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Tecido epitelial glandular exócrino

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Tecido epitelial glandular: exócrino
Apresentação
Nesta unidade de aprendizagem, estudaremos o tecido epitelial glandular, que possui a função de 
secreção, isto é, elaborar produtos específicos a partir de substâncias mais simples obtidas por meio 
do sangue. Podemos classificar esse tecido em exócrino (onde a secreção é liberada por ductos 
para o meio externo) ou endócrino (onde a secreção é liberada na corrente sanguínea).Nesta UA, 
enfatizaremos o tecido epitelial glandular exócrino.
Vamos começar!
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Diferenciar os epitélios glandulares;•
Classificar os tipos de tecidos epiteliais glandulares;•
Identificar a localização de cada um dos epitélios glandulares no corpo humano.•
Desafio
As glândulas podem ser caracterizadas conforme seu mecanismo de secreção em endócrinas e 
exócrinas. As variações na estrutura determinam a classificação histológica das glândulas exócrinas 
multicelulares. Sendo assim, na Figura abaixo, indique qual das duas imagens (A ou B) é considerada 
uma glândula exócrina e justifique sua resposta: 
Infográfico
O tecido epitelial glandular é o responsável pela produção de importantes substâncias para o 
organismo, conhecidas por secreções. Os tecidos glandulares podem ser conhecidos como 
endócrinos e exócrinos, de acordo com sua forma de eliminação das secreções. Para compreender 
a formação e ação destas glândulas é essencial saber de que maneira elas foram formadas.
Neste infográfico você vai aprender como ocorre a formação do epitélio glandular, originando as 
glândulas endócrinas e exócrinas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para 
acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/77dd3cda-677f-4bc5-8b2c-456515e0891f/ef38e359-fd71-42e8-b2da-5375e2a6202f.png
Conteúdo do livro
Seja muito bem vindo ao capítulo da nossa Unidade de Aprendizagem. Neste capítulo você verá 
mais detalhes a respeito do tecido epitelial glandular, tecido este capaz de executar a importante 
função de secreção, quando utiliza de substâncias oriundas do sangue para produzir diferentes 
produtos.
 
A classificação deste tecido costum ser dividida entre exócrina e endócrina. Sendo exócrino 
(secreção liberada por ductos para o meio externo) ou endócrino (secreção liberada na corrente 
sanguínea). Porém, neste capítulo enfatizaremos o tecido epitelial glandular exócrino.
 
Por fim, neste capítulo, você vai diferenciar os epitélios glandulares, classificar os tipos de tecidos 
epiteliais glandulares e identificar a localização de cada um dos epitélios do corpo humano. 
 
Boa leitura!
HISTOLOGIA E 
EMBRIOLOGIA 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Diferenciar os epitélios glandulares.
 > Classificar os tipos de tecidos epiteliais glandulares.
 > Identificar a localização de cada um dos epitélios glandulares do corpo 
humano.
Introdução
O tecido epitelial glandular é capaz de executar a função de secreção, elaborando 
produtos específicos a partir de substâncias mais simples oriundas do sangue. 
Esse tecido pode ser classificado como exócrino (secreção liberada por ductos 
para o meio externo) ou endócrino (secreção liberada na corrente sanguínea). 
Porém, aqui, enfatizaremos o tecido epitelial glandular exócrino.
Neste capítulo, vamos diferenciar os epitélios glandulares, classificar os tipos 
de tecidos epiteliais glandulares e descrever a localização de cada um dos epitélios 
glandulares do corpo humano.
Os epitélios glandulares
O epitélio glandular é constituído por células isoladas ou grupamentos de 
células que formam estruturas individualizadas denominadas glândulas. A 
função básica dessas estruturas é a secreção de produtos específicos a partir 
de substâncias mais simples oriundas do sangue. Como exemplo dessas 
Tecido epitelial 
glandular: exócrino
Guilherme Cerutti Müller
secreções, podemos listar substâncias como hormônios, enzimas e inclusive, 
o muco (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017).
As glândulas são compostas por células capazes de secretar substâncias, 
e esse tipo específico de células é conhecido como parênquima. No interior 
da glândula, existe um tecido conjuntivo, capaz de sustentar as células se-
cretoras, denominado estroma. 
As glândulas unicelulares são formadas por células glandulares isoladas, 
e glândulas multicelulares são compostas por agrupamentos de células. No 
caso de uma glândula unicelular, por exemplo, ela é formada por uma célula 
caliciforme, presente no revestimento do intestino delgado ou até do trato 
respiratório. As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de 
revestimento, cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo subja-
cente após sofrerem diferenciação adicional durante a vida fetal (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2017; KIERSZENBAUM, 2021).
As glândulas podem ser de dois tipos: exócrinas ou endócrinas (como 
pode ser observado na Figura 1). Enquanto as glândulas endócrinas não têm 
ductos, tendo a sua secreção liberada diretamente na corrente sanguínea 
(transportada diretamente para o seu tecido-alvo), as glândulas exócrinas 
têm ductos que mantêm a conexão com o epitélio. Esses ductos transportam 
as substâncias produzidas para a superfície do corpo ou para o interior de 
determinado órgão. Em resumo, enquanto as glândulas endócrinas produzem 
hormônios, as glândulas exócrinas produzem saliva, suor e muco (KIERSZEN-
BAUM, 2021).
Tecido epitelial glandular: exócrino2
Figura 1. Características das glândulas (a) endócrinas e (b) exócrinas.
Fonte: Tortora e Derrickson (2017, p. 82).
Neste capítulo, o foco é o epitélio relacionado com a função exócrina, que 
tem uma porção secretora formada por células responsáveis pelo processo 
secretório e por ductos que transportam a secreção produzidas pelas célu-
las. Nesse contexto, podemos comparar a formação das glândulas simples 
e compostas.
As glândulas simples têm apenas um ducto não ramificado, ao contrário 
das glândulas compostas, que têm ductos ramificados, como pode ser visto na 
Figura 2, além de outras formações de glândulas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017). 
Tecido epitelial glandular: exócrino 3
Figura 2. Classificação estrutural de glândulas exócrinas simples e compostas.
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 60).
Embora alguns órgãos tenham funções, sejam elas exócrinas ou endó-
crinas, outros órgãos trabalham de modo distinto. Um exemplo é o fígado, 
que pode funcionar de ambas as formas, pois as suas células secretam bile 
através de ductos e, também, secretam produtos na circulação sanguínea. 
Outro excelente exemplo é o pâncreas. Diferentemente do fígado, algumas das 
suas células são especializadas em secreção exócrina e outras em secreção 
endócrina. Assim, as células acinosas podem secretar enzimas digestivas 
na cavidade intestinal, enquanto as células das ilhotas secretam insulina e 
glucagon no sangue (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017).
Você sabia que, além de a acne vulgar ser uma dermatose crônica 
muito comum em adolescentes, ela é uma doença do folículo pi-
lossebáceo, tendo como fatores fundamentais a hiperprodução sebácea, a 
hiperqueratinização folicular, o aumento da colonização por Propionibacterium 
acnes e a inflamação dérmica periglandular? Além disso, conforme o artigo “Acne, 
the skin microbiome, and antibiotic treatment” (XU; LI, 2019), toda a microbiota 
epitelial pode estar relacionada com o processo inflamatório desencadeado 
pela hiperprodução das glândulas sebáceas. Para saber mais, acesso o artigo 
por meio do seu motor de busca preferido.
Tecido epitelial glandular: exócrino4
Tipos de tecidos epiteliais glandulares
O tecido glandular endócrino geralmente desperta mais interesse por parte 
dos estudantes por estudar os complexos mecanismos endócrinos envolvidos 
na regulação hormonal. Porém, é fundamental compreender não apenas como 
opera o tecido glandular exócrino, mas também a sua importância para que 
o corpo humano tenha um bom funcionamento.
Podemosclassificar as glândulas exócrinas com base na forma como ocorre 
a liberação da secreção produzida. Veja a seguir (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017).
 � Glândulas merócrinas (por exemplo, pâncreas; glândula sudorípara): a 
secreção é liberada por exocitose, sem perda de outro material celular.
 � Glândulas holócrinas (por exemplo, glândula sebácea): a secreção é 
eliminada junto com toda a célula, processo que resulta na destruição 
das células que contêm secreção.
 � Glândulas apócrinas (por exemplo, glândula mamária): é um misto das 
duas anteriores, em que secreção é secretada junto com porções do 
citoplasma apical das células.
Classificação das glândulas em serosas e mucosas
 A classificação das glândulas em serosas e mucosas se dá por meio da sua 
natureza. 
As glândulas serosas são formadas por células serosas (como as células 
acinosas do pâncreas), que se arranjam em porções secretoras arredondadas 
(acinosas). O seu corte transversal pode ser visto como ácinos serosos, como 
ilustrado na Figura 3. 
Tecido epitelial glandular: exócrino 5
Figura 3. Desenho esquemático de um ácino seroso.
Fonte: Junqueira e Carneiro (2017, p. 79).
Essas glândulas são capazes de secretar um fluido aquoso, têm formato 
poliédrico ou piramidal, núcleos centrais arredondados e polaridade bem 
definida. A região basal tem intensa basofilia devido ao acúmulo de retículo 
endoplasmático rugoso. O complexo de Golgi se encontra na região apical, 
aparentando estar bem desenvolvido e apresentando muitas vesículas ar-
redondadas que contêm proteínas, denominadas grânulos de secreção. 
Estes são muito importantes para a função dessas células, pois, quando as 
elas secretam os seus produtos, a membrana dos grânulos se funde com 
a membrana plasmática e o conteúdo do grânulo é expelido da célula por 
exocitose (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017; KIERSZENBAUM, 2021).
Já as células mucosas, que compõem as glândulas mucosas, são aquelas 
que secretam a substância conhecida como muco, um fluido viscoso. Essas 
células apresentam um núcleo oval, presente junto à base da célula, e podem 
ter tanto um formato cuboide quanto um formato colunar. 
Tecido epitelial glandular: exócrino6
A mucosa intestinal é um tecido de extrema importância para diversas 
funções do organismo humano, podendo, inclusive, auxiliar na defesa contra 
infecções. É justamente nesse tecido que podemos encontrar as células calici-
formes (também encontradas no trato respiratório). Essas células têm muitos 
grânulos de secreção, localizados na região apical das células, com o núcleo 
localizado na região mais basal. Esse, porém, não é o único tipo celular capaz 
de produzir muco, pois existe muita variabilidade entre as células capazes de 
produzir essa secreção. Dentro desse grupo, encontramos o túbulo mucoso 
(cuja representação gráfica pode ser observada na Figura 4), que pode ser 
encontrado em diversos locais, como esôfago, glândulas salivares e mucosa 
oral (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017). 
Figura 4. Desenho esquemático de um túbulo mucoso.
Fonte: Junqueira e Carneiro (2017, p. 80).
Por sua vez, as células mioepiteliais são células epiteliais localizadas 
ao redor de algumas glândulas exócrinas, como as glândulas sudoríparas, 
lacrimais, mamárias e salivares. A sua função é realizar contração em volta da 
porção secretora ou dos ductos das glândulas, ajudando as células a expelir 
os seus produtos de secreção. Apresentam formato fusiforme ou em forma 
estrelada, e se organizam longitudinalmente entre a lâmina basal e o polo 
Tecido epitelial glandular: exócrino 7
basal das células secretoras ou das células dos ductos, estando conectadas 
por junções comunicantes (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017). 
Você sabia que os ácaros demodex são encontrados na pele de muitos 
indivíduos saudáveis, principalmente na unidade pilossebácea? 
Conforme o estudo de Karabay e Cerman (2020), esses ácaros, quando em alta 
concentração, têm um papel significativamente patogênico, podendo acarretar 
reações imunológicas e inflamação. Esse estudo mostra que tanto a acne quanto 
a rosácea e a dermatite seborreica (as três dermatoses inflamatórias faciais mais 
comuns), dermatoses que têm predileção por áreas faciais ricas em glândulas 
sebáceas, estão significativamente associadas à infestação por demodex. 
Onde os epitélios glandulares se encontram 
no corpo humano?
As glândulas exócrinas são extremamente importantes para o bom funcionamento 
do organismo humano. Por isso, encontram-se em diversas regiões do corpo.
No intestino delgado, estão presentes glândulas exócrinas tubulosas. 
Na Figura 5, podemos observar um desenho histológico do pâncreas, onde 
são encontradas células serosas (ácinos serosos), estruturas circulares com 
luz estreita e células com núcleos arredondados e subcentrais contendo 
um citoplasma rico em grânulos de zimogênio, conferindo-o uma coloração 
avermelhada (o que também ocorre com a glândula parótida) (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2017; KIERSZENBAUM, 2021). 
Figura 5. Desenho histológico do pâncreas.
Fonte: Hammer e McPhee (2016, p. 428).
Tecido epitelial glandular: exócrino8
Já no esôfago, como pode ser observado na Figura 6, existem porções 
secretoras de muco relativamente pálidas, e essa palidez se dá pela presença 
do conteúdo nas vesículas de secreção. Essas células têm núcleos achatados 
na periferia e o seu ducto é dirigido ao epitélio. O conjunto ácino e ducto é 
denominado adênomero (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017).
Figura 6. Corte histológico do esôfago.
Fonte: Junqueira e Carneiro (2017, p. 80).
Por fim, na glândula submandibular e na glândula sublingual, cuja lo-
calização pode ser vista na Figura 7, estão presentes os ácinos mistos, que 
são formados por uma porção secretora mucosa com um capuz de células 
serosas, também conhecido como semilua serosa, devido ao seu formato de 
lua crescente. Também podem ser observados os ductos e septos conjuntivos 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017; KIERSZENBAUM, 2021).
Tecido epitelial glandular: exócrino 9
Figura 7. Localização das glândulas salivares.
Fonte: Marieb e Hoehn (2008, p. 782).
Nesse contexto, é importante citar uma doença autoimune característica 
desses tipos celulares, a síndrome de Sjögren. Essa síndrome é classificada 
como autoimune, inflamatória e crônica, e pode atingir o paciente de forma 
sistêmica. Afeta principalmente mulheres na faixa dos 45 aos 50 anos, e os 
seus principais alvos são as glândulas lacrimais e salivares, em que ocorre 
o processo de infiltração linfoplasmocitária. Esse processo resulta em 
quadros de xeroftalmia (olhos secos) e xerostomia (boca seca), mas outras 
glândulas também podem ser também afetadas, como pâncreas e glândulas 
do epitélio de mucosa do trato respiratório e do trado gastrointestinal 
(SANTOS et al., 2013).
Além disso, a síndrome de Sjögren pode agir como uma doença primária 
de glândulas exócrinas ou estar associada a outras doenças autoimunes 
(síndrome de Sjögren secundária). Pacientes com essa síndrome ainda apre-
sentam maior probabilidade de desenvolver linfoma maligno de células B 
não Hodgin (SANTOS et al., 2013).
Paciente do sexo feminino, 24 anos de idade, busca atendimento 
médico devido ao aumento do volume do seu rosto associado a dor. 
A paciente relata que os sintomas iniciaram há três meses. Após a realização de 
investigações clínico-laboratoriais, fez-se uma análise histológica para verificar 
a possibilidade de que fosse um caso de síndrome de Sjögren.
A avaliação histopatológica revelou agregados de 50 linfócitos, células 
plasmáticas e macrófagos adjacentes ao ácino glandular, caracterizando uma 
sialoadenite linfocítica crônica. No entanto, uma biópsia de glândula menor foi 
Tecido epitelial glandular: exócrino10
realizada por ser específica para Sjögren caso apresente cinco a 10 glândulas com 
infiltrado focal linfocítico em todas ou quase todas as glândulas do espécime.
O tratamento proposto para a paciente foi baseado na sua sintomatologia, 
já que se tratava de síndrome de Sjögren primária, sem repercussõessistêmicas 
até então. Lágrimas artificiais e pilocarpina foram prescritas à paciente para 
minimizar as suas queixas, e foram dadas orientações para a avaliação com 
reumatologista na tentativa de investigação de acometimento sistêmico pela 
doença autoimune. A paciente evoluiu de maneira assintomática, em uso dos 
medicamentos para a regressão dos sintomas de xeroftalmia e xerostomia, e 
não ocorreram indícios de síndrome de Sjögren secundária (SANTOS et al., 2013).
É interessante o quanto uma patologia que pode ter um quadro clínico 
tão variável, como a Síndrome de Sjögren, possibilita compreendermos me-
lhor a importância das glândulas exócrinas para a manutenção do nosso 
organismo. Isso certamente reforça o quão fundamental é conhecer a fundo 
esse tipo de tecido. 
A razão para essa síndrome ter um quadro clínico variável se dá pelo fato 
de que as células que compõem o tecido glandular estão distribuídas em 
muitos locais estratégicos do nosso corpo, como as estruturas glandulares 
tubulosas do intestino delgado, as porções secretoras de muco do esôfago 
ou as glândulas sudoríparas. Dessa forma, é possível concluir que tanto as 
glândulas exócrinas quanto as endócrinas são fundamentais para o bom fun-
cionamento do corpo humano, sobretudo para a manutenção da homeostase.
Referências
JUNQUEIRA, L.C; CARNEIRO, J. Histologia Básica: texto e atlas. 13 ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017.
KARABAY, E. A.; CERMAN, A. A. Demodex folliculorum infestations in common facial 
dermatoses: acne vulgaris, rosacea, seborrheic dermatites. An Bras Dermatol. 2020 
Mar-Apr; 95(2): 187-193.
KIERSZENBAUM, A; TRES, L. Histologia e Biologia Celular – Uma introdução à patologia. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
SANTOS, L. A. de M.; BARBALHO, J. C. M.; de BORTOLI, M. M.; AMARAL, M. X.; VASCONCELOS, 
B. C. M. Síndrome de Sjögren Primária – relato de caso. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-
-Fac., Camaragibe v.13, n.2, p. 63-68, abr./jun. 2013.
Leitura recomendada
BARCELLOS, K. S. A.; ANDRADE, L. E. C. Histopatologia e imunopatologia de glândulas 
salivares menores de pacientes com síndrome de Sjögren (SSj). Rev. Bras. Reumatol. 
45 (4) • Ago 2005
Tecido epitelial glandular: exócrino 11
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores 
declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
Tecido epitelial glandular: exócrino12
Dica do professor
O epitélio glandular pode ser caracterizado de acordo com o número de células e também com a 
forma como expele sua secreção. As glândulas exócrinas, são aquelas que produzem substâncias ou 
secreções e as liberam por um sistema de canais ou ductos excretores, internos ou externos. 
No vídeo da dica do professor, você irá aprender sobre a classificação dos tipos de tecido epitelial 
glandular do tipo exócrino.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/bb41a83dc1dac953f4ad6bdbf0bbf2f1
Exercícios
1) Nas glândulas exócrinas, a forma em que a secreção é eliminada pode classificá-las de três 
formas: merócrina, apócrina e holócrina. Quanto à origem da secreção, uma glândula será 
classificada como holócrina quando: 
A) Ela apenas elimina seus produtos de secreção, não alterando sua forma e seu volume
B) Perde parte do seu protoplasma, tendo que se regenerar para reiniciar o processo de 
secreção.
C) A célula, como um todo, acumula a secreção e, ao secretá-la, se desintegra.
D) A célula estiver em plena atividade secretora.
E) A atividade secretora da célula estiver encerrada
2) A constituição do epitélio glandular é caracterizada por células isoladas ou agrupadas que 
formam estruturas individualizadas, mais conhecidas como glândulas. Quando uma glândula 
libera sua secreção através de canais em uma cavidade ou superfície do corpo, é chamada de 
exócrina. De acordo com a classificação das glândulas exócrinas, assinale a alternativa 
correta: 
A) As glândulas sebáceas são caracterizadas como compostas tubulares.
B) As glândulas sudoríparas são caracterizadas como simples glomerulares.
C) As glândulas mamárias são caracterizadas como simples glomerulares.
D) As glândulas esofágicas são caracterizadas como compostas tubulares.
E) As glândulas mucosas da cavidade bucal são caracterizadas como compostas tubuloacinosas.
3) Os epitélios glandulares são constituídos por células especializadas na atividade de secreção. 
Sobre esse tipo de epitélio, marque a alternativa correta: 
A) As células epiteliais glandulares do pâncreas podem sintetizar e secretar lipídios.
B) As moléculas a serem secretadas são armazenadas nas células em grandes vesículas 
envolvidas por uma membrana chamadas grânulos de secreção.
C) Existem células de glândulas que têm alta atividade sintética, como é o caso das glândulas 
sudoríparas, que secretam principalmente substâncias transportadas do sangue ao lúmen da 
glândula.
D) As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células 
proliferam e invadem o tecido conjuntivo, após o que sofrem diferenciação adicional.
E) De acordo com o modo pelo qual os produtos de secreção deixam a célula, as glândulas 
podem ser classificadas como mesócrinas, holócrinas ou apócrinas.
4) Glândulas exócrinas são aquelas que eliminam suas secreções dentro de cavidades do corpo 
ou fora dele. Marque a opção que apresenta exemplos de glândulas exócrinas: 
A) Hipófise, mamária e sudorípara.
B) Mamária, salivar e tireoide
C) Tireoide, mamária e sudorípara.
D) Mamária, salivar e sudorípara.
E) Hipófise, tireoide e sudorípara.
5) De acordo com o tipo de secreção, as glândulas exócrinas podem ser classificadas em: 
A) Apócrina, serosa e misturada
B) Écrina, tubolosa e acinosa
C) Hipótica, holócrina e mimética
D) Simples, compostas e ramificadas
E) Mucosa, serosa e mista
Na prática
ACNE
A acne é, provavelmente, a mais frequente doença cutânea, afetando de 85 a 100% da população 
em qualquer momento da sua vida. Sua ocorrência se dá predominantemente na adolescência, com 
85% de jovens afetados entre 12 e 24 anos. 
O conhecimento pormenorizado da fisiopatologia, das opções terapêuticas adequadas para cada 
tipo de acne e de um algoritmo de tratamento que funcione como linha de orientação terapêutica 
para cada tipo de acne e que possa ser utilizado por qualquer médico envolvido no seu tratamento 
são as ferramentas essenciais para as normas de boa prática clínica.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Glandulas Exocrinas
Neste link, você poderá estudar e conhecer mais um pouco sobre as glândulas exócrinas através de 
um “Atlas de histologia em cores da PUCRS” online.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Introdução às Glândulas
Este vídeo fala sobre o que difere as glândulas endócrinas e exócrinas:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Classificação das Glândulas Exócrinas
Neste vídeo você vai conhecer os critérios de classificação das glândulas exócrinas:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Tecido Epitelial Glandular: Glândulas Exócrinas, Endócrinas e 
Anfícrinas - Histologia Humana
https://editora.pucrs.br/edipucrs/acessolivre/livros/atlas-de-histologia/glandulas-exocrinas.html 
https://www.youtube.com/watch?v=_tmU4832-y0
 https://www.youtube.com/watch?v=bYi4R5Joarg 
Neste vídeo você vai compreender um pouco mais sobre o Tecido Epitelial Glandular: Glândulas 
Exócrinas, Endócrinas e Anfícrinas
Aponte a câmerapara o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/watch?v=wXyBxKnkQDI

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