no máximo em 
até 72 horas. 
 O início precoce da profilaxia elimina o vírus 
HIV antes que ele consiga se multiplicar no 
organismo do paciente, impedindo a sua 
contaminação de forma permanente; 
 A profilaxia pós-exposição dura 28 dias e o 
paciente deve ser acompanhado pela equipe de 
saúde por mais 90 dias. 
 
ESQUEMAS DE PEP DISPONÍVEL 
 Atualmente, há mais de um esquema de PEP 
disponível. As opções mais indicadas costumam ser: 
 Tenofovir/Lamivudina + Atazanavir/Ritonavir, 
1 comprimido de cada, 1 vez por dia; 
 Tenofovir/Emtricitabina + Raltegravir, 1 
comprimido de cada, 1 vez por dia; 
 Tenofovir/Emtricitabina + Dolutegravir, 1 
comprimido de cada, 1 vez por dia 
 Tenofovir/Emtricitabina + Darunavir/Ritonavir, 
1 comprimido de cada, 1 vez por dia. 
Imediatamente após o início da PEP, o 
paciente precisa ser testado para HIV para termos 
certeza de que o mesmo já não era previamente 
soropositivo. 
 Se o resultado vier positivo, a profilaxia é 
interrompida e o paciente deve ser encaminhado 
para iniciar o tratamento do HIV; 
 Se o resultado inicial vier negativo, o paciente 
deve repetir o teste após 1 e 3 meses. 
 
TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL 
COMO FORMA DE PREVENÇÃO 
 O tratamento como prevenção é um conceito 
relativamente novo, que se baseia no fato dos 
pacientessoropositivos que atingem carga viral 
sanguínea indetectável através do tratamento com 
antirretrovirais apresentarem baixíssimo risco de 
transmissão do vírus. 
 Até há poucos anos, o tratamento com 
antirretrovirais só era iniciado nos pacientes 
soropositivos que apresentassem critérios 
específicos com relação a sua carga viral e a 
contagem dos linfócitos CD4; 
 Atualmente, porém, o tratamento é oferecido a 
todos os soropositivos, independentemente do 
estado imunológico ou do tempo de infecção; 
 Quando um paciente soropositivo atinge um 
estado de supressão permanente do vírus, ou 
seja, carga viral indetectável por 6 meses 
 
 4 
 
 
seguidos, o risco de transmissão do HIV torna-
se praticamente nulo; 
 O risco é tão baixo, que 600 organizações em 
mais de 75 países assinaram uma declaração em 
conjunto classificando o risco de transmissão do 
HIV nesses casos como “insignificante”, ou seja, 
tão pequeno que não vale a pena considerar. 
PREVENÇÃO COMBINADA 
 Chamamos de prevenção combinada do HIV 
a estratégia de utilizar em simultâneo, ou de forma 
sequencial, mais de uma das formas de profilaxia 
descritas anteriormente. 
 A associação da camisinha com a PrEP ou com 
o tratamento antirretroviral são as formas mais 
utilizadas; 
 A utilização de gel lubrificante à base de água, 
com o objetivo de diminui o atrito e os traumas 
durante a cópula; 
 A utilização da PEP no recém-nascido para 
prevenção da transmissão vertical do vírus 
(transmissão do HIV da mãe para o filho na hora 
do parto); 
 O tratamento de outras infecções sexualmente 
transmissíveis também faz parte da estratégia de 
prevenção combinada. 
 
ABSTINÊNCIA SEXUAL 
 A abstinência sexual é a forma mais eficaz de 
prevenção do HIV. No entanto, além de ser uma 
estratégia pouco atrativa, ela também não é infalível, 
porque as pessoas que optam por esse método 
podem precisar da PEP em algum momento da vida, 
caso sejam vítimas de violência sexual ou se 
acidentem com agulhas. 
CIRCUNCISÃO 
 Estudos mostram que a circuncisão reduz o 
risco de contaminação pelo HIV. Isso aparentemente 
ocorre porque existe uma grande densidade de 
células-alvo do HIV no prepúcio masculino. 
 Circuncisão é uma operação cirúrgica que 
remove o prepúcio, uma pele que recobre a 
glande do pênis; 
 Estudos clínicos randomizados na África 
demonstraram que a circuncisão reduz o risco de 
transmissão do HIV de mulheres para homens 
de 50 a 60%; 
 No entanto, o oposto não é verdadeiro. A taxa de 
transmissão de homens circuncidados para as 
mulheres não é menor. 
 
VACINA CONTRA HIV 
 Quando o vírus HIV foi descoberto no início 
da década de 1980, a expectativa que existia era de 
que uma vacina pudesse ser desenvolvida dentro de 
2 ou 3 anos. Isso, porém, nunca aconteceu. Até hoje, 
todas as vacinas testadas não se mostram eficazes.

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