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Carl Gustav Jung - Psicologia Analítica

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Carl Jung: Psicologia Analítica 
Carl Jung nascido na Suíça, decidiu estudar medicina na Universidade de Brasiléia 
e resolveu se especializar em psiquiatria para a decepção de muitos na época. Casou-se 
com a segunda herdeira mais rica de toda Suíça. Teve uma infância muito conturbada, 
começando pelo seu pai que não tinha autoridade e sua mãe desiquilibrada 
emocionalmente - o que fez Jung desde criança duvidar da personalidade de sua própria 
mãe, pois achava que esta era duas pessoas diferentes –com isso, desenvolveu uma grande 
desconfiança por parte das mulheres. Para se refugiar dessas constantes brigas conjugais, 
ele se isolava no sótão de sua casa. A solidão de Jung progrediu à sua teoria voltada ao 
crescimento interno do indivíduo, e não a relações interpessoais, como Freud. Ele afirma 
que o passado se traça o futuro, baseando em sua história de vida: “O padrão do meu 
relacionamento com o mundo já estava preestabelecido. Hoje, assim como naquela época, 
sou um solitário” (Jung, 1961, p.41-42) 
Jung então, voltou-se para seu inconsciente, para o mundo dos sonhos e das 
fantasias, no qual se sentia mais seguro. A essência da sua teoria da personalidade foi 
moldada de maneira semelhante. Os sonhos representavam a direção da sua abordagem 
da personalidade humana, o que o motivou a explorar o inconsciente que está abaixo da 
superfície do comportamento. 
Em 1907, depois de muitas correspondências trocadas, Jung e Freud se 
conheceram pessoalmente e conversaram por 13 horas. Freud encantado com o Jung, o 
designou como seu filho mais velho. Com o passar do tempo Jung foi desenvolvendo uma 
teoria sobre a personalidade que se diferia com a de Freud, criando então uma rivalidade 
entre eles e assim fez com que se rompessem em 1913. O primeiro ponto no qual Jung 
discordou de Freud foi quanto ao papel da sexualidade; a segunda foi a respeito da direção 
das forças que influenciam a personalidade; a terceira foi a divergência gira em torno do 
inconsciente. 
Jung passou por um grave episódio neurótico que durou 3 anos quando estava com 
38 anos. Parou de dar aulas na Universidade, porém persistiu no tratamento de seus 
pacientes, e em alguns momentos pensou em até suicídio. Com esses episódios, concluiu-
se que a fase mais importante no desenvolvimento da personalidade não era a infância 
com o Freud afirmava, mas sim a meia-idade, que ocorreu sua crise e por coincidência de 
seus pacientes. Nesta fase, quando se obtém o sucesso, a personalidade sofre mudanças. 
A plena realização das habilidades da pessoa (individuação), só pode ocorrer nessa fase. 
A transcendência envolve a unificação da personalidade. 
 O arquétipo do self representa a unidade, integração a harmonia da personalidade 
total. Para Jung, a luta pela integridade é a meta primordial da vida. É uma meta, algo 
para se buscar, mas que raramente é alcançado. Ele não pode começar a emergir enquanto 
os outros sistemas da psique não tiverem se desenvolvido. Este arquétipo envolve a 
reunião e o equilíbrio de todas as partes da personalidade. O desenvolvimento do self é 
impossível sem autoconhecimento, é o processo mais difícil com que nos deparamos e 
requer persistência. Para se alcançar o self, é necessário que se tenha um momento único 
para si mesmo. O inconsciente pessoal é um depósito de material que já foi consciente, 
mas foi esquecido ou reprimido. Os complexos, que podem ser conscientes ou 
inconscientes, e é preciso pouco esforço mental para tirar dele alguma coisa, examinar 
por um determinado tempo e coloca-la de volta, onde ela ficará até a próxima vez que a 
quisermos ou que nos lembrarmos dela. O inconsciente coletivo é o aspecto mais singular 
e profundo da psique, que possui guardadas experiências herdadas de nossos ancestrais e 
que se manifestam por temas ou padrões recorrentes que Jung chamou de arquétipos. 
Entre os arquétipos principais estão a persona, a anima e o animus, a sombra e o self. 
Jung vem falar que a energia psíquica opera de acordo com os princípios dos 
opostos que diz que todos os aspectos da psique possuem uma polaridade e que essa 
oposição faz com que gere energia psíquica; da equivalência que toda energia da 
personalidade nunca é perdida e sim deslocada para outra atividade de interesse no 
momento; e da entropia que tem como finalidade equilibrar a personalidade. 
Na visão de Jung, a personalidade total, ou psique, é composta por vários sistemas 
ou estruturas diferentes que podem influenciar uns aos outros. Os principais são: o ego 
que é o centro da consciência, a parte da psique preocupada com a percepção, o raciocínio, 
sensação e lembranças; o inconsciente pessoal e coletivo, o qual já foi conceituado logo 
acima. Parte da nossa percepção consciente é determinada pelas atitudes de introversão e 
extroversão, nas quais as energias psíquicas são canalizadas para o mundo interno ou 
externo. Entre as funções psicológicas estão o pensamento e sentimento (funções 
racionais) e a sensação e intuição (funções irracionais). Só uma atitude e uma função 
podem predominar. Os oitos tipos psicológicos são formados por combinações das 
atitudes e funções. 
Jung diferente de Freud, achava que a personalidade é inata e aprendida, porém 
era mais afetada pelas experiências da meia-idade e pelas esperanças do futuro, do que na 
infância segundo Freud. 
Jung elaborou a sua teoria da personalidade com base nas suas próprias fantasias 
e sonhos e de seus pacientes, e nas suas pesquisas sobre línguas antigas, alquimia e 
astrologia. As três técnicas básicas que Jung, utilizava para avaliar a personalidade eram 
o teste de associação de palavras (técnica projetiva a qual a pessoa responde a uma palavra 
de estímulo com a palavra que lhe vier à mente); análise de sintomas (concentra-se nos 
sintomas relatados pelos pacientes e tenta interpretar as livres associações do paciente em 
função dos sintomas); e análise dos sonhos (técnica que envolve a interpretação dos 
sonhos para descobrir conflitos inconscientes). O método de Tipos Myers-Briggs e uma 
técnica de seleção de pessoal altamente difundida e é usado também para pesquisas sobre 
o sistema de Jung. 
De fato, Jung trouxe inúmeras vantagens à psicologia, dentre suas teorias mais 
aceitas são: o teste de associação de palavras, complexos, introversão-extroversão, 
atualização do self e a crise da meia-idade. Percebe-se o quão importante foi a vida de 
Jung para o desenvolvimento de suas teorias. O enfoque terapêutico de Jung se dirigia a 
reconciliar os distintos estados da personalidade, que não somente dividia em introversão 
e extroversão, mas, em sensações e intuição, em sentimento e pensamento. A partir do 
momento em que compreende como ocorre a integração do inconsciente pessoal com 
coletivo, o paciente alcançará um estado de individualização, ou seja, a totalidade em si 
mesmo.

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