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Conteudista: Prof.ª Esp. Fernanda Faleiros De Almeida Oliveira Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco DESAF IO ATIVIDADE Material Teórico Material Complementar Situação-Problema 1 Situação-Problema 2 Situação-Problema 3 Problema em Foco Atividade de Entrega Projeto Integrador de Competências em Farmácia VII R EF ER ÊN CIAS Referências Olá, estudante! Vamos iniciar a disciplina abordando os conceitos necessários para que você possa realizar as atividades em cada estudo de caso mais à frente. 1 / 8 Material Teórico Unidade 01 - A Conciliação Medicamentosa no Paciente Idoso https://www.cruzeirodosulvirtual.com.br/ Conceitos Iniciemos com as definições de farmácIa clínica e atenção farmacêutica, dado que muitos profissionais utilizam estas terminologias como sinônimos – mas não o são. Farmácia clínica é uma área da Farmácia voltada à Ciência e prática do uso racional de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar e prevenir doenças. Atenção farmacêutica é um modelo desenvolvido no contexto da assistência farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de doenças e na promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde (BISSON, 2021). 0:00 / 14:00 1x Figura 1 De acordo com o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) (2019), o farmacêutico clínico deve estar inserido no cuidado ao paciente, participando ativamente da terapia medicamentosa, da promoção e/ou recuperação da saúde, exercendo as suas atividades com autonomia para a tomada de decisões baseadas nos princípios éticos da profissão. Com o direcionamento clínico, o farmacêutico consegue melhorar os resultados farmacoterapêuticos e utiliza para isto recursos como o aconselhamento, os programas educativos e motivacionais, a elaboração de protocolos clínicos, estabelecendo melhores regimes terapêuticos e monitoração de tais procedimentos (BISSON, 2021). Cuidado Farmacêutico O cuidado farmacêutico deve ser o centro do trabalho do farmacêutico. Além da dispensação de medicamentos, o farmacêutico deve analisar as prescrições que chegam até ele e usar os seus conhecimentos farmacoterapêuticos, dados farmacocinéticos e perfil farmacoterapêutico do paciente – esta é a prática focada no paciente. Eventuais intervenções propostas devem ser anotadas em fichas próprias ou arquivos digitais (BISSON, 2021). O acompanhamento farmacoterapêutico é um serviço clínico pelo qual o farmacêutico avalia os resultados obtidos pela ação dos medicamentos, associados ou não, a outras medidas de cuidado à saúde (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2019). O seguimento farmacoterapêutico é considerado a prática de maior efetividade na busca de bons resultados de saúde envolvendo medicamentos (SANTOS, 2013). Reflita A missão do farmacêutico é exercer a atenção farmacêutica, com o intuito de alcançar resultados que melhorem a qualidade de vida dos pacientes. Segundo Bisson (2021), o processo de seguimento farmacoterapêutico de um paciente é a principal atividade do cuidado farmacêutico, sendo composto por três fases principais: anamnese farmacêutica, interpretação de dados e orientação. Para a realização do seguimento farmacoterapêutico, a informação é a ferramenta principal e através dela o farmacêutico pode fazer uma seleção dos pacientes que necessitam de acompanhamento minucioso, uma vez que em muitos casos o farmacêutico não dispõe de tempo suficiente para entrevistar e fazer o seguimento farmacoterapêutico de todos os pacientes que vão à farmácia ou passam pelo ambulatório. A Resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) 585/2013 coloca como uma das atribuições clínicas do farmacêutico relativas ao cuidado à saúde, nos âmbitos individual e coletivo, a provisão da consulta farmacêutica em consultório farmacêutico ou em outro ambiente adequado, que garanta a privacidade do atendimento. A Normativa define ainda que a consulta farmacêutica é o atendimento ao paciente, respeitando os princípios éticos e profissionais, com a finalidade de obter os melhores resultados com a farmacoterapia e promover o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2019). Voce Sabia? Que o trabalho de seguimento envolve documentação, consultas de retorno e vínculo profissional entre farmacêutico e paciente, que só se concretiza com a confiança mútua adquirida ao longo do tempo (BISSON, 2021)? Para a seleção pode-se utilizar diferentes critérios, que incluem os pacientes que: Seguimento Farmacoterapêutico no Paciente Idoso Apresentam sinais ou sintomas que sugerem problemas relacionados aos medicamentos: reações adversas a medicamentos ou resposta terapêutica inadequada; Recebem medicamentos com estreita margem entre a ação terapêutica e a tóxica e que podem exigir a monitoração da concentração no sangue; Consomem muitos medicamentos (polifarmacoterapia) ou padecem de várias enfermidades; Passam por tratamento psiquiátrico ou são idosos, de modo que recebem grande quantidade de medicamentos e frequentemente apresentam problemas relacionados à medicação. Trocando Ideias A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) define o envelhecimento como “[...] processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo” (FERRACINI, 2014). De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), uma pessoa idosa tem 60 anos ou mais. No Brasil esta também é a idade definida pela Política Nacional do Idoso e pelo Estatuto do Idoso. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2013, estima-se que em 2025, com o atual ritmo de crescimento, a população de idosos nos classificará como a sexta população de idosos do mundo. Figura 2 Fonte: IBGE.gov Como observamos no gráfico, o número de idosos está aumentando e nesta faixa etária alguns distúrbios crônicos e degenerativos são prevalentes, o que leva vários profissionais de saúde a usarem parte de seu tempo no gerenciamento de regimes de dosagem de medicamentos. É fundamental garantir que o uso de medicamentos por essa faixa etária se realize de forma segura e eficaz, com boa relação custo-benefício e qualidade de vida para os idosos (BISSON, 2021). Nos idosos, as doenças mais relacionadas a altas taxas de mortalidade são as seguintes: Importante Em farmacoterapia, apenas pessoas com 65 anos de idade ou mais são consideradas idosas. Doenças cardiovasculares (31,8%); Câncer (21,6%); Acidente vascular encefálico (7,9%); Diabetes (3%); Doença de Alzheimer (3,2%); Outras doenças pulmonares, tais como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (Dpoc) e as pneumonias. Estas condições podem estar relacionadas às escolhas de estilo de vida, incluindo o tabagismo, consumo de álcool, a dieta inadequada, o sedentarismo, além da predisposição genética. Diante disso, torna-se fundamental a atenção para a necessidade de ações de promoção de saúde e manutenção da capacidade funcional, com o objetivo de reduzir esses agravos (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2020). Pela falta de integração e centralização no cuidado, a população idosa precisa passar por atendimento em diversas especialidades médicas, pois tais pacientes têm problemas clínicos complexos, fazendo uso de múltiplos medicamentos, ficando mais susceptíveis a erros de medicação. Com isso, a adesão à terapia medicamentosa é um fator de muita preocupação, uma vez que nesse grupo de pacientes a adesão ao tratamento diminui de acordo como o aumento do número de medicamentos utilizados, tornando-se mais um desafio para o farmacêutico clínico. Por ser a população que mais utiliza medicamentos(em média, de 2 a 5 medicamentos por dia), tem riscos aumentados de interações entre drogas e, muitas vezes, acabam usando medicamentos de forma inadequada. É sabido que a farmacoterapia tem papel fundamental na manutenção da saúde desse grupo de pessoas, seja no controle de sintomas, atraso na progressão e complicação de doenças ou prevenção de outras. Diante desse contexto o farmacêutico tem importante papel, desempenhando ações de identificação e resolução de problemas relacionados a medicamentos, garantindo que a farmacoterapia prescrita seja realizada de forma segura e efetiva (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2020). Polifarmácia Considerada por muitos como uma consequência das inúmeras doenças que o paciente idoso apresenta no processo de envelhecer e levando em conta a necessidade de prescrição e uso de múltiplos medicamentos, a polifarmácia pode trazer problemas para o idoso, entre os quais maior risco de reações adversas e interações medicamentosas (FERRACINI, 2014). Podemos associá-la a muitos resultados indesejados, incluindo mortalidade, quedas, maior tempo de permanência no hospital e readmissão ao hospital logo após a alta. Em várias situações a polifarmácia é clinicamente apropriada e se faz importante identificar os pacientes com polifarmácia inadequada, podendo colocá-los em risco de eventos adversos e resultados indesejados de saúde (BISSON, 2021). Para muitos pacientes o uso de vários medicamentos está clinicamente adequado, porém, torna-se importante identificar os pacientes que podem estar em risco com o uso de muitos medicamentos. Com o intuito de minimizar riscos, devemos seguir alguns princípios para uma boa prescrição de medicamentos para idosos, a saber: Glossário Polifarmácia é definida como o uso por um indivíduo de 5 ou mais medicamentos ao dia. Avaliar a necessidade da farmacoterapia; Conciliação Medicamentosa Traçar um histórico cuidadoso sobre hábitos e o uso de medicamentos; Conhecer a farmacologia das drogas prescritas; Analisar as dosagens prescritas (geralmente as doses prescritas devem ser menores, sobretudo para doenças crônicas, em que o objetivo é o controle – e não a cura); Monitorar níveis plasmáticos de drogas e a resposta farmacológica; Simplificar os regimes terapêuticos e encorajar a adesão ao tratamento; Revisar regularmente o plano terapêutico e descontinuar as drogas desnecessárias; Recordar as drogas que podem causar doenças – efeitos adversos de drogas podem ser atípicos nos idosos, mimetizando doenças (BISSON, 2021). Saiba Mais Os idosos usam, frequentemente, vários medicamentos para tratar doenças como diabetes, hipertensão arterial e dislipidemias, aumentando o risco de interações medicamentosas e efeitos colaterais entre tais medicamentos. Conciliação medicamentosa é o processo de obtenção da relação de todos os medicamentos de uso habitual do paciente para posterior análise e adequação. Tem como objetivo prevenir os erros de medicação como duplicidades ou omissões de medicamentos, fato que se agrava quando o paciente permeia pelos diferentes níveis de atenção ou por serviços de saúde distintos, evitando, assim, danos desnecessários (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2019). Para Aizenstein (2016) “[...] individualizar a terapêutica requer a compreensão básica da Farmacocinética e da Farmacodinâmica dos medicamentos, assim como os múltiplos fatores individuais que podem modificá-las em um determinado paciente [...]”, comprovando que o uso racional de medicamentos requer conhecimento básico em evidências de prevenção, manutenção e recuperação da saúde. Figura 3 Fonte: Getty Images Farmacologia Clínica Do Idoso Com o passar dos anos, as doenças crônico-degenerativas se tornaram mais frequentes entre os idosos, requerendo, consequentemente, o uso de vários medicamentos, sendo conhecida como polifarmácia. Diante de tal cenário, aumentou a susceptibilidade às interações medicamentosas e reações adversas. A janela terapêutica torna-se mais estreita, deixando o idoso predisposto a eventos adversos e tóxicos dos medicamentos. As mudanças fisiológicas que ocorrem com o envelhecimento direcionam as modificações na farmacocinética e farmacodinâmica dos medicamentos nos idosos, de modo que esse fato faz com que seja necessário estar atento a elas. A declinação de tais funções fisiológicas manifesta-se por modificações em alguns parâmetros farmacocinéticos, os quais estão relacionados aos processos de absorção, distribuição, biotransformação (metabolismo) e eliminação dos fármacos. De acordo com Ferracini (2014), as principais alterações farmacocinéticas observadas nos idosos estão relacionadas no Quadro a seguir: Glossário Janela terapêutica é a faixa de concentração de um medicamento no organismo capaz de produzir os efeitos terapêuticos sem causar toxicidade no paciente. Quadro 1 Absorção Distribuição Metabolismo Eliminação � Numero de células intestinais � Gordura corporal � Massa hepática � Massa renal � Tempo de esvaziamento gástrico � Água corporal � Fluxo sanguíneo hepático � Número de glomérulos � Trânsito intestinal � Massa magra � Atividade de citocromo P-450 � Taxa de filtração glomerular � Ph Gástrico � Albumina sérica � Metabolismo Primeira passagem � Fluxo sanguíneo renal �Aumento � Diminuição Fonte: Adaptado de FERRACINI, 2014, p. 205 Já as mudanças farmacodinâmicas relacionadas ao envelhecimento provocam modificações na resposta aos fármacos e podem ser explicadas pela alteração no perfil de sensibilidade do paciente idoso. Tais alterações farmacodinâmicas ficam claras quando se administra um mesmo medicamento em pacientes jovens e idosos, observando-se resposta diferente, muitas vezes exacerbada, no paciente idoso, evidenciando maior sensibilidade (FERRACINI, 2014). Alguns autores atribuem esse aumento da sensibilidade aos fármacos no idoso como consequência do declínio na manutenção da homeostase, alterações na afinidade dos receptores aos fármacos e no número de receptores existentes. A Hipertensão No Idoso A Pressão Arterial (PA) é a pressão que o sangue exerce na parede das artérias e pode variar de acordo com a idade, o gênero, estado emocional, a posição postural, temperatura do ambiente, o peso, entre outros aspectos. Para a realização da aferição da pressão arterial são determinados dois valores: a pressão sistólica (máxima) e diastólica (mínima), normalmente registradas em milímetros de mercúrio (mmHg), conforme a Figura a seguir: Você Sabia? Que as metas de pressão arterial no paciente idoso é motivo de vários debates entre os profissionais de saúde? O motivo da discussão é o equilíbrio entre a diminuição do risco cardiovascular versus os efeitos deletérios do próprio tratamento. Figura 4 Fonte: Adaptada de BRASIL, 2010, p. 11 Pode-se sempre fazer uma relação direta entre a PA e idade do indivíduo, de modo que estudos apontam para a prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) superior a 60% na faixa etária de 65 anos. Embora o aumento da idade seja, atualmente, um importante fator de risco, a HAS não está descartada em crianças e adolescentes (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2019). No paciente idoso, várias particularidades na confirmação do diagnóstico devem ser levadas em consideração. Aferições, por exemplo, podem levar a um diagnóstico errado de HAS, tal como no caso da “hipertensão do jaleco branco”, onde o paciente apresenta medidas elevadas da PA no consultório e normais em casa. Vale lembrar que a população idosa é mais tendenciosa a apresentar arritmias cardíacas, de modo que apresenta maior prevalência de hipotensão postural (DINIZ, 2020). Diagnóstico Segundo Diniz (2020), o diagnóstico da HAS no paciente idoso somente deve ser estabelecido após duas medições feitas em consultório (no mínimo), em dias distintos, apresentando valores de 140 × 90 mmHg. Outras aferições tambémdevem ser realizadas fora do consultório, principalmente se as pressões aferidas forem significativamente diferentes. Figura 5 Fonte: Adaptada de DINIZ, 2020, p. 203 Este fluxograma é amplamente utilizado para estabelecer o diagnóstico de hipertensão arterial no paciente idoso. Tratamento São notórios os benefícios do tratamento de HAS na população idosa, pois o seu controle realmente reduz mortalidade e apesar desses fatos, grande parte dos idosos hipertensos não é diagnosticada ou é subtratada. Assim como em outros pacientes, o tratamento da hipertensão arterial no idoso tem dois pontos fundamentais: Diabetes No Idoso Diabetes apresenta algumas particularidades no idoso tanto do ponto de vista da fisiopatologia, quanto do tratamento. Modificações do Estilo de Vida (MEV);1 Tratamento farmacológico (DINIZ, 2020).2 Importante! Os benefícios do diagnóstico e tratamento são reais;1 Mudanças no estilo de vida devem ser sempre estimuladas.2 É uma doença de alta prevalência na população com 65 anos ou mais. No Brasil, estima-se que 18,4% desses idosos sejam diabéticos. Se levarmos em consideração apenas os níveis de glicemia alterados (pré-diabéticos) esse percentual sobe para, aproximadamente, 46,5% dessa população. Os idosos diabéticos apresentam, com frequência, maior prevalência de doenças e condições associadas ao diabetes. A polifarmácia, o risco de síndromes demenciais e hipoglicemia, a presença de incontinência urinária, a diminuição da acuidade visual e o maior risco de quedas são fatores que não devem ser negligenciados na avaliação desses pacientes (DINIZ, 2020). Diagnóstico Não existem diferenças nos critérios diagnósticos para diabetes na população idosa, sendo obedecidos os mesmos adotados na população geral. Tratamento Como mencionado, o tratamento de diabetes no idoso tem dois pontos fundamentais como terapia: Não farmacológica, que inclui a adequação da terapia nutricional e a prática regular de atividade física; 1 Farmacológica que, no caso da população idosa, deve seguir alguns preceitos, tais como evitar hipoglicemias e esquemas significativamente complexos, de difícil entendimento e implementação. 2 Importante! Na fisiopatologia de diabetes em idosos chamam atenção o aumento da Dislipidemias no Idoso É sabido que o envelhecimento traz várias mudanças no organismo e uma delas é a distribuição dos lipídeos, uma vez que os triglicerídeos aumentam com a idade e atingem o pico entre 50 e 59 anos de idade nos homens e entre 60 e 69 anos nas mulheres (DINIZ, 2020). Em muitos pacientes, a hiperlipidemia está associada a alguma causa subjacente, não se tratando de um distúrbio primário do metabolismo lipídico. Diagnóstico O diagnóstico de dislipidemia é feito através de exames laboratoriais, medindo-se os níveis plasmáticos de colesterol total, as suas frações (LDL e HDL) e triglicérides. obesidade e a diminuição da massa magra. Figura 6 Fonte: Adaptada de DINIZ, 2020, p. 223 Tratamento Igualmente à hipertensão arterial sistêmica e ao diabetes mellitus, os casos de dislipidemias apresentam dois pontos essenciais em terapia: Não farmacológica, que adota mudanças no estilo de vida;1 Farmacológica, que é indicada quando tais mudanças no estilo de vida não tiveram sucesso. 2 Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta disciplina: LEITURAS Fascículo VII – manejo do tratamento de pacientes com diabetes, do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Definição, diagnóstico e tratamento do paciente com diabetes. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Fascículo IV – Manejo do tratamento de pacientes com hipertensão, do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo Definição, diagnóstico e tratamento do paciente hipertenso. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Fascículo XII – Cuidados farmacêuticos no tratamento de pacientes com dislipidemias, do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. 2 / 8 Material Complementar http://www.crfsp.org.br/documentos/materiaistecnicos/fasciculo_7.pdf https://bit.ly/3HKg9DK Definição, diagnóstico e tratamento do paciente com dislipidemia Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Atenção farmacêutica em pacientes hipertensos: estudo piloto Metodologia de um seguimento farmacoterapêutico. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Uso abusivo de medicamentos por idosos em comunidade de Fortaleza, CE Polifarmácia no paciente idoso. Clique no botão para conferir o conteúdo ACESSE https://bit.ly/3HGT84y https://doaj.org/article/41dcafd1a4d54faba32e4602798bfa97 https://doaj.org/article/3f943c22af7143a886308b46dc746afa?gathStatIcon=true Caro(a), estudante. Agora, vamos compreender o cenário que será abordado na primeira situação-problema da disciplina. Atente-se à situação profissional que você precisará entender para poder realizar a atividade. 3 / 8 Situação-Problema 1 Caso Clínico Identificação: M. P. A. F., 74 anos de idade, gênero feminino, aposentada. Diabética. Foi à Unidade Básica de Saúde (UBS) para consulta de rotina, com queixa apenas de cefaleia ocasional. Sem restrições alimentares. Fumante. Sedentária. Menopausa há 20 anos. Pai obeso e mãe diabética. Além da diabetes mellitus de tipo 2 a paciente também apresenta Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), dislipidemia, asma e depressão. Exame Físico Altura: 1,58 metro. Peso: 112 quilos (kg). Índice de Massa Corporal (IMC): 44,8 kg/m². Pressão Arterial (PA): 150/100 milímetros de mercúrio (mmHg). 98 batimentos por minuto (bpm). Ainda na consulta, após indagação médica, relatou fadiga, visão turva, poliúria e polidipsia. Foi solicitado exame de glicemia de jejum. Após a realização do exame, constatou-se glicemia de jejum de 138 mg/dL. Após retorno médico na UBS, a pressão ainda estava alterada (160 × 100 mmHg). Medicamentos de rotina da paciente: Metformina XR 850 miligramas (mg). 1 comprimido (cp) duas vezes ao dia; Losartana 50 mg. 1 cp ao dia; Hidroclorotiazida 25 mg. 1 cp ao dia; Pantoprazol 40 mg. 1 cp ao dia; Sinvastatina 10 mg. 1 cp duas vezes ao dia; Budesonida 50 microgramas (mcg) em cada narina uma vez ao dia; Loratadina 10 mg. 1 cp duas vezes ao dia; Topiramato 50 mg. 1 cp duas vezes ao dia; Clonazepam 2 mg. 1 cp ao dia. Montar projeto de seguimento farmacoterapêutico, apontando os problemas e sugerindo soluções através da conciliação medicamentosa para a paciente. Boa atividade! Vamos compreender o cenário que será abordado na segunda situação-problema da disciplina. Atente-se à situação profissional que você precisará entender para poder realizar a atividade. 4 / 8 Situação-Problema 2 Caso Clínico Identificação: G. A. J., 79 anos de idade, gênero masculino, advogado. Paciente hipertenso que apresenta repetidas crises de litíase, obeso, ex-fumante (parou com o cigarro há 21 anos). Sedentário. Queixa-se de dores no joelho quando pratica atividade física. Paciente apresenta hiperplasia prostática. Exame Físico Altura: 1,70 m. Peso: 95 kg. IMC: 32,87 kg/m². PA: 140/90 mmHg. 88 bpm. Foi solicitado exame de glicemia de jejum e após a realização do exame não apresenta diabetes, pois constatou-se glicemia de jejum de 99 mg/dL. Medicamentos de rotina do paciente: Montar projeto de seguimento farmacoterapêutico, apontando os problemas e sugerindo soluções através da conciliação medicamentosa para o paciente. Boa atividade! Atenolol 50 mg. 1 cp ao dia; Losartana 50 mg. 1 cp duas vezes ao dia; Amlodipina 5 mg. 1 cp ao dia; Indapamida SR 1 cp ao dia; Pantoprazol 20 mg. 1 cp ao dia; Fluoxetina 20 mg. 2 cp ao dia; Tansulosina 0,4 mg. 1 cp ao dia; Bacopa monnieri 225 mg. 2 cp ao dia. Por fim, vamos compreender o último cenário, abordado na terceira situação-problema da disciplina. Atente-se à situação profissional que você precisará entender para poder realizar a atividade. 5 / 8 Situação-Problema 3 Caso Clínico Identificação: J.C. L. O., 84 anos de idade, gênero masculino, fazendeiro. Procurou o serviço médico queixando-se de cefaleia pulsante há 10 dias, relatando que se inicia pela manhã e melhora com o passar das horas. Durante a consulta o paciente relatou ser diabético de tipo 2. Nunca fumou. Não faz nenhuma restrição alimentar. Exame Físico Altura: 1,78 m. Peso: 82 kg. IMC: 25,88 kg/m². PA: 130/90 mmHg. 97 bpm. Foram solicitados os exames laboratoriais anotados a seguir: Glicose 126 mg/dL. HbA1c 6,9%. Colesterol total 221 mg/dL. HDL 36 mg/dL. LDL colesterol 98 mg/dL. Triglicérides 348 mg/dL. Medicamentos de rotina do paciente: Montar projeto de seguimento farmacoterapêutico, apontando os problemas e sugerindo soluções através da conciliação medicamentosa para o paciente. Metformina 850 mg. 1 cp três vezes ao dia; Aspirina Prevent 100 mg. 1 cp duas vezes ao dia; Enalapril 10 mg. Uma vez ao dia; Ramipril 5 mg. Uma vez ao dia; Hidroclorotiazida 25 mg. Uma vez ao dia; Atorvastatina 10 mg. Uma vez ao dia. Boa atividade! O processo de seguimento farmacoterapêutico de um paciente é a principal atividade do cuidado farmacêutico e é composto de três fases: anamnese farmacêutica, interpretação de dados e processos de orientação. O futuro farmacêutico precisa mostrar as suas habilidades e os conhecimentos necessários para a sua execução. Seguir um paciente significa acompanhá-lo; portanto, o trabalho de seguimento envolve documentação, orientação e possíveis alterações para a melhoria da farmacoterapia do paciente. 6 / 8 Problema em Foco Muito bem, estudante. Agora que você já leu todas as situações-problema, você pode fazer o download deste arquivo para realizar a atividade de entrega. Caso prefira, o arquivo também se encontra no Ambiente Virtual de Aprendizagem. 7 / 8 Atividade de Entrega https://bb.cruzeirodosulvirtual.com.br/bbcswebdav/xid-135991800_1 AIZENSTEIN, M. L. Fundamentos para o uso racional de medicamentos. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. BISSON, M. P. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. 4. ed. Santana de Parnaíba: Manole, 2021. CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente. Grupo Técnico de Trabalho de Cuidado Farmacêutico ao Idoso. Cuidado farmacêutico ao idoso. São Paulo, 2020. CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Comissão Assessora de Farmácia Clínica. Farmácia clínica. 2. ed. São Paulo, 2019. DINIZ, L. R.; GOMES, D. C. D. A.; KITNER, D. Geriatria. 1. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2020. FERRACINI, F. T.; ALMEIDA, S. M. D.; BORGES FILHO, W. M. Farmácia clínica. 1. ed. Barueri: Manole, 2014. SANTOS, L. D.; TORRIANI, M. S.; BARROS, E. Medicamentos na prática da farmácia clínica. [1. ed.] Porto Alegre: Artmed, 2013. 8 / 8 Referências Muito bem, estudante! Você concluiu o material de estudos! Agora, volte ao Ambiente Virtual de Aprendizagem para realizar a Atividade.
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