Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fármacos que aumentam a velocidade do fluxo de urina. Aumentam a excreção de Na+ (natriurese). FORMAÇÃO DA URINA 1. Ultrafiltração do plasma pelo glomérulo; 2. Reabsorção de água e solutos do filtrado; 3. Secreção de água e solutos do ultrafiltrado. OSMOLARIDADE Número de partículas osmoticamente ativas de soluto em um litro de solução. Excesso de água -> redução na osmolaridade do líquido corpóreo -> urina com baixa osmolaridade. Falta de água -> aumento na osmolaridade do líquido corpóreo -> urina com alta osmolaridade. Eliminação de Na+ sem diurético: 1% com diurético: 6% DIURÉTICOS O uso de diuréticos é amplamente difundido na clínica médica de cães e gatos, especialmente em pacientes com cardiopatia ou outras enfermidades que tenham como consequência a formação de edema ou coleções líquidas em diferentes locais do organismo. · Equilíbrio positivo persistente do Na+ -> sobrecarga de volume, com edema pulmonar. · Equilíbrio negativo persistente do Na+ -> depleção de volume e colapso cardiovascular. · Diuréticos -> natriurese limitada -> Mecanismos compensatórios: ✓Ativação do sistema nervoso simpático; ✓Eixo Renina-angiotensina-aldosterona; ✓Diminuição da pressão arterial; ✓Hipertrofia das células epiteliais renais; ✓Maior expressão de transportadores epiteliais renais; ✓Alterações nos hormônios natriuréticos, como o ANP. CLASSIFICAÇÃO DOS DIURÉTICOS Diuréticos de alça Os diuréticos de alça possuem alta potência diurética e se caracterizam por atuar na porção espessa e ascendente da alça de Henle dos túbulos renais dos néfrons (Figura 1). Estes diuréticos podem inibir em até 20% a reabsorção de sódio, cloro e consequentemente a água, além de aumentar a excreção de potássio. Os principais representantes desde grupo de diuréticos são a furosemida e a torasemida. A furosemida inibe o transporte de sódio e água no ramo ascendente da alça de Henle e atua inibindo a reabsorção de sódio e cloro junto com a perda de potássio. A diurese por furosemida resulta dessa excreção aumentada de sódio, cloreto, potássio, hidrogênio, cálcio, magnésio e, possivelmente, fosfato. É considerada uma droga valiosa em situações de emergência, pois tem rápido início de ação e curta duração. Ela possui propriedades vasodilatadoras, aumentando a perfusão renal e diminuindo a pré-carga cardíaca. Pode ser administrada dentro de uma ampla faixa de doses, além da utilização crônica ou em terapia emergencial. A torasemida é outro representante dos diuréticos de alça, considerada um fármaco potente com estrutura química semelhante aos tiazídicos, combinando assim, efeitos de ambos os grupos. Comparada a furosemida, a torasemida apresenta mecanismo de ação semelhante, porém existem diferenças entre o tempo de ação e duração do efeito desses dois fármacos. Sua utilização vem aumentando, mas ainda é considerado restrito a casos específicos devido a refratariedade ao tratamento com outros diuréticos. REAÇÕES ADVERSAS: · Perda excessiva de sódio -> hipotensão; · Perda de potássio (digitálicos); · Desequilíbrio eletrolítico; · Alcalose metabólica; · Ototoxicidade (associado a aminoglicosídeos). Tiazídicos Os diuréticos tiazídicos são considerados diuréticos de potência média e tem como local de ação o túbulo renal contornado distal (Figura 1). Inibem entre 5 e 10% a reabsorção de sódio, cloro e potássio e possuem farmacocinética semelhante à furosemida e ação sinérgica quando associados a mesma. A hidroclortiazida, clorotiazida, flumetiazida, hidroflumetiazida, clortalidona são os principais fármacos pertencentes a este grupo de diuréticos. Poupadores de potássio (pk) Os diuréticos poupadores de potássio, como a espironolactona, apresentam baixa potência diurética, pois o bloqueio na reabsorção de sódio na porção distal dos túbulos contornados distais e ductos coletores é menor que 5% (Figura 1). A espironolactona exerce efeito competidor com os receptores de aldosterona e por este motivo é considerado um fármaco antagonista da aldosterona retardando a fibrose miocárdica presente no processo de ICC. - triantereno - amilorida (jejum): bloqueia canal de Na+ na porção final dos túbulos distais e contorcidos. Inibidores da anidrase carbônica (IAC) Os inibidores da anidrase carbônica possuem baixa potência diurética e inibem a reabsorção de bicarbonato (HCO3-), principalmente nos túbulos contornados proximais e distais e em outros segmentos do organismo (Figura 1) que envolvem transporte iônico de H+ ou HCO3- . Os principais representantes dos inibidores da anidrase carbônica é a acetazolamida, diclorfenamida e metazolamida. (Agravam acidose metabólica e respiratória). Usos: glaucoma, epilepsia, para corrigir a alcalose metabólica, alcalinizar a urina e favorecer a eliminação de ácidos. Diuréticos osmóticos Os principais representantes deste grupo de diuréticos são o manitol e a glicose. O manitol exercerá sua ação principalmente no túbulo contornado proximal e nos ramos descendente, ascendente e delgado da alça de Henle. O manitol que não é absorvido no túbulo contornado proximal, diminui a reabsorção de sódio, promovendo a diurese. No ramo descendente da alça de Henle ocorre redução da reabsorção de água devido a hipotonicidade que se desenvolve na medula renal, em decorrência do aumento de fluxo sanguíneo medular causado pela ação deste tipo de diurético. A glicose, por sua vez, atua de forma mais ampla por toda extensão do néfron, impedindo a absorção de água e sódio. FUROSEMIDA Usos: · Edema agudo de pulmão; · Edema cerebral (bumetanida); · Insuficiência cardíaca congestiva (ICC); · Insuficiência renal; · Tratamento das hipercalcemias após reposição de fluídos com NaCl; · Fase oligúrica/anúrica da insuficiência renal; · Hemorragia pulmonar durante exercícios em equinos (furosemida antes do início da atividade física- 120 a 240’). RESUMO DOS DIURÉTICOS DA – furosemida e torasemida T - hidroclortiazida, clorotiazida, flumetiazida, hidroflumetiazida, clortalidona. PK – espironolactona, triantereno, amilorida. IAC - acetazolamida, diclorfenamida e metazolamida. DO - manitol e a glicose.
Compartilhar