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OSM_UA16 - Metodologia 5s

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GESTÃO EMPRESARIAL
OrganizaçãO, SiStemaS e métOdOS
Metodologia 5s
OrganizaçãO, SiStemaS 
e métOdOS
Metodologia 5s
ObjetivOs da Unidade de aprendizagem 
Ao final da UA o aluno deverá ser capaz de compreender 
o conceito da metodologia 5s como uma ferramenta de 
melhoria contínua em uma organização.
COmpetênCias 
Planejar e implantar a Metodologia 5s como elemento de 
um sistema de melhoria contínua em uma organização.
Habilidades 
Tomar ações de melhoria m os subsídios fornecidos pela 
metodologia (feedback).
16
ApresentAção
A metodologia 5s nasceu nos anos 1960 pela necessi-
dade de uma maior competitividade das organizações. 
Costuma-se afirmar que a metodologia 5s é o jardim 
de infância da implantação da norma de qualidade ISO-
9000, pois pavimenta e facilita o caminho para o padrão 
de qualidade superior preconizado pela norma. 
Uma das razões para o desenvolvimento da metodo-
logia 5s no Japão foi devido a necessidade de um melhor 
aproveitamento de espaço físico, tão restrito naquele país. 
Com uma área 50% maior que o estado de São Paulo, o Ja-
pão tem uma densidade demográfica de 335 pessoas/km², 
comparado com 141,81 pessoas/km² do nosso estado.
Aliada a necessidade básica de utilizar bem os espa-
ços, a cultura japonesa do kaizen (melhoria contínua) 
contribuiu bastante na disseminação desta filosofia para 
obter melhorias de produtividade nas organizações. 
A metodologia 5s proporciona um ambiente em que 
os desperdícios podem ser mais facilmente identificados 
e reduzidos, se não eliminados.
pArA ComeçAr
Caro aluno, 
Na UA anterior pudemos compreender o papel da 
aplicação do benchmarking como metodologia que pode 
contribuir para o aumento de eficiência e eficácia de 
uma empresa.
Nesta UA iremos abordar o conceito da metodologia 
5s e a sua aplicação em um sistema organizacional. 
Segundo Paladini (1999) “a simplicidade do programa 
5s e a facilidade de obtenção de resultados práticos, visí-
veis e valiosos tornam-se uma importante estratégia da 
Gestão da Qualidade”.
Fleury e Fleury (1997) afirmam que Taichi Ohno da 
empresa Toyota no Japão, criador do Sistema Toyota 
de Produção (TPS), entre outras práticas, atribuiu aos 
Organização, Sistemas e Métodos / UA 16 Metodologia 5s 4
trabalhadores tarefas de housekeeping que posteriormente originou o 
Programa 5s. Ohno afirmava que os desperdícios devem ser combatidos 
e mitigados sistematicamente, pois são sinônimos de falta de qualidade 
e de produtividade. A interpretação do que é desperdício é caracterizada 
por sete abordagens distintas:
1. Produzir além do necessário;
2. Bens/serviços em fila em espera;
3. Transporte demasiado;
4. Movimentos além do necessário;
5. Problemas e definição dos bens ou serviços;
6. Produção com defeitos; 
7. Estoques além do necessário.
Tomando como exemplos extraídos de organizações brasileiras, temos: 
 → A Companhia Vale do Rio Doce criou um programa 5s voltado para o 
combate de desperdício. A empresa conseguiu identificar cerca de 8 
milhões de dólares em bens patrimoniais e pequenos itens de con-
sumo, almoxarifados e instalações industriais;
 → Na Albrás, destaca um número significativo no combate a acidentes 
de trabalho: o número de acidentes no período de um ano, num 
certo setor, caiu de 147 para zero (SILVA, 1997).
FundAmentos
implantaçãO sistemátiCa da metOdOlOgia 5s
Paladini (1999) afirma que as menores células em uma organização são 
as pessoas, e que elas oferecem contribuições fundamentais à mesma, 
organizando as suas atividades e seus locais de trabalho.
Por se tratar de uma ferramenta que envolve a participação efetiva de 
todo o contingente da organização é importante que o mesmo seja iniciado 
pela alta administração. O referido autor sugere aplicá-la no início de um 
programa de grande porte para a produção da qualidade nas organizações.
O programa começa com o treinamento e a conscientização das pes-
soas sobre a sua importância e somente então incentiva a motivação e o 
comprometimento na adoção da metodologia.
Estabelece-se um dia no calendário da empresa para a realização do 
evento comumente chamado de Dia D, Dia da Grande Faxina, Dia do Mu-
tirão, Dia do Sol etc. e todos são convocados a participar do evento.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 16 Metodologia 5s 5
A definição de cada um dos passos dos 5s será apresentada como um 
sistema, caracterizando os dados de entrada (inputs), os dados de saída 
(outputs), a função, e a retroalimentação (feedbacks).
A implantação da metodologia é feita em caráter sequencial, ou seja, 
somente com a realização do primeiro passo é que o segundo passo será 
dado e assim sucessivamente. 
Lembre-se
O programa começa com o treinamento e a conscientização 
das pessoas sobre a sua importância e daí incentiva a moti-
vação e o comprometimento. (PALADINI, 1999)
São cinco os passos que caracterizam a metodologia 5s conforme Taichi 
Ohno, já citado:
 → 1°s – Seiri: Senso de Utilização;
 → 2°s – Seiton: Senso de Ordenação;
 → 3°s – Seiso: Senso de Limpeza;
 → 4°s – Seiketsu: Senso de Padronização;
 → 5°s – Shitsuke: Senso de Disciplina.
1. sensO de UtilizaçãO (1°s – seiri)
A função deste passo é estimular a organização para que os setores ou 
áreas armazenem somente aquilo que é necessário no desempenho de 
suas funções. 
Todo o material considerado desnecessário (descartado) será disponi-
bilizado conforme a Tabela 1. Um material descartado não é necessaria-
mente considerado lixo, ele pode ser talvez considerado necessário por 
outro setor/área da organização.
Material desnecessário o que fazer?
Material útil para outra área. Transferir para a área interessada.
Material de interesse dos empregados. Venda ou leilão, conforme a política da empresa.
Material inútil para a empresa 
ou para os funcionários. Refugar o material.
Por se tratar do ativo da empresa, é importante o controle efetivo dos itens 
sendo descartados para evitar desvios equivocados, ou por improbidade 
Tabela 1. Destinação 
de material 
desnecessário para 
a organização.
Fonte: Prado, 2000.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 16 Metodologia 5s 6
administrativa. Todos os itens são etiquetados com a aprovação dos res-
ponsáveis pela área e uma segunda via anexada à planilha de controle de 
itens descartados. A Tabela 2 abaixo, mostra um exemplo típico de uma 
etiqueta de descarte.
Descrição do item sendo descartado:
Data do descarte:
Nome do responsável pelo descarte:
Setor que está descartando:
Visto de responsável pelo setor:
Atenção
Senso de Utilização: Separar o que é útil daquilo que não é 
mais utilizavél (que deverá ser reaproveitado em outro local, 
reciclado ou doado).
A Figura 1 representa um output típico do processo de utilização, em que 
uma quantidade de material inservível foi disponibilizada pelas áreas:
Este processo tem como feedback a pesagem de todos os itens conside-
rados descartados pelas áreas, para que os colaboradores tenham uma 
ideia da quantidade de material inútil sendo descartada dos setores da 
organização. Esta informação contribui para a motivação dos colaborado-
res na repetição futura do mesmo evento. Todo o material inservível será 
descartado da forma mais apropriada pela empresa, conforme associado 
pela Figura 2:
Tabela 2. Modelo 
de etiqueta de 
descarte (duas vias).
Fonte: Prado, 2000.
Figura 1. Parte do 
resultado do descarte 
do processo de 
utilização do 5s.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 16 Metodologia 5s 7
sucata de ferromaterial reciclável lixo
O processo de Senso de Utilização gera, como dados de saída (outputs), os 
seguintes resultados:
 → Aumento dos espaços pela retirada de itens desnecessários dos setores;
 → Redução de acidentes pela liberação dos espaços (corredores, empi-
lhamentos mais seguros);
 → Redução da contaminação pela eliminação de focos de insetos, roe-
dores, pragas etc.; 
 → Melhora a qualidade de vida, pela melhoria da higiene do local.
A representação sistemática conforme a Figura 3 caracteriza os elementos 
do processode Utilização (seiri).
• Aumento dos espaços 
pela retirada dos itens 
desnecessários dos setores.
• Redução de acidentes 
pela liberação dos espaços 
(corredores, empilhamentos 
mais seguros).
• Redução da contaminação pela 
eliminação de focos de insetos, 
roedores e pragas.
• Melhora da qualidade de vida 
pela melhoria da higiene do local.
• Informação do que é 
necessário e o que não é 
necessário para o setor/área.
• Treinamento e 
conscientização.
peso total descartado em kg
área total liberada em m2
retroalimentação (feedback)
1o s – seiri
senso de utilização
função: Estimular a organização para que os setores ou áreas armazenem 
somente aquilo que é necessário no desempenho de suas funções
2. sensO de OrdenaçãO (2°s - seitOn)
Este processo tem como função identificar todos os itens de um setor e 
definir um endereço para cada um destes itens. 
Figura 2. Material 
inservível pela 
empresa descartado 
por diversas formas.
Figura 3. 
Representação 
sistemática do 
1°s – Seiri: Senso 
de Utilização.
Fonte: Adaptado 
pelos autores de 
PRADO, 2000.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 16 Metodologia 5s 8
Após a identificação de todos os itens procura-se alocá-los em seu en-
dereço, conforme a Tabela 3.
itens endereço
Material utilizado frequentemente Mantê-los próximo ao posto de trabalho.
Material utilizado com 
certa frequência
Mantê-los próximos, mas não 
necessariamente no posto de trabalho.
Material raramente utilizado Podem se localizar mais distantes, em local apropriado.
O processo de ordenação se vale de elementos visuais como:
 → Identificação de departamentos;
 → Identificação de areas;
 → Identificação de equipamentos e máquinas;
 → Identificação de materiais;
 → Delimitação de pisos.
A Figura 4 representa um dos resultados do trabalho de 5s no que se re-
fere ao senso de ordenação:
A Figura 5 representa simbolicamente alguns aspectos observados pelo 
senso de ordenação:
sinalização de áreas sinalização de segurança identificação de materiais
Os dados de saída (outputs) deste processo são representados por:
 → Redução do tempo na busca dos itens;
Tabela 3. Localização 
de itens considerados 
necessários ao setor.
Figura 4. Ordenação 
de ferramentas em 
uma área de trabalho.
Figura 5. Ordenação 
do local de trabalho 
de diferentes formas.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 16 Metodologia 5s 9
 → Redução de acidentes pela identificação das áreas de risco;
 → Delimitação das áreas de circulação de máquinas e pessoas é clara-
mente definida;
 → Redução de estoques;
 → Aumento do valor agregado nas atividades.
Atenção
Neste processo o lema é um lugar para cada coisa, cada 
coisa em seu lugar.
Os elementos do processo de ordenação (seiton) são caracterizados pela 
Figura 6:
• Redução do tempo 
na busca dos itens;
• Redução de acidentes pela 
identificação das áreas de risco;
• Delimitação das áreas de 
circulação de máquinas e pessoas 
são claramente definidas;
• Redução de estoques 
• Aumento do valor agregado 
nas atividades.
• Identificação de 
departamentos;
• Identificação de áreas;
• Identificação de 
equipamentos e máquinas;
• Identificação de materiais;
• Delimitação de pisos.
solicitações de identificação de itens
solicitação de endereçamento de itens
retroalimentação (feedback)
função: Identificar todos os itens de um setor e definir 
um endereço para cada um destes itens.
2o s – seiton
senso de ordenação
3. sensO de limpeza (3°s – seisO) 
A função deste processo é mais do que a tarefa de limpar os setores, é 
criar mecanismos para eliminar as fontes de sujeira. 
Em algumas empresas o uso de luvas brancas tem o objetivo de con-
trolar ou evidenciar o controle de contaminação. Para tanto se utiliza de 
ferramentas como o ciclo de melhoria contínua, PDCA, para reduzir siste-
maticamente as fontes de contaminação. 
Kaoru Ishikawa, um dos gurus da qualidade, quando perguntado como 
se inicia o programa de Qualidade Total numa empresa respondeu: Pode-
-se iniciar varrendo... 
Figura 6. 
Representação 
sistemática do 
2°S – Seiton: Senso 
de Ordenação.
Fonte: Adaptado pelos 
autores de PRADO, 
2000; SILVA,1997.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 16 Metodologia 5s 10
A Figura 7 representa alguns aspectos abordados na aplicação do sen-
so de limpeza:
manter tudo 
sempre limpo
usar luvas brancas eliminar vazamentos
Atenção
Senso de Limpeza: Limpar e manter limpos os ambientes 
em que vivemos: casa, escola, trabalho e áreas públicas.
Este processo apresenta como dados de saída (outputs) os seguintes 
resultados:
 → Ambiente mais sadio;
 → Eliminação de condições inseguras causadas por contaminação (pi-
sos, máquinas e equipamentos oleosos);
 → Redução de desperdícios com água e lubrificantes.
A Figura 8 caracteriza os elementos do processo de limpeza (SEISO).
Figura 7. O senso de 
limpeza caracterizado 
por algumas ações 
de controle.
Figura 8. 
Representação 
sistemática do 
3°S – Seiso: Senso 
de Limpeza.
Fonte: Adaptado pelos 
autores de PRADO, 
2000; SILVA,1997.
função: A função deste processo é mais do que a tarefa de limpar os setores, 
é criar mecanismos para eliminar as fontes de sujeira.
indicadores de qualidade de vida
indicadores de economia gerada
retroalimentação (feedback)
• Ambiente mais sadio.
• Eliminação de condições 
inseguras causadas por 
contaminação – pisos, máquinas 
e equipamentos oleosos.
• Redução de desperdícios com 
água e lubrificantes.
• Treinamento e 
conscientização.
• Informação do que é 
necessário e o que não é 
necessário para o setor/área.
3o s – seiso
senso de limpeza
Organização, Sistemas e Métodos / UA 16 Metodologia 5s 11
4. sensO de padrOnizaçãO (4°s – seiKtsU) 
A função do processo de padronização é perpetuar todas as ações definidas 
nos processos anteriores garantindo o desenvolvimento da metodologia. 
Segundo Deming “não existe controle sem padronização”. O processo 
de padronização é caracterizado pelo largo uso de controles visuais, re-
presentados pela Figura 10, como:
 → Através de código de cores para identificar quantidades disponíveis 
de peças (Kanban) em armários, pallets, prateleiras etc.;
 → Em faixas de trabalho em equipamentos como a cor verde para faixa 
aceitável, a amarela para atenção e a vermelha para faixa perigosa 
de trabalho;
 → Controle de abertura de válvulas e registros;
 → Janelas de inspeção para facilitar a inspeção de pontos de difícil aces-
so visual para controle. São aplicados em partes móveis, como cor-
reias, engrenagens polias etc.
Para os planos de limpeza são definidas folhas de verificação (check lists) 
preparadas pelos próprios colaboradores.
janelas de 
inspeção
folhas de 
verificação
delimitação 
de áreas
faixas de trabalho
Atenção
Padronizar para otimizar os processos.
Este processo tem como dados de saída (outputs) os seguintes resultados:
 → Os colaboradores desenvolvem o sentimento de zelo pelos equipa-
mentos sob sua responsabilidade;
 → Desperta o contínuo melhoramento dos padrões de identificação, de 
segurança e de asseio, através da criatividade das pessoas;
 → Menor índice de quebra dos equipamentos;
Figura 9. 
Instrumentos de 
padronização da 
metodologia 5s.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 16 Metodologia 5s 12
 → Máquinas e equipamentos são mais facilmente monitorados pela 
apresentação visual mais amigável para inspeção.
A Figura 10 caracteriza os elementos do processo de padronização (seiketsu).
• Os colaboradores desenvolvem 
o sentimento de zelo pelos 
equipamentos sob sua 
responsabilidade;
• Desperta o contínuo 
melhoramento dos padrões de 
identificação, de segurança e de 
asseio, através da criatividade 
das pessoas;
• Menor índice de quebra dos 
equipamentos;
• Máquinas e equipamentos são 
mais facilmente monitorados 
pela apresentação visual mais 
amigável para inspeção.
• Código de cores 
para identificação de 
equipamentos;
• Faixas de trabalho em 
equipamentos;
• Controle de abertura de 
válvulas eregistros;
• Janelas para facilitar a 
inspeção de pontos de difícil 
acesso visual para controle.
• Checklists.
solicitações de padronização
retroalimentação (feedback)
função: A função do processo de padronização é perpetuar todas as ações 
definidas nos processos anteriores garantindo o desenvolvimento da metodologia.
4o s – seiketsu
senso de padronização
5. sensO da aUtOdisCiplina (5°s – sHitsUKe) 
A função deste processo é a conscientização por parte dos colaboradores 
de fazer a aplicar sistematicamente a metodologia para a melhoria do 
setor, do ambiente e das condições de trabalho. 
Procura-se tirar fotografias antes e depois do evento de todos os se-
tores mostrando aos colaboradores as evidencias visíveis obtidas pela 
aplicação da metodologia. A Figura 12 mostra como referência o arranjo 
antes e depois da aplicação da metodologia 5s em uma empresa
Figura 10. 
Representação 
sistemática do 4°S 
– Seiketsu: Senso 
de Padronização.
Fonte: Adaptado pelos 
autores de PRADO, 
2000; SILVA,1997.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 16 Metodologia 5s 13
Também é interessante monitorar a continuidade da aplicação da meto-
dologia fazendo-se auditorias frequentes em cada área para observar a 
motivação e comprometimento com o programa. A Figura 12 representa 
uma das formas de se avaliar a autodisciplina ao longo do tempo.
kanban dos 5s
setor de armazenamento
conceito
como está nossa área
segunda terça quarta quinta sexta sábado
utilização bom ruim regular regular
organização regular bom bom ruim
limpeza bom ruim
asseio bom regular
disciplina ruim bom
Atenção
No processo de autodisciplina o lema é promover a auto-
disciplina e o contínuo melhoramento pela sistematização 
da  metodologia.
Figura 12. Mural 
de avaliação do 
programa 5s 
por setor.
Figura 11. 
Representação 
típica do resultado 
da aplicação da 
metodologia 5s.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 16 Metodologia 5s 14
A Figura 13 representa o processo de autodisciplina da metodologia 5s, 
que leva em conta a importância da continuidade do programa ao longo 
do tempo, e não somente durante a implantação, que normalmente apre-
senta grande interesse e visibilidade. 
• Motivação em melhorar 
o seu setor/área;
• Comprometimento com 
os resultados;
• Reconhecimento por parte 
da organização.
• Treinamento e 
conscientização;
• Informação do que é 
necessário e o que não é 
necessário para o setor/área.
divulgação dos resultados de melhoria
(produtividade, qualidade, satisfação)
retroalimentação (feedback)
função: Conscientização por parte dos colaboradores de fazer 
a aplicar sistematicamente a metodologia para a melhoria do setor, 
do ambiente e das condições de trabalho.
5o s – shitsuke
senso de autodisciplina
Figura 13. 
Representação 
sistemática do 5°S 
– Shitsuke: Senso 
de Autodisciplina.
Fonte: Adaptado pelos 
autores de PRADO, 
2000; SILVA,1997.
antena 
pArAbóliCA
Leia o texto1 com uma abordagem interessante sobre a apli-
cação da metodologia 5s na vida pessoal:
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome 
de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a 
funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser 
humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renova-
ção e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de 
acreditar, que daqui para diante vai ser diferente. (Carlos Drummond 
de Andrade).
Agora que você já fez a famosa contagem regressiva, bebeu 
champanhe, cumprimentou amigos e familiares, fez ótimas 
refeições e dormiu bastante, bem-vindo de volta ao cotidia-
no. Para algumas pessoas, não passou de um dia como outro 
qualquer, uma passeadinha a mais do ponteiro nos relógios, 
exceção feita a uma mesa mais farta e ao final de semana pro-
longado. Todavia, prefiro seguir Drummond, aproveitando a 
magia do momento para refletir sobre os últimos doze meses, 
repensar sobre os objetivos e metas traçadas, e recomeçar a 
luta e a caminhada. 
Em Administração, utilizamos um expediente importado lá 
do Oriente, mais precisamente do Japão pós-guerra, chama-
do de “5s”. Este nome provém de cinco palavras japonesas 
iniciadas pela letra “s”: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke.
Os cinco sensos constituem um sistema fundamental para 
harmonizar os subsistemas produtivo-pessoal-comportamen-
tal, constituindo-se na base para uma rotina diária eficiente.
Praticar os 5s significa:
 → Seiri (senso de utilização): separar as coisas necessá-
rias das desnecessárias;
 → Seiton (senso de organização): ordenar e identificar as 
coisas, facilitando encontrá-las quando desejado;
 → Seiso (senso de zelo): criar e manter um ambiente fí-
sico agradável;
 → Seiketsu (senso de higiene): cuidar da saúde física, 
mental e emocional de forma preventiva;
1. Revista Jus 
Vigilantibus, Sexta-
feira, 15 de janeiro 
de 2010. Disponível 
em: <http://jusvi.
com/artigos/43277>.
 → Shitsuke (senso de disciplina): manter os resultados 
obtidos através da repetição e da prática.
A aplicação dos 5s numa empresa deve ser efetuada com 
critérios, inclusive com supervisão técnica dependendo do 
porte da companhia. Mas meu convite, neste instante, é 
para você praticar os 5s em sua vida pessoal.
Assim, que tal aproveitar estes primeiros dias do ano 
para fazer uma pequena revolução pessoal?
Aplique Seiri em sua casa e em escritório. Nos armários, 
nas gavetas, nas escrivaninhas. Tenha o senso de utilização 
presente em sua mente. Se lhe ocorrer a frase: “Acho que um 
dia vou precisar disto...”, descarte o objeto em questão, pois 
você não o utilizará. Pode ser uma roupa que você ganhou de 
presente ou comprou por impulso e nunca a vestiu, por não 
lhe agradar o suficiente, mas que acalentará o frio de uma 
pessoa carente. Podem ser livros antigos, hoje hospedeiros 
do pó, que contribuirão com a educação de uma criança ou 
um jovem universitário. 
Seja seletivo. Elimine papéis que apenas ocupam espaço 
em seus arquivos, incluindo revistas e jornais que você acre-
dita estar colecionando. Organize sua geladeira e sua des-
pensa – você ficará impressionado com o número de itens 
com prazo de validade expirado.
Na próxima fase, passe a Seiton. Separe itens por cate-
gorias, enumerando-os e etiquetando-os se adequado for. 
Agrupe suas roupas obedecendo a um critério pertinente a 
você, como por exemplo, dividir vestimentas para uso no lar, 
daquelas destinadas para trabalhar, de outras utilizadas para 
sair a lazer. Organize seus livros por gênero (romance, ficção, 
técnico etc.) e em ordem de relevância e interesse na leitura. 
Separe seus documentos pessoais e profissionais em pastas 
suspensas, uma para cada assunto (água, luz, telefone...). Es-
tes procedimentos lhe revelarão o que você tem e atuarão 
como “economizadores de tempo” quando da busca por um 
objeto ou informação.
Com o Seiso, você estará promovendo a harmonia em 
seu ambiente. Mais do que a limpeza, talvez seja o momen-
to para efetuar pequenas mudanças de layout: alterar a po-
sição de alguns móveis, colocar um xaxim na parede, me-
lhorar a iluminação.
Agora, basta aplicar os últimos dois sensos já mencio-
nados, o Seiketsu, que corresponde aos cuidados com seu 
corpo (sono reparador, alimentação balanceada e exercícios 
físicos), sua mente (equilíbrio entre trabalho, família e lazer) 
e seu espírito (cultive a fé) e o Shitsuke., tão simples quanto 
fundamental, e que significa controlar e manter as conquis-
tas realizadas.
Faça isso e eu desafio você a ter pela frente doze longos 
e prósperos meses! 
e AgorA, José?
A metodologia 5s é uma das ferramentas importantes na 
implantação de Gestão da Qualidade em uma organização 
e promove mudanças importantes nos indicadores de de-
sempenho das diversas áreas. Ela é de fácil implementação 
e demanda como pré-requisito somente o conhecimento da 
técnica e a motivação. 
Procure associar essa ferramenta com as outras que fo-
ram, ou serão apresentadas adiante,no objetivo em comum 
de melhoria contínua da qualidade. Esperamos que você te-
nha assimilado o conceito desta metodologia e principalmen-
te que possa aplicá-lo ao longo da sua carreira profissional.
Até logo!
Organização, Sistemas e Métodos / UA 16 Metodologia 5s 18
glossário
Housekeeping: significa literalmente “fazer a 
faxina da casa, manter a casa limpa”.
5s: define as cinco etapas na implementação da 
metodologia 5s com as letras S das palavras 
em japonês (Seiri; Seiton; Seiso; Seiket-
su; Shitsuke).
ISO-9000: norma de gerenciamento da quali-
dade.
Inputs: dados de entrada em um sistema.
Outputs: dados de saída de um sistema.
Feedback: retroalimentação de um sistema.
Kanban: Sistema de controle de estoque con-
forme a demanda de mercado (método de 
“puxar” a produção).
reFerênCiAs
DemINg, W. e. ( cItAçãO DIRetA NA P. 13 cOm 
AuSêNcIA DA P.)
FLeuRY, A.; FLeuRY, m. t. L. � Aprendizagem 
e Inovação Organizacional. São Paulo: 
Atlas,199.
OLIVeIRA, D. P. R.� Sistemas, Organização e 
Métodos: uma abordagem gerencial. São 
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