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1
Nome: Helena Menezes Pena
Professor: Daniel Tassinari Felber
Disciplina: Fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva
Relatório das Aulas AV1
O presente documento discorre sobre as aulas práticas realizadas entre os dias
14/03/2023 e 11/04/2023, na disciplina de Fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva
ministrada pelo professor Daniel Tassinari Felber na Faculdade Sogipa.
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DE PACIENTES CRÍTICOS - 14/03
Geralmente, na Unidade de Terapia Intensiva, o paciente está conectado a
vários aparelhos de monitoramento, como os dispositivos que verificam continuamente
a pressão arterial, os batimentos cardíacos, a saturação de oxigênio no sangue e, às
vezes, está com suporte de ventilação mecânica, sondas, drenos e cateteres. (LIMA et
al. 2015).
Segundo Lima et al. (2015), alguns centros de Terapia Intensiva consideram a
presença desses dispositivos como barreiras para a mobilização, retardando o início da
reabilitação, entretanto ele afirma que os estudos têm mostrado que a mobilização dos
pacientes que possuem esses dispositivos é segura.
Sendo assim, primeiramente realizamos a inspeção dos dispositivos ligados à
colega Isis e de todo o estado geral dela. Esta conduta é extremamente importante
para os critérios de segurança para a mobilização do paciente, além de evitar a
ocorrência de eventos adversos. (CONCEIÇÃO et al. 2017)
O professor avaliou o nível de consciência da colega Isis, onde foi explicado
sobre a desorientação de tempo-espaço que geralmente ocorre durante as internações
na UTI. Esse debate em sala de aula corrobora com o estudo de Pitrowsky (2010),
onde afirma-se que o próprio ambiente da UTI já é um fator de risco para o
desenvolvimento do delirium, por conta da ausência de iluminação natural e do
isolamento do paciente. Nota-se, pela literatura, que este acontecimento já vem sido
discutido há anos, como no estudo de Inouye et al (1999), onde ele já afirmava que era
necessária a presença de janelas ou de equipamentos visuais e auditivos que simulem
o dia e noite dentro das Unidades de Terapia Intensiva.
Outro fator de risco associado ao delirium, segundo Kollef (1998) é o nível de
sedação utilizado nos pacientes para redução do estresse e a realização da ventilação
2
mecânica. Barbosa et al. (2018) explica que a redução ou retirada total da
administração de medicamentos sedativos é realizada através do uso de protocolos e
de uma combinação de testes, como a Escala de Ramsay e a Escala de Agitação e
Sedação de Richmond (RASS).
Na fisioterapia, também utilizamos essas duas escalas na avaliação neurológica
do paciente crítico. Em aula, realizamos a simulação com o colega Márcio, aplicando a
Escala de Ramsay, utilizada para classificar a intensidade de sedação nos pacientes
internados e sedados através do nível de atividade, e a Escala de Sedação de RASS,
que avalia o nível de consciência do paciente em “agressivo, agitado, muito agitado,
inquieto, alerta e calmo, sonolento, sedação leve, sedação moderada, sedação intensa,
não desperta”. O RASS tem alta confiabilidade e validade em pacientes adultos de UTI
ventilados e não ventilados, sedados e não sedados (Sessler et al, 2002).
A Escala de Coma de Glasgow e a Avaliação das Pupilas também faz parte da
avaliação neurológica do fisioterapeuta na Unidade de Terapia Intensiva, pois também
são ferramentas que possibilitam mensurar o nível de consciência dos pacientes.
(SOUZA e SANTOS, 2021) Entretanto, apesar de terem sido comentadas durante a
aula, não foi realizada a simulação prática das mesmas.
Na segunda parte da aula, realizamos uma prática de revisão da ausculta
pulmonar, onde o meu paciente de simulação foi o colega Luis Felipe, bem como fui a
paciente dele. A ausculta pulmonar é fundamental quando falamos sobre a Unidade de
Terapia Intensiva, pois os pacientes internados por longos períodos tendem a
desencadear prejuízos na função respiratória, além de estarem mais predispostos a
infecções hospitalares como a pneumonia. (LEMOS et al, 2021)
Para realizar a ausculta pulmonar, o paciente fica sentado ou deitado em uma
posição confortável e é instruído a inspirar fundo e expirar lentamente, enquanto o
profissional da saúde posiciona o estetoscópio nos pontos de ausculta anteriores e
posteriores no tórax do paciente. Através dos sons escutados, podemos identificar
roncos, estertores e sibilos, identificando presença de secreções ou de algum
comprometimento pulmonar. (PRADO, BETTENCOURT e LOPES, 2019) Durante a
avaliação na aula prática, o colega Luis Felipe estava apresentando sons respiratórios
normais. Para complementar a avaliação, também realizamos a ausculta cardíaca,
onde o colega Luís também apresentou-se normal,com as bulhas cardíacas rítmicas,
normofonéticas em dois tempos e sem sopros.
Um dos problemas frequentes enfrentados na Unidade de Terapia Intensiva é a
fraqueza muscular adquirida na UTI (FAUTI), uma complicação comum em pacientes
que passam por longos períodos de internação em UTIs e que recebem terapias
invasivas, como a ventilação mecânica. Portanto, a mensuração regular se faz
necessária para identificar pacientes que estão em maior risco e implementar medidas
preventivas para minimizar complicações relacionadas à fraqueza muscular, que
3
podem levar a impactos significativos na qualidade de vida dos pacientes após
receberem alta hospitalar. (ALMEIDA et al, 2021)
Para mensuração da fraqueza muscular, utilizamos em aula a perimetria dos
membros inferiores, com o objetivo de simular a análise da fraqueza adquirida na UTI
através da perda de espessura muscular do músculo quadríceps. A medição é
realizada com a fita métrica, medindo entre a espinha ilíaca ântero superior (EIAS) e a
borda superior da patela. Fiz a medição na colega Ingrid, em sua perna esquerda, que
apresentou 51cm de comprimento entre os pontos de referência. Dividimos o valor
apresentado em 3 para chegarmos aos 2 terços que devem ser medidos na perimetria.
O terço superior de Ingrid apresentou 63cm de perimetria e o terço inferior 58cm. A
colega Júlia realizou a perimetria em mim, e apresentei 41cm entre os dois pontos de
referência em ambos os membros inferiores. A medida do terço superior de ambos
lados apresentou 61cm de perimetria, entretanto houve diferença na medida do terço
inferior: O membro esquerdo apresentou 48cm enquanto o membro esquerdo
apresentou 50cm.
Para realizarmos a avaliação da funcionalidade no paciente crítico, contamos
com a ajuda de alguns testes, como a marcha estacionária e o teste de senta e levanta,
além de alguns questionários validados como as escalas PFIT-s e a FSS-ICU.
O teste de marcha estacionária de 2 minutos (TME2). como citado
anteriormente, é uma das formas de avaliar a funcionalidade do paciente internado na
UTI quanto à fraqueza muscular. O paciente é orientado a realizar movimentos de
flexão e extensão das pernas, imitando os movimentos da marcha mas sem sair do
mesmo lugar, sendo que o joelho deve atingir uma altura mínima (ponto médio entre a
patela e a espinha ilíaca ântero-superior). O teste consiste em contar o número
máximo de elevações do joelho que o paciente consegue realizar dentro de um período
de 2 minutos, em sua velocidade normal, enquanto o fisioterapeuta avalia a capacidade
do paciente em realizar os movimentos, observando a amplitude, a força e a
coordenação dos movimentos (GUEDES et. al, 2015). Fiz a contagem do colega Luís e
ele realizou 92 elevações em cada membro inferior, totalizando 184 elevações. Para
Guedes (2015), a nota de corte para uma boa capacidade funcional é 65 elevações,
sendo assim, podemos dizer que Luís possui uma boa capacidade funcional.
As escalas PFIT-s e FSS-ICU são instrumentos de avaliação utilizados para
medir a fraqueza muscular em pacientes internados em UTI. A escala PFIT-s (Physical
Function in Intensive Care Test scored) avalia a capacidade do paciente em realizar
atividades físicas básicas, como movimentar-se na cama, levantar-se da cama e andar,
sendo composta pelo resultado de quatro componentes: Assistência(nível de
assistência sentado para levantar: 0, 1 ou 2 pessoas necessárias), Cadência (duração
máxima da marcha no local e número de passos), Ombro (flexão força) e joelho (força
4
de extensão), com os dois últimos itens baseados no maior de esquerda e direita
usando o sistema de classificação de Oxford. (SILVA et. al, 2020)
Já a Escala Functional Status Score for the ICU (FSS-ICU) avalia a capacidade
do paciente em cinco tarefas funcionais, sendo elas o rolamento, transferir-se da
posição supina para sentada, transferir-se da posição sentada para em pé, sentar-se à
beira do leito e caminhar. O colega Márcio realizou a simulação desta escala, na maca,
durante nossa aula prática.
Para finalizar a nossa primeira aula prática da disciplina, realizamos o teste de
sentar e levantar para avaliar a força de MMII. Existem 3 possibilidades para
aplicarmos, mas escolhemos o teste de 1 minuto (TSL1), que consiste em pedir ao
paciente que se sente e se levante de uma cadeira o máximo de vezes possível em um
minuto. O paciente deve se sentar completamente na cadeira e se levantar
completamente da cadeira em cada repetição. O número de repetições completadas
dentro do tempo de um minuto é registrado como a pontuação final do teste. Desta vez,
o colega Luis contabilizou meus resultados, onde apresentei 30 repetições dentro do
período de 60 segundos. Segundo Pereira et al, o número médio de repetições no
TSL1 para indivíduos com hipertensão arterial é de 23 repetições ± 6,10, portanto a
capacidade de indivíduos saudáveis se torna maior.
Referências:
ALMEIDA, Luciana Carrascal; PEREIRA, Mayara Rodrigues Ribeiro; VITTI, Jessica
Delamuta; SERRÃO-JÚNIOR, Nelson Francisco . Instrumentos de avaliação para o
diagnóstico da fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva: Revisão
narrativa. Research, Society and Development, v. 10, n. 8, Jul. 2021.
BARBOSA, Taís Pagliuco; BECCARIA, Lúcia Marinilza; SILVA, Daniele Cristiny da;
BASTOS, Alessandra Soler. Association between sedation and adverse events in
intensive care patients. Acta Paul Enferm., v. 31, n. 2, p. 194-200, Mar. 2018.
CONCEIÇÃO, Thais Martins Albanaz da; GONZÁLES, Ana Inês; FIGUEIREDO,
Fernanda Cabral Xavier Sarmento de; VIEIRA, Danielle Soares Rocha; BUNDCHEN,
Daiana Cristine. Critérios de segurança para iniciar a mobilização precoce em unidades
de terapia intensiva. Revisão sistemática. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v.
29, n. 4, p. 509–519, out. 2017.
GUEDES, Marcello Barbosa Otoni Gonçalves; LOPES, Johnnatas Mikael; ANDRADE,
Achilles de Sousa; GUEDES, Thais Sousa Rodrigues; RIBEIRO, José Marcio ;
CORTEZ, Luana Caroline de Assunção. Validação do teste de marcha estacionária de
dois minutos para diagnóstico da capacidade funcional em idosos hipertensos. Revista
Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v.18, n. 4, p. 921-926, Dez. 2015.
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Concei%C3%A7%C3%A3o,%20Thais%20Martins%20Albanaz%20da%22
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Gonz%C3%A1les,%20Ana%20In%C3%AAs%22
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Figueiredo,%20Fernanda%20Cabral%20Xavier%20Sarmento%20de%22
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Figueiredo,%20Fernanda%20Cabral%20Xavier%20Sarmento%20de%22
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Vieira,%20Danielle%20Soares%20Rocha%22
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22B%C3%BCndchen,%20Daiana%20Cristine%22
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22B%C3%BCndchen,%20Daiana%20Cristine%22
5
INOUYE, Sharon; BOGARDUS, Sidney Jr; CHARPENTIER, Peter; LEO-SUMMERS,
Linda; ACAMPORA, Denise; HOLFORD, Theodore; COONEY Leo Jr. A
multicomponent intervention to prevent delirium in hospitalized older patients. The New
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KOLLEF, Marin H.; LEVY, Nat T.; AHRENS, Thomas S.; SCHAIFF, Robyn; PRENTICE,
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LEMOS, Amanda de Souza; LONGO, Laura Bazzi; VELLOSA, José Carlos Rebuglio;
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PITROWSKY, Melissa Tassano; SHINOTSUKA, Cássia Righy; SOARES, Marcio; LIMA,
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https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Sessler+CN&cauthor_id=12421743
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Gosnell+MS&cauthor_id=12421743
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https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Brophy+GM&cauthor_id=12421743
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=O%27Neal+PV&cauthor_id=12421743
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Keane+KA&cauthor_id=12421743
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Tesoro+EP&cauthor_id=12421743
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Pires-Neto%20RC%5BAuthor%5D
6
CASO CLÍNICO DA AULA 14/03
Paciente internado em terapia intensiva há duas semanas, após um evento de infarto
agudo do miocárdio e choque cardiogênico, sendo necessária intubação orotraqueal e
ventilação mecânica por 12 dias, sendo extubado há dois dias. No momento,
encontra-se com óculos nasal a 1l/min, SpO2 96%, estável hemodinamicamente, sem
uso de drogas vasoativas. Paciente com dificuldade especialmente em transferências
para saída do leito e ortostatismo, porém, está conseguindo realizar sozinho atividades
como alimentação, uso de banheiro e higiene pessoal na posição sentada.
Em relação à avaliação de funcionalidade desse paciente, quais instrumentos poderiam
ser utilizados? Por que da escolha desses instrumentos?
Escala PERME e FSS-ICU; Escolhi esses doisinstrumentos pois o paciente apresenta
dificuldade no ortostatismo, e provavelmente não iria conseguir fazer o Teste de
marcha estacionária e os outros que envolvem principalmente atividades que exijam o
ortostatismo. Essas duas escalas, além de avaliar a capacidade de transferências para
em pé e um pouco de caminhada, também avaliam outras mobilidades e
transferências.
O fisioterapeuta intensivista deve estar preparado para lidar com situações de desafio e
estresse constantemente, o que pode levar a interpretações errôneas. É por isso que,
antes de qualquer intervenção, é essencial a avaliação do paciente, uma vez que sua
condição clínica pode se alterar rapidamente. Reflita sobre a importância do olhar
clínico e detalhado ao paciente. Imagine que você é fisioterapeuta da UTI e o
enfermeiro solicita que você vá ao leito do paciente, pois ele está apresentando
desconforto respiratório e você precisa “manobrá-lo” para eliminar secreção.
Qual seria sua conduta ao chegar ao leito do paciente? Como seria sua abordagem
com o enfermeiro e com o paciente?
A abordagem com o enfermeiro seria tentar explicar que é necessário uma avaliação
fisioterapêutica antes de realizar qualquer manobra, ver o estado geral do paciente e
ver se não há contraindicações para determinada manobra (ex: uma fratura de costela)
e também se está em ventilação mecânica ou não, se o paciente consegue expectorar
voluntariamente etc. Ao chegar ao leito do paciente, inicialmente faria uma inspeção
geral para ver se há drenos e cateteres, pois isso também deve ser levado em
consideração antes de fazer qualquer manobra para não correr risco de remover ou
deslocar sem querer. Analisar os sinais vitais e se está hemodinamicamente estável.
7
Avaliar se o paciente é responsivo através da avaliação neurológica. Realizar a
ausculta pulmonar para ver onde está localizada a secreção e por fim realizar a
manobra mais indicada para o caso em questão.
ULTRASSONOGRAFIA APLICADA AOS PACIENTES CRÍTICOS - 21/03
No dia 21 de março, realizamos a aula prática de ultrassonografia aplicada aos
pacientes críticos, onde o colega Rodrigo foi o paciente da simulação. Inicialmente o
professor Daniel usou o gel condutor e colocou o transdutor na região torácica do
colega Rodrigo. Neste momento, conseguimos visualizar no monitor a espessura e a
mobilidade do músculo diafragma de Rodrigo enquanto ele realizava inspirações
profundas e expirações lentas.
O exame da ultrassonografia diafragmática tem sido muito pesquisado nos
últimos anos, sendo uma técnica muito útil para avaliar a anatomia e função do
diafragma, principalmente a excursão e o espessamento diafragmático (SANTANA,
2020), que corrobora com o estudo de Toledo (2017), onde é citado que a
ultrassonografia tem sido muito pesquisada nos últimos anos, e que inclusive as
medidas ultrassonográficas do músculo do quadríceps parecem ser tão precisas
quanto às da tomografia computadorizada.
Tratando-se do diafragma, podemos citar que é o principal músculo respiratório
e ele pode ser afetado por diversos fatores principalmente pela ventilação mecânica de
uso prolongado. Sendo assim, o uso do ultrassom diafragmático é uma técnica de
ultrassonografia que pode ser usada para avaliar a fraqueza muscular, função e
espessura do diafragma (LIPPI, 2019). Um dos diagnósticos de referência é a Paralisia
do Diafragma, que é uma causa comum de insuficiência respiratória nos pacientes
internados na UTI, e pode ser percebido após visualizarmos a mobilidade do diafragma
através da ultrassonografia. (SANTANA, 2020)
Além de avaliar o diafragma, também podemos utilizar o ultrassom para avaliar a
fraqueza muscular de membros inferiores, que foi demonstrado em aula pelo professor
através de uma simulação com o colega Rodrigo. Foi colocado o transdutor na coxa
direita de Rodrigo e visualizamos no monitor a espessura dos músculos, o ângulo de
penação e o movimento de contração e relaxamento que acontecia nos músculos
enquanto Rodrigo realizava a flexão de quadril + flexão de joelho.
Gruther (2008) mostrou que a ultrassonografia pode ser uma ferramenta prática
e de baixo custo para implementar na rotina diária da UTI, com a finalidade de
documentar a perda de massa muscular nos pacientes críticos. Contudo, Toledo (2017)
afirma que o ultrassom é capaz de identificar precocemente alterações tanto
morfológicas quanto estruturais em pacientes sépticos.
8
Referências:
GRUTHER, Wolfgang; BENESCH, Thomas; ZORN, Carina; PATERNOSTRO-SLUGA,
Tatjana; QUITTAN, Michael; FIALKA-MOSER, Veronika; SPISS, Christian;
KAINBERGER, Franz; CREVENNA, Richard. Muscle wasting in intensive care patients:
ultrasound observation of the M. quadriceps femoris muscle layer. J Rehabil Med. v.
40, n. 3, p. 185-189. Mar. 2008.
LIPPI, Iani dos Santos; MENDES, Juliana Teixeira; ORSINI, Marco; COSTA, Carolina
Aguiar; TAVARES, Suzana Griffo; TRAJANO, Eduardo Tavares Lima; ALMEIDA,
Ricardo Gaudio de; XAVIER, Tiago Batista da Costa; SANT’ANNA JR, Maurício de;
BASTOS, Victor Hugo; TEIXEIRA, Silmar; CAMILO, Luciana Moisés. Ultrassonografia
diafragmática como ferramenta de avaliação no desmame da ventilação
mecânica.Fisioterapia Brasil, v. 20, n. 4, Set. 2019.
SANTANA, Pauliane Vieira; CARDENAS, Leticia Zumpano; ALBUQUERQUE, André
Luis Pereira de; CARVALHO, Carlos Roberto Ribeiro de; CARUSO, Pedro.
Ultrassonografia diafragmática: uma revisão de seus aspectos metodológicos e usos
clínicos. J Bras Pneumol. v. 46, n. 6, Mai. 2020.
TOLEDO, Diogo Oliveira; SILVA, Débora Carneiro de Lima e; SANTOS, Dyaiane
Marques dos; FREITAS, Branca Jardini de; DIB, Rogério; CORDIOLI, Ricardo Luiz;
FIGUEIREDO, Evandro José de Almeida; PIOVACARI, Silvia Maria Fraga; SILVA-JR,
João Manoel. Ultrassom à beira do leito como ferramenta prática para avaliação da
massa muscular. Rev Bras Ter Intensiva. v. 29, n. 4, Ago. 2017.
TÉCNICAS DE HIGIENE BRÔNQUICA - 28/03
Na aula do dia 28 de março tivemos uma revisão das técnicas de higiene
brônquica, que já tínhamos visto na disciplina de Fisioterapia em Pneumologia, e vimos
outras técnicas específicas para o ambiente de terapia intensiva. Realizamos a parte
prática das técnicas que poderiam ser realizadas, que serão descritas neste texto.
O objetivo principal da higiene brônquica é auxiliar na mobilização e na remoção
das secreções. Para isso, a fisioterapia utiliza-se de técnicas e manobras manuais e
posturais, visando, de acordo com Ikea et al (2009):
“Mobilizar e eliminar secreções pulmonares; melhorar a ventilação pulmonar;
promover a reexpansão pulmonar; melhorar a oxigenação e trocas gasosas;
diminuir o trabalho respiratório e o consumo de oxigênio; prevenir complicações
e acelerar a recuperação do paciente.” (IKEA, 2009)
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Gruther+W&cauthor_id=18292919
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Benesch+T&cauthor_id=18292919
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Zorn+C&cauthor_id=18292919
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Paternostro-Sluga+T&cauthor_id=18292919
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Quittan+M&cauthor_id=18292919
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Fialka-Moser+V&cauthor_id=18292919
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Spiss+C&cauthor_id=18292919
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Crevenna+R&cauthor_id=18292919
9
A primeira manobra que vimos na aula prática foi a drenagem postural, que o
professor explicou sobre a elevação da cabeceira - em forma de simulação - com o
colega Luís Felipe. A técnica consiste em posicionar o paciente em um decúbito que
favoreça o deslocamento da secreção com o auxílio da gravidade, com o objetivo da
secreção ir para a via aérea superior e ser expectorada através da tosse ou da
aspiração. Entretanto, o estudo de Matilde et. al (2008) mostra que essa técnica é
pouco utilizada nos cinco hospitais de São Paulo que foram analisados em sua
pesquisa, com a justificativa de que a demanda de tempo que a manobra exige até a
gravidade fazer eficácia é superior ao tempo que os fisioterapeutas têm com cada
paciente, devido a alta demanda de pacientes internadosna UTI.
Outra manobra que podemos utilizar é a Vibração Torácica, que consiste em
fazer uma pressão intermitente sobre a parede do tórax durante a expiração do
paciente, com uma frequência manual em torno de 12 a 16 Hz. O paciente pode ser
orientado a fazer uma inspiração profunda, mantê-la por alguns segundos e então no
momento expiratório o fisioterapeuta inicia a vibração neste período, prosseguindo
durante todo o tempo expiratório. (BERTOLETTI, 2007) Realizamos esta prática com
os colegas, onde primeiramente o professor Daniel demonstrou no colega Márcio, e
posteriormente eu realizei a manobra nos colegas Melissa e Gabriel, bem como
Melissa e Gabriel aplicaram a manobra em mim.
A percussão torácica - ou também chamada de tapotagem - é uma manobra que
possui diversas controvérsias na literatura. Ela é realizada com as mãos em concha, de
forma ritmada e compassada, com o objetivo de mobilizar a secreção para as vias
aéreas superiores através do tixotropismo. Entretanto, não há estudos que confirmem
sobre qual a quantidade de força que deve ser aplicada e nem sobre a velocidade da
técnica, como também se a manobra deve ser aplicada diretamente sobre a pele ou
sobre uma toalha. Além disso, o estudo de Dos Santos (2019) faz um levantamento
dos efeitos adversos, que por sua vez superam os efeitos benéficos, principalmente
quando se trata da UTI em neonatologia, destacando a hipoxemia intensa e fratura de
costelas. Apesar disso, o professor Daniel nos mostrou como geralmente é realizada a
tapotagem, com a colega Ana Cláudia como paciente de simulação.
Em seguida, o professor Daniel estimulou a tosse assistida e realizou o estímulo
da fúrcula no colega Márcio. Essa abordagem consiste em estimular o reflexo da tosse
quando a tosse voluntária estiver diminuída ou em pacientes que não são
colaborativos. O estímulo da fúrcula é um recurso pouco utilizado e que deve ter muito
cuidado ao ser realizado, principalmente em idosos pela questão da pele do pescoço
ser mais fina.
A manobra de Huffing foi realizada por todos os alunos, de forma voluntária,
para relembrarmos como realiza a técnica. Ela é uma manobra em que realizamos
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várias vezes uma inspiração profunda, com o controle de respiração diafragmática e
realizando expansão torácica, e depois realizamos uma expiração pela boca com a
glote aberta, com o objetivo da mobilização e eliminação do muco da secreção. O
huffing pode ser ensinado ao paciente para ele fazer em sua residência, de forma
autônoma e independente, por ser um recurso fácil e sem a necessidade de custos
adicionais. Além disso, o huffing, quando ambulatorial, pode estar associado a técnica
de vibrocompressão para auxiliar no tixotropismo antes da expectoração do muco.
(LANGER, 2009)
A compressão/compressão e descompressão abrupta é uma técnica que tem o
objetivo de deslocar secreções das regiões mais periféricas para o bronco-fonte
central, melhorando a ventilação pulmonar e a difusão. Ela é indicada para pacientes
que estejam com a produção excessiva ou acúmulo de secreção e é contra-indicada
em casos de fratura de costelas, edema agudo de pulmão, osteoporose, sobre as
costelas flutuantes e em caso de pneumotórax espontâneo não controlado. (LIEBANO,
2012) Na aula prática, eu realizei esta técnica nas colegas Melissa, Ana Cláudia e
Ingrid.
Ainda na aula prática, me voluntariei para ser a paciente simulada na prática de
ciclo ativo da respiração enquanto o professor Daniel demonstrava a técnica ao
restante da turma. O ciclo ativo da respiração consiste em uma combinação de
exercícios respiratórios que auxiliam na mobilização e remoção de secreção.
Primeiramente nós fazemos o controle da respiração diafragmática sentindo o
"abdômen inflar” e soltando o ar devagar pela boca. Após isso, realizamos exercícios
de expansão torácica inspirando o ar e segurando por alguns segundos. Depois
expiramos todo o ar da VC e VR soltando lentamente. Fazemos esses dois passos por
umas 4 vezes até que, no final, realizamos o huffing (JERRE, 2007). Após a
explicação, realizei o comando de voz para a realização da manobra no colega Gabriel,
e auxiliei o mesmo a realizar os comandos de voz para realizar na colega Melissa.
Referências:
BERTOLETTI, Maura. Avaliação da Manobra Fisioterapêutica de Vibração Torácica.
2007. 75f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) - Faculdade de
Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista,
Guaratinguetá, 2007.
DOS SANTOS, Rayane Priscila Batista; LOURENÇO, Adriano; DOS SANTOS, Luana
Fonsêca; NEVES, Ana Isabele Andrade; DE ALENCAR, Camille Pessoa; PINHEIRO,
Yago Tavares. Efeitos da fisioterapia respiratória em bebês de risco sob cuidados
especiais. Arch. Health Invest. v. 8, n. 3, p. 150-156, 2019
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IKEA, Daniela; LORENZO, Valéria Amorin Pires Di; COSTA, Dirceu; JAMAMI, Maurício.
DRENAGEM POSTURAL: prática e evidência. Fisioterapia em Movimento. v. 22, n. 1,
p. 11-17, jan./mar. 2009
JERRE, G. Fisioterapia no paciente sob ventilação mecânica. J. bras. pneumol., v. 33,
n. 2, p. 142-150, 2007.
LANGER, D.; PROBST, V.S.; PITTA, F.; BURTIN C.; HENDRIKS, E.; SCHANS, CPVD.;
PATERSON, W.J.; VERHOEF-DEWIJK, M.C.E.; STRAVER, RVM.; KLAASSEN, M.;
TROOSTERS, T.; DECRAMER, M.; NINANE, V.; DELGUSTE, P.; MURIS, J.;
GOSSELINK, R.Guia para prática clínica: Fisioterapia em pacientes com Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Rev Bras Fisioter, v. 13, n. 3, p. 183-204,
mai./jun. 2009
LIEBANO, R. E.; HASSEM, A. M. S.; RACY, H. H. M. J.; CORRÊA, J. B. Principais
manobras cinesioterapêuticas manuais utilizadas na fisioterapia respiratória: descrição
das técnicas. Revista De Ciências Médicas, v. 18, n. 1. 2012.
MATILDE, Isabela Naiara Evangelista; EID, Raquel Afonso Caserta; NUNES, Andréia
Ferreira; AMBROZIN, Alexandre Ricardo Pepe; MOURA, Renata Henn;
CARNIELI-CAZATI, Denise; TIMENESTSKY, Karina Tavares. Manobras de higiene
brônquica em pacientes em ventilação mecânica: quais e por que são usadas? Official
Publication of the Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. v. 16, n.
1, 2018.

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