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DIREITO PENAL (PARTE ESPECIAL) - RESUMO PARA A PROVA DA OABFGV

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DIREITO PENAL (PARTE ESPECIAL) - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
PARTE ESPECIAL E LEGISLAÇÃO 
ESPECIAL
1. CRIMES CONTRA A PESSOA
1.1. CRIMES CONTRA A VIDA
HOMICÍDIO 
Conceito (art. 121 do CP): matar alguém (pena: 
reclusão 6 a 20 anos). 
Sujeitos: a) ativo: qualquer pessoa (crime comum) e 
b) passivo: qualquer pessoa nascida com vida.
Homicídio privilegiado (§ 1º do art. 121): se o
agente comete o crime impelido por motivo de relevante 
valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta 
emoção (homicídio emocional), logo em seguida a injusta 
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um 
sexto a um terço (OBS.: o privilégio não se comunica aos 
coautores e partícipes do crime). 
Homicídio qualificado (§ 2º do art. 121): considerado 
crime hediondo, é apenado com pena de reclusão de 12 a 30 
anos. Ocorre quando o homicídio é praticado: I - mediante 
paga ou promessa de recompensa (homicídio mercenário 
ou assassínio), ou por outro motivo torpe; II - por motivo 
fútil (motivo insignificante e desproporcional em relação 
à conduta adotada); III - com emprego de veneno, fogo, 
explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, 
ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de 
emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso 
que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; V - 
para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime; VI - contra a mulher por razões 
da condição de sexo feminino (feminicídio); VII - contra 
autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da 
CF/88 (autoridades das forças armadas e da segurança 
pública), integrantes do sistema prisional e da Força 
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou 
em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro 
ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão 
dessa condição.
Feminicídio: o feminicídio (inciso VI) ocorre quando 
o homicídio é praticado em virtude da condição de sexo
feminino, ou seja, por razões de gênero. Se o homicídio
for praticado contra mulher, mas não ocorrer por razões
de gênero, não será feminicídio, mas sim homicídio.
Homicídio qualificado privilegiado: prevalece o 
entendimento que as hipóteses de privilégio, por possuírem 
natureza subjetiva, são incompatíveis com as qualificadoras 
de natureza subjetiva (121, §2°, I, II e V). Entretanto, nada 
impede aplicação do privilégio com qualificadora de natureza 
objetiva (art. 121, §2°, III e IV). OBS.: o homicídio qualificado 
privilegiado não é crime hediondo.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA 
NO HOMICÍDIO DOLOSO
Se praticado contra menor de 14 ou 
maior de 60 anos de idade 1/3
Se praticado por milícia privada, sob 
o pretexto de prestação de serviço de 
segurança, ou por grupo de extermínio
1/3 até a 
metade
Se praticado: I - durante a gestação ou 
nos 3 meses posteriores ao parto; II - 
contra pessoa menor de 14 anos, maior 
de 60, com deficiência, ou portadora de 
doenças degenerativas que acarretem 
condição limitante ou de vulnerabilidade 
física ou mental; III - na presença física ou 
virtual de descendente ou de ascendente 
da vítima e IV – em descumprimento de 
medidas protetivas de urgência
1/3 até a 
metade
Homicídio culposo: ocorre quando o agente atua 
com negligência, imprudência ou imperícia (pena: 1 a 3 
anos de detenção). OBS.: o crime culposo praticado com 
veículo automotor não é tratado pelo código penal e sim 
pelo Código de Trânsito (art. 302 do CTB). 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA 
NO HOMICÍDIO CULPOSO
Se o crime resulta de inobservância de 
regra técnica de profissão, arte ou ofício
1/3
Se o agente deixa de prestar imediato 
socorro à vítima
Se o agente não procura diminuir as 
consequências do seu ato
Se o agente foge para evitar prisão 
em flagrante
Consumação e tentativa: a consumação ocorre com a 
morte do agente, ainda que encefálica (crime material). A 
tentativa é plenamente possível. 
Perdão judicial: no homicídio culposo, o juiz pode 
deixar de aplicar a pena (extinção da punibilidade) 
se as consequências da infração atingirem o próprio 
agente de forma tão grave que a sanção penal se torne 
desnecessária. OBS.: não há disposição expressa, mas 
entende-se que o perdão judicial também se aplica ao 
homicídio culposo do CTB.
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO 
OU A AUTOMUTILAÇÃO
Conceito (art. 122 do CP): innduzir ou instigar alguém 
a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe 
auxílio material para que o faça: Pena - reclusão, de 6 
(seis) meses a 2 (dois) anos. 
Se da automutilação ou da tentativa de suicídio 
resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Se o suicídio se consuma ou se da automutilação 
resulta morte: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos
Importante: Com a Lei 13.968/19 o crime sob análise 
passou a ser formal. 
Tipo Subjetivo: não se admite a modalidade culposa. 
Apenas na forma dolosa.
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Consumação e tentativa: a consumação do crime 
ocorre com o induzimento, instigação ou auxílio ao 
suicídio ou automutilação, sendo possível a tentativa. 
Causas de aumento de pena: a pena será duplicada: 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico e II - se a 
vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a 
capacidade de resistência.
A Lei n. 13.968/19 acrescentou os parágrafos 6º e 7º 
ao art. 122, estabelecendo que, se o crime for praticado 
contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por 
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer 
outra causa, não pode oferecer resistência, responde o 
agente pelo crime de homicídio (art. 121), se resultar 
morte, ou de lesão corporal (art. 129 do CP).
Pacto de morte ou ambicídio: quando duas ou mais 
pessoas firmam um pacto para morrerem ao mesmo 
tempo, mediante suicídio. Neste caso, a responsabilidade 
de cada envolvido ficará caracterizada pelos atos 
praticados por cada um.
INFANTICÍDIO 
Conceito (art. 123 do CP): matar, sob a influência do 
estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo 
após (pena: detenção, de 2 a 6 anos). Trata-se de crime 
doloso contra a vida que será julgado pelo Tribunal do Júri.
Estado puerperal: conjunto de alterações físicas e 
psicológicas sofridas pela mulher em razão do parto. Por 
tratar-se de elementar do crime, se comunica aos demais 
participantes, que também responderão por infanticídio.
Tipo Subjetivo: não se admite a modalidade culposa. 
Se a mãe, culposamente e sob a influência do estado 
puerperal, matar seu filho recém-nascido, deverá 
responder por homicídio culposo (alguns doutrinadores 
entendem que o fato é atípico).
Sujeitos: a) sujeito ativo: apenas a mãe pode praticar 
infanticídio (crime próprio) e b) sujeito passivo: apenas o 
filho que está nascendo ou acabou de nascer (se a mãe, sob 
influência do estado puerperal, mata filho de outra pessoa 
achando ser seu, responderá por infanticídio putativo).
Consumação e tentativa: considera-se o crime 
consumado com a morte do nascente ou do neonato. 
Admite-se a tentativa. 
ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE OU COM 
SEU CONSENTIMENTO 
Conceito (art. 124 do CP): provocar aborto em si 
mesma ou consentir que outrem lhe provoque (Pena: 
detenção, de 1 a 3 anos). Trata-se de crime doloso contra 
a vida que será julgado pelo Tribunal do Júri.
Tipo Subjetivo: não se admite a modalidade culposa
Sujeitos: a) sujeito ativo: pode ser praticado apenas pela 
gestante e b) sujeito passivo: produto da concepção, feto. 
Consumação e tentativa: consuma-se com a morte 
do feto. Admite-se tentativa. 
Concurso de Agentes: no caso de concurso de agentes 
a gestante responderá pelo crime do art. 124 e o terceiro 
que a ajudouresponderá pelo crime do art. 126 do CP. 
ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO SEM O 
CONSENTIMENTO DA GESTANTE 
Conceito (art. 125 do CP): provocar aborto, sem o 
consentimento da gestante (pena - reclusão, de 3 a 10 
anos). Trata-se de crime doloso contra a vida que será 
julgado pelo Tribunal do Júri.
Falta de consentimento: consideram-se as seguintes 
situações: a) ausência de concordância ou ciência da 
gestante, b) quando a gestante não é maior de quatorze 
anos, ou é alienada ou débil mental e c) o consentimento é 
obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Tipo Subjetivo: não se admite a modalidade culposa.
Sujeitos: a) sujeito ativo: pode ser praticado por 
qualquer pessoa (crime comum) e b) sujeito passivo: 
possui duas vítimas: a gestante e o feto. 
Consumação e tentativa: consuma-se com a morte 
do feto. Admite-se tentativa. 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
Se em consequência do aborto ou dos meios 
empregados para provocá-lo, a gestante 
sofre lesão corporal de natureza grave
1/3
Se, por qualquer dessas causas, a 
gestante morre
A pena é 
duplicada
ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO COM 
CONSENTIMENTO DA VÍTIMA 
Conceito (art. 126 do CP): provocar aborto com o 
consentimento - válido - da gestante (pena - reclusão, de 
1 a 4 anos). Trata-se de crime doloso contra a vida que 
será julgado pelo Tribunal do Júri.
Invalidade da concordância: a concordância dada 
por gestante menor de 14 anos, alienada ou débil mental, 
ou obtida mediante fraude, grave ameaça ou violência, 
não é válida. O agente responde como se não houvesse 
concordância (art. 125 do CP).
Tipo Subjetivo: não se admite a modalidade culposa.
Consumação e tentativa: Consuma-se com a morte 
do feto. Admite-se tentativa. 
Causas de aumento de pena: são as mesmas 
aplicáveis ao aborto sem o consentimento da gestante. 
ABORTO LEGAL 
Conceito (art. 128 do CP): não se pune o aborto 
praticado por médico: I - se não há outro meio de salvar 
a vida da gestante (aborto terapêutico) e II - aborto no 
caso de gravidez resultante de estupro, desde que haja o 
consentimento da vítima (aborto humanitário). 
Feto Anencéfalo: o STF considerou que a interrupção 
da gravidez de feto anencéfalo não é considerado crime 
(ADPF 54). 
1.2. LESÕES CORPORAIS 
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LESÃO CORPORAL: ofender a integridade corporal 
ou a saúde de outrem. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: pode ser praticado por 
qualquer pessoa e b) sujeito passivo: em regra, qualquer 
pessoa (salvo nas hipóteses do art. 129, §1º, IV e §2º V, e 
art. 129, §§ 9º, 10, 11). 
Tipo subjetivo: pode ser doloso, culposo e preterdoloso. 
Consumação e tentativa: consuma-se com a efetiva 
ofensa à integridade corporal ou a saúde da vítima, é crime 
material. Admite-se tentativa na modalidade dolosa. 
Lesão corporal leve (art. 129, caput, do CP): pena de 
detenção de 3 meses a 1 ano. O crime é configurado por 
exclusão, ou seja, será lesão corporal leve quando não 
se tratar de lesão grave (§1º), gravíssima (§2º) ou lesão 
seguida de morte (§3º).
Crime de menor potencial ofensivo. Ação penal 
pública condicionada à representação, salvo se a 
vítima for mulher no âmbito doméstico, hipótese em 
o crime será processado mediante ação penal pública
incondicionada, conforme previsto na Lei Maria da Penha 
(Lei n. 11.340/2006). 
Lesão corporal grave (art. 129, §1º, do CP): a lesão 
corporal é de natureza grave, com pena de reclusão de 1 
a 5 anos, se resulta: I - incapacidade para as ocupações 
habituais, por mais de trinta dias (o inciso não se refere 
a trabalho, mas a ocupações habituais), II - perigo de 
vida (probabilidade imediata de morte, comprovada por 
laudo pericial), III - debilidade permanente de membro, 
sentido ou função (redução da capacidade funcional, que 
deve ser permanente, comprovada por laudo pericial) e 
IV - aceleração de parto (sem acarretar a morte do feto). 
Ação Penal: processada mediante ação penal pública 
incondicionada. Possível aplicar a suspensão condicional 
do processo, prevista no art. 89 da Lei n. 9.099/95.
Lesão corporal gravíssima (art. 129, §2º, do CP): a 
denominação é doutrinária e não legal. Pena de reclusão 
de 2 a 8 anos, se resulta: I - incapacidade permanente 
para o trabalho (trabalho em geral e não especificamente 
o trabalho realizado pela vítima), II - enfermidade
incurável, III - perda ou inutilização do membro, sentido
ou função, IV - deformidade permanente (quebra da
harmonia corporal da vítima de forma permanente) e V
– aborto (crime preterdoloso, ou seja, o agente atua com
intenção de praticar lesão corporal, mas com culpa em
relação ao aborto).
Lesão corporal seguida de morte (art. 129, §3º, do 
CP): crime preterdoloso, apenado com 4 a 12 anos de 
reclusão. Ocorre quando o agente possui intenção de 
lesionar a vítima, mas, em razão de conduta culposa, 
acaba matando-a. 
Lesão corporal privilegiada (art. 129, §4º, do CP): 
trata-se de causa de diminuição da pena de 1/6 a 1/3 
e pode ser aplicada quando o agente comete o crime 
impelido por motivo de relevante valor social ou moral 
ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a 
injusta provocação da vítima.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
Se o crime é praticado contra pessoa 
menor de 14 ou maior de 60 anos 1/3
Se se o crime for praticado por milícia privada, 
sob o pretexto de prestação de serviço de 
segurança, ou por grupo de extermínio 
1/3 até a 
metade
Se a lesão for praticada contra 
autoridades das forças armadas e 
da segurança pública, integrantes do 
sistema prisional e da Força Nacional 
de Segurança Pública, no exercício da 
função ou em decorrência dela, ou contra 
seu cônjuge, companheiro ou parente 
consanguíneo até terceiro grau.
1/3 a 
 2/3
No caso de lesão corporal grave, 
gravíssima ou seguida de morte, praticada 
no âmbito doméstico ou familiar
1/3
Lesão corporal culposa (art. 129, § 6°, do CP) pena: 
detenção, de 2 meses a 1 ano, pouco importando se a 
lesão é leve, grave ou gravíssima. 
Aumento de pena: a pena é aumentada de 1/3 se 
o crime resulta de inobservância de regra técnica de
profissão, arte ou ofício, se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
consequências do seu ato ou se foge para evitar prisão
em flagrante.
Ação Penal: pública condicionada à representação da 
vítima, salvo quando se tratar de lesão praticada contra mulher 
no âmbito doméstico, em que a ação será pública incondicionada. 
Perdão judicial: o juiz pode deixar de aplicar a pena se 
as consequências da infração atingirem o próprio agente de 
forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
Lesão corporal doméstica (§ 9º do art. 129 do CP): 
é a lesão corporal decorrente de violência praticada 
contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou 
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, 
ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações 
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade. Pena: 
detenção de 3 meses a 3 anos, aumentada de 1/3 se a 
lesão for praticada contra pessoa com deficiência. 
Ação penal: pública condicionada à representação se 
a vítima for homem, e pública incondicionada no caso de 
a vítima ser mulher, já que a Lei Maria da Penha veda a 
aplicação da Lei n. 9.099/95.
1.3. LIBERDADE PESSOAL 
PERSEGUIÇÃO (STALKING) 
Conceito (art. 147-A do CP): Perseguir alguém, 
reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe 
a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe 
a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, 
invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou 
privacidade. Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) 
anos, e multa. 
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O tipo penal prevê a conduta de “perseguir”, o que 
significa importunar constantemente a vítima. O tipo 
exige a reiteração da conduta(perseguição reiterada) e 
estará caracterizado em uma das seguintes formas: 
1) ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica:
é um tipo especial em relação à ameaça (art. 147do CP), 
já que exige adicionalmente a perseguição. 
2) restringindo-lhe a liberdade de locomoção: não há
efetiva privação da liberdade, e sim mera restrição, senão 
estaria caracterizado o crime de sequestro ou cárcere 
privado (art. 148 do CP).. 
3) ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando
sua esfera de liberdade ou privacidade: como no caso 
do paparazzi que persegue a vítima invadindo a sua 
privacidade, situação típica do stalking.
Ação Penal: pública condicionada à representação
1.4. CRIMES CONTRA A HONRA 
Honra objetiva: diz respeito à reputação, ou seja, 
refere-se ao juízo de valor feito por terceiros sobre os 
atributos de alguém. 
Honra subjetiva: diz respeito à autoestima, ou seja, 
refere-se ao juízo de valor de determinada pessoa sobre 
os seus próprios atributos. 
Os crimes de calúnia e difamação atingem a honra objetiva, 
enquanto que o crime de injúria atinge a honra subjetiva.
CALÚNIA
Honra OBJETIVA
Imputação de FATO definido como CRIME (ou 
divulgação dessa informação)
Imputação deve ser FALSA
É cabível EXCEÇÃO DA VERDADE, exceto nos casos previstos
Consumação: quando a ofensa chega ao conhecimento 
de TERCEIRO
É punível quando praticada contra os MORTOS
Cabível a RETRATAÇÃO
NÃO admite PERDÃO JUDICIAL
DIFAMAÇÃO
Honra OBJETIVA
Imputação de FATO ofensivo à REPUTAÇÃO, que não 
seja definido como crime.
Imputação falsa ou verdadeira
Não cabe exceção da verdade, salvo funcionário público 
no exercício da função
Consumação: quando a ofensa chega ao conhecimento 
de TERCEIRO
NÃO é punível quando praticada contra os MORTOS
Cabível a RETRATAÇÃO
NÃO admite PERDÃO JUDICIAL
INJÚRIA
Honra SUBJETIVA
Não há imputação de fato algum
Formas qualificadas: a) injúria REAL e b) injúria 
PRECONCEITUOSA.
Nunca cabe exceção da verdade (pois não se refere a 
fatos)
Consumação: quando a ofensa chega ao conhecimento 
da VÍTIMA
NÃO é punível quando praticada contra os MORTOS
NÃO é cabível a RETRATAÇÃO
ADMITE PERDÃO JUDICIAL
Diferenças entre a injúria racial (modalidade de 
injúria preconceituosa) e o racismo:
INJÚRIA RACIAL RACISMO
Art. 138, §2º, do CP Art. 20 da Lei 7.716/89 (Lei de Racismo)
A ofensa é direcionada a 
uma pessoa específica ou 
a um grupo específico de 
pessoas
A ofensa é dirigida a todo 
o grupo de pessoas
Prescritível Imprescritível
Ação pública condicionada 
à representação da vítima 
injuriada ou de quem a 
represente
Ação pública
incondicionada
Injúria contra funcionário público x desacato: no 
desacato a ofensa é feita na presença do funcionário, 
enquanto que, na injúria, a ofensa é feita na sua ausência.
Ação penal: será privada. Existem, entretanto, as 
seguintes exceções: 
No caso de injúria real se 
a violência causar lesão 
corporal.
Ação penal pública 
incondicionada.
Quando o crime for cometido 
em face do Presidente da 
República ou contra chefe 
de governo estrangeiro.
Ação penal pública 
condicionada à requisição 
do Ministro da Justiça.
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No caso de injúria 
preconceituosa e no caso 
de crime cometido contra 
funcionário público, em 
razão de suas funções.
Ação penal pública 
condicionada à 
representação do 
ofendido.
Neste caso, o STF entende 
que o ofendido tem 
legitimidade concorrente 
para oferecer queixa 
(Súmula 714 do STF).
2. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
FURTO 
Conceito (art. 155 do CP): subtrair, para si ou para 
outrem, coisa alheia móvel. Pena: reclusão, de 1 a 4 anos, 
e multa.
Situações Especiais : a) coisa móvel: equiparam-
se, a energia elétrica ou qualquer outra que tenha 
valor econômico, b) ligação clandestina para obter 
sinal de internet ou de televisão: para o STF não á 
considerada furto, pois o sinal de televisão ou internet 
não é considerado energia e c) objeto deve ser alheio: se 
determinada pessoa empenha um bem e depois o subtrai, 
não haverá crime de furto. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: qualquer pessoa. 
Tipo subjetivo: apenas na modalidade dolosa. Se 
o agente não tem a intenção de ficar com a coisa ou
entrega-la para terceiro, mas apenas usá-la, a conduta
será considerada atípico (furto de uso).
Consumação e tentativa: o crime se consuma quando 
o objeto é retirado da esfera de disponibilidade da vítima,
ainda que por curto espaço de tempo. A tentativa é
possível quando o agente não conseguir ficar, de fato, com
a posse do bem.
Formas qualificadas: pena de reclusão de 2 a 8 anos, 
e multa, se o crime é cometido: I - com destruição ou 
rompimento de obstáculo à subtração da coisa; II - com 
abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou 
destreza; III - com emprego de chave falsa e IV - mediante 
concurso de duas ou mais pessoas. 
A Lei n. 13.654/18 acrescentou mais duas formas de 
furto qualificado, ambas com pena de reclusão de a 4 a 10 
anos e multa: 1) se houver emprego de explosivo ou de 
artefato análogo que cause perigo comum (ex.: furto de 
caixa eletrônico) e 2) se a subtração for de substâncias 
explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, 
possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.
Furto mediante fraude: o agente emprega fraude para 
enganar a vítima e subtrair o bem sem que ela perceba (ex.: 
agente que se faz passar por técnico de TV a cabo, entra na 
casa da vítima e, sem que ela perceba, furta determinado bem). 
A Lei n. 14.155/21 acrescentou o § 4º-B ao art. 
155 do CP, prevendo a qualificadora de furto mediante 
fraude cometido por meio de dispositivo eletrônico ou 
informático.
Causa de aumento de pena: a pena aumenta-se de 
1/3, se o crime é praticado durante o repouso noturno 
(período em que a coletividade se recolhe para o descanso 
de um dia para o outro, o que pode variar de uma cidade 
para outra). Prevalece o entendimento de que a majorante 
é aplicada mesmo que a moradia esteja desabitada ou 
que os moradores não estejam repousando. 
Furto privilegiado (ou furto mínimo): se o criminoso 
é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada (não 
ultrapassa um salário mínimo), o juiz pode substituir a 
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de 1/3 a 
2/3, ou aplicar somente a pena de multa.
Prevalece o entendimento de que é possível o furto 
qualificado-privilegiado, desde que o réu seja primário e a 
qualificadora seja de ordem objetiva (Súmula n. 511 do STJ). 
A ação penal, em regra, é de ação penal pública 
incondicionada. Dependerá de representação, contudo, 
quando cometido o furto em prejuízo I - do cônjuge 
desquitado ou judicialmente separado; II - de irmão, 
legítimo ou ilegítimo e III - de tio ou sobrinho, com quem 
o agente coabita.
ROUBO
Roubo próprio (art. 157, caput, do CP): subtrair coisa 
móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por 
qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. 
Pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa.
Roubo impróprio (art. 157, § 1º): na mesma pena 
incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega 
violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de 
assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa 
para si ou para terceiro (ex.: o agente subtrai o relógio da 
vítima e depois a agride para garantir que ela não tenha 
tempo para chamar a polícia).
Formas qualificadas: a) se da violência resulta lesão 
corporal grave. Pena: reclusão de 7 a 18 anos, e multa; b) 
se resulta morte (latrocínio). Pena: reclusão é de 20 a 30 
anos, e multa.
LATROCÍNIO
É crime hediondo (lei n. 8.072/90)
A competência para o processo e 
julgamento do latrocínio é do juiz 
singular e não do tribunal do júri 
(Súmula 603 do STF), já que se 
trata de crime contra o patrimônio. 
A morte da vítima pode ser 
causada por dolo ouculpa. 
Há crime de latrocínio, quando o 
homicídio se consuma, ainda que 
não realize o agente a subtração de 
bens da vítima (Súmula 610 do STF). 
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
próprio) e b) sujeito passivo: qualquer pessoa.
Tipo subjetivo: Apenas na modalidade dolosa. 
Consumação e tentativa: consuma-se quando o 
sujeito ativo consegue a inversão da posse do bem, 
mesmo que essa não seja mansa e pacífica (Súmula n. 
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582 do STJ). A tentativa é possível quando, mesmo com 
a violência ou grave ameaça, o agente não consegue 
subtrair o bem. 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
1) se há o concurso de duas ou mais
pessoas, 2) se a vítima está em serviço de
transporte de valores e o agente conhece
tal circunstância, 3) se a subtração for
de veículo automotor que venha a ser
transportado para outro Estado ou para o
exterior e 4) se o agente mantém a vítima
em seu poder, restringindo sua liberdade;
5) se a subtração for de substâncias
explosivas ou de acessórios que, conjunta
ou isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego; 6) se
a violência ou grave ameaça é exercida
com emprego de arma branca; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)
1/3 até a 
metade
1) se a violência ou ameaça é exercida
com emprego de arma de fogo, 2) se há
destruição ou rompimento de obstáculo
mediante o emprego de explosivo ou de
artefato análogo que cause perigo comum
2/3
Violência ou grave ameaça é exercida 
com emprego de arma de fogo de uso 
restrito ou proibido
Dobro 
Pacote Anticrime: passou a prever as seguintes 
modalidades de roubo como crimes hediondos: a) 
circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 
157, § 2º, inciso V); b) circunstanciado pelo emprego de 
arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) (Atenção: roubo 
com arma branca não é hediondo) e c) qualificado pelo 
resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);
DANO
Conceito (art. 163 do CP): destruir, inutilizar ou 
deteriorar coisa alheia. Pena: detenção, de 1 a 6 meses, 
ou multa. 
Situações especiais: a) res nullius (coisa que nunca 
teve dono): não pode ser objeto de crime de dano, já que 
não é considerada coisa alheia; b) res derelicta (coisa 
abandonada): idem e c) coisa perdida: como tem dono, 
quem a danificar pode responder pelo crime de dano.
Formas Qualificadas: o crime de dano será qualificado 
se: I - com violência à pessoa ou grave ameaça; II - com 
emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato 
não constitui crime mais grave; III - contra o patrimônio 
da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município 
ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, 
sociedade de economia mista ou empresa concessionária 
de serviços públicos; IV - por motivo egoístico ou com 
prejuízo considerável para a vítima. Pena: detenção, de 
6 meses a 3 anos, e multa, além da pena correspondente 
à violência.
Sujeitos: a) sujeito ativo: pode ser praticado por 
qualquer pessoa (crime comum) e b) sujeito passivo: 
proprietário do bem. 
Tipo subjetivo: apenas a modalidade dolosa. Não 
existe, portanto, crime de dano culposo.
Consumação e tentativa: consuma-se no momento 
em que o bem é danificado. Se o agente objetiva destruir, 
mas apenas danifica o bem, o crime será consumado. 
Tentativa é possível. 
AÇÃO PENAL PRIVADA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
• Dano simples
• Dano qualificado por
motivo egoístico ou
prejuízo considerável
• Demais hipóteses de
dano qualificado
APROPRIAÇÃO INDÉBITA 
Conceito (art. 168 do CP): apropriar-se de coisa alheia 
móvel, de que tem a posse ou a detenção (a entrega do 
bem é livre e consciente pela vítima). Pena: reclusão, de 
1 a 4 anos, e multa.
Sujeitos: a) sujeito ativo: pode ser praticado por 
qualquer pessoa (crime comum), mas é muito comum 
a prática por agiota e b) sujeito passivo: proprietário, 
usufrutuário ou possuidor do bem. 
Apropriação indébita contra idoso: haverá o crime 
específico previsto no art. 102 do Estatuto do Idoso. 
Tipo subjetivo: apenas na modalidade dolosa. O tipo 
penal contém o dolo específico do agente de se apropriar 
da coisa para si de forma definitiva, ou seja, a intenção do 
agente em não devolver o bem (a “apropriação de uso” é 
fato atípico). 
Consumação e tentativa: consuma-se o crime quando o 
agente começa a se comportar como dono do bem que lhe foi 
entregue ou quando se recusa a devolver o bem. A tentativa 
é possível, salvo na hipótese de recusa de devolução. 
Causas de aumento de pena: a pena é aumentada 
de 1/3 quando o agente recebeu a coisa: I - em depósito 
necessário; II - na qualidade de tutor, curador, síndico, 
liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário 
judicial e III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
Apropriação indébita privilegiada (causa de 
diminuição de pena): se o criminoso for primário e de 
pequeno valor o bem apropriado, o juiz pode substituir 
a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de 1/3 a 
2/3, ou aplicar somente a pena de multa.
APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA 
Conceito (art. 168-A do CP): deixar de repassar 
à previdência social as contribuições recolhidas dos 
contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional. 
Pena: reclusão, de 2 a 5 anos, e multa. 
Formas equiparadas: nas mesmas penas incorre 
quem deixar de: I – recolher, no prazo legal, contribuição 
ou outra importância destinada à previdência social 
que tenha sido descontada de pagamento efetuado a 
segurados, a terceiros ou arrecadada do público; II – 
recolher contribuições devidas à previdência social que 
tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos 
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à venda de produtos ou à prestação de serviços; III - pagar 
benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas 
ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela 
previdência social.
Sujeitos: a) sujeito ativo: responsável por recolher 
a contribuição à Previdência Social e b) sujeito passivo: 
Estado (Previdência Social). 
Tipo subjetivo: apenas na modalidade dolosa. 
Extinção da punibilidade: extingue-se a punibilidade 
se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua 
o pagamento das contribuições, importâncias ou valores
e presta as informações devidas à previdência social, na
forma definida em lei ou regulamento, antes do início da
ação fiscal.
Perdão judicial: facultado ao juiz deixar de aplicar 
a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for 
primário e de bons antecedentes, desde que: I – tenha 
promovido, após o início da ação fiscal e antes de 
oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição 
social previdenciária, inclusive acessórios; II – o valor 
das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja 
igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência 
social, administrativamente, como sendo o mínimo para 
o ajuizamento de suas execuções fiscais.
ESTELIONATO
Conceito (art. 171, caput, do CP): obter, para si ou para 
outrem, vantagem ilícita em prejuízo alheio, induzindo ou 
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou 
qualquer outro meio fraudulento. Pena: reclusão, de 1 a 
5 anos, e multa.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: qualquer pessoa.
Consumação: consuma-se com a obtenção da 
vantagem ilícita, com prejuízo alheio. A tentativa é possível. 
Regras Importantes: a) crime material: o estelionato 
exige a obtenção da vantagem ilícita para se consumar; 
b) crime de duplo resultado: exige o prejuízo da vítima e
a vantagem do agente e c) não se confunde com o crime
de furto mediante fraude: no estelionato, a vítima, após
ser enganada, entrega voluntariamente o bem ao agente,
enquanto no furto mediante fraude o agente emprega
fraude para enganar a vítima e subtrair o bem.Tipo subjetivo: apenas na modalidade dolosa. 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
Se o crime é cometido em detrimento de 
entidade de direito público ou de instituto 
de economia popular, assistência social 
ou beneficência
1/3
Se o crime for cometido contra idoso Dobro da pena
A Lei n. 14.155/21 inseriu o § 2º-A ao art. 171 do CP, 
tratando da qualificadora do estelionato mediante fraude 
eletrônica (pena 4 a 8 anos) 
Ação: crime de ação penal condicionada à 
representação, salvo quando a vítima for: I - a 
Administração Pública, direta ou indireta; II - criança ou 
adolescente; III - pessoa com deficiência mental; ou IV - 
maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz (Alterado 
pelo Pacote Anticrime).
 RECEPTAÇÃO 
Conceito (art. 180 do CP): adquirir, receber, 
transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou 
alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir 
para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte. 
Pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. 
Regras Importantes: a) a receptação é considerada 
um crime parasitário ou acessório, já que depende de um 
crime anterior e b) a receptação exige que a coisa seja 
produto de crime (se for produto de contravenção penal 
não haverá o crime de receptação). 
Formas qualificadas: adquirir, receber, transportar, 
conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, 
remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma 
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de 
atividade comercial (regular, irregular ou clandestina) 
ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime. 
Pena: reclusão, de 3 a 8 anos, e multa.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum), salvo no caso da receptação qualificada, em que 
o sujeito ativo deve ser comerciante (crime próprio) e b)
sujeito passivo: qualquer empresário.
Tipo subjetivo: único crime contra o patrimônio que 
admite a forma dolosa e culposa.
Receptação culposa (§ 3º): adquirir ou receber coisa 
que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor 
e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve 
presumir-se obtida por meio criminoso. Pena: detenção, 
de 1 mês a 1 ano, ou multa, ou ambas as penas.
Causas de aumentos: tratando-se de bens e 
instalações do patrimônio da União, Estado, Município, 
empresa concessionária de serviços públicos ou 
sociedade de economia mista, a pena prevista no caput 
deste artigo aplica-se em dobro. 
Consumação e tentativa: a receptação própria é crime 
material e se consuma com a produção do resultado (adquirir, 
transportar, etc.), admitindo tentativa. Já a receptação 
imprópria é um crime formal, se consuma quando o agente 
influiu terceiro de boa-fé, e não admite tentativa. 
 IMUNIDADES 
Imunidades absolutas ou escusas absolutórias (art. 
181 do CP): é isento de pena quem comete qualquer dos 
crimes contra o patrimônio, em prejuízo: I - do cônjuge, na 
constância da sociedade conjugal; II - de ascendente ou 
descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja 
civil ou natural.
Imunidades relativas (art. 182 do CP): somente 
se procede mediante representação, se o crime contra 
o patrimônio é cometido em prejuízo: I - do cônjuge
desquitado ou judicialmente separado; II - de irmão,
legítimo ou ilegítimo; III - de tio ou sobrinho, com quem
o agente coabita.
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Exclusão das imunidades (art. 183): não se aplicam 
as imunidades ora estudadas (absoluta e relativa): I - se 
o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando
haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; II
- ao estranho que participa do crime e III – se o crime é
praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60
anos.
3. CRIMES CONTRA A DIGNIDADE
SEXUAL
3.1. CRIMES CONTRA A LIBERDADE 
SEXUAL 
ESTUPRO
Conceito (art. 213 do CP): constranger alguém, 
mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção 
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique 
outro ato libidinoso. Pena: reclusão, de 6 a 10 anos. 
Forma qualificada: I - se da conduta resulta lesão 
corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 
ou maior de 14 anos. Pena: reclusão, de 8 a 12 anos, II - se 
da conduta resulta morte. Pena: reclusão, de 12 a 30 anos. 
Regras Importantes: a) vítima menor de 14 anos: 
configura crime de estupro de vulnerável, mesmo que não 
haja emprego de violência ou grave ameaça (violência 
presumida) e b) o crime de estupro, na forma simples ou 
qualificada, é considerado crime hediondo.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: qualquer pessoa. 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
• Se o crime é cometido com o concurso 
de 2 ou mais pessoas 1/4
• Se o agente é ascendente, padrasto
ou madrasta, tio, irmão, cônjuge,
companheiro, tutor, curador, preceptor
ou empregador da vítima ou por
qualquer outro título tem autoridade
sobre ela
1/2
• Se do crime resultar gravidez 2/3
• Se o agente transmite à vítima doença
sexualmente transmissível de que sabe
ou deveria saber ser portador, ou se a
vítima é idosa ou pessoa com deficiência;
• Se o crime é praticado: a) mediante
concurso de 2 ou mais agentes
(estupro coletivo); b) para controlar
o comportamento social ou sexual da
vítima (estupro corretivo).
1/3 a 2/3
Consumação e tentativa: a consumação ocorre com 
a conjunção carnal ou com a prática do ato libidinoso. 
A tentativa é possível se, apesar da violência ou grave 
ameaça, não há a conjunção carnal ou o ato libidinoso. 
VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE 
Conceito (art. 215 do CP): ter conjunção carnal ou 
praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante 
fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre 
manifestação de vontade da vítima. Pena: reclusão, de 
2 a 6 anos e, se o crime é cometido com o fim de obter 
vantagem econômica, aplica-se também multa. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: qualquer pessoa. 
Causas de aumento: as mesmas do crime de estupro 
(ver tabela acima).
Consumação e tentativa: a consumação ocorre com 
a conjunção carnal ou com a prática do ato libidinoso. 
A tentativa é possível se, apesar da violência ou grave 
ameaça, não há a conjunção carnal ou o ato libidinoso. 
IMPORTUNAÇÃO SEXUAL 
Conceito (art. 215-A do CP): praticar contra alguém 
e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de 
satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro. Pena: reclusão, 
de 1 a 5 anos, se o ato não constitui crime mais grave.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: qualquer pessoa. 
Causas de aumento: as mesmas do crime de estupro 
(ver tabela acima). Além disso, a pena é aumentada em 
até um terço se a vítima é menor de 18 anos. 
Consumação e tentativa: A consumação ocorre no 
momento da conduta do ato libidinoso. A tentativa é possível.
ASSÉDIO SEXUAL 
Conceito (art. 216-A do CP): constranger alguém com 
o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente da sua condição de superior
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de
emprego, cargo ou função. Pena: detenção, de 1 a 2 anos
Sujeitos: a) sujeito ativo: superior hierárquico da vítima 
(crime próprio) e b) sujeito passivo: qualquer pessoa. 
Causas de aumento: as mesmas do crime de estupro 
(ver tabela acima). Além disso, a pena é aumentada em 
até um terço se a vítima é menor de 18 anos.
Consumação e tentativa: a consumação ocorre no 
momento da conduta do assédio, independentemente do 
resultado (crime formal). A tentativa é possível, como no 
caso do assédio praticado por bilhete interceptado. 
EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE SEXUAL 
Conceito (art. 216-B do CP): produzir, fotografar, 
filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com 
cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter 
íntimo e privado sem autorização dos participantes. Pena: 
detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa.
Forma equiparada: na mesmapena incorre quem 
realiza montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer 
outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de 
nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: qualquer pessoa. 
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Consumação e tentativa: a consumação ocorre 
no momento da conduta do registro da cena ou da sua 
montagem, na forma equiparada. A tentativa é possível. 
3.2. CRIMES SEXUAIS CONTRA 
VULNERÁVEL
ESTUPRO DE VULNERÁVEL 
Conceito (art. 217-A do CP): ter conjunção carnal ou 
praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos. Pena: 
reclusão, de 8 a 15 anos.
Forma equiparada: incorre nas mesmas penas quem 
pratica as ações descritas no caput com alguém que, por 
enfermidade ou doença mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer 
outra causa, não pode oferecer resistência.
Conceito de vulnerável: abrange os menores de 14 
anos, os que, por enfermidade ou doença mental, não 
tem o necessário discernimento para a prática do ato, 
assim como os que, por qualquer outra causa, não podem 
oferecer resistência (idade avançada, pessoa desmaiada, 
pessoa embriagada completamente, em coma, etc.). 
Consentimento da vítima: o crime de estupro de 
vulnerável se configura com a conjunção carnal ou prática 
de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante 
eventual consentimento da vítima para a prática do ato, sua 
experiência sexual anterior ou existência de relacionamento 
amoroso com o agente (Súmula n. 593 do STJ).
Forma majorada: I - se da conduta resulta lesão 
corporal de natureza grave. Pena: reclusão, de 10 a 20 
anos, II - se da conduta resulta morte. Pena: reclusão, de 
12 a 30 anos. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum); b) sujeito passivo: qualquer pessoa vulnerável. 
Causas de aumento: as mesmas do crime de estupro 
(ver tabela acima). Além disso, aumenta-se a pena em até 
1/3 se a vítima é menor de 18 anos. 
Consumação e tentativa: a consumação ocorre com 
a conjunção carnal ou com a prática do ato libidinoso. 
A tentativa é possível se, apesar da violência ou grave 
ameaça, não há a conjunção carnal ou o ato libidinoso.
CORRUPÇÃO DE MENORES
Conceito (art. 218 do CP): Induzir alguém menor de 
14 anos a satisfazer a lascívia de outrem. Pena: reclusão, 
de 2 a 5 anos.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: menor de 14 anos de idade. 
Causas de aumento: as mesmas do crime de estupro 
(ver tabela acima).
Consumação e tentativa: a consumação ocorre no 
momento em que o ato é realizado, mesmo que o terceiro não 
tenha ficado sexualmente satisfeito. A tentativa é possível. 
ECA: não confundir o crime de corrupção de menores 
previsto no art. 218 do CP com o crime de corrupção de 
menores previsto no art. 244-B do ECA, já que neste último 
caso o crime se caracteriza quando o agente corrompe 
pessoa menor de 18 anos para praticar infração penal. 
SATISFAÇÃO DE LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA 
DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE 
Conceito (art. 218-A do CP): praticar, na presença 
de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a presenciar, 
conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de 
satisfazer a lascívia própria ou de outrem. Pena: reclusão, 
de 2 a 4 anos.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum), b) sujeito passivo: menor de 14 anos de idade. 
Causas de aumento: as mesmas do crime de estupro 
(ver tabela acima).
Consumação e tentativa: A consumação ocorre no 
momento em que o ato é realizado na presença do menor 
de 14 anos. A tentativa é possível quando, por exemplo, 
o agente induz a vítima a presenciar determinado ato
sexual, mas o ato não é praticado por circunstâncias
alheias a sua vontade.
FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU DE OUTRA 
FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU 
ADOLESCENTE OU DE VULNERÁVEL 
Conceito (art. 218-B do CP): submeter, induzir ou 
atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual 
alguém menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou 
deficiência mental, não tem o necessário discernimento 
para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que 
a abandone. Pena: reclusão, de 4 a 10 anos.
Formas equiparadas: incorre nas mesmas penas: I 
- quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso
com alguém menor de 18 e maior de 14 anos na situação
descrita no caput do artigo (se a vítima for menor de 14
anos, haverá o crime de estupro de vulnerável); II - o
proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em
que se verifiquem as práticas referidas no caput do artigo
(pune-se, portanto, os envolvidos na casa de prostituição
ou show).
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: menor de 18 anos de idade. 
Causas de aumento: as mesmas do crime de estupro 
(ver tabela acima).
Consumação e tentativa: a consumação ocorre 
quando a vítima passa a ser explorada sexualmente. A 
tentativa é possível. 
DIVULGAÇÃO DE CENA DE ESTUPRO OU DE CENA 
DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL, DE CENA DE SEXO OU 
DE PORNOGRAFIA
Conceito (art. 218-C): oferecer, trocar, disponibilizar, 
transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar 
ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio 
de comunicação de massa ou sistema de informática 
ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro 
audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro 
de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua 
prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, 
nudez ou pornografia. Pena: reclusão, de 1 a 5 anos, se o 
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fato não constitui crime mais grave.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: qualquer pessoa, mas, se 
a vítima for criança ou adolescente haverá a prática do 
crime do art. 241 ou o do art. 241-A do ECA. 
Causas de aumento: pena é aumentada de 1/3 a 2/3 
se o crime é praticado por agente que mantém ou tenha 
mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim 
de vingança ou humilhação (“revenge porn”).
Consumação e tentativa: a consumação ocorre no 
momento em que um dos atos previsto no tipo é praticado. 
Excludente de ilicitude: não há crime quando o 
agente pratica as condutas descritas no caput do artigo 
em publicação de natureza jornalística, científica, cultural 
ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a 
identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, 
caso seja maior de 18 anos.
CARACTERÍSTICAS COMUNS
CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODOS OS CRIMES 
CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
• todos os crimes contra a dignidade sexual passaram 
a ser de ação pública incondicionada
• os processos correm em segredo de justiça
• tipo subjetivo de todas as condutas: apenas na
modalidade dolosa
4. CRIMES CONTRA A FAMÍLIA
ABANDONO MATERIAL 
Conceito (art. 244 do CP): deixar, sem justa causa, 
de prover à subsistência do cônjuge, ou de filho menor 
de 18 anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente 
inválido ou maior de 60 anos, não lhes proporcionando os 
recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão 
alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; 
deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou 
ascendente, gravemente enfermo. Pena: detenção, de 1 
a 4 anos, e multa, de uma a dez vezes o maior salário 
mínimo vigente no País.
Forma equiparada: nas mesmas penas incide quem, 
sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, 
inclusive por abandono injustificado de emprego ou 
função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente 
acordada, fixada ou majorada.
Sujeitos: a) sujeito ativo: pode ser o cônjuge, genitor, 
ascendente ou descendente (crime próprio) e b) sujeito 
passivo: pode ser o cônjuge,o filho enfermo, menor de 
dezoito anos ou inapto para o trabalho, ascendente 
enfermo, maior de sessenta anos de idade ou inválido.
Tipo subjetivo: apenas na modalidade dolosa. 
Consumação e tentativa: a consumação ocorre com a 
recusa de prestar assistência. Não cabe tentativa. 
ABANDONO INTELECTUAL
Conceito (art. 246 do CP): deixar, sem justa causa, 
de prover à instrução primária de filho em idade escolar. 
Pena: detenção, de 15 dias a 1 mês, ou multa.
Sujeitos: a) sujeito ativo: pais do menor (crime próprio), 
e b) sujeito passivo: filho em idade escolar obrigatória. 
Tipo subjetivo: Apenas na modalidade dolosa. 
Consumação e tentativa: a consumação ocorre quando 
o sujeito ativo, por tempo relevante, deixa de providenciar
a instrução primária do filho. Não cabe tentativa.
5. CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA (art. 288 do CP): 
associarem-se 3 ou mais pessoas, para o fim específico 
de cometer crimes. Pena: reclusão, de 1 a 3 anos. Se não 
houver combinação ou liame subjetivo entre os sujeitos 
que cometeram os crimes, não há que se falar em 
associação criminosa.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: coletividade. 
Tipo subjetivo: apenas na modalidade dolosa. Exige-
se, ainda, o dolo específico consubstanciado na expressão 
“para o fim específico de cometer crimes”
Causa de aumento: a pena aumenta-se até a metade 
se a associação é armada ou se houver a participação de 
criança ou adolescente.
Consumação e tentativa: a consumação ocorre no 
momento em que três ou mais pessoas se associam para 
o fim específico de cometer crimes, não se exigindo que
o crime de fato ocorra, tratando-se, portanto, de crime
formal. A tentativa não é possível porque a associação
deve ser permanente.
 Regras Importantes: a) a associação de pessoas para 
o fim específico de cometer contravenções penais (jogo
do bicho, por exemplo) não constitui crime de associação
criminosa (prática de crimes), b) para a caracterização
das associação criminosa basta a associação estável e
permanente para a prática de crimes (crime formal) e c) a 
associação criminosa não se confunde com a organização
criminosa prevista na Lei n. 12.850/2013.
6. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
MOEDA FALSA 
Conceito (art. 289 do CP): falsificar, fabricando-a ou 
alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso 
legal no país ou no estrangeiro. Pena: reclusão, de 3 a 12 
anos, e multa.
Forma equiparada: nas mesmas penas incorre quem, 
por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, 
vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na 
circulação moeda falsa (§ 1º do art. 289).
Forma privilegiada: quem, tendo recebido de boa-fé, 
como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à 
circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com 
detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa.
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Forma qualificada: É punido com reclusão, de 3 a 15 
anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou 
fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza 
a fabricação ou emissão: I - de moeda com título ou peso 
inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em 
quantidade superior à autorizada.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum), salvo na forma qualificada (crime próprio) e b) 
sujeito passivo: Estado e pessoas prejudicadas. 
Tipo subjetivo: apenas na modalidade dolosa
Consumação e tentativa: a consumação ocorre com 
fabricação ou alteração da moeda, desde que não haja 
erro grosseiro. A tentativa é possível quando o agente é 
pego antes de terminado a falsificação ou alteração. 
Regras Importantes: a) falsificação grosseira: aquela 
imediatamente perceptível pela vítima, configura crime 
impossível e b) se a falsificação, mesmo grosseira, 
enganar a vítima, a conduta poderá configurar o crime de 
estelionato (Súmula n. 73 do STJ).
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO
Conceito (art. 297 do CP): falsificar, no todo ou em 
parte, documento público, ou alterar documento público 
verdadeiro. Pena: reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.
Regras Importantes: a) a falsidade de documento 
público também é chamada de falsidade material e b) a 
“falsificação grosseira”, que não é capaz de atingir a fé-
pública do documento e enganar terceiro, não caracteriza 
o crime de falsificação de documento.
Forma equiparada: pune-se com as mesmas penas quem 
insere ou faz inserir dados falsos na CTPS ou documento que 
deva produzir efeito perante a previdência social. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum), b) sujeito passivo: Estado e pessoas prejudicadas. 
Tipo subjetivo: apenas na modalidade dolosa. 
Causa de aumento: se o agente é funcionário público, 
e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se 
a pena de sexta parte.
Consumação e tentativa: a consumação ocorre 
com a falsificação ou alteração do documento público, 
independentemente do seu uso (crime de perigo). A 
tentativa é possível quando o agente é pego antes de 
terminada a falsificação ou alteração do documento. 
 COMPETÊNCIA
Se o documento falsificado é de 
atribuição de autoridade federal, a 
competência é da Justiça Federal
Justiça Federal
Se o documento falsificado devia 
ter sido emitido por funcionário 
público estadual ou municipal, a 
competência é da Justiça Estadual
Se a finalidade da falsificação é 
prejudicar a previdência social, a 
competência será da Justiça Federal, 
ao passo que, se a falsificação for para 
fins particulares, a competência é da 
Justiça Estadual (Súmula n. 62 do STJ)
Justiça 
Estadual
FALSIDADE DE DOCUMENTO PARTICULAR 
Conceito (art. 298 do CP): falsificar, no todo ou em 
parte, documento particular ou alterar documento particular 
verdadeiro. Pena: reclusão, de 1 a 5 anos, e multa
Documento particular: o conceito é obtido por 
exclusão, ou seja, todo documento que não for público 
ou a ele equiparado para fins penais será documento 
particular, inclusive os cartões de crédito e de débito. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: Estado e as pessoas 
prejudicadas. 
Tipo subjetivo: Apenas na modalidade dolosa. 
Consumação e tentativa: a consumação ocorre 
com a falsificação ou alteração do documento público, 
independentemente do seu uso (crime de perigo). A 
tentativa é possível quando o agente é pego antes de 
terminada a falsificação ou alteração do documento. 
 FALSIDADE IDEOLÓGICA
Conceito (art. 299 do CP): omitir, em documento 
público ou particular, declaração que dele devia constar, 
ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou 
diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar 
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato 
juridicamente relevante. Pena: reclusão, de 1 a 5 anos, e 
multa, se o documento é público, e reclusão, de 1 a 3 anos, 
e multa, se o documento é particular.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: Estado e as pessoas 
prejudicadas. 
Tipo subjetivo: apenas na modalidade dolosa.
Causa de aumento: se o agente é funcionário público, 
e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a 
falsificação ou alteração é de assentamento de registro 
civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Consumação e tentativa: a consumação ocorre 
quando o documento fica pronto com a omissão ou 
alteração dos seus dados. A tentativa é possível apenas 
se a conduta por comissiva. 
 USO DE DOCUMENTO FALSO 
Conceito (art. 304 do CP): fazer uso de qualquer dos 
papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 
297 a 302. Pena: a cominada à falsificação ou à alteração.
ATENÇÃO: a) fazer uso: significa apresentar o 
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documento a alguém, sendo que a mera posse do 
documentonão caracteriza o crime, b) se a pessoa que 
falsificou o documento depois o utiliza, responde apenas 
pelo crime de falsificação e c) o agente que usa documento 
falso para cometer estelionato responde apenas pelo 
estelionato, uma vez que o uso é considerado apenas 
crime-meio.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum), menos quem praticou a falsificação e b) sujeito 
passivo: Estado e as pessoas prejudicadas. 
Tipo subjetivo: apenas na modalidade dolosa. 
Consumação e tentativa: a consumação ocorre 
com o uso, a apresentação, do documento, ainda que o 
agente não obtenha qualquer vantagem (crime formal). 
A tentativa não é possível, porque se o agente não 
apresenta o documento o fato é atípico. 
7. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
7.1. CRIMES PRATICADOS POR 
FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A 
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL 
CARACTERÍSTICAS 
CONCEITO Considera-se funcionário público, 
para efeitos penais, quem, 
embora transitoriamente ou 
sem remuneração, exerce cargo, 
emprego ou função pública; 
Equipara-se a funcionário público 
quem exerce cargo, emprego ou 
função em entidade paraestatal, 
e quem trabalha para empresa 
prestadora de serviço contratada 
ou conveniada para a execução de 
atividade típica da Administração 
Pública.
CONCURSO DE 
PESSOAS
A condição de funcionário público é 
elementar do tipo, ou seja, desde que 
conhecida, comunica-se aos demais 
particulares envolvidos no delito. 
EFEITO DA PENA Perda do cargo, função pública ou 
mandato eletivo quando aplicada 
pena privativa de liberdade por 
tempo igual ou superior a 1 ano, 
nos crimes praticados com abuso 
de poder ou violação de dever 
para com a Administração Pública 
(efeito não automático, devendo 
ser motivadamente declarado na 
sentença).
PROGRESSÃO DE 
REGIME
A progressão de regime é 
condicionada à reparação do 
dano causado ou à devolução do 
produto do ilícito praticado, com 
os acréscimos legais.
PRINCÍPIO DA 
INSIGNIFICÂNCIA
O princípio da insignificância é 
inaplicável aos crimes contra a 
Administração Pública (Súmula 
n. 599 do STJ), salvo no caso de
crime de descaminho.
PECULATO
Conceito (art. 312, caput, do CP): apropriar-se, o 
funcionário público, de dinheiro, valor ou qualquer outro 
bem móvel, público ou particular, de que tem a posse 
em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou 
alheio. Pena: reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Peculato próprio: a figura típica do caput do art. 
312 do CP contempla o peculato próprio, que abrange 
o denominado peculato-apropriação (primeira parte do
tipo: “apropriar-se”) e o peculato-desvio (segunda parte
do tipo penal: “desviá-lo”).
Peculato impróprio (ou peculato-furto): aplica-se a 
mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo 
a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre 
para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, 
valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade 
de funcionário (§ 1º do art. 312 do CP). 
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer funcionário público 
(crime próprio), exceto os prefeitos que respondem pelos 
crimes específicos do Decreto-Lei n. 201/67 e b) sujeito 
passivo: Estado e, em algumas situações, as pessoas 
prejudicadas. 
Tipo subjetivo: admite a modalidade dolosa e culposa. 
Peculato culposo: se o funcionário concorre 
culposamente para o crime de outrem. Pena: detenção, 
de 3 meses a 1 ano. 
Regras Importantes: a) se houver reparação do 
dano, antes da sentença irrecorrível, haverá extinção da 
punibilidade, b) se a reparação for posterior ao trânsito 
em julgado, a pena imposta será reduzida pela metade. 
Consumação e tentativa: a consumação no peculato 
próprio ocorre quando o funcionário passa a agir como 
proprietário do bem (peculato-apropriação) ou o desvia 
(peculato desvio), no peculato impróprio quando o 
funcionário retira o bem da esfera de vigilância da vítima 
e no peculato culposo quando houver a consumação do 
crime do terceiro. A tentativa não é possível apenas na 
modalidade peculato culposo. 
 PECULATO ELETRÔNICO
Conceito: a Lei nº 9.983/2000 acrescentou os artigos 
313-A e 313-B ao código penal, que punem a conduta
do funcionário público referente à inserção de dados
falsos, alteração ou modificação de dados no sistema
de informações da administração pública, o que é
denominado pela doutrina de peculato eletrônico.
CONCUSSÃO
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Conceito (art. 316 do CP): exigir, para si ou para 
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função 
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem 
indevida. Pena: reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Regras Importantes: a) deve haver “exigência” 
pelo funcionário (uma ameaça, direta ou indireta), b) no 
caso de mero pedido, há o crime de corrupção passiva, 
c) a vantagem deve ser indevida, se for devida, poderá
caracterizar o crime de abuso de autoridade.
Excesso de exação (forma qualificada): se o 
funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe 
ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega 
na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não 
autoriza. Pena: reclusão, de 3 a 8 anos, e multa.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer funcionário 
público (crime próprio) e b) sujeito passivo: Estado e a 
pessoa prejudicada. 
Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Consumação e tentativa: a consumação ocorre no 
momento em que a exigência chega ao conhecimento da 
vítima, mesmo que o funcionário público não consiga a 
vantagem indevida (crime formal). A tentativa é possível, 
como no caso de exigência feita por carta interceptada. 
CORRUPÇÃO PASSIVA 
Conceito (art. 317 do CP): solicitar ou receber, para 
si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, 
vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. 
Pena: reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer funcionário 
público (crime próprio) e b) sujeito passivo: Estado e a 
pessoa prejudicada. 
Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Causa de aumento de aumento: a pena é aumentada 
de 1/3, se, em consequência da vantagem ou promessa, 
o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de 
ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
Forma privilegiada: se o funcionário pratica, deixa de 
praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever 
funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem. 
Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa.
Consumação e tentativa: a consumação ocorre no 
momento em que o funcionário solicita, recebe ou aceita a 
vantagem indevida (crime formal). A tentativa é possível 
na modalidade solicitar, quando feita por escrito. Já na 
corrupção passiva privilegiada, o crime se consuma 
quando o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda 
o ato (crime material).
 PREVARICAÇÃO
Conceito (art. 319 do CP): retardar ou deixar de praticar, 
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição 
expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento 
pessoal. Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.
Regras Importantes: a) satisfazer interesse 
ou sentimento pessoal: elemento essencial para a 
caracterização da prevaricação e b) a prevaricação não se 
confunde com corrupção passiva privilegiada. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer funcionário 
público (crime próprio) e b) sujeito passivo: Estado e a 
pessoa eventualmente prejudicada. 
Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Consumação e tentativa: a consumação ocorre no 
momento em que o funcionário omite, retarda ou pratica 
o ato (crime formal). A tentativa é possível na modalidade 
comissiva.
 Prevaricação imprópria (art. 319-A do CP): prevê a 
punição de Diretor de Penitenciária e/ou agente público 
que deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o 
acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que 
permitaa comunicação com outros presos ou com o 
ambiente externo.
7.2. CRIMES PRATICADOS 
POR PARTICULAR CONTRA A 
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL 
CORRUPÇÃO ATIVA 
Conceito (art. 333 do CP): oferecer ou prometer 
vantagem indevida a funcionário público, para determiná-
lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. Pena: 
reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa e b) sujeito 
passivo: Estado.
Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Causa de aumento de pena: a pena é aumentada 
de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o 
funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica 
infringindo dever funcional.
Consumação e tentativa: a consumação ocorre 
no momento em que o funcionário público toma 
conhecimento da oferta ou promessa feita pelo agente. A 
tentativa é possível na forma escrita. 
DESCAMINHO
Conceito (art. 334 do CP): iludir, no todo ou em parte, 
o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada,
pela saída ou pelo consumo de mercadoria. Pena:
reclusão, de 1 a 4 anos.
Forma equiparada: incorre na mesma pena quem: 
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos 
permitidos em lei, II - pratica fato assimilado, em lei 
especial, a descaminho, III - vende, expõe à venda, 
mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em 
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade 
comercial ou industrial, mercadoria de procedência 
estrangeira que introduziu clandestinamente no País 
ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto 
de introdução clandestina no território nacional ou 
de importação fraudulenta por parte de outrem e IV 
- adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada 
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de documentação legal ou acompanhada de documentos 
que sabe serem falsos.
Regras Importantes: atividade comercial, para 
efeitos do artigo, representa qualquer forma de comércio 
irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, 
inclusive o exercido em residências.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa e b) sujeito 
passivo: Estado.
Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Causa de aumento de pena: a pena aplica-se em dobro 
se o crime de descaminho é praticado em transporte 
aéreo, marítimo ou fluvial.
Consumação e tentativa: a consumação ocorre no 
momento da passagem alfandegária sem o pagamento 
do tributo. A tentativa é possível.
Princípio da insignificância: aplica-se o princípio da 
insignificância, incidindo, segundo o STJ, para os valores 
sonegados até R$ 10.000,00 e, para o STF, para os valores 
até R$ 20.000,00.
CONTRABANDO 
Conceito (art. 334-A do CP): importar ou exportar 
mercadoria proibida. Pena: reclusão, de 2 a 5 anos. 
Formas equiparadas: incorre na mesma pena quem: 
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando; 
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que 
dependa de registro, análise ou autorização de órgão 
público competente; III - reinsere no território nacional 
mercadoria brasileira destinada à exportação; IV - vende, 
expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer 
forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de 
atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela 
lei brasileira e V - adquire, recebe ou oculta, em proveito 
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou 
industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa, b) sujeito 
passivo: Estado.
Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Causa de aumento de pena: a pena aplica-se em dobro 
se o crime de descaminho é praticado em transporte 
aéreo, marítimo ou fluvial.
Consumação e tentativa: a consumação ocorre no 
momento da passagem alfandegária ou na entrada ou 
saída irregular do país. A tentativa é possível.
Princípio da insignificância: não se aplica ao crime 
de contrabando.
TABELA COMPARATIVA
DESCAMINHO CONTRABANDO
Bem lícito Bem ilícito 
Entrada ou saída de 
produtos permitidos, mas 
que não passaram pelos 
trâmites burocrático-
tributários devidos.
Entra e saída de produtos 
vedados por lei (armas, 
drogas, etc.). 
Aplica-se o princípio da 
insignificância.
Não se aplica o princípio 
da insignificância.
8. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO
DA JUSTIÇA
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA 
Conceito (art. 339 do CP): Dar causa à instauração 
de inquérito policial, de procedimento investigatório 
criminal, de processo judicial, de processo administrativo 
disciplinar, de inquérito civil ou de ação de improbidade 
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime, 
infração ético-disciplinar ou ato ímprobo de que o sabe 
inocente: (Redação dada pela Lei nº 14.110, de 2020). 
Imputação de crime, infração ético-disciplinar ou ato 
ímprobo: Com a nova lei, além da imputação de crime, 
poderá também configurar denunciação caluniosa a 
imputação de infração ético-disciplinar ou ato ímprobo a 
alguém que se sabe que é inocente. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa e b) sujeito 
passivo: Estado e, em segundo plano, a pessoa inocente.
Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
O sujeito ativo deve saber que a pessoa a quem o crime é 
imputado é inocente. 
Causa de aumento de pena: a pena é aumentada de 
sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de 
nome suposto.
Causa de diminuição de pena: a pena é diminuída de 
metade, se a imputação é de prática de contravenção.
Consumação e tentativa: a consumação ocorre com 
a instauração dos procedimentos de investigação. A 
tentativa é possível. 
Ação Penal: pública incondicionada.
Denunciação Caluniosa com finalidade Eleitoral: o 
agente pratica o crime específico do art. 326-A do CE. 
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE 
CONTRAVENÇÃO 
Conceito: (art. 340 do CP): provocar a ação de 
autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou 
de contravenção que sabe não se ter verificado. Pena: 
detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
Difere da denunciação caluniosa uma vez que não 
se imputa a alguém a prática de crime, mas apenas 
comunica-se falsamente a ocorrência de crime ou 
contravenção, provocando a ação de autoridade. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa, mas se 
for funcionário público pode configurar o crime de abuso 
de autoridade e b) sujeito passivo: Estado e, em segundo 
plano, a pessoa prejudicada.
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Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Ação Penal: se o crime for praticado sem violência, o 
delito se processa mediante ação penal privada. Se o crime for 
praticado com violência, a ação será pública incondicionada.
FAVORECIMENTO PESSOAL
Conceito (art. 348 do CP): auxiliar a subtrair-se à ação 
de autoridade pública autor de crime a que é cominada 
pena de reclusão. Pena - detenção, de 1 a 6 meses, e 
multa. Se ao crime não é cominada pena de reclusão, a 
pena é de detenção, de 15 dias a 3 meses, e multa.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa, mas se for 
funcionário público pode configurar o crime de abuso de 
autoridade e b) sujeito passivo: Estado.
Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Ação Penal: pública incondicionada. 
Escusa absolutória: se quem presta o auxílio é 
ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, 
fica isento de pena. 
FAVORECIMENTO REAL
Conceito (art. 349 do CP): prestar a criminoso, fora 
dos casos de coautoria ou de receptação, auxílio destinado 
a tornar seguro o proveito do crime. Pena: detenção, de 1 
a 6 meses, e multa. 
Favorecimento real impróprio (art. 349-A do CP): 
conduta praticada por quem ingressar, promover, 
intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho 
telefônico de comunicação móvel,de rádio ou similar, 
sem autorização legal, em estabelecimento prisional.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa, mas se for 
funcionário público pode configurar o crime de abuso de 
autoridade e b) sujeito passivo: Estado. 
Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Ação Penal: pública incondicionada.
TABELA COMPARATIVA
FAVORECIMENTO 
PESSOAL
FAVORECIMENTO REAL
Busca ajudar o autor de 
crime anterior
Busca tornar seguro o 
proveito do crime 
Admite escusa absolutória Não admite escusa 
absolutória. 
PATROCÍNIO INFIEL 
Conceito (art. 355, caput, do CP): trair, na qualidade 
de advogado ou procurador, o dever profissional, 
prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é 
confiado. Pena: detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: advogado devidamente 
inscrito na OAB (crime próprio); b) sujeito passivo: Estado. 
Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Consumação e tentativa: o crime se consuma com o 
efetivo prejuízo à vítima (crime material). A tentativa é 
possível apenas na forma comissiva. 
Ação penal: pública incondicionada. 
PATROCÍNIO SIMULTÂNEO OU TERGIVERSAÇÃO 
Conceito (art. 355, parágrafo único, do CP): advogado 
ou procurador judicial que defende na mesma causa, 
simultânea ou sucessivamente, partes contrárias. Pena: 
detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa. 
Mesmo processo: não há necessidade que o 
patrocínio ocorra no mesmo processo, desde que seja 
relativo à mesma causa. 
Sujeitos: a) sujeito ativo: advogado devidamente 
inscrito na OAB (crime próprio); b) sujeito passivo: Estado. 
Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Consumação e tentativa: o crime se consuma 
quando o agente pratica qualquer ato processual relativo 
ao patrocínio simultâneo de partes contrárias (crime 
formal), não se exigindo o prejuízo. A tentativa é possível. 
Ação penal: Pública incondicionada.
9. LEGISLAÇÃO ESPECIAL
9.1. LEI DE DROGAS (LEI N. 11.343/2006)
Os crimes previstos na Lei de Drogas são 
previstos em normas penais em branco, dependendo 
de complementação em relação ao conceito de droga, 
devendo-se utilizar o regramento dado pelas portarias da 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
PORTE E CULTIVO PARA CONSUMO PRÓPRIO 
Conceito (art. 28): quem adquirir, guardar, tiver em 
depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo 
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar será submetido 
às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das 
drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - 
medida educativa de comparecimento a programa ou 
curso educativo.
Nos casos II e III, serão aplicadas pelo prazo máximo 
de 5 meses, salvo no caso de reincidência em que o prazo 
máximo poderá ser 10 meses. Não há imposição de pena 
privativa de liberdade para o crime previsto no art. 28 da 
Lei de Drogas. 
Formas equiparadas: às mesmas medidas submete-
se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva 
ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena 
quantidade de substância ou produto capaz de causar 
dependência física ou psíquica.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum) e b) sujeito passivo: coletividade. 
Tipo Subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Consumação e tentativa: o crime se consuma quando 
OA
B 
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FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
1616
o agente adquire ou, no caso de trazer consigo, guardar
ou ter em depósito, quando o agente obtém a posse da
droga, prolongando-se no tempo enquanto ele a detiver
(crime permanente). A tentativa é possível apenas na
modalidade adquirir.
Regras importantes: a) não é possível a prisão em 
flagrante do usuário e b) trata-se de infração de menor 
potencial ofensivo, devendo ser submetida ao rito 
sumaríssimo previsto na Lei n. 9.099/95, permitindo-se 
a transação penal e a suspensão condicional do processo.
TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS 
Conceito (art. 33): importar, exportar, remeter, 
preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à 
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer 
consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a 
consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, 
sem autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar. Pena: reclusão de 5 a 15 anos e 
pagamento de 500 a 1.500 dias-multa.
Formas equiparadas: nas mesmas penas incorre 
quem: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, 
adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em 
depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que 
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, 
insumo ou produto químico destinado à preparação 
de drogas; II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-
prima para a preparação de drogas e III - utiliza local ou 
bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, 
posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente 
que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
Pacote Anticrime: acrescentou o inciso IV ao § 1º do 
art. 33 da Lei de Drogas, para dispor que se considerada 
forma equiparada ao crime de tráfico ilícito de drogas 
quem “vende ou entrega drogas ou matéria-prima, 
insumo ou produto químico destinado à preparação 
de drogas, sem autorização ou em desacordo com a 
determinação legal ou regulamentar, a agente policial 
disfarçado, quando presentes elementos probatórios 
razoáveis de conduta criminal preexistente”.
Sujeitos: a) sujeito ativo: qualquer pessoa (crime 
comum); b) sujeito passivo: coletividade. 
Tipo subjetivo: admite apenas a modalidade dolosa. 
Causas de aumento da pena: a pena pode 
ser aumentadas de 1/6 a 2/3, se: I - a natureza, a 
procedência da substância ou do produto apreendido e as 
circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade 
do delito; II - o agente praticar o crime prevalecendo-
se de função pública ou no desempenho de missão 
de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; III 
- a infração tiver sido cometida nas dependências ou
imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou
hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais,
culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de
locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem
espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de
serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de
reinserção social, de unidades militares ou policiais ou 
em transportes públicos; IV - o crime tiver sido praticado 
com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, 
ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; 
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou 
entre estes e o Distrito Federal; VI - sua prática envolver 
ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem 
tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a 
capacidade de entendimento e determinação e VII - o 
agente financiar ou custear a prática do crime.
Regra Importante: é desnecessária a efetiva 
transposição de fronteiras entre Estados da Federação, 
sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção 
de realizar o tráfico interestadual (Súmula n. 587 do STJ).
Tráfico privilegiado: as penas poderão ser reduzidas 
de um sexto a dois terços, desde que o agente seja 
primário, de bons antecedentes, não se dedique às 
atividades criminosas nem integre organização criminosa.
Consumação e tentativa: o crime se consuma 
quando o agente realiza um as condutas descritas no 
tipo penal, havendo algumas condutas instantâneas 
(vender, adquirir, oferecer, etc.) e outras permanentes 
(transportar, guardar, etc.). A tentativa é possível apenas 
nas condutas instantâneas. 
Crime Hediondo: o crime de tráfico de drogas é considerado

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