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www.inaesp.com.br 1 Plasma Rico em Plaquetas (PRP) www.inaesp.com.br 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3 O SANGUE .................................................................................................. 4 AS PLAQUETAS ......................................................................................... 5 INDICAÇÃO E CONTRAINDICAÇÃO ......................................................... 6 MECANISMO DE AÇÃO ............................................................................. 7 PRÉ PROCEDIMENTO ............................................................................... 9 VENOPUNÇÃO ......................................................................................... 12 HEMÓLISE ................................................................................................ 14 A CENTRIFUGAÇÃO ................................................................................ 16 O PLASMA GEL ........................................................................................ 18 CONTRAINDICAÇÕES ............................................................................. 19 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 21 www.inaesp.com.br 3 INTRODUÇÃO Segundo Marx (2001) o plasma rico em plaquetas – PRP é um volume de plasma autólogo que possui uma concentração de plaquetas acima dos valores basais. O PRP como uma nova biotecnologia com possíveis efeitos terapêuticos deu-se a partir de estudos realizados por Marx et al. (1998), cuja proposta de trabalho foi justamente introduzir estudos com PRP e explorar seu potencial de aumentar a proporção de formação óssea. Atualmente o pubmed possui mais de 9.000 artigos com palavra-chave plasma rico em plaquetas. Entre essas publicações, encontram-se aplicações clínicas incluindo a cirurgia oral e maxilofacial, periodontal, cirurgia plástica estética, cirurgia ortopédica, lesões de pele, queimaduras, tratamento de rejuvenescimento facial, indução ao colágeno, regeneração de unidades foliculares do couro cabeludo, entre outras. Conhecido também como plasma autógeno de plaquetas, plasma enriquecido com plaquetas e outras denominações similares. O PRP é um concentrado autólogo de plaquetas obtido a partir da centrifugação do sangue paciente, temos isso como nosso conceito. O potencial efeito do PRP é através da liberação de fatores de crescimento presentes nos alfa-grânulos plaquetários. Esses grânulos são abundantes fontes de fatores de crescimento, mais a frente iremos debater mais esse tema. www.inaesp.com.br 4 O SANGUE O sangue é um tecido fluido, formado por uma porção celular que circula em suspensão a meio líquido, o plasma. A porção do plasma é constituída de 91% de água, os 9% restantes são formados por proteínas, sais e outros constituintes orgânicos em dissolução (FIGURA1). A fase celular é constituída por glóbulos vermelhos ou eritrócitos, glóbulos brancos ou leucócitos e plaquetas. Os glóbulos vermelhos, também chamado de hemácias, são células em maior quantidade nos humanos. Possuem a forma de um disco côncavo de ambos os lados e não apresentam possuem núcleo. Eles são produzidos pela medula óssea, ricos em hemoglobina, uma proteína cujo pigmento vermelho dá a cor característica ao sangue. Ela tem a propriedade de transportar o oxigênio, desempenhando papel fundamental na respiração. Os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos são produzidos na medula óssea. São células de defesa do organismo que pertencem ao sistema imunológico. Eles destroem os agentes estranhos, como bactérias, vírus e as substâncias tóxicas que atacam nosso organismo e causam infecções ou outras doenças. Além disso, também possuem papel importante na coagulação do sangue. No sangue há diversos tipos de leucócitos com diferentes formatos, tamanhos e formas de núcleo: neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos e linfócitos. Os leucócitos são maiores que as hemácias, porém, a quantidade deles no sangue é bem menor. Quando o organismo é atacado por agentes estranhos, o número de leucócitos aumenta significativamente. www.inaesp.com.br 5 FIGURA 1 – O SANGUE CENTRIFUGADO Fonte: do autor 2019 AS PLAQUETAS Também chamado de trombócito, integrando a composição dos elementos figurados do sangue, as plaquetas são pequenos fragmentos celulares discoides (aproximadamente 1-3 μm) cuja principal função está ligada à hemostasia tecidual. Em média um indivíduo adulto normal, apresenta 125.000 a 450.000 plaquetas milímetro cúbico de sangue e cerca de 30.000 são formadas diariamente. As plaquetas são formadas a partir de células denominadas megacariócitos, presentes na medula óssea, através de fragmentação do citoplasma. As plaquetas atuam na reparação de vasos sanguíneos, na coagulação do sangue para evitar perda de sangue e, ainda, liberam enzimas lisossomais que auxiliam na remoção do coágulo sanguíneo. Estas atividades ocorrem devido ao conteúdo dos grânulos alfas, delta (ou densos) e lambda das plaquetas. Os grânulos alfas contêm fibrinogênio e fator de crescimento www.inaesp.com.br 6 plaquetário. Os grânulos delta contêm serotonina, ADP e ATP e, por fim, os grânulos lambda contêm enzimas lisossomais das plaquetas. A plaqueta circula no sangue durante 10 dias, em média. Depois disso, ela é retirada pelo baço e destruída. Quando o baço está com sua função afetada ou quando uma pessoa retirou o baço (paciente esplenectomizado) ocorre um aumento do número de plaquetas. No caso de uma pessoa com hiperesplenismo (atividade aumentada do baço) ocorre uma diminuição do número de plaquetas. Quando um vaso sanguíneo é lesado, ocorre exposição da plaqueta ao colágeno. Neste momento ocorre a secreção de fator de von Willebrand (FvW) que irá se ligar a uma proteína presente na membrana superficial das plaquetas, a glicoproteína (GPIb). O fator de von Willebrand serve como uma ponte de ligação entre as plaquetas e o endotélio. Quando uma pessoa tem falta de GPIb, ela é acometida pela síndrome de Bernard-Soulier. Pessoas que tem falta, diminuição ou um fator de von Willebrand disfuncional elas são acometidas pela doença de von Willebrand. Em ambos os casos, suas plaquetas não conseguem aderir normalmente ao subendotélio. Após a adesão das plaquetas ao subendotélio, novas plaquetas são ativadas e acabam aderindo a essas plaquetas. Durante esta ativação, as plaquetas mudam sua forma, emitindo pseudópodes e se agregam. Os grânulos plaquetários são liberados. INDICAÇÃO E CONTRAINDICAÇÃO Indicação na estética: Modular e induz produção de MEC. Aumenta vascularização local. Aumenta aporte oxigênio e nutrição na pele. Induz a cicatrização por primeira intenção. Liberação de fatores de crescimento. Gera novos folículos www.inaesp.com.br 7 Trata: o Rugas. o Linhas de expressão. o Sulcos. o Poros dilatados. o Estrias. o Alopecia. o Flacidez de pele (incluindo pós bariátrico e lipoaspiração). o Efeito lifting. o Cicatriz atrófica, ex. acne. o Previne quelóide e cicatriz hipertrófica. Contraindicação Hemofílicos. Hepatite. HIV. Presença de células cancerígenas no local. Região Infectada. Doença autoimune. Hipotireodismo. Falta vitamina D. Abuso de nicotina. MECANISMO DE AÇÃO As plaquetascontêm uma grande variedade de fatores de crescimento, em 2001 Marx descreveu 7 fatores de crescimento do PRP. Em 2011 Wu descreveu 1500 fatores de crescimento responsáveis pelo efeito do PRP. Na revisão bibliográfica de Arshdeep & Kumaran de 2014 listaram os principais fatores de crescimento do PRP para estética (TABELA 1). www.inaesp.com.br 8 TABELA 1 – FATORES DE CRESCIMENTO NO PRP. FATORES DE CRESCIMENTO EFEITOS PDGF-αα, αβ, ββ FATOR DE CRESCIMENTO DERIVADO DA PLAQUETA • Quimiotático para fibroblasto e macrófago. • Mitogênico para fibroblastos, células musculares lisa e células endoteliais. TGF- β, β2 FATOR DE CRESCIMENTO TRASNFORMADOR • Media a angiogênese. • Quimiotático para fibroblastos. Queratinócitos e macrófagos. • Mitogênico para fibroblastos e cél. Musculares lisa. • Inibe a cél.endotelial, queratinócito e linfócito. • Regula as proteínas da matriz. FCEV FATOR DE CRESCIMENTO ENDOTELIAL VASCULAR • Quimiotático e mitogênico para células Endoteliais • Media a angiogêneses. FCE FATOR DE CRESCIMENTO EPIDÉRMICO • Media a angiogênese • Mitogênico para fibroblastos, cél. Queratinócito e endoteliais FCH FATOR DE CRESCIMENTO DE HEPATÓCITOS • Media a regeneração FGF FATOR DE CRESCIMENTO DE FIBROBLASTOS • Media a organização e regeneração de tecido FGF-9 • Incentiva a geração de novos folículos Fonte: Arshdeep & Kumaran (2014) Devemos lembrar que os fatores de crescimento começam a ser liberados do momento da coleta até a aplicação, ou seja, temos perda, por isso alguns www.inaesp.com.br 9 detalhes são extremamente importantes para termos uma boa quantidade e qualidade de fatores no momento da aplicação. Podemos ter perda dos fatores de crescimento em: Venopunção: Ao garrotear temos máximo 2 minutos para coleta, após isso começa perder fatores de crescimento. Centrifugação: Algumas plaquetas já são ativadas durante a centrifugação devido a efeitos mecânicos Endogenamente as plaquetas são ativadas pelo colágeno, o sangramento induzido por agulhas durante a injeção do PRP também pode contribuir com fatores de coagulação endógeno. A ativação exógena através da adição de substâncias estranhas como CaCI2 parece estar se tornando menos popular. Fibroblastos, leucócitos mononucleares e células tronco mesenquimais são atraídos pelo PRP e sua proliferação é estimulada. Além disso a maior secreção de ácido hialurônico endógeno e pró colágeno do tipo 1 pelo fibroblasto Inúmeros estudos publicados apontam o PRP como um tratamento 100% autólogo, portanto, com baixo risco colateral. Entre os efeitos clínicos podemos citar: Textura de pele. Luminescência. Hidratação. Espessura e elasticidade da pele. Aumento do volume. Oxigenação olheiras. Aumento do número de folículo piloso PRÉ PROCEDIMENTO Diversos estudos publicados mostram que algumas precauções são necessárias na pré aplicação, para obtermos um excelente resultado, como: www.inaesp.com.br 10 Não consumir carboidrato e lactose por 12 horas antes da coleta sanguínea. o Queremos os fatores de crescimento que estão dentro das plaquetas, só que esses alimentos fazem com que elas sejam liberadas dentro do tubo de coleta. Jejum de 4 horas de alimentos sólidos, mas deve aumentar a ingestão de água (FIGURA 2). o Obter uma melhor qualidade e quantidade dos fatores de crescimento FIGURA 2 – QUALIDADE DO PLASMA. Fonte do autor 2019 É sempre interessante solicitar ao paciente um hemograma completo, devemos lembrar que nosso paciente é nossa matriz, portanto qualquer alteração nele comprometerá nossos resultados. No hemograma devemos observar: Contagem de plaquetas, abaixo 125.000 não pode realizar PRP. Ferro sérico e Ferritina. o se tem algum tipo de anemia aguda não pode PRP. Zinco. www.inaesp.com.br 11 o se estiver baixo não terá um colágeno bom para resultado. TSH e T4L. o Analisa a tireoide: hiper ou hipotireoidismo. Fator antinuclear – FAN. o demonstra se tem doença autoimune. Glicemia em jejum. o Se estiver alta não pode PRP. Assim como existe uma série de medicamentos que também comprometem o resultado do PRP, são eles: MEDICAÇÃO INTERRUPÇÃO ANTES PRP REINÍCIO PÓS PRP ABCIXIMAB 48 hrs 2 hrs ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (ASPIRINA) 8 – 9 dias 2 hrs APIXABAN 26 – 30 dias 4 – 6hrs CLOPIDOGREL 7 dias 6 hrs DABIGATRAN 7 dias 5 dias EPTIFIBATIDE 4 – 8 hrs 2 hrs FONDAPARINUX 36 – 42 hrs 6 – 8hrs HEPARIN 2 – 4 hrs 1 hr ANTI- INFLAMATÓRIO NÃO ESTEROIDE 24 hrs 2 hrs HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR Profilático:10–12 hrs Terapêutico: 24 hrs P: 6-8 hrs T: 2-4 hrs PRASUGREL 7 – 10 dias 6 hrs RIVAROXABAN 22 – 26 hrs 4 – 5hrs TICAGRELOR 5 dias 6 hrs TIROFIBAN 4 – 8 hrs 2 hrs WARFARIN 4 – 5 hrs 2 hrs Atenção! Todos esses medicamentos devem ser conversados com médico responsável do paciente para verificar a disponibilidade de seguir a interrupção. www.inaesp.com.br 12 VENOPUNÇÃO Punção venosa periférica consiste na introdução de um cateter venoso na luz de uma veia superficial, de preferência de grande calibre. Para obtenção do sangue é colhido em tubo azul contendocitrato de sódio que interrompe cascata de coagulação. A escolha do local de punção representa uma parte vital do procedimento. O local de preferência para as venopunções é a fossa cubital, na área anterior do braço, em frente e abaixo do cotovelo, onde está localizado muitas veias, relativamente próximas à superfície da pele. As veias dessa localização variam de pessoa para pessoa, entretanto, há dois ti pos comuns de regimes de distribuição venosa: um com formato de H e outro se assemelhando a um M. O padrão H foi assim denominado devido às veias que o compõem (cefálica, cubital mediana e basílica) distribuírem-se como se fosse um H. Ele representa cerca de 70% dos casos. No padrão M, a distribuição das veias mais proeminentes (cefálica, cefálica mediana, basílica mediana e basílica) assemelha-se à letra M. Quando as veias da fossa cubital não estão disponíveis ou são inacessíveis, as veias do dorso da mão também podem ser utilizadas (FIGURA 3). FIGURA 3 – FOSSA CUBITAL. Fonte: https://images.app.goo.gl www.inaesp.com.br 13 O tempo de garrote não pode exceder 2 min, senão o endotélio vascular das veias libera tromboplastina tissular que ativa as plaquetas antes do tempo e liberam fatores de crescimento no endotélio vascular e concentração plaquetário será vazio. Passo a passo para venopunção Abrir scalp de borboleta 23G. Rosquear no canhão. Posicionar braço do paciente na altura. do ombro. Assepsia com álcool ou clorexidina. Secar com algodão Garrotear o braço. Retirar proteção da agulha. Fazer punção em ângulo de 30° com bizel para cima, inserir 1 cm agulha. Inserir primeiro tubo no canhão. Lembre se desgarrotear e abrir a mão. Conforme encher o tubo, trocar pelo tubo vazio. Homogeneizar imediatamente o tubo. Tirar último tubo e tirar agulha, pressionar com algodão. Não dobrar o braço para não dar hematoma. Colocar curativo. Problemas que podem ocorrer na Venopunção: Interrupção do fluxo de sangue o Retornar um pouco a agulha e girar levemente o canhão. Veia transfixada pela agulha o Se entrou muito agulha, só retroceder um pouco. Penetração parcial da veia www.inaesp.com.br 14 o Senãotiver entrado muito agulha, já terá extravasamento o que levará hematoma, faça compressa de gelo logo depois. Colateramento venoso o Afrouxar garrote e o sangue volta. Se precisar fazer 2 punções aguarde 2 minutos HEMÓLISE A hemólise tem origem do grego hemo (sangue) e lyse (ruptura), referindo-se à liberação de componentes intracelulares para o meio extracelular, principalmente do conteúdo das hemácias, mas também dos trombócito e leucócitos. Após a etapa de centrifugação, a hemólise torna-se visível no soro ou plasma, gerando uma coloração avermelhada de variável intensidade, decorrente da presença da hemoglobina de hemácias lisadas (FIGURA 4). FIGURA 4 – HEMÓLISE. Fonte: https://images.app.goo.gl Podemos evitar a hemólise de algumas formas: Deixar álcool secar antes da punção. Evite usar agulha de menor calibre. Não colha em área com hematoma. www.inaesp.com.br 15 Bizel sempre para cima. Posicionar 30° de ângulo. Homogeneizar imediatamente pós coleta. www.inaesp.com.br 16 A CENTRIFUGAÇÃO Devemos lembrar que no Brasil não temos uma centrífuga específica para o PRP, assim cada centrifuga tem um protocolo, na primeira centrifugação usamos uma média de 10 minutos com 1.700RPM ou 8 minutos com 2.000 RPM e na segunda centrifugação 8 minutos por 3.000 RPM somente plaquetas (FIGURA 5). Isso se faz necessário justamente por não termos uma centrífuga própria para PRP. FIGURA 5 – CENTRÍFUGA. Fonte: do autor 2020 Tubos devem ser colocados simétricos e em mesmo número. APLICAÇÃO Pode ser realizada com seringa e agulha 0,30x13 fazendo aplicação em pápulas, indicativo que está www.inaesp.com.br 17 depositando o produto na derme (FIGURA 6), e/ou com caneta de microagulhamento com agulha 36 ou 42 pontas (TABELA 2). FIGURA 6 – APLICAÇÃO EM PÁPULAS. Fonte: do autor 202 TABELA 2 – PROFUNDIDADE MICROAGULHAMENTO. REGIÃO PROFUNDIDADE AGULHA OBJETIVO DO TRATAMENTO FRONTAL 1,0 Suavização da pele, melhora da estrutura da pele e de linhas e rugas discretas PERIORBITAL 0,5 Redução de linhas e rugas finas PÁLPEBRA INFERIOR 0,5 Tonificação da pele REGIÃO LÁBIO SUPERIOR E INFERIOR 1,0 Melhora na estrutura, tonificação e melhora das linhas NASOLABIAL 1,0 Melhora da estrutura da pele, tonificação MENTO 1,0 Melhora na estrutura da pele MALAR 0,5 – 1,0 Melhora na estrutura da pele PESCOÇO E COLO 1,0 Melhora da estrutura da pele, www.inaesp.com.br 18 O PLASMA GEL Os primeiros relatos sobem plasma gel foram feitos por Green et al (1997), e está relacionado aos estudos na linha de pesquisa das colas teciduais, mais especificamente ao estudo dos processos de obtenção de cola de fibrina autóloga. Na criação do plasma gel, partimos da base do PRP pronta após a primeira centrifugação, a ativação de PRP + PRF, contém fibrina que fornece maior consistência e resistência do que o plasma normal. Este é um hemocomponente, que passando por um processo térmico, ocorrendo a desnaturalização das proteínas do plasma se convertendo em um elemento biocompatível com a capacidade volumização. Este gel, que apresenta propriedades adesivas, hemostáticas e cicatrizantes, tem sido utilizado em diversos procedimentos cirúrgicos e estéticos. As indicações para o plasma gel são: preenchimento sulco nasogeniano, mandibular, malar e lábios, rejuvenescimento das mãos. Uma das maiores vantagens deste procedimento é o fato de você escolher a densidade que deseja atuar dependendo do seu objetivo, utilizamos três densidades: BAIXA DENSIDADE o Mesma densidade do Skinbooster. o 3 minutos com temperatura 90°C. MÉDIA DENSIDADE o Utilizado para preenchimento sulcos, malar, mandibular e lábios. o 5 minutos com temperatura 90°C. ALTA DENSIDADE o MD codes e lábios. tonificação www.inaesp.com.br 19 o 6 minutos temperatura 90°C. Lembrando que esse tempo e temperatura é a média descrita na literatura, pode variar de acordo com cada equipamento incubadora utilizado. Em termos de durabilidade, depende do paciente, mas em média 4 a 6 meses, mas devo lembrar que não se trata somente de um volumizador e sim de um bioestimulador também, ou seja, a região trabalhada nunca volta como antes. Quando comparamos com o ácido hialurônico tradicional a maior diferença é que o plasma gel irá bioestimular e volumizar, enquanto o ácido hialurônico irá hidratar e volumizar. CONTRAINDICAÇÕES • Gravidez ou amamentação. • Infecção na área de tratamento (por exemplo, herpes simplex e acne). • Doenças sistêmicas autoimunes (por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico). • Pacientes com história de formação de cicatriz hipertrófica ou queloidiana. • Distúrbios de coagulação (por exemplo, trombocitopenia e uso de anticoagulante). • Uso de Accutane nos últimos seis meses. • Atrofia da pele (por exemplo, uso crônico de esteroides e síndromes genéticas, como a de Ehlers-Danlos). • Pacientes imunossuprimidos. • Dermatoses ativas na área de tratamento (por exemplo, vitiligo, psoríase e eczema). • Condição sistêmica não controlada. • Reação anafilática prévia. • Múltiplas alergias severas. • Sensibilidade ou alergia a constituintes de produtos de preenchimento dérmico. • Transtorno dismórfico corporal. www.inaesp.com.br 20 • Expectativas irrealistas. www.inaesp.com.br 21 REFERÊNCIAS ARCURI A. plasma rico em plaquetas. Ed Journal, 2ed. 2019. 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