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1 
 
 
 
 
Plasma Rico 
em Plaquetas 
(PRP) 
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2 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3 
O SANGUE .................................................................................................. 4 
AS PLAQUETAS ......................................................................................... 5 
INDICAÇÃO E CONTRAINDICAÇÃO ......................................................... 6 
MECANISMO DE AÇÃO ............................................................................. 7 
PRÉ PROCEDIMENTO ............................................................................... 9 
VENOPUNÇÃO ......................................................................................... 12 
HEMÓLISE ................................................................................................ 14 
A CENTRIFUGAÇÃO ................................................................................ 16 
O PLASMA GEL ........................................................................................ 18 
CONTRAINDICAÇÕES ............................................................................. 19 
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 21 
 
 
 
 
 
 
 
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3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Segundo Marx (2001) o plasma rico em plaquetas – PRP é um volume 
de plasma autólogo que possui uma concentração de plaquetas acima dos 
valores basais. 
O PRP como uma nova biotecnologia com possíveis efeitos terapêuticos 
deu-se a partir de estudos realizados por Marx et al. (1998), cuja proposta de 
trabalho foi justamente introduzir estudos com PRP e explorar seu potencial de 
aumentar a proporção de formação óssea. Atualmente o pubmed possui mais de 
9.000 artigos com palavra-chave plasma rico em plaquetas. 
Entre essas publicações, encontram-se aplicações clínicas incluindo a 
cirurgia oral e maxilofacial, periodontal, cirurgia plástica estética, cirurgia 
ortopédica, lesões de pele, queimaduras, tratamento de rejuvenescimento facial, 
indução ao colágeno, regeneração de unidades foliculares do couro cabeludo, 
entre outras. 
Conhecido também como plasma autógeno de plaquetas, plasma 
enriquecido com plaquetas e outras denominações similares. O PRP é um 
concentrado autólogo de plaquetas obtido a partir da centrifugação do sangue 
paciente, temos isso como nosso conceito. 
O potencial efeito do PRP é através da liberação de fatores de 
crescimento presentes nos alfa-grânulos plaquetários. Esses grânulos são 
abundantes fontes de fatores de crescimento, mais a frente iremos debater mais 
esse tema. 
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4 
 
 
O SANGUE 
 
O sangue é um tecido fluido, formado por uma porção celular que circula 
em suspensão a meio líquido, o plasma. A porção do plasma é constituída de 
91% de água, os 9% restantes são formados por proteínas, sais e outros 
constituintes orgânicos em dissolução (FIGURA1). 
A fase celular é constituída por glóbulos vermelhos ou eritrócitos, 
glóbulos brancos ou leucócitos e plaquetas. 
Os glóbulos vermelhos, também chamado de hemácias, são células em 
maior quantidade nos humanos. Possuem a forma de um disco côncavo de 
ambos os lados e não apresentam possuem núcleo. Eles são produzidos pela 
medula óssea, ricos em hemoglobina, uma proteína cujo pigmento vermelho dá 
a cor característica ao sangue. Ela tem a propriedade de transportar o oxigênio, 
desempenhando papel fundamental na respiração. 
Os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos são produzidos 
na medula óssea. São células de defesa do organismo que pertencem ao 
sistema imunológico. Eles destroem os agentes estranhos, como bactérias, vírus 
e as substâncias tóxicas que atacam nosso organismo e causam infecções ou 
outras doenças. Além disso, também possuem papel importante na coagulação 
do sangue. No sangue há diversos tipos de leucócitos com diferentes formatos, 
tamanhos e formas de núcleo: neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos e 
linfócitos. Os leucócitos são maiores que as hemácias, porém, a quantidade 
deles no sangue é bem menor. Quando o organismo é atacado por agentes 
estranhos, o número de leucócitos aumenta significativamente. 
 
 
 
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5 
 
 
FIGURA 1 – O SANGUE CENTRIFUGADO 
 
Fonte: do autor 2019 
 
AS PLAQUETAS 
Também chamado de trombócito, integrando a composição dos 
elementos figurados do sangue, as plaquetas são pequenos fragmentos 
celulares discoides (aproximadamente 1-3 μm) cuja principal função está ligada 
à hemostasia tecidual. Em média um indivíduo adulto normal, apresenta 125.000 
a 450.000 plaquetas milímetro cúbico de sangue e cerca de 30.000 são 
formadas diariamente. As plaquetas são formadas a partir de células 
denominadas megacariócitos, presentes na medula óssea, através de 
fragmentação do citoplasma. 
As plaquetas atuam na reparação de vasos sanguíneos, na coagulação 
do sangue para evitar perda de sangue e, ainda, liberam enzimas lisossomais 
que auxiliam na remoção do coágulo sanguíneo. Estas atividades ocorrem 
devido ao conteúdo dos grânulos alfas, delta (ou densos) e lambda das 
plaquetas. Os grânulos alfas contêm fibrinogênio e fator de crescimento 
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6 
plaquetário. Os grânulos delta contêm serotonina, ADP e ATP e, por fim, os 
grânulos lambda contêm enzimas lisossomais das plaquetas. 
A plaqueta circula no sangue durante 10 dias, em média. Depois disso, 
ela é retirada pelo baço e destruída. Quando o baço está com sua função 
afetada ou quando uma pessoa retirou o baço (paciente esplenectomizado) 
ocorre um aumento do número de plaquetas. No caso de uma pessoa com 
hiperesplenismo (atividade aumentada do baço) ocorre uma diminuição do 
número de plaquetas. 
Quando um vaso sanguíneo é lesado, ocorre exposição da plaqueta ao 
colágeno. Neste momento ocorre a secreção de fator de von Willebrand (FvW) 
que irá se ligar a uma proteína presente na membrana superficial das plaquetas, 
a glicoproteína (GPIb). O fator de von Willebrand serve como uma ponte de 
ligação entre as plaquetas e o endotélio. Quando uma pessoa tem falta de GPIb, 
ela é acometida pela síndrome de Bernard-Soulier. Pessoas que tem falta, 
diminuição ou um fator de von Willebrand disfuncional elas são acometidas pela 
doença de von Willebrand. Em ambos os casos, suas plaquetas não conseguem 
aderir normalmente ao subendotélio. 
Após a adesão das plaquetas ao subendotélio, novas plaquetas são 
ativadas e acabam aderindo a essas plaquetas. Durante esta ativação, as 
plaquetas mudam sua forma, emitindo pseudópodes e se agregam. Os grânulos 
plaquetários são liberados. 
 
INDICAÇÃO E CONTRAINDICAÇÃO 
 
Indicação na estética: 
 Modular e induz produção de MEC. 
 Aumenta vascularização local. 
 Aumenta aporte oxigênio e nutrição na pele. 
 Induz a cicatrização por primeira intenção. 
 Liberação de fatores de crescimento. 
 Gera novos folículos 
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7 
 Trata: 
o Rugas. 
o Linhas de expressão. 
o Sulcos. 
o Poros dilatados. 
o Estrias. 
o Alopecia. 
o Flacidez de pele (incluindo pós bariátrico e lipoaspiração). 
o Efeito lifting. 
o Cicatriz atrófica, ex. acne. 
o Previne quelóide e cicatriz hipertrófica. 
Contraindicação 
 Hemofílicos. 
 Hepatite. 
 HIV. 
 Presença de células cancerígenas no local. 
 Região Infectada. 
 Doença autoimune. 
 Hipotireodismo. 
 Falta vitamina D. 
 Abuso de nicotina. 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
 
As plaquetascontêm uma grande variedade de fatores de crescimento, 
em 2001 Marx descreveu 7 fatores de crescimento do PRP. Em 2011 Wu 
descreveu 1500 fatores de crescimento responsáveis pelo efeito do PRP. Na 
revisão bibliográfica de Arshdeep & Kumaran de 2014 listaram os principais 
fatores de crescimento do PRP para estética (TABELA 1). 
 
 
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8 
 
 
TABELA 1 – FATORES DE CRESCIMENTO NO PRP. 
 
FATORES DE 
CRESCIMENTO 
EFEITOS 
PDGF-αα, αβ, ββ 
FATOR DE CRESCIMENTO 
DERIVADO DA PLAQUETA 
• Quimiotático para fibroblasto e 
macrófago. 
• Mitogênico para fibroblastos, células 
musculares lisa e células endoteliais. 
TGF- β, β2 
FATOR DE CRESCIMENTO 
TRASNFORMADOR 
• Media a angiogênese. 
• Quimiotático para fibroblastos. 
Queratinócitos e macrófagos. 
• Mitogênico para fibroblastos e cél. 
Musculares lisa. 
• Inibe a cél.endotelial, queratinócito e 
linfócito. 
• Regula as proteínas da matriz. 
FCEV 
FATOR DE CRESCIMENTO 
ENDOTELIAL VASCULAR 
• Quimiotático e mitogênico para 
células Endoteliais 
• Media a angiogêneses. 
FCE 
FATOR DE CRESCIMENTO 
EPIDÉRMICO 
• Media a angiogênese 
• Mitogênico para fibroblastos, cél. 
Queratinócito e endoteliais 
FCH 
FATOR DE CRESCIMENTO 
DE HEPATÓCITOS 
• Media a regeneração 
FGF 
FATOR DE CRESCIMENTO 
DE FIBROBLASTOS 
• Media a organização e regeneração 
de tecido 
FGF-9 
• Incentiva a geração de novos 
folículos 
 
Fonte: Arshdeep & Kumaran (2014) 
 
Devemos lembrar que os fatores de crescimento começam a ser liberados 
do momento da coleta até a aplicação, ou seja, temos perda, por isso alguns 
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9 
detalhes são extremamente importantes para termos uma boa quantidade e 
qualidade de fatores no momento da aplicação. 
 
Podemos ter perda dos fatores de crescimento em: 
 Venopunção: Ao garrotear temos máximo 2 minutos para coleta, após 
isso começa perder fatores de crescimento. 
 Centrifugação: Algumas plaquetas já são ativadas durante a centrifugação 
devido a efeitos mecânicos 
 Endogenamente as plaquetas são ativadas pelo colágeno, o sangramento 
induzido por agulhas durante a injeção do PRP também pode contribuir com 
fatores de coagulação endógeno. A ativação exógena através da adição de 
substâncias estranhas como CaCI2 parece estar se tornando menos popular. 
 Fibroblastos, leucócitos mononucleares e células tronco mesenquimais 
são atraídos pelo PRP e sua proliferação é estimulada. Além disso a maior 
secreção de ácido hialurônico endógeno e pró colágeno do tipo 1 pelo fibroblasto 
Inúmeros estudos publicados apontam o PRP como um tratamento 100% 
autólogo, portanto, com baixo risco colateral. 
Entre os efeitos clínicos podemos citar: 
 Textura de pele. 
 Luminescência. 
 Hidratação. 
 Espessura e elasticidade da pele. 
 Aumento do volume. 
 Oxigenação olheiras. 
 Aumento do número de folículo piloso 
 
PRÉ PROCEDIMENTO 
 
Diversos estudos publicados mostram que algumas precauções são 
necessárias na pré aplicação, para obtermos um excelente resultado, como: 
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10 
 Não consumir carboidrato e lactose por 12 horas antes da coleta 
sanguínea. 
o Queremos os fatores de crescimento que estão dentro das plaquetas, só 
que esses alimentos fazem com que elas sejam liberadas dentro do tubo de 
coleta. 
 Jejum de 4 horas de alimentos sólidos, mas deve aumentar a ingestão de 
água (FIGURA 2). 
o Obter uma melhor qualidade e quantidade dos fatores de crescimento 
 
 
FIGURA 2 – QUALIDADE DO PLASMA. 
 
 
Fonte do autor 2019 
 
É sempre interessante solicitar ao paciente um hemograma completo, 
devemos lembrar que nosso paciente é nossa matriz, portanto qualquer 
alteração nele comprometerá nossos resultados. No hemograma devemos 
observar: 
 Contagem de plaquetas, abaixo 125.000 não pode realizar PRP. 
 Ferro sérico e Ferritina. 
o se tem algum tipo de anemia aguda não pode PRP. 
 Zinco. 
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o se estiver baixo não terá um colágeno bom para resultado. 
 TSH e T4L. 
o Analisa a tireoide: hiper ou hipotireoidismo. 
 Fator antinuclear – FAN. 
o demonstra se tem doença autoimune. 
 Glicemia em jejum. 
o Se estiver alta não pode PRP. 
 
Assim como existe uma série de medicamentos que também comprometem o 
resultado do PRP, são eles: 
MEDICAÇÃO INTERRUPÇÃO ANTES 
PRP 
REINÍCIO PÓS 
PRP 
ABCIXIMAB 48 hrs 2 hrs 
ÁCIDO 
ACETILSALICÍLICO 
(ASPIRINA) 
8 – 9 dias 2 hrs 
APIXABAN 26 – 30 dias 4 – 6hrs 
CLOPIDOGREL 7 dias 6 hrs 
DABIGATRAN 7 dias 5 dias 
EPTIFIBATIDE 4 – 8 hrs 2 hrs 
FONDAPARINUX 36 – 42 hrs 6 – 8hrs 
HEPARIN 2 – 4 hrs 1 hr 
ANTI-
INFLAMATÓRIO 
NÃO ESTEROIDE 
24 hrs 2 hrs 
HEPARINA DE 
BAIXO PESO 
MOLECULAR 
Profilático:10–12 hrs 
Terapêutico: 24 hrs 
P: 6-8 hrs 
T: 2-4 hrs 
PRASUGREL 7 – 10 dias 6 hrs 
RIVAROXABAN 22 – 26 hrs 4 – 5hrs 
TICAGRELOR 5 dias 6 hrs 
TIROFIBAN 4 – 8 hrs 2 hrs 
WARFARIN 4 – 5 hrs 2 hrs 
 
Atenção! Todos esses medicamentos devem ser conversados com médico 
responsável do paciente para verificar a disponibilidade de seguir a interrupção. 
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VENOPUNÇÃO 
 
Punção venosa periférica consiste na introdução de um cateter venoso na 
luz de uma veia superficial, de preferência de grande calibre. Para obtenção do 
sangue é colhido em tubo azul contendocitrato de sódio que interrompe cascata 
de coagulação. 
A escolha do local de punção representa uma parte vital do procedimento. 
O local de preferência para as venopunções é a fossa cubital, na área anterior 
do braço, em frente e abaixo do cotovelo, onde está localizado muitas veias, 
relativamente próximas à superfície da pele. As veias dessa localização variam 
de pessoa para pessoa, entretanto, há dois ti pos comuns de regimes de 
distribuição venosa: um com formato de H e outro se assemelhando a um M. O 
padrão H foi assim denominado devido às veias que o compõem (cefálica, 
cubital mediana e basílica) distribuírem-se como se fosse um H. Ele representa 
cerca de 70% dos casos. No padrão M, a distribuição das veias mais 
proeminentes (cefálica, cefálica mediana, basílica mediana e basílica) 
assemelha-se à letra M. Quando as veias da fossa cubital não estão disponíveis 
ou são inacessíveis, as veias do dorso da mão também podem ser utilizadas 
(FIGURA 3). 
 
FIGURA 3 – FOSSA CUBITAL. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl 
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O tempo de garrote não pode exceder 2 min, senão 
o endotélio vascular das veias libera tromboplastina 
tissular que ativa as plaquetas antes do tempo e liberam 
fatores de crescimento no endotélio vascular e 
concentração plaquetário será vazio. 
Passo a passo para venopunção 
 Abrir scalp de borboleta 23G. 
 Rosquear no canhão. 
 Posicionar braço do paciente na altura. do ombro. 
 Assepsia com álcool ou clorexidina. 
 Secar com algodão 
 Garrotear o braço. 
 Retirar proteção da agulha. 
 Fazer punção em ângulo de 30° com bizel para cima, inserir 1 cm agulha. 
 Inserir primeiro tubo no canhão. 
 Lembre se desgarrotear e abrir a mão. 
 Conforme encher o tubo, trocar pelo tubo vazio. 
 Homogeneizar imediatamente o tubo. 
 Tirar último tubo e tirar agulha, pressionar com algodão. 
 Não dobrar o braço para não dar hematoma. 
 Colocar curativo. 
 
Problemas que podem ocorrer na Venopunção: 
 Interrupção do fluxo de sangue 
o Retornar um pouco a agulha e girar levemente o canhão. 
 Veia transfixada pela agulha 
o Se entrou muito agulha, só retroceder um pouco. 
 Penetração parcial da veia 
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o Senãotiver entrado muito agulha, já terá extravasamento o que levará 
hematoma, faça compressa de gelo logo depois. 
 Colateramento venoso 
o Afrouxar garrote e o sangue volta. 
 Se precisar fazer 2 punções aguarde 2 minutos 
 
HEMÓLISE 
 
A hemólise tem origem do grego hemo (sangue) e lyse (ruptura), 
referindo-se à liberação de componentes intracelulares para o meio extracelular, 
principalmente do conteúdo das hemácias, mas também dos trombócito e 
leucócitos. Após a etapa de centrifugação, a hemólise torna-se visível no soro ou 
plasma, gerando uma coloração avermelhada de variável intensidade, 
decorrente da presença da hemoglobina de hemácias lisadas (FIGURA 4). 
 
FIGURA 4 – HEMÓLISE. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl 
 
Podemos evitar a hemólise de algumas formas: 
 Deixar álcool secar antes da punção. 
 Evite usar agulha de menor calibre. 
 Não colha em área com hematoma. 
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 Bizel sempre para cima. 
 Posicionar 30° de ângulo. 
 Homogeneizar imediatamente pós coleta. 
 
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A CENTRIFUGAÇÃO 
 
Devemos lembrar que no Brasil não temos uma centrífuga específica para 
o PRP, assim cada centrifuga tem um protocolo, na primeira centrifugação 
usamos uma média de 10 minutos com 1.700RPM ou 8 minutos com 2.000 RPM 
e na segunda centrifugação 8 minutos por 3.000 RPM somente plaquetas 
(FIGURA 5). Isso se faz necessário justamente por não termos uma centrífuga 
própria para PRP. 
 
FIGURA 5 – CENTRÍFUGA. 
 
Fonte: do autor 2020 
 
 
Tubos devem ser colocados simétricos e em 
mesmo número. 
 
 
 
APLICAÇÃO 
Pode ser realizada com seringa e agulha 0,30x13 
fazendo aplicação em pápulas, indicativo que está 
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depositando o produto na derme (FIGURA 6), e/ou com caneta de 
microagulhamento com agulha 36 ou 42 pontas (TABELA 2). 
FIGURA 6 – APLICAÇÃO EM PÁPULAS. 
 
Fonte: do autor 202 
 
TABELA 2 – PROFUNDIDADE MICROAGULHAMENTO. 
REGIÃO 
PROFUNDIDADE 
AGULHA 
OBJETIVO DO TRATAMENTO 
FRONTAL 1,0 Suavização da pele, melhora da 
estrutura da pele e de linhas e 
rugas discretas 
PERIORBITAL 0,5 Redução de linhas e rugas finas 
PÁLPEBRA INFERIOR 0,5 Tonificação da pele 
REGIÃO LÁBIO 
SUPERIOR E 
INFERIOR 
1,0 Melhora na estrutura, tonificação e 
melhora das linhas 
NASOLABIAL 1,0 Melhora da estrutura da pele, 
tonificação 
MENTO 1,0 Melhora na estrutura da pele 
MALAR 0,5 – 1,0 Melhora na estrutura da pele 
PESCOÇO E COLO 1,0 Melhora da estrutura da pele, 
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O PLASMA GEL 
 
Os primeiros relatos sobem plasma gel foram feitos por Green et al 
(1997), e está relacionado aos estudos na linha de pesquisa das colas teciduais, 
mais especificamente ao estudo dos processos de obtenção de cola de fibrina 
autóloga. 
Na criação do plasma gel, partimos da base do PRP pronta após a 
primeira centrifugação, a ativação de PRP + PRF, contém fibrina que fornece 
maior consistência e resistência do que o plasma normal. Este é um 
hemocomponente, que passando por um processo térmico, ocorrendo a 
desnaturalização das proteínas do plasma se convertendo em um elemento 
biocompatível com a capacidade volumização. Este gel, que apresenta 
propriedades adesivas, hemostáticas e cicatrizantes, tem sido utilizado em 
diversos procedimentos cirúrgicos e estéticos. 
As indicações para o plasma gel são: preenchimento sulco nasogeniano, 
mandibular, malar e lábios, rejuvenescimento das mãos. 
Uma das maiores vantagens deste procedimento é o fato de você escolher a 
densidade que deseja atuar dependendo do seu objetivo, utilizamos três 
densidades: 
 BAIXA DENSIDADE 
o Mesma densidade do Skinbooster. 
o 3 minutos com temperatura 90°C. 
 MÉDIA DENSIDADE 
o Utilizado para preenchimento sulcos, malar, mandibular e lábios. 
o 5 minutos com temperatura 90°C. 
 ALTA DENSIDADE 
o MD codes e lábios. 
tonificação 
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19 
o 6 minutos temperatura 90°C. 
 
Lembrando que esse tempo e temperatura é a média descrita na 
literatura, pode variar de acordo com cada equipamento incubadora utilizado. 
Em termos de durabilidade, depende do paciente, mas em média 4 a 6 meses, 
mas devo lembrar que não se trata somente de um volumizador e sim de um 
bioestimulador também, ou seja, a região trabalhada nunca volta como antes. 
Quando comparamos com o ácido hialurônico tradicional a maior diferença é que 
o plasma gel irá bioestimular e volumizar, enquanto o ácido hialurônico irá 
hidratar e volumizar. 
 
CONTRAINDICAÇÕES 
 
• Gravidez ou amamentação. 
• Infecção na área de tratamento (por exemplo, herpes simplex e acne). 
• Doenças sistêmicas autoimunes (por exemplo, lúpus eritematoso 
sistêmico). 
• Pacientes com história de formação de cicatriz hipertrófica ou queloidiana. 
• Distúrbios de coagulação (por exemplo, trombocitopenia e uso de 
anticoagulante). 
• Uso de Accutane nos últimos seis meses. 
• Atrofia da pele (por exemplo, uso crônico de esteroides e síndromes 
genéticas, como a de Ehlers-Danlos). 
• Pacientes imunossuprimidos. 
• Dermatoses ativas na área de tratamento (por exemplo, vitiligo, psoríase 
e eczema). 
• Condição sistêmica não controlada. 
• Reação anafilática prévia. 
• Múltiplas alergias severas. 
• Sensibilidade ou alergia a constituintes de produtos de preenchimento 
dérmico. 
• Transtorno dismórfico corporal. 
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• Expectativas irrealistas. 
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REFERÊNCIAS 
 
 ARCURI A. plasma rico em plaquetas. Ed Journal, 2ed. 2019. 
 CERVELLI, V., Gentile, P., Scioli, M. G., Grimaldi, M., Casciani, C. U., 
Spagnoli, L. G. & Orlandi, A. 2009. Application of platelet-rich plasma in plastic 
surgery: clinical and in vitro evaluation. Tissue Eng Part C Methods, 15(4): 625-
634. 
 COSTA PA, SANTOS P. Platelet-rich plasma: a review of its therapeutic 
use. R. bras. Bioci., Porto Alegre, v. 9, n. 4, p. 509-513, out./dez. 2011 
 EFEOGLU, C., Akcay, Y. D. & Erturk, S. 2004. A modified method for 
preparing platelet-rich plasma: an experimental study. J Oral Maxillofac Surg, 
62(11): 1403-1407. Everts, P. A., Knape, J. T., Weibrich, G., Schonberger, J. P., 
Hoffmann, J., Overdevest, E. P., Box, H. A. & van Zundert, A. 2006. Platelet-rich 
plasma and platelet gel: a review. J Extra Corpor Technol, 38(2): 174-187 
 GREEN DM, Klink B. Platelet gel as an intraoperatively procured 
plateletbased alternative to fibrin glue. Plast Reconstr Surg. 1998;101(4):1161-2. 
 KAZAKOS, K., Lyras, D. N., Verettas, D., Tilkeridis, K. & Tryfonidis, M. 
2009. The use of autologous PRP gel as an aid in the management of acute 
trauma wounds. Injury, 40(8): 801-805. 
 KOLSTER & PAASCH. Guia ilustrado para indução de colágeno com 
plasma rico em plaquetas – PRP. Ed. Napoleão. 2020. 
 KON, E., Buda, R., Filardo, G., Di Martino, A., Timoncini, A., Cenacchi, A., 
Fornasari, P. M., Giannini, S. & Marcacci, M. 2009. Platelet-rich plasma: intra-
articular knee injections produced favorable results on degenerative cartilage 
lesions. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc, 18(4): 472-479. 
 MARX, R. E. 2000. Quantification of growth factor levels using a simplified 
method of platelet-rich plasma gel preparation. J Oral Maxillofac Surg, 58(3): 
300-301. Marx, R. E. 2001. Platelet-rich plasma (PRP): what is PRP and what is 
not PRP? Implant Dent, 10(4): 225-228. Marx, R. E. 2004. 
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