Organização e Função do Sistema Reprodutivo Feminino

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Organização e Função do Sistema Reprodutivo Feminino 
O ciclo reprodutivo para origem de um novo individuo 
começa antes mesmo do indivíduo nascer. 
A reprodução animal é um objeto de muito estudo para 
melhorar a eficiência reprodutiva, pois movimenta a 
economia e pensando também em espécies 
ameaçadas. O Brasil tem o maior rebanho do mundo, 
mas em compensação outros países produzem mais 
carne do que o Brasil. O uso de biotecnologia da 
reprodução ajuda muito com o aumento da produção 
de bovinos, a cada 100 vacas que temos no pasto, 
temos 40 sem bezerros, com isso falta o manejo de 
biotecnologia para melhorar essas 40 vacas que estão 
no pasto sem bezerro. 96% das inseminações são 
feitas em tempo fixo. 
Inseminação artificial em tempo fixo = escolhe um dia 
para inseminar o rebanho inteiro = entram no cio no 
mesmo momento; A inseminação artificial em tempo 
fixo (IATF) trata-se de uma biotecnologia reprodutiva 
que visa elevar a eficiência reprodutiva dos rebanhos 
por meio da indução e sincronização da ovulação das 
fêmeas através de protocolos hormonais. 
↪Fisiologia = Physis (grego)= natureza, função ou 
funcionamento; 
↪Patologia = Pathos (grego) = doença, alteração ou 
afetação; 
↪Logia = Logos (grego)= tratado, estudo, teoria ou 
ciência. 
Estruturas e funções do sistema reprodutivo da 
fêmea – 
Os órgãos femininos da reprodução são compostos de 
ovários (gônada feminina), tuba uterina, útero (corpo 
uterino e cornos uterinos), cérvix uterina, vagina 
cranial, vestíbulo da vagina e genitália externa (vulva). 
* Vagina cranial – acima da óstio / vestíbulo da vagina 
– abaixo do óstio 
Localizadas na região da pelve (bolsa reto-genital), 
abaixo do reto (Possibilita avaliar o útero, ovário, 
exames e biotécnicas por palpação, isso para animais 
de grande porte que suportam palpação retal – vaca, 
égua, camelo). Ovelha, cadela e gata não é possível 
essa palpação. Porca e marras (artéria uterina após 40 
dias) 
*vacas são inseminadas no corpo do útero 
Série de tubos interconectados: Vagina ➜ cérvix ➜ 
útero ➜ oviduto; todos os de origem do ducto 
paramesonéfrico; são diferentes pois cada segmento 
se especializou em uma função, mas se fizermos o 
corte cada um tem as mesmas quatro camadas 
(serosa, muscular, submucosa e mucosa). 
 
✓ Mucosa = tecido epitelial simples; produz muco 
(epitélio secretor), sem vascularização – serve 
para lubrificação, proteção contra bactéria e 
nutrição das células 
✓ Submucosa = tecido conjuntivo de sustentação 
por onde chega os vasos e artérias que dão 
nutrição para a mucosa 
✓ Muscular = duas camadas: fibras musculares 
circular (interna); fibras musculares 
longitudinais (externa); serve para contração e 
movimento; a longitudinal serve no momento 
do parto/contração 
✓ Serosa = epitélio simples; tem como função a 
proteção e mobilidade (evita aderência) 
Serosa X Adventícia = adventícia só tem um tecido 
conjuntivo, quando tem um epitélio em cima é a serosa 
e esse epitélio vem no mesotélio (peritônio); 
✓ Serosa = dentro da cavidade abdominal: 
✓ Adventícia = fora da cavidade 
 
 
 
Todos os órgãos do trato reprodutivo e digestório se 
formam no embrião na região retroperitoneal e 
conforme eles vão se desenvolvendo eles vão se 
projetando para a cavidade abdominal e vai levando o 
peritônio fazendo uma camada em volta que é a serosa 
formando uma dupla prega, formando o ligamento largo 
(formado pela dupla prega de peritônio). E toda a 
inervação chega por essa dupla prega 
▶ Desenvolvimento embrionário: posição 
retroperitoneal 
▶ Peritônio: membrana serosa 
▶ Ligamento largo: sustentação, suprimento vascular, 
drenagem linfática e inervação 
Ligamento Largo: pode ter nomes específicos 
dependendo da porção que ele estiver: 
→ Mesovário: cranial, hilo do ovário; (perto do 
ovário) 
→ Mesossalpinge: suporte e Bursa-like (cadela – 
completa); (perto da tuba uterina) 
→ Mesométrio; maior e mais evidente, mantem o 
útero “pendurado” na parede dorsal; (em volta 
do útero) 
*Ligamento útero-ovariano (não é parte!!!); 
Ligamento intercornual = importante em bovinos = que 
impede torções do corno uterino, mas quando tem: 
torção uterina dos dois cornos 
 
 
 
*inseminação no corpo do útero / último anel para o 
sêmen se dividir nos dois cornos uterinos 
*ligamento largo do útero da cadela tem muita gordura 
Ovário: órgão feminino de maior transformação! É um 
órgão ovoide e extremamente denso com função 
endócrina (produção e liberação de hormônios - 
estrógeno pelo folículo, progesterona quando o folículo 
ovula e vira o corpo lúteo, e o corpo lúteo produz 
ocitocina, relaxina e ativina) e exócrina (liberação de 
gametas femininos). Ele é envolto por um epitélio 
simples que é a serosa que vem do peritônio chamado 
de epitélio de superfície e logo embaixo temos a túnica 
albugínea. 
O ovário consiste em uma zona vascular que é a 
medula e parenquimatosa que é o córtex, somente na 
égua a localização é diferente, tem o ovário com o 
padrão invertido, a medula fica na região periférica e o 
córtex central. Além disso as éguas têm um ponto 
específico de ovulação (fossa da ovulação) 
No animal adulto, os folículos se desenvolvem no 
interior da zona parenquimatosa. Cada folículo contém 
um ovulo. Com base no tamanho do ovócito e de seu 
grau de diferenciação, pode-se reconhecer os estágios 
de desenvolvimento nos folículos. 
✓ Folículo primordial (achatadinho) 
✓ Folículo primário (mais “alto”) 
✓ Folículo secundário (ganha outra camada) 
✓ Folículo terciário/antral (tem receptores para 
os hormônios LH/TSH) 
✓ Folículo ovárico vesiculoso. 
 
O hormônio LH (hormônio luteinizante) induz a 
ovulação no folículo antral, fazendo a luteinização, 
resultando no corpo lúteo. 
A célula da granulosa e da teca viram células luteais; 
granulosa = grande; teca = pequenas; passam a 
produzir progesterona (P4) 
Fase folicular > luteal > folicular 
 
 
→ folículo terciário, que contém um antro (a) e um 
epitélio multicamadas, o estrato granuloso (b); 
um cumulus oophorus (c) envolvendo o oócito 
primário (d) se forma no estrato granuloso. O 
antro contém um líquido folicular floculento. 
Uma camada de tecido conjuntivo, a teca, que 
envolve o estrato granuloso, pode ser dividida 
em teca interna, com células volumosas claras 
(e), e teca externa externa, com fibrócitos 
escuros (f). As células marginais do corpo lúteo 
(g) apresentam características de células 
endócrinas intersticiais (h) 
 
 
→ folículo secundário, no qual o ovócito primário 
(a) é circundado por uma fina (inicialmente) 
zona pelúcida (b) e um epitélio estratificado de 
células poliédricas (c), cuja camada celular 
interna forma a corona radiata (d). Corpos Call-
Exner (e) estão presentes em algumas células. 
As células do tecido conjuntivo que envolvem o 
folículo formarão a teca interna (f). As células 
endócrinas intersticiais (g) estão localizadas no 
tecido conjuntivo fora do folículo 
*A porca tem vários folículos ao mesmo tempo pois é 
politócica 
Se a fêmea não ficar gestante, o corpo lúteo vira uma 
cicatriz: Luteólise, a lise do corpo lúteo. O hormônio 
responsável por isso é a prostaglandina, que vira uma 
cicatriz branca (corpo albicans) 
 
 
Célula da TECA produz andrógeno (testosterona) - 
ação LH ➜ Célula da GLANULOSA transforma em 
estrógeno (P2) - ação FSH 
Essas duas células passam a produzir progesterona. 
(P4) - Depois da formação do corpo lúteo, que é 
quando elas se transformam em células luteais. 
Tuba uterina: função = local da fecundação, 
captação/transporte do oócito, cria um ambiente 
favorável para a fecundação, nutre o embrião e depois 
transporta o mesmo até o útero. 
É dividida em 3 porções: 
✓ Infundíbulo, que é a mais próxima do ovário, 
quem recebe o oócito através das fimbrias. 
✓ Ampola, onde normalmente ocorre a 
fecundação (onde fica também o embrião poruns dias até ser transportado) - Maior parte, 
mucosa pregueada 
✓ Istmo, última e mais estreita porção até chegar 
no útero - Junção utero-tubárica 
 
Cada uma tem um epitélio especializado para a sua 
função: na ampola que é onde ocorre a fecundação 
tem maior evidência da mucosa porque precisa 
produzir mais muco e pregueada para aumentar 
superfície de contato; a camada muscular controla a 
entrada através de um esfíncter (equinos: só abre se o 
embrião tiver vivo; suíno: impede entrada excessiva de 
espermatozoides; vaca: só abre se o estrógeno 
abaixar) 
-Equino: as fimbrias estão bem na entrada da fossa da 
ovulação 
-Porca e cadela: messosalpinge se junta com as 
fimbrias e envolve o ovário (importante pois essas 
espécies ovulam diversas vezes simultaneamente e 
com isso aumenta a eficiência de captação dos 
gametas) - Bolsa/bursa ovárica mais evidente nessas 
espécies 
Útero: função = ciclicidade, passagem do 
espermatozoide, abrigar o feto. Ele é constituído por 
dois cornos e ele é classificado pelo grau de fusão 
entre eles (varia entre as espécies). São dois pois 
deixam de se juntar na embriogênese 
É composto por quatro camadas: 
✓ Perimétrio (serosa (peritônio); messometrio – 
fica em volta do útero) 
✓ Miométrio (muscular – o grau de contração é 
dependente de hormônio em maior 
concentração) – O miométrio responde a 
hormônios, quando a fêmea tiver ação 
estrogênica o útero se contrai... ficando bem 
duro. Já com a ação da progesterona o 
miométrio relaxa e deixa o útero mole e mais 
suscetível a gerar. Apenas nas éguas ocorre 
de maneira diferente, invertida. 
✓ Endométrio (mucosa e submucosa) 
Conjunto de secreções primarias das glândulas 
endometriais que nutrem o feto: HISTOTROFO (leite 
uterino) – muito importante nas espécies, o feto se 
alimenta do histotrofo até construir a placenta. Durante 
a fase estrogênica (produção de estrógeno) o útero irá 
crescer bastante (crescer em número de células) e 
quando chegar a progesterona ele irá estimular a ação 
secretória. O estrógeno faz hiperplasia da mucosa 
uterina e a progesterona estimula a secreção do 
histotrofo. 
*vacina anticio = tem hormônio, então o epitélio cresce 
e desenvolve uma hiperplasia endometrial cística e a 
progesterona abaixa a imunidade levando a entrada de 
bactérias e causando uma piometra 
Placenta: trofoblasto (feto) + útero (materna) 
Apenas em ruminantes temos as carúnculas que são 
regiões aglandulares no útero, mas é altamente 
vascularizado. Nas éguas e porcas a placenta delas é 
difusa e para aumentar a superfície de troca elas tem 
pregas e não carúnculas e essas pregas são 
vantagens evolutivas para ter maior produção de leite 
uterino. Nas monoéstricas temos os sítios de 
implantação por demorar mais a involução uterina. 
 
Cérvix: órgão não-complacente de parede 
relativamente espessa; função = proteção; barreira de 
espermatozoides, mas não pode ficar fechada o tempo 
inteiro, senão os espermatozoides não entram 
(espermatozoides viáveis) – espécies que o macho 
ejacula na vacina = vaca, ovelha, cadela, gata. Na 
porca a ejaculação é intracervical e na égua é bem 
frouxa pois não são anéis, são pregas (endometrite 
pós-coito). 
-Tampão cervical; 
-Canal (lúmen), anel cervical único (gata/cadela) ou 
múltiplos (vaca, ovelha, porca). Nas éguas são pregas 
ou dobras cervicais ao invés de anéis 
-Vaca/ovelha = muco estro, égua e porca, pequena 
quantidade; 
-Lubrificação/proteção/transporte (propriedades 
bioquímicas) 
-Tampão cervical/gestacão; durante a gestação, por 
causa da ação da progesterona esse muco muda de 
constituição e fica extremamente denso para virar o 
tampão da gestação que é liberado 2-3 dias antes do 
parto. 
 
É produzida grande quantidade de muco, lubrificando a 
vagina e o vestíbulo vaginal na da copula, que ocorre 
no estro. O estrógeno que estimula a produção de 
muco (por estar no estro) 
O muco também é usado para proteção contra 
bactérias, que na entrada do espermatozoide entram 
junto. O espermatozoide passa pelo muco, a bactéria 
não consegue. Fora que o muco protege as células, 
não deixando as bactérias entrem em contato com 
elas. 
 
Vagina: órgão copulatório; comunicação meio 
externo/interno; duplo sistema (reprodutivo e urinário) 
→ Cópula, urina, canal do parto (passiva); 
→ Camada muscular pouco organizada, mal 
definida; 
→ Epitélio mucoso altamente adaptado; Epitélio X 
região; 
Quem separa a vagina cranial do vestibular é o óstio 
ventral externo. 
Tecido simples, células colunar – vagina cranial 
(mesmo tec da cérvix, e produz muco) 
Tecido estratificado, com células queratinizadas – 
vagina vestibular (por conta do atrito do pênis e da 
urina com ph ácido) 
Durante a vida embrionária o ducto paramesonéfrico se 
junta com o seio urogenital formando uma camada 
única e geralmente sobra um resquício deles que é o 
hímen. O estrógeno aumenta o número de camadas da 
parte vestibular e estimula a secreção de muco na 
parte cranial. No vestíbulo encontra-se os ductos de 
Gatner (ou Wolff), são os ductos mesonéfricos 
involuídos (que nos machos vira o epidídimo e outras 
partes tubulares) 
Vulva: genitália externa 
Formada por dois lábios vulvares que forma as 
comissuras (comissura dorsal e ventral), entre as 
comissuras tem o períneo (região onde tem laceração 
durante o parto). Na abertura ventral dos lábios 
vulvares tem o clitóris. Fossa clitoriana: Clitóris. 
La temos as glândulas sebáceas e sudorípara, tecido 
adiposo, pelos e feixes de musculatura lisa (constritor 
da vulva), fossa clintoniana e períneo 
→ Glândulas Sebáceas, sudoríparas e folículos 
pilosos; 
→ Tecido adposo, feixes de músculatura lisa 
(músculo constritor da vulva) 
→ Gl. Vestibulares (estro);